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Microeconomia

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ROTEIRO DE CURSO
2010.1
MICROECONOMIA
AUTOR: ANTÔNIO CARLOS PORTO GONÇALVES
Sumário
Garantias de Cumprimento
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 3
2. PLANO DE AULA .............................................................................................................................................. 7
Bloco I: A lei da oferta e da demanda ............................................................................................. 7
Bloco 2: Economia do bem-estar ................................................................................................. 12
Bloco 3: Comportamento da empresa e organização da indústria ...............................................16
Bloco 4: A economia do setor público .......................................................................................... 23
3. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................. 26
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 3
1. INTRODUÇÃO
1.1. VISÃO GERAL
O panorama social de qualquer grupo de seres humanos é composto por 
uma imensa quantidade de dados e informações, os quais interagem de forma 
muito complexa e não evidente à primeira análise. As diversas ciências sociais 
procuram ordenar e estudar esta multiplicidade de dados e informações. As-
sim, a História usa, em geral, um critério de organização temporal e de perio-
dização para o entendimento dos fenômenos sociais, na expectativa de que as 
causas e os efeitos se ordenem de maneira temporal, ou que pelo menos isto 
ocorra na maioria das vezes.
A Ciência Política tenta classifi car, ordenar, entender os dados sociais a 
partir da perspectiva do poder – isto é, de seres humanos interagindo e ob-
tendo resultados melhores para um grupo e piores para o outro, conforme o 
poder que cada grupamento consiga amealhar. A Sociologia busca achar con-
fi gurações de interdependência entre os grupos humanos, isto é, a formação 
de coalizões chamadas classes, estados, nações, raças, sindicatos, familias etc, 
as quais interagem entre si, tudo isto com o objetivo de interpretar os fenô-
menos sociais a partir destas confi gurações e de sua dinâmica. A Antropolo-
gia faz essencialmente o mesmo que a Sociologia, mas seu foco é, em geral, no 
passado ou em sociedades do presente fora do “main-stream” geográfi co. Há 
também abordagens institucionais, éticas e jurídicas, que se concentram em 
considerar as instituições e as regras desenvolvidas pelos seres humanos para 
conseguir uma convivência mutuamente benéfi ca ou que analisam o porquê 
de não conseguirem tal convivência.
A Economia, por sua vez, adota dois pontos de vista diferentes. Na Ma-
croeconomia, se considera a evolução dos chamados grandes agregados eco-
nômicos – PIB, infl ação, desemprego, exportações etc. – e este ramo do 
conhecimento é de natureza similar à Sociologia, isto é, busca confi gurações 
de interdependência, dividindo a sociedade em grupos amplos – empre-
sários, banqueiros, trabalhadores, governo – e analisando a sua dinâmica 
interativa. Mas isso será visto com mais detalhes na parte referente ao curso 
de Macroeconomia.
A Microeconomia, por sua vez, adota como princípio organizador dos 
dados sociais que observa o comportamento racional das pessoas, defi nido de 
forma restrita como sendo a otimização das escolhas, feita por cada indiví-
duo, para alcançar seus objetivos, supostamente muito claros e indubitáveis 
para cada um.
Estes objetivos são considerados também relativamente imutáveis. O 
“homo economicus” não tem dúvidas e é constante. A pessoa sabe o que 
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quer e não muda, mudando apenas as suas circunstâncias. As modifi cações 
nos dados sociais são então explicadas como decorrentes de mudanças nas 
circunstâncias das pessoas, dos indivíduos, induzindo a mudanças nas suas 
escolhas, e então na sociedade como um todo. Os modelos modernos ma-
croeconômicos, buscando fundamentos microeconômicos e a unifi cação da 
economia, construídos a partir da otimização individual, em geral acrescen-
tam ainda mais hipóteses simplifi cadoras, talvez simplórias, a esta construção 
– por exemplo, todas as pessoas são iguais, e assim por diante.
O ponto de vista metodológico microeconômico é reducionista, a redução 
chegando ao nível do indivíduo. E a agregação, soma simples dos compor-
tamentos dos indivíduos, é que explicaria os movimentos sociais como um 
todo. Apenas recentemente a teoria dos jogos tem construído modelos envol-
vendo coalizões supra-individuais. E, como dito acima, é também um ponto 
de vista metodológico racionalista estrito, ou seja, não é o simples projeto 
grego de entender o mundo à luz da razão. É o racionalismo utilitário, do 
comportamento individual maximizador.
Apesar de suas restrições, este ponto de vista da Microeconomia é bem in-
teressante, até para servir como balizador, quando se trata de explicar o com-
portamento de pequenas unidades econômicas, como os consumidores ou as 
empresas, sujeitas a mudanças freqüentes nas suas circunstâncias. Para tanto, 
desenvolve conceitos, como a escassez refl etida nos vários tipos de custos, a 
regularidade das preferências e da técnica refl etida na classifi cação geral dos 
bens e dos fatores de produção (em substitutos e complementares), as leis da 
demanda e da oferta, descritivas de uma ampla gama de fenômenos de troca, 
o comportamento dos mercados competitivos, o poder de mercado monopó-
lico e oligopólico, os custos e os benefícios externos, isto é, as externalidades, 
e assim por diante. Todos esses conceitos são muito usados, inclusive na le-
gislação econômica referente a controles, regulação, determinação de preços, 
proteção do meio ambiente, e outros campos similares. O entendimento de 
tais conceitos é, portanto, importante para os profi ssionais da área jurídica.
Em síntese, cada uma das ciências sociais não tem um grupo de fenôme-
nos específi cos aos quais se dedica como se fosse seu território. Na verdade, 
elas adotam estratégias próprias para obter o conhecimento, através do uso 
de princípios diferentes de organização dos dados e das informações, como 
se fossem diversos pontos de vista, mutuamente não exclusivos, ordenando o 
mesmo conjunto de observações, movimentos e reações sociais.
