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09/05/2013 1 Contabilidade Gerencial Tema 4: Fluxo de Caixa Profa. Ma. Rozana Carvalho Pereira • FAS 95 do FASB – Financial Accounting Standards Board. • IAS 7 – International Accounting Standards. • CPC 3 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa. Demonstração dos Fluxos de Caixa Lei 6.404/76 – Redação dada pela Lei n° 11.638/2007 Art. 176 - As companhias deverão elaborar a Demonstração dos Fluxos de Caixa. § 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. Demonstração dos Fluxos de Caixa 09/05/2013 2 • Prover informações aos usuários: – Sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro (equivalentes-caixa). – Ocorridas durante determinado período. Objetivo da Demonstração dos Fluxos de Caixa • Capacidade da empresa de gerar fluxos líquidos positivos de caixa, de honrar seus compromissos, pagar dividendos e retornar empréstimos obtidos. • Liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa. • Grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa. • Os efeitos sobre a posição financeira da empresa, das transações de investimento e de financiamento. Finalidade da Demonstração dos Fluxos de Caixa Para o Cumprimento de sua Finalidade, o Modelo da DFC Adotado Deve Atender aos Seguintes Requisitos: - Evidenciar o efeito periódico das transações de caixa segregadas por atividades operacionais, atividades de investimentos e atividades de financiamentos, nesta ordem. - Evidenciar separadamente, em Notas Explicativas, as transações de investimento e financiamento que afetam a posição patrimonial da empresa, mas não alteram diretamente os fluxos de caixa do período. 09/05/2013 3 Para o cumprimento de sua finalidade, o modelo da DFC adotado deve atender aos seguintes requisitos: - Reconciliar o resultado líquido (lucro/prejuízo) com o caixa líquido gerado ou consumido nas atividades operacionais. Fluxo de Caixa Diário • A gestão do fluxo de caixa diário poderá ser elemento primordial para o setor gerencial e financeiro, com a responsabilidade pelos seus dados. Fluxo de Caixa Mensal • O fluxo de caixa mensal interage com os movimentos mensais das diversas contas da empresa, caracterizando como um acontecimento fundamental para monitoramento e controle dos recursos da empresa juntamente ao balanço patrimonial e à demonstração de resultados. 9 Estruturação do Fluxo de Caixa Saldo em 31-12-X0 + Entradas Receita recebida em 19X1 Valor Acumulado (-) Saídas Pagamento a Fornecedores Compra de Novos Imobilizados Amortização de Financiamento Pagamento de Desp. Operacionais Pagamento de Dividendos Saldo em 31-12-X1 09/05/2013 4 Equivalentes de Caixa • Equivalentes-caixa = bancos + investimentos de altíssima liquidez que apresentam risco insignificante de alteração de valor. • Problema de interpretação: o que é equivalente de caixa? O FASB requer a evidenciação, em Notas Explicativas, dos critérios considerados. Equivalentes de Caixa • No Brasil, são exemplos de equivalentes-caixa: cadernetas de poupança, CDB/RDB prefixados, títulos públicos de alta liquidez. • Objetivo de investimentos é assegurar a estas sobras temporárias de caixa a remuneração correspondente ao preço do dinheiro no mercado. Transações que NÃO Afetam o Caixa: • Depreciação, Amortização e Exaustão. • Provisão para Devedores Duvidosos. • Reavaliação. • Acréscimos (ou Diminuições) de itens de investimentos pelo método de equivalência patrimonial. 