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MANEJO E CRIAÇÃO DE POEDEIRAS COMERCIAIS Sistemas de criação: Piso Fases de cria, recria e postura Galpão único Densidade de criação: Brancas = 8 aves / m² Vermelhas = 7 aves / m² Desvantagens: Menor número de aves/ m² Dificuldade de manejo Maior mão de obra Ovos mais sujos Uso de ninhos Controle sanitário piorado (coccidiose e verminose) Piso e gaiola Fase de cria e recria (piso) e fase de postura (gaiola) De 0 a 16 semanas: Pinteiro => densidade: Brancas: 15 aves / m2 Vermelhas = 12 aves / m2 Gaiolas de postura Modelos: Dimensão* Área (cm2) Brancas Vermelhas n° aves cm2/ ave n° aves cm2/ ave 25 x 45 x 45 1.125 3 375 2 562 30 x 45 x 45 1.350 3 450 3 450 50 x 45 x 45 2.250 6 375 5 450 100 x 45 x 45 4.500 12 375 10 450 * frente x profundidade x altura (cm) Fase de cria (piso) e fases de recria e de postura (gaiola) De 0 a 6 semanas: Pinteiro => densidade: Brancas = 23 aves / m2 Vermelhas = 20 aves / m2 De 7 a 16 semanas: Gaiola de recria: Dimensões: 50 x 50 x 45cm = 2.500 cm2 Densidade: 7 aves brancas => 357 cm2/ ave 6 aves vermelhas => 417 cm2/ ave A partir da 16ª semana ao descarte: gaiolas de postura Fase de cria, de recria e de postura (gaiola) De 0 a 6 semanas: Gaiola de cria: Dimensões: 120 x 70 x 40cm = 8.400 cm2 - Até 14 dias de idade: 80 aves/ gaiola => 105 cm2/ ave - Aos 14/ 21 dias: redistribuição: 40 aves/ gaiola => 210 cm2/ ave De 7 a 16 semanas: Gaiolas de recria A partir da 16ª semana ao descarte: Gaiolas de postura Vantagens do uso de gaiolas Nas fases de cria e recria: Maior densidade = n° aves/ m2 Práticas de manejo facilitadas Controle do consumo de ração e do peso corporal Controle de doenças Maior viabilidade e uniformidade Na fase de postura: Maior densidade = n° aves/ m2 Coleta de ovos facilitada Ovos mais limpos Maior uniformidade do lote Maior uniformidade da postura Controle de doenças Consequências do aumento da densidade de criação: Aumento do nível de estresse Menor produção de ovos Aumento do n° de ovos perdidos ou não comercializáveis Ovos com qualidade reduzida Aumento da taxa de mortalidade Canibalismo Maior disputa no comedouro Pior C.A. Lotes desuniformes: peso corporal e peso do ovo Instalações e equipamentos Aviários de cria: No piso (chão): características e dimensões semelhantes às de FC Divisórias para 3.000 pintainhas: facilita manejo, evita amontoamento e reduz mortalidade Em gaiolas: Baterias de 5 andares Aviários de recria: Em gaiolas: Largura do galpão: em função do n° de fileiras de gaiolas Comprimento: em função do n° de aves Pé direito: 2,5 – 3,5m Gaiolas com 1, 2 ou 3 níveis Aviários de postura: Em gaiolas: Largura do galpão: em função do n° de fileiras de gaiolas Comprimento: em função do n° de aves Pé direito: 2,8 – 3,5m Gaiolas com 1 a 6 níveis Exemplo: n° de fileiras (gaiolas) largura (m) 4 3 a 4 8 6 a 7 12 9 a 10 16 12 a 13 Instalações complementares:Fábrica de ração, setor de classificação e processamento de ovos, depósito para equipamentos, escritório, ... PRÁTICAS DE MANEJO NAS FASES DE CRIA E RECRIA Recepção das pintainhas: Alojamento em piso ou gaiola T°C = 32 a 35°C Água e ração à vontade Cuidados e observações: idem às adotadas para FC Abertura do espaço e redistribuição dos equipamentos: No piso: idem aos adotadas para FC Em gaiolas: 1° dia ocupação de 50% das gaiolas Repasse dos 14 aos 21 dias de idade Transferência para fase de recria: Fase de cria no piso => fase de recria em gaiola Fase de cria em gaiola => fase de recria em gaiola Refugagem e eliminação dos machos Horário de baixa temperatura ambiente Galpão previamente preparado Associar práticas de manejo => vacinação e pesagem Distribuir aves por faixa de peso corporal => uniformidade Programa de luz 1° dia = 24 horas de luz 2° ao 7° dia = 23 horas de luz 7° dia à 10ª semana = luz natural 10ª semana ao início da produção: aves que crescem em fotoperíodo natural crescente (verão): MS precoce = fornecer luz em períodos constantes ou decrescente (duração do fotoperíodo equivalente ao dia mais longo do período) b) aves que crescem em fotoperíodo natural decrescente (inverno): MStardia = fornecer luz em fotoperíodo natural e iniciar o estímulo mais cedo Quantidade de lumens/ m2: 1ª semana = 20 2ª até 10ª semana = luz natural 11ª até 18-20ª semana = 5 a 10 Debicagem Corte e cauterização do bico Objetivo: prevenir canibalismo e reduzir desperdício de ração Fatores que induzem ao canibalismo: Confinamento restrito Variações bruscas de temperatura e umidade Elevada densidade de criação Número insuficiente de comedouros e bebedouros Ventilação insuficiente Deficiência nutricional Arraçoamento inadequado Falta de água Falta de atividade Excesso de iluminação Ausência de debicagem Debicagem mal feita Tipos de debicagem: Única: severa = 2/3 do bico superior e ½ do inferior -- Idade: de 7 aos 10 dias Dupla: 1ª = 1/3 dos bicos -- Idade: de 7 aos 10 dias de idade 2ª = ½ do bico superior e 1/3 do inferior -- Idade = 9 a 10 semanas de idade Cuidados: Atenção à idade da ave Operador treinado Não associar à práticas de manejo Não debicar plantéis com comportamento de estresse Comedouros sempre cheios durante três dias Suplementação de vitamina K: 3 dias antes e 3 dias depois Lâmina à 600°C Garantir corte e cauterização evitando formação de calos Trocar a lâmina a cada 3.000 aves Vantagens: Reduz a competição entre as aves Previne a bicagem de penas e canibalismo Ave não consegue selecionar partículas da ração Reduz desperdício de ração Melhora C.A. e uniformidade do lote Evita consumo de ovos (menor número de ovos perdidos) Desvantagens: Prática muito estressante Resulta em queda do consumo de ração e do peso corporal Idade correta deve ser associada ao comportamento do lote Pode afetar todo desempenho quando mal realizada Manejo sanitário do plantel Objetivo: biosseguridade Testes sorológicos = programa de monitoramento Vermifugação: Na transferência do lote = criação piso -> gaiola = mebendazole Análise da água: 1x/ ano Programa de vacinação: regional Controle do peso corporal e da uniformidade do lote Objetivo: acompanhar desenvolvimento do lote semanalmente Peso corporal e uniformidade do lote <=> desempenho produtivo futuro Correlações importantes: PC na 5ª semana e PC na 12 e 18ª semana PC na 12 e 18ª semana e desempenho produtivo Importância da avaliação do peso corporal e uniformidade do lote: PC = melhor critério p/ avaliação de uniformidade Existe correlação positiva entre: PC x idade ave x uniformidade lote x maturidade sexual Permite melhor manejo da alimentação Desenvolvimento inadequado de um período não pode ser corrigido em outro Permitir corrigir PC inadequado antes da MS Exerce grande influência no desempenho produtivo Lote desuniforme -> pior desempenho -> pior C.A. Aves abaixo do peso médio Aves com excesso de peso Postura tardia Postura precoce Ovos pequenos Ovos maiores: prolapso Produção baixa Produção baixa Menor viabilidade Pior C.A. e qualidade casca Controle do peso do plantel e da uniformidade do lote: Frequência: semanal Conhecimento do peso padrão a linhagem (manual) Na 1ª e 2ª semanas: pesagem em grupo A partir da 3ª semana: individual Amostra representativa: 1 a 3% Cálculos: Peso médio (PM) = Peso total . Número de aves pesadas Uniformidade = N° aves com PM ± 10% x 100 Número de aves pesadas Uniformidade (%) Classificação Acima de 80 Excelente De 70 a 80 Bom Abaixo de 70 Ruim Fatores que afetam a uniformidade: Qualidade da pintainha Qualidade da debicagem Qualidade