No entanto, é evidente que por usarem princípios diversos para a organi-
zação do conhecimento, cada uma das ciências sociais se presta mais à análise 
de certos fenômenos nos quais a efi ciência explicativa ou interpretativa do 
princípio que a caracteriza é maior. Daí a aparente especialização “territorial” 
de cada uma das ciências sociais, quando na verdade qualquer fenômeno so-
cial pode ser olhado a partir de vários pontos de vista.
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No caso da Microeconomia, este aparente “território” existe e é o seu cam-
po de estudo clássico, que se compõe de conceitos ligados à produção das 
empresas – custos, formação de preços em várias confi gurações de mercado 
– e também o comportamento do consumidor e outros assuntos correlatos. 
Não obstante, o princípio de comportamento racional estrito, claro e imutá-
vel para cada pessoa, ordenador dos dados sociais pela Microeconomia, pode 
ser aplicado em outras áreas menos convencionais. Foi aplicado ao casamen-
to, ao divórcio, à divisão de tarefas dentro da família, dentro das cidades, e 
assim por diante. E, em particular, na análise econômica das leis e do direito, 
ou seja, as normas jurídicas vistas sob a ótica de sistemas de incentivos e de 
efi ciência econômica. Idem para a ética, interpretável como uma solução de 
um jogo interativo entre os seres humanos, suas coalizões etc. 
Assim, o curso de Microeconomia ora proposto objetiva a apresentação
do 
material clássico e do menos convencional. A idéia é explorar os principais 
conceitos microeconômicos, provendo os futuros profi ssionais com as ferra-
mentas necessárias para que entendam e possam prever o comportamento 
dos consumidores, das empresas, dos governos e dos mercados. Também será 
dada ênfase aos conceitos mais modernos (menos convencionais) de Micro-
economia, sobretudo os ligados à Teoria dos Jogos, mostrando sua impor-
tância na defi nição das estratégias dos consumidores e das organizações em 
geral. Aulas e leituras na área de análise econômica das leis também deverão 
ser apresentadas.
1.2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O objetivo do curso de Microeconomia será explorar os principais concei-
tos microeconômicos, tornando possível explicar e talvez prever o comporta-
mento das empresas, dos consumidores e dos mercados. Dentre os conceitos 
clássicos focados no curso estão os ligados à produção e empresas, custos, 
formação de preços em vários tipos de mercado e comportamento do consu-
midor. Também será dada ênfase aos conceitos mais modernos, sobretudo os 
ligados à Teoria dos Jogos, mostrando sua importância na defi nição das estra-
tégias dos consumidores e das organizações em geral. O objetivo será mostrar 
ao futuro profi ssional que o conhecimento da Microeconomia é fundamental 
para entender e prever comportamentos, decisões e estratégias.
1.3. METODOLOGIA
O curso será conduzido através de aulas expositivas, de aulas para debates 
e de aulas para a resolução de exercícios. Teremos então:
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• 18 Aulas expositivas; ao fi nal de cada aula expositiva serão sugeridos 
exercícios sobre os temas discutidos.
• 5 Aulas exclusivas para o debate de Questões para Discussão, os quais 
serão analisados a partir dos conceitos microeconômicos.
• 5 Aulas exclusivas para a resolução de exercícios e esclarecimento de 
dúvidas.
• 2 Aulas para a realização das provas.
1.4. MÉTODO DE AVALIAÇÃO
A média fi nal dos alunos consistirá na média simples entre duas provas e 
mais uma nota de participação, que envolve exercícios em sala, trabalhos para 
casa, freqüência, participação em aula etc.
Cada prova terá como matéria os Blocos descritos no Plano de Aula.
Matéria da 1ª prova – Blocos I e II
Matéria da 2ª prova – Bloco III e IV
Caso não alcance a média mínima de 7,0, o aluno fará uma Prova Final, 
que englobará a matéria de todo o curso.
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2. PLANO DE AULA
BLOCO I: A LEI DA OFERTA E DA DEMANDA
DURAÇÃO PREVISTA: 11 AULAS
6 aulas expositivas
2 aulas para a discussão de Casos
2 aulas para a resolução de exercícios
1 aula para a realização da 1ª Prova
PARTE 1: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Referência bibliográfi ca: Mankiw, caps. 1 e 2; Krugman e Wells, caps. 1 e 2.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 1, Problemas e Aplicações 1 a 5; cap. 
2, Questões para Revisão 3, 4 e 6; Problemas e Aplicações 4 e 7. Krugman e 
Wells, cap. 1, Problemas 4, 5 e 6; cap. 2, Problemas 1 a 5.
PARTE 2: INTERDEPENDÊNCIA E GANHOS COMERCIAIS
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 3; Stiglitz, cap. 3.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 3, Problemas e Aplicações 1 a 5.
PARTE 3: AS FORÇAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 4; Stiglitz, cap. 4.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 4, Problemas e Aplicações 1, 2, 5, 7 e 9.
PARTE 4: ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO 
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 5; Stiglitz, cap. 5.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 5, Problemas e Aplicações 1, 2, 4, 6 e 8.
PARTE 5: OFERTA, DEMANDA E POLÍTICAS DO GOVERNO
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 6.
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Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 6, Questão para Revisão 4; Problemas 
e Aplicações 1, 4, 6 e 7.
CASO PARA DISCUSSÃO 1:
XHOSAS E ZULUS
Xhosa é o nome de um grupo étnico sul-africano de onde veio o grande 
líder Nelson Mandela, o qual lutou vitoriosamente contra o Apartheid. No 
grupo dos Xhosa, um homem deveria pagar 26 cabeças de gado de dote para 
a família de sua futura esposa. Assim, um homem rico, com muitas cabeças 
de gado, poderia ter várias esposas. Havia também “trocas secundárias”, ou 
seja, um homem poderia adquirir a esposa de outro em troca das tais 26 
cabeças de gado.
