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DISCIPLINA: PROTEÇÃO RADIOLÓGICA AULA 5 – EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES (PARTE 2) Profa. Danielle Filipov 2013 AULA PASSADA • RADIOSSENSIBILIDADE • ESTÁGIOS DA AÇÃO DA RADIAÇÃO IONIZANTE • MECANISMOS DE AÇÃO DA RADIAÇÃO IONIZANTE ORGANIZAÇÃO DA AULA • NATUREZA DOS EFEITOS BIOLÓGICOS – REAÇÕES TECIDUAIS • REAÇÕES TECIDUAIS IMEDIATAS E TARDIAS • MORTE CELULAR • LIMIAR DE DOSE – EFEITOS ESTOCÁSTICOS • CANCERÍGENOS • HEREDITÁRIOS EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • NATUREZA DOS EFEITOS BIOLÓGICOS • Quanto à natureza dos efeitos biológicos, há as reações teciduais (caracterizando os efeitos determinísticos) e os efeitos estocásticos. • A deposição de energia, no nosso organismo, pela radiação ionizante e que produza efeitos fatais é suficientemente pequena, quando se compara com a energia recebida pela ingesta de alimentos. • Comparação: uma pessoa que recebe vários tiros e continua viva e uma pessoa que recebe um tiro no coração e não sobrevive. • Ou seja, mesmo uma quantidade pequena de energia transferida e depositada em uma única célula pode causar um dano genético e, se ocorrerem outros eventos no futuro, propiciar o desenvolvimento de câncer >> efeitos estocásticos. • Entretanto, se a energia depositada ocorrer em diversas células e essas morrerem, teremos reações teciduais. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • REAÇÕES TECIDUAIS • Os danos nos tecidos ou órgãos que resultam de morte celular em grande número são denominados de reações residuais, segundo o ICRP-2007. • De acordo com o ICRP-1977, já foram chamados de efeitos não estocásticos e, segundo o ICRP-1991 foram chamados de efeitos determinísticos. • Denominação de efeitos determinísticos: não é correta, pois os efeitos não são predeterminados. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Essas reações ocorrem quando uma dose alta de radiação causa a morte celular de um número muito grande de células de um dado órgão ou tecido, a ponto de ele perder sua função ou de seu funcionamento ficar prejudicado. • Altas doses acontecem somente em acidentes ou em casos de tecidos sadios serem irradiados em radioterapia, por serem adjacentes a tecidos tumorais. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Neste tipo de efeito: – A gravidade do efeito é função da exposição, ou seja, quanto maior a exposição, mais grave, forte ou severo é o efeito; no caso de queimadura, passa de queimadura leve para queimadura com bolhas. – Há um limiar de dose (relacionada à exposição) para o surgimento de uma reação tecidual, isto é, abaixo de uma dada dose, o número de células danificadas é pequeno, de modo que o organismo não se ressente e é difícil até mesmo de saber se foi exposto à radiação ionizante. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Assim, essas reações ocorrem em consequência de doses muito mais altas que os limites de dose recomendados pelo sistema de radioproteção. • Até cerca de 1950, eram os próprios dentistas que seguravam os filmes de raios X para realizar uma radiografia de dente no paciente; mas, para se reduzir a ocorrência de reações teciduais, desde então, são os próprios pacientes que o fazem. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Dentre as reações teciduais mais importantes, podemos citar: – Perda da capacidade de reprodução das células; – Alterações fibróticas; – Morte celular. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Morte Celular • A morte celular pode ser causada pela falência reprodutiva, a necrose e a apoptose. • A falência reprodutiva é a incapacidade das células se reproduzirem, em razão dos danos irreparáveis produzidos pelas radiações ionizantes. • De início, ela se manifesta em células que se dividem rapidamente, como as da medula óssea e da mucosa do trato gastrointestinal. • Nas células que se dividem lentamente (fígado) a morte pode ocorrer meses ou anos após a irradiação. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • A necrose ocorre quando a célula sofre danos graves, em razão de agentes externos tóxicos, trauma, calor muito intenso e falta de oxigênio, quando a célula é infeccionada por bactérias ou vírus, ou quando é exposta à radiação ionizante. • Na necrose, as mitocôndrias são danificadas, mas o núcleo das células permanece sem alterações significativas. • A célula incha e acaba por romper a membrana celular, pois a lesão permite que a célula controle seu fluido e mantenha o balanço dos íons. • Esse rompimento causa uma inflamação. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • A apoptose (também chamada de morte celular programada) é um mecanismo completamente diferente da necrose. • Ela ocorre espontaneamente; seu termo, em grego, significa “ato de cair”, como as folhas das árvores que caem no outono para preservar a energia para novas folhas renascerem na primavera. • Assim, tem-se um significado de que a morte é benéfica e programada, porque é importante para o organismo sobreviver e continuar funcionando bem. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Na apoptose, a célula encolhe, o núcleo é danificado e, geralmente, não ocorre inflamação. • Alguns cientistas afirmam que a necrose ocorre, com maior frequência, com altas doses de radiação (absorção de energia pelo meio), e a apoptose com baixas doses. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Podemos, ainda, classificar as reações teciduais como imediatas ou tardias. • Reações Teciduais Imediatas • Elas surgem pouco tempo depois da exposição do indivíduo à radiação ionizante (algumas horas ou semanas), se o limite de dose recebida, permitido, for ultrapassado. • Podemos citar os eritemas da pele (queimaduras), as mucosites (inflamação da mucosa de revestimento do trato gastrointestinal – principalmente a boca) e escamações da epiderme. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES – Efeitos na Pele – Seguindo as leis da radiossensibilidade, as células radiossensíveis são aquelas do estrato basal da epiderme. – Os efeitos são: • Eritemas: 1 a 24 hrs depois de uma dose de radiação de 3-5 Gy. • Alopécia (perda de pelos e cabelo): dose de 5 Gy, é reversível; dose de 20 Gy é irreversível. • Pigmentação: reversível e aparece 8 dias após a exposição à radiação ionizante. • Escamação seca ou úmida: doses elevadas (acima de 20 Gy). EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES Células do estrato basal são altamente mitóticas. Algumas delas com melanina, responsável pela pigmentação • Reações Teciduais Tardias • Surgem vários meses ou anos (até 10 anos) após a exposição à radiação ionizante, que ocorrem devido à lenta taxa de reposição de células. • Em alguns tecidos, diferentes tipos de danos surgem com diferentes tempos de latência. • Ex.: A medula espinhal é desmielinizada após alguns meses; depois, entre 6 e 18 meses, surge a necrose da matéria branca; na última fase, de 1 a 4 anos, ocorre a vasculopatia (danos nos vasos). EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • É o caso, também, da catarata (opacificação do cristalino do olho). EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Em 2000, segundo o ICRP-85, um homem de 40 anos se submeteu, no mesmo dia, a uma angiografia coronariana, e duas angioplastias. • Cerca de 6 a 8 semanas depois, surgiu um vermelhidão nas suas costas, como queimadura, que desapareceu depois de 16ª 21 semanas >> reação tecidual imediata. • Mas, após 18-21 meses, o dano reapareceu, chegando à necrose e foi curado, somente, com enxerto de pele >> reação tecidual tardia. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Limiar de Dose • A tabela mostra os limiares de dose de radiação absorvida pelo indivíduo para o surgimento de reações teciduais em tecidos mais radiossensíveis (gônadas, cristalino e medula óssea). EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Uma pessoa, ao receber uma dose alta e aguda no corpo todo, isto é, em uma única irradiação, acaba apresentando a síndrome aguda da radiação, pois, muitas células de vários órgãos foram simultaneamente danificadas severamente. • Se a dose recebida for entre 0,25 e 1 Gy: náusea, diarreia e depressão do sistema hematopoiético (levando à anemia, por exemplo). • Dose entre 1 e 3 Gy: além dos sintomas anteriores, pode haver uma infecção causada por agentes oportunistas. • Dose entre 3 e 6 Gy: hemorragia, epilação e esterilidade (temporária ou permanente). • Dose de 10 Gy: inflamação nos pulmões. • Dose acima de 10 Gy: efeitos passam para o sistema nervoso e cardiovascular, levando o indivíduo à morte em poucos dias. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES SÍNDROME AGUDA DA RADIAÇÃO SÍNDROME CRÔNICA DA RADIAÇÃO IRRADIAÇÃO DE UMA PARTE DO CORPO DESORDEM NEUROVEGETATIVA (SIMILAR A UMA SENSAÇÃO DE ENJOO) FREQUENTE EM RADIOTERAPIA FRACIONADA • Dose letal 50/30: dose que causa a morte de 50% da população em 30 dias. • Para a síndrome aguda da radiação: geralmente, essa dose fica entre 2 e 5 Gy para indivíduos expostos em uma única vez. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Efeito da Radiação em Embriões (Reações Teciduais Tardias) • Estudos realizados com sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki mostram que o limiar de dose para a indução de severo retardo mental é de, pelo menos, 300 mGy no caso do embrião irradiado no útero, durante o período gestacional mais sensível >> 8 a 15 semas após a concepção. • Outro dado, nos mesmos estudos, mostram uma redução do quociente de inteligência (QI), com o aumento da dose, além de anormalidades no crescimento e desenvolvimento. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES Com o passar do tempo gestacional, menos radiossensíveis tornam-se as células. Não é fácil estabelecer uma relação causa-efeito, pois há outros agentes que podem provocar efeitos no embrião, sem estarem relacionados com a radiação. Há 3 efeitos: letalidade, anomalias congênitas e efeitos tardios (após o nascimento – câncer e efeitos hereditários) . EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES Efeitos letais podem ser induzidos por doses baixas (como 0,1 Gy), antes ou imediatamente após a implantação do embrião na parede uterina. Eles podem ser induzidos após altas doses durante todos os estágios de desenvolvimento intrauterino. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • O retardo mental (QI abaixo de 100) pode ser induzido pela irradiação. Isso ocorre durante o período de maior radiossensibilidade >> 8 a 15 semanas de gestação. • De 8 a 15 semanas gestacionais o risco de desenvolvimento do retardo mental severo é 4 vezes maior que durante 15 a 25 semanas gestacionais. • EFEITOS ESTOCÁSTICOS • Os efeitos estocásticos são alterações que surgem nas células normais, sendo os principais o efeito cancerígeno e o hereditário. • O cancerígeno ocorre nas células somáticas, ou seja, o câncer incide nas células da pessoa que recebeu a radiação. • O hereditário ocorre nas células germinativas e pode ser repassado aos descendentes da pessoa irradiada. • Diferente das reações teciduais, detectadas com doses altas e acima de um limiar, os efeitos estocásticos podem ser causados por quaisquer doses. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Os efeitos estocásticos são probabilísticos, e a probabilidade de sua ocorrência nas células é baixa quando as doses recebidas também são baixas. • Como os efeitos são probabilísticos, não aparecem em todas as pessoas irradiadas. • A probabilidade é proporcional à dose para doses acima de 100 mGy: base do modelo linear sem limiar, que relaciona a incidência de efeitos estocásticos com a dose. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Modelo Linear sem Limiar • Esse modelo foi proposto pela UNSCEAR em 1958 e, segundo ele, os efeitos de baixas doses de radiação podem ser extrapolados com base no conhecimento dos efeitos de doses altas, usando-se a seguinte relação entre efeito (E) e dose (D): E = a D, onde “a” é um parâmetro do termo linear. • Ou seja, nesse modelo está implícito que, qualquer dose, por menor que seja, incluindo doses devido à radiação natural, pode causar efeitos estocásticos. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • A argumentação para o uso desse modelo é que o câncer é monoclonal (origina-se a partir de uma célula), e que a baixa dose de radiação é uma pequena perturbação sobre outros agentes cancerígenos. • Ou seja, é a gota d´água em um copo já cheio. