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FUNDAMENTOS E DIDÁTICA
DA HISTÓRIA I
1
FUNDAMENTOS E DIDÁTICA
DA HISTÓRIA I
2
Fundamentos
e Didática da
História I
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Romulo Augusto Merhy
Osmane Chaves
João Jacomel
Gervásio Meneses de Oliveira
William Oliveira
Samuel Soares
Germano Tabacof
Pedro Daltro Gusmão da Silva
3
SumárioSumárioSumárioSumárioSumário
07○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
O ENSINO DA HISTÓRIA
PLANEJAR E AVALIAR HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS
O Histórico do Ensino da História
Os Objetivos da História nas Séries Iniciais
O Perfil do Professor de História
A Memória para Ensino da História
Atividades Complementares
13○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
16○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
20○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
O Planejamento da Aula de História
Os Conteúdos de História para as Séries Iniciais
Trabalhos com Temas Transversais
As Datas Comemorativas nas Séries Iniciais
Atividades Complementares
27○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
37
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
 O ENSINO DA HISTÓRIA NO PRIMEIRO CICLO
O Planejamento de História para o Primeiro Ciclo
Os Conteúdos de História para o Primeiro Ciclo
Eixo Temático: História Local e do Cotidiano
Critérios de Avaliação para o Primeiro Ciclo
Atividades Complementares
51
58○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
67○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
69○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
41○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
45
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
A DIDÁTICA NO ENSINO DA HISTÓRIA
A HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 07
27○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
51
25○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○71
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 07
48
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 51
4
Fundamentos
e Didática da
História I
O Eixo Temático: Organização Populacional
Critérios de Avaliação para o Segundo Ciclo
Atividades Complementares
Atividade Orientada
Glossário
Referências Bibliográficas
81○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
83○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
85○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
87○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
91○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
93○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
 O ENSINO DA HISTÓRIA NO SEGUNDO CICLO
O Planejamento de História para o Segundo Ciclo
Os Conteúdos de História para o Segundo Ciclo 77○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○73
73
5
Apresentação da Disciplina
Caro (a) educando (a),
Um dos principais objetivos de quem estuda História é
conhecer as diferenças e semelhanças culturais existentes entre as
sociedades, pois só assim é possível respeitá-las. Para isso, é preciso
navegar no tempo e no espaço tentando compreender essas
diferentes maneiras que o homem caminha, dando significado a sua
existência. Nas séries iniciais do Ensino Fundamental a História não
se difere, apenas começamos a alfabetizar nossas crianças para que
elas se percebam como sujeitos e agentes dessa caminhada.
Isso implica em dizer que qualquer conteúdo, trabalhado em
sala de aula pelo professor, parte do saber que a criança já possui.
Esse saber construído no seu cotidiano – pela observação e por
informações diversas – é o ponto de partida para a ação pedagógica.
Aprenderemos com Fundamentos e Didática da Historia I a
levar os nossos alunos a se expressarem através dos diversos níveis
de linguagem. Narrando experiências de vida, criando e
desenvolvendo as emoções para construir e reconstruir seu espaço
historicamente; fazê-lo um ser crítico e reflexivo numa sociedade
multifacetada. Porque a verdadeira História se constrói a partir do
concreto, do próximo – das partes, do todo - da história do indivíduo,
na sua relação com outros indivíduos no dia-a-dia.
Sucesso!
Profa. Selma Reis.
6
Fundamentos
e Didática da
História I
7
A HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
O início do novo milênio se caracteriza pelas incertezas com as quais nos defrontamos
em nossas vivências cotidianas. Num mundo globalizado, interligado por novas tecnologias
e no qual o volume de informações e de dados corresponde à dificuldade de apreendê-los,
é comum o ser humano sentir-se apreensivo em relação à compreensão do meio social.
Nesse sentido, o estudo da História para as séries iniciais deve possibilitar um diálogo
entre o presente e o passado, que privilegia a construção do saber historiográfico pelo
aluno, tornando hábil a observar e a criticar sua própria realidade. Compreendendo o
passado, a criança se observa numa dimensão histórica e verifica que o presente também
é passível de mudança. Assim, essa construção do conhecimento deve apresentar-se
dinâmica e não estática, demonstrando que o saber é passível de inúmeras interpretações.
Segundo a teoria de Piaget, a partir dos sete anos a criança entra no estágio da
operação concreta, onde ela precisa interiorizar os objetos reais para realizar a operação
mental. Nesse momento, o ensino deve partir de experiências da realidade mais próxima,
do que é conhecido e vivenciado, para que, gradativamente, os conhecimentos se ampliem
e se estabeleçam as relações necessárias entre o próximo e o distante.
O próximo deve estar sempre presente no trabalho de História. Entenda-se que o
próximo não se define como algo que está perto, ao redor, mas aquilo que tem importância
e significado para a criança, que faz parte de sua realidade. O concreto, não como algo
palpável, mas algo incorporado aos valores da criança, às suas fantasias, àquilo que acredita
como verdadeiro.
Tomar o cotidiano como ponto de partida significa incorporar o conhecimento que o
aluno traz de sua experiência de vida; é partir para temas significativos para que a prática
educacional seja ativa e participante.
Como o objeto de estudo da História é o homem em
sociedade, o objetivo mais relevante do ensino da História é a constituição da noção de
identidade, tomando como ponto de partida a realidade do próprio aluno.
O Histórico do Ensino da História
O ENSINO DA HISTÓRIA
8
Fundamentos
e Didática da
História I
O ensino da História orienta-se numa didática renovada que não tem
uma metodologia definitiva e única, mas efetiva no seu processo de
experimentação. Os conteúdos são selecionados com vista em temáticas que
privilegie assuntos relacionados aos interesses e à faixa etária dos alunos,
sem perder o vínculo com os conteúdos significativos. Essa seleção está
voltada para a concepção de história enquanto estudo das sociedades em
seu processo de construção e de transformação, motivado pelas exigências
do presente, com o objetivo de contribuir, significativamente, para a formação
de um modo de pensar que se pode dizer crítico
 (POSITIVO, 2006, p.2)
Portanto, o ensino da História permite à criança perceber que esses mesmos
conhecimentos, no decorrer do tempo, são construções históricas que se criam e se renovam
em diferentes contextos e que não são fechadas em si mesmas, podendo ser relativizadas
e reinterpretadas.
A mediação entre os fatos presentes e passados privilegia a construção do saber
historiográfico pelo aluno, que se sentirá hábil a observar e a criticar sua realidade.
Compreendendo o passado, a criança se observa numa dimensão histórica e, alterando-
se no decorrer do tempo, verifica que o presente também é passível de mudanças.
Levando em consideração que vivemos em um mundo repleto de indeterminações,
torna-se importante selecionar conhecimentos que possibilitem à criança construir e aprimorar
seus sentimentos e visões de mundo. Esses conhecimentos devem ser abordados nas
usas variadas facetas, ou seja, demonstrando que o saber é ativo, portanto passível de
inúmeras mudanças.
Quando a criança passa a construir o seu conhecimento, observando a sua construção
no decorrer do tempo, percebe que esses mesmos conhecimentos são construções
históricas que se criam e renovam em diferentes contextos e que não são fechados em si
mesmos. Portanto, o conhecimento adquirido na escola deve se tornar uma ferramenta de
intervenção no mundo.
Trabalhar uma proposta pedagógica de História quer dizer inserir-se na sociedade,
buscando refletir questões significativas para a formação do aluno, averiguar os problemas
atuais e estimular no aluno a sua capacidade criadora, para que conquiste sua autonomia
em gerenciar os desafios cotidianos. A partir da leitura do presente, ele é convidado a
dialogar com o passado, selecionando conteúdos significativos.
Para o Sistema Positivo de Educação (2006), para as séries iniciais, o trabalho em
História contempla estratégias dinâmicas que visam provocar reflexões de temas
significativos relacionados à vivência dos alunos. Ao mesmo tempo, aproxima-se de uma
proposta interdisciplinar, à medida que propõe conteúdos possíveis de interagirem com
outras áreas do conhecimento.
Como o Brasil vive, atualmente, um extenso processo migratório que está
desarticulando as formas tradicionais de relações culturais e sociais e provocando uma
alarmante perda de identidade, com resultados que ainda não se conseguiu avaliar. Hoje, o
ensino da História tem objetivos específicos, e o mais relevante deles é construir essa noção
de identidade. A escola deve estabelecer relações entre identidades individuais, sociais e
coletivas, destacando, aí, aquelas que se constituem como nacionais.
O principal objetivo geral da educação deve se basear no esforço em auxiliar os
estudantes na elaboração do conhecimento histórico, na investigação da realidade, refletindo
a respeito de sua ligação com um passado mais distante, buscando compreender a
historicidade das representações culturais, ou seja, um ensino de História voltado para
sujeitos históricos, que deve propiciar um conhecimento mais amplo da realidade em que
vivem.
De acordo a LDB 9394/96, a Educação Escolar divide-se em Educação Básica e
Educação Superior. O Ensino Fundamental, juntamente com a Educação Infantil e o Ensino
Médio, compõe a Educação Básica.
9
Art. 32, LDB 9394/96: o Ensino Fundamental, com duração mínima de oito anos,
obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão. É
obrigatório para todas as crianças na faixa etária entre 7 e 14 anos e jornada escolar anual
de 800 horas-aula, distribuídas em 200 dias letivos.
A meta de cada escola de ensino fundamental é fornecer ao aluno acesso à base
comum nacional e à parte diversificada, o que inclui as características regionais da
sociedade, da cultura, da economia e do cotidiano do aluno.
O Ensino Fundamental terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos, o
pleno domínio da leitura e do cálculo;
II- A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV- O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, estabelecidos pelo MEC, redefiniram os
conteúdos do Ensino Fundamental dos 1º e 2º ciclos (1ª a 4ªsérie). Propuseram, também,
novas maneiras de abordá-los. Por isso, a necessidade de estudos e compreensão do que
se pretende com o processo de ensino e aprendizagem. É fundamental um referencial para
o ensino e aprendizado dos conteúdos científicos e escolares de acordo com cada nível de
ensino.
É preciso ressaltar, que nesta fase (1ª a 4ª série), a importância do estudo por
comparação, visto que os alunos ainda estão num estágio operatório-concreto. Eles
precisam ter os objetos, através de suas imagens, sempre presente na mente, para poder
pensar sobre eles. Esse é o período em que é absolutamente necessária uma constante
busca das experiências vividas pelos alunos em cada conteúdo analisado. O próprio
conteúdo adquire significado para as crianças à medida que se liga com as suas concepções
prévias ou espontâneas. O conteúdo precisa estar intimamente relacionado às experiências
do aluno.
O aluno, neste caso, se constitui o centro da aprendizagem, estimulado a interagir
com o ambiente, colegas e professores. Novas conquistas nos aspectos intelectuais, sociais
e afetivos caracterizam esta fase, possibilitando a evolução de valores cultivados desde a
Educação Infantil. Dominando com mais propriedade os símbolos e as possibilidades de
utilizá-lo, está em condições de ampliar conhecimentos mais abstratos e diversificados.
O professor, consciente do seu papel de mediador no processo de ensino/
aprendizagem, busca nas suas intervenções, salientar os pontos fortes do aluno nas suas
realizações e atitudes, elevando a sua auto-estima e organizando situações de aprendizagem
prazerosas e significativas.
Investe na tarefa de transformar o aluno em solucionador de problemas, estimulando
a prática da reflexão; organiza diversidade de experiências de aprendizagem que favoreçam
o pleno exercício das habilidades intelectuais.
Ciente da sua responsabilidade com relação à bagagem cultural a ser fortalecida
nesta fase, o professor orienta a realização de pesquisas, faz perguntas, solicita críticas,
colabora para transformar o aluno num construtor de saber vivenciado.
Os conteúdos de Hhistória são selecionados, prevalecendo o caráter lúdico que
estimula a curiosidade e as descobertas. Amplia-se, nas séries iniciais do ensino
Fundamental, a construção de conhecimentos por meio de jogos, pesquisas, representações,
saídas
culturais, possibilitando o envolvimento do aluno, a partir do significado, a
contextualização e o desenvolvimento de competências básicas.
10
Fundamentos
e Didática da
História I
O trabalho com os conteúdos adquire cada vez mais a sistematização
necessária para o fortalecimento do saber científico, mantendo-se fundamental
o caráter ativo da aprendizagem, utilizando os recursos da tecnologia moderna,
dentro de um contexto significativo para o aluno. A ampliação de conhecimentos
é trabalhada em todos os componentes curriculares, de forma a garantir a
compreensão de mundo, comunicação, análise das informações e lazer.
A História da educação no Brasil está fortemente ligada à educação católica. No
XVI, vigorava em Portugal uma estreita união entre a Igreja e o Estado, caracterizada pelo
regime do padroado, pelo qual a Santa Sé confere à Coroa portuguesa o controle da igreja
internacional. Portugal buscou preservar e dilatar o império e a fé, numa Europa sacudida
por revolução no pensamento – período do Iluminismo – e pelo protestantismo.
O desígnio da cristandade no século XVI é colocar em qualquer lugar um administrador
cristão, onde se encontrasse os seres humanos para a conversão dos nativos, tornando-os
cristãos e adaptando-os à estrutura e grupos que compunham a sociedade na época. É
sob o padroado que a Igreja estará ligada à descoberta do Brasil e a sua colonização,
como também assumirá o ministério da educação.
No Brasil colônia, os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao trabalho
educativo por meio de escolas, instruindo crianças a ler e escrever. De acordo com Moura
(2000), os jesuítas, para atingir com mais eficácia o seu papel de educar as crianças nativas,
mandaram trazer de Portugal crianças órfãs para conviver com elas.
Além desse papel educativo junto aos nativos os jesuítas desenvolveram cursos
elementares, como os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso
de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. Esses
cursos se davam em duas etapas: O curso de Letras onde se estudava gramática latina,
humanidades e retórica; e o curso de Filosofia, em que se estudava lógica, metafísica,
moral, matemática e ciências físicas e naturais.
Assim, os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante
duzentos e dez anos, de 1549 até 1759 quando foram expulsos de todas as colônias
portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, Marquês de Pombal, primeiro-
ministro de Portugal. A História a ser ensinada até então compreendia o conhecimento
histórico como catequese: aprender a moral cristã. A história aparecia como disciplina
optativa do currículo.
Quando suprimiu as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias, Pombal
criou as aulas régias, com disciplinas isoladas, sem planos sistemáticos de estudos, dadas
por professores mal-preparados para a função, já que eram improvisados e mal pagos;
nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários"
vitalícios de suas aulas régias. O resultado da decisão de Pombal, até o início do século
XIX, foi uma educação reduzida a praticamente nada.
A História só vai ser instituída nas escolas como disciplina a partir de 1837, com
conteúdos de história geral, com a criação do Colégio D. Pedro II e a História do Brasil em
1855 para o curso secundário. Posteriormente é que vão ser desenvolvidos programas
para ensinar História nas escolas elementares, ou seja, para escolas que trabalhavam
somente com o ensino fundamental.
11
A disciplina História, obrigatória nos currículos escolares, só vai ser priorizada na
segunda metade do século XIX, quando surge a necessidade de uma identidade nacional,
baseada no nacionalismo, no patriotismo. Os novos parâmetros educacionais começam a
dar ênfase a História para atender às novas perspectivas relacionadas às mudanças sociais
e econômicas em curso no país.
O ato adicional de 1834 passou a atribuir ao poder legislativo a competência para
regularizar a educação a nível superior, deixando às províncias e municípios a instrução
primária e também a secundaria.
Nas primeiras décadas do século XX, esses novos parâmetros apontam para a
necessidade de aprofundar o conceito de identidade nacional, criando o que Bittencourt
(2004) chama o mito do Estado/Nação, substituindo o ideário nacionalista das propostas
curriculares anteriores pelo mito da empresa. A mudança é percebida pela importância e
relevância de determinadas disciplinas no currículo escolar, como a Língua da Pátria,
Geografia e História do Brasil que formavam o tripé do espírito nacionalista e patriótico.
Logo após a revolução de 1930 e a reorganização do Ministério da
Educação, o então Ministro da Educação, Francisco Campos, empreendeu uma
profunda modificação no sistema educacional do país. Equiparou os colégios
mantidos pelos municípios, associações ou particulares; os programas de ensino
passaram a ser produzidos pelo ministério, acentuando a centralização
uniformizadora do ensino secundário; organizou um sistema de inspeção federal
do ensino secundário; os programas e as orientações metodológicas para o ensino
da História foram dispostos por série e procurava abranger a História Geral, do
Brasil e da América, que vigorou até 1942, quando Gustavo Capanema mudou o
currículo escolar introduzindo uma maior carga horária às matérias no Campo
de humanidades, dando à História do Brasil certa autonomia em relação à História
Geral
 (BITTENCOURT, 2004, p. 32-33).
O programa para o ensino de História visava dar aos estudantes a capacidade de
compreender os grandes acontecimentos da época; descrever semelhanças e diferenças
nas concepções de vida de diversos povos em diversas épocas, alargando o espírito de
tolerância e de compreensão humana e o mais significativo, fortalecer o sentimento de
civismo, dos direitos e deveres dos cidadãos para com a pátria e a humanidade. Os
conteúdos distribuídos para as séries do ensino fundamental eram, ainda, baseados no
processo de formação do Brasil colônia, considerando o primeiro momento para formação
do sentimento nacionalista, ou seja, uma catequese. Os professores eram orientados para
a prática pedagógica, destacando a História como um instrumento para o desenvolvimento
do patriotismo e do sentimento nacionalista.
Somente após a Segunda Grande Guerra (1939-1945), as ciências exatas
(matemática, química e física) e a ciência natural (biologia) passaram a ter relevância como
mola mestra do saber escolar por possibilitarem a formação do cunho tecnológico, em um
país em fase de modernização e industrialização. ´
Seignobos, considerado o protótipo do historiador das tendências
positivistas francesas pela Escola de ANNALLES, afirmava, no início do século
XX, que o objetivo do ensino da História nas escolas primárias e secundárias era
de constituir o cidadão político para o estado democrático, em fase de
constituição.
 (BITTENCOURT, 2004, p.20-21).
Pode-se perceber que a História, como disciplina escolar, servia apenas para a
formação do cidadão de um estado centralizado, que tinha por objetivo neutralizar o poder
das oligarquias regionais e gerando um sentimento fundamentado na raça, na língua e na
12
Fundamentos
e Didática da
História I
religião. Os programas posteriores a Vargas também seguiram essa mesma
linha de patriotismo
A Constituição de 1967 introduz algumas inovações no campo
educacional, tornando-o obrigatório para todos dos sete aos quatorze anos. A
disciplina de História perdeu espaço no currículo para as outras que atendiam
o processo de modernização e industrialização do país. Para as 1ª e 2ª, o
estudo da História do Brasil, e para as 3ª e 4ª séries, a História Geral, desde
a Antiguidade até o final da
Segunda Guerra Mundial.
Quando o Brasil chega à década de 70 é marcado por grandes mudanças no aspecto
econômico, social, político e também educacional. Durante essa década, viveu-se o “milagre
econômico”, os desdobramentos da promulgação do AI-5, o recrudescimento da ditadura e
as reformas educacionais do ensino primário e secundário, ocorridas em 1971, com a
criação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 5692/71.
A nova lei reformulou o ensino em importantes aspectos, como: a obrigatoriedade
da escolaridade para crianças entre sete e quatorze anos; o ensino fundamental passa a
ser realizado em oito anos, da 1ª à 8ª série; a extinção do exame de admissão. O ensino de
História, que tem por essência a análise crítica de conteúdos - não bem vista aos interesses
militares - a estes não era interessante à formação de pessoa com visão crítica -, foi
substituído pela disciplina Estudos Sociais, disciplina que englobava conhecimentos de
História e Geografia.
Antes de colocar em prática a nova disciplina no currículo escolar houve a criação do
curso de Licenciatura Curta de Estudos Sociais no ano de 1969. Neste, o aluno saía habilitado
para ministrar aulas de Estudos Sociais e Educação Moral e Cívica no ensino primário;
aulas de Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e História ou Geografia no ensino
fundamental e secundário, contanto que fizesse mais um ano de estudos adicionais. A principal
característica da nova modalidade de curso é que o professor estaria habilitado nas
disciplinas de História e Geografia em um período de três anos, o que acabou implicando
numa desqualificação do professorado. Esses cursos em licenciatura curta, criados pelo
governo, não tinham qualquer interesse em formar professores com visão crítica, e sim,
com uma formação totalmente superficial e factual.
Até fins da década de 1970, o estudo da História nas disciplinas escolares era vista
e sustentado em uma perspectiva marxista, onde sempre a escola era percebida como
reprodutora e reforçadora das desigualdades sociais e da ideologia dominante.
 Com a Constituição de 1988 o Brasil passa a dispor de alguns
princípios fundamentais em consonância com a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, da liberdade de aprender e ensinar, do pluralismo das
idéias e de concepções pedagógicas. No que concerne ao exercício de
aprender e ensinar a garantia do ensino fundamental obrigatório e gratuito
assegurada, inclusive sua oferta a todos os que a ela não tiveram acesso
em idade própria.
 (MOURA, 2000, p. 239)
Nesse período, o estudo da História nas disciplinas escolares começa a ser observado
sob um novo olhar. Surgem escolas com experiências de renovação, iniciam-se as discussões
obre o retorno da História e da Geografia como disciplinas específicas ao currículo escolar
a partir das séries iniciais de escolarização.
A Lei 5.691/91 inseriu grandes transformações no ensino fundamental, excluindo a
História e a Geografia como disciplinas independentes no currículo do ensino fundamental.
Cada estado brasileiro buscou soluções próprias para a questão que a reforma apresentava;
de modo geral rejeitavam os Estudos Sociais que excluía as possibilidades de crítica à
realidade brasileira; os professores buscavam junto a entidades representativas soluções
13
para a questão do ensino da História e Geografia, enfim, recuperado na década de 80 com
o processo da redemocratização do país.
A partir da década de 1990, de acordo com Bittencourt (2004), os conteúdos
curriculares e metodologias de visão racionalista padronizada foram substituídos por
temáticas de estudos ligadas às questões sociais, culturais e do cotidiano, especialmente
com a promulgação da Lei das Diretrizes e Base (LDB) 9394/96, onde novos recursos e
linguagens modernas pássaram a ser utilizadas (fotografias, música, festivais, oficinas
culturais) no intuito de excluir do ensino fundamental o formalismo do tradicional, mudando
o interior das escolas, os conteúdos escolares, os critérios de avaliação, o papel do docente
e o papel social da escola no novo cenário educacional.
O ensino de História nas séries iniciais com a nova lei passou a dar significado aos
valores ativos do sujeito como construtores de sua história, em consonância com a visão
de alguns educadores sobre propostas pedagógicas construtivistas, onde a criança passa
a ser capaz de entender a História como conhecimento, como experiência e prática de
cidadania.
Entre os diversos caminhos que podem ser percorridos pelos alunos, durante o
processo educativo, a principal consiste na formação de uma identidade pessoal e social
do aluno, que se constituirá na percepção de si próprio enquanto sujeito social que transforma
o mundo e é por ele transformado.
Faz-se necessário o domínio de métodos e técnicas que permitam abordagens de
temas mais diversificados e que os conduzam à exploração de competências. As inovações
tecnológicas exigem o domínio de habilidades cognitivas mais complexas e o
desenvolvimento de novos instrumentos de avaliação das competências básicas usadas
no ensino de História
O objetivo do saber histórico, segundo Karnal (2005), é a compreensão dos processos
e do saber histórico, o desenvolvimento das relações que se estabelecem entre os grupos
humanos, em diferentes tempos e espaços. Portanto, no que se refere aos objetivos do
ensino de história, é importante observar como tais objetivos se inserem e se integram na
constituição ou transformação de paradigmas de um determinado campo de conhecimento
produzido na escola e para a escola.
O maior objetivo da história é criar caminhos para que os homens além de
identificarem-se como sujeitos sociais, possam identificar outros grupos que estão inseridos
em seu meio de convívio e fora dele; percebam a existência de diversos modos de viver,
compreendo as diferenças e semelhanças entre uma sociedade e outras, localizadas em
diferentes espaços e tempos, valorizando, dessa forma, a pluralidade cultural.
Os Objetivos da História nas Séries Iniciais
14
Fundamentos
e Didática da
História I
O compromisso da História é com uma prática transformadora da
realidade social. Portanto, o fazer pedagógico da História deverá:
- Conscientizar os alunos acerca da realidade vivida nas suas múltiplas
 dimensões: a disciplina da História deverá oferecer aos alunos expli-
 cações sobre problemas sociais, para que a partir destas explicações,
 eles possam se posicionar e tomar decisões. Com isso, torna-se pos-
 sível a formação de um cidadão crítico, consciente de seu potencial
 como sujeito atuante de sua realidade.
 - Proporcionar ao aluno situações específicas, em que ele possa ana-
 lisar, refletir e questionar o contexto de seu tempo, buscando possibi-
 lidades de estudar o passado das sociedades e de como os homens
 e mulheres articularam suas vidas e criaram alternativas para o seu
 viver. O aluno deverá localizar os acontecimentos no tempo e elaborar
 possibilidades de explicações para questões do presente e do passa-
 do.
 - Contribuir para a formação da identidade do aluno, pois, ao estudar
 sua história e conhecer o passado de sua sociedade, poderá compre-
 ender os comportamentos sociais, os problemas e os limites, assim
 como seu potencial de atuação.
 - Valorizar as múltiplas formas de expressão dos diferentes povos, pre-
 servando a memória e o patrimônio sociocultural.
 (POSITIVO, 2006, p. 03)
Para
que o objetivo do saber histórico se efetive no processo de aprendizagem da
criança, o professor e a escola devem proporcionar a capacidade de reflexão, sugerindo
que os fatos e conteúdo estudados em história não sejam vistos de forma acabada. É preciso
envolver a criança no processo para que ela possa desenvolver um pensamento crítico. Por
isso, é importante que nas séries iniciais as problemáticas sejam interligadas às questões
autênticas de vida dos envolvidos.
Portanto, o objetivo primeiro do conhecimento histórico, de acordo com Bezerra
(2003), é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das
relações que se estabelecem entre grupos humanos em diferentes tempos e espaços. Não
basta que a criança somente veja um conteúdo, é preciso que ela compreenda. Para isso,
é importante despertar no aluno que na História há momentos decisivos e importantes que
situam o processo histórico, construídos no cotidiano por toda a coletividade, para que eles
possam interligar os marcos da construção humana, associar o homem-indivíduo ao homem-
social nas relações políticas e sociais e propiciem um autoconhecimento na descoberta de
seu papel social no grupo e de sua importância na sociedade, como um ser que age de
maneira consciente, intervindo na construção do mundo.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), o objetivo principal do
ensino da História é a constituição da noção de identidade. Serão relacionados os aspectos
da identidade individual, social e coletiva, em nível regional e local.
15
Ao final do primeiro ciclo, espera-se que o aluno do ensino fundamental seja capaz
de:
Para o segundo ciclo, espera-se que ao final os alunos sejam capazes de:
- Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência anteri-
oridade, posterioridade e simultaneidade;
- Reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais, econômi-
cas e culturais, de dimensão cotidiana, existentes no seu grupo de
convívio escolar e na sua localidade;
- Reconhecer algumas permanências e transformações sociais,
econômicas e culturais nas vivências cotidianas das famílias, da
escola e da coletividade, no tempo, no mesmo espaço de convivên-
cia;
- Caracterizar o modo de vida de uma coletividade indígena, que
vive ou viveu na região, distinguindo suas dimensões econômicas,
sociais, culturais, artísticas e religiosas;
- Identificar diferenças culturais entre o modo de vida de sua
localidade e o da comunidade indígena estudada;
- Estabelecer relações entre o presente e o passado;
- Identificar alguns documentos históricos e fontes de informações
discernindo algumas de suas funções.
 (PCN, 1997, p. 39-40).
- Reconhecer algumas relações sociais, econômicas, políticas
e culturais que a sua coletividade estabelece ou estabeleceu
com outras localidades, no presente e no passado;
- Identificar as ascendências e descendências das pessoas que
pertencem à sua localidade, quanto à nacionalidade, etnia, lín-
gua, religião e costumes, contextualizando seus deslocamentos
e confrontos culturais e étnicos, em diversos momentos históri-
cos nacionais;
- Identificar as relações de poder estabelecidas entre a sua lo-
calidade e os demais centros políticos, econômicos e culturais,
em diferentes tempos;
- Utilizar diferentes fontes de informação para leituras críticas.