da dieta Densidade de criação Arraçoamento Doenças clínicas e subclínicas Aquecimento e ventilação inadequados Se o lote estiver desuniforme: Pesar 100% das aves Separar aves em grupos (por PC): leves, médias e pesadas Manejo diferenciado da ração e da alimentação Avaliação semanal do PC e da uniformidade Remanejar alimentação em função do resultado obtido Na fase de pré-postura (16 a 18 semanas): Procedimento prático para avaliação da uniformidade => Tamanho da crista -> diretamente relacionado com crescimento, desenvolvimento e produção de hormônios reprodutivos Transferência do lote: Idade: 6 semanas (recria) Idade: 16 semanas (postura) Galpões previamente preparados Utilização de caixas de frangos e veículo Pegar aves com cuidado (fase de preparo p início de postura) Pesar, selecionar, uniformizar e vacinar Agrupamento por PC = facilita manejo Horário de temperatura confortável Rapidez e eficiência Administração de polivitamínicos (3 dias ante e depois) Cria e recria em piso: transferir entre 13 e 15 semanas PRÁTICAS DE MANEJO NA FASE DE PRODUÇÃO Programa de luz Início = 18 a 20 semanas de idade 1° estímulo luminoso, considerar:PC, Idade, MS, Uniformidade Fatores importantes na adoção do PL: Linhagem criada Aumentos do foto período: gradual 1ºs estímulos: na madrugada ou alternados (noite e madrugada) = foto período ±14h 10 a 20 lúmens/ m2 e 16 horas de luz/ dia (no pico) Nunca reduzir foto período Criação em baterias = avaliar luminosidade andares inferiores Manutenção = lâmpadas funcionando e limpas Refletores = melhoram a eficiência da luminosidade Exemplo de um PL: Poedeira comercial (fase de postura) Fotoperíodo natural de 6-7 horas até 17:30-18:30 horas Iniciar com 14 h + 8 aumentos de 15 min/ semana 4 na madrugada e 4 à noite Idade Foto período Acender Apagar Acender Apagar (semanas) (horas) 18 14:00 5:00 19:00 19 14:15 4:45 19:00 20 14:30 4:30 Ao Ao 19:00 21 14:45 4:15 Clarear Escurecer 19:00 22 15:00 4:00 6 – 7h 17:30 – 19:00 23 15:15 4:00 18:30h 19:15 24 15:30 4:00 19:30 25 15:45 4:00 19:45 26 16:00 4:00 20:00 MANEJO E CRIAÇÃO DE MATRIZES Matriz leve -> poedeiras comerciais Matriz pesada -> frangos de corte Características: Exigente em planejamento e em técnicas de manejo Baixa densidade de criação Biosseguridade rígida Área nobre da avicultura Objetivo: produção de ovos incubáveis Fases de criação Fases (semanas) Pesada Leve Cria Nasc. – 4 Nasc. – 6 Recria 5 – 20 7 – 18 Pré-postura 21 – 23 19 – 20 Reprodução 25 – 68 21 – 80 Densidade Matriz Fêmea/ m2 Macho/ m2 Pesada 6 4 Leve 8 5 Programa de iluminação Fase de cria: 0 a 2-3 dias => 24h de luz; 4 dias até 10 semanas => redução de 2h/dia até completar fotoperíodo natural Fase de recria: Programa de luz idêntico ao utilizado para poedeiras comerciais Variação: sombrites e fotoperíodo curto ou constante Fase de produção: Programa de luz com aumentos semanais (idem poedeiras comerciais) Importante na reprodução: produção de ovos, produção de sêmen e fertilidade Início: 19-20 semanas = matriz leve; 20 semanas = matriz pesada Debicagem 1ª = 7 a 10 dias de idade; 2ª = 9 a 10 semanas de idade (correção matriz pesadas) machos = moderada Controle corporal e uniformidade Fase de recria 4 a 5 semanas de idade = classificação do lote por peso corporal (2 a 3 categorias) manejo de cada categoria = determinado durante o período de crescimento = até a 9ª semana de idade as aves atinjam peso corporal padrão = resultando em boa uniformidade no momento do acasalamento Fase de reprodução Acompanhar o desenvolvimento do plantel Controlar peso corporal = peso padrão Pesagem: Semanal = até 32 semanas = aves em crescimento Quinzenal = 32 a 40 semanas Mensal = após 40 semanas = após pico de massa de ovo Machos: Acima do peso = acasalamento