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Fluxos de caixa para orçamento de capital Profª. Karina da Silva Carvalho karina.carvalhoadm@gmail.com Objetivos de aprendizagem 1. Compreender os motivos básicos dos gastos de investimento e as etapas do processo de orçamento de capital; 2. Definir a terminologia básica de orçamento de capital; 3. Calcular o investimento inicial associado a uma proposta de gasto de capital; 4. Determinar as entradas operacionais de caixa relevantes; 5. Explicar o conceito de fluxo terminal de caixa. • Orçamento de capital é o processo de identificação, avaliação e implantação das oportunidades de investimento de longo prazo de uma empresa. • Procura identificar investimentos que aumentarão a vantagem competitiva da empresa e a riqueza de seu acionista. • A decisão típica de orçamento de capital envolve um investimento inicial substancial, seguido de uma série de entradas de caixa menores. • Decisões incorretas em relação a orçamento de capital podem levar, em última instância, à falência da empresa. Motivos principais da realização de gastos de capital • Expansão; • Substituição; • Renovação; • Outros. Exemplos • Substituição de ativos obsoletos; • Aquisição de ativos para expansão com novos produtos ou em novos mercados; • Aquisição de outra empresa; • Cumprimento de exigências legais; • Atendimento de demandas de funcionários. Etapas do processo de orçamento de capital • Geração de propostas; • Revisão e análise; • Tomada de decisão; • Implantação; • Acompanhamento. Projetos independentes e projetos mutuamente exclusivos • Projetos independentes, não competem pelos recursos da empresa. Uma empresa pode selecionar um ou o outro, ou ambos, desde que atendam às exigências mínimas de rentabilidade; • Projetos mutuamente exclusivos são investimentos que competem de alguma forma pelos recursos da empresa – uma empresa pode selecionar um ou outro dos projetos, mas não ambos. Fundos ilimitados e racionamento de capital • Se a empresa tiver fundos ilimitados para a realização de investimentos, então todos os projetos independentes que prometerem retornos superiores a certo nível poderão ser aceitos e implantados. • Geralmente, porém, na maioria dos casos, as empresas operam sob condições de racionamento de capital, possuindo um número fixo de fundos para aplicar em investimentos e projetos. Fluxos de caixa convencionais e fluxos de caixa não convencionais Aceitação-rejeição e classificação de projetos • O enfoque de aceitação-rejeição envolve a avaliação de propostas para determinar se atendem ao critério mínimo de aceitação da empresa; • O enfoque de classificação envolve o ordenamento de propostas com base em uma medida predeterminada, tal como a taxa de retorno. Principais componentes do fluxo de caixa = - = - = - Investimento Inicial Entradas de caixa operacionais Fluxo de caixa final Investimento Inicial necessário para adquirir um novo ativo Entrada de caixa operacionais do novo ativo Fluxo de caixa, após o imposto de renda, do término do novo ativo Entradas de caixa, após o imposto de renda , da liquidação do antigo ativo Entradas de caixa operacionais do antigo ativo Fluxo de caixa, após o imposto de renda, do término do antigo ativo Investimento Inicial Entradas de caixa operacionais Fluxo de caixa final Investimento Inicial necessário para adquirir um novo ativo Entrada de caixa operacionais do novo ativo Fluxo de caixa, após o imposto de renda, do término do novo ativo Entradas de caixa, após o imposto de renda , da liquidação do antigo ativo Entradas de caixa operacionais do antigo ativo Fluxo de caixa, após o imposto de renda, do término do antigo ativo Fluxos de caixa de expansão e fluxos de caixa de substituição Categorias de fluxos de caixa • Fluxos iniciais de caixa são fluxos de caixa inicialmente resultantes do projeto. Geralmente são representados por saídas de caixa; • Fluxos de caixa operacionais são os fluxos gerados pelo projeto durante seu funcionamento. Esses fluxos costumam ser positivos; • Fluxos de caixa terminais resultam da liquidação do projeto. São comumente positivos. Formato básico para determinação do investimento inicial Custo instalado do novo ativo (=) Custo do novo ativo (+) Custo de instalação (-) Recebimento depois do IR com a venda do antigo ativo (=) Recebimentos com a venda do antigo ativo (±) Imposto sobre a venda do antigo ativo (±) Variação de capital de giro líquido INVESTIMENTO INICIAL Forma de rendimento Definição Alíquota presumida tributável Ganho de capital Parcela do preço de venda acima do preço inicial de compra 40% Depreciação reavida Parcela do preço de venda acima do valor contábil e que representa recuperação da depreciação anteriormente contabilizada 40% Perda na venda do ativo Valor pelo qual o preço de venda é inferior ao valor contábil 40% da perda permite redução do imposto devido Cálculo de variação de capital de giro líquido Item circulante Variação do saldo Caixa (+) R$ 4.000 Contas a receber (+) R$ 10.000 Estoques (+) R$ 8.000 (1) Ativos Circulantes (+) R$ 22.000 Contas a pagar (+) R$ 7.000 Despesas a pagar (+) R$ 2.000 (2) Passivos circulantes (+) R$ 9.000 Variação do capital de giro líquido [(1)-(2)] R$ 13.000 1º) Exemplo • A empresa B, uma grande e diversificada fabricante de componentes para