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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Disciplina: Introdução à Fisioterapia Prof: Ludmila Guterres Campos HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA Antiguidade: 4000 a.C. a 395d.C. Neste período havia uma forte preocupação com as pessoas que apresentavam as chamadas "diferenças incômodas"; este termo era então utilizado para abranger o que na época era considerado de "doença". Havia uma preocupação em eliminar essas “diferenças incômodas” "através de recursos, técnicas, instrumentos e procedimentos. Os agentes físicos já eram utilizados para reduzir essas "diferenças". Os médicos na Antigüidade conheciam os agentes físicos e os empregavam em terapia. Já utilizavam a eletroterapia sob forma de choques com um peixe elétrico no tratamento de certas doenças. O hábito de utilizar as formas de movimento como recurso terapêutico remonta há vários séculos antes da era cristã. Nessa época acreditava-se que o uso da ginástica estava unicamente nas mãos dos sacerdotes e que era empregada somente com fins terapêuticos, ou seja, os movimentos do corpo humano, quando estudados, racionalizados e planejados eram utilizados no tratamento de disfunções orgânicas já instaladas. No ano de 2698 ª C. o imperador chinês Hoong-Ti criou um tipo de ginástica curativa que continha exercícios respiratórios e exercícios para evitar a obstrução de órgãos (Lindeman, 1970, p. 177). Na medicina Trácia e Grega a terapia pelo movimento constituía uma parte do tratamento médico. Galeno (130 a 199 d.C.) conseguiu através de uma ginástica planificada do tronco e dos pulmões corrigir o tórax deformado de um rapaz até chegar á condições normais (LINDMAN, 1970, p.178). O que se pretendia era basicamente curar os indivíduos que fossem portadores de alguma doença ou deformidade. Idade Média: Século IV ao XV Na idade média as "diferenças incômodas" eram consideradas como algo a ser exorcizado. Foi um período onde ocorreu uma interrupção dos estudos na área da saúde. A interrupção desses estudos parece ter tido dois aspectos principais: O corpo humano foi considerado como algo inferior, foi deixado de lado, pois deixou de ter importância, devido ao fato de ser considerado apenas a morada da alma, E as camadas superiores da nobreza e do clero começaram a despertar o interesse por uma atividade física dirigida para um objetivo determinado que era o aumento da potência física. As ordens eclesiásticas eram inimigas do corpo. Os hospitais da idade média tinham caráter eclesiástico, localizavam-se junto aos mosteiros e suas salas de enfermos estavam ao lado das capelas, havendo inclusive altares na sala dos enfermos, não havendo local apropriado para a realização de exercícios (Lindeman, 1970). 178). Renascimento: Século XV ao XVI No Renascimento volta a aparecer alguma preocupação com o corpo saudável. O humanismo e as artes desenvolveram-se e permitiram, paralelamente, a retomada dos estudos relativos aos cuidados com o corpo e o culto ao "físico". Mercurialis apresentou princípios definidos para a ginástica médica que compreendiam: 1) exercícios para conservar um estado saudável já existente; . 2) regularidade no exercício; 3) exercícios para indivíduos enfermos cujo estado pode exacerbar-se; 4) exercícios individuais especiais para convalescentes; 5) exercícios para pessoas com ocupações sedentárias. Nessa época nota-se uma preocupação com o tratamento e os cuidados com o organismo lesado e também com a manutenção das condições normais já existentes em organismos sãos. No final do renascimento o interesse pela saúde corporal começa a especializar-se. Na fase de transição entre o renascimento e a fase de industrialização o uso de recursos físicos passa a ter influência no mundo ocidental. Em 1779 Dom Francisco y Orleano Almorós Amorós (1779-1849) que não era médico, dividiu a ginástica em quatro pontos, e um deles era a cinesioterapia com a finalidade de: 1) Manutenção de uma saúde forte 2) Tratamento das enfermidades 3) Reeducação dos convalescentes 4) Correção das deformidades Posteriormente, "G. Stebbin e B. Mesendiac" vêem como finalidade de seu sistema de prevenção de lesões corporais e sua correção, (o sistema Mesendiac dá importância ao trabalho de sustentação muscular através da fisioterapia). Ling, um professor sueco de ginástica e massagens corretivas teve seu trabalho divulgado através de discípulos como Rothstein, um oficial prussiano que utilizava exercícios preventivos e corretivos nos cuidados com o corpo, na Alemanha. Na época da industrialização volta o interesse. Em 1864 surgiu uma divisão na aplicação dos exercícios: Ginástica para pessoas sã Ginástica para enfermos ”aqueles cuja coluna vertebral sofre deformidades ou alterações posturais de ombros e cadeiras, correspondem às salas de cura e não às lições de Ginástica para sãos (Lindeman, 1970). Do século XX para o XXI podemos observar que houve uma organização dos pontos cruciais para a Fisioterapia: Promoção da saúde Proteção específica Diagnóstico e tratamento pronto Limitação do dano Reabilitação Industrialização: Século XVII a XIX Surgiu na Inglaterra uma grande transformação social com produção em larga escala e utilização de máquinas. A Revolução Industrial trouxe um aumento na incidência de doenças principalmente na classe trabalhadora tais como: Epidemia de cólera Alcoolismo Tuberculose Pulmonar Acidentes de trabalho ( amputações, mortes...) As classes dominantes preocupavam-se apenas em tratar as doenças para não perder a força de trabalho da classe operária, mas não se preocupavam com os outros determinantes das condições de vida, trabalho, moradia, higiene, instrução, alimentação repouso... Há o predomínio de uma assistência curativa, recuperativa e reabilitadora. No século XXI surgiram as especialidades como dermatologia, obstetrícia, cirurgia e outras... Em 1920 surgem as escolas de cinésioterapia, ligadas à ortopedia. A 1ª Grande Guerra Mundial é considerada um grande marco para o surgimento das medidas de reabilitação devido ao grande número de lesões medulares e traumas em geral, nesta época também surgiram as UTIs . No século XXI o objeto de trabalho do fisioterapeuta reúne-se a área da saúde. Surgem os termos prevenção e manutenção da saúde, mas ainda predomina a preocupação com a doença, a assistência à saúde ainda é feita quando a mesma se encontra em seus piores níveis, para recuperar ou reabilitar condições que o organismo já perdeu. O próprio nome FisioTERAPIA, e a definição das formas de atuação fisioterapêutica denunciam isto: cinésioTERAPIA, eletroTERAPIA, termoTERAPIA, crioTERAPIA, massoTERAPIA