incompleto menor taxa de eclosão Abaixo do peso = espermatogênese reduzida Fatores que afetam a uniformidade Restrição alimentar mal administrada (ração e água) Falhas na pesagem da ração Deficiências de comedouros e bebedouros Baixa velocidade no transporte da ração nos comedouros Ideal = de 3 a 4 minutos Manejo dos machos 1ª seleção = 35 dias de idade 2ª seleção = 22 semanas Proporção de acasalamento: 1 macho : 10 fêmeas pesadas 1 macho: 8-9 fêmeas leves Grande responsabilidade sobre a fertilidade e acasalamentos: Linhagens pesadas: 1 ♀ : 150 pintos; 1 ♂ : 1500 pintos Linhagens leves: 1 ♀ : 100 pintos; 1 ♂ : 850 pintos Sistema de criação Separado por sexo Exigência fêmeas ≠ machos Maior apetite, velocidade de consumo e crescimento dos machos Restrição mais criteriosa Grupos de 500 machos Alojamento e acasalamento Alojamento Pesada Leve Idade (semanas) 20 16 Densidade 4 6 Relação M:F 1:10 1:8 Transferência antecipada = adaptação e formação de famílias Manejo de coleta dos ovos Frequência: 5 a 6 coletas por dia (observação da fase de produção e horário de postura) Coletar ovos de cama primeiro; armazenar em bandejas separados dos ovos de ninho Higiene Seleção: casca, sujidades, duas gemas (4%) Desinfecção: fumigação/ pulverização; até 2h após a coleta Armazenamento: T°C < 21°C e UR% = 73-78 com ventilação forçada Manejo dos ninhos Material absorvente e confortável Dimensões: 35x35x35 cm; 30 a 40 cm de altura do piso; 2 a 3 andares Densidade: 4 aves/ ninho Cuidados: fechar à noite (evitar choco) cama sempre limpa e seca reposição e troca constante: mensal paraformoldeído -> quinzenal carrapaticida e fungicida -> semanal Alimentação das matrizes Programa de alimentação Exigência nutricional de frangas reprodutoras pesadas de acordo com nível energético de ração Fases Inicial Cria Recria Idade (semanas) 1 a 6 7 a 12 13 a 18 Energia metabolizável (kcal/kg) 2.975 2.800 2.800 Proteína bruta (%) 19 16 14 Lisina (%) 0,925 0,613 0,571 Metionina (%) 0,371 0,268 0,257 Metionina + cistina (%) 0,675 0,488 0,468 Triptofano (%) 0,166 0,123 0,126 Treonina (%) 0,620 0,417 0,394 Cálcio (%) 0,940 0,832 0,800 Fósforo disponível (%) 0,437 0,392 0,310 Sódio (%) 0,180 0,160 0,150 Exigência nutricional de reprodutores pesadas Nutrientes Matriz Galos Consumo de ração g/ dia 160 130 Energia metabolizável kcal/kg 2750 2750 Proteína bruta (%) % 13,13 12,61 Lisina (%) % 0,917 0,357 Metionina (%) % 0,432 0,206 Metionina + cistina (%) % 0,785 0,375 Triptofano (%) % 0,132 0,104 Treonina (%) % 0,464 0,345 Cálcio (%) % 2,56 0,650 Fósforo disponível (%) % 0,250 0,300 Sódio (%) % 0,156 0,230 Restrição alimentar Objetivos: controle do desenvolvimento e peso corporal (de acordo com manual da linhagem) Melhoria da uniformidade Melhoria do desempenho reprodutivo maior peso dos primeiros ovos maior eclodibilidade e fertilidade maior produção e persistência maior viabilidade das aves Aumento do n° de ovos incubáveis/ ave alojada Linhagens: Pesadas (frangos de corte): prática realizada sempre Leves (poedeiras): normalmente não se faz, se fizer será na fase de recria Restrição quantitativa: Mais prática e usual Exemplos: Tipo de programa Fornecimento do alimento seg ter Qua qui sex sab dom todos os dias ● ● ● ● ● ● ● 6 e 1 ● ● ● ● ● ● × 5 e 2 ● ● ● × ● ● × 4 e 3 ● ● × ● × ● × skip a day ● × ● × ● × ● Obs.: Nunca restringir ração em dias seguidos ● ração × jejum Arraçoamento Horários fixos Agilidade e uniformidade no fornecimento da ração Proporção adequada de equipamentos Comedouro: fêmea: leve = 7,5 cm linear/ave; fêmea pesada = 15 cm linear/ave machos = 1:10 aves Bebedouro 1 nipple = 10 aves 1 pendular = 80 aves Nunca reduzir a quantidade de ração fornecida Quantidade de ração consumida por matrizes pesadas Fêmeas 