aeronaves, está tentando determinar o investimento inicial necessário para substituir uma máquina antiga por um modelo novo e mais sofisticado. O preço de compra da máquina é R$ 380.000; R$ 20.000 adicionais serão necessários para instalá-la. A depreciação ocorrerá de acordo com o MACRS, com o prazo de recuperação de cinco anos. A máquina atual (antiga) foi comprada há três anos, ao custo de R$ 240.000, e estava sendo depreciada pelo MACRS, com prazo de recuperação de cinco anos. A empresa encontrou um comprador disposto a pagar $ 280.000 por essa máquina, e ele se encarregará de transportá-la à sua própria custa. A empresa espera que um aumento de $ 35.000 dos ativos circulantes e de $ 18.000 dos passivos circulantes acompanhe essa substituição. Tais variações resultarão em um crescimento de $ 17.000 (R$ 35.000 – R$ 18.000) do capital de giro líquido. Tanto os rendimentos ordinários quanto os ganhos de capital são tributados à alíquota de 40%. Custo instalado do novo ativo (=) ............................................... R$ Custo do novo ativo ......................................................... R$ (+) Custo de instalação .......................................................... R$ (-) Recebimento depois do IR com a venda do antigo ativo (=) .... R$ Recebimentos com a venda do antigo ativo ...................... R$ (±) Imposto sobre a venda do antigo ativo ........................ R$ (±) Variação de capital de giro líquido ......................................... R$ INVESTIMENTO INICIAL .............................................................. R$ Receita (-) Despesa (excluindo depreciação) Resultado antes da depreciação e do IR (-) Depreciação Lucro Líquido antes do IR (-) Imposto de Renda Lucro Líquido depois do IR (+) Depreciação Entradas operacionais de caixa Cálculo das entradas de caixa operacionais usando o formato de uma DRE Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Receita 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000 0 (-) Despesas 2.300.000 2.300.000 2.300.000 2.300.000 2.300.000 (=) Resultados antes da depreciação e do IR (-) Depreciação (=) LL antes do IR (-) IR (=) LL depois do IR (+) Depreciação (=) ENTRADAS OPERACIONAIS DE CAIXA Com a máquina proposta Máquina Proposta: R$ 400.000; Máquina Antiga: R$ 240.000 (comprada há 3 anos). Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Receita 2.200.000 2.300.000 2.400.000 2.400.000 2.250.000 0 (-) Despesas 1.990.000 2.110.000 2.230.000 2.250.000 2.120.000 (=) Resultados antes da depreciação e do IR (-) Depreciação (=) LL antes do IR (-) IR (=) LL depois do IR (+) Depreciação (=) ENTRADAS OPERACIONAIS DE CAIXA Com a máquina antiga Máquina Proposta: R$ 400.000; Máquina Antiga: R$ 240.000 (comprada há 3 anos). Entradas operacionais de caixa incrementais (relevantes) da Powell Corporation Ano Máquina proposta (1) Máquina atual (2) Incrementais (relevantes) [(1)-(2)] = (3) 1 164.000 137.520 26.480 2 183.200 125.520 57.680 3 162.400 106.800 55.600 4 151.200 90.000 61.200 5 151.200 78.000 73.200 6 8.000 0 8.000 2º) Exemplo A Central Laundry and Cleaners está examinando a possibilidade de substituir um equipamento já existente por uma máquina mais sofisticada. O equipamento antigo foi comprado há três anos, a um custo de R$ 50.000,00, valor depreciado sob o MACRS, com prazo de recuperação de cinco anos; ele ainda tem cinco anos de vida útil remanescente. A nova máquina que está sendo considerada custa R$ 76.000,00 e requer custos de instalação de R$ 4.000,00. Ela é tributada à alíquota de 40% tanto em termos de rendimentos ordinários quanto de ganhos de capital. As receitas e despesas (excluindo a depreciação) associadas às máquinas nova e antiga e estimadas para os próximos cinco anos são indicadas na tabela a seguir: Determine as entradas operacionais incrementais associadas à substituição proposta Máquina nova Máquina antiga Ano Receitas Despesas (excluindo depreciação) Receitas Despesas (excluindo depreciação) 1 R$ 750.000 R$ 720.000 R$ 674.000 R$ 660.000 2 R$ 750.000 R$ 720.000 R$ 676.000 R$ 660.000 3 R$ 750.000 R$ 720.000 R$ 680.000 R$ 660.000 4 R$ 750.000 R$ 720.000 R$ 678.000 R$ 660.000 5 R$ 750.000 R$ 720.000 R$ 674.000 R$ 660.000 Recebimentos com a venda do novo ativo, depois do IR (=) Recebimentos com a venda do novo ativo (±) IR sobre a venda do novo ativo (-) Recebimentos com a venda do antigo ativo depois (=) Recebimentos com a venda do antigo ativo (±) IR sobre a venda do antigo ativo (±) Variação do capital de giro líquido (=) Formato básico de determinação do fluxo de caixa terminal Venda da Máq. nova ao final do 5º ano R$ 50.000; Venda da Máq. antiga R$ 0; Recuperação do Capital de Giro Líquido R$ 17.000. Referências ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Curso de administração financeira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009. GITMAN, Lawrence Jefrey. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2004. Ano de recuperação 3 anos 5 anos 7 anos 10 anos 1 33% 20% 14% 10% 2 45% 32% 25% 18% 3 15% 19% 18% 14% 4 7% 12% 12% 12% 5 12% 9% 9% 6 5% 9% 8% 7 9% 7% 8 4% 6% 9 6% 10 6% 11 ______ ______ ______ ___4% 100% 100% 100% 100% Porcentagem por ano de recuperação Taxas arredondas de depreciação por ano de recuperação, usando MACRS. Obrigada! karina.carvalhoadm@gmail.com