Entre os Zulus, outro grupo étnico sul-africano, o dote pago para a família 
da futura esposa era de 11 cabeças de gado. Os Zulus eram grandes guerreiros 
(mais que os Xhosas) de maneira que muitos homens morriam e mulheres 
normalmente faziam parte do botim de guerra.
QUESTÕES:
a) Dê uma explicação em termos da lei da oferta e da demanda, para 
a menor “cotação” das esposas entre os Zulus.
b) O fato de que 26 e 11 eram cotações estabelecidas e tradicionais 
sugerem o quê a respeito da estabilidade da oferta e da demanda e 
do progresso técnico nessas sociedades?
c) A “globalização” tenderia a homogeneizar as cotações. Explique o 
que seria a globalização neste contexto e destaque as vantagens e 
desvantagens desta tendência. O que os Xhosas exportariam para os 
Zulus e estes para os Xhosas?
d) Pouco antes da abertura dos contatos entre os dois grupos qual 
seria o típico comportamento de um especulador Zulu, dada a 
possibilidade de “trocas secundárias”? É justo uma pessoa se bene-
fi ciar porque interpreta melhor os eventos no mundo? E se tiver 
meramente sorte?
e) Seria justo permitir o contato social e comercial entre os Xhosas e 
os Zulus?
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CASO PARA DISCUSSÃO 2:
Manifesto Comunista
Marx e Engels, no Manifesto Comunista (1848), falaram que a história do 
Homem sempre foi marcada pelo confl ito entre o capital e o trabalho, isto é, 
entre o capitalista (o dono dos meios de produção) e o trabalhador. Conside-
re essa questão e responda: não há cooperação entre capital e trabalho?
CASO PARA DISCUSSÃO 3:
PLANO DE COMBATE À GUERRILHA NO LUGAR DA GUERRA 
ÀS DROGAS (PLANO COLÔMBIA)
Por WFM-CARTACAPITAL
REVISTA CARTA CAPITAL- 11 Maio de 2005 – Ano XI – Número 341.
No seu primeiro périplo funcional e geoestratégico por países da América do 
Sul, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, fi cou pou-
cas horas em Bogotá. Tempo sufi ciente, no entanto, para anunciar o fi m do 
Plano Colômbia – que completará os cinco anos estabelecidos em julho – e 
transmitir a decisão de Bush de continuar a ajuda militar para combater o 
terrorismo. Numa correta chave de leitura, faliu o Plano Colômbia. O novo 
foco prioritário será o combate aos insurgentes, considerados por Bush, quer 
no Iraque, quer na Colômbia, como terroristas. 
Com tudo adrede preparado para evitar surpresas e reações verbais no 
funeral do Plano Colombia, o presidente Álvaro Uribe cumpriu silêncio ob-
sequioso. No dia seguinte, já cogitava da nova estratégia antidrogas, em ce-
rimônia no Parque Nacional Sierra Nevada de Santa Marta, onde foi encon-
trada coca transgênica por um ofi cial da polícia colombiana, desmentido pelo 
czar antidrogas do governo norte-americano, John Walthers.
O dispendioso e militarizado Plano Colombia teve como carro-chefe a 
erradicação das áreas de cultivo de folhas de coca, matéria-prima para a ela-
boração do cloridrato de cocaína. As áreas objeto das erradicações foram es-
colhidas com base em identifi cação por fotografi as de satélite, ou seja, em 
Putumayo, Caqueta, Meta, Vichada e Vaupes. O forte das erradicações con-
sistiu no despejo de toneladas do potente herbicida à base de glifosato, desen-
volvido pela multinacional Monsanto.
Esse ingrediente ativo é comercializado com o nome Roundup, sendo 
fartamente encontrável nas prateleiras dos supermercados e casas de pro-
dutos agrícolas brasileiros. As perigosas erradicações manuais em campos 
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sob proteção de guerrilheiros e paramilitares, como se percebeu, não
ti-
nham a velocidade dos ágeis camponeses incumbidos de replantar e ex-
pandir as culturas.
Como se sabe, o Plano Colômbia foi elaborado pelo então czar an-
tidrogas do governo Bill Clinton, general Barry MacCaff rey. O ob-
jetivo estratégico-militar era arrasar os plantios de coca colombia-
nos para conseguir, no mercado internacional, escassear a oferta da 
droga e, por conseqüência, reduzir o lucro vultoso dos narcotrafi can-
tes. A falta da cocaína elevaria os preços, tornando proibitiva a compra 
do banalizado “papelote do pó”. Entretanto, não foi o que aconteceu. 
Na Colômbia, houve efetiva erradicação de áreas de plantio da coca, a par-
tir do derrame de herbicidas. Segundo Bush declarou na última estada na 
cidade de Cartagena, em 2004 foram fumigados cerca de 130 mil hectares, 
tendo sobrado apenas 65 mil hectares. Só não contou que as áreas migraram 
interna e externamente, ocorrendo triplicação da produção no Peru e dupli-
cação na Bolívia. 
Para Condoleezza Rice, o Plano Colômbia foi um sucesso, conforme decla-
rou em entrevista ao jornal El Tiempo. Apenas não conseguiu explicar o por-
quê do encerramento de um plano “efi ciente” e que fazia tanto sucesso. Mais 
uma vez, porém, convém lembrar que, nos últimos 20 anos, a área de cultivo 
de coca na região andina continua a mesma, ou seja, de 200 mil hectares.
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, anunciou o 
fi m do Plano Colombia, plano americano de combate ao narcotráfi co na Co-
lômbia. Segundo o artigo apresentado, as caríssimas operações militares dos 
EUA na Colômbia, de combate à produção de drogas, não surtiram o efeito 
de reduzir a produção.