- Valorizar as ações coletivas que repercutem na melhoria das
condições de vida das localidades.
 (PCN, 1997, p. 45-46)
16
Fundamentos
e Didática da
História I
 Este sentido de formar o pensamento crítico do aluno para a
compreensão da realidade em que vive e transformá-la é, assim, um objetivo
político possível de ser inserido em várias situações e condições. A reflexão
sobre os objetivos da história está explícita nas atuais propostas,
especialmente quanto à utilização do termo cidadania, vinculado às questões
educacionais. As introduções dos textos oficiais reiteram que o ensino da
História, ao estudar as sociedades do passado, tem como objetivo básico
fazer o aluno compreender o tempo presente e perceber-se como agente social capaz de
transformar a realidade, contribuindo para a construção de uma sociedade democrática.
Se para a História o que importa é o estudo dos homens com todas as suas
implicações, então, o professor da 1ª a 4ª série, para atender às exigências da lei, terá que
planejar suas aulas para que dêem condições para formar seres humanos capazes de refletir
seus atos, agindo de modo harmonioso com a natureza e a sociedade.
Analise os dois casos hipotéticos abaixo e tire as suas conclusões se o
professor incorporou ou não os objetivos do estudo da disciplina de história:
 Um aluno narra, em sala de aula, uma notícia que o impressionou. Por não se tratar
do assunto que estavam comentando naquele momento, o professor pediu ao aluno que
contasse o fato no recreio, pois não podia atrasar o planejamento.
 Com a aproximação das eleições municipais, os alunos se interessaram pelo fato.
Organizaram torcidas partidárias, material da campanha, etc. Então, o professor explicou
como funciona a Câmara dos Vereadores e os três poderes municipais. Depois dessa
aula, os alunos queriam organizar um debate em que fariam o papel de candidatos, como
acontece na TV. O professor não permitiu o debate, alegando que a escola não permitia se
envolver com partidos.
Portanto, o ensino da História, de acordo com Bittencourt (2004), deve contribuir
para a formação de um indivíduo comum, que enfrenta um cotidiano contraditório, de violência,
desemprego, greves, congestionamentos, que deve escolher os seus representantes e
outros. Este indivíduo que vive o presente, deve, pelo ensino da História, ter condições de
refletir sobre tais acontecimentos, localizá-los em um tempo conjuntural e estrutural,
estabelecer relações entre os diversos fatos de ordem política, econômica e cultural.
1
2
O Perfil do Professor de História
Para ensinar história é preciso que os professores estejam conscientes de sua
responsabilidade social perante aos alunos, preocupando em ajudá-los a compreender e a
melhorar o mundo em que vivem. O saber docente é constituído de saberes sociais múltiplos,
integrando a identidade profissional do professor reflexivo, apropriação dos saberes
17
curriculares e disciplinares, os saberes de informação, os saberes de experiência profissional
e de vida, e de senso comum.
Um professor, na concepção de Karnal (2005), mal preparado e desmotivado não
consegue dar boas aulas nem com o melhor dos livros, ao passo que um bom professor
pode pegar um livro com falhas e desenvolver o espírito crítico em seus alunos. Afinal no
processo de aprendizagem, ele é o sujeito que estabelece a intermediação na construção
do conhecimento. Por isso, é necessário investir na formação do professor, mas sem perder
de vista que o profissionalismo se constrói na prática pedagógica, na constante reflexão na
ação, sobre a ação e sobre a reflexão na ação.
Para isso, o professor deve estar atualizando-se constantemente. Deve ler
bibliografias atualizadas; assistir a filmes; conversar com colegas de trabalho; tentar manter-
se informado; fazer uso das tecnologias atuais; inovar a sua linguagem - a qual mostra os
meios e as formas pelas quais os alunos se inserem na História. Como conseqüência,
passa a ter uma linguagem mais dinâmica e de fácil compreensão; possibilitando novas
práticas a serem realizadas na sala de aula; estabelecendo uma metodologia de ensino
onde se criam relações saudáveis entre professor–aluno.
A História para ser ensinada deve ser organizada segundo a estrutura do próprio
saber científico: a História é uma ciência, com a sua estrutura complexa e própria, os seus
métodos investigativos, a dinâmica dos seus conceitos. Afastar-se desta linha pedagógica
pode ser visto como falta de rigor científico de aprendizagem.
O aluno de História deve ser solicitado constantemente pelo professor a assumir a
atitude inerente à pesquisa histórica. Deve-lhe ser apresentados documentos de diversas
naturezas, que ele deverá interpretar, a fim de chegar a conclusões que se pretende
fundamentar.
O professor tem que perceber que, muitas vezes, os alunos não sabem como se
preparar nesta disciplina, nem como articular as diversas atividades que realizaram ao longo
das aulas, o que pode ser, para eles, um fator de perturbação, insegurança e desinteresse.
O desenvolvimento de uma atitude científica e a aprendizagem das competências
necessárias à investigação devem ser para ele um meio de compreender as transformações
pelas quais passa os seres humanos, mas devem também compreender que as
investigações não são também as únicas finalidades desta disciplina, nem se revelam
incompatíveis com outros processos de trabalho na aula. Em História, os dados cronológicos,
os fatos e as datas têm significado a partir da compreensão global de cada conjuntura
histórica que se quer estudar.
A seqüência temporal é um referencial importante para a localização mental das
situações que serão vivenciadas pelos alunos, sobretudo quando se trata de crianças. E é
pela progressiva demarcação de períodos temporais, dos mais curtos para os mais longos,
que se estrutura a noção de tempo e o conceito do devir histórico.
Interessa ao aluno compreender fatos relevantes historiográficos, mas não se pode
pedir que ele memorize datas e fatos não relevantes. Os alunos, usando a técnica de
compreender, de investigar e tirar conclusões após um trabalho histórico de organização e
consolidação das aquisições, a passagem pela memorização e compreensão natural dos
fatos, terá um entendimento mais claro sobre o conteúdo proposto.
As aulas somente expositivas, o conservadorismo e o imobilismo pedagógico não
levam aos resultados esperados do saber histórico. Mas, a participação das crianças na
construção do saber histórico resulta numa aprendizagem de interesses e é suscetível de
provocar o envolvimento pessoal.
Faz-se necessário que teoria, práticas e perspectivas em História tornem a disciplina
abrangente e contribua para o crescimento intelectual do aluno.
Portanto, o papel do professor é educar para mudanças. Essas mudanças devem
ser baseadas em pesquisas, onde se discute a possibilidade de transmitir aos alunos uma
18
Fundamentos
e Didática da
História I
crítica bem fundamentada e um comprometimento com a busca de uma
educação qualificada para o futuro das crianças.
As concepções míticas e historiográficas examinadas e, em muitos
aspectos, revistas, criticadas e, conseqüentemente, atenuadas, constituem
um universo de valores pedagógicos a que o professor de História sente o
dever de assimilar, questionar, analisar o grau de complexidade, a diversidade
e as situações que terá que enfrentar diante do processo de aprendizagem
dos adolescentes. A suscitação de uma compreensão mais livre, procurando
abrir um campo para a reflexão pedagógica, cientificamente fundamentada, aberto e crítico,
possibilitará uma análise mais ampla sobre qualquer dos assuntos abordados.
Para Rodrigues (1985), o importante no ensino da História não é tanto relatar fatos
passados ou enumerar acontecimentos que podem ser localizados geograficamente e
datado cronologicamente, mas, sim, mostrar que em cada momento os homens estão
produzindo uma realidade cultural. Captar a forma como o homem concebe a vida e a
transforma através de seus instrumentos próprios de trabalho existentes no momento. Nesse
sentido, o ensino de história possibilita às crianças compreenderem as diferentes maneiras
pelas qual o homem se relaciona com a natureza e com a sociedade
No primeiro ciclo do ensino fundamental, o professor media a aprendizagem do aluno
aos saberes históricos através da leitura das diversas fontes de informação. Com esse
trabalho, a criança vai adquirindo, pouco a pouco, autonomia intelectual. O percurso do
trabalho escolar inicia, dentro dessa perspectiva, com a identificação das especificidades
das linguagens dos documentos — textos escritos, desenhos, filmes —, das suas simbologias
e das formas de construções dessas mensagens.
No segundo ciclo, o professor começa a criar situações instigantes para que os alunos
comparem as informações contidas em diferentes fontes bibliográficas e documentais,
expressem as suas próprias compreensões e opiniões sobre os assuntos e investiguem
outras possibilidades de explicação para os acontecimentos estudados.
Segundo Penteado (1994), a construção mental desses conceitos por parte do aluno
se dá na interação das condições internas de aprendizagem com as condições ambientais
de que se dispõe o aprendiz. O professor nesse processo se localiza entre as condições
ambientais e atua na interação destas com as condições internas do aprendiz, agindo como
mediador. Neste papel de mediação que exerce no processo de aprendizagem, o professor
pode vir a ser tanto um agente facilitador e catalisador, quanto um agente que retarda, dificulta
ou inibe. Tudo depende da sua preparação.
O importante, ao dar aulas de História, é ensinar os alunos a adquirir as ferramentas
de trabalho necessárias: o saber fazer, o saber fazer bem, lançar o germe do histórico;
ensinar o aluno a captar e a valorizar a diversidade dos pontos de vista; incentivar a levantar
problemas e a reintegrá-los num conjunto mais vasto de outros problemas; criar condições
para que os alunos possam participar do processo do fazer, do construir a História.
Deve-se apontar sempre para o presente; não se deve reduzir as aulas de História
unicamente a informações sobre o passado, deslocadas da realidade atual. O
descobrimento do Brasil não tem o menor sentido quando ensinado por si mesmo. O
importante, ao transmitir essas informações, é passar aos alunos a concepção de mundo, a
visão de realidade que imperava na época. Eles precisam compreender que por trás de um
fato histórico há as relações comerciais, as relações sociais de produção, as relações de
trabalho, de cultura, as relações com o mundo.
A aula de História é o momento em que, ciente do conhecimento que possui e de sua
preparação para prática docente, o professor oferece a seu aluno a apropriação do
conhecimento histórico existente, através de um esforço e de uma atividade com a qual ele
retome a atividade que edificou esse conhecimento.
A sala de aula, para uma aula de História dinâmica e participativa, não é apenas o
espaço onde se transmitem informações, mas uma relação onde interlocutores constroem
19
sentidos. Para um ensino ativo, participante, é preciso que o professor propicie situações
que levem o aluno a pensar e a refletir.
O professor, para atuar nas séries iniciais do ensino fundamental, deve ter um perfil
de um pesquisador curioso que produz com os alunos conhecimentos que dão significado
à sua própria vida cotidiana, à organização de sua comunidade ou sociedade e às suas
próprias características individuais em relação aos outros e a si mesmo. Na sala de aula,
realiza um espetáculo cheio de vida impregnado de tensões que tornam inseparáveis o
significado da relação teoria e prática, ensino e pesquisa.
Vamos fazer uma aula dinâmica
No entendimento de um grande número de pessoas, dar
aulas de História é algo muito simples de se fazer. Poucos se
apercebem, entretanto, das inúmeras questões teóricas e
ideológicas presentes a cada passo da narrativa histórica. Às vezes
nem mesmo o próprio professor,
 (Rocha 1998, p.47).
O professor de História do ensino fundamental lidará com crianças curiosas, agitadas,
querendo aprender de forma lúdica. Os professores precisam aprender a usar os
documentos para cativar e, daí, levar o aluno a refletir. Assistir a filmes e programas
de
televisão, ler jornais e revistas, isso e muito mais, são ações quotidianas irrefletidas que
precisam ser transformadas em veículo de reflexão histórica e, para tanto, o aluno de
graduação precisa ser instrumentalizado.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO PROFESSOR DE HISTÓRIA
Um profissional capaz de perceber e aplicar o princípio da indissociabilidade entre a
pesquisa e o ensino, dominando a natureza do conhecimento histórico e as práticas
essenciais de sua produção e difusão.
Um educador capaz de perceber e mostrar a indissociabilidade entre o ensino e a
pesquisa e qualificado para desenvolver a necessária articulação entre teoria e prá-
tica.
Um professor de História dotado de espírito crítico e reflexivo, de uma visão sobre o
desenvolvimento e evolução das sociedades humanas, em geral, e a sociedade bra-
sileira, comunidades locais e regionais, em particular.
Um profissional no ensino de História capaz de interagir com as várias áreas de co-
nhecimento e na construção do mesmo, mediante a prática da pesquisa científica,
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Em sala de aula, reúna os alunos em grupos de três. Os alunos deverão montar
uma representação por meio de mímicas, demonstrando diferentes fases da vida (bebê,
criança, adolescente, adulto, idoso).
Os
alunos que estiverem assistindo à apresentação do grupo deverão indicar,
oralmente, a que momento da vida se refere aquelas ações. Para auxiliar a compreensão
acrescentar, no quadro cada uma dessas fases, incentivando os alunos a perceberem a
ordem em que cada ação acontece em suas vidas. Evidenciar os momentos que se
referem ao passado e ao presente.
Esta atividade propicia aos alunos a observação da temporalidade, de modo que
eles percebam o que o ser humano possui um passado e que este é diferente do momento
presente.
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Fundamentos
e Didática da
História I
entendida como a base da compreensão da realidade e de uma sólida
formação inter(multi)disciplinar.
Um professor comprometido com os princípios da democracia, capaz
de trabalhar em equipe e favorecer o diálogo, o respeito às diferenças
sociais e a conscientização da cidadania, correspondente à singularida-
de da formação e do exercício da prática educativa.
O profissional do ensino da História deve ser capaz de elaborar problemáticas de
pesquisa, saber lidar com documentação específica, conhecer a historiografia, enfim,
conhecer a ciência com a qual trabalha. Caso contrário, estará ensinando uma História
pronta e acabada, da qual não participamos: um passado morto. Um saber transmitido
como já resolvido, simplificado e rotulado nos manuais, não proporcionará ao aluno a tentativa
de condução de uma investigação lidando com a sociedade como um objeto dinâmico, não
criará condições para conferir historicidades aos fatos da vida presente.
Um professor prático reflexivo que nunca se satisfaz com sua prática, jamais a julga
perfeita, concluída, sem possibilidade de aprimoramento. Está sempre em contato com
outros profissionais, lê, observa, analisa para atender sempre melhor ao aluno, sujeito e
objeto de sua ação docente. Se isso sempre foi verdade e exigência, hoje, mais do que
nunca, não se atualizar é estagnar e retroceder.
Para tanto, uma prática docente centrada no desenvolvimento de competências e
habilidades e na realização de atividades escolares significativas e contextualizadas – que
mobilizem e auxiliem na construção e reconstrução de diferentes conhecimentos por parte
dos alunos, no âmbito dos trabalhos de uma dada disciplina – associa-se, necessariamente,
a uma nova postura do educador. Uma postura centrada na mediação dos processos de
construção dos conhecimentos escolares e não na condição de mero retransmissor desses
conhecimentos para os mesmos.
E, com isso, os alunos ascendem ao conhecimento da história, não mais considerada
como uma sucessão de fatos explicitados numa sucessão de tempo, mas como ações
humanas organizadas, que possibilitam a transformação da realidade social, econômica,
política e técnica de certo momento. Compreender que os homens estão a todo o momento
transformando a realidade.
O dinamismo próprio da História é que impulsiona e faz avançar o nível de organização
do povo. É preciso que o professor transmita aos alunos a noção de que a realidade é
produzida pela força dos homens, pela vontade dos homens, pelo seu modo de se organizar,
pelas concepções de vida e de mundo que surgem em função da própria ação humana.
O perfil que o professor de História deve assumir é da tarefa urgente de formar nos
alunos a consciência de que eles são agentes da História e, como tal, podem mudar a
realidade.
No processo de ensino-aprendizado, questões sensíveis referentes à identidade
cultural devem capacitar os educadores para a formação de seres humanos que sejam
capazes de conhecer a sua própria história cultural, além de estimular nas crianças a prática
saudável da reflexão histórica. Nesse sentido, o ensino de história possibilita, desde as
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Dique do Tororó - Salvador/Ba
Antes
Dique do Tororó - Salvador/Ba
Atual
A Memória para Ensino da História
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primeiras fases do processo de aprendizado, a apreensão das noções de cidadania e
responsabilidade social e conseqüentemente o processo de constituição da personalidade
de cada indivíduo. Esse processo faz parte de uma política cultural que é construída nos
cruzamentos das diferentes demandas sociais que permeiam a sociedade.
Nesse contexto, a cultura é um espaço privilegiado que permite, de forma crítica,
trabalhar nos contrastes, nas diferenças para possibilitar aos sujeitos desse processo rever-
se, e nesses espelhos se entenderem individual e coletivamente. A política cultural é sempre
um ato de iluminação, de transformação. Não é um processo de contemplação ou de
afirmação de uma situação dada, mas de enfrentamento: é a criação de espaços sociais
de construção de cidadania, de participação e de libertação.
A memória é a criação do momento narrativo - certa maneira de ler e dizer a
experiência com e no vivido; a experiência singular do sujeito ao dizer-se em movimento e
relação. A memória é relação como momento. Não é nem o passado nem uma narrativa
definitiva, é um momento do sujeito que se traduz em ordem narrativa, em ordem de palavras.
A preocupação com a preservação da memória histórica é fenômeno que veio
caracterizando o final do século XX. A cada dia se toma conhecimento da criação de centros
de memória, museus, memoriais, elaboração de vídeos e documentários e outros.
A memória apesar de parecer um fenômeno individual, deve ser entendida como um
fenômeno coletivo e social, ou seja, como um fenômeno construído coletivamente e submetido
a transformações, mudanças constantes. São os acontecimentos vividos pela pessoa ou
pela coletividade à qual se sente pertencer. São acontecimentos dos quais elas nem sempre
participou, mas que no imaginário tomaram tamanho relevo que é quase impossível que ela
consiga saber se participou ou não. Se formos mais longe, a esses acontecimentos vividos
pela pessoa vêm se juntar todos os eventos que não se situam dentro do espaço-tempo
que ela viveu.
É perfeitamente possível que, por meio da socialização política, ou da socialização
histórica, ocorra uma identificação com determinado passado, tão forte que se pode até
falar numa memória quase que herdada.
Além desses acontecimentos, a memória é constituída por pessoas, personagens.
Aqui, personagens realmente encontradas no decorrer da vida, e personagens que não
pertenceram necessariamente ao espaço-tempo da pessoa. Além dos acontecimentos e
das personagens, pode-se incluir os lugares.
Existem lugares da memória particularmente ligados a uma lembrança, que pode
ser uma lembrança pessoal, mas também pode não ter apoio no tempo cronológico. Pode
ser, por exemplo, um lugar de férias na infância que permaneceu muito forte na memória da
pessoa, muito marcante, independentemente da data real em que a vivência se deu.
 Na memória mais pública, nos aspectos mais públicos da pessoa, pode haver lugares
de apoio da memória, que são os lugares de comemoração. Os monumentos aos mortos,
por exemplo, podem servir de base a uma relembrança de um período que a pessoa viveu
por ela mesma, ou de um período vivido pelo grupo. Locais muito longínquos, fora do espaço-
tempo da vida de uma pessoa, podem constituir lugar importante para a memória do grupo,
e, por conseguinte, da própria pessoa.
A memória é um fenômeno construído social e individualmente, quando também
evidencia a memória herdada, podendo ter uma estreita ligação com o sentimento de
identidade.
Aqui, o sentimento de identidade está sendo tomado no seu sentido mais superficial,
mas que, no momento, que é o sentido da imagem de si, para si e para os outros. Isto é, a
imagem que uma pessoa adquire ao longo da vida referente a ela própria, a imagem que
ela constrói e apresenta aos outros e a si própria, para acreditar na sua própria
representação, mas também para ser percebida da maneira como quer ser percebida pelos
outros.
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Fundamentos
e Didática da
História I
Pode-se afirmar, portanto, que memória é um elemento constituinte do
sentimento de identidade, tanto
individual como coletiva, na medida em que
ela é também um fator extremamente importante do sentimento de continuidade
e de coerência de uma pessoa ou de um grupo em sua reconstrução de si.
A identidade social é a imagem de si, para si e para os outros, há um
elemento dessas definições que necessariamente escapa ao indivíduo e, por
extensão, ao grupo, e este elemento, obviamente, é o Outro. Ninguém pode
construir uma auto-imagem isenta de mudança, de negociação, de transformação em função
dos outros. Portanto, a construção da identidade é um fenômeno que se produz em referência
aos outros, em referência aos critérios de aceitabilidade, de admissibilidade, de
credibilidade, e que se faz por meio da negociação direta com outros. Vale dizer que memória
e identidade podem perfeitamente ser negociadas, e não são fenômenos que devam ser
compreendidos como essências de uma pessoa ou de um grupo.
Segundo Burke (2003), para muita gente aprender é quase sinônimo de memorizar,
de ser capaz de se lembrar de certas coisas ensinadas na escola. A memória é também,
para ele a parte inteligente da aprendizagem. Podendo ser distinguida de dois tipos. Uma
simples memorização, superficial, passageira, decorada, pouco significativa; e a outra uma
memorização profunda, duradoura, significativa, que decorre do processo da construção e
reconstrução de estruturas mentais por assimilação e acomodação.
Memória segundo a psicóloga e antropóloga Elvira Souza Lima (2006), especialista
em desenvolvimento humano - é a base de todo o saber - e, por que não dizer, de toda a
existência humana, desde o nascimento. Como tal deve ser trabalhada e estimulada. É ela
que dá significado ao cotidiano e nos permite acumular experiências para utilizar durante
toda a vida.
Memória para a educadora e especialista em museologia, Zilda Kessel (2006), é
tudo aquilo do que uma pessoa lembra como também sua capacidade de lembrar.
Essa relação não se faz como cópia, reprodução, mas como criação narrativa. A
relação feita, por exemplo, entre como vivem as crianças no presente e como viviam as
crianças no passado não é relação física, mas relação de imaginários, pois a vida é o
imaginário social.
A espessura da memória, fluxo narrativo que se integra aos fluxos da ficção do mundo
coletivo, faz parte da espessura que é o presente. Grande parte daquilo que é a dobra do
presente, síntese viva entre todos os passados e suas atualizações na expressão de imediato
do presente, é a memória enquanto concepção maior, além do pessoal e singular.
EntãoEntãoEntãoEntãoEntão, o que é História?, o que é História?, o que é História?, o que é História?, o que é História?
História, para a educadora Zilda Kessel (2006), é a maneira como organizamos e
traduzimos para o outro aquilo que reconhecemos em nossa memória. É a reconstrução
dessa memória através de uma narrativa, individual ou coletiva.
Quando organizamos a história de vida, por exemplo, fazemos uma tradução daquilo
que reconhecemos em nossa memória. Dessa forma, a história de vida é a explicação e a
narrativa que é montada a partir de marcos que são guardados seletivamente na memória.
Essa explicação é o que dá identidade, que faz o sujeito se reconhecer. Da mesma forma,
a história de um grupo é a organização do que foi seletivamente demarcado como significativo
na memória social. É o que dá coesão a um grupo e estabelece sua identidade.
E por que a memória é tão importante na construção daE por que a memória é tão importante na construção daE por que a memória é tão importante na construção daE por que a memória é tão importante na construção daE por que a memória é tão importante na construção da
identidade e da cidadania cultural?identidade e da cidadania cultural?identidade e da cidadania cultural?identidade e da cidadania cultural?identidade e da cidadania cultural?
A memória, na colocação de Bittencourt (2004), faz com que os sujeitos percebam
na fisionomia da cidade, sua própria história de vida, suas experiências sociais e lutas
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coletivas; é imprescindível na medida em que esclarece sob o vínculo entre a sucessão de
gerações e o tempo histórico que as acompanha.
A escola é uma das instituições sociais comprometidas com a transmissão de uma
memória reconhecida como necessária a todos que vivem numa sociedade. E o ensino de
História tem um papel fundamental nesse processo ao socializar o conhecimento
historicamente produzido e preparar as atuais gerações para a construção de novos
conhecimentos.
Nos Parâmetros Curriculares, encontram-se conceitos norteadores acerca da memória
e da História para serem trabalhados na construção do saber dos alunos da 1ª a 4ª série,
sob a construção de uma identidade individual e coletiva.
Mais uma vez, o que Identidade? Às vezes dá paraMais uma vez, o que Identidade? Às vezes dá paraMais uma vez, o que Identidade? Às vezes dá paraMais uma vez, o que Identidade? Às vezes dá paraMais uma vez, o que Identidade? Às vezes dá para
confundir memória, identidade e história.confundir memória, identidade e história.confundir memória, identidade e história.confundir memória, identidade e história.confundir memória, identidade e história.
Será que as três estão interligadas?Será que as três estão interligadas?Será que as três estão interligadas?Será que as três estão interligadas?Será que as três estão interligadas?
Segundo a professora da Universidade de Brasília, Lia Zanotti (2002), identidade é
a base da construção imaginada sobre mim e sobre os outros num fluxo constante de medos,
desejos, costumes, instrumentos.
Para Myriam Fraga (2006), poeta, escritora e diretora da Fundação Casa de Jorge
Amado em Salvador, identidade é a marca que distingue: uma pessoa, um produto, um
país. Como se fosse a impressão digital: ninguém se repete, cada um tem a sua.
Diante desses conceitos, a identidade relacionada à memória especificada nos
Parâmetros Curriculares dá ênfase à questão dos sujeitos históricos, valorizando o papel
de cada um na construção da história de todos, possibilitando a memória de ser um
instrumento para esta construção.
Por sujeito histórico pode ser entendido, por sua vez, como sendo os agentes de
ação social, que se tornam significativos para estudos históricos escolhidos com fins
didáticos, sendo eles indivíduos, grupos ou classes sociais.
O importante, ao trabalhar a memória na formação da identidade, é a valorização
que se dá a História social. A construção da história local onde a escola está inserida,
parcialmente desconhecida, desvalorizada, esquecida ou omitida, ao ser trabalhado em
sala de aula, desempenha um papel fundamental na vida local. Além de colocar o aluno
como um observador atento às realidades ao seu entorno, capaz de estabelecer relações,
comparações; prioriza o cotidiano dos sujeitos que no anonimato são os agentes e sujeitos
da História.
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- Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões
sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente
a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência
ao País;
- Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural
brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações,
posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças
culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras
características individuais e sociais.
 (PCN, 1997, p.5).
24
Fundamentos
e Didática da
História I
As informações relevantes, trazidas da memória coletiva daquele local
expressam a intencionalidade de fornecer aos alunos a formação de um
repertório intelectual e cultural, para que possam estabelecer identidades e
diferenças com outros indivíduos e com grupos sociais presentes na realidade
vivida - no âmbito familiar, no convívio da escola, nas atividades de lazer, nas
relações econômicas, políticas, artísticas, religiosas, sociais e culturais. E,
simultaneamente, permitir a compreensão dos alunos as diversas formas de
relações sociais e a perspectiva de que as histórias individuais se integram e fazem parte
do que se denomina História nacional e de outros lugares.
A memória, para Portella (1997), é um objeto de luta pelo poder, travada entre classes,
grupos e indivíduos. Decidir sobre o que deve ser lembrando e também sobre o que deve
ser esquecido integra os mecanismos de controle de um grupo sobre o outro. Desse embate,
resultam, entre outras, as escolhas sobre os currículos escolares. O que será lembrado, que
datas receberão atenção e comemoração, que histórias - consideradas importantes para
todos - deverão integrar os livros e os saberes necessários aos alunos?
É o espaço da
sala de aula que o professor e os alunos na aula de História trabalham
com efetividade as informações do passado e da memória, sentindo-se impulsionados a
pesquisar em nome do conhecimento. Portanto, a escola e, mais especificamente, o ensino
de História, assume o compromisso de ser instância de afirmação de uma identidade
nacional plural, assentada no reconhecimento da memória como princípio para a construção
de uma sociedade mais democrática.
