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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE TURISMO Matriz Teórica Disciplina: Antropologia Aplicada ao Turismo Professora: Helena Doris de A. Barbosa Quaresma Aluno: Flavio Henrique Souza Lobato Matricula: 12130001401 Identificação do Texto (ABNT) SANTOS, R. J. Antropologia para quem não vai ser antropólogo. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2005. p. 22 – 53. Objetivo do Autor Levantar o contexto histórico e cultural da evolução da Antropologia, a fim de se tentar facilitar o entendimento do estudo de forma clara e objetiva, mostrando a mudança de paradigmas e de objetos de estudo, evidenciando as influências intelectuais (Evolucionismo Social, Positivismo, Meio e raça etc.) marcantes entre os pensadores nos contextos históricos, mostrando, ainda, as diferenças e semelhanças entre as correntes teóricas dos Estados Unidos, França e Inglaterra. Além é claro, de procurar enfatizar as diferenças entre Antropologia e sociologia e as relações intrínsecas ou não entre ambas, buscando, ainda, mostrar a compreensão do seria a Antropologia e seu objeto de estudo . Estrutura do Texto - Evolucionismo Social e Positivismo, Meio e Raça. Evolucionismo Social O positivismo Meio e Raça - Etnocentrismo E as visões vão mudando... - O trabalho de Campo: O antropólogo “dança com lobos” - Enquanto isso, na França. Postulados do Autor (p.) 1- p. (22) “Em ambas as teorias... (de Lamarck e Darwin)... a idéia básica era de que os seres vivos evoluíam dos mais ‘simples’ para os mais ‘complexos’.” 2- p. (22) “O evolucionismo, como explicação para a origem das espécies animais, representou um grande avanço frente às explicações religiosas dominantes da época”. 3- p. (22) “... o evolucionismo empolgou também pensadores de outras áreas, que resolveram adaptar o modelo, construído para entender a natureza, ao estudo das sociedades”. 4- p. (23) “... a sociedade europeia formava a si mesma como medida de civilização, atribuindo às sociedades tribais um perfil ‘inferior’. No caso de Morgan, os habitantes nativos do oeste norte-americano não haviam, ainda alcançado o grau de ‘civilização’ da população banca do leste.”. 5- p. (24) “Um desses otimistas da ciência era o filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), que pensou na possibilidade de uma ciência da sociedade que se baseasse nos mesmos métodos de observação das ciências naturais.” 6- p. (25) “ ...sociólogos e antropólogos perceberam que não é possível estudar homens e mulheres em sociedade da mesma maneira que um biólogo ou matemático. E por quê? Pelo fato de nós seres humanos, sermos dotados da capacidade de criar sentidos para a vida...” 7- p. (25) “Comte (França) As explicações que os homens dão aos fenômenos passam por três fases: Fase Teológica ou fictícia Fase Metafísica ou abstrata Fase Cientifica ou positiva Morgan (EUA) Estágios do pensamento humano: Magia Religião Ciência Frazer (Inglaterra) Fases do desenvolvimento das sociedades: Selvageria Barbárie Civilização” 8- p. (25) “... que as explicações sobrenaturais, filosóficas e científicas não mantém entre si uma relação de “evolução”. Trata-se na verdade, de explicações diferentes que dependem, entre outras coisas, dos contextos culturais.” 9- p. (26) “... a idéia de que as sociedades evoluem... passou a ser questionada a partir do momento em que os antropólogos foram travando um contato mais estreito com sociedades nativas, indígenas, e percebendo que suas estruturas, seus sistemas simbólicos, suas cosmologias e, não menos importante, sua língua, caracterizavam-se por uma complexidade imensa.”. 10- p. (27) “... o homem é um “produto do meio” foi, durante algum tempo, a explicação que alguns geógrafos e antropólogos utilizavam, não só para explicar a variedade de culturas, mas também para hierarquizá-las, Isto é, classificá-las em mais ou menos desenvolvidas.”. 11- p. (29) “O determinismo biológico serviu também para justificar uma suposta superioridade racial como, por exemplo, a dos “arianos” durante o período de Hitler na Alemanha.”. 