QUESTÕES:
a) Usando conceitos de elasticidade (ou inelasticidade) da demanda e 
da oferta, no curto e no longo prazo, explique porque o Plano não 
deu certo.
b) Ainda usando a tradicional análise de oferta e demanda, teria sido 
possível que o resultado da operação fosse um aumento de outros 
crimes? Explique o porquê usando o conceito de crimes comple-
mentares e substitutos.
c) Seria mais conveniente, economicamente, os americanos reduzirem 
(via educação, por exemplo) a demanda por drogas nos EUA? Ou 
mesmo reprimirem a demanda com punições? Por que não fi zeram 
isto? É justo descriminalizar o consumo de drogas?
d) Que analogia pode ser feita entre este caso e a decisão do governo bra-
sileiro nos anos de 1930 de destruir os estoques de café excedentes? 
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TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:
• Trade-off s
• Análises normativas e positivas 
• Custo de oportunidade
• Especialização
• Interdependência e ganhos comerciais: vantagem absoluta e vantagem 
comparativa
• Curva de demanda
• Preço X quantidade demandada
• Curva de Oferta
• Preço X quantidade ofertada
• Equilíbrio oferta X demanda
• Elasticidade da demanda
• Elasticidade da oferta
• Controle de preços (preços máximos e preços mínimos)
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BLOCO 2: ECONOMIA DO BEM-ESTAR
DURAÇÃO PREVISTA: 7 AULAS
6 aulas expositivas
1 aula para a discussão de Casos
1 aula para a resolução de exercícios
1 aula para a realização da 2ª Prova
PARTE 1: CONSUMIDORES, PRODUTORES E EFICIÊNCIA DOS MERCADOS
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 7; Stiglitz, cap. 10.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 7, Problemas e Aplicações 1 a 5.
PARTE 2: APLICAÇÃO: OS CUSTOS DA TRIBUTAÇÃO
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 8.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 8, Questões para Revisão 1 e 2; Pro-
blemas e Aplicações 1, 3 e 7.
PARTE 3: APLICAÇÃO: COMÉRCIO INTERNACIONAL
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 9.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 9, Questões para Revisão 1, 2 e 3; 
Problemas e Aplicações 1 e 6.
CASO PARA DISCUSSÃO 1:
Brasil derrota EUA na OMC
O Globo, 04/03/2005
Mônica Tavares
BRASÍLIA, GENEBRA e RIO
A Organização Mundial do Comércio (OMC) deu ontem ganho de causa 
defi nitivo ao Brasil ao considerar indevidos os subsídios concedidos pelos 
Estados Unidos aos seus produtores de algodão. É a segunda vitória brasileira 
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em um ano na disputa com os países ricos – a primeira foi contra a ajuda da 
União Européia (UE) à produção de açúcar – numa ação que vai benefi ciar 
outros 13 países. A decisão abre espaço ainda para novas batalhas no ringue 
do comércio internacional. No relatório, a OMC reconheceu que também 
são distorcidos os subsídios embutidos no fi nanciamento aos produtores 
americanos de soja, milho e arroz. 
– A decisão da OMC é um marco na negociação agrícola internacional. 
Ela está deixando claro que não admitirá práticas comerciais predatórias – 
comemorou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. 
– Os países em desenvolvimento têm agora um poder de barganha muito 
maior – afi rmou o especialista Richard Steinberg, professor da Universidade 
da Califórnia. 
O Brasil é o quinto maior produtor e o quarto maior exportador de algo-
dão do mundo. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Algodão 
(Abrapa), com a decisão da OMC a atual produção pode dobrar em cinco 
anos. Em 2004, foram produzidas no país 3,612 milhões de toneladas, das 
quais 371 mil foram exportadas gerando US$ 1,080 bilhão. Os empresários 
estimam que o forte subsídio à produção causa prejuízo anual ao produtor 
brasileiro de US$ 480 milhões. 
Amorim: para o país, ‘OMC é insubstituível’ 
Executivos do setor agroexportador do Brasil comemoraram a decisão 
da OMC. Segundo o vice-presidente da Associação de Comércio Exte-
rior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, a posição da OMC não 
dá mais chances de recurso aos EUA. Já o vice-presidente da Confedera-
ção da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gilman Viana Rodri-
gues, disse que a decisão permitirá de imediato uma recuperação dos 
preços internacionais do algodão. No início do ano, estavam em tor-
no de US$ 1.966 a tonelada, contra US$ 2.816 em janeiro de 2004. 
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, embarcou on-
tem para o Quênia, na África, onde participará de uma mini-reunião minis-
terial da OMC. A reunião no Quênia é uma preliminar do encontro de Hong 
Kong, em dezembro, quando os membros da OMC pretendem retomar as 
negociações da Rodada de Doha, suspensas desde 2003. 
 – A OMC para nós é muito importante, insubstituível. As batalhas do 
algodão e do açúcar, e agora a do frango salgado, nunca teriam sido ganhas 
num contexto de acordo bilateral, seja com a União Européia seja com os 
EUA – disse Amorim, antes da divulgação do resultado da OMC no painel 
sobre algodão. 
A organização não-governamental de combate à pobreza Oxfam Interna-
tional, de origem inglesa, também elogiou a decisão da OMC. 
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 – Só entre 2001 e 2003, os pequenos algodoeiros africanos perderam 
US$ 400 milhões por isso – disse Guilherme Brady, membro do escritório 
da Oxfam em Brasília. 
Na África, a cultura algodoeira sustenta 10 milhões de pessoas. De acordo 
com a Oxfam, os subsídios do governo americano para o algodão, equivalem 
a toda a ajuda humanitária dos EUA para o continente africano.
(extraído do site do Ministério das Relações Exteriores – Noticiário 
20/07/05) 
O Brasil, segundo os jornais, ganhou na OMC a questão do algodão e 
também do açúcar: os subsídios americanos e europeus devem ser retirados.
QUESTÕES:
Mostre com um gráfi co de oferta e demanda o que acontece com o preço 
mundial de algodão com a retirada dos subsídios.