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Efeitos Estocásticos Cancerígenos • O modelo mais comum para a análise deste efeito considera que: – Não há limiar de dose de radiação para a indução de dano no DNA que resulte em câncer; ou seja, até mesmo a radiação ambiental pode induzir a um câncer; – Não há relação de gravidade entre dose e câncer, diferentemente das reações teciduais; – Quanto maior a dose, maior a probabilidade de ocorrência de efeitos estocásticos. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Os efeitos estocásticos cancerígenos são sempre tardios. • O período entre a exposição à radiação e a detecção do câncer, chamado de tempo de latência, pode ser de vários anos. • Ex.: o tempo de latência médio para leucemia é de 8 anos. • As principais fontes de informação vêm de estudos epidemiológicos dos sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki, pacientes submetidos à radioterapia, trabalhadores ocupacionalmente expostos e população que morava ao redor de Chernobyl. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Os tecidos mais sensíveis à indução de câncer são: – Tireoide infantil; – Mama feminina; – Medula óssea. • Os menos sensíveis são: – Tecido muscular; – Tecido conectivo. • Além disso, no caso de pessoas expostas às bombas atômicas, o aumento da incidência de câncer está relacionado não só com a dose, mas com a idade na época. • Risco maior quanto menor a idade. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Efeitos estocásticos cancerígenos no embrião: • Há muitas incertezas quanto a isso, mas é prudente admitir que o risco de desenvolver câncer durante a vida, em razão de uma exposição à radiação ionizante in utero, será similar ao caso de uma irradiação nos primeiros anos de vida, que fica em torno de 3 vezes o risco da população adulta. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES Pré- implantação Organogênese Fase Fetal Inicial Fase Fetal Intermediária Fase Fetal Final Dias Pós- Concepção 0 a 8 9 a 50 51 a 105 106 a 175 > 175 Semanas Pós- Concepção 1 2 a 7 8 a 15 16 a 25 > 25 Efeitos Letalidade +++ + + - - Malformações - +++ + + - Retardo no Crescimento - +++ ++ + + Retardo Mental - - +++ + - Esterilidade - + ++ + + Catarata - + + + + Neuropatologia - +++ + + + Câncer - + + + + - efeito não demonstrado + efeito demonstrado ++ efeito facilmente demonstrado +++ efeito demonstrado com frequência EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • Efeitos Estocásticos Hereditários • O efeito hereditário resulta em mutação nas células germinativas que, quando usadas na concepção, carregam os danos hereditariamente. • Segundo estudos com pessoas expostas às bombas atômicas, não há evidências que mostram que a exposição dos pais à radiação causa um aumento de doenças hereditárias nos filhos. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES RESUMINDO • NATUREZA DOS EFEITOS BIOLÓGICOS – REAÇÕES TECIDUAIS • REAÇÕES TECIDUAIS IMEDIATAS E TARDIAS • MORTE CELULAR • LIMIAR DE DOSE – EFEITOS ESTOCÁSTICOS • CANCERÍGENOS • HEREDITÁRIOS DIFERENÇA ENTRE OS EFEITOS GERADOS POR DOSES ALTAS E BAIXAS • Com doses baixas: poucas células podem morrer e os efeitos são, em geral, não observáveis a curto prazo. • Com doses altas: um grande número de células pode morrer, a ponto de causar modificação no funcionamento do órgão ou tecido afetado. Quanto maior a dose, mais grave e severo o efeito, no caso das reações teciduais. • Ao passar pela célula, a radiação, que entregará uma alta ou baixa dose ao meio, pode: – Não interagir com a célula e sair dela; – Depositar energia e causar danos, que podem ser: • Reparados corretamente. Tudo fica como antes. • Não reparados, sendo que as células podem ou não morrer. – Se poucas células morrem, o órgão pode não sentir. O organismo elimina as células mortas. – Se muitas células morrerem, o órgão pode funcionar mal >> reações teciduais. – As células danificadas que não morrerem continuam a se multiplicar e, futuramente, pode-se descobrir, ali, a origem de um efeito estocástico – câncer. RESUMO DE DESENVOLVIMENTO DOS EFEITOS RESUMO DE DESENVOLVIMENTO DOS EFEITOS