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RELAÇÃO DE EMPREGO O EMPREGADO O EMPREGADOR Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Econômicas Instituições de Direito do Trabalho Profª Priscila Martins Reis R E L A Ç Ã O D E T R A B A L H O RELAÇÃO DE EMPREGO R E L A Ç Ã O D E E M P R E G O Problemática: diferenças e confusão conceitual RELAÇÃO DE EMPREGO P P O NE S Caracterização: Pessoa física Pessoalidade Onerosidade Não eventualidade Subordinação Pessoa física: Pessoa física ! trabalho Pessoa jurídica ! serviço Tentativa de fraude Pessoalidade: Relevância do indivíduo Substituições Sucessão Inviabilidade da prestação Onerosidade: Contrapartida ao trabalho Foco: trabalhador Cuidado com confusões deste tipo! Não eventualidade: Noção aferida por exclusão Teorias 1) Teoria da descontinuidade Não recepção pela CLT ( recusa do termo “continuidade”) Trabalhadores domésticos – exceção (“natureza contínua”) 2) Teoria do evento 3) Teoria dos fins do empreendimento 4) Teoria da fixação jurídica Prática: combinação das teorias JURISPRUDÊNCIA: VÍNCULO DE EMPREGO. VIGILANTE. ATIVIDADE INTERMITENTE. NÃO EVENTUALIDADE. Considerando a peculiaridade da prestação laboral examinada, e tendo em vista a controvérsia acerca do conceito de não eventualidade, é necessária uma aferição convergente e combinada das distintas teorias em cotejo com o caso concreto, definindo-se a ocorrência ou não da eventualidade pela conjugação predominante dos diversos enfoques. Neste contexto, ainda que se admita que o reclamante trabalhasse em alguns dias da semana ou do mês, a intermitência, neste caso, não traduz eventualidade. Se a prestação é descontinua, mas permanente, deixa de haver a eventualidade, já que a descontinuidade da prestação de serviços não é fator determinante do trabalho eventual. Isto porque a jornada contratual pode ser inferior à legal, inclusive no que concerne aos dias laborados na semana. Contratado o reclamante para trabalhar como vigilante na segurança de diversos eventos nos finais de semana, e reunidos os demais elementos fático jurídicos da relação de emprego, mantém-se a r. decisão de primeiro grau que a reconheceu. 01289-2010-020-03-00-2 RO Data de Publicação: 06/05/2011 Subordinação: Vinculação ao poder diretivo Incidência: modo de realização do trabalho X pessoa do trabalhador Acepções Clássica Objetiva (fins do empreendimento) Estrutural Complexidade do real – cumulação de acepções Subordinação X Assédio moral Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. P a r á g r a f o ú n i c o . O s m e i o s telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Casos práticos: A) Filomena trabalha há dois meses em uma empresa de manutenção de ar condicionado, local em que recebe salário de R$ 900,00. Durante esse tempo, a moça compareceu diariamente ao local de trabalho, exercendo suas atividades de manutenção nos estabelecimentos ou nas residências dos clientes, conforme as determinações de sua patroa, que estipulava a lista diária dos locais a visitar e controlava seus horários de entrada e saída por meio de ponto eletrônico, além de fornecer uniformes semanalmente para o desempenho do trabalho e vez ou outra dar orientações quanto ao conserto dos aparelhos de ar condicionado. Muito embora gostasse do trabalho, Filomena se viu obrigada a pedir demissão, uma vez que toda a sua família está de mudança para outro estado. A obreira, que pouco conhece das leis trabalhistas, está agora em dúvida quanto à existência ou não do vínculo de emprego com a empresa em razão do pouco tempo em que lá laborou. Responda se: houve a formação do vínculo empregatício e, caso entenda que sim, destaque os elementos fático-jurídicos necessários à sua caracterização. B) Eduardo, jovem inteligente e esforçado, foi contratado por seu vizinho, Sr. Armando, proprietário de uma pequena oficina de reparos de bicicletas, com quem mantém, desde a mais tenra idade, grande afeto. Sr. Armando ajustou com Eduardo que ele lá trabalharia de segunda a sexta-feira, das 08:00 as 14:00h, com horário de almoço de uma hora, recebendo, para tanto, R$ 650,00. Eduardo trabalhou na oficina durante um ano e nove meses, cumprindo fielmente as determinações de seu chefe. Após esse tempo, Eduardo decidiu deixar o trabalho, pois pretendia buscar emprego na área de sua graduação, que acabava de completar. Ao indagar Sr. Armando sobre seus direitos trabalhistas, este teria lhe informado que não havia