No Brasil há consumidores e produtores de algodão. Mostre com um grá-
fi co de oferta e demanda o efeito da retirada dos subsídios sobre o compor-
tamento das exportações brasileiras, o ganho dos produtores brasileiros e as 
perdas dos consumidores brasileiros. É possível estimar o valor, por exemplo, 
dos ganhos dos produtores usando o conceito de excedente? O Brasil,
como 
um todo (consumidores e produtores) perde ou ganha com a nova política?
Se os produtores brasileiros vão ganhar, quanto ganhariam os empresários 
e os trabalhadores, fatores que se combinam para produzir? Use o conceito 
de elasticidades relativas na sua resposta.
O ganho brasileiro com a decisão da OMC, em termos distributivos, é re-
gressivo dentro do Brasil? Qual seria o seu efeito alocativo dentro do Brasil?
CASO PARA DISCUSSÃO 2
Deputados aprovam restrição à cobrança por estacionamento no Rio 
15/02/2005 – 20h55, da Folha Online
A Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou nesta terça-feira, 
por aclamação, um projeto de lei que restringe a cobrança pelo estacionamen-
to em shoppings. A medida deve isentar clientes que efetuarem compras cujo 
valor equivalha a mais de dez vezes o preço cobrado pelo estacionamento. 
Segundo o deputado Gilberto Palmares (PT), autor do projeto, além dos 
consumidores, a medida deve benefi ciar “os lojistas, que vão vender mais, e o 
governo do Estado, que poderá aumentar sua arrecadação com as notas fi scais 
que serão recolhidas para garantir a gratuidade”.
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O projeto prevê ainda que a medida seja divulgada, por cartazes, nas de-
pendências do estabelecimento.
QUESTÕES:
a) A proibição de cobrança de estacionamento nos shoppings vai ser 
paga pelos donos dos shoppings? Vai benefi ciar os lojistas? O custo 
pode ser repassado aos consumidores? Em que condições?
b) Há o potencial de tal proibição ter efeito distributivo regressivo 
(use conceitos de elasticidade para responder sobre a incidência da 
proibição)? Qual seria seu efeito alocativo dentro do Brasil?
TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:
• Economia do bem-estar
• Excedente do consumidor
• Excedente do produtor
• Efi ciência X equidade
• Peso morto e custos sociais dos tributos
• Preço mundial
• Tarifas
MICROECONOMIA
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BLOCO 3: COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZAÇÃO DA 
INDÚSTRIA
DURAÇÃO PREVISTA: 7 AULAS
4 aulas expositivas
1 aula para a discussão de Casos
1 aula para a resolução de exercícios
1 aula para a realização da 3ª Prova
PARTE 1: OS CUSTOS DE PRODUÇÃO
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 13; Stiglitz, caps. 7 e 8.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 13, Teste Rápido p. 270; Questão para 
Revisão 5; Problemas e Aplicações 1, 2 e 3.
PARTE 1: EMPRESAS EM MERCADOS COMPETITIVOS
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 14; Stiglitz, cap. 8.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 14, Questões para Revisão, 1 e 3; Pro-
blemas e Aplicações 3, 4 e 11.
PARTE 2: MONOPÓLIO
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 15; Stiglitz, cap. 12.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 15, Problemas e Aplicações 1, 2, 6, 7 e 9.
PARTE 3: OLIGOPÓLIO
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 16; Stiglitz, cap. 12.
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 16, Problemas e Aplicações 1, 2, 5 e 10.
QUESTÃO PARA DISCUSSÃO 1:
William Blackstone, famoso jurista inglês, escreveu Comentaries on the 
Laws of England (1765-1769), em cujo volume 4 se encontra a seguinte afi r-
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mação: “Th us in France the punishment of robbery, either or without murder, 
is the same: hence it is, that though perhaps they are therefore subject to fewer 
robberies, yet they never rob but they also murder. In China, murderers are cut to 
pieces, and robbers not: hence in that country they never murder on the highway, 
though they often rob.”
Em vista do texto acima, comente a seguinte afi rmação: “Uma lei penal 
que estabelece punições iguais para o assalto e para o assalto com homicídio, 
incentiva os homicídios devido ao custo marginal zero destes e ao benefício 
marginal positivo para os assaltantes”.
QUESTÃO PARA DISCUSSÃO 2:
Uma autoridade policial do Rio de Janeiro declarou recentemente que o 
maior cerceamento aos trafi cantes de drogas leva ao aumento dos seqüestros. 
Analise a questão em termos de racionalidade, do conceito de elasticidade 
e de custos de punir o criminoso. Seria efi ciente punir o criminoso que faz 
parte de um crime organizado de modo similar ao criminoso impulsivo?
CASO PARA DISCUSSÃO 1:
Justiça suspende venda da Varig para Tanure
Folha de S. Paulo – 15/12/2005
A Justiça suspendeu a venda da FRB Participações, controladora da Varig, 
para a Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure, arrendatário do 
“Jornal do Brasil” e da “Gazeta Mercantil”. O negócio, de US$ 112 milhões 
em dez parcelas anuais, havia sido fechado na segunda. A comissão de juízes 
que cuida da recuperação da companhia aérea tomou a decisão com base 
em petição do Ministério Público do Estado do Rio, por entender que os 
credores da Varig deveriam ter aprovado a negociação em assembléia, o que 
não ocorreu. 
O negócio fechado por Tanure envolvia a compra de 25% das ações ordi-
nárias e mais usufruto por dez anos de 42% das ações da FRB Participações. 
Apesar de a FRB Participações não estar em processo de recuperação judicial, 
mas, sim, a Varig e outras empresas do grupo, o Ministério Público concluiu 
que a operação, indiretamente, “importou na mudança do controle societá-
rio” dessas companhias e, por isso, pediu a nulidade da negociação. 