Vamos exercitar a memória da garotada
*
*
Nas férias do final de ano, a garotada realiza muitas atividades e
brincadeiras. Peça para elas desenharem no papel de ofício o que elas mais
gostaram de fazer com seus colegas; com sua família.
Com essa atividade, a criança apresenta a identidade com o momento
vivido e seleciona na memória os momentos mais significativos que comporão
a história contada através de desenhos.
25
“Para construir conhecimento, o professor deve conhecer as características sociais,
intelectuais e afetivas do aluno com quem trabalhará” (PORTELLA, 1997, pg. 23)
 Baseado na afirmação do autor acima, analise o perfil do professor para ensinar
história para as séries iniciais.
De que maneira o ensino da história nas séries iniciais pode formar estrutura de
pensamento para a compreensão do processo histórico?
 Analise os objetivos PCN de História para as séries iniciais do ensino fundamental
e aponte as suficiências e deficiências vivenciadas na sua comunidade.
AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividades
ComplementaresComplementaresComplementaresComplementaresComplementares
11111.....
2.2.2.2.2.
3.3.3.3.3.
26
Fundamentos
e Didática da
História I
 Como vincular a memória ao saber histórico para os alunos das séries
iniciais?
O que propõe a LDB 9394/96 para o ensino da História nas séries iniciais e o que
ela difere das demais?
4.4.4.4.4.
5.5.5.5.5.
27
Para um professor experiente é impossível ir para uma sala de aula sem antes planejar
suas aulas. O Planejamento é para ele algo que requer horário, discussão, esquematização
e formalidade, tornando-se uma garantia de que suas aulas irão ganhar qualidade e
eficiência.
O Planejamento escolar é um importante momento de elaboração teórica das tarefas
docentes na qual a reflexão e a avaliação sobre o processo de ensino-aprendizagem
possuem como marco referencial, a intenção política de intervir na realidade escolar dos
alunos.
Teoricamente, o plano de aula é a precisão dos conteúdos e atividades de uma aula
que compõe uma unidade de ensino. Segundo a Revista Escola (2005), o plano trata de
assuntos aparentemente miúdos, como a apresentação da tarefa e o material que precisa
ter em mãos.
O plano de aula configura-se como um roteiro organizado que está ligado à concepção
que o professor o utiliza sobre a função da educação, da escola, de cada especificidade de
determinada disciplina e sobre seus objetivos sociais e pedagógicos. Tais elementos visam
assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que
a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de
qualidade que evite a improvisação e a rotina. Sobre esses elementos materializam-se os
referenciais político-pedagógicos da prática pedagógica dos professores.
Como observa Libâneo (1994), o planejamento escolar como processo responsável
por racionalizar, organizar e coordenar a ação docente deve articular as atividades escolares
ao contexto social, pois a escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica
das relações sociais e tudo o que acontece no meio escolar é abarcado por influências
econômicas, políticas e culturais características da sociedade de classes.
O plano de aula se articula com o planejamento que se baseia na proposta
pedagógica, que determina a atuação da escola na comunidade. Portanto, o plano de aula
encontra-se na ponta de uma seqüência de trabalhos que torna possível uma prática coerente
e homogênea, além de bem fundamentada.
As funções delegadas ao planejamento escolar são determinadas por uma
intencionalidade educativa que envolve objetivos, valores, atitudes, conhecimentos e formas
de agir e interagir dos professores que atuam na formação humana no ambiente escolar,
nos quais amplos setores deste espaço estão envolvimentos na ação de projetar os rumos,
de forma democrática, que esta formação deve assumir compreendendo o planejamento
escolar como prática de elaboração conjunta dos planos.
Nesse sentido, o planejamento escolar e seus elementos relacionados dialeticamente
às implicações sociais estão envolvidos de significados políticos, em que esta é uma
atividade de reflexão acerca de nossas opções e ações. A não reflexão em torno do trabalho
O Planejamento da Aula de História
PLANEJAR E AVALIAR HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS
28
Fundamentos
e Didática da
História I
docente se conforma em uma atitude de subserviência aos rumos
estabelecidos pelos interesses hegemônicos.
Entretanto, historicamente o planejamento escolar tem sido realizado
sob uma perspectiva tecnicista e burocrática que, segundo Lopes (1996), o
preenchimento de formulários, as reproduções de planos anteriores e a
submissão às orientações e parâmetros curriculares de forma irrefletida e
descompromissada têm marcado essa prática caracterizando-a como uma
ação mecânica, fragmentária e burocrática dos professores, pouco
contribuindo para elevar a qualidade da ação pedagógica no âmbito escolar.
Por outro lado, o planejamento escolar é apontado como alternativa de organização
coletiva em que diversos segmentos envolvidos professores, alunos, funcionários
administrativos e comunidade discutam e decidam coletivamente os objetivos, metas,
finalidades, valores, atitudes para resolverem os problemas comuns à escola de uma forma
geral e do ensino, viabilizando assim a materialização de uma escola realmente democrática.
O planejamento escolar implica então numa forma de ação que busca organizar
coletivamente as comunidades em torno das escolas, criando-se a partir daí, espaços de
resistência e luta contra o neoliberalismo, além da própria reivindicação junto ao Estado
quanto às questões da educação: a democratização da educação, estruturação das escolas
públicas, planos de carreira e formação continuada dos professores e trabalhadores da
educação que dentre outras questões fazem-se urgente, a fim de elevar a educação das
maiorias a uma qualidade socialmente referenciada.
Antes de partir para a elaboração de um plano de aula é preciso dividir em etapas o
planejamento de um determinado período. Não há modelos certos ou errados e os planos
podem variar segundo as prioridades do planejamento, os objetivos do professor e a resposta
dos estudantes.
Um dos primeiros tópicos a ser tratado é o tema. Logo em seguida vêm os objetivos
da atividade e que conteúdos serão desenvolvidos para alcançá-los. As possíveis
intervenções do professor (perguntas a fazer), o material que será utilizado e o tempo previsto
para cada etapa. Finalmente, é preciso verificar a eficiência da atividade. A única forma de
fazer isso é avaliar o aluno.
A avaliação tem como base os ajustes a serem feitos no processo. Ele é fundamental
para que a aula dê certo. Portanto, não se pode propor uma avaliação muito fácil nem muito
difícil, mas um desafio real para o aluno. Buscando que ele desperte seu interesse para
uma aprendizagem significativa.
Neste sentido, o Planejamento escolar concebido de forma democrática e
participativa desde a sua construção até a sua concretização e avaliação, pode se conformar
num instrumento de organização e ação coletiva, com vistas a resolver os problemas da
escola e desenvolver uma prática pedagógica de qualidade para as maiorias.
Planejar dá mais experiência para antecipar o que pode acontecer. Com base nisso,
o professor se prepara para os possíveis caminhos que a atividade
pode tomar. Os planos
vão se construindo a cada etapa, dependendo do que foi percebido na etapa anterior e
passa a ser um fio condutor para onde sempre se volta.
O projeto ou plano de curso, de acordo com Vasconcelos (2002, p. 136), “é a
sistematização da proposta geral do trabalho do professor naquela determinada disciplina,
numa dada realidade. Pode ser anual ou semestral, dependendo da modalidade em que a
disciplina é oferecida”.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 41):
Os projetos são uma das formas de organizar o trabalho didático,
que pode integrar diferentes modos de organização curricular. Poder ser
utilizado, por exemplo, em momentos específicos do desenvolvimento
curricular de modo a envolver mais de um professor e uma turma, articular
o trabalho de várias áreas, ou realizar-se no interior de uma única área.
29
Nos Parâmetros dos primeiros e segundo ciclos são relacionadas algumas vantagens
na adoção de projetos enquanto organização dos conteúdos não representando um aumento
na carga horária, mas favorecendo a compreensão da multiplicidade de aspectos que
compõem a realidade, a articulação de contribuições de diversos campos de conhecimento,
pois uma vez definido os aspectos específicos do tema, os alunos tendem a aplicar os
conhecimentos que já possuem sobre ao assunto, despertando novos interesses vão buscar
novas informações e utilizar os conhecimentos e os recursos oferecidos na construção da
aprendizagem.
Admitindo-se que uma das finalidades da educação é favorecer o desenvolvimento
do aluno em todas as suas capacidades, alcançando-se tais objetivos através do trabalho
que se realiza em torno dos conteúdos que fazem parte do currículo. É inegável que a análise
e a tomada de decisões sobre o planejamento constituem um elemento indispensável para
assegurar coerência entre o que se pretende e o que se sucede na sala de aula.
O planejamento é uma reflexão sobre o que se pretende, sobre como se faz e como
se avalia. Uma reflexão que permite fundamentar as decisões que são tomadas e que sejam
observadas pela coerência e pela continuidade. É uma ferramenta na mão do professor
que lhe permitirá dispor de uma previsão sobre o que acontecerá durante a aula e é uma
ferramenta flexível que permite fazer variações e incorporações, bem como deixar de lado o
que a situação, no momento da prática, não aconselhar que seja feito.
Os alunos não são os únicos modificados pelo aprendizado. O professor pode e
deve reservar um tempo depois da aula para refletir sobre o que foi realizado, rever sua
prática pedagógica. Portanto, o plano de aula é uma bússola para que o professor conduza
melhor seu dia-a-dia profissional.
A avaliação escolar, também chamada avaliação do processo ensino-aprendizagem
ou avaliação do rendimento escolar, tem como dimensão de análise o desempenho do
aluno, do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar.
Percebe-se que a principal função da avaliação é subsidiar o professor, a equipe
escolar e o próprio sistema no aperfeiçoamento do ensino. Desde que utilizada com as
cautelas previstas e já descritas em bibliografias especializadas, fornece informações que
possibilitam tomar decisões sobre quais recursos educacionais devem ser organizados
quando se quer tomar o ensino mais efetivo.
Portanto, é uma prática valiosa quando utilizada com o propósito de compreender o
processo de aprendizagem em que o aluno está percorrendo em um dado curso, e para o
qual o desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para favorecer o
cumprimento dos objetivos previstos e assumidos coletivamente na escola.
A avaliação e a promoção são duas atividades pedagógicas sem as quais a escola
não sobrevive. O primeiro ponto a ser levantado é a confusão que se estabeleceu nas escolas
entre avaliação e promoção. A avaliação tem como única meta a promoção, ou seja, os
alunos recebem notas pelos trabalhos que fazem para passar ou não de ano. Para muitos
professores isso parece normal. No entanto, é muito importante que essas duas atividades
sejam feitas independentes. A avaliação deve contemplar um julgamento sobre o que os
alunos fazem para aprender e sobre o que o professor faz para ensinar, para que o ensino e
a aprendizagem aconteçam da melhor maneira possível. A promoção julga da conveniência
ou não de um aluno passar para as atividades escolares do ano seguinte.
A prática de dar notas ou conceitos é o centro da confusão entre avaliação e
promoção. Na verdade, esse hábito desvirtuou até mesmo o modo de avaliar. O surgimento
de notas e, especialmente, dos conceitos deveu-se não só ao fato de se avaliar o certo e o
errado no trabalho do aluno, como também ao fato de se premiar com o elogio o aluno
aplicado aos estudos e castigar, expondo ao vexame, o aluno preguiçoso.
30
Fundamentos
e Didática da
História I
O processo avaliativo, voltando à análise do primeiro ciclo das séries
idéias do Ensino Fundamental, de acordo com Dantas (1999), parte do
pressuposto de que se defrontar com dificuldades é inerente ao ato de
aprender. Assim, o diagnóstico de dificuldades e facilidades deve ser
compreendido não como um veredicto que irá culpar ou absolver o aluno,
mas sim como uma análise da situação escolar atual do aluno, em função das
condições de ensino que estio sendo oferecidas.
A necessidade de dar e receber nota tornou-se com o tempo, compulsória nas
atividades escolares e estendeu-se por todos os níveis, abrangendo todas as atividades.
Como a escola educa para a sociedade, vemos a sociedade passar a ter a mesma
obsessão. Mesmo atividades que não precisam de julgamento de valor passam a ganhar
notas, como um jogo social.
As notas, refletindo um julgamento de valor, funcionam bem quando se trata de
classificação e, sobretudo, quando se pretende fazer uma seleção a partir dessa
classificação. Isso é muito útil numa competição ou num concurso, mas será que os alunos,
quando estudam, estão participando de uma seleção, de uma competição para ver quem
fica e quem é excluído ou, simplesmente, quem é o campeão? Será esse o objetivo da
escola, da educação, dos estudos? Será que estudar é uma competição em que é preciso
ganhar, senão se acabam as chances de continuar? Será que a escola não pode ter objetivos
voltados mais para a formação e menos para a competição?
A nota, ainda de acordo com a autora, só entrou na escola quando a prática
pedagógica tirou a aprendizagem como meta e colocou o ensino em seu lugar. Ou seja, as
notas surgiram quando os alunos começaram a ter de reproduzir o que o mestre ensinava,
do jeito que era ensinado, deixando de lado as opiniões individuais. É por essa razão que
as notas não avaliam o processo de aprendizagem do aluno ou sua esperteza intelectual,
mas, simplesmente, sua capacidade de reproduzir ou aplicar um modelo dado pelo professor
ou pelo livro didático.
A promoção é feita a partir dos resultados das notas, o que significa que, o aluno
depende da avaliação.
A avaliação tem sido utilizada muitas vezes de forma reducionista, como se avaliar
pudesse limitar-se à aplicação de um instrumento de coleta de informações. Avaliar exige,
antes que se defina aonde se quer chegar que se estabeleçam os critérios, para, em seguida,
escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à coleta de dados.
Além disso, o processo avaliativo não se encerra com este levantamento de
informações, as quais devem ser comparadas com os critérios e julgadas a partir do contexto
em que foram produzidas. Somente assim elas poderão subsidiar o processo de tomada
de decisão quanto a que medidas devem ser previstas para aperfeiçoar o processo de
ensino, com vistas a levar o aluno a superar suas dificuldades.
A Constituição brasileira diz que toda criança dos 7 aos 14 anos tem direito à
escolarização não faz nenhuma menção a notas nem avaliações. Certamente, não se pensou
que uma
pessoa pudesse ficar durante 7 anos na primeira série simplesmente porque tem
o direito a escolarização garantida pela Constituição.
Uma pedagogia sadia e lúcida recomenda que a promoção seja automática. Aliás, a
promoção deveria sequer ser objeto de preocupação da escola, a não ser em casos muito
excepcionais. Assim, seria candidato à repetição de ano o aluno que não tivesse assistido
pelo menos metade da aula, desde que não tivesse compensado essa falta com
conhecimentos escolares adquiridos fora da escola.
A falta de nota não é responsável pela baixa qualidade do ensino. A qualidade do
ensino se consegue com um trabalho competente, quer com relação ao conteúdo técnico
das matérias, quer na ação do professor como educador.
31
A avaliação tem sido limitada também pela hipertrofia que o processo de atribuição
de notas ou conceitos assumiu na administração escolar. Definir, através de nota ou conceito,
as dificuldades e facilidades do aluno à apenas um recurso simplificado que identifica a
posição do aluno em uma escola.
A avaliação, quando apenas praticada de modo classificatório, supõe ingenuamente
que se possa realizar esta atividade educativa de forma neutra, como se não estivessem
implícitos a concepção de homem que se quer formar se o modelo de sociedade que sequer
construir em qualquer prática educativa.
A classificação cristaliza e estigmatiza um momento da vida do aluno, sem considerar
que ele se encontra em uma fase de profundas mudanças. É uma forma unilateral e, portanto,
autoritária, que não considera as condições que foram oferecidas para a aprendizagem.
Pune justamente aqueles alunos que, por sofrerem uma situação social adversa, necessitam
de que a escola lhes proporcione meios adequados que minimizem suas dificuldades de
aprendizagem. A avaliação apenas como instrumento de classificação tende a
descomprometer a equipe escolar com o processo de tomada de decisão para o
aperfeiçoamento do ensino, que é função básica da avaliação.
Para Bueno (2006), a avaliação escolar não deve ser empregada quando não se
tem interesse em aperfeiçoar o ensino e, conseqüentemente, quando não se definiu o sentido
que será dado aos resultados da avaliação.
Avaliação ainda é uma palavra que causa arrepios em muitas escolas. Os estudantes,
os professores e os familiares sofrem ao ouvir que o período de avaliações está por perto.
MasMasMasMasMas, o que se quer pr, o que se quer pr, o que se quer pr, o que se quer pr, o que se quer prooooovvvvvar com asar com asar com asar com asar com as
prprprprprooooovvvvvas aas aas aas aas avvvvvaliaaliaaliaaliaaliativtivtivtivtivas?as?as?as?as?
Avaliação bimestral, oral, semanal, relâmpago, processual, auto-avaliação, seja qual
for o nome que se inventar para mais esse instrumento documentário, a avaliação possui o
mesmo objetivo: o da verificação. Verificar se o aluno aprendeu, avançou, paralisou,
conquistou ou superou. Mas, para que avaliar?
Avaliar para superar um estágio, para avançar, para progredir. Em que,
especificamente? Como e para quem a escola quer que o estudante comunique o que
aprendeu? O processo avaliativo, tal como vivemos em nossa escolarização e como ainda
é vivido em muitas escolas, é um processo de checagem de conhecimento, de diagnóstico,
de manutenção das “altas” quase médicas dadas pelos resultados periódicos avaliativos.
Finalizando, pode-se verificar que a avaliação, dentro do espaço escolar, deve dar
um passo além de um modelo pré-estabelecido. A avaliação do estudante deve ser contínua
e ampla, mas que também abra a possibilidade de novas perspectivas. A avaliação deve
estar preocupada em possibilitar expressões diversas, deve ser um instrumental pessoal
que sintetize, organize e expresse as relações que cada um estabeleceu com o conhecimento.
Os professores devem acreditar e entender que são sempre incapazes de mapear
exatamente o que o estudante aprendeu sobre o assunto ou conteúdo estudado. Avaliar é
possibilitar e atribuir sentido à comunicação.
O que acontece, na maioria das escolas e na própria concepção de avaliação, é que
a mesma é sempre realizada ao fim de um percurso, de forma restritiva, recortada e
valorizando apenas a escrita e a moral.
A avaliação procura capturar um determinado conhecimento do estudante sem levar
em conta a forma como aquele conhecimento pode ter modificado seu pensamento ou
como ele se associa a outros saberes.
Quando se amplia os instrumentos avaliativos, possibilita-se que o estudante expresse
as múltiplas associações que foram produzidas a partir de um conhecimento. Isso é
formação, isso é saber! Para formar, é preciso de um outro tipo de relação com o tempo. É
32
Fundamentos
e Didática da
História I
necessário alargar e atribuir outro sentido ao tempo, tanto nas relações com o
processo de trabalho, quanto na relação estabelecida com os produtos desse
trabalho.
Sem dúvida nenhuma a avaliação é fundamental na escola. Não para a
manutenção de um aluno, com prazo de validade, aquele que existe enquanto
durar a escola, mas para produzir um estudante capaz de interagir, aprimorar,
produzir, inventar e associar conhecimentos. Um sujeito que não se contente
com a escola, mas, sim, que vá para além dela, apesar dela.
Em todas as áreas da vida humana há necessidade de planejamento, de uma
previsão daquilo que se irá elaborar, construir e fazer. O homem, para que possa dar conta
de seus afazeres, ao despertar pela manhã, já tem o dia planeja e organizado, seja
profissional ou particular. No entanto, no dia-a-dia, em relação às questões particulares, o
planejamento nem sempre é elaborado sistematicamente, nem colocado no papel e descrita
detalhadamente cada ação realizada.
No plano profissional não é diferente, pois é preciso planejar, organizar, realizar e
avaliar as ações, para dar tranqüilidade e saber onde estão os acertos e erros. Isso não
que dizer que o planejamento evitará todos os possíveis problemas, pois podem ocorrer
equívocos, mas será muito mais fácil corrigir os possíveis problemas com um planejamento
elaborado.
Na escola, quando um planejamento é bem realizado todas as outras propostas de
trabalho tornam-se mais fáceis e dão melhores resultados no aprendizado do aluno e na
sua sociabilidade.
Para o corpo docente fica mais evidente a necessidade de se fazer um bom
planejamento envolvendo todas as áreas do conhecimento, haja vista toda a complexidade
da ação pedagógica. Ao planejar uma aula de História, o professor precisa levar em
consideração toda a realidade que está presente naquela comunidade.
De acordo com Libâneo (1994), o planejamento é a atividade consciente de previsão
das ações docentes, fundamentadas em opções políticas pedagógicas, e tendo como
referência permanente as situações didáticas concretas – isto é, a problemática social,
econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a
comunidade, que integram o processo de ensino. No planejamento o rigor deve estar ligado
às considerações reais da escola e da sociedade, ou seja, o planejar é estar consciente
daquilo que se pode, efetivamente concretizar.
Por isso, o planejamento das aulas de História deve levar em consideração as séries
da escola que deve contemplar os diferentes conteúdos do planejamento por meio de
atividades comuns e do desenvolvimento de temas conjuntos. Assim como cada disciplina
deve organizar os seus objetivos essenciais dentro daquele objetivo mais abrangente, a
disciplina de História deve seguir o mesmo caminho.
Para Romagnani (2001), o planejamento de ensino compreende operacionalização
da ação didática do professor para alcançar os objetivos propostos nos planejamentos
educacional e curricular. Para tanto, o professor precisa do diagnóstico da realidade, das
necessidades e expectativas dos alunos, dos recursos disponíveis. Assim, o professor define
os objetivos, os conteúdos, as estratégias e avaliação que
irá utilizar em sua aula.
Um modo construtivo para o planejamento de uma aula de história seria adotar como
postura de ensino a estratégia de abordar a história a partir de questões, tema e conceitos
relevantes.
Quais seriam as questões relevantes que podem ser feitas aoQuais seriam as questões relevantes que podem ser feitas aoQuais seriam as questões relevantes que podem ser feitas aoQuais seriam as questões relevantes que podem ser feitas aoQuais seriam as questões relevantes que podem ser feitas ao
prprprprpresente eesente eesente eesente eesente e, por e, por e, por e, por e, por extensãoxtensãoxtensãoxtensãoxtensão, ao passado?, ao passado?, ao passado?, ao passado?, ao passado?
Qual a relevância dos recortes temáticos tradicionaisQual a relevância dos recortes temáticos tradicionaisQual a relevância dos recortes temáticos tradicionaisQual a relevância dos recortes temáticos tradicionaisQual a relevância dos recortes temáticos tradicionais
e novos feitos pela historiografia?e novos feitos pela historiografia?e novos feitos pela historiografia?e novos feitos pela historiografia?e novos feitos pela historiografia?
33
Quais os conceitos importantes a serem discutidosQuais os conceitos importantes a serem discutidosQuais os conceitos importantes a serem discutidosQuais os conceitos importantes a serem discutidosQuais os conceitos importantes a serem discutidos
com os alunos?com os alunos?com os alunos?com os alunos?com os alunos?
 Tendo essas respostas mais ou menos claras, o professor pode objetivar o seu
planejamento de ensino buscando despertar o interesse dos alunos no sentido de
demonstrarem a atualidade de coisas tão cronologicamente remotas e capacitá-los no
sentido de perceberem a historicidade de conceitos, como democracia, cidadania, beleza,
práticas como manifestações de religiosidade, afetividade, sexualidade, tempo e espaço.
O Planejamento não pode está centrado apenas em uma série, ele possui uma
dimensão pedagógica totalizante que contribui para a formação integral do aluno. Por isso,
no ensino fundamental torna-se a base que permitirá o desenvolvimento dos conceitos e
conteúdos que serão apresentados aos alunos nessa primeira fase de estudo e que serão
ampliados nos anos posteriores.
Todos os conceitos são desenvolvidos, na visão de Nemi (1998), dentro dos temas
propostos para cada série que vão se articulando com os conteúdos a aprofundando-se
gradativamente em cada série, interligando-se por meio de atividades de classe e de casa.
O ensino de história instrumentaliza o aluno para que ele possa construir o saber histórico,
compreendendo, percebendo através das continuidades, diferenças e semelhanças dos
homens através do tempo, as transformações do espaço social.
A interligação entre assuntos significativos de acordo com o autor, é o fundamento
das aulas, por meio dos objetivos essenciais relativos a cada assunto proposto pelo professor:
- Desenvolver as noções de semelhança e diferença pela comparação entre modo
de vida de cada um dos grupos sociais estudados.
- Desenvolver as noções de permanência e mudança por meio do estudo das
características culturais de cada um dos grupos.
- Aprofundar a noção de tempo com atividades de contagem.
Para alcançar tais objetivos é preciso organizar as aulas em quatro etapas:
Nessa etapa, o professor pode iniciar as aulas com perguntas que
desencadeiem discussão; ou pode apresentar uma figura, um pequeno texto, um
conjunto de slides, uma história em quadrinhos relacionada ao tema.
1ª etapa: apresentação de assuntos significativos.
Após a discussão da primeira etapa, o professor fará uma aula expositiva
com a participação dos alunos, onde poderão se localizar e organizar os
conhecimentos informais que já trazem dentro de si, através de indagações ou
afirmações de algo em relação ao tema. Cria-se um espaço interativo de troca
de informações entre os alunos, e entre estes e o professor. (NEMI, 1998, p.99-
100)
2ª etapa: explicação do assunto.
34
Fundamentos
e Didática da
História I
É importante ressaltar que o professor pode privilegiar uma das etapas
com mais aulas de acordo com a necessidade e os interesses dos alunos. As
aulas e o planejamento devem ser flexíveis para conter as inquietações e os
questionamentos dos alunos.
3ª etapa: formalização do conhecimento adquirido.
Nessa etapa, o professor orientará os alunos para que registrem as
informações aprendidas. Os alunos podem: desenhar, realizar colagem, organizar
painéis e outros.
A formalização entra a linha do tempo, que pode ser trabalhada desde a 1ª
série, quando os alunos estão estudando sua vida pessoal. No primeiro momento,
o professor pode deixar os alunos construírem sua linha, sozinhos. Mas, no segundo
momento, ele deve construir uma no quadro com a ajuda de todos.
Merece destaca, nessa etapa, a atividade de registrar pó meio da produção
escrita. A comunicação social depende basicamente da linguagem oral e escrita.
As aulas de história contribuem para o domínio dessa linguagem à medida que
criam meios para ampliar os espaços de interlocução entre alunos e entre eles e
o mundo.
Há determinados assuntos que são mais bem trabalhados por meio de atividades.
O professor pode intercalar as exposições e os debates com experiências vividas pelos
alunos e também com registros. E, aos poucos ,em várias aulas, ir trabalhando os conteúdos
significativos que os alunos precisam para a construção do conhecimento.
A essa etapa correspondem as chamadas atividades complementares,
de casa e de classe. As tarefas e exercícios que constituem momentos de reflexão
e de contemplação em que os alunos constroem o conhecimento por meio de
novos desafios.
A prova, nessa etapa, é mais um meio em que o aluno poderá exercitar,
ampliar e desenvolver conceitos e conteúdos que estiver aprendendo. Não deve
ser um instrumento de pressão sobre os alunos. (NEMI, 1998, p. 101-102)
4ª etapa: ampliação das experiências.
O planejamento educativo não significa estabelecer o definitivo,
através da determinação de finalidades educativas, as quais, por sua natureza,
absolutizam os valores que o homem deve aceitar, sem possibilitar-lhe a
própria escolha e a criação de novos valores. (MENEGOLLA, 2003, p. 25).
Na hora de planejar as aulas para as séries iniciais da 1ª a 4ª série, devem-se levar
35
em consideração os conteúdos que envolvam as crianças em estudos relacionados à sua
identidade, à identidade de crianças do seu grupo social, de crianças de outros lugares do
mundo e de crianças do passado, observando que há semelhanças e diferenças,
permanências e transformações presentes nas situações e nas pessoas.
Os objetivos, nesse período, é garantir que a criança perceba que é um indivíduo
único, inserido num todo maior, que respeite particularidades e características culturais, e
que seja capaz de observar que existe uma história anterior a ela e de reconhecer no presente
elementos que permaneceram e elementos que foram transformados.