nada a lhe pagar, pois por ser mero pequeno proprietário, tratar Eduardo de modo amoroso (como verdadeiro filho) e conceder a ele jornada de trabalho bastante reduzida, não haveria que se falar em formação de relação de emprego. Responda se: Sr. Armando está ou não certo em suas afirmações. Caso entenda que está equivocado, indique os indícios da formação do vínculo de emprego. EMPREGADO RURAL Art. 7º, caput, CR/88: “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem á melhoria de sua condição social”. Máxima aproximação – diferenças pontuais CLT (art. 7º) X Lei 5889/73 (aplicação subsidiária da CLT) Caracterização: Elementos caracterizadores da relação de emprego + 2 elementos especiais P&–&pessoa&-sica P&0&pessoalidade O&0&onerosidade NE&–&não&eventualidade S&–&subordinação + P r e s t a ç ã o& d e& s e r v i ç o s& a& empregador&rural Em& propriedade& rural& ou& prédio& rús?co Empregado urbano Trabalhador rural Empregado rural Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. 1-Trabalho para empregador rural: Irrelevância do tipo de trabalho exercido A exceção da OJ 38 da SDI-I, TST 2- Local de trabalho: Imóvel rural Prédio rústico Critério anterior: Método de trabalho e finalidade do trabalho Dificuldades OJ-SDI1-38 EMPREGADO QUE EXERCE A T I V I D A D E R U R A L . E M P R E S A D E REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA.-O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade está diretamente ligada ao manuseio da terra e de matéria-prima, é rurícola e não industriário, nos termos do Decreto n.º 73.626, de 12.02.1974, art. 2º, § 4º, pouco importando que o fruto de seu trabalho seja destinado à indústria. Assim, aplica-se a prescrição própria dos rurícolas aos direitos desses empregados Caracterização do empregador rural: Lei 5889: Art. 3º - Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. § 1º Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. Art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem. Atividade agropecuária: atividade agrícola, pecuária ou agroindustrial Casos complexos (Hotel fazenda; Fazenda para visita e Grandes empresas de produtos agropecuários) Possível parâmetro – Decreto 73.626/74: Art. 2º: § 3º Inclui-se na atividade econômica referida no caput deste artigo a exploração industrial em estabelecimento agrário. § 4º Consideram-se como exploração industrial em estabelecimento agrário, para os fins do parágrafo anterior, as atividades que compreendem o primeiro tratamento dos produtos agrários in natura sem transformá-los em sua natureza, tais como: I - o beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos produtos agropecuários e hortigranjeiros e das matérias-primas de origem animal ou vegetal para posterior venda ou industrialização; II - o aproveitamento dos subprodutos oriundos das operações de preparo e modificação dos produtos in natura, referidas no item anterior. § 5º Para os fins previstos no § 3º não será considerada indústria rural aquela que, operando a primeira transformação do produto agrário, altere a sua natureza, retirando-lhe a condição de matéria-prima. Direitos do empregado rural - comparativo TRABALHADOR)URBANO& TRABALHADOR)RURAL& DESCONTOS) ) ) ) ) ) )Regra&geral:&VEDAÇÃO& Limite:& &70%&do&salário0base& &25%&do&salário0base&!&moradia& &20%&do&salário0base&!&alimentação& & & Hipóteses:& 10Adiantamento& 20Previsão&legal& 30Determinação&judicial& 40Dano&causado&dolosamente& 50Dano& culposo& (previsão& no& contrato& ou& & em& outro& instrumento& norma?vo).& Jurisprudência:& Culpa&GRAVE&(Princípio&da&Alteridade)& 60U?lidades& contra0presta?vas& (exceção:& u?lidades&legais)& 70Previsão& em& Acordo& ou& Convenção& Cole?va& (sindicalizados)& Limite:&& 20%&salário&mínimo&!&moradia& 25%&salário&mínimo&!&alimentação& & & & Hipóteses:& 10Adiantamento& 20Previsão&legal& 30Determinação&judicial& H O R Á R I O) NOTURNO& 22:00&–&05:00h& & Pecuária:&20:00&–&04:00h& Agricultura:&21:00&–&05:00h& HORA)NOTURNA& 52´:30´´& & 7h&de&relógio&que&equivalem&a&8h.& 52`&30``&x&8&=&7h& 60´&0&não&há&hora&ficta& A D I C I O N A L) NOTURNO& 20%& & Obs.&O&adicional&será&prorrogado&se&laborar&a& totalidade&do&horário&(Sum&60,&II,&TST)& 25%& & Obs.&O&adicional& será&prorrogado&se& laborar& a&totalidade&do&horário&(Sum&60,&II,&TST)& AVISO)PRÉVIO& Redução&2h/dia&&&&&ou& Redução&de&7&dias& 1&dia&por&semana& I N T E R V A L O) INTRAJORNADA& 1h&–&2&h& De&acordo&com&os&usos&e&costumes&da®ião& V A L E) TRANSPORTE& Sim& Não& PRESCRIÇÃO& 5&anos,&&com&limite&de&2&após&fim&do&contrato.