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Página 1
 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
Composição química e bioquímica- Metabolismo
ESTRUTURA QUÍMICA E METABOLISMO CELULAR
A Citologia estuda a célula, sua estrutura e funções. No entanto para podermos entender bem uma célula
precisamos primeiro conhecer do que ela é feita.
Componentes químicos da célula
CONSTITUINTES
CÉLULAS
ANIMAIS
%
CÉLULAS
VEGETAIS
%
Água 60 75
Substâncias minerais 4,3 2,45
Substâncias
orgânicas
Glicídios 6,2 18,0
Lipídios 11,7 0,5
Proteínas 17,8 4,0
Água
Um dos componentes básicos da célula é a água. A água é solvente universal; para que as substâncias
possam se encontrar e reagir, é preciso existir água.
A água também ajuda a evitar variações bruscas de temperatura, pois apresenta valores elevados de calor
específico, calor de vaporização e calor de fusão.
Organismos pecilotérmicos não podem viver em lugares com temperaturas abaixo de zero, pois como não
são capazes de controlar a temperatura do corpo a sua água congelaria e os levaria à morte.
Nos processos de transporte de substâncias, intra e extracelulares, a água tem importante participação,
assim como na eliminação de excretas celulares.
A água também tem função lubrificante, estando presente em regiões onde há atrito, como por exemplo,
nas articulações.
Variação da taxa de água nos seres vivos.
A quantidade de água varia de acordo com alguns fatores:
1º - Metabolismo: é o conjunto de reações químicas de um organismo, podendo ser classificado como
metabolismo energético e plástico. Quanto maior a atividade química (metabolismo) de um órgão, maior o
teor hídrico.
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Quantidade de água em porcentagens do
 peso total em alguns órgãos humanos
 Encéfalo de embrião 92,0
 Músculos 83,4
 Cérebro 77,8
 Pulmões 70,9
 Coração 70,9
 Osso 48,2
 Dentina 12,0
2º - Idade: o encéfalo do embrião tem 92% de água e o do adulto 78%.A taxa de água em geral decresce
com a idade.
3º - Espécie: na espécie humana há 64% de água e nas medusas (água-viva) 98%.Esporos e sementes
vegetais são as estruturas com menor proporção de água (15%). 
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
Sais Minerais
Aparecem na composição da célula sob duas formas básicas: imobilizada e dissociada. Se apresentam sob
a forma imobilizada como componentes de estruturas esqueléticas (cascas de ovos, ossos, etc.). Sob
forma dissociada ou ionizada aparecem como na tabela abaixo:
Cálcio
(Ca2+)
Componente dos ossos e dentes. Ativador de certas enzimas. Por exemplo : enzimas da
coagulação .
Magnésio
( Mg2+) Faz parte da molécula de clorofila; é necessário, portanto , à fotossíntese. 
Ferro
(Fe2+)
Presente na hemoglobina do sangue, pigmento fundamental para o transporte de oxigênio.
Componente de substâncias importantes na respiração e na fotossíntese (citocromos e
ferrodoxina). 
Sódio
(Na+)
Tem concentração intracelular sempre mais baixa que nos líquidos externos. A membrana
plasmática, por transporte ativo, constantemente bombeia o sódio, que tende a penetrar por
difusão. Importante componente da concentração osmótica do sangue juntamente com o K
. 
Potássio
(K+)
É mais abundante dentro das células que fora delas. Por transporte ativo, a membrana
plasmática absorve o potássio do meio externo. Os íons sódio e potássio estão envolvidos nos
fenômenos elétricos que ocorrem na membrana plasmática, na concentração muscular e na
condução nervosa. 
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Fosfato
(PO4-3)
Componente dos ossos e dentes. Está no ATP, molécula energética das atividades celulares.
É parte integrante do DNA e RNA, no código genético. 
Cloro
(Cl-) Componente dos neurônios (transmissão de impulsos nervosos ). 
Iodo
(I-) Entra na formação de hormônios tireoidianos. 
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
Glicídios
Os glicídios são também conhecidos como açúcares, sacarídios, carboidratos ou hidratos de carbono. São
moléculas compostas principalmente de: carbono, hidrogênio, oxigênio. Os açúcares mais simples são os
monossacarídios, que apresentam fórmula geral . O valor de n pode variar de 3 a 7 conforme o
tipo de monossacarídio. O nome do açúcar é dado de acordo com o número de átomos de carbono da
molécula, seguido da terminação OSE. Por exemplo, triose, pentose,hexose. São monossacarídios
importantes: glicose, frutose, galactose, ribose e desoxirribose.
n Fórmula Nome
3 Triose
4 Tetrose
5 Pentose
6 Hexose
7 Heptose
A junção de dois monossacarídeos dá origem a um dissacarídio.Ex. sacarose.
Quando temos muitos monossacarídeos ligados, ocorre a formação de um polissacarídeo, tal como o
amido, o glicogênio, a celulose, a quitina, etc.
Os glicídios são a fonte primária de energia para as atividades celulares, podendo também apresentar
funções estruturais, isto é, formar estruturas celulares. Enquanto as plantas produzem seus próprios
carboidratos, os animais incorporam-nos através do processo