160 a 170g de ração/ ave/ dia 450 a 470 kcal de EM/ ave/ dia 20g de proteína/ ave/ dia Machos 130 a 140g de ração/ ave/ dia 370 kcal de EM/ ave/dia 16g proteína/ ave/ dia Após pico de massa de ovos -> reduzir 15% de ração = 1 a 2g/ semana Quantidade de ração consumida por matrizes leves Ração à vontade -> sem restrições 280 a 290 kcal de EM/ ave/ dia 15,5g de proteína/ ave/ dia Desempenho zootécnico Parâmetros Pesada Leve CR: cria e recria (kg) 14 6 a 7 CR: produção (g/ave/dia) 170 105 a 110 Início de postura (semanas) 23 a 25 20 a 21 Peso corporal na postura (g/ fêmea) 2850 a 2900 1400 a 1550 Pico de postura (%) 83 a 85 93 a 95 N° ovos incubáveis/ ave alojada 170 a 180 230 a 240 N° pintos viáveis/ ave alojada 145 a 150 100 Taxa de eclodibilidade (%) 85 86 Idade de descarte (semanas) 68 80 Peso corporal no descarte (g/ fêmea) 3800 a 4000 1700 a 1900 Mortalidade no período de produção (%) 9 a 10 9 a 10 MANEJO DOS OVOS Legislação: RIIPOA = Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal DIPOA = Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal Colheita Limpeza e redução do n° de ovos perdidos 3 a 5 x / dia Observar período de postura Tipos de colheita: manual ou mecânica Colheita manual: Pessoal treinado Equipamentos adequados = carrinhos e bandejas Cuidado e higiene Colheita automática: Aparadores equipados com esteira automática Redução da mão de obra e do n° de ovos perdidos Maior frequência das coletas Menor contato com funcionários Melhor qualidade do produto Lavagem Retirada de sujidades simples e superficiais Temperatura da água 35 a 45°C ou pelo menos 10°C superior à T°C do ovo (Portaria n° 01 de 21 de fevereiro de 1990) Imersão = T°C água mais baixa do que T°C ovo = pressão negativa no seu interior e a água e a bactéria são puxadas para dentro do ovo Pulverização = tempo de contato é curto e a T°C da água menos crítica Ovoscopia Verificação de problemas internos e externos: trincas na casca não percebidas na seleção visual manchas de sangue e rompimentos de gema Características de um ovo fresco Inteiro: Afunda em água pura Câmara de ar de tamanho reduzido Quebrado sobre superfície lisa: Clara alta e junto à gema Gema alta e resistente ao rompimento Cozido: Difícil de descascar (membranas aderidas à casca) Gema centralizada Cavidade da câmara de ar pequena Ovos enriquecidos Composição do ovo depende parcialmente da ração da galinha Ração = baixo teor gordura = grande parte ácidos graxos da gema = origem endógena Ração = alto teor gordura = grande parte ácidos graxos da gema = origem dieta Ácidos graxos saturados = pouco efeito na composição da gema Ácidos graxos mono e poliinsaturados = efeito sobre o perfil de AGI da gema Ômega 3 e 6 = PUFA (ácidos graxos poliinsaturados) Ovos PUFA = gema mais pigmentada Humanos = dieta rica em PUFA = aumenta lipoproteínas de alta densidade HDL = reduzem triglicerídeos e colesterol ruim LDL Fontes de PUFA = óleos de linhaça, de canola e de peixe CLASSIFICAÇÃO DOS OVOS Tipo 1 (jumbo): > 65g Tipo 2 (extra): 60 a 65g Tipo 3 (grande): 55 a 60g Tipo 4 (médio): 50 a 55g Tipo 5 (pequeno): 45 a 50g Tipo 6 (industrial): < 45g OVOS COM DEFEITO Seleção Retirar ovos com defeitos externos:muito sujos, anormais, defeituosos, quebrados e trincados COMERCIALIZAÇÃO Ovos in natura Ovo em pó Ovo líquido pasteurizado Relação entre idade e peso corporal ASPECTOS RELACIONADOS À QUALIDADE DA CASCA DOS OVOS Formação do ovoovário esquerdo = 24 a 26h 2 fases: 1ª = 4h = formação dos componentes internos (membrana e albúmen) 2ª = 20 - 22h = deposição de cálcio para formação da casca íon HCO3- + Ca+2 CaCO3 (carbonato de cálcio)±98% da composição da casca CASCA 1ª defesa do ovo contra contaminações por microrganismos Além do CaCO3pequenas quantidades