O plano de aula é um documento importantíssimo na organização do ensino e
aprendizagem. Junto com o sistema de avaliação, possibilita o bom andamento do dia-a-
dia do professor. Um plano de aula se constrói, se executa e se aperfeiçoa tendo em vista
dois momentos fundamentais: o formalismo da estrutura do plano e a criatividade para dar
seqüência ao desenvolvimento de valores, hábitos, conhecimentos e habilidades em nível
estável ou de saber fazer, tanto para o grupo, quanto para cada aluno. Claro que, para
alcançar isso, deverão existir as condições que garantam a atuação sem notáveis
interferências.
Há muitos modos possíveis de se organizar um plano de aula para os alunos da 1ª a
4ª série para a disciplina de História. O plano de aula deve dar oportunidades de apreciação
da paisagem do entorno da criança, com observação do fenômeno da ocupação humana e
das transformações das paisagens; trabalhos com coleta
e interpretação de dados referentes
a diferentes composições, observando costumes e tradições; enfoques à composição de
famílias contemporâneas, cuja escolha baseou-se na ascendência mais freqüente do povo
brasileiro (italianas, portuguesas, japonesas e indígenas).
É um período em que a aula de História deve contemplar as profissões; a relação
que existe entre a história de vida, as interferências humanas na paisagem local e as
atividades profissionais características de determinadas regiões brasileiras como:
seringueiros, garimpeiros, madeireiros e canavieiros. As profissões enfocando a passagem
do trabalho artesanal para o trabalho industrializado (Revolução Industrial), com o objetivo
de fazer os alunos perceberem as evoluções e as transformações ocorridas no tempo.
Com base na Coleção Gente Feliz (2005), o professor tem inúmeros recursos que
visam propiciar um referencial como filmes, histórias infantis, músicas, vídeos e
documentários, que poderão ser utilizados, enfocando aspectos relevantes para a
compreensão de determinados conteúdos a partir da apresentação de contextos diversos.
No entanto, é imprescindível que o professor leia, assista ou ouça anteriormente para verificar
a adequação da produção à sua realidade.
Depois da análise, o professor poderá selecionar trechos para serem trabalhados
com os alunos. Se resolver trabalhar com filmes e vídeos documentários, o professor poderá
contar a parte inicial, exibir o trecho selecionado e relatar o final. Esse procedimento permite
ao professor utilizar em suas aulas filmes não produzidos com fins didáticos.
Os vídeos educativos, dependendo do tempo de duração e da relação entre o
conteúdo trabalhado, poderão ser exibidos na integra, desde que esteja adequada a
compreensão dos alunos.
Antes de iniciar qualquer atividade, o professor deve esclarecer aos alunos o objetivo
da aula, evidenciando suas relações com o conteúdo estudado, para que os alunos percebam
que a utilização do recurso em sala de aula se diferencia da forma como utilizamos em
casa.
Vídeo: Um dia na vida de uma criança
Série de seis programas que trata do cotidiano e das experiências de vida de crianças
de várias partes do mundo. Um programa das semelhanças entre diversas culturas
Programação: TV Escola
36
Fundamentos
e Didática da
História I
As atividades propostas pela Coleção Gente Feliz (2005) para as séries
iniciais do Ensino Fundamental possibilitam os trabalhos de grupo. A realização
de atividades em grupo comporta novas situações de aprendizagem tanto
em relação ao conteúdo como à possibilidade de aprender com o outro,
planejando, discutindo e construindo conjuntamente as atividades. Será
necessário que todos os grupos possam compartilhar as suas atividades,
apresentando a classe os seus trabalhos, suas frases, seus desenhos e outros,
pois este poderá ser um momento especial de aprendizagem para os alunos e de avaliação,
durante o qual o professor poderá identificar, nas falas e nas produções dos educandos, os
avanços e as necessidades de intervenção pedagógica.
Ao planejar a realização de qualquer atividade, o professor poderá retomar conceitos
que ainda não foram bem compreendidos pelos alunos. Acredita-se que as temáticas
abordadas, atividades e o encaminhamento metodológico proposto para as séries iniciais
contribuem para que os alunos sejam gradativamente capacitados para “ler e compreender
a realidade, posicionar-se, fazer escolhas e agir criteriosamente” (PCN, 1997, p.41),
atendendo aos objetivos do ensino de História nos primeiros ciclos do ensino Fundamental.
A seleção e a organização dos conteúdos a serem ensinados promovem a inserção
das problemáticas locais, contemplando o espaço de vida da criança, e favorecem a
ampliação da análise regional, nacional e mundial. Criar situações de aprendizagem que
contribuam para a construção da identidade do aluno a partir da compreensão do seu papel
na sociedade. A sua história pessoal está profundamente marcada pela história local, que é
o resultado de inúmeras relações sociais, políticas, econômicas, religiosas e culturais vividas
ao longo do tempo naquele espaço.
O planejamento também consiste na preparação do aluno para o exercício da
cidadania, exigindo do professor a compreensão de espaços diferenciados nos quais
homens, mulheres e crianças estabelecem, em momentos históricos, diferenciados modos
de viver próprios, que, ao serem entendidos, propiciam o respeito à diversidade e servem
de estímulo à busca constante de alternativas para a transformação da realidade.
A proposta de planejamento para os dois primeiros ciclos do Ensino Fundamental
leva em consideração o trabalho por meio de músicas, poesias, citações ou imagens.
Devem-se levantar questões a serem exploradas oralmente com os alunos, para promover
a participação do grupo, evidenciando conhecimentos e opiniões preexistentes sobre o
tema, possibilitando a troca de informações entre eles. Esse é o ponto de partida para a
abordagem do conhecimento que irá contribuir para a construção de novos saberes sempre
respeitando os valores e conhecimentos prévios dos alunos.
Os conteúdos ampliados com textos e imagens remetem os alunos há outros tempos
e a outros espaços e propiciam o enriquecimento das reflexões a partir da apresentação
de temáticas afins em contextos diferenciados, rompendo a linearidade, pois os tempos
podem ser próximos do vivido pelo aluno, como também bastante distantes, sendo convidado
a identificar semelhanças e diferenças, permanências e mudanças, a desenvolver noções
de anterioridade, simultaneidade e posteridade.
Ao remeter a análise sobre o espaço de vivência do aluno e outros espaços, a
pretensão é criar situações de reconhecimento na diversidade de relações dos diferentes
grupos sociais, bem como compreender a sua realidade e as outras realidades como um
processo histórico, que envolve a ação dos homens, mulheres e crianças e das múltiplas
relações de poder.
As atividades a serem realizadas pelos alunos têm como objetivo promover a
interpretação e a análise de problemáticas relacionadas ao tema, levando em consideração
o nível de complexidade de cada série ou ciclo.
No processo, o professor trabalha com a avaliação que é parte integrante do processo
ensino-aprendizagem, estando presente em todas as etapas das atividades realizadas em
37
sala de aula pelos alunos. Nesse sentido, será pertinente considerar as diversidades que
apresentam os alunos, pois os conteúdos e as intenções das práticas pedagógicas serão
incorporados pelos alunos em diversos ritmos. Assim como processo de alfabetização, a
disciplina de História também envolve procedimentos básicos – situar-se enquanto membro
de um grupo social, pesquisar em jornais,interpretar um material iconográfico, entre outros-
no domínio de conceitos instrumentais para os estudos históricos.
A avaliação deve ser contínua e múltipla; deverá ter presente os objetivos e privilegiar
as noções e conceitos que cada série especificamente pretende desenvolver.
Exemplo de um plano para uma aula de História que pode contemplar uma turma da
2ª série do Ensino Fundamental:
“Todo ensino de conteúdos demanda de quem se acha
na posição de aprendiz que, a partir de certo momento, vá
assumindo a autoria também do conhecimento do objeto”.
 Paulo Freire
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678
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PLANO DE AULA
TEMA: BAIRROS DA CIDADE
 OBJETIVO(S) CONTEÚDO MÉTODO RECURSOS AVALIAÇÃO
Conhecer as
partes de uma
cidade (ruas,
bairros,
subúrbios)
Memória e
Cidade
Trabalhar com
diferenças e
semelhanças
através de
analise com fotos
antigas e atuais
da cidade, dos
bairros;
desenhos
Imagens,
mapas, textos.
Processual,
levando em
consideração a
produção dos
alunos, os
avanços e a
necessidade
de intervenções
Os Conteúdos de História para as Séries Iniciais
O que é preciso considerar, a partir da própria proposta dos Parâmetros Curriculares,
é que, mesmo antes do ingresso na escola, a criança observa, pergunta e procura explicar
os fenômenos sociais e naturais que observa em seu dia-a-dia. Para Portella (1997), na
escola, é importante que o aluno amplie, reveja, reformule e sistematize as noções que
constrói de forma espontânea, através da aprendizagem de conteúdos. É claro que o
processo de ampliação, reformulação e sistematização não se consolida nesse segmento
da escolaridade. Afinal, ele representa uma construção gradativa, que ocorre na medida
em que os alunos aprendem a observar, descrever, comparar, explicar, representar e
espacializar acontecimentos sociais e naturais de forma cada vez mais genérica,
considerando dimensões de tempo cada vez mais amplas, para além do tempo presente.
Com a implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394/
96 -, a área de Estudos Sociais foi retirada do currículo escolar das séries iniciais do Ensino
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Fundamentos
e Didática da
História I
Fundamental (1ª a 4ª séries) em favor das áreas de História e Geografia. Essa
renovação na legislação educacional acabou provocando dificuldades na
definição dos conteúdos que deveriam ser desenvolvidos nas disciplinas
História e Geografia, tendo em vista que os professores que já haviam concluído
o Magistério, quando da implantação da nova LDB, não foram habilitados
para essas respectivas áreas do conhecimento escolar.
As transformações nos currículos e nos métodos de ensino advindas
da oficialização dos Estudos Sociais acabaram gerando certos mitos que permanecem
até os dias de hoje, limitando as propostas de trabalho com as áreas de História e Geografia.
Um destes mitos tem como pressuposto a relação entre o trabalho, o estudo das sociedades
e as etapas do desenvolvimento psicológico da criança.
Para a Filosofia, mito é a narração de determinada história mítica; é uma primeira
atribuição de sentido ao mundo, sobre o qual a afetividade e a imaginação exercem grande
papel.
Acredita-se que os alunos do primeiro e do segundo ciclos do ensino fundamental
não têm, a princípio, condições de compreender e de relacionar temas que abranjam
realidades além do espaço vivido por ele. A comunidade e o bairro são as bases para os
estudos iniciais. Assuntos relacionados à história do mundo de lugares distantes não devem
ser abordados justamente porque é considerado distante e abstrato pelas crianças.
São nos espaços vividos por eles, que o aluno se localiza, se locomove e,
conseqüentemente, poderá interferir, participando das decisões políticas e sociais com
maior efetividade; poderá relacionar os aspectos da identidade individual, social e coletiva.
Por isso, os conteúdos de História para as séries iniciais que venham contemplar os aspectos
sociais, políticos, econômicos, religiosos, culturais e educacionais, a serem estudados pelas
crianças, devem tomar como ponto de partida à comunidade do aluno.
Um outro aspecto importantíssimo na seleção dos conteúdos para o ensino da
História, para alunos da 1ª a 4ª séries, é a constituição da noção temporal. O aluno precisa
aprender a se localizar no tempo. O ideal seria que o professor trabalhasse com a História
a partir do tempo presente e relacionar esse tempo aos antecedentes históricos, formando,
assim, a idéia de tempo constituído por mudanças, permanências, continuidades, rupturas
e conflitos.
Os conceitos devem ser transmitidos de forma interligada e gradativa, respeitando o
estágio de desenvolvimento do pensamento da criança. Para isso, é necessário pesquisar
e selecionar conteúdos adequados ao nível dos alunos.
Os conceitos fundamentais, de acordo com Portella (1997, p.10-12), que dão
embasamento aos trabalhos de História nas séries iniciais (1ª a 4ª série) são:
O homem e o tempo
Transformando, criando novas paisagens e organizações diferenciadas, o homem
constrói a história em todos os momentos, com características específicas de cada época
e local.
Para que a criança entenda esse conceito, o professor precisa:
- Trabalhar a noção intuitiva do tempo, partindo de experiências vividas pela criança,
sistematizando a noção de passagem do tempo acumulada durante várias gerações:
manhã, tarde, noite, hora, dia, semana, mês, ano, século;
- Ensiná-la a se localizar no tempo a partir das experiências vividas por ela e por
outras crianças de seu grupo social. De momentos significativos da História, de sua
vida, da sua comunidade como um todo.
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A seqüência dos fatos é fundamental para a compreensão da História. Portanto, a
criança precisa:
- Estabelecer diferença entre passado, presente e futuro;
- Perceber que no presente permanecem marcos do passado;
- Saber que é possível planejar os rumos do futuro;
- Apontar mudanças ocorridas durante diversas épocas.
Trabalhar a noção de duração de tempo, partindo de experiências e percebendo
que várias ações ocorrem simultaneamente em diferentes espaços.
O homem e o espaço
A espécie humana se relaciona com a natureza e dela se apropria, cria espaços
diferenciados e reproduz riquezas.
- Para aprender esse conceito a criança precisa:
- Descobrir o que os grupos sociais fazem com os elementos da natureza;
- Distinguir o espaço natural e o espaço cultural;
- Analisar diferentes espaços, partindo da realidade mais significativa: a casa, a
 escola, o caminho de casa, o bairro, o município, o país;
- Observar as relações de interdependência entre bairros, municípios e países.
O homem e a sociedade
O homem se relaciona, organiza-se em sociedade, atua num determinado momento
e época, transforma o espaço natural e constrói a cultura através dos tempos.
Para entender esses conceitos a criança precisa:
- Conhecer-se, formar um autoconceito;
- Conhecer as pessoas com quem vive;
- Reconhecer os diversos grupos sociais existentes;
- Perceber as diferenças de raças, profissões e classes sociais, despojando-se de
 argumentos preconceituosos e discriminatórios;
- Conhecer e valorizar as diferentes formas de trabalho em nossa sociedade;
- Conhecer as diferentes formas de manifestações culturais, tanto materiais, quanto
 intelectuais: arte, música, religião, literatura ciência, esporte, e outros;
- Conhecer os diferentes graus de organização política existente, desde associações
 de moradores até o Congresso Nacional;
- Ser estimulado ao trabalho em grupo e ao trabalho cooperativo;
- Conhecer as formas como estão organizados a produção, a circulação e o consumo
 das mercadorias - a divisão social do trabalho;
- Analisar quem produz e quem participa da produção;
- Analisar a distribuição das riquezas produzidas.
Ao trabalhar esses conceitos, é necessário desenvolver no aluno a capacidade de
observar, comparar e sistematizar diferenças e semelhanças que existem no conjunto dos
elementos naturais e sociais, para que compreenda os múltiplos aspectos da realidade.
O professor pode ensinar, além de fatos e conceitos, diferentes conteúdos que
permitam ao aluno construir essas compreensões. Para isso, ele precisa utilizar temas de
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Fundamentos
e Didática da
História I
inquestionável valor para a sociedade atual, como: ética, saúde, meio
ambiente, trabalho e consumo, diversidade cultural e natural que caracteriza
nosso país e o mundo como um todo. Isto representa um trabalho com
os
chamados temas transversais, tal como os Parâmetros Curriculares Nacionais
propõem.
É importante desenvolver também projetos que envolvam temas que
possibilitam mudanças nas atitudes e nos valores dos próprios alunos. No
trabalho com a História os alunos devem ser colocados em situações nas quais têm de
aprender a estudar. A revista ESCOLA (dez 2005) coloca ser necessário que os alunos
aprendam a ler, ouvir, perguntar, consultar, registrar e organizar as informações; aprendam
a reapresentar os conhecimentos adquiridos através da escrita, da exposição oral, ou ainda
de desenhos. Porque aquele que estuda, observa, experimenta, compara, descreve, troca
idéias, sintetiza, muda suas atitudes e valores.
Os conteúdos de História para as séries iniciais têm o enfoque principal na história
do cotidiano da criança e as relações sociais que ocorrem no contexto familiar e escolar,
favorecendo a compreensão de si mesmo como sujeito histórico. O aluno é desafiado a
perceber em sua realidade a presença de elementos que remetem a outros tempos e
espaços, modos de ser e viver diferenciados e semelhantes, o que acontece a partir de
suas próprias experiências.
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Estudar história local com a turma é uma prática muito comum
e pode ser uma experiência importante e enriquecedora desde que o
resultado não se torne uma mera coletânea de curiosidades, hábitos
e causos sobre o lugar e os moradores. Por isso, ao se pensar nos
conteúdos que serão abordados, é preciso levar em conta as respostas
para algumas perguntas que você deve fazer a si mesmo: posso com
isso contribuir para transformar
minha região? Em que esse assunto
ajudará o meu aluno em sua vida diária e no seu processo de formação
como cidadão? Como fazer para que ele tenha uma aprendizagem
significativa? (REVISTA ESCOLA, dez /2005, pg. 52).
41
A transversalidade apresenta uma proposta que ultrapassa a fragmentação dos
conteúdos e disciplinas, prevendo um trabalho cujo conhecimento seja construído em função
dos temas e propostas apresentadas. Atrelados aos PCN, onde se pretende obter um
referencial de conteúdos das diversas disciplinas, são apresentados temas que devem
nortear a elaboração dos objetivos, programas e conteúdos que serão desenvolvidos por
alunos e professores nas escolas,
De acordo com Karnal (2005), a partir de análises sobre a realidade brasileira,
especialistas de diversas áreas de ensino apresentaram os cinco temas transversais para
a educação nacional: ética, pluralidade cultural, saúde, orientação sexual, e o meio ambiente.
Para o autor, esses temas presentes na realidade brasileira, devem ser referências
constantes na prática escolar dos alunos do ensino fundamental e médio.
A proposta é estabelecê-la como objetivos finais, que serão tratados em todas as
disciplinas, aproximando-as do cotidiano dos alunos, para que se evite, de alguma forma, o
distanciamento entre os conhecimentos apresentados pelo professor e a expectativa e a
necessidade dos alunos.
A implantação da transversalidade pressupõe alterações no ensino de História. Muitos
brasileiros foram educados com uma visão da disciplina de história marcada por grandes
acontecimentos, numa linearidade de composição seqüencial, como se mecanicamente,
as coisas se simplificassem e os alunos compreendessem a História e, com ela, sua própria
história.
Essa prática gerou em grande parte dos estudantes, sobretudo das séries iniciais,
um distanciamento e indiferença ao ensino de História, gerando o senso comum de que a
Disciplina só trata de coisas antigas e que não tem nada a ver com o dia-a-dia.
Os temas transversais dentro do ensino da História passaram a tratar processos
que estão sendo vividos intensamente no cotidiano das pessoas e de toda a sociedade. A
ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a orientação sexual e a pluralidade
cultural não são disciplinas autônomas, Temas que permeiam todas as áreas do
conhecimento. Assim, é mais fácil compreender os efeitos da escravidão no Brasil, por
exemplo, se a examinarmos do ponto de vista ético e da pluralidade cultural.
Ao se trabalhar com a ética, passa-se a sinalizar o respeito às condutas humanas,
nesse tema está colocada à preocupação com a justiça, a igualdade e a equidade. Para a
construção dos conceitos e das atitudes orienta-se o trabalho em vários eixos, dentre os
quais respeito mútuo e diálogo.
O trabalho com a ética refere-se aos Direitos Humanos, e o professor pode recorrer
a várias formas de abordar o tema.
Leia esta canção a seguir, e discuta com a turma sobre o que é agir com dignidade;
o porquê as pessoas serem diferente:
Trabalhos com Temas Transversais
42
Fundamentos
e Didática da
História I
Para a Pluralidade Cultural, o Parâmetro Curricular no volume que fala sobre os temas
transversais, apresenta que o trabalho com a transversalidade está mais voltado à questão
da memória e das diferentes trajetórias de vida de pessoas e de grupos.
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Muito prazer, eu existo.
Álvaro Socci e Cláudia Matta
CD- Xuxa Sexto Sentido
Existem filhos que precisam de mais carinho/ de mais cuidados e
atenção especial./ E essas crianças, quando muito bem amadas/ só
deus quem sabe qual o seu potencial.
Seus pais conhecem um segredo do universo,/ da harmonia e da
diversificação/ amar alguém dito normal é muito fácil,/ longe de
indiferença e discriminação.
Me pergunto se a indiferença é natural/ Me pergunto em que consiste
ser normal / Me pergunto qual o referencial/
Por que todo mundo tem que ser igual?
Quem de nós é um humano exemplar?/ quem de nós não tem espelho
pra se olhar?/ Quem de nós é capaz de atrair/ a primeira pedra
sem se machucar?
Alguns de nós julgam-se mais do que todo mundo, / como se o sol
fosse escolher pra quem nascer./ Comparações são vaidosas ou
amargas/ Tudo na vida tem uma razão de ser.
Tem gente preconceituosa e arrogante/ e eu me preocupo com o seu
modo de pensar, / como se Deus fosse algum ser inconseqüente/ que
faz pessoas diferentes só pra olhar.
Muito prazer, eu existo.
A diversidade cultural está na própria escola, que de acordo com o Parâmetro
Curricular, esse espaço reúne integrantes de diferentes origens, embora muitas vezes esta
diversidade não seja evidenciada. Trabalhar com a diversidade cultural é dar oportunidade
 Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar
os diferentes grupos e culturas que a constituem. A sociedade brasileira é formada
não só por diferentes etnias, como por imigrantes de diferentes países. Além disso,
as migrações colocam em contato grupos diferenciados. Sabe-se que as regiões
brasileiras têm características culturais bastante diversas e a convivência entre
grupos diferenciados nos planos sociais e culturais muitas vezes é marcada pelo
preconceito e pela discriminação. O grande desafio da escola é investir na superação
da discriminação e dar a conhecer a riqueza representada pela diversidade étnico-
cultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro, valorizando a trajetória
particular dos grupos que compõem a sociedade. Nesse sentido, a escola deve ser
local de diálogo, de aprender a conviver, vivenciando a própria cultura e respeitando
as diferentes formas de expressão cultural.
 (PCN, 1997, p.28)
43
aos alunos de perceberem as diferentes vozes que se configuram numa rica oportunidade
de conhecimento e aprendizagem.
Apresenta ainda orientações acerca dos diferentes conteúdos que podem ser
abordados. Todos eles originado dos povos, trajetórias e contribuições culturais das
diferentes etnias que formaram o país; conhecimento das diferentes formações familiares,
movimentos migratórios e suas contribuições para o Brasil. Supõe a valorização da memória
e da trajetória dos grupos, orientando a construção e a utilização de fontes orais, o que
propicia o encontro, o conhecimento e a valorização da memória individual e coletiva dos
grupos estudados.
Acrescenta-se a essa evidente complexidade o fato de que
muitos grupos humanos, de que trata o tema Pluralidade Cultural, têm
produzido um saber rico e profundo acerca de si mesmo,
particularmente no âmbito de movimentos sociais e de suas
organizações comunitárias. Assim, abre-se à escola a possibilidade de
empreender, em seu cotidiano, uma reflexão que integra, de maneira
ímpar, teoria e prática, reflexão e ação.
 (PCN, 1997, p.29)
Abre-se com o estudo de temas transversais a possibilidade de garantir o espaço
para o conhecimento e a valorização da memória e da
experiência dos diferentes agentes sociais, incluindo-se as
crianças e as comunidades escolares, que se tornam agentes e
produtoras de informação. Ainda que o fato de se constituir como
orientação não significa se realizar como prática, podemos
reconhecer nos trechos apresentados um ambiente não somente
propício e também demandas claras pelo trabalho com memória
na escola.
Os Temas Transversais integram os Parâmetros Curriculares, não como áreas novas,
mas como elementos a serem incorporados e articulados às áreas já existentes. Demandam
uma articulação transversal na medida em que a sua complexidade impede o tratamento
dentro de uma disciplina específica, ao mesmo tempo têm relações com todas elas. Têm
como compromisso maior a educação para a cidadania. Respondem à demanda por uma
É importante que o sujeito acerca de quem se fale possa contribuir na
construção dos conhecimentos referentes à Pluralidade Cultural, e sua voz se
faça ouvir. Oferecer meios para que exista um rico intercâmbio entre diferentes
escolas e localidades é um aspecto central nesse trabalho, pois propicia que a
criança seja agente e produtora de informação acerca de si, sua organização
sócio-familiar, seu meio ambiente, a organização sociopolítica da localidade
onde mora, do grupo étnico-cultural ao qual pertence.
A possibilidade de colocar-se deve se dar na própria sala de aula. Partilhar
ocasiões de intercâmbio com os colegas, ter iniciativa de trazer objetos ou
depoimentos gravados que possam ilustrar um conteúdo estudado ou iniciar
uma proposta de atividade são exemplos de como se processa a aprendizagem
de um intercâmbio intencional.
 (PCN, 1997, p.68)
44
Fundamentos
e Didática da
História I
prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos
direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental.
São temas cuja compreensão e discussão são urgentes para a sociedade
brasileira contemporânea e que devem ter na escola um espaço que garanta
a sua compreensão e a construção de ações que contribuam para promover
a cidadania e a superação da desigualdade social.
O Parâmetro Curricular Nacional de História incorpora essa nova
tendência de estudar o homem em seu contexto social e incluiu nos currículos
escolares temas transversais de forma a compor um conjunto articulado e aberto a novos
temas, buscando um tratamento didático que contemple a construção da cidadania e de
uma identidade.
Alguns critérios são estabelecidos pelos Parâmetros Curriculares para definir os
temas transversais, para que venha complementar a aprendizagem dos alunos das séries
iniciais:
- Urgência social – Esse critério indica a preocupação de eleger como Temas
Transversais questões graves, que se apresentam como obstáculos para a concretização
da plenitude da cidadania, afrontando a dignidade das pessoas e deteriorando sua qualidade
de vida.
- Abrangência nacional – Por ser um parâmetro nacional, a eleição dos temas
buscou contemplar questões que, em maior ou menor medida e mesmo de formas diversas,
fossem pertinentes a todo o País. Isso não exclui a possibilidade e a necessidade de que
as redes estaduais e municipais, e mesmo as escolas, acrescentem outros temas relevantes
à sua realidade.
- Possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental – Esse critério
norteou a escolha de temas ao alcance da aprendizagem nessa etapa da escolaridade. A
experiência pedagógica brasileira, ainda que de modo não uniforme, indica essa
possibilidade, em especial no que se refere à Educação para a Saúde, Educação Ambiental
e Orientação Sexual, já desenvolvida em muitas escolas.
- Favorecer a compreensão da realidade e a participação social – A finalidade
última dos Temas Transversais se expressa neste critério: que os alunos possam desenvolver
a capacidade de posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva, superar
a indiferença, intervirem de forma responsável. Assim, os temas eleitos, em seu conjunto,
devem possibilitar uma visão ampla e consistente da realidade brasileira e sua inserção no
mundo, além de desenvolver um trabalho educativo que possibilite uma participação social
dos alunos.
O trabalho com temas sociais na escola, por tratar de conhecimentos diretamente
vinculados à realidade, deve estar aberto à assimilação de mudanças apresentadas por
essa realidade. As mudanças sociais e os problemas que surgem pedem uma atenção
especial para se estar sempre interagindo com eles, sem ocultá-los. Assim, embora os
temas tenham sido escolhidos em função das urgências que a sociedade brasileira
apresenta, dadas as grandes dimensões do Brasil e as diversas realidades que o compõem,
é inevitável que determinadas questões ganhem importância maior em uma região.
A inserção de temas transversais na disciplina de História deve abandonar a visão
de conhecimentos específicos da disciplina, sem abrir mão do repertório e recursos de
cada área de conhecimento e, ao mesmo tempo, incorporar o papel de formação exercido
pelo educador, tratando de temas e questões que ultrapassem o conteúdo programático,
por meio de temas transversais, dessa forma, o ensino da História deve atrelar-se aos
temas propostos pela comunidade escolar, a fim de tornar-se presente e capaz de dizer
qual a sua função dentro do processo escolar.
45
As datas comemorativas acabaram por integrar o currículo das séries iniciais. Mas,
muitas vezes não são frutos de uma reflexão.
PPPPPor que comemoror que comemoror que comemoror que comemoror que comemorar essa daar essa daar essa daar essa daar essa data?ta?ta?ta?ta?
Qual a sua importância social?Qual a sua importância social?Qual a sua importância social?Qual a sua importância social?Qual a sua importância social?