09/05/2013 5 Métodos – DFC Métodos para a elaboração do Fluxo de Caixa Método Direto Método Indireto Com os registros de caixa Com as demonstrações contábeis Método Direto • Verdadeiro “Fluxo de Caixa”. • Mais detalhamento das movimentações. • Mais esforço na sua confecção. • São evidenciados os valores realizados das operações em determinado período. Método Direto – Vantagens • Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja introduzida mais rapidamente. • As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente. • Melhor visualização e entendimento pelo usuário comum. Método Direto – Desvantagens -Custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos. -A falta de experiência dos profissionais das áreas contábil e financeira em usar as partidas dobradas para classificar os recebimentos e pagamentos. 09/05/2013 6 Método Indireto • Ajuste do lucro líquido – reconciliação com o fluxo de caixa líquido das atividades. • Apesar de evidenciar a variação ocorrida nas disponibilidades, o fluxo de caixa estruturado dessa maneira deixa lacunas importantes na evidenciação das informações, por considerar, de forma simplificada, a entrada e a saída do Caixa. Método Indireto – Vantagens • Baixo custo – basta utilizar o Balanço Patrimonial de dois períodos, a DRE e algumas informações adicionais obtidas na contabilidade. • Concilia lucro contábil com fluxo de caixa, mostrando como se compõe a diferença. Classificação das Movimentações de Caixa por Atividade • O formato adotado pelo DFC é o de classificação das movimentações de caixa por grupo de atividades. • A classificação de pagamentos e recebimentos de caixa relacionam-se, normalmente, com a natureza da transação que lhe dá origem. • A natureza da transação deve levar em consideração a intenção da empresa para fins de classificação. 09/05/2013 7 Atividades Operacionais • Envolvem todas as atividades relacionadas com a produção e entrega de bens e serviços. • Eventos que não sejam definidos como atividades de investimento e financiamento. • Normalmente, relacionam-se com as transações que aparecem na Demonstração de Resultados. Atividades Operacionais – Entradas • Recebimentos pela venda e serviços. • Recebimento de juros sobre empréstimos concedidos e sobre aplicações financeiras. • Recebimentos de dividendos pela participação no patrimônio de outras empresas. • Não definidos na classificação das atividades de investimento ou financiamento como: sentenças judiciais; indenizações por sinistros, exceto aquelas diretamente relacionadas a atividades de investimento ou financiamento, como o sinistro em uma edificação, por exemplo. Atividades Operacionais – Saídas • Pagamentos a fornecedores referentes ao suprimento de matéria-prima para a produção ou de bens para revenda. Se compra a prazo, pagamento do principal dos títulos de curto ou longo prazos a que se refere a compra. • Pagamentos aos governos federal, estadual e municipal, referentes a impostos, multas, alfândega e outros tributos e taxas. • Pagamento de juros (despesas financeiras) dos financiamentos (comerciais e bancários) obtidos. 09/05/2013 8 Atividades de Investimento • Aumento e diminuição dos ativos de longo prazo que a empresa utiliza para produzir bens e serviços. • Concessão e recebimento de empréstimos (os concedidos), a aquisição e venda de instrumentos financeiros e patrimoniais de outras entidades e a aquisição e alienação de imobilizado. Atividades de Investimento – Entrada • Recebimento do principal dos empréstimos concedidos ou da venda desses ativos a outras entidades, exceto ativos financeiros classificados como equivalentes-caixa. • Recebimento pela venda de títulos de investimento a outras entidades. • Recebimento pela venda de participações em outras empresas. • Recebimento pelo resgate de participações pelas entidades investidas. • Venda de imobilizado e de outros ativos fixos utilizados na produção. Atividades de Investimento – Saídas • Desembolso dos empréstimos concedidos pela empresa e pagamento pela aquisição de títulos de investimento de outras entidades. • Pagamento pela aquisição de títulos patrimoniais de outras empresas. • Pagamento, no momento da compra ou em data próxima a esta, de terreno, edificações, equipamentos ou outros ativos fixos utilizados na produção. 