de carbonato de magnésio, fosfato de cálcio e substâncias orgânicas Poros Perda de umidade, de dióxido de carbono e a penetração do ar Câmara de ar aumentada com o tempo Cutícula = muco que recobre os poros no momento da postura Partes da casca Cutícula Camada esponjosa Camada mamilária Membrana da casca ou matriz orgânica Formação da casca do ovo Ovulação Captação do Óvulo Câmara da casca ou útero Ovo recoberto com 2 membranas (interna e externa) Final do processo de hidratação (iniciado o ístmo) + solução mineral composta por Na, K e bicarbonato (HCO3-) = produzido a partir de 1 molécula de H2O + CO2 (enzima de catalização anidrase carbônica) Origem do cálcio Nutrição e ossos medulares Corrente sanguínea = cálcio para casca células do útero não armazenam Ca Dieta deficiente em Ca = balanço de Ca negativo no organismo = paratormônio (PTH) = mobilização de Ca do osso = ↑ [Ca] no sangue Ca intestinal x Ca do osso = espessura da casca Fatores que influenciam a formação da casca Hormônios, vitaminas e minerais: ↓ [Ca] sangue = ↑ PTH e ativação da vit D3 (hidroxilada nos rins a 1,25(OH)2D3) vit D3 = abre canais de Ca da mucosa intestinal – captação do Ca Através da proteína ligante = calbindin vit C = requerida na síntese de vit D3 no rim ↑ [Ca] = ↑ calcitonina = regula [Ca] no sangue: Redução absorção intestinal e inibição da desmineralização óssea Mn = relacionado à formação das membranas da casca (matriz orgânica) Zn = anidrase carbônica P = formação da estrutura óssea e influenciado pelo PTH e calcitonina Ambiente: Estresse por calor = aumento da temperatura corporal Forma mais eficiente de dissipar calor pela ave = resfriamento evaporativo = evaporação da água pelo trato respiratório = aumento da frequência respiratória (ofegação) Altas taxas de ventilação alveolar = perdas de dióxido de carbono Incubação Artificial Objetivo: Produzir pintos a custos competitivos em quantidade e qualidade assegurada Incubatório Fluxo de materiais e de pessoal Sentido único - área limpa área suja Acesso à cada sala = via corredor de circulação Dependências específicas (salas) Ovos: Recepção Fumigação Classificação Estocagem Incubação Eclosão Pintos: Separação/ Sexagem Vacinação Dejetos Limpeza e desinfecção dos materiais, armazenamento dos utensílios, escritório, banheiro, refeitório e almoxarifado. Equipamentos Máquina classificadora de ovos – por peso e defeituosos Máquina de embandejamento de ovos – transfere ovos das bandejas de transporte para as de incubação até 45.000 ovos/ h e dois operadores Máquina de ovoscopia e transferência – ovos inférteis ou embriões não desenvolvidos Máquina de vacinação no ovo Conjunto de agulhas que perfuram os ovos; a parte externa da agulha perfura a casca do ovo e a parte (agulha) interna perfura o embrião e aplicam a vacina; após o processo cada agulha deve ser desinfetada individualmente Máquina de lavagem de bandejas e caixas de pintos – acopladas aos outros sistemas de automação Vacinação em spray para os pintos de um dia no incubatório Carrosel de Vacinação e Sexagem Máquina separação de pintos dos detritos – processo feito por sucção à vácuo diferenciando os elementos de acordo com a densidade Máquina de contagem e acondicionamento de pintos – 36.000 pintos/ h Higienização dos ovos e equipamentos Seca ou Fumigação Uso de formol Temperatura = 25 a 33°C Umidade do ar = superior a 70% Tempo de exposição e concentração do formol = atenção deve ser dada aos embriões Para ovos e incubadoras Por calor Ovos de matrizes positivas para Mycoplasma Synoviae incubadora à 46°C por 11 a 14 horas reduz taxa de eclosão em 5 a 8% Úmida Imersão soluções desinfetantes ou antibióticos baixa eficiência = presença de matéria orgânica na solução exemplo: amônia quaternária