São importantes porque elas resgatam fatos historicamente distantes no tempo
quanto no espaço e que as crianças devem incorporar na construção de seu conhecimento.
Para Portella (2004), as datas comemorativas não devem ser trabalhadas de forma
isoladas nas escolas, mas contextualizada; devem ser vivenciadas pelas crianças através
de instrumentos motivadores; fotos, poesia, slides, histórias. Para a autora, é a partir dessas
considerações que a escola pode aprofundar procedimentos necessários para que as datas
comemorativas se tornem parte na construção da cidadania desse aluno.
O importante é que, quando se estabelece uma data para comemorar, ela seja fruto
de uma reflexão e esteja bem claro na cabeça das crianças o porquê ela se destaca no
momento. Nunca se deve comemorar um fato pelo simples fato de ser feriado ou porque ela
faz parte do currículo, o aluno deve compreender o significado histórico daquela
comemoração, o que representa para a sociedade.
Vejamos algumas datas que nos aparecem de real importância e que são
coerentes com a proposta de ensino para as séries inicias:
O Dia Internacional da Mulher – 8 de março – Não aparece nos livros didáticos, e
poucas mulheres sabem de sua existência. Mas isso é o reflexo da situação em que se
encontra a mulher. Por isso, nada mais justo do que começar a discutir com as crianças
o papel da mulher na sociedade.
É preciso trabalhar com as crianças uma outra visão de mulher, acabando
com o sentimento depreciativo e partindo para a valorização. Isso é possível, em
sala de aula, através de:
"Tenho direito a ser igual quando a diferença me discrimina. Tenho
direito a ser diferente, quando a igualdade me descaracteriza”.
 (Napoleão)
Para refletir...
- Painéis mostrando a mulher no mercado de trabalho, nas
 escolas, nos afazeres domésticos, nas lideranças políticas.
- Entrevistas com mulheres, (a mãe, a tia, a avó) para falarem sobre
 o seu dia-a-dia.
- Debates sobre a condição da mulher ouvindo a opinião dos alunos
Cabe ao professor se preocupar com a formação da criança, lutando desde cedo
contra os preconceitos, formando pessoas com uma nova visão de mundo.
As Datas Comemorativas nas Séries Iniciais
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Fundamentos
e Didática da
História I
O Dia do Índio – 19 de abril – Pela análise dos livros didáticos dão
enfoques distorcidos e incorretos com relação à questão do índio. Primeiro,
trata o índio de modo generalizado, como se houvesse apenas uma nação
indígena. A outra é referir ao índio como algo do passado, folclórico, objeto de
curiosidade.
O educador deve propiciar pesquisas e atividades que levem a criança
a conhecer a vida dos índios hoje. Mostrando dados numéricos que levam a
criança a perceber o extermínio acelerado da etnia indígena; evidenciando as suas
conquistas, a importância da sua cultura para a formação do povo brasileiro.
Observe a letra da música “Todo dia era dia de Índio”, de Jorge Benjor, e veja a
riqueza para trabalhar com as crianças em sala de aula:
Todo dia era dia de índio
Jorge Benjor
Curumim chama cunhatã que eu vou contar/Antes que os homens
aqui pisassem/ Nas ricas e férteis terraes brazilis/Que eram
povoadas e amadas/Amadas por milhões de índios/Reais donos
felizes/Da terra do pau Brasil/Pois todo dia e toda hora era dia de
índio/Mas agora eles só têm um dia/Um dia dezenove de abril/
Amantes da pureza e da natureza/Eles são de verdade incapazes/
De maltratarem as fêmeas/Ou de poluir o rio, o céu e o mar/
Protegendo o equilíbrio ecológico/Da
terra, fauna e flora pois na sua
história/O índio é o exemplo mais puro/Mais perfeito mais belo/Junto
da harmonia da fraternidade/E da alegria, da alegria de viver/Da
alegria de amar/Mas no entanto agora/O seu canto de guerra/É um
choro de uma raça inocente/Que já foi muito contente/Pois
antigamente/Todo dia era dia de índio
Para isso, é necessário incentivar as crianças à leitura de jornais e revistas que
tratem das problemáticas que mais atinge os povos indígenas. Esse trabalho poder ser
feito com colagem, confecção de jornalzinho com o grupo, desenhos, jogos de palavras
onde às crianças vão construindo e expondo o seu aprendizado.
O Dia do Trabalho – 1º de maio – Sempre trabalhado como algo geral, enaltecedor
da força física e intelectual. Esse algo geral esconde quem na realidade produz a
riqueza do país: o trabalhador. É preciso, ao comemorar essa data, colocar em
primeiro plano todos os que estão envolvidos no processo da produção: o
engenheiro, o operário, o médico, o servente, o gerente. Todos têm importância
no processo geral.
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As atividades nesse dia devem constar de:
- Textos narrativos (criar uma história) sobre o 1º de Maio;
- Relacionar todas as profissões que ela consegue lembrar e fazer
uma frase citando a sua importância para o cotidiano das pessoas;
- Fazer projetos em que os alunos conheçam e identifique-se com as
profissões.
O Dia Internacional do Meio Ambiente – 5 de junho – Deve ser aproveitado como
um dia de denúncia e reflexão. A princípio, quando se fala à criança que o homem vem
destruindo a natureza, surge em suas cabecinhas a imagem de um homem
feio, com um machado destruindo as árvores. É exatamente a partir dessas
imagens que nasce o debate.
A criança precisa compreender que não são homens
isolados que destroem a natureza. É preciso mostrar a elas que foi através
do crescimento industrial e da expansão do capitalismo por todos os cantos
da terra que surgiu e aumentou o problema da poluição atmosférica:
devastação de rios, oceanos, e florestas, o aumento do lixo. A utilização de
filmes infantis ajuda a criança a entender esse contexto e ajuda a gerar um debate em sala
de aula
No Dia da Consciência Negra – 20 de novembro – É preciso mostrar a
capacidade de resistência e luta que os negros tiveram por todos esses anos de
escravidão através de atividades sobre os quilombos. Mostrar a
criança que não foram lutas isoladas, como as lutas contra o
racismo na atualidade são importantes para o reconhecimento
pleno da cidadania e da democracia.
Atividades interessantes são:
Zumbi dos Palmares
- Propiciar pequenas pesquisas em que possa ser analisada a
situação do negro na sociedade.
- Assistir filmes que apresentem discriminações e comentar na sala.
- Contar histórias infantis, “Negrinho do Pastoreio”, por exemplo,
onde se trabalha a situação social do negro no Brasil escravocrata
e a situação do negro na sociedade contemporânea.
Pode-se perceber que as datas comemorativas quando bem trabalhadas em salas
geram uma visão ampla dos fatos históricos, fazendo com que o aluno se sinta agente e
sujeito desse processo.
Ao ingressarem na escola, as crianças iniciam o contato com um novo convívio. Neste
contexto, pensamos que a sua identidade pessoal é importante para que elas possam
estabelecer uma relação de respeito e compreensão em relação ao outro, uma vez que é
por meio do conhecimento de si mesmo que poderão definir os limites da diversidade
humana. Portanto, essas datas devem ser trabalhadas dando a crianças a possibilidade de
criarem com elas uma identidade social.
A proposta em trabalhar, seja com temas transversais ou com datas comemorativas,
é fazer o aluno conhecer para valorizar, sem preconceitos ou discriminações. Reconhecer
que diferentes culturas, manifestações culturais e saberes são tão importantes quanto àqueles
48
Fundamentos
e Didática da
História I
socialmente constituídos e aceitos como padrão pelas classes dominantes.
Identificar a cultura erudita e a cultura popular, sem identificar nessa relação
oposição ou antagonismo e, sim, faces de uma mesma moeda: a identidade
cultural brasileira, a expressão da identificação de brasilidade - do povo e do
país. Repensar práticas pedagógicas, reverem conceitos e preconceitos, talvez
permita aos professores incluir, mais freqüente e conscientemente, não
somente o dia internacional da mulher, do meio ambiente, o dia do índio ou da
consciência negra, como também o dia do folclore, o dia do amigo, nas suas
atividades didáticas, materializando, assim, a prática salutar da parceria socialmente
construída.
Por fim, a proposta de ensino para se trabalhar com as datas comemorativas torna-
se prazerosa quando, nas atividades de classe, o professor inclui músicas, poesias, análise
de gravuras e de fotografias. Nesse sentido, há uma preocupação em tornar acessíveis
temáticas procedentes dos conteúdos de História, acrescida de uma linguagem adequada,
com informações compatíveis à faixa etária a que se destina. É um trabalho que exercita os
alunos ao estilo da identidade histórica com a preocupação de trazer em cena as possíveis
contradições vivenciadas pelos sujeitos das épocas, ou dos momentos estudados.
Você conhece a música “Como uma onda no mar” de Lulu Santos e Nelson Motta?
Vamos ler uma estrofe da música para descobrir o que essa música tem a ver com o estudo
da História?
AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividades
ComplementaresComplementaresComplementaresComplementaresComplementares
Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia;
Tudo passa tudo sempre passará;
A vida vem em ondas como o mar;
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é;
Igual ao que a gente viu há um segundo;
Tudo muda o tempo todo no mundo.
Se é verdade que “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”, como
coloca os autores, e depois de ler sobre os objetivos da História, analise de que adianta
ensinar as crianças a conhecer o passado.
11111.....
49
Quando escutamos a frase: “a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo
infinito”, nos reportamos para os conceitos de tempo e espaço, tão bem trabalhado pela
História, tendo o homem como o seu objeto de estudo. Analise o que tem essa passagem
da música a ver com a História das sociedades.
O que os autores da música quiseram dizer com essa frase: “Tudo que se vê não é
igual ao que a gente viu há um segundo, tudo muda o tempo todo”? Argumente essa frase
abordando a questão do tempo histórico.
 Analise como trabalhar na música “Todo dia era dia de índio”, de Jorge Benjor, a
questão das datas comemorativas para que os alunos percebam através dela a construção
do conhecimento histórico.
 Analise a proposta do PCN de História para se trabalhar com a transversalidade
nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Justifique a importância da implantação da
transversalidade no ensino de história para as séries iniciais.
2.2.2.2.2.
3.3.3.3.3.
4.4.4.4.4.
5.5.5.5.5.
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Fundamentos
e Didática da
História I
Qual a importância do planejamento para o dia-a-dia do professor?
Justifique a sua resposta apresentando dois casos distintos na prática
pedagógica.
Quando um plano de aula não atinge os objetivos esperados, o que deve fazer o
professor?
Qual a importância da avaliação ao término de cada conteúdo trabalhado em sala
de aula. Justifique utilizando um fundamento teórico.
Planeje uma aula com atividades múltiplas onde os alunos da 3ª série deverão
identificar, ao término dela, as diversas formas de organizações, diversidade, tradição e
cultura das sociedades.
6.6.6.6.6.
77777.....
8.8.8.8.8.
9.9.9.9.9.
51
111110.0.0.0.0. É preciso aprender a conviver com as diferenças entre as pessoas. Por que é
importante para a história ensinar esses conceitos de semelhanças e diferenças às crianças,
inclusive fazendo-as observar
as pessoas que necessitam de cuidados especiais?
O Planejamento de História para o Primeiro Ciclo
O pressuposto básico para o trabalho no primeiro ciclo do Ensino Fundamental é o
diálogo, ou seja, o professor é um interlocutor necessário à produção do conhecimento
escolar, pois compreende o espaço de sala de aula como um espaço de produção do
saber sistematizado ao valorizar a atitude do aluno entre o conhecimento científico e o saber
que dominam. Nesse sentido, busca-se a participação oral do aluno, o respeito às formas
de expressão dos colegas, a busca incessante por informações que poderão se converter
em diferentes formas de conhecimento.
No primeiro ciclo é imprescindível que os alunos sejam capacitados a construir noções
de identidade, sujeito, grupo e sociedade e comecem a refletir sobre os aspectos que os
caracterizam como indivíduos pertencentes a um determinado grupo social, que apresenta
características físicas e culturais que os diferenciam dos demais. É a etapa em que o aluno
está reconhecendo as semelhanças e diferenças entre os modos de vida e de ser de várias
famílias e crianças em tempos e espaços diversos, a partir de situações vividas no seu
A DIDÁTICA DO ENSINO DA HISTÓRIA
O ENSINO DA HISTÓRIA NO PRIMEIRO CICLO
52
Fundamentos
e Didática da
História I
cotidiano. Também começam a identificar as relações existentes entre a sua
história de vida e de sua família e compreender as diversas formas utilizadas
pela humanidade ao longo da História para medir o tempo.
Pode-se perceber que, apesar das múltiplas formas, os elementos
embrionários para a formação de um modo de pensar histórico e crítico
constitui-se nas categorias tempo, espaço e relações sociais. Quando se faz
um recorte ou estudo de determinada sociedade estão presentes estas três
dimensões, pois, sem elas, perdem-se as referências que caracterizam as reflexões histórias.
Espera-se que os alunos, neste período, passem a compreender a escola como um
novo espaço de convívio. Além de identificar a escola como um espaço historicamente
formado, resultante da ação de pessoas que, de uma forma ou de outra, contribuíram para
que ela atendesse à necessidade da comunidade em que está inserida, identificando no
espaço da escola as pessoas que ali trabalharam em outros tempos e as que trabalham
nos dias atuais, bem como semelhanças e diferenças, mudanças e permanências da escola
de outros tempos e da atualidade.
Nesse espaço chamado escola, o aluno passa a compreender a importância das
datas comemorativas realizadas na escola, a partir do resgate historicamente do fato,
percebendo a importância dessa celebração em dois momentos históricos: passado e
presente.
De acordo com Leite (2001), viver a História constitui-se numa importante
oportunidade dos alunos falarem e também ouvirem seus colegas, ampliando sua
compreensão inicial a partir de pontos de vista diversificados, a vida do aluno. Portanto, o
professor deve procurar explorar ao máximo as opiniões dos alunos, organizando a classe,
para que todos possam participar oralmente contando um pouco as suas experiências de
vida. Não é necessário que eles registrem por escrito as suas opiniões. O professor pode
anotar algumas das impressões no quadro ou mesmo em um caderno de anotações,
podendo retomá-las ao final da subunidade, podendo identificar os avanços na
aprendizagem dos seus alunos e os pontos que precisam ser retomados em outras situações
de aprendizagem.
(POSITIVO, 2006, p. 4).
Ainda que não se exija a memorização de datas, é fundamental para
os estudos históricos. É nele que se evidenciam as experiências
sociais e históricas. Sem uma abordagem temporal não há como se
estabelecer relações e se construir referências aos estudos históricos.
É por excelência o objeto de estudo da Geografia pois é referência
para situar determinada sociedade ou estudos específicos de uma
comunidade geograficamente definida. Uma sociedade é sempre
concreta e tem características próprias, cujos contornos são também
oferecidos pela Geografia.
Definem-se como própria do ser humano, que se faz na vivência
coletiva ou na relação com os outros. Homens e mulheres são sujeitos
e objetos permanentes da construção. Portanto, tudo o que diz respeito
ao homem interessa a História. Em outras palavras, entende-se por
relações sociais os diferentes aspectos que integram e compõem a
vida humana: política, a cultura, a economia, a religião, os sentimentos,
a sexualidade, as crenças e outros.
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O TEMPO
O ESPAÇO
AS RELAÇÕES SOCIAIS
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O professor poderá desenvolver atividades com leitura. Ler para os seus alunos
que estão em fase inicial de alfabetização, destacando para eles as palavras
conhecidas. Anotando-as no quadro e a partir explicar o conteúdo para os alunos. Este
procedimento irá incentivá-los a tentar compreender o texto, através da leitura.
Na medida em que forem desenvolvendo a capacidade de leitura o professor
deverá envolver os alunos com a leitura de leitura dos textos. Primeiro fará uma leitura
em voz alta. Depois solicitará que cada aluno leia um parágrafo. Se for necessário
repetirá a leitura do parágrafo. Questionará seus alunos sobre as idéias principais
percebidos, o qual poderá anotar no quadro para retomar com os alunos ao final da
leitura.
O professor poderá ainda organizar a turma em duplas para que façam à leitura
e depois comentem os principais aspectos identificados no texto. Se os alunos têm
dificuldade em entender estes aspectos, deve solicitar que
cada dupla selecione quatro
ou cinco palavras do texto, deve pedir que anotem no caderno e depois no quadro. A
partir destas palavras o professor poderá explicar o texto.
Sempre que possível, o professor deve pedir aos alunos que representem através
de desenho as principais idéias do texto. Explorando com os alunos as imagens:
fotografias, mapas, ilustrações, tabelas e outros, aos quais são apresentados para
favorecer a compreensão do texto.
Os textos apresentam elementos de determinados contextos históricos, portanto,
se julgar necessário, o professor poderá complementá-los com outras fontes de consulta.
Este procedimento irá estimular os seus alunos à pesquisa, à investigação e à análise
de diferentes fontes e formas de informação.
 (LEITE, 2001, p. 12)
O fazer História em sala de aula não exige que o aluno copie um determinado trecho
do texto para elaborar suas respostas. As questões normalmente propõem análises
comparativas, opiniões, representação através de desenho, pesquisa, análise de imagens.
Para evitar que os alunos tenham dificuldades em fazer as atividades propostas, o professor
deve realizar com a classe os exercícios oralmente. Ouvindo opiniões, anotando no quadro
palavras-chave, incentivando, com isso, a diversidade de respostas. Dessa forma, o
professor estará garantindo, ao longo do processo de aprendizagem dos alunos, o
desenvolvimento da autonomia e a formação crítica de seus alunos.
O trabalho do professor de História no primeiro ciclo do ensino Fundamental, segundo
Dantas (1999), é desenvolver, no aluno, uma atitude reflexiva, crítica interrogativa. Para tanto,
a proposta metodológica para esse período será aquela que desperte o desejo de saber, a
observação, o questionamento, a criticidade e que lhe dê condições de se situar
historicamente.
54
Fundamentos
e Didática da
História I
Inicialmente, poderá ser desgastante, mas, para que tenham uma
aprendizagem significativa, os alunos precisam ser continuamente
incentivados a ampliarem seus conhecimentos, elaborarem conceitos e
estabelecerem relações entre as aprendizagens realizadas e a realidade vivida.
O procedimento será partir do conhecido, de sua situação de vida,
daquilo que para o aluno é próximo para o mais remoto. A realidade vai se
multiplicando, ampliando, quando, através das atividades realizadas, promove-
se interações. Assim, a criança perceberá que tem uma história. Essa história
é individual, mas está inserida no coletivo – a família.
A família é o espaço, no qual se desenvolvem as primeiras noções de valores. E
onde as regras são passadas pelos pais. As crianças legitimam pelos sentimentos que
envolvem essa relação e percebem, então, o que caracteriza um lar.
O tema família é importante porque nele a criança reconhece que há diversidade nos
modelos de família. A realidade chega para elas a partir do momento em que se reconhece
em família: “A minha família é assim”.
Todos os espaços, além da sala de aula, deverão estar aptos para a construção do
conhecimento histórico. Dessa forma, é imprescindível uma multiplicidade de contextos,
com o objetivo de propiciar aos alunos a oportunidade de conhecer e analisar outras
sociedades, identificar modos de ser, viver, agir e conviver diferentes dos seus. A partir da
localização destes espaços e do conhecimento de modos de vida diferentes dos seus, os
alunos estarão aprendendo a conhecer e a respeitar a diversidade social, cultural, econômica
e política, construída ao longo da história pelos grupos humanos, as quais são repassadas
às novas gerações. Tal herança recebida dos antepassados passa por processos de
manutenção, transformação e superação, a partir das necessidades e interesses de quem
as recebe, evidenciando a dinâmica do processo histórico.
Para que as atividades sejam realizadas com êxito, é imprescindível que sejam
planejadas antecipadamente, desta forma professor e alunos estarão providenciando o
material solicitado para a atividade ou procurando alternativas para substituí-lo ou adequá-
lo à sua realidade.
Outra forma de incentivar a aprendizagem dos alunos, baseado na análise de Leite
(2001), é desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo e estabelecer com os alunos um
contrato pedagógico, isto é, definir regras claras a respeito dos procedimentos a serem
adotados, como, por exemplo:
As orientações gerais para o desenvolvimento da atividade poderão ser dadas pelo
professor antes mesmo da formação dos grupos, evitando que os alunos estejam dispersos
– ouvir coletivamente as orientações do professor (se necessário,
 anote no quadro os principais aspectos a serem observados);
– fazer perguntas que ajudem a entender a atividade;
– realizar as atividades no tempo predeterminado (você poderá
 estar ampliando o tempo caso seja necessário);
– solicitar auxílio do professor sempre que necessário (através de
 um representante do grupo que levantará a mão quando houver
 necessidade);
– valorizar a participação de todos os componentes da equipe
 (respeitar opiniões diversas, estabelecer tempo para falar e ouvir,
 escolher um relator, um avaliador, um responsável pelo material
 a ser utilizado, etc.).
 (LEITE, 2001, p. 15)
55
procurando seus colegas de equipe, organizando carteiras, etc. Somente depois de
esclarecer todas as etapas e encaminhamentos da atividade proponha a organização dos
grupos. Depois, adotar algumas dinâmicas que permitam variações diversas de formação
de grupos. Aprender a conviver exige partilhar e construir com grupos de trabalho
diferenciados.
Ao final das atividades de grupo, o professor deve reorganizar a classe, desfazendo
as equipes, de modo que os alunos identifiquem a nova etapa de trabalho compartilhando
suas produções com os demais. Quando o fechamento da atividade for uma apresentação
oral, o professor deverá incentivar a participação de todos, criando condições para que a
timidez seja aos poucos superada pela autoconfiança e que os alunos mais extrovertidos
aprendam também a ouvir.
O trabalho em grupo exige um investimento pedagógico a longo prazo, portanto, se
alguns encaminhamentos iniciais não corresponderem as expectativas do professor, é
necessário que, ao final da atividade, ou mesmo no dia seguinte, solicite a um representante
de cada grupo que comente sobre a atuação da equipe durante a atividade, o que deu
certo, o que falhou e o que é necessário para que a próxima atividade coletiva possa ser
realizada. Ao final das avaliações dos alunos, reforce aqueles pontos que julgar relevantes,
registre-os para retomá-los antes de iniciar uma nova atividade semelhante.
Quanto maior for a participação dos alunos na avaliação das atividades e na proposta
de encaminhamentos para a superação das dificuldades, melhor será a atuação deles na
realização dos trabalhos em grupo.
Esta proposta de trabalho tem como principal objetivo propiciar aos alunos um
momento de consolidação da aprendizagem, favorecendo a elaboração de síntese. Esta
atividade deverá está presente ao final de cada unidade. Ela poderá ser realizada ao término
de cada subunidade ou ao final da unidade, cabendo ao professor definir a forma que mais
corresponde às características de sua classe. Este é um momento favorável à realização
de uma avaliação dos avanços e pendências em relação àqueles conteúdos que precisam
ser retomados. Para fazer este diagnóstico é necessário envolver os alunos com as
atividades propostas, permitindo que expressem suas opiniões, que exteriorizem suas
dúvidas, que ouçam as dúvidas e as opiniões de outros colegas. Somente depois de uma
retomada coletiva e oral da subunidade ou da unidade é que os alunos deverão realizar a
atividade de registro das sínteses.
Ao planejar a realização dessas
atividades, o professor poderá retomar conceitos e
conteúdos que ainda não foram bem compreendidos pelos alunos.
A elaboração de bons planos didáticos exige uma grande dose de criatividade do
professor e um conhecimento razoável de como se realiza o processo de aprendizagem
dos conteúdos. Sua primeira tarefa é estabelecer e ordenar os objetivos de sua ação.
Segundo, consiste na elaboração de uma seqüência de atividades através das quais se
espera promover as aprendizagens, prevendo o tempo e os materiais necessários.
É preciso prever também como se fará a avaliação; como recolher indicadores do
grau de alcance dos objetivos por parte de cada um dos alunos nas várias fases do processo,
da adequação das atividades propostas e das intervenções do educador.
O planejamento anual de história caracteriza-se pela inter-relação entre conceitos e
conteúdos básicos para a formação de estruturas de pensamento que fundamentem a
compreensão do processo histórico (NEMI, 1998, p. 97).
O Planejamento para o primeiro ciclo se define na alfabetização, como principal
objetivo do ensino da História. É por meio dela que a criança desvenda o mundo, porque
envolve todo um processo de apropriação de linguagens que permitem o contato com o
mundo exterior.
O ensino da História por meio da reflexão amplia as possibilidades de expressão
oral e escrita através do exercício intelectual de ir e voltar no tempo e relacionamento entre
56
Fundamentos
e Didática da
História I
tempos e espaços. As aulas de História neste período devem ser organizadas
com atividades de comparação, realizadas a partir da análise do trabalho e
da cultura dos grupos sociais estudados, percebendo semelhanças e
diferenças, permanências e mudanças.
Com base nas atividades diárias do aluno, o professor pode ensinar a organizar
uma primeira linha do tempo.
O que você fez ontem? O que estudará para amanhã?O que você fez ontem? O que estudará para amanhã?O que você fez ontem? O que estudará para amanhã?O que você fez ontem? O que estudará para amanhã?O que você fez ontem? O que estudará para amanhã?
Qual o mês do seu aniversário? Que horas você acorda?Qual o mês do seu aniversário? Que horas você acorda?Qual o mês do seu aniversário? Que horas você acorda?Qual o mês do seu aniversário? Que horas você acorda?Qual o mês do seu aniversário? Que horas você acorda?
Em que turno você estuda?Em que turno você estuda?Em que turno você estuda?Em que turno você estuda?Em que turno você estuda?
São com essas perguntas que o professor monta o calendário com os alunos e faz a
mediação da contagem rudimentar do tempo, sinalizando para eles que o tempo entre eles
no dia-a-dia é diferente.
É importante ressaltar que a contagem do tempo é uma atividade cultural, porque
existem diferentes formas e contar, de utilizar e de representar o tempo.
Nemi (1998) ressalta que a criança conversando com a família sobre vestuário,
alimentação, brincadeiras, da época deles percebem tempos diferenciados e fazem
comparações com o seu tempo.
Portanto, o professor deve indagar constantemente sobre quais desses hábitos se
mantiveram e quais foram alterados na sua família, incentivando os alunos a fazerem
comparações e ir aprendendo sobre a existência de diferentes formas de vida, tendo como
referência o seu universo.
Em relação à escola, a autora retrata que é o mesmo procedimento da família, o
aluno deve comparar entre a escola ontem e hoje. Quais as características que se
mantiveram, as diferenças e semelhanças entre sua escola e outras. Ele passa a construir
a história de sua escola reunindo dados fornecidos pela própria escola: figuras, livros,
cadernos de época, entrevistas com funcionários, professores e antigos alunos.
Tema da aula: A História no Tempo e no Espaço
Objetivo Geral: criar condições para a apropriação da linguagem oral e escrita
pela criança
Objetivos Específicos: inicia o aprendizado da contagem do tempo por meio da
noção intuitiva de tempo que a criança traz (manhã, tarde, ontem, hoje).
- Capacitar o aluno para que ele se localize dentro de uma comunidade específica.
- Caracterizar a comunidade onde o aluno vive por meio das atividades ali
desenvolvidas e de suas instituições.
- Analisar as relações sociais e de trabalho em sua família e em outros grupos
sociais, como os de sua escola.
- Criar condições de trabalho para que o aluno perceba sua presença e atuação
nessa comunidade, por meio da história de sua vida, de sua família e de sua escola.
- Inicia as atividades de localização espacial por meio dos roteiros realizados pelas
crianças em seu cotidiano e do mapeamento da casa, da escola e das ruas de seu
bairro
 (NEMI, 1998. 106)
57
“O estudo da comunidade permite que a criança realize uma
primeira relação de inclusão: o aluno pertence a uma família e a uma
escola que se localizam em quarteirões diferentes, mas ambas podem
estar inseridas na comunidade”
 (NEMI, 1998, p. 109).
O estudo deve ser organizado de forma que o aluno comece a relacionar o que tem
na comunidade: igrejas, escolas, mercado, clubes, bares, padarias e outro; quais os serviços
disponíveis: transporte, saúde, educação; os órgãos públicos que responsáveis pela
manutenção da comunidade: vereador, conselho de bairro.