Os juízes, porém, em vez de “anular” o negócio, optaram por “torná-lo 
inefi caz”. Isso porque, na próxima segunda, em assembléia já marcada, os 
credores poderão aceitar o negócio proposto por Tanure. “O ato está inefi -
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 18
caz até uma futura decisão dos credores, no dia 19, em sentido contrário”, 
disse o juiz Paulo Roberto Fragoso, da 8ª Vara Empresarial do Rio. Segundo 
Fragoso, são os credores os que serão mais afetados em caso de falência ou 
troca de controle da Varig. Além de Fragoso, cuidam do caso a juíza Márcia 
Cunha, da 2ª Vara Empresarial, e o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara. A 
Docas pode recorrer, mas, ainda que isso aconteça, a assembléia dos credores 
está mantida, segundo os juízes. Até o fechamento desta edição, a empresa 
não havia decidido o que fazer. 
A Justiça também determinou que a empresa Docas “se abstenha da prá-
tica de qualquer ato que implique o exercício do status de acionista contro-
lador, até eventual deliberação assemblear em sentido contrário”. Apesar da 
complexidade do assunto, os juízes acreditam que na semana que vem haverá 
desfecho para o caso Varig. Na assembléia, após decidirem se aceitam ou não 
a venda para Tanure, os credores vão votar planos de recuperação. O primeiro 
é o que será apresentado pela Varig. Podem também ser apresentados planos 
de outros credores e até de Nelson Tanure, caso o negócio com a FRB Parti-
cipações seja aceito. 
Há ainda a possibilidade de que sejam aprovadas modifi cações para que 
os planos de recuperação tenham aceitação. Por fi m, mesmo em caso de re-
jeição parcial dos planos, a Justiça pode impor uma das soluções propostas, 
se considerar que será a melhor saída para a Varig. Se todas essas hipóteses de 
“salvar” a companhia forem rejeitadas pelos credores, o caminho é a falência. 
Caso contrário, a empresa fi cará dois anos em processo de recuperação, sob 
fi scalização judicial. A Varig reconhece ter passivo superior a R$ 7 bilhões. 
QUESTÕES:
a) Quando uma empresa tem prejuízo, ela sempre tem que fechar as 
portas?
b) Quando os credores devem, racionalmente, concordar com a con-
tinuação do seu funcionamento, apesar do prejuízo? Use o conceito 
de custo histórico ou irrecuperável para responder.
c) E se alguns poucos credores do grupo resolver não concordar com a 
proposta aceita pela maioria?
CASO PARA DISCUSSÃO 2:
O caso Nestlé – Chocolates Garoto na ótica dos consumidores
27 de Fevereiro de 2004
Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 19
Quem tem medo de monopólio? Todos nós, que somos consumidores,
podemos ser prejudicados pelo excessivo poder de mercado de uma única 
empresa, ou mesmo de um pequeno conjunto de empresas que domina o 
mercado de um produto. 
Quanto mais concorrencial é um mercado, maior a possibilidade de haver 
disputa de preço. Isso favorece o consumidor que tem maior diversidade na 
oferta e pode ter à disposição preços mais baixos.
“Quanto mais pulverizado, mais competitivo é o setor; quanto mais 
oligopolizado, menos competitivo”, (Heron do Carmo, ex-coordenador 
da pesquisa de custo de vida, da FIPE – Gazeta Mercantil). Os preços 
sobem menos nos setores em que mais fornecedores disputam a preferên-
cia dos consumidores. E resistem mais onde os fornecedores são poucos 
e poderosos.
Para os consumidores é importante que haja equilíbrio não só entre os 
produtores, mas também entre produtores e varejistas. A capacidade de ne-
gociação das redes de varejo contribui para moderar a alta dos preços. Nélson 
Sendas, vice-presidente comercial do grupo Sendas, afi rma que, nas nego-
ciações de preços, a barganha se torna mais complicada quando há menor 
número de fornecedores. “Indústrias como a de biscoitos, com muitos con-
correntes, não podem impor preços” (Gazeta Mercantil).
Quando uma empresa detém poder econômico tal que lhe permita a 
atuação no mercado de forma independente e indiferente aos outros agen-
tes econômicos, ela poderá assumir comportamentos prejudiciais aos con-
sumidores. Isso signifi ca ausência de ambiente concorrencial. A empresa 
em posição dominante tende a adotar comportamento típico de monopo-
lista, aumentando preços e adotando práticas que não adotaria caso hou-
vesse concorrência. 
Fica claro que a excessiva concentração do mercado, quando acontece, 
pode prejudicar o consumidor. Existe um organismo que tem a missão de 
proteger o consumidor contra essas situações, é o CADE – Conselho Ad-
ministrativo de Defesa Econômica – vinculado ao Ministério da Justiça. O 
CADE utiliza critérios técnicos para evitar situações de excessiva concentra-
ção do poder de mercado em apenas uma, ou poucas empresas.
A análise do CADE e da Secretaria de Direito Econômico – SDE con-
cluiu que a compra da Garoto pela Nestlé gera elevadas concentrações nos 
mercados de bombons avulsos e tabletes pequenos de chocolates, de caixas de 
bombons, de ovos de páscoa e de tabletes grandes.
Seria criado um monopólio no mercado de coberturas de chocolate lí-
quidas, pois apenas Nestlé e Garoto ofertam esse produto no mercado. A 
concentração também seria grande no mercado de coberturas de chocolate 
sólidas. Essas coberturas são utilizadas como insumo básico para as empresas 
fabricantes de chocolates artesanais e outras. Dessa forma, esses fabricantes, 
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 20
que necessitam adquirir seus insumos da Nestlé, não teriam fornecedor alter-
nativo e caso o insumo venha a subir, terão que repassar o preço ao consumi-
dor ou encerrar as atividades.
A análise revelou a existência de altas barreiras à entrada nesses mercados 
(necessidade de montagem de uma rede de distribuição capilar, fi delidade à 
marca, investimentos iniciais elevados para construção de unidade fabril). 
Isto quer dizer que seria praticamente impossível alguma empresa entrar nes-
se mercado para concorrer com a Nestlé, no curto prazo.