& 5& anos,& & com& limite& de& 2& após& fim& do& contrato.& Obs.&Até&28/05/2000& (antes&da& EC&28/00)& o& critério&era&o&da& imprescri?bilidade&durante& o&contrato,&com&limite&de&2&após&findo.& Trabalho intermitente – art. 6º Casos práticos: A) Artur trabalhou como capinador em uma grande fazenda de Divinópolis/MG desde 2005, onde era realizado o plantio de cana-de-açúcar. Sua ocupação diária era pesada, trabalhando do amanhecer ao entardecer, mediante controle atento do dono da fazenda e de seus prepostos, e recebendo retribuição mensal na quantia de R$ 1.100,00. Ao decidir largar os trabalhos na roça para se empregar na nova fábrica instalada na cidade, pediu ao seu patrão, Frederico, que lhe pagasse proporcionalmente o valor dos dias trabalhados no último mês. Joana, sua prima da cidade, em uma conversa informal pelo telefone, se surpreendeu com o fato de Artur ter recebido tão somente seus salários ao longo de todos os anos de trabalho e aconselhou-o a procurar alguém mais experiente. Pergunta-se: Partindo do pressuposto de que seriam devidas outras verbas a Artur apenas caso ele trabalhasse na condição de empregado (férias anuais remuneradas, 13º, adicional de hora extra, etc.), será que ele deveria ter recebido outras verbas por ocasião de sua demissão? Caso a resposta seja afirmativa, explicite os elementos necessários à formação do vínculo empregatício, destacando se no caso trata-se de empregado rural ou urbano. B) Em uma noite de quinta- feira, Amâncio, empregado rural, vai a um bar no centro da cidade de Montes Claros/MG para beber e desabafar as mágoas que ora guardava em razão do trabalho pesado e mal remunerado que exerceu por 7 anos na Fazenda Enxadão. Amâncio escolhe você para que escute seu desabafo e lhe relata os seguintes fatos: Trabalhava de segunda a sexta-feira, de 19:00 as 04:00 da manhã, vigiando as vacas (devido a uma série de ataques noturnos ao gado) e cuidando do pasto, recebendo para tanto o salário invariável de R$800,00, devidamente anotado em sua CTPS. Possuía um intervalo de repouso acima da média local, descansando por uma hora e meia (as 23:00h). Como residia num barracão nos fundos da Fazenda e se alimentava no refeitório improvisado na área de preparo dos queijos, seu patrão lhe descontava todo mês 30% do seu salário base para pagar as despesas com a moradia e 35% do valor de um salário mínimo para cobrir as despesas com alimentação. Além disso, reclamou que, no último mês, o patrão havia lhe descontado R$ 200,00 em razão da quebra de uma bandeja de copos no refeitório, consequência de um desmaio que lá sofreu em virtude do problema de pressão que possuía e era conhecido pelo patrão. Pergunta-se: O patrão de Amâncio procedeu do modo correto? Amâncio pode buscar na justiça alguma verba? Se sim, ele dispõe de quanto tempo para isso? EMPREGADO DOMÉSTICO A lei que rege o trabalho doméstico é a Lei nº 5859/72 Caracterização: Elementos caracterizadores da relação de emprego (1 com especificidade = continuidade) + 3 elementos especiais P – pessoa física P - pessoalidade O - onerosidade NE – não eventualidade ! continuidade S – subordinação & + Finalidade não lucrativa dos serviços Prestação em benefício de pessoa física ou família Âmbito residencial dos tomadores Destaque ao elemento pessoalidade (ambas as partes) A continuidade: divergência (teoria da descontinuidade) Diaristas Lavadeiras PRESSUPOSTOS FÁTICO-JURÍDICOS GERAIS ELEMENTOS ESPECIAIS 1- Finalidade não lucrativa dos serviços Ótica: tomador de serviços - valor de uso X valor de troca 2- Trabalho em benefício de pessoa física ou família Mitigação da despersonalização Conceito alargado - família 3-Âmbito residencial da prestação Vida pessoal OBSERVAÇÕES: Irrelevância do tipo de serviço Relação de emprego doméstico entre cônjuges ou companheiros Peculiaridade rescisória Direitos conferidos aos domésticos: Lei 5859/72: Férias anuais remuneradas de 20 dias (30 dias – Lei 11.324/06, arts. 4º e 5º) Anotação da CTPS Segurado obrigatório da Previdência Oficial Aplicação do capítulo da CLT sobre férias (Decreto 71885/73) Decreto 95.247/87 – regulamenta as leis 7418/85 e 7619/87: Vale transporte CR/88, art. 7º, parágrafo único: Salário&mínimo& Irredu?bilidade&do&salário& 13º&salário& Repouso& semanal& remunerado,& preferencialmente& aos&domingos.