As crianças começam a se familiariza com o vocabulário: político, vereador, prefeito,
e outros. Vai aprendendo que exerce um papel em sua comunidade, que pertence a um
grupo e está em contato com ele para melhorar a vida de todos.
As noções de tempo e de espaço histórico devem embasar todas as atividades
significativas do aluno. Com isso, ele passa a conhecer o tempo histórico e organizará o
tempo histórico cronológico.
Quando chega a 2ª série, o professor continuará o seu trabalho de alfabetização
histórica, ampliando e solidificando a produção do conhecimento num ir e vir constante.
O planejamento deverá contemplar e ampliar as relações de inclusão já trabalhada
na 1ª série, quando se trabalhou sobre a comunidade. Na 2ª série, os alunos irão trabalhar
o bairro na mesma linha que trabalhou comunidade: serviços disponíveis, biblioteca, praças,
parques, escola, e outros; vão comparar o bairro em que moram com outros bairros; deverão
estabelecer relações de inclusão quando passarem a perceber que a sua casa pertence a
uma comunidade, a um bairro, a uma cidade.
Tema: A criança e suas raízes mais próximas
Objetivo Geral: ampliar o conhecimento da leitura e escrita que a criança adquiriu na
1ª série.
Objetivos Específicos: retomar a noção de bairro esboçada no final da 1ª série e
desenvolvê-la pelo estudo das características da comunidade em que se localiza a
escola
- Desenvolver a noção de município que se delineou com a discussão sobre o bairro.
- Aprofundar a noção de relação social destacando a ligação entre os diversos grupos
sociais que compõem a cidade.
- Ampliar a localização histórica da criança por meio do recuo no tempo até a fundação
de sua cidade.
- Desenvolver os conceitos de permanência e de mudança através da análise histórica
das características culturais dos grupos sociais que compõem o município.
- Ampliar a localização espacial da criança por meio do mapeamento do bairro
incluindo na cidade, no estado, no país e no planisfério
 (NEMI, 1998, p. 112)
Depois de caracterizar o bairro, o aluno estudará a inclusão do
município. Esse assunto significativo o professor poderá iniciar com debates;
“Será que o nosso bairro produz tudo aquilo o que nós precisamos para
sobreviver?”
 (NEMI,1998, p. 114)
58
Fundamentos
e Didática da
História I
Quando os alunos passam a estudar o que é um município, o seu
contexto tempo-espaço, o importante é aprofundar o conhecimento das formas
de trabalho, as relações entre grupos sociais e os poderes públicos. Nesse
momento estudará o que é uma prefeitura, uma câmara de vereadores, quem
são os funcionários públicos. Eles passam a ter noção de público e privado.
Após desenvolverem conceitos gerais sobre municípios, alunos passarão traçar
um estudo específico sobre a história de seu município. Com esse assunto
eles darão um recuo maior na linha do tempo e terão noção daquilo que está mais próximo
no tempo e o que está mais distante.
A elaboração de um plano didático para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental
certamente vai exigir que se estabeleçam subdivisões ou unidades menores de
planejamento. Uma unidade pode estar referida a um conteúdo específico ou integrar
diversos conteúdos. Tanto num caso como no outro é fundamental que eles sejam definidos
considerando a necessidade de coerência e integração das atividades, de modo a favorecer
que os alunos estabeleçam relações entre diversos tópicos de conteúdos, realizando,
aprendizagens mais significativa.
O professor poderá desenvolver as primeiras atividades através de painéis com
fotografias do município antigo e atual; poderá fazer um passeio com o grupo (anteriormente
planejado) pela sua cidade mostrando os pontos históricos e em sala de aula levantar
debates; mandar os alunos fazerem uma redação sobre o que aprenderam sobre a história
de seu município. Nas aulas seguintes, o professor poderá retomar a história do município
discutindo trabalho, relações sociais, representações e reivindicações políticas.
Enfim, cabe ao professor, no primeiro ciclo, planejar suas aulas evidenciando o
trabalho de alfabetização histórica. O aluno deve desenvolver noções de desigualdades e
semelhanças, proximidades e distâncias dentro de uma temporalidade e do espaço a partir
de assuntos significativos, ou seja, a sua realidade e o seu dia a dia.
Estudar História na contemporaneidade requer um enriquecimento de conteúdos que
enfatizem as relações políticas, econômicas, sociais, culturais e artísticas presentes na
sociedade, proporcionando aos alunos o estudo de suas origens, as transformações
ocorridas no Brasil ao longo dos séculos e a compreensão sobre a atualidade.
O ensino e a aprendizagem, de acordo com os Parâmetros Curriculares (1997), da
História estão voltados, inicialmente, para atividades em que os alunos possam compreender
as semelhanças e as diferenças, as permanências e as transformações no modo de vida
social, cultural e econômico de sua localidade, no presente e no passado, mediante a leitura
de diferentes obras humanas.
No caso do primeiro ciclo, considerando-se que as crianças estão no início da
alfabetização, deve-se dar preferência aos trabalhos com fontes orais e iconográficas e, a
partir delas, desenvolver trabalhos com a linguagem escrita. De modo geral, no trabalho
com fontes documentais (fotografias, mapas, filmes, depoimentos, edificações, objetos de
uso cotidiano), é necessário desenvolver trabalhos específicos de levantamento e
organização de informações, leitura e formas de registros.
Ao privilegiar determinado conteúdo, a preocupação inicial do professor deverá ser
situar o assunto no tempo, destacar seus sujeitos ou os grupos sociais, e situar
geograficamente a sociedade na qual estão inseridos. Como dito antes, a História contempla
o estudo das sociedades em seu processo de construção e mudanças. Ao se considerar
as sociedades em tempos e espaços múltiplos, pode se perguntar o que se espera ao
Os Conteúdos de História para o Primeiro Ciclo
59
estudar essa sociedade? Como trabalhar com competência uma proposta renovada do
ensino de História? Que conteúdos escolher?
Para orientar a escolha e o tratamento dos conteúdos, segundo os objetivos da
disciplina, o professor deve se apoiar nos eixos temáticos, possibilitando fazer um estudo
das sociedades no seu processo de construção e que apresentam dinâmica própria.
De acordo com a Coleção Novo Ensino Fundamental (2001, p. 18), os conteúdos de
História para o 1º ciclo estão distribuídos da seguinte forma:
Para a 1ª Série:
- Criança tem história... História tem crianças... Muitas crianças...
• Construção de identidade e vivência histórica.
• História de vida do aluno.
• História da família.
- Criança na Escola... Uma nova história
• O papel da instituição escolar na sociedade e sua historicidade.
• As pessoas que trabalham na escola.
• O significado histórico das comemorações.
- A criança e o tempo... O tempo e a sua história
• Noções básicas sobre as diferentes formas de contar o tempo.
• O tempo no cotidiano.
Para a 2ª série:
- Lugares e história de vida
• Moradia.
• A história da organização dos espaços urbanos.
- Os espaços onde as pessoas vivem suas histórias
• A presença do antigo e do novo nos espaços urbanos.
• O modo de ser e viver no espaço urbano.
• O modo de ser e viver no espaço rural.
- Trabalho, homens mulheres e crianças caminham juntos com a história
• Trabalho e trabalhadores do espaço rural.
• Trabalho e trabalhadores do espaço urbano.
• A organização e administração das cidades.
- Comemorando na escola
• Histórico das comemorações e as diferentes formas de celebração em tempos e
 espaços diversos.
60
Fundamentos
e Didática da
História I
• Dia do Índio.
• Dia Internacional do livro infantil.
• Festas juninas.
O trabalho do professor, de acordo com Leite (2001), consiste em inserir o aluno na
leitura das diversas fontes de informação, para que adquira, pouco a pouco, autonomia
intelectual. O percurso do trabalho escolar inicia, dentro dessa perspectiva, com a
identificação das especificidades das linguagens dos documentos — textos escritos,
desenhos, filmes —, das suas simbologias e das formas de construções dessas mensagens.
Os conteúdos para o primeiro ciclo devem ser selecionados de forma totalmente
adequada ao nível de maturidade e compreensão dos alunos de cada série, gerando
possibilidades de estabelecer relações, comparações e debates. As diversas linguagens
utilizadas ao transmitir os conteúdos de História devem dar ao aprender dos alunos
substâncias ricas que possibilitam o desenvolvimento e o apreço por diversas expressões,
responsáveis pela formação de cidadãos conscientes da realidade que o cerca, críticos,
atuantes e despojados de preconceitos de qualquer tipo.
A sociedade da criança amplia-se, quando ela começa a freqüentar a escola. É
oportuno ela saber o que vai fazer na escola. As normas, os limites de convivência com
outras crianças e adultos, a socialização do saber, as amizades que começam a surgir fora
da família, a escolha dos amigos e os primeiros exercícios da cidadania, possibilitam
introjetar seus direitos e deveres na escola.
É papel fundamental de a escola promover a ampliação das regras e dos valores
que definem as relações dos que estão fora do grupo família e que são rígidas,
fundamentalmente, pelo respeito mútuo.
O professor tem inúmeras possibilidades de fazer um trabalho diferenciado e criativo,
com atividades que exploram possibilidades de debates, reflexões e desenvolvimento de
expressões que contribuam para a formação crítica, ética e moral de seus alunos. Portanto,
a distribuição dos conteúdos e a organização das unidades por séries, devem possibilitar
ao aluno o estudo criterioso, crítico e voltado para o desenvolvimento da capacidade
intelectual.
Pela análise dos conteúdos selecionados para o primeiro ciclo, baseado em
Penteado (1995), pode-se classificar os conteúdos e conceitos da seguinte maneira:
Para a 1ª série:
O tempo e a concepção da vida.
- Ao trabalhar com este conteúdo a criança vai tendo noção de tempo histórico, onde
 se trabalha as questões sociais e culturais.
 - A criança reconhece a fase em que ela se encontra.
Maneiras diferentes de viver.
- São trabalhos voltados para que as crianças percebam os aspectos sociais e
61
 culturais nas diversas formas de viver: no meio urbano, no meio rural e nas aldeias
indígenas; perceber no meio urbano, os que têm habitação e os que moram na rua.
O estudo do passado.
- Atividades realizadas pelas pessoas no passado; diferenças e semelhanças no
modo de vida das pessoas no passado e das pessoas no presente.
A organização do tempo.
- Trabalho com semelhanças e diferenças: a organização do tempo das crianças no
passado e a das crianças na atualidade; a rotina das crianças.
As diferentes formas de vestir.
- As vestimentas em diferentes tempos;
- As diferentes maneiras de se vestir.
A alimentação.
- Alimentos típicos de diferentes regiões,
Os tipos de moradia.
- Diferentes tipos de moradia.
- O espaço doméstico no presente e no passado.
Comemorações no Brasil.
- Diferentes manifestações festivas no Brasil, no passado e no presente.
- Danças e músicas características de cada região do Brasil.
Para a 2ª série:
A escola.
- A importância da escola na atualidade.
- A escola como espaço do aluno.
- A escola e o tempo – diferenças e semelhanças entre as escolas do passado e as
 atuais.
- Diferentes formas de ensino no passado.
- As formas de punição escolar no passado.
- A evolução das tecnologias.
A importância da família.
- Conceito de família no decorrer do tempo.
- Diferentes formas de organização familiar dos dias atuais (organização familiar do
 aluno).
- As formas de organização familiar no passado.
62
Fundamentos
e Didática da
História I
- Modelos de organização familiar (indígenas e orfanatos)
Modos de Produção
- O trabalho escravo, o trabalho nas primeiras fábricas; o trabalho infantil.
-A importância da carteira de trabalho.
As cidades
 - Conceito de cidade.
 - A formação das primeiras cidades brasileiras.
 - A cidades como espaço da memória.
Os conteúdos de História para o primeiro ciclo enfocam, preferencialmente, diferentes
histórias pertencentes ao local em que o aluno convive dimensionado em diferentes tempos.
Prevalecem estudos comparativos, distinguindo semelhanças e diferenças, permanências
e transformações de costumes, modalidades de trabalho, divisão de tarefas, organizações
do grupo familiar e formas de relacionamento com a natureza.
A partir dos dias letivos, é introduzida a leitura e as nomenclaturas: semana, mês,
ano, tudo partindo de uma referência da própria criança e os dias que ela vai à escola.
Quando passa a trabalhar com essa noção, está sendo introduzido para a criança o conceito
tempo. Nesse conceito, estão implícitas as noções de seqüência, cronologia e também o
tempo cultural.
De acordo como Parâmetro Curricular de História (1997), como conhecimentos
privilegiados para o primeiro ciclo, destacam-se:
- As relações de temporalidade. O aluno poderá estabelecer momentos diferentes
da vivência humana e compreender que, a sua atuação na sociedade, e dos diversos grupos
são providos de historicidade.
- A existência dos diversos grupos sociais. Ao observar a existência de diversos
grupos, os alunos se identificam enquanto pertencentes a um grupo de convívio específico e
percebe as diferenças e semelhanças entre os grupos sociais de diversos tempos e lugares.
- As ações e os objetos do cotidiano dos alunos. Brincar, comer, vestir, dançar,
cantar, são elementos que possibilitam o aluno a compreender a dinâmica de mudanças e
permanências que ocorre na sociedade, possibilitando a ele compreender que a história
está em todos os tempos e lugares.
- As sociabilidades e o espaço. Serão trabalhados temas que dão ênfase às
relações sociais dos seres humanos: festas, o espaço público, a escola, a igreja. Ao observar
as diferentes formas de socialização do homem, o aluno passa a perceber que o homem
traz consigo a marca do seu tempo.
- O trabalho. Entender as divisões, as relações que se dão no ambiente de trabalho
em diferentes épocas e locais, levam o aluno a compreender as relações de trabalho de
sua própria sociedade.
- O processo de urbanização. A criança passa a perceber a organização da vida
social de forma diferenciada. É importante refletir sobre a sociedade atual e sobre as
relações humanas no interior do meio urbano.
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Ainda de açodo com o Parâmetro Curricular (1996), em vista disso, o professor deve
ter alguns cuidados na montagem das situações sugestivas de aprendizagens:
Lidar com conceitos referentes a fenômenos concretos.
Ter o aluno concreto como elemento ativo do seu próprio processo de aprendizagem.
Lidar com conceitos científicos na linguagem do aluno.
Nesta perspectiva, trabalhar com alunos na primeira série é partir com eles de
conceitos referentes a fenômenos concretos, levando em conta que os seus pensamentos,
ainda não possuem a fase do raciocínio formal e abstrato, mas que estão na construção do
saber.
 Vamos exercitar...
A atividade dessa aula tem como objetivo o trabalho de noções de diferenças
e semelhanças na vida do aluno.
Você já observou que tudo o que está ao seu redor muda? Olhe com atenção
as imagens abaixo:
- A imagem de um bebê; a imagem de uma criança; a imagem de um idoso.
- A imagem de uma semente; a imagem de uma árvore; a imagem de
 arvoredo.
- A imagem de um gato bebe; a imagem de um gato jovem; a imagem de
 gato idoso.
- Após a conclusão da tarefa, eles poderão relatar oralmente seu
 entendimento de tempo: o passado, o presente e o futuro.
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Portanto, a disciplina de História para o Ensino Fundamental no primeiro ciclo
contempla temáticas voltadas a vivencia e a sociabilidade das crianças. Os conteúdos
propostos para o trabalho na primeira série enfocam o cotidiano da criança, as coisas que
ela faz, os grupos e pessoas com as quais convive, conjugando a reflexões sobre tempo,
espaço e memória.
A segunda série, os conteúdos referem-se à vida na cidade e no campo. Aos grupos
sociais, ás relações entre esses espaços e as contradições procedentes destas vivências.
Pelo Sistema Positivo de Ensino (2006), nas séries iniciais as noções de tempo dar-
se a partir do tempo vivido (hoje) e o tempo percebido (ontem), na elaboração da história
de vida, inserindo-se também um resgate à memória das famílias, reforçando a importância
da identidade, despertando no aluno a busca de seus laços familiares. O trabalho com a
história de vida permite abordagens comparativas, enfocando-se noções de semelhanças
e diferenças, mudanças e permanências. Estas noções são fundamentais, pois
acompanharão as reflexões nas séries seguintes e permitirão estudos comparativos
posteriores em relação às outras temáticas, ou seja, preparam as crianças para observar
os ritmos diferenciados das sociedades e dos diferentes grupos sociais.
O trabalho com temporalidade nas séries iniciais contempla ainda noções de
anterioridade e posterioridade (antes, durante e depois), de sucessão (ontem, hoje e
amanhã), de registro do tempo (história do calendário, do relógio) entre outras.
A criança reconhece a presença de outros tempos no seu cotidiano quando descobre
no seu entorno através da observação das mudanças significativas de sua rua, de seu bairro
ou do bairro de familiares ou da escola.
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Fundamentos
e Didática da
História I
A observação do cotidiano leva a criança a outras descobertas: as
diferentes profissões, os diferentes tipos de habitação, os diferentes bairros,
os municípios, cada um guardando lembranças do passado na história
presente. Esses aspectos o aluno pode constatar, quando se trabalhar as
cidades coloniais
e as comparar com a sua cidade, ou ainda os diferentes
jeito de morar: tipos construções. Bem diversas que ele conhece como os
castelos, por exemplo.
As conversas com os mais velhos da família possibilitam conhecer como eram, em
outros tempos, os materiais escolares, os lazeres, os transportes, a vida dos antepassados.
Aqueles que legaram uma história e um mundo que foi transformado. Dessa forma,
constroem-se as noções de continuidade e permanência.
Em relação ao espaço a criança, pelo Sistema Positivo de Ensino (2006), irá
adquirindo noções sobre as especificidades dos lugares dos grupos, como: casa, escola,
igreja, rua, clube, partindo do conhecido, sistematizando-se o que ela traz de forma dispersa,
encaminhando-se para reflexões mais amplas.
Na segunda série, a dinâmica pedagógica é semelhante, com a diferença de que a
criança é conduzida a refletir sobre a vida no campo e na cidade e suas especificidades.
Ainda de acordo com o Sistema Positivo de Ensino (2006, p. 28-30), os conteúdos
de História para o 1º ciclo estão distribuídos da seguinte forma:
Para a 1ª Série:
O tempo e a nossa vida
- A criança e a percepção do tempo.
- A criança e o reconhecimento da fase em que ela se encontra.
As crianças vivem de maneiras diferentes
- As formas de viver das crianças que moram no meio urbano, no meio rural e nas
 aldeias indígenas.
- As crianças do meio urbano que vive nas ruas.
- o modo de viver do aluno.
As crianças no passado
- Algumas atividades pelas crianças no passado.
- Diferenças e semelhanças entre alguns aspectos da vivência das crianças do
 passado e do presente.
- Atividades realizadas pelo aluno.
Como você organiza o seu tempo?
- A criança e percepção do tempo.
- A organização temporal referente ao turno escolar na atualidade.
- A organização temporal das crianças na atualidade.
- A organização da rotina da criança.
As crianças sempre brincam
- Alguns brinquedos e brincadeiras indígenas do passado e da atualidade.
- Brincadeiras e brinquedos tradicionais e suas origens.
- Semelhanças e diferenças entre brinquedos atuais e do passado.
- A criança e suas brincadeiras e brinquedos.
Diferentes formas de se vestir
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- Formas de se vestir em diferentes épocas.
- Importância da moda para determinados contextos históricos.
- Construção de uma moda específica para diferentes ocasiões.
- A moda e as diferentes maneiras de se vestir.
A importância da alimentação
- Característica da alimentação indígena.
- O problema da fome no Brasil.
- Alimentos típicos de diferentes regiões brasileiras.
- Hábitos alimentares de hoje e de outros tempos.
- Utensílios domésticos da atualidade e de outros tempos.
Era uma casa
- Diferentes tipos de moradia.
- O espaço doméstico no passado.
- Algumas necessidades que surgiram no decorrer do tempo e influenciaram a
 transformação das moradias.
- Algumas características de habitações indígenas.
- O espaço doméstico do aluno.
Dançando e cantando na História
- Diferentes manifestações festivas no Brasil, no passado e no presente.
- Ritmos atuais e antigos.
- Danças e músicas características de algumas regiões do Brasil.
- A música na atualidade.
- Organização de uma festa.
 Para a 2ª série
A minha e as outras escolas
- A importância da escola para as crianças na atualidade.
- A educação no estatuto da Criança e do Adolescente.
- Algumas diferenças entre as escolas no Brasil atual.
- A escola do aluno.
A escola e o tempo
- Diferenças e semelhanças das escolas atuais.
- Algumas características das escolas no passado.
- Diferenças e semelhanças entre as escolas dos familiares dos alunos.
O livro, o caderno e o lápis têm sua História.
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Fundamentos
e Didática da
História I
- Diferentes formas de ensino no passado.
- Formas de punição escolar no passado.
- Diferentes materiais escolares da atualidade e de outros tempos no
 Brasil.
- A evolução de tecnologias textuais.
- Os materiais do aluno.
As famílias
- A importância da família para o desenvolvimento da criança.
- As diferentes formas de organização familiar dos dias atuais.
- Formas de organizar as famílias no passado.
- Transformações que ocorreram no conceito de família no decorrer do tempo.
- Papel dos gêneros na organização familiar.
- Outros modelos de organização familiar: indígenas e orfanatos.
- Organização familiar do aluno.
História do trabalho
- O trabalho escravo.
- O trabalho nas primeiras fábricas.
- O trabalho infantil no passado e no presente.
- A importância da carteira de trabalho.
- A importância da colaboração do aluno em seu âmbito familiar.
- O trabalho na região do aluno.
Conhecendo História das cidades
- Conceito de cidade.
- Diferentes cidades na atualidade.
- Formação das primeiras cidades brasileiras.
- O modo de viver nas primeiras cidades brasileiras.
- O cortiço e a favela.
- A cidade enquanto espaço de memória.
- Características da cidade onde o aluno mora.
- Os espaços da memória na cidade do aluno.
As noções espaciais são vivenciadas quando o aluno está situado nos diferentes
espaços: percorre a escola, conhece seus vários ambientes, observa o caminho de casa
para a escola e situa a casa em relação a determinados lugares do bairro – casas comerciais,
praça, igrejas e outros.
Através de atividades de grupo, busca-se formar os conceitos relativos à cooperação,
à sociedade, à interação com semelhantes, ampliando-se com os estudos dos municípios,
dos deveres, dos direitos dos cidadãos, dos problemas da cidade e seu cotidiano. Trabalhar
o cotidiano significa observar as diferenças de modo de vida, de trabalho de costumes, na
atualidade e em outros tempos.
Pelo Sistema Positivo de Educação (2006), a distribuição dos conteúdos e a
organização das unidades de trabalhos possibilitam ao aluno estudo criterioso, crítico e
voltado para o desenvolvimento da capacidade intelectual e conhecimento da História. A
realização de pesquisas, trabalhos com documentos históricos atuais, mapas adequados
aos conteúdos, contatos constantes com imagens que contribuem para os aprofundamentos
dos temas tratados capacitam o aluno para a vida em um mundo globalizado e dinâmico.
Por fim, nas diversas atividades desenvolvidas no primeiro ciclo do Ensino
Fundamental, existe a possibilidade, ainda, de o aluno perceber a importância da
67
preservação do meio ambiente, o respeito à natureza, partindo do que existe na sua rua, no
parque de seu bairro, na cidade, que representa um bem comum e deve ser preservado.
Com este tipo de trabalho, baseado nas interações sociais, culturais e ambientais, busca-
se estabelecer a noção de identidade social do aluno e, consequentemente as bases para
a formação de sua cidadania.
Os eixos temáticos compreendem as categorias que oferecem possibilidades de
pensar as sociedades no seu processo de construção e que apresentam uma dinâmica
própria. São ferramentas conceituais que permitem um trabalho reflexivo apoiado em
discussões teóricas de ler os diferentes ângulos que integram a vida na sociedade. Para
isso, fundamentam a abordagem e o tratamento dos conteúdos desenvolvidos ao longo
das séries: trabalho, cotidiano, sociedade e poder.
Os conceitos devem ser entendidos no conjunto de reflexões teóricas da história, e
seu significado deve ser contextualizado historicamente. Ao se privilegiar um eixo temático
considera-se a importância dessa referência para a formação das sociedades. Portanto, é
preciso contextualizar historicamente os conceitos, ou seja, conhecer as diferentes idéias
que as várias sociedades construíram acerca dessa temática.
Nas aulas de História o professor deverá estabelecer um eixo temático que contemple
a proposta transversal da escola. Segundo Karnal (2005) valendo-se dela pode livremente
organizar um eixo temático ou acatar as sugestões dadas pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais de História para o ensino fundamental.
O professor ao definir
os conteúdos as serem contemplados em sua proposta de
trabalho, deve ter pleno conhecimento dos objetivos e da problemática que pretende abordar
e a relevância desta na realidade dos alunos, em seus múltiplos planos. A partir do aluno, de
sua própria história e referências locais, o trabalho deve desdobrar-se para inserir essa
realidade em questões regionais e globais, aguçando a curiosidade e a compreensão da
necessidade de uma visão mais ampla para a questão do que a sua particularidade.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), o professor ao
selecionar os conteúdos que serão desenvolvidos pelos alunos no primeiro ciclo, deve
contemplar o eixo temático que prevaleça estudos comparativos, em que os alunos possam
distinguir semelhanças e diferenças, permanências e transformações de costumes,
modalidades de trabalho, divisão de tarefas, organizações do grupo familiar e formas de
relacionamento com a natureza. A preocupação com os estudos de história local é a de que
os alunos ampliem a capacidade de observar o seu entorno para a compreensão de relações
sociais e econômicas existentes no seu próprio tempo e reconheçam a presença de outros
tempos no seu dia-a-dia.
 O eixo temático, História local e do cotidiano, que contempla o primeiro ciclo de
aprendizagem nas séries iniciais do ensino fundamental pode ser analisado adotando como
base em alguns critérios estabelecidos pelo Parâmetro Curricular de História (1997) da
seguinte forma:
Para alunos da 1ª série do ensino fundamental devem:
Identificar as diferenças e semelhanças individuais, sociais, econômicas e culturais
entre os alunos da classe e entre eles e as demais pessoas que convivem e trabalham
na escola;
Reconhecer as transformações e permanências, dos costumes das famílias das
crianças (pais, avós e bisavós e nas instituições escolares);
Eixo Temático: História Local e do Cotidiano
*
*
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Fundamentos
e Didática da
História I
Identificar grupos indígenas da região e estudo de seu modo de vida
social, econômico, cultural, político, religioso e artístico;
Resgatar as datas comemorativas do calendário
Para os alunos da 2ª série os alunos do ensino fundamental
devem:
Reconhecer e registrar as experiências humanas, analisando-as e estabelecendo
relações entre elas numa dimensão espaço-temporal;
Partir do mundo conhecido e vivenciado por eles;
Identificar traços culturais dos grupos de classe, percebendo suas semelhanças e
diferenças;
Identificar situações de dominação, subordinação, cooperação nas relações
domésticas;
Analisar com os alunos algumas formas de violência vivenciadas nas relações
familiares e no interior de uma sala de aula;
Identificar os instrumentos e materiais de trabalho necessários para exercer as
profissões;
Diferenciar trabalho remunerado e não-remunerado;
Trabalhar medidas de tempo;
Desenvolver noções de passado e presente;
Diferenciar o antes e o depois
Utilizar a linha do tempo;
Mostrar e explicar a importância dos documentos: carteira de identidade, certidão
de nascimento, título de eleitor, carteira de trabalho e outros.
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Como os alunos conhecem a característica dos grupos sociais do seu convívio é
normal que ampliem seus estudos traçando diferenças e semelhanças existentes nesses
grupos, questionando a respeito do passado desses grupos, identificando as permanências
e mudanças na cultura.
Ao começar pelo estudo do eixo temático cotidiano, pode-se afirmar que é uma
preocupação que está presente há historiografia atual. Ele pode ser entendido como sendo
a instância em que se efetivam as vivências particulares em oposição ao público. Pode ser
o espaço de visibilidade das pessoas comuns: homens, mulheres, trabalhadores, indígenas,
idosos, crianças, escravos que, na rotina de suas tarefas diárias, também contribuem para
a História das sociedades. Pode ser também o interior das fábricas, das escolas e das
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Considerando o eixo temático “História local e do cotidiano”, a
proposta é a de que, no primeiro ciclo, os alunos iniciem seus estudos
históricos no presente, mediante a identificação das diferenças e das
semelhanças existentes entre eles, suas famílias e as pessoas que trabalham
na escola. Com os dados do presente, a proposta é que desenvolvam
estudos do passado, identificando mudanças e permanências nas
organizações familiares e educacionais (PCN, 1997, p. 41).