09/05/2013 9 Atividades de Financiamento • Relacionam-se com os empréstimos de credores e investidores à entidade. • Incluem a obtenção de recursos dos sócios ou acionistas e o pagamento a estes de retornos sobre seus investimentos ou do próprio reembolso do investimento. • Incluem também a obtenção de empréstimos junto a credores e a amortização ou liquidação destes, além da obtenção e pagamento de recursos de/a credores via créditos de longo prazo. Atividades de Financiamento – Entrada -Venda de ações emitidas. -Empréstimos obtidos. -Recebimento de contribuições, de caráter permanente ou temporário, que, com finalidade determinada para adquirir, construir ou expandir a planta instalada, aí incluídos equipamentos ou outros ativos de longa duração necessários à produção. Atividades de Financiamento – Saída -Pagamento de dividendos ou outras distribuições aos donos, incluindo o resgate de ações da própria empresa. -Pagamento dos empréstimos obtidos (exceto juros). -Pagamento do principal referente a imobilizado adquirido a prazo. 09/05/2013 10 Basicamente o fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas. Quais são? Então... Variações Positivas (Aumentam o Caixa) . Integralizações (aportes de capital). . Empréstimos bancários e financiamentos. . Venda de itens do Ativo Permanente. . Vendas à vista e Recebimento de duplicatas a receber. . Outras entradas. Variações Negativas (Diminuem o Caixa) . Pagamento de dividendos. . Amortização de principal e pagamento de juros de empréstimos. . Aquisições à vista de item para Ativo Permanente. . Compra à vista e pagamento a fornecedores. . Pagamento de despesas, Contas a Pagar e outros. 09/05/2013 11 Não Esqueça: Fluxo de Caixa Direto • Revela de forma simples o quanto entrou – origens – e quanto saiu – aplicações –, destacando as principais entradas e saídas de recursos. Fluxo de Caixa Indireto • Mostra quais foram as alterações no giro (Ativo e Passivo Circulante) que refletem o aumento ou a diminuição no Caixa, sem explicar diretamente as entradas e saídas de dinheiro. Aportes de Capital Empréstimos Bancários Vendas à vista Recebimento de Duplicatas Venda à vista de itens do Ativo Permanente Outras entradas FLUXO DE CAIXA BÁSICO ENTRADAS Pagamento de dividendos Pagamento de empréstimos. Aquisições à vista de item para Ativo Permanente Compra à vista e pagamento a fornecedores. Pagamento de despesas, Contas a Pagar Outras saídas SAÍDAS Forma Data Descritivo Entradas Saídas Saldo 31 jul. 1 ago. 5 ago. 8 ago. 10 ago. Saldo inicial Pagto. de empréstimo Recebimento de duplic. Rec. venda à vista Pagamento de salários 500 300 100 250 150 650 950 750 Total 200 750 300 800 09/05/2013 12 Forma Movimentação + Entradas - Saídas = Superávit (Déficit) Saldo Inicial Saldo Final 5 ago. 500 500 150 650 8 ago. 300 300 650 950 10 ago. (200) (200) 950 750 1 ago. 100) 100) 250 150 Total 800 (300) 500 250 750 Elabore o Fluxo de Caixa • Saldo inicial de Caixa: 200.000 Entradas • Receita Líquida 5.550.000 • Saldo Parcial 5.750.000 • Não houve outras entradas. Recursos que saíram do Caixa: • Fornecedores 3.500.000 • Compra Imobilizado 600.000 • Pagto. parcial Financiam. 300.000 • Pagto. despesas operac. 900.000 • Pagto. de Dividendos 200.000 • Total 5.500.000 09/05/2013 13 Resposta: Conclusões • A Demonstração do Fluxo de Caixa relaciona entradas (origens) e saídas (aplicação) de dinheiro em determinado intervalo de tempo. • Seu objetivo primordial é preservar a liquidez imediata, essencial à manutenção das atividades da empresa. Conclusões • O planejamento do fluxo de caixa (cash-flow) é um fator crítico. Sem caixa adequado, independentemente do nível de lucros, a empresa poderá tornar-se inadimplente e até falir. • A Demonstração do Fluxo de Caixa é instrumento indispensável na tomada de decisão.