12- p. (29) “Entretanto, apenas para registro, convido para um breve registro de imaginação: uma criança nascida na Itália, que seja retirada imediatamente de seus pais é levada para o Japão, onde irá crescer dentro de uma família japonesa e estudar em escolas locais. Sua língua materna será o japonês, e nada nos garante que ela gostará “naturalmente” de macarronada.”. 13- p. (34) “... a cultura é exclusivamente humana, inclusive através dela nós transformamos o que nos é dado pela natureza, uma transformação tanto no sentido do trabalho – que é uma forma material de transformação da natureza – como em termos de atribuição de significados.”. 14- p. (34) “... ele consiste em uma postura na qual tomamos a nossa sociedade e a nossa cultura, nossos valores práticas e crenças, como medida para julgar valores práticas e crenças, enfim, tudo o que possui culturas diferentes da nossa.”. 15- p. (45) “Pensando assim, Durkheim, estabeleceu a base para uma ciência da sociedade: a Sociologia, mas abriu também uma nova perspectiva para a Antropologia. Lembre–se que para esta ciência as explicações biológicas não servem para a compreensão das culturas. Um dado importante: se nos Estados Unidos a Antropologia, pela influencia de Boas, seria chamada de “Cultural”, na França ela ganharia o adjetivo “Social”, justamente ao enfoque dado por Durkheim.” 16- p. (48) “... a partir de Durkheim, na França, desenvolve-se um tipo de pensamento antropológico – e também sociológico – muito voltado para o estudo das “representações coletivas”: magia, religião, sistemas de classificação da natureza, mitos, enfim, uma série de temas que estamos acostumados a pensar como fenômenos que dependem simplesmente da cabeça de cada um. O que “anda pelas cabeças”, aquilo que homens e mulheres pensam, imaginam, representam, deixou de ser domínio único da psicologia para transforma-se em objeto de estudo que pudessem dizer algo a respeito da sociedade da qual se vive.” 17- p. (49) “É bom frisar que, mesmo não coletando dados em campo, Mauss não tirava coelhos da cartola, nem se fundamentava, como os antropólogos do século XIX, em relatos imprecisos, de missionários e viajantes.” 18- p. (50) “Através da troca de presentes poderíamos estudar uma série de aspectos de nossa cultura. Se Marcel Mauss estivesse ao nosso lado observando tudo isso ele diria que estávamos frente a um ‘Fato Social Total’, pois além de ser ‘social’ ele é também uma espécie de resumo de toda a sociedade, sintetizando sua economia, suas leis, sua religião, seu sistema de parentesco e de alianças...” Considerações Finais O contexto histórico-cultural da antropologia é revestido de muitas nuanças, devido as grandes e extensas influências que esta sofreu, das mais variadas correntes teóricas (Ciências Naturais, Evolucionismo Social, Positivismo, Meio e raça etc.) e que segundo SANTOS (2005) desdobram-se até os dias atuais de forma bastante forte e pertinente “em nossas explicações espontâneas sobre a vida social e cultural”. E, é neste sentido, que muitos dos “pré-conceitos” intrínsecos e tão pertinentes em nossa sociedade, nos faz pensar que viemos (nascemos) hereditariamente carregados com “genes preconceituosos”, baseados nas teorias dos determinismos biológico e geográfico que difundiam a ideia de que existem povos hierarquicamente melhores que outros. Pôde-se concluir ainda que a Antropologia e a Sociologia a pesar de estudarem o “homem” esta não são iguais e muito menos estudam o homem de maneira igual como muitos dos leigos pensam. A primeira por sua vez estuda as culturas - diferenças e semelhanças – estudando inclusive as diferenças e semelhanças genéticas, através de escavações, em conjunto com profissionais das mais diferentes áreas. ( Exemplos: povos pré-letrados, organização familiar, religiões, etc). Em outro temos, o estudo antropológico se faz necessário para se entender às diferenças e semelhanças entre as culturas, as ações produzidas pelos indivíduos pertencentes a cada meio e o porquê delas. Já a Sociologia estuda as relações sociais, as interações em sociedade, como a esfera social se manifesta e conserva seus valores. (Ex. os grupos sociais, a mobilidade social, os processos de cooperação e conflito na sociedade).