69
associações que oferecem elementos para estudo das relações que excedem às normas
ou às atitudes padronizadas.
O cotidiano surgiu, de acordo com o Sistema Positivo de Ensino (2006), em
decorrência da crítica à História Oficial que privilegiava apenas os heróis e os acontecimentos
políticos. As guerras e as revoluções funcionavam como marcas balizadoras dos movimentos
históricos. Em oposição a esses movimentos, situavam-se as pessoas comuns, que, ao
longo de sua existência, somaram experiências que provocaram mudanças. Nessa
expectativa está a concepção de que as pessoas comuns constroem a História, e provoca
mudanças, defendendo-se, assim, a idéia de que homens e mulheres são sujeitos da História.
Junto dessa concepção está também a idéia de sociedade, pois à medida que a
História deslocou seu olhar de alguns heróis ou vultos nacionais para o coletivo, aproximou-
se também do estudo de diferentes grupos sociais e de suas realizações. Dessa forma, a
concepção de História inclina-se para o estudo das experiências coletivas da vida em
sociedade, em tempo e espaço diferenciados.
Ao fazer uso deste conceito, há de se ter alguns critérios, pois, apesar de aparente
conformidade, as sociedades têm, em seu interior, múltiplos condicionantes que revelam
diversidades, contradições, consensos e singularidade. Isso significa que, mesmo, em se
tratando da sociedade brasileira, são diversos os grupos nela inseridos, que de articulam
em complexidades nem sempre fáceis de serem traduzidas ou compreendidas. Por conta
destes condicionantes, pode ser difícil manter um trabalho desta natureza, ou seja, estar
atento às mudanças que se registram no interior das sociedades sem perder as
regularidades; pensar o particular e suas transformações, articulando com o mais amplo,
encontrando nesta dinâmica os fundamentos que organizam certo sentido.
A avaliação, compreendida dentro do processo de desconstrução e reconstrução do
conhecimento, deve se realizada durante o estabelecimento de relações e, ao mesmo tempo,
de compreensão do tema abordado. Nesse sentido a avaliação poderá se efetuada no
decorrer do aprendizado. Levando em consideração as especificidades de cada aluno, o
processo de objetivar e privilegiar os conhecimentos que a criança desenvolve durante todo
o período letivo.
O processo de ensino-aprendizagem no primeiro ciclo é processual, ou seja, ocorre
diariamente. A participação em sala de aula é realizada por meio da elaboração de perguntas
pelo professor, por pesquisas indicadas para ser realizados extras classe, bem como o
cumprimento da tarefa de casa, regularmente, ajuda a compor os conceitos e ao final,
converte-se tal produção em conceito definidos como satisfatórios.
Para refletir...
(Moacir Gadotti)
Seria ingênuo pensar que a avaliação é apenas um processo.
Ela é também uma questão política. Avaliar pode se constituir num
exercício autoritário do poder de julgar ou, ao contrário, pode se
constituir num processo e num projeto em que avaliador e avaliando
buscam e sofrem urna mudança qualitativa.
”
“
Critérios de Avaliação para o Primeiro Ciclo
70
Fundamentos
e Didática da
História I
Em História visa-se a elaboração de alguns conhecimentos históricos
por parte do aluno. O conhecimento é avaliado em diferentes dimensões:
aquisição de habilidades cognitivas, como senso de investigação, observação,
comparação, análise, compreensão dos conceitos trabalhados em um texto,
tentando evitar que se discuta tudo e não o todo relacionado a um conteúdo
específico.
Segundo Penteado (1994), a única maneira possível de avaliar os
conteúdos trabalhados nas séries iniciais é através da observação e registro organizado
do professor. Para a autora são os dados percebidos através dela que orientam o professor
no avanço dos trabalhos e na diversificação de formas para a permanência do mesmo
conteúdo que diagnóstica como ainda necessários em determinadas etapas.
A autora ainda coloca que o professor deve ter uma folha de registro previamente
construída por ele para orientá-lo sobre os resultados alcançados com cada aluno ao término
de um período.
Como critérios gerais para avaliação, o professor poderá se basear nos objetivos
propostos e nos conceitos que serão trabalhados em cada série. Na disciplina de História
deverá observar a especificidade do conhecimento privilegiado e a multiplicidade de olhares
possíveis sobre o mesmo tema que se deseja desenvolver.
Entre os mais variados modos avaliativos sugeridos para uma aula de História, pode-
se destacar:
- A elaboração de pequenos textos coletivos ou individuais, nos quais os alunos
reflitam em torno de questões propostas pelo professor.
- A análise de fontes iconográficas, como: fotografias, pinturas, desenhos, entre outros.
Esses materiais podem suscitar questões e percepções que permitam ao aluno
compreender alguns aspectos relacionados ao seu cotidiano, possibilitando-lhe a
reflexão sobre as sua realidade e também outras realidades;
- Observação, com base em objetos que fazem parte do cotidiano das crianças,
como: utensílios domésticos, roupas e materiais escolares. Eles podem auxiliar na
percepção do ser humano enquanto sujeito histórico e podem ser utilizados para a
elaboração de linhas do tempo ou pequenas exposições escolares.
Dependendo do tema trabalhado, as linguagens orais, corporais e plásticas podem
ser usadas como avaliação. Para tanto é preciso que o professor tenha sempre em mente
quando estiver fazendo avaliações que o que se espera no ensino produtivo, é que os alunos
aprendam a trabalhar com os conceitos, construindo o seu conhecimento. Os resultados
obtidos através das avaliações, permitirão ao professor ao término de cada período não só
constatar e analisar a situação geral da classe, e de cada aluno, em relação aos objetivos
trabalhados, como também avaliar o seu próprio desempenho na operacionalidade do
ensino, em relação a cada um dos objetivos desenvolvidos.
Para o primeiro ciclo, se prevê que ao final deste, os alunos depois de terem
vivenciado inúmeras situações de aprendizagem consigam dominar alguns conteúdos e
procedimentos. Para avaliar esses domínios, adotam-se os seguintes critérios:
Reconhecer algumas semelhanças e diferenças no modo de viver dos
indivíduos e dos grupos sociais que pertencem ao seu próprio tempo e ao
seu espaço. Este critério pretende avaliar se, a partir dos estudos
desenvolvidos,
o aluno se situa no tempo presente, reconhece diversidades
e aproximações de modo de vida, de culturas, de crenças e de relações
sociais, econômicas e culturais, pertencentes às localidades de seu próprio
tempo e localizadas no espaço mais próximo com que convive (na escola,
na família, na coletividade e em uma comunidade indígena de sua região).
71
Reconhecer a presença de alguns elementos do passado no presente,
projetando a sua realidade numa dimensão histórica, identificando a
participação de diferentes sujeitos, obras e acontecimentos, de outros
tempos, na dinâmica da vida atual. Este critério pretende avaliar as
conquistas do aluno no reconhecimento de que sua realidade estabelece
laços de identidade histórica com outros tempos, que envolvem outros modos
de vida, outros sujeitos e outros contextos. (PCN, 1997, p.44)
 Como avaliar o primeiro ciclo das séries iniciais do Ensino Fundamental para que os
alunos construam um conhecimento significativo? Justifique e exemplifique atividades
avaliativas que contemplem o aprendizado nesse ciclo.
Por que o planejamento das aulas de História no primeiro ciclo é considerado um
processo de alfabetização? Exemplifique com uma atividade que supostamente se poderia
aplicar numa aula para que os alunos compreendam a questão da semelhança e diferença
no contexto histórico.
ATENÇÃO!
Brincadeiras e jogos neste momento servem como
incentivo à criatividade, à sociabilidade porque as crianças
compreendem melhor o mundo e a sua realidade.
AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividades
ComplementaresComplementaresComplementaresComplementaresComplementares
11111.....
2.2.2.2.2.
72
Fundamentos
e Didática da
História I
 Para o primeiro ciclo, os Parâmetros Curriculares Nacionais prevê
que, ao final deste, depois de terem vivenciado inúmeras situações de
aprendizagem, os alunos já consigam dominar alguns conteúdos e
procedimentos. Crie duas situações que levem os alunos ao final do primeiro
ciclo a uma aprendizagem significativa.
Crie um plano de aula para a 1ª série do Ensino Fundamental, onde os alunos possam
perceber através de fotografias a questão de temporalidade, permanências e
transformações.
Qual a importância da avaliação para aprendizagem no primeiro ciclo do Ensino
Fundamental?
3.3.3.3.3.
4.4.4.4.4.
5.5.5.5.5.
73
A distribuição dos conteúdos e os planejamentos das unidades para o segundo ciclo
devem possibilitar um trabalho preciso, prazeroso por parte do professor e um estudo
criterioso e crítico do aluno, voltado para o desenvolvimento da capacidade intelectual e do
conhecimento de nossa História.
O importante não é generalizar os conhecimentos, mas selecionar cós conteúdo e
trabalhar com os eixos temáticos de forma a instruir o ensino. Igualmente importante é a
maneira como se deve realizar este ensino, o modo como os conteúdos devem ser
trabalhados para atingir uma aprendizagem significativa.
Alfabetizar as crianças nos primeiros ciclos de aprendizagem pode ser feito através
de diversos métodos (construtivista, tradicional e outros), todavia o que tona significativa à
aprendizagem é quando o professor parte da vivência, da realidade da criança, fazendo
com que ela amplie o conhecimento de sua realidade e incorpore outros conhecimentos.
Isso exige um determinado método, não qualquer método.
Ao chegar ao segundo ciclo, os conteúdos estão fundamentados para ensinar a
História do Brasil (Descobrimento, Capitanias Hereditárias, Colonização, Império e
República). Os assuntos podem ser maçantes, mas o modo como o professor vai trabalhar
com as questões é que pode alterar o significado dos conteúdos. Pode-se estar ensinando
para que a criança saiba responder a uma série de perguntas, mas pode ensiná-la a
compreender a história e a importância das relações históricas deste país.
As histórias individuais são partes das histórias coletivas. Os fatos históricos não se
explicam por si só, eles se tornam compreensíveis, deixam de ser mudos, quando são
colocados em relação a outros fatos dentro de um conjunto maior. O importante neste ciclo
de aprendizagem é que aluno compreenda que não são as grandes personalidades que
produzem a História e, sim, é esta que produz as grandes personalidades. São os
acontecimentos históricos que produzem as pessoas necessárias para conduzir o destino
do país. Não foi um líder (Tiradentes) isolado que produziu o movimento da Inconfidência
Mineira, este, sim, foi um movimento que produziu novas lideranças, na luta do povo contra
o regime militar.
São essas as grandes questões que o professo deve se ocupar no ensino de História
para o segundo ciclo. Que homem se quer formar? Agente transformador na construção de
um novo mundo, posicionando de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais.
Sob essa perspectiva, os estudos de história contribuem para formar no aluno a
idéia de que a realidade como está foram produzida por uma determinada razão, e mais
importante, podem ser alteradas ou conservadas – a questão das mudanças e permanências.
Para isso, é importante que a História seja entendida como o resultado da ação de diferentes
grupos, setores ou classes de toda a sociedade. É importante que o aluno ao chegar ao
segundo ciclo do Ensino Fundamental conheça a história da humanidade como a história
da produção de todos os homens e não como resultado da ação ou das idéias de alguns
poucos.
Nessa medida, a História seria entendida como um processo social em que todos
os homens estariam nele engajados como seres sociais. De outra parte, é fundamental que
se estabeleça a relação entre o passado e do presente, isto é, que os estudos não se
restrinjam apenas ao passado, mas sim que este seja entendido como chave para a
compreensão do presente, que por sua vez melhor esclarece e ajuda a entender o passado.
O Planejamento de História para o Segundo Ciclo
O ENSINO DA HISTÓRIA NO SEGUNDO CICLO
74
Fundamentos
e Didática da
História I
Duas funções se evidenciam como básicas nos estudos da história:
capacitar o aluno a entender a sociedade do passado e a aumentar o seu
domínio da sociedade do presente. Sob esse enfoque, não tem sentido um
ensino de História que se restrinja aos fatos e acontecimentos do passado
sem estabelecer sua vinculação com a situação presente; como não têm
sentido analisar os acontecimentos atuais sem buscar suas origens e sem
estabelecer sua relação com outros acontecimentos políticos, econômicos,
sociais e culturais ocorridos na sociedade como um todo. Não é possível, portanto, analisar
acontecimentos isolados. Para entender seu verdadeiro sentido é imprescindível remetê-
los á situação da época em que foram produzidas, reconstituídas suas evoluções na totalidade
mais amplas do social até a situação presente.
Somente desta forma a escola pode oferecer ao aluno um ensino que lhe possibilite
o conhecimento e a compreensão das relações de tempo e espaço; ou seja, pelo
conhecimento da temporalidade das relações sociais, das relações políticas, das formas
de produção econômica, das formas de produção da cultura das idéias e dos valores.
A atividade educativa, assim como outras atividades complexas, impõe a necessidade
de estabelecerem planos mais formalizados e apoiados em registros escritos. Programas
de ensino fundamental têm em vista objetivos bastante amplos ou articulação de vários
objetivos diferentes. Os processos ensino aprendizagem são complexos, exigindo uma
duração temporal relativamente longa. Além disso, o que está em jogo não são aspirações
individuais, mas aspirações de grupos de educadores envolvidos com a educação nas
séries iniciais.
O currículo constitui um primeiro nível de planejamento da atividade educativa, na
medida em que nele estabelece objetivos gerais e seus desdobramentos em objetivos
específicos. Nessa perspectiva, ele é a ferramenta essencial para orientar
a ação do
educador e a coordenação de sua ação com a de outros educadores envolvidos no mesmo
programa. A efetividade do currículo na orientação das ações exige sua tradução no plano
mais concreto, com definições quanto a estratégias e encadeamento das etapas, o que se
chama plano didático. É do professor a maior responsabilidade com relação à elaboração
desse plano, pois ele deve estar em condições de ir ajustando-o durante sua execução, ou
seja, realizando os ajustes necessários mediante a avaliação constante de sue andamento.
A partir da 3ª série, os alunos na área de História deverão desenvolver uma nova
linguagem. Neste ciclo o professor começa a discutir com os alunos documentos escritos,
de época, letras de músicas, programa de televisão, jornais, rádios. O objetivo é capacitar
o aluno a compreender através de várias linguagens as formas de comunicação e
interlocução de seu mundo.
Como os alunos do segundo ciclo já devem estar capacitados para realizar recuos
no tempo mais longos no tempo, as aulas podem ser desenvolvidas com temas que exijam
maior profundidade e complexidade. A 3ª série pode trabalhar com tema dos grupos sociais
que compõem o estado com base em suas relações sociais, política e de trabalho.
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À disciplina de história, cabe, especificamente, iniciar os
trabalhos com documentos escritos de época. É um meio de incentivar
os alunos a procurarem essa fonte alternativa de estudo. Para isso, o
professor deve procurar documentos que desperte o interesse do aluno
e suscite em sala de aula debates
 (NEMI, 1998, p. 116).
75
Nesta série, o professor pode trabalhar com planisfério assinalando municípios,
estado, país e continente com cores diferentes e levantar debates em sala; alguém já visitou
outra cidade ou têm parentes morando fora daqui? As cidades que vocês conhecem
pertencem ao nosso estado? Os alunos podem fazer um trabalho de pesquisa para conhecer
o seu estado e a partir dessa pesquisa, o professor começar a trabalhar relações sociais,
de trabalho, política, cultura e outros.
Ao trabalhar o Estado sob diversos aspectos, o professor deverá destacar a
existência de diversos grupos sociais descendentes de índios, negros, imigrantes, as
influências que as comunidades exercem umas sobre as outras (na música, na culinária, na
literatura).
De acordo com Nemi (1998), as aulas devem procurar definir relações sociais e de
trabalho que se estabelecem no estado, pesquisando sobre os primeiros habitantes e o
modo como eles viviam e se relacionaram com os grupos que chegavam. As noções de
permanência e mudança, semelhanças e diferenças, tempo e espaço das relações sociais
de trabalho e representação política constitui o núcleo em torno do qual se estrutura o
planejamento da 3ª e 4ª unidade.
A linha do tempo na 3ª série já inclui a Pré-História do Brasil até os dias atuais e este
estudo poderá ser desenvolvido pelo professor com atividades em que os alunos construam
uma leitura cultural das características das sociedades em épocas distintas. Atitudes,
realizações fracassos, momentos importantes, transformações significativas.
Para a aprendizagem na 4ª série o planejamento passa a ser uma ampliação e
aprofundamento das relações sociais e de trabalho que veio sendo desenvolvido na 3ª
série, por exemplo, a substituição do trabalho escravo pelo assalariado.
Tema da aula: Compreender outras Linguagens
Objetivo Geral: Diversificar as possibilidades de conhecimento da língua e da
expressão oral e escrita
Objetivo Específico:
- Compreender as relações que se estabelecem entre os grupos sociais que
compõem o seu estado.
- Analisar e compreender documentos escritos de época buscando familiarizar o
aluno com a produção do conhecimento histórico.
- Analisar aspectos atuais da organização política, cultural e sócio econômica do
estado com a utilização de meios de comunicação, como jornais, revistas, televisão
e rádio.
- Organizar
o estudo dos grupos sociais que compõem o estado, pesquisando
sobre os primeiros habitantes e o que foram chegando depois (índios, colonos
portugueses, escravos africanos, imigrantes do século XIX e migrantes do século
XX).
- Discutir as formas de trabalho que caracterizam cada grupo, sua transformação
no tempo e seu papel na organização da sociedade.
- Pesquisar sobre os problemas, conflitos e lutas de cada grupo, e dos grupos
entre si ao longo de sua história no Estado.
 (NEMI, 1998, p. 117)
76
Fundamentos
e Didática da
História I
O processo aprendizagem neste ciclo também é de inclusão. O professor inicia as
discussões indagando sobre o trabalho e a remuneração dos pais dos alunos, de conhecidos
e dele próprio. Em seguida, pode pedir ao grupo para fazer uma pesquisa sobre as
profissões dos vizinhos, parentes e pais dos amigos. O resultado da pesquisa segundo
Nemi (1998) permitirá uma discussão sobre o que é ser assalariado no Brasil.
O que é o salário mínimo?TO que é o salário mínimo?TO que é o salário mínimo?TO que é o salário mínimo?TO que é o salário mínimo?Todos possuem seu trodos possuem seu trodos possuem seu trodos possuem seu trodos possuem seu traaaaabalhobalhobalhobalhobalho
rrrrreeeeegulamentado por lei? Os brgulamentado por lei? Os brgulamentado por lei? Os brgulamentado por lei? Os brgulamentado por lei? Os brasileirasileirasileirasileirasileiros fos fos fos fos forororororam sempram sempram sempram sempram sempreeeee
assalariados? Como era antes?assalariados? Como era antes?assalariados? Como era antes?assalariados? Como era antes?assalariados? Como era antes?
Uma outra atividade que pode ser desenvolvida em sala e a organização de um
painel apresentando as diversas formas de trabalho e as remunerações no Brasil. O trabalho
escravo, o trabalho artesanal (manual), o trabalho industrial, trabalho braçal.
É importante fazer o aluno identificar nestas atividades os interesses econômicos e
políticos que são responsáveis por este ou aquele tipo de trabalho, assim como os interesses
políticos e econômicos que dificultam a melhoria da vida dos trabalhadores. Sinalizar os
movimentos populares que destacam as reivindicações dos trabalhadores e suas conquistas.
Para o autor, o que interessa no ensino da história na 4ª série é que o professor
consiga estudar o trabalho no Brasil buscando as causas no passado e as necessidades
presentes com base em uma metodologia de ensino voltada para a produção e o estudo
crítico do conhecimento do aluno.
Portanto, o ensino de história nesse período não pode reduzir-se à memorização de
fatos, a informação detalhada dos eventos, ao acúmulo de dados sobre as circunstâncias
nas quais ocorreram. A História não deve ser trabalhada pelas crianças simplesmente como
um relato de fatos periféricos, como um campo neutro, ou um lugar de debate, às vezes de
Tema da aula: A Organização do Trabalho no Brasil
Objetivo geral: Diversificar as possibilidades de conhecimento da língua e da
expressão oral e escrita.
Objetivos específicos:
- Analisar e compreender documentos de época, familiarizando-se com a produção
do conhecimento histórico.
- Analisar aspectos atuais da organização do trabalho no país, utilizando meios de
comunicação como jornais, revistas, televisão e adio.
- Estudar a montagem e a evolução do sistema escravista no Brasil.
- Compreender as condições de vida da população assalariada no Brasil ao longo
da história.
 (NEMI, 1998, p. 121)
77
conflitos. A História tem que despertar no aluno um campo de pesquisa e produção do
saber que está longe de apontar para o consenso.
Prevalecem como no primeiro ciclo, os estudos comparativos para a percepção das
semelhanças e das diferenças, das permanências e das transformações das vivências
humanas no tempo, em um mesmo espaço, acrescentando as caracterizações e distinções
entre coletividades diferentes, pertencentes a outros espaços.
A seleção dos conteúdos de História no segundo ciclo, de acordo com os Parâmetros
Curriculares (1997), contempla trabalhar as diferentes histórias que compõem as relações
estabelecidas entre a coletividade local e outras coletividades de outros tempos e espaços,
contemplando diálogos entre presente e passado e os espaços locais, nacionais e mundiais.
Essa fase é importante que os alunos dimensionem as relações sociais, econômicas,
políticas e culturais que vivenciam, enriquecendo seu repertório histórico com informações
de outras localidades para que possam compreender que seu espaço circundante
estabelece diferentes relações locais, regionais, nacionais e mundiais.
Pela análise dos conteúdos selecionados para o segundo ciclo, de acordo com
Sistema Positivo de Ensino (2006, p. 30 -32), podem-se classificar os conteúdos e conceitos
da seguinte maneira:
Para os alunos que estão na 3ª série:
História e Memória
 -A história da vida do aluno; as reflexões sobre a história e o tempo; as tradições
 familiares; as normas de conduta.
História da sociedade brasileira
- A vinda dos europeus; o contato entre os indígenas e europeus.
- O significado do nome Brasil.
 Europa
- O trabalho e a vida da sociedade européia no contexto das grandes viagens.
A África
- O trabalho africano nas aldeias e na colônia portuguesa.
- O cotidiano e as relações de poder nas aldeias africanas.
Os indígenas
- O trabalho nas sociedades indígenas.
- A aspectos do modo de viver, as organizações, diversidade, tradição e cultura
Os Conteúdos de História para o Segundo Ciclo
78
Fundamentos
e Didática da
História I
- Prática da guerra para a defesa da terra.
Os engenhos
- O modo de viver nos engenhos, nas fazendas e nas cidades – casa
 grande e senzala.
- Relações de poder. Senhor e escravo.
 A organização urbana
 - A vida nos arraias e vilas.
 Os imigrantes
 - O trabalho dos imigrantes nas cidades e campos; contribuição para
 a história regional, política imigratória.
A História na terceira série começa também a História do Brasil com temas a respeito
da imigração, os continentes: europeu, africano; os movimentos populacionais; o engenho
e as fazendas. Nesse período faz-se necessário o uso de um mapa histórico.
Para os alunos da 4ª série:
Formas de trabalho
- A mão de obra livre, escrava.
Relações de poder e dominação
- O senhor, o escravo e a família patriarcal.
 A diversidade cultural com a vinda dos europeus e das populações africanas
 para a América Sistema colonial
- Ocupação e colonização da terra pelos portugueses; relações entre colônia e
metrópole.
Capitanias Hereditárias e o Governo Geral
- Fundação de Vilas e Cidades
- O modo de viver das antigas capitais – Bahia e Rio de Janeiro.
A situação da mulher no Brasil colonial
- A participação das crianças na história da sociedade brasileira.
A República no Brasil
- Do café com leite, ao populismo;
- Ditadura, anistia, diretas já, democracia e impeachment.
Na quarta série, os estudos da História devem ser desenvolvidos de acordo com
Penteado (1997) através de temas para pesquisa, como: trabalho, governo, organizações
políticas, antigas cidades e capitais brasileiras, república, entre outras.
79
Acrescentam-se ainda estratégias que dinamizam a reflexão, não passando para o
aluno uma história conteúdos lineares. Sempre puxando pela memória do aluno, incentivando-
o á pesquisa, ao trabalho com mapas para ajudá-lo a entender melhor os conteúdos
estudados e ter um jeito diferente de ver o mundo em constantes mudanças.
Conteúdos a serem trabalhados no segundo ciclo do Ensino Fundamental, de
acordo
com Leite (2001, p.24-25) são divididos e organizados da seguinte maneira:
Para a 3ª série
Nessa série são trabalhados os elementos que deram origem a formação do povo
brasileiro a partir de diferentes etnias que ao longo do processo histórico foram sendo
agregadas. São estudos sobre as migrações e as manifestações culturais evidenciadas
através do folclore e a preocupação em preservar o Planeta Terra como essencial para que
a história continue a ser construída pelos homens, mulheres e crianças.
Brasil, terra de muitas gentes
Uma abordagem geral dos diferentes povos que ao longo da história do Brasil
passaram a compor o que hoje se chama de povo brasileiro, tendo em vista a história das
organizações populacionais com o objetivo melhorarem a compreensão da formação do
povo brasileiro, tendo em vista a necessidade de superação de preconceitos e o respeito à
diversidade existente em nosso país:
- Reconhecer os processos de deslocamento das populações européias para a
 América, tendo como marco referencial a chegada dos portugueses ao Brasil.
- Identificar as formas de dominação empregadas pelos portugueses para explorar
 as riquezas do território até então ocupados apenas pelas populações indígenas.
Aventuras, sonhos e realidade: histórias de vida nas terras brasileiras.
Abordagem mais específica dos diferentes grupos humanos que se estabeleceram
nas terras brasileiras em tempos diversos, propiciando reflexões sobre o encontro destas
culturas e suas implicações na formação do povo brasileiro. Os objetivos desta abordagem
são:
- Conhecer as principais teorias que procuram explicar a origem dos povos que
 habitavam o Brasil antes da chegada dos europeus.
- Reconhecer as dificuldades de conciliar os interesses econômicos e a cultura dos
 portugueses com a cultura e a relação que os indígenas tinham com a terra e seus
 frutos.
- Conhecer algumas estratégias utilizadas pelos portugueses para explorar a mão-
 de-obra negra através da escravidão e as suas implicações no modo de vida e da
 cultura deste grupo étnico a partir deste tipo de exploração.
- Identificar algumas razões que motivaram a vinda de imigrantes para o Brasil e as
 condições de vida que passaram a ter no Brasil.
Em busca de uma vida melhor: as oportunidades em diferentes lugares do
Brasil
Trata da história mais recente do processo de migração a partir de 1950, procurando
apresentar explicações para este movimento populacional.
É importante destacar que os deslocamentos populacionais sempre estiveram
presentes na história do Brasil, mas é importante privilegiar aqueles ocorridos a partir de
1950, considerando as significativas transformações que ocorreram no país a partir desta
década.
80
Fundamentos
e Didática da
História I
- Reconhecer algumas razões que justificam a saída de nordestinos
 para outras regiões do país, as dificuldades encontradas por estas
 pessoas longe do seu lugar de origem.
- Identificar a oportunidade de obter terras e a possibilidade de trabalho
 como importante incentivo ao deslocamento de pessoas para o Paraná
 nas décadas de 1950 e 1960.
- Reconhecer que o deslocamento de populações para a região Centro-
 Oeste do Brasil significou importante contribuição destes trabalha-
 dores na concretização do projeto da nova capital brasileira.
Comemorando na escola
Visa à compreensão, pelos alunos, das razões que justificam as comemorações
realizadas na escola, a partir do resgate da historicidade do fato e da pessoa homenageado,
percebendo as semelhanças e diferenças, permanências e mudanças, bem como a
abrangência desta celebração no passado e na atualidade (em nível regional, nacional,
mundial).