& Férias& anuais& remuneradas,& acrescidas& de& 1/3& do& salário&normal& Licença& à& gestante,& sem& prejuízo& do& emprego& e& do& salário,&com&duração&de&120&dias& Licença0paternidade&nos&termos&da&lei& Aviso& prévio& proporcional& ao& tempo& de& serviço,& sendo&de&no&mínimo&30&dias&nos&termos&da&lei& Aposentadoria&& In tegração& à& p rev idênc ia& soc ia l& (d i re i to& anteriormente&assegurado)& Possibilidade&de&integração&ao&FGTS&a&critério&do&empregador&(nesse&caso,&faria&jus&a&seguro&desemprego&no& importe&de&3&salários&mínimos)& Lei 11.324/06: Descanso remunerado em feriados (revogado art. 5º da lei 605/49) 30 dias corridos de férias Garantia de emprego da gestante Vedação de descontos (alimentação, vestuário, moradia e higiene) Casos práticos: A) Joana, após passar por problemas financeiros, decidiu abrir em sua garagem um pequeno restaurante, ocasião em que contratou Amélia, como ajudante, para auxiliar-lhe na cozinha e na limpeza, lavando louças e arrumando mesas, além de vez ou outra colaborar no atendimento aos seus poucos clientes. Joana acredita ter contratado Amélia na condição de empregada doméstica em razão do âmbito residencial da realização do trabalho. Ela está correta? B) Genoveva, Aurora e Constância, três irmãs, após se tornarem viúvas, decidiram morar juntas. Durante muitos anos cuidaram sozinhas dos afazeres domésticos. Após alguns anos, já bastante idosas, resolveram contratar Jurema para auxiliá-las nas tarefas da casa, além de lhes fazer companhia. As irmãs, agora, estão na dúvida quanto ao enquadramento ou não de Jurema como empregada doméstica. Qual seria a resposta adequada? CARGOS OU FUNÇÕES DE CONFIANÇA OU GESTÃO Art. 62, CLT: Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). Caracterização: 1-Padrão salarial mais elevado – 40% 2-Exercício de elevadas funções e atribuições de gestão Efeitos do exercício do cargo: Reversão Súmula 372, I, TST Não percepção de horas extras Exceção: Prova do controle Transferência Desnecessária anuência Súmula 43, TST Adicional (provisoriedade) Súmula nº 372 - TST - Gratificação de Função - Supressão ou Redução - Limites I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo e m v i s t a o p r i n c í p i o d a estabilidade financeira. II - Mantido o empregado no e x e r c í c i o d a f u n ç ã o comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação. TST Enunciado nº 43 - Transferência - Necessidade do Serviço- Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do Art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. Segmento Bancário Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. § 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para alimentação. § 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo. Especificidade da gratificação: &&2h&&&&2h&&&&2h&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&2h&&&2h&&&&2h&&&&2h&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& |0000|0000|0000|&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&|0000|0000|0000|0000| &&&&&&&&&SB&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&1/3&SB Jornada: 6h ausência controle Sum 102, IV, TST Reversão e transferência Caracterização: padrão salarial mais elevado + elevadas atribuições TST Enunciado nº 102 -Bancário - Caixa - Cargo de Confiança I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos. II - O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis. III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3. IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT. VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta. VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão-somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas. Gerente-Geral da Agência TST Enunciado nº 287 -Gerente Bancário - Horas Suplementares - Jornada de Trabalho- A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente- geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT. DIRETORES EMPREGADOS Direção "! Propriedade 1-Diretor recrutado externamente TST Enunciado nº 269 -Empregado Eleito para Ocupar Cargo de Diretor - Contrato de Trabalho - Relação de Emprego - Tempo de Serviço - O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. 