QUESTÕES:
a) Como a Nestlé/Chocolates Garoto escolheria a quantidade produ-
zida e o preço a ser cobrado pelo produto?
b) Como a quantidade produzida pela Nestlé/Chocolates Garoto se 
compara à quantidade que maximizaria o excedente total, gerando 
o máximo de bem-estar aos consumidores?
CASO PARA DISCUSSÃO 3:
O mundo pós-Kyoto 
Apesar da oposição dos EUA, os 157 países reunidos no Canadá decidi-
ram continuar combatendo as emissões de gases-estufa após 2012
JB Online
06/01/2006
Maya Santana
“Os americanos e os australianos queriam, praticamente, extinguir o 
Protocolo de Kyoto, que já foi ratifi cado e está em vigor desde fevereiro 
de 2005. Mas, os países participantes não deixaram. Sob este ponto de 
vista, considero a 11a conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas 
da ONU um avanço, já que foram neutralizadas as forças poderosas que 
trabalhavam contra o protocolo”. A avaliação é de Ronaldo Vasconcellos, 
vice-prefeito de Belo Horizonte e ambientalista histórico, que participou 
da conferência, no mês passado. Os 157 países signatários do tratado in-
ternacional, que não teve a adesão dos Estados Unidos, o maior poluidor 
do planeta, se reuniram durante três dias, na cidade canadense de Mon-
treal para discutir o que deve ser feito quando expirar, em 2012, o tratado 
que estabelece quotas de emissões dos gases causadores do aquecimento 
do planeta. A elevação da temperatura da terra é considerada o problema 
ambiental mais grave do século XXI, por ser responsável pelas mudanças 
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 21
climáticas, que têm provocado furacões mais violentos, como o Katrina, e 
fenômenos como a seca na Amazônia. 
As perdas ocasionadas em 2005 por desastres naturais relacionados ao cli-
ma, como furacões e tempestades tropicais, chegaram a US$ 200 bilhões, 
segundo estudo da Fundação Re de Munique, na Alemanha. Os dados foram 
divulgados na própria conferência. As perdas cobertas apenas por seguros, de 
acordo com o estudo, foram de mais de US$ 70 bilhões. Segundo a Funda-
ção, as perdas em 2004 foram de US$ 145 bilhões. 
Posição irredutível – Não é só o vice-prefeito da capital mineira que consi-
dera os resultados do encontro no Canadá positivos, embora nada de concre-
to tenha sido anunciado, apenas que a questão do pós-Kyoto será discutida 
novamente este ano. Mas os analistas consideram que, só a disposição mos-
trada de querer discutir o assunto já é alvissareiro. 
“O Protocolo de Kyoto hoje está mais forte hoje. A histórica primeira 
Reunião das Partes, que ratifi cou o protocolo, reconheceu a urgência da ame-
aça que as mudanças climáticas representam para as populações mais pobres 
do mundo e, eventualmente, para todos nós”, afi rmou Carlos Rittl, coorde-
nador da Campanha de Clima da ONG ambientalista Greenpeace. 
Os Estados Unidos, que despejam na atmosfera o equivalente a mais de 25% 
dos gases que agravam o efeito estufa, mais uma vez, se recusaram a dar a sua con-
tribuição para tornar o planeta mais seguro, em termos climáticos. Não só isso. 
O presidente George Bush alega a adoção do Protocolo de Kyoto prejudicaria a 
indústria americana, provocando, inclusive, desemprego. Bush também acha que 
países como o Brasil, Índia e China, também deveriam ter obrigações em relação ao 
protocolo, já que estão entre as 10 nações que mais poluem o mundo. No caso bra-
sileiro, por causa da fumaça proveniente dos incêndios e queimadas na Amazônia. 
Na nota que divulgou logo após o encerramento da conferência, a Gre-
enpeace disse que “como já era esperado, a administração Bush tentou obs-
truir o processo de negociações em Montreal, chegando até, em determina-
do ponto, a abandonar a reunião em protesto. Mas, todos os outros países 
mostraram uma forte determinação em avançar, indiferentes à atitude dos 
representantes dos Estados Unidos”. 
QUESTÃO:
O Tratado de Kyoto cria para os países desenvolvidos a obrigação de redu-
zir as emissões de gases do efeito estufa, evitando graves alterações climáticas. 
Ele estabelece metas para a grande maioria dos países desenvolvidos, que de-
verão reduzir suas emissões entre 2008 e 2012, em média, em 5% em relação 
às emissões registradas em 1990.
Embora esse Tratado possa signifi car, no futuro, a salvação do planeta, os 
EUA se recusam a assinar o acordo. Por quê?
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 22
TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:
• Custo total e custo médio
• Custo fi xo e custo variável
• Custo incremental ou marginal
• Custos de oportunidade
• Custo histórico ou inevitável
• Lucro econômico
x Lucro contábil
• Economias de escala
• Mercados competitivos
• Monopólio
• Oligopólio
• Teoria dos jogos e poder de mercado
• Equilíbrio de Nash
MICROECONOMIA
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BLOCO 4: A ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO
DURAÇÃO PREVISTA: 5 AULAS
2 aulas expositivas
1 aula para a discussão de Casos
1 aula para a resolução de exercícios
1 aula para a realização da 4ª Prova
PARTE 1: EXTERNALIDADES
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 10; Stiglitz, cap.11 (p. 194).
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 10, Teste Rápido p. 209; Questões 
para Revisão 3; Problemas e Aplicações 1, 2 e 3.
PARTE 2: BENS PÚBLICOS E RECURSOS COMUNS
Referência bibliográfi ca: Mankiw, cap. 11; Stiglitz, cap.11 (p. 195).
Exercícios sugeridos: Mankiw, cap. 11, Teste Rápido p. 230; Problemas e 
Aplicações 1, 3, 5 e 7.