ou dióxido de cloro Lavagem lavagem com líquido corrente aquecimento da solução à 38 - 40°C máquina de lavagem = aumenta eficiência Diferencial de pressão pouco usado = controle de Mycoplasma bomba de vácuo e câmara hermeticamente fechada ovos mergulhados em solução desinfetante ou de antibiótico submetidos à pressão abaixo da atmosférica por diferencial de pressão o produto é introduzido no ovo desvantagem: bactérias resistentes também penetram Pulverização reduz contaminação sem afetar a taxa de eclosão atenção: presença de poeira e qualidade da água Classificação dos ovos Separar os ovos por lotes de aves de mesma idade, tamanho e linhagem Ovos muito pequenos ou muito grandes, trincados ou de casca porosa não eclodem Cada um dos lotes classificados serão incubados separadamente Estocagem dos ovos Temperatura da sala X Período de estocagem Até 3 dias = 18 a 24°C De 4 a 7 dias = 15 a 17°C Acima de 7 dias = 12 a 14°C Resfriamento lento Umidade relativa = de 70 a 80% Ventilação de 0,66m³ de ar/ hora para cada 1.000 ovos Incubação Pré-aquecimento T°C = 24 a 30°C e UR = 70 a 75% por 8 a 12 horas Procedimentos T°C da sala de incubação = 24 a 28°C e UR = 60% com renovação de ar Incubadora T°C = 37 a 38°C e UR = 50 a 60% Ventilação = 2m/ s Duração de 19 dias T°C baixa = reduz taxa de desenvolvimento e aumenta período de incubação Viragem automática = de hora em hora; manual = 3x/dia Posicionamento do ovo = extremidade mais fina para baixo Perda de umidade do embrião = 12% Desinfecção da incubadora: Fumigação: 12 a 18 horas após o carregamento 1x/semana Eclosão Nascedouro Ovos transferidos a partir de 444 – 448 horas T°C = 36,5 a 37°C e UR = 60 a 65% Renovação do ar = de 10 a 15 trocas/ hora no pico de nascimento = 35 trocas/ hora = alta taxa de respiração = falta de oxigênio função da ventilação: suprir oxigênio e remover o calor gerado pelos embriões Retirada dos pintinhos: 496 - 510 horas Desinfecção: solução a base de formol (equipamentos, carrinhos e bandejas) Embriodiagnóstico Ferramenta utilizada para avaliar os padrões e as causas das mortes embrionárias Fases de desenvolvimento embrionário Partes do embrião = saco vitelino, alantóide, âmnio e córion Saco vitelino = rede de capilares responsável pela absorção de nutrientes; a membrana vitelina se incorpora ao intestino delgado Âmnio = contém o líquido amniótico; protege contra impactos e mantem a umidade Alantóide = armazena substâncias excretadas; se funde com o córion Córion = membrana que envolve o saco vitelino; se funde ao alantóide e permite troca de substâncias com o albúmen e Ca com a casca Eventos críticos do desenvolvimento embrionário 2 e 3 dias: coração começa bater; formação dos vasos sanguíneos e finalização do tubo neural, início da vesícula auditiva e do âmnio. Respiração corionalantóide = captação de oxigênio da corrente sanguínea primária. 18 e 19 dias: embrião tem acesso à câmara de ar, passa a respirar pelos pulmões Vacinação No ovo = entre 17 e 19 dias de incubação Embrião na posição de eclosão (cabeça sobre asa direita e saco vitelino dentro do abdomen) Injeção deve atingir o liquido aminiótico Vacinas: contra doença de Marek (obrigatória), Gumboro, Bouba aviária, Bronquite infecciosa, Newcastlle, Coccidiose Monitoramento microbiológico Patógenos que podem ocorrer num incubatório: Escherichia coli (onfalite), Aspergillus sp. (pneumonia e toxinas) e Salmonella Temperatura e umidade favorecem sobrevivência de esporos de fungos Fontes de contaminação: ovos, pessoal, vacinas Monitoramento: placas de Petri e/ou swabs de todos os setores (equipamentos, instalações físicas, teste de penugem, resíduos, mãos dos funcionários) antes e depois da limpeza e desinfecção; Contagem de UFC (Unidades Formadoras de