Para a 4ª série
Nessa série os conteúdos devem ser relativos ao processo de registro da história e
de interpretação do passado realizado pelos historiadores. É o período substancial para
valorizar a participação do aluno na preservação dos registros históricos a partir de sua
própria história de vida, além de abordar diferentes períodos da história política do Brasil,
com o intuito favorecer uma compreensão inicial deste contexto histórico, o qual será
aprofundado na continuidade do Ensino Fundamental.
A História também tem História
Trabalho com a historiografia, ou seja, as formas como os historiadores vão
interpretando e escrevendo a história, para que o aluno possa compreender de onde são
obtidas e elaboradas tais interpretações, bem como identificar como pode contribuir com a
preservação de registros, os quais se constituem em fontes históricas.
- Reconhecer alguns procedimentos e fontes utilizadas pelos historiadores para
 produzir a História.
- Identificar alguns procedimentos que podem ser adotados para preservar a sua
 História de vida e de sua família.
- Identificar que existem formas diferenciadas de dividir a história do Brasil, sendo
 que uma delas é a divisão que privilegia a divisão política o Período Colonial, Imperial
 e Republicano.
Brasil: uma colônia de Portugal
Abordando o início da ocupação do território pelos portugueses, seus interesses
econômicos e estratégias de exploração adotadas no Período Colonial na produção de
cana-de-açúcar e na mineração.
Marechal Deodoro da Fonseca
81
- Identificar as diferenças e semelhanças, permanências e mudanças entre o Período
 Colonial, Imperial e Republicano.
- Reconhecer as contradições entre a riqueza do ouro e as péssimas condições de
 vida da maioria da população que vivia na região das minas.
- Reconhecer as peculiaridades da vida social da região das minas e suas
 semelhanças e diferenças em relação à sociedade açucareira.
O Brasil não é mais uma colônia, torna-se um país.
Enfoca o processo de transição do Brasil Colônia para o Brasil independente,
identificando as transformações e as permanências principalmente nas condições de vida
da maioria da população.
- Identificar as revoltas do Período Colonial como forma de resistência ao domínio
 português, evidenciando a importância da manifestação popular em diversos
 momentos da História do Brasil.
- Reconhecer alguns aspectos do contexto em que se deu a Independência do Brasil
 e as mudanças e permanências ocorridas a partir deste acontecimento.
O Brasil é um país republicano
Trata-se de um trabalho que envolve conteúdos referentes à República em diferentes
momentos.
- Compreender alguns elementos do contexto em que se desencadeou a Proclamação
 da República.
- Identificar semelhanças e diferenças, permanências e mudanças nos diferentes
 períodos da República no Brasil.
Portanto, o principal objetivo do ensino de história é compreender e interpretar os
vários contextos históricos e não apenas memorizá-la. Os conteúdos devem ser selecionados
com vista que a criança identifique, compreenda, indique onde se encontram outros fatos e
qual o seu valor, não pode haver uma aprendizagem contínua e consciente do tempo histórico,
mas somente uma memorização das mudanças do mundo e do ciclo biológico das criaturas
que nele vivem. O aprendizado do conhecimento da história dos homens do passado e na
atualidade é importante porque fornece às crianças as bases para a compreensão das
transformações que poderão ocorrer com a humanidade no futuro, como também permite o
conhecimento de como aqueles que viveram antes de nós equacionaram as grandes
questões humanas.
Há de se afirmar que quatro eixos temáticos fundamentam a abordagem e o
tratamento dos conteúdos que serão desenvolvidos ao longo das séries: trabalho, cotidiano,
sociedade e poder. Para o trabalho com os eixos temáticos é necessário conhecer seus
diferentes significados, pois os conceitos também mudam de acordo com as sociedades e
com o tempo.
No segundo ciclo, a abordagem das temáticas ganha novos contornos, ampliando-
se os estudos para a sociedade brasileira, buscando-se,
porém, a participação do aluno,
sugerindo-se, para isso, alguns percursos em sua história de vida. Esta proposta é realizada
por meio de pesquisa da história do aluno, que de acordo com o Sistema Positivo de
educação (2006), de forma mais ampliada e com novos referenciais. No segundo ciclo o
O Eixo Temático: Organização Populacional
82
Fundamentos
e Didática da
História I
aluno já tem possibilidades de levantar dados sobre sua vida particular, refleti
sobre eles e elaborar textos sobre o assunto. Com essa questão busca-se
também refleti como se constrói o conhecimento histórico, propondo-se um
trabalho sobre o que é História e a importância do documento para a
elaboração da pesquisa. Ao se refletir as fontes escritas, abrem-se precedentes
para se pensar ainda nas tradições culturais que são expressas pelas histórias
contadas, com o objetivo de inserir um significado das tradições orais para
determinadas sociedades, abordando-se o seu cotidiano e os lugares em que efetivaram
as diferentes vivências.
O eixo temático que contempla o segundo ciclo de aprendizagem nas séries iniciais
do ensino fundamental pode ser analisado adotando os critérios estabelecidos pelos
Parâmetros Curriculares (1997, P. 50) da seguinte forma:
Os alunos da 3ª série do ensino fundamental devem, nesse período:
- Apontar a relação entre os recursos que a natureza oferece e as soluções que o
homem encontra para garantir sua sobrevivência;
- Historiciar a realidade vivida pelo aluno, incentivando-o a comparar suas próprias
experiências com experiências humanas vividas em tempos e espaços distintos;
- Evidenciar que o homem desenvolveu formas de marcar a passagem do tempo
para facilitar a organização de suas atividades;
- Trabalhar a noção de ponto de referência a partir da realidade imediata do aluno;
- Identificar o bairro, cidade, estado e o país onde vive;
- Trabalhar as condições diferenciadas de moradia, de acesso ao saneamento básico,
saúde, educação e transportes, como indicadores das desigualdades sociais visíveis
nas paisagens urbanas;
- Estimular o aluno a observar criticamente a sociedade em que vive analisando as
possibilidades de ações transformadoras.
Os alunos na 4ª série do ensino fundamental passam a:
- Reconhecer algumas relações sociais, econômicas, políticas e culturais que a
coletividade estabelece ou estabeleceu, no presente e no passado;
- Identificar as ascendências e descendências das pessoas que pertencem à sua
localidade, quanto à nacionalidade, etnia, língua, religião e costumes, contextualizando
seus deslocamentos e confrontos culturais e étnicos em diversos momentos históricos
nacionais;
- Identificar as relações de poder estabelecidas entre sua localidade e os demais
centros políticos, econômicos e culturais em diferentes tempos.
A partir da terceira série, a temática utilizada será o modo de viver dos povos
formadores da sociedade brasileira, abordando o seu cotidiano e os lugares em que se
efetivaram as diferentes vivências. Para a quarta série se privilegia alguns aspectos da
História do Brasil. Inicialmente é abordada a temática sobre trabalho e a sua importância
na construção da sociedade brasileira, refletindo sobre o trabalho na atualidade.
Pelo Sistema Positivo de Educação (2006), nesse período alguns questionamentos
deverão ser abordados, como o trabalho indígena, o trabalho escravo e trabalho livre, tendo
como pano de fundo o contexto colonizador. A dinâmica pedagogia é acompanhada de
estudos comparativos sobre as diferenças e semelhanças entre estes tipos de trabalho,
assim como a singularidade que se evidenciam nas análises sociais. A proposta é refletir
sobre alguns aspectos significativos da História do Brasil para se compreender o processo
de construção da sociedade e, dessa forma, preparar os alunos para ingressarem no terceiro
83
ciclo do Ensino Fundamental, sem inferi blocos de conteúdos. Nessa perspectiva, inserem-
se metodologias que visam desenvolver no aluno noções e conceitos sobre a História do
Brasil, incorporando pré-requisitos para etapas posteriores.
Quando o professor trabalhar com a temática do Trabalho, há que considerar que o
seu sentido nem sempre foi o mesmo em todas as sociedades. Na História Antiga, entre
regos e romanos, trabalho era entendido como ma atividade braçal realizada por escravos.
Os filósofos e artistas dedicavam-se às suas obras, tendo na escravidão a base de sua
sustentação. Isso significa que entre os antigos, o trabalho era coisa de escravo, podendo
os pensadores se dedicar às coisas do espírito.
Na idade Média, o trabalho era atribuído aos servos, submetidos, às penas do corpo
para entrar na vida eterna. Na Idade Moderna, em função das grandes transformações, o
conceito de trabalho sofreu alteração, pois passou a ser o sustentáculo das iniciativas
burguesas, adquirindo um sentido positivo.
Além desse enfoque histórico, cumpre registrar ainda que o trabalho possa ser
apreendido enquanto realização humana, à medida que possibilita a prática. Ao se efetivar
a experiência de trabalho, as pessoas têm a possibilidade de expressar concretamente
idéias e potencialidade, realizando a experiência e, consequentemente, o enriquecimento
da idéia inicial com as novas referências trazidas pelo ato de fazer. Esta abordagem pode
ser analisada do ponto de vista individual ou coletivo.
Ainda em relação ao trabalho, considera-se que a utilização da ciência e da técnica
libertou parte das humanidades das penas do corpo, apontando novos condicionantes que
interferem na vida humana, mas, em contraposição, este avanço excluiu milhões de pessoas,
gerando o desemprego. Essa é uma discussão atual, que necessita ser retomada e
repensada com as crianças a partir de suas contradições. Dessa maneira, para além de
um conceito economicista, a temática sobre Trabalho é um eixo que permite refletir como a
sociedade se organiza hoje e esteve organizada em outros tempos.
Ou outros eixos temáticos: cotidiano, poder e sociedade – também merecem uma
explicação de seu significado e do trabalho que lhe será depreendido.
Em relação ao eixo temático Poder, por exemplo, pode-se ampliar o conceito,
avançando em relação ao que frequentemente está presente na coletividade. Amparado ao
senso comum, a idéia do poder vincula-se ao espaço do político, da governabilidade, dos
poderes oficialmente instituídos ou, até mesmo, dos lugares definidos como tais.
Os eixos temáticos poderão ser ferramentas conceituais que possibilitam ler os
diferentes ângulos de uma sociedade. Eles amparam a reflexão de maneira dinâmica,
orientando a análise para além da aparência, desvelando as tramas presentes nas relações
sociais e que num estudo mais apressado poderiam ser ignoradas.
Se as aulas privilegiam o desenvolvimento de operações intelecto motoras, a
avaliação, também operatória, não será um momento de angústia para os alunos. A prova
deve ser coerente com as aulas dadas e com os objetivos essenciais propostos para cada
assunto significativo.
Critérios de Avaliação para o Segundo Ciclo
84
Fundamentos
e Didática da
História I
As questões formuladas precisam ser esclarecedoras. É necessário
contextualizar as perguntas e os problemas colocados. A contextualização da
pergunta pode ser feita por um texto ou por um desenho que o aluno analisará
segundo a questão formulada.
Talvez as propostas de perguntas com texto pareçam um pouco difícil.
Mas é bom lembrar que, se a prova é mais um momento de reflexão e a
aprendizagem é um processo de interlocução coletivo, o professor deve
auxiliar os alunos na hora da prova.
A avaliação também pode conter questões mais objetivas. O fundamental é não montar
questões fragmentadas e desconectadas das discussões de classe. É por meio das
discussões que o professor avalia se atingiu ou não os objetivos propostos.
Para o aluno, a prova é um momento de reflexão e de ampliação dos conhecimentos.
Para
o professor, ela deve ser u, momento de revisão de sua prática pedagógica.
Para o segundo ciclo, prevê-se que, ao final deste, depois de terem vivenciado
inúmeras situações de aprendizagem, os alunos já conseguem dominar alguns conteúdos
e procedimentos. Para avaliar esses domínios adota os seguintes critérios:
Portanto, tomando a visão de Luckesi (1992), pode-se definir a avaliação como
uma ação relacionada à retomada de caminhos e reorganização do planejamento, ao
contrário de verificar, que consiste simplesmente em coletar informações. A avaliação
diferentemente da verificação, envolve um ato que ultrapassa a obtenção de configuração
do objeto de estudo, exigindo decisão do que fazer ante ou com o objeto de estudo. Ela
direciona o objeto numa trilha dinâmica de ação.
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212
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- Reconhecer algumas semelhanças e diferenças que a sua localidade
estabelece com outras coletividades de outros tempos e outros espaços,
nos seus aspectos sociais, econômicos, políticos, administrativos e culturais.
Este critério pretende avaliar se, a partir dos estudos desenvolvidos, o aluno
reconhece algumas relações que a sua coletividade estabelece, no plano
político, econômico, social, cultural e administrativo, com outras localidades,
no presente e no passado, criando com elas vínculos de identidade, de
descendência e de diferenças.
- Reconhecer alguns laços de identidade e/ou diferenças entre os
indivíduos, os grupos e as classes, numa dimensão de tempo de longa
duração. Este critério pretende avaliar se o aluno identifica, em uma
dimensão histórica, algumas das lutas e identidades existentes entre grupos
e classes sociais, discernindo as suas características e os seus contextos
históricos.
- Reconhecer algumas semelhanças, diferenças, mudanças e
permanências no modo de vida de algumas populações, de outras épocas
e lugares.
 (PCN,1997,p.52)
85
Quais as diferenças e semelhanças entre ensinar História para alunos do primeiro
ciclo e do segundo ciclo no ensino fundamental? Analise os objetivos, competências e
habilidades para cada ciclo de aprendizagem.
Como um bom projeto contempla a aprendizagem significativa de uma escola?
Elabore um projeto que contemple as séries iniciais do Ensino Fundamental usando uma
data comemorativa.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade, nem tem hora de chegar,
Sem pedir licença muda a nossa vida. E depois convida
a rir ou chorar.
Leia atentamente a estrofe da música Aquarela, de Toquinho e Vinicius de Moraes.
Como planejar uma aula em que a estrofe dessa música possa ser utilizada para retratar os
conceitos de memória e tempo histórico?
“Se deres um peixe a um homem, ele alimentar-se-á uma
vez; se o ensinares a pescar, alimentar-se-á durante toda a vida.”
 (Kuan-Tsu)
Para refletir...
AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividades
ComplementaresComplementaresComplementaresComplementaresComplementares
11111.....
2.2.2.2.2.
3.3.3.3.3.
86
Fundamentos
e Didática da
História I
Os versos “Sem pedir licença muda a nossa vida. E depois convida a
rir ou a chorar” trás implícito as conseqüências temporais em relação às
desigualdades sociais. Explique como trabalhar com alunos da 4ª série essas
condições diferenciadas tendo como suporte esses versos.
Como a avaliação processual comprova que os alunos do segundo ciclo de
aprendizagem já estão aptos a ingressarem no segundo período do Ensino Fundamental,
ou seja, terceiro ciclo de aprendizagem?
Qual a importância do planejamento das aulas de História para as séries iniciais?
Justifique com algum parágrafo do material impresso.
 As festas sempre foram muito importantes para os brasileiros. Pensando nisso, você
vai planejar uma aula extra-classe com o objetivo dos alunos compreenderem a importância
histórica das festividades na sua cidade, seja religiosas ou populares e quais são elas.
Para isso, o plano deve incluir um roteiro para toda a atividade e o critério de avaliação.
4.4.4.4.4.
5.5.5.5.5.
6.6.6.6.6.
77777.....
87
Caro (a) educando
(a),
Estamos vencendo mais uma etapa da nossa caminhada acadêmica!
Lembremos que a disciplina Fundamentos Histórico I é uma oportunidade para você
vislumbrar mudanças no processo ensino-aprendizagem tornando essencial a efetiva
promoção da cidadania para as séries iniciais do Ensino Fundamental
Finalizando essa parte da caminhada, estaremos direcionando-o para a confecção
da Atividade Orientada, que visa o desenvolvimento de competências e habilidades para a
execução de um planejamento que contemple o 1º e o 2º ciclos do Ensino Fundamental.
A Atividade Orientada deve ser realizada em três etapas, que estão descritas logo
abaixo. Lembre-se que essa atividade pertence à disciplina, e tem caráter obrigatório,
devendo ser realizada e direcionada para a construção de sua prática docente.
ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO
O planejamento é o resultado de uma ação conjunta e participativa das pessoas que
vão se envolver na ação. Ele deve ser fruto de um ato democrático em que todos possam
compartilhar das decisões e responsabilidades.
Um planejamento participativo surge das necessidades do grupo, devido às suas
urgências, dos seus problemas e dos seus objetivos. Uma vez percebidas e analisadas as
urgências e as necessidades, devem partir para o pensar coletivo. A partir da situação deve
ser pensado um processo para tentar modificar a realidade. Feito isso, o grupo passa a ter
condições de criar o seu processo de ação. E da participação grupal vão surgindo às idéias
e a organização até chegarem à execução da prática.
O nosso planejamento deverá considerar uma unidade de trabalho de um bimestre.
Após escolherem a unidade que irão desenvolver o planejamento de História, por série, os
grupos definirão os conteúdos a serem trabalhados nesta unidade, incluindo um dos temas
transversais (ética, pluralidade cultural, meio ambiente, orientação sexual, saúde, trabalho
e consumo), para ser desenvolvido dentro da disciplina História.
O planejamento deverá incluir:
- As competências e habilidades que deverão ser desenvolvidas nos alunos a partir
 da proposta do Parâmetro Curricular Nacional (PCN) de História para 1º e 2º ciclos.
- Os conteúdos a serem trabalhados, incluindo um tema transversal.
- Os procedimentos que os grupos utilização para que o tema proposto traga uma
 aprendizagem significativa para o aluno.
- Os recursos a serem utilizados para a efetivação do planejamento.
- A forma de avaliação ao término dos trabalhos.
AtividadeAtividadeAtividadeAtividadeAtividade
OrientadaOrientadaOrientadaOrientadaOrientada
Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa 11111
88
Fundamentos
e Didática da
História I
MODELO DE PLANEJAMENTO DE UNIDADE
NOME DO COLÉGIO:
CURSO:
SÉRIE:
DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSOR (A):
PLANO DE UNIDADE – ANO _________
ELABORAÇÃO DO PLANO DE AULA
O plano de aula é um instrumento para sistematizar a ação concreta do professor, a
fim de que os objetivos da disciplina sejam atingidos. É a previsão dos conhecimentos e
conteúdos que serão desenvolvidos na sala de aula, a definição dos objetivos mais
importantes, assim como a seleção dos melhores procedimentos e técnicas de ensino,
como também, dos recursos humanos e materiais que serão usados para um melhor ensino
e aprendizagem.
O nosso plano de aula deverá atender ao tema transversal (ética, pluralidade cultural,
meio ambiente, orientação sexual, saúde, trabalho e consumo) já selecionado no Plano de
unidade para trabalhar em sala de aula, na disciplina de História com as séries iniciais.
Sendo que, para o mesmo tema transversal, o grupo deverá elaborar para apenas uma
série do 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental um plano de aula que contemple a
aprendizagem significativa do aluno naquele estágio.
MODELO DE PLANO DE AULA
NOME DO COLÉGIO
CURSO:
SÉRIE:
DISCIPLINA:
PROFESSOR (A):
DURAÇÃO DA AULA:
DATA: ____/____/______
Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa 22222
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COMPETÊNCIAS
E HABILIDADES
CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS RECURSOS AVALIAÇÃO
89
PLANO DE AULA
TEMA: _______________________________________________________
ANÁLISE SOBRE A AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo contínuo, visando acompanhar o progresso do aluno e
suas dificuldades de aprendizagem. Deverá ser realizada de forma cooperativa, envolvendo
alunos, professores e demais agentes educativos.
Leia atentamente o estudo de caso abaixo e realize uma análise sobre o tipo de
avaliação utilizada na aula e responda as questões que se seguem.
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OBJETIVO (S) CONTEÚDO MÉTODO RECURSOS AVALIAÇÃO
Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa 33333
ESTUDO DE CASO
Na periferia da cidade Amarena existe uma escola de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental,
chamada Lápis de Cores. Na escola tem uma professora chamada Keca. Bem querida por
todos na escola: professores, alunos, diretores, secretários, pessoal dos serviços gerais e até
pelos próprios pais que a acham competentíssima. Tanto que já lecionou em todas as séries da
escola. Mas, esse ano a direção lhe confiou a 4ª série.
Um dia a professora Keca planejou a sua aula de História para falar sobre a FORMAÇÃO
DO POVO BRASILEIRO. No primeiro dia da aula começou fazendo a leitura de um texto
explicando para turma a chegada dos grupos étnicos (brancos e negros) para o Brasil e o
contato destes com os primeiros habitantes (os índios). Na sua explanação, a professora Keca
evidenciava para os alunos a viva e concreta participação do índio, do negro e do branco
colonizador e do imigrante para a formação do povo brasileiro com simultaneidade da vivência
desses grupos e suas diferenças sociais, culturais, religiosas, comparando-os, também nos dias
atuais. Com isso, a professora conseguia estabelecer uma noção temporal entre passado e
presente para os alunos. Ressaltou a questão da miscigenação entre os grupos e o extermínio
de alguns grupos indígenas. Ao término da aula, Keca solicitou que os alunos trouxessem para
90
Fundamentos
e Didática da
História I
a próxima aula figuras relacionadas aos grupos étnicos estudados na aula daquele dia.
Na segunda aula, os alunos trouxeram as figuras solicitadas pela professora,
algumas relacionadas à cultura, à religiosidade, a fotografias. Todos trouxeram as
figuras e, de posse do papel-metro, a professora pediu que montassem um painel
indicando a importância daqueles grupos para a formação do provo brasileiro.
Um aluno chamado Nikito - filho de pai japonês e mãe brasileira, mas filha de
italianos - trouxe uma foto de seu pai quando morava no Japão, outra quando ele casou com sua
mãe no Brasil e duas de seus pais com ele e a irmãzinha, brasileiros. Perguntou a professora se a
família dele também fazia parte na FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO, se ela falou tanto
de miscigenação e eles não eram brancos, nem índios, nem negros? Esse fato gerou muita
curiosidade e a classe pediu à professora que falasse sobre o assunto. Ela explicou o que solicitaram
e pediu a Nikito que trouxesse os pais para contarem a sua experiência. O que foi aceito pelos
pais do garoto.
A aula do dia seguinte transcorreu na mais pura animação, os pais de Nikito falavam e os
alunos ficavam satisfeitos com as informações. Foram várias perguntas, a curiosidade aguçada e
faziam analogias com o assunto explicado pela professora. Ficaram contentes.
Depois do conteúdo trabalhado, professora Keca resolveu avaliar os alunos para diagnosticar
se realmente eles aprenderam sobre o tema proposto. Elaborou uma prova com dez questões
objetivas de múltipla escolha, valendo 10,0(dez) pontos onde abordava apenas a contribuição
do negro, do índio e do branco colonizador. Os meninos ficaram tão nervosos com as perguntas
que 80% dos alunos ficaram
com a nota abaixo de 5,0(cinco) pontos.
O tipo de avaliação aplicada no estudo de caso contempla a concepção de avaliação
tradicional ou progressista da aprendizagem? Justifique a sua resposta utilizando
um referencial teórico e exemplo do texto.
Quais as características que uma avaliação deve conter para que o professor
diagnostique se os conteúdos trabalhados em sala de aula atingiram uma
aprendizagem significativa para o aluno?
Reescreva o estudo de caso e aborde um tipo de avaliação, em que a professora
pudesse diagnosticar se o conteúdo trabalhado nas aulas atingiu uma aprendizagem
significativa para os seus alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental para a
disciplina de História.
Consultando o PCN de História sobre avaliação, pode-se ter uma visão abrangente
da proposta para o 1º e 2º ciclos (1ª a 4ª série) do Ensino Fundamental. Convém que se
reporte até os Parâmetros Curriculares Nacionais (através do site do Ministério da Educação
e Cultua, ou os volumes disponíveis nas unidades escolares e bibliotecas de seu município)
e façam uma leitura do capítulo avaliação para que possam responder com segurança os
itens acima.
Sugerimos que todos os membros da equipe participem ativamente na elaboração
de cada etapa da atividade orientada, com atenção, compromisso, participação, espírito
de equipe e organização. Atitudes como essa em muito lhes serão úteis ao desenvolvimento
de suas habilidades e competências para exercer a sua profissão de educador.
2
3
1
91
Na intenção de uma comunicação eficaz e eficiente entre o leitor e as informações
pretendidas, elaboramos um registro de conceitos-chave. Nossa expectativa é que favoreçam
a compreensão dos princípios e processos expressos na parte teórica e permitam com
maior certeza o alcance dos objetivos propostos.
 AUTONOMIA – independência administrativa de se dirigir por leis próprias uma
comunidade, região, país, partido político, sindicato, etc.
 CICLO – série de fenômenos que se sucedem numa ordem determinada; seqüência
de fenômenos que se renovam periodicamente.
 CIDADANIA – relação entre o indivíduo e o país em que vive. Qualidade ou estado
do cidadão.
 CONTEÚDOS – informações, conceitos básicos, atitudes, hábitos e habilidades a
serem dominados pelo educando.
 CULTURA – conjunto de bens materiais que caracterizam um determinado
agrupamento humano. A cultura compreende um conjunto complexo que inclui conhecimentos,
artes, leis, crenças, moral, costumes, enfim tudo o que o ser humano adquire como membro
de sua comunidade.
 DEMOCRÁTICO – é a forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo,
o qual delega poderes a representantes periodicamente eleitos.
 DIÁLETICO – que concerne a arte do diálogo. Diz-se de todo o processo que é
incessante, progressivo, movido por oposições violentas e que avança por rupturas.
 EDUCAÇÃO – transmissão cultural das gerações adultas às gerações mais jovens;
a ação exercida pela geração adulta sobre a imatura, com o fim de suscitar e desenvolver
certo número de estados físicos, intelectuais e morais reclamados pela sociedade em seu
conjunto e pelo meio especial a que o indivíduo se destina.
 ÉTICA – estudos de juízos de apreciação, de valores referentes à conduta humana,
e suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal.
 FAMÍLIA – primeiro grupo social a que pertencemos; é uma instituição social
constituída pelo conjunto de pessoas unidas por vínculos de parentesco e consagüineidade.
 ICONOGRÁFICO – a arte da grafia das imagens
 LÚDICO – referentes a brincadeiras, jogos, diversões para possibilitar a
compreensão do processo de aprendizagem.
 PADROADO - O padroado era uma espécie de entendimento não-escrito entre a
Coroa portuguesa e a Igreja, pelo qual a Igreja tinha poderes espirituais, mas ao mesmo
tempo a Coroa tinha um controle na nomeação de eclesiásticos e era também responsável
GlossárioGlossárioGlossárioGlossárioGlossário
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Fundamentos
e Didática da
História I
pelo pagamento do clero, dos padres que vinham para o Brasil – não das
ordens religiosas, mas do chamado clero secular.
 PLANISFÉRIO – representação duma esfera ou globo num plano;
representa os dois hemisférios terrestres ou celestes numa superfície plana.
 PLANO – instrumento que registra as decisões tomadas em termos
de objetivos, conteúdos, estratégias e avaliação para cada etapa de ensino, em função de
prioridades detectadas em classe.
 PROCESSO MIGRATÓRIO - No Brasil apresenta duas grandes marcas. Com a
colonização do país, desde o século XVI vieram para cá europeus e negros africanos que
compuseram a ocupação do Brasil. E na segunda metade do século XIX, somam-se dois
processos, que resultam num rearranjo daquele momento inicial: a expansão da fronteira
econômica e um processo gradativo de abolição da escravidão. Ambos convergiam para a
decisão dos colonizadores em ampliar a participação de brancos europeus na formação
da população brasileira. Este quadro propiciou a vinda de outros europeus - italianos,
alemães, austríacos, húngaros, eslavos, sírios, libaneses, suíços - que, mais tarde, se juntam
aos asiáticos.
 PROJETOS – apresentam elucidação completa sobre o desenvolvimento que se
pretende dar a determinada operação.
 UNIDADE DE TRABALHO – é um conjunto de experiências desenvolvidas ao redor
de um assunto central que desperta interesse dos alunos.
93
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aprendizagem significativa e competência no dia-a-dia. Campinas: Papirus, 2001
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FTC - EaD
Faculdade de Tecnologia e Ciências - Educação a Distância
Democratizando a Educação.
www.ftc.br/ead
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