CASO PARA DISCUSSÃO 1:
Moradores se queixam de barulho do aeroporto
Jornal do Brasil, 17/03/2005
O barulho vindo do Aeroporto de Brasília há muito tempo irrita mora-
dores do Lago Sul. O incômodo é tanto que a Associação Amigos da Colina 
Dom Bosco, formada por habitantes de várias quadras, encaminhou uma 
representação ao Ministério Público buscando soluções para o problema. Se-
gundo Antônio Carlos Osório Filho, um dos principais ativistas do grupo, a 
primeira representação foi encaminhada ao MP há mais de um ano, expondo 
os transtornos sofridos pelos moradores. Como o processo foi arquivado, 
os moradores entraram com um recurso na terça-feira, reivindicando mais 
atenção do MP.
As queixas listadas nos documentos incluem a ausência de licença am-
biental e o descumprimento da lei do Distrito Federal que estabelece o nível 
máximo de ruídos. Segundo Osório, a principal causa do barulho seria a cir-
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 24
culação de aviões antigos, usados no transporte de cargas. Por não possuírem 
tecnologia de redução de ruídos, esses aviões sofrem uma série de restrições 
na maior parte dos aeroportos. Em Brasília, no entanto, continuam circu-
lando livremente durante a noite. Morador da QI 19 há dois meses, Osório 
acredita que o barulho vindo do aeroporto prejudica a vida de quem vive nas 
áreas próximas e cobra maior sensibilidade do MP diante da questão:
– As pessoas aqui não têm paz para dormir. Esperamos que o MP tome as 
medidas necessárias. Nosso objetivo é que o aeroporto providencie o licen-
ciamento ambiental e que o Departamento de Aviação Civil pare de adiar a 
desativação das aeronaves antigas – afi rmou o morador.
QUESTÃO:
Num aeroporto os aviões causam externalidades negativas (ruído) para os que 
moram próximo à pista. Qual seria a solução? “Deixa para lá”, “Os incomodados 
que se mudem”, “Os mais ricos (companhias aéreas e/ou aeroporto) devem pagar”, 
“Quem chegou primeiro tem o direito”, “Os mais fortes prevalecem” ou outras? 
Enfi m, encarando o problema como se fosse estritamente de efi ciência econômica:
a) Coloque valores numéricos nos diversos custos envolvidos nas ações 
alternativas, e determine a solução de efi ciência econômica.
b) É possível que a solução de efi ciência econômica leve num certo 
aeroporto à opção “Deixa para lá”, e em outro aeroporto à solução 
“Os incomodados que se mudem”? Explique.
c) Descreva como o teorema de Coase pode levar a se alcançar a solu-
ção efi ciente.
d) Descreva também qual é o problema que tipicamente pode levar a 
não funcionar a idéia de Coase.
CASO PARA DISCUSSÃO 2:
O REFERENDO DO DESARMAMENTO
Um revólver só pode provocar externalidades negativas: a sua única fun-
ção é ferir ou matar (exceto nos casos de uso esportivo). No entanto, em 
outubro de 2005, o governo promoveu um referendo popular para saber se a 
população concordava com a proibição da venda de armas de fogo e munição 
em todo o território nacional, e prevaleceu a parcela da população contra o 
desarmamento, isto é, que achava que cada cidadão deveria ter preservado o 
seu direito de possuir uma arma.
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 25
a) Por que o resultado fi nal do referendo foi contra o desarmamento, a 
despeito das armas de fogo representarem externalidades negativas?
b) Seria interessante que cada um providenciasse sua própria segurança 
ou seria mais efi ciente ter um sistema de segurança pública? Por quê?
TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:
• Externalidades
• Solução do problema: teorema de Coase
• Custos de transação
• Imposto de Pigou
• Exclusão e rivalidade
• Bens privados
• Bens públicos
• Recursos comuns
• O problema do “carona”
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 26
3. BIBLIOGRAFIA
OBRIGATÓRIA:
MANKIW, N. Gregory, Introdução à Economia. São Paulo: Pioneira Th om-
son Learning, 2005.
COMPLEMENTAR:
KRUGMAN, Paul e WELLS, Robin. Introdução à economia. Rio de janei-
ro: Elsevier, 2007.
STIGLITZ, Joseph E. & Walsh, Carl E. Introdução à Microeconomia, Rio 
de Janeiro: Campus, 2003.
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TRANSPARÊNCIAS
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MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 67
ANTÔNIO CARLOS PORTO GONÇALVES 
é Diretor Executivo de Cursos Corporativos do IDE (FGV), Professor titular 
da Escola de Direito do Rio de Janeiro (FGV), da Escola de Pós Graduação 
em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) e da Universida-
de Federal Fluminense (UFF); PhD em Economia pela Universidade de 
Chicago; M.A. em Economia pela Universidade de Chicago; Engenheiro 
Industrial e Metalúrgico pelo Instituto Militar de Engenharia (IME).
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 68
FICHA TÉCNICA
Fundação Getulio Vargas
Carlos Ivan Simonsen Leal
PRESIDENTE
FGV DIREITO RIO
Joaquim Falcão
DIRETOR
Fernando Penteado
VICE-DIRETOR DA GRADUAÇÃO
Sérgio Guerra
VICE-DIRETOR DE PÓS-GRADUAÇÃO
Luiz Roberto Ayoub
PROFESSOR COORDENADOR DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM PODER JUDICIÁRIO
Ronaldo Lemos
COORDENADOR CENTRO DE TECNOLOGIA E SOCIEDADE
Evandro Menezes de Carvalho
COORDENADOR DA GRADUAÇÃO
Rogério Barcelos Alves
COORDENADOR DE METODOLOGIA E MATERIAL DIDÁTICO
Lígia Fabris e Thiago Bottino do Amaral
COORDENADORES DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
Wania Torres
COORDENADORA DE SECRETARIA DE GRADUAÇÃO
Diogo Pinheiro
COORDENADOR DE FINANÇAS
Milena Brant
COORDENADORA DE MARKETING ESTRATÉGICO E PLANEJAMENTO

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