Colônias) Escolha do desinfetante mais adequado, grau de diluição adequado e eficiência (evitando resistência) Água de boa qualidade e sem coliformes Realização de pelo menos uma vez por mês Coturnicultura: Criação de Codornas Família: Faisanidae Gênero: Coturnix Espécie: C. coturnix Subespécies: Coturnix coturnix coturnix Coturnix coturnix japonica Características gerais ↑ Taxa de postura ↑ Pico e Persistência ↑ Densidade de Criação ↑ Vida Produtiva Maturidade Sexual Precoce Sistemas de Criação Criação em piso fase de cria e recria carne e ovos 200 a 50 aves/ m2 Criação em gaiolas fase de recria carne e ovos 85 a 100 aves/ m2 fase de postura - ovos 90 a 106 aves/ m2 Manejo Produtivo Fase de Cria/ Inicial 1 a 21 dias Fase de Recria/ Crescimento 22 a 42 dias Fase de Produção/ Terminação 43 dias – descarte/ abate Fases de Cria e Recria Recebimento das codorninhas Círculo de proteção delimitar espaço aves próximas à fonte de calor, água e ração eucatex com 0,50 m de altura 200 aves/ m2 Equipamentos Campânula = fonte de aquecimento Temperaturas ótimas em função da idade das aves Bebedouros Copo de pressão1:200 aves Bebedouros interligados1:200 aves Bebedouro pendular1:200 aves Comedouros Bandeja1:200 TubularSemiautomático1:80 aves Debicagem Redução canibalismo e desperdício de ração 14 ou 21 dias 1/3 dos bicos Fase de Postura PROGRAMA DE LUZ 40 -42 dias de idade aumentos de 30 minutos semanais 16-17 horas de luz/ dia Muda forçada Técnica adotada para aproveitar poedeiras por mais um ciclo Não é eficiente em codornas Taxa de mortalidade elevada Produção do 2° ciclo insatisfatória Índices Produtivos Pico de Postura => Postura = 93 a 95% Corte = 80 a 85% ( ↑peso corporal ↓produção) Número de ovos produzidos => 300 ovos/ ave-ano Conversão Alimentar por massa => Postura = 2,5 Corte = 3,3-4,0 Peso Corporal aos 42 dias de idade => Postura = 170-180g Corte = 250-260g Outras Práticas no Manejo Produtivo Distribuição de ração, 2x/dia, Redução do desperdício Manejo Alimentar Exigências nutricionais - Tabelas estrangeiras = NRC (1994) - Níveis práticos Nutrientes Inicial e crescimento Postura e reprodução Energia Metabolizável (kcal/kg) 2.900 2.900 Proteína Bruta (%) 24 20 Lisina total (%) 1,3 1,0 Metionina + cistina total (%) 0,75 0,70 Cálcio (%) 1,0 2,5 Fósforo disponível (%) 0,30 0,35 Exigências nutricionais utilizadas experimentalmentepara codornas japonesas em postura Nutrientes Postura Energia Metabolizável (kcal/kg) 2.800 Proteína Bruta (%) 19,30 Cálcio (%) 3,09 Fósforo disponível (%) 0,31 Sódio (%) 0,15 Aminoácidos digestíveis (%) Postura Lisina 1,08 Metionina + cistina 0,86 Triptofano 0,22 Treonina 0,65 Leucina 1,37 Arginina 1,22 Histidina 0,41 Formulação de ração: Ingredientes alimentícios: milho, farelo de soja, alternativos Aditivos: Suplementos minerais e vitamínicos, Aminoácidos sintéticos, Energia metabolizável de alimentos, Digestibilidade de nutrientes Frangos corte x codornas peculiaridades fisiológicas e comportamentais Codornas: baixa taxa de passagem da digesta digestibilidade dos nutrientes Manejo Sanitário Controle de moscas e roedores Tratamento das excretas = controle umidade Coletor automático de excretas Limpeza das bandejas Higienização das instalações e equipamentos Programas de vacinação Não definido no Brasil Região de criação Procedência das codornas Consultar médico veterinário Marek = 1° dia no incubatório;Leucose;Newcastle = 13 e 32 dias de idade na água de bebida;Bronquite das codornas;Influenza Aviária;Encefalomielite;Gumboro;Salmonelose;Coriza;Coccidiose. Tratamento de resíduos Fossa séptica Compostagem Biodigestor Conclusão Produção, nutrição e saúde são processos interligados e envolvidos em dois objetivos: Qualidade do produto final e rentabilidade do sistema