2-Empregado eleito diretor Extinção Interrupção Suspensão Manutenção a)Vertente clássica (incompatibilidade ! subordinação) b)Vertente moderna- Lei 6404: contrato a termo (3 anos) demissão ad nutum SOCIOEMPREGADO 1- Incompatibilidade Sociedade em nome coletivo Sociedade em comum Sociedade em comandita simples (sócio comanditado) 2-Compatibilidade: regra affectio societatis "! subordinação Fraude – nulidadade ( não anulabilidade) RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E ILIMITADA Casos práticos: A) Gerson foi contratado por uma empresa de contabilidade e, dois anos após sua contratação, recebeu uma proposta de exercício de atribuição de confiança, ocasião em que lhe foi oferecido um adicional correspondente a 40% do valor que anteriormente recebia como salário. Muito satisfeito, Gerson aceitou de pronto a proposta. Passados três meses da ocorrência desse fato, a empresa comunicou-lhe que precisava que Gerson se mudasse para Olinda, local no qual seria aberta nova filial, alegando ser de extrema necessidade sua transferência em razão da ausência de mão-de-obra suficientemente qualificada e confiável no local (muito embora tenham feito incessante busca de pessoal capacitado na região), condição indispensável para a consolidação daquele escritório. Insatisfeito com essa exigência momentânea, Gerson alegou que não concordava com sua transferência e, tendo seu argumento desconsiderado pela empresa, mudou-se, mas passou a comportar-se de modo desidioso e um tanto desonesto, razão pela qual a empresa realizou a sua reversão ao cargo anteriormente ocupado, suprimindo-lhe o adicional de 40%. Insatisfeito, Gerson agora busca a justiça alegando ter sido irregular a sua transferência e também a sua reversão. Pede, contudo, que caso seja mantida sua reversão, permaneça recebendo o adicional de 40%, sob pena de violação da irredutibilidade salarial. Pergunta-se: Gerson está correto em suas alegações? B) Eduardo foi contratado pela empresa X com salário consideravelmente superior ao dos seus companheiros de departamento (diferença superior a 40%) em razão do fato de terem sidas atribuídas a ele, desde o início, elevas funções de gestão, cabendo-lhe decidir sobre diversas questões estratégicas de suma relevância à saúde financeira da empresa. Eduardo tinha jornada pesada, laborando, muitas vezes, por mais de 10 horas diárias. Apesar de exercer cargo estratégico, seus patrões faziam com que ele, diariamente, batesse ponto ao entrar e ao deixar a empresa. Eduardo nunca recebeu qualquer hora extra. Será que ele, nesse caso, teria direito a tal recebimento? C) Carla, detentora de cargo de confiança no segmento bancário , recebe diferença salarial de 1/3 em relação ao salário referente ao cargo anteriormente ocupado. Nos últimos meses, após conversar com um amigo, passou a manifestar sua insatisfação perante seu chefe em virtude do fato de sentir-se discriminada por ser a única de seu departamento a cumprir jornada de 8h diárias, ao passo que a lei assegura aos bancários jornada de 6h. Desse modo, por conta própria, passou a reduzir sua jornada, ausentando-se do banco ao cabo das 6h de trabalho, ainda que estivessem pendentes importantes transações, acarretando elevado prejuízo ao banco. Em razão disso, foi revertida ao cargo anteriormente ocupado, decisão que acredita ser profundamente injusta. Carla está certa quanto às suas posições? CASOS PRÁTICOS 1- Em uma noite de quinta- feira, Amâncio, empregado rural, vai a um bar no centro da cidade de Montes Claros/MG para beber e desabafar as mágoas que ora guardava em razão do trabalho pesado e mal remunerado que exerceu por 7 anos na Fazenda Enxadão. Amâncio escolhe você para que escute seu desabafo e lhe relata os seguintes fatos: Trabalhava de segunda a sexta-feira, de 19:00 as 04:00 da manhã, vigiando as vacas (devido a uma série de ataques noturnos ao gado) e cuidando do pasto, recebendo para tanto o salário invariável de R$800,00, devidamente anotado em sua CTPS. Possuía um intervalo de repouso acima da média local, descansando por uma hora e meia (as 23:00h). Como residia num barracão nos fundos da Fazenda e se alimentava no refeitório improvisado na área de preparo dos queijos, seu patrão lhe descontava todo mês 30% do seu salário base para pagar as despesas com a moradia e 35% do valor de um salário mínimo para cobrir as despesas com alimentação. Além disso, reclamou que, no último mês, o patrão havia lhe descontado R$ 200,00 em razão da quebra de uma bandeja de copos no refeitório, consequência de um desmaio que lá sofreu em virtude do problema de pressão que possuía e era conhecido pelo patrão. Pergunta-se: O patrão de Amâncio procedeu do modo correto? Amâncio pode buscar na justiça alguma verba? Se sim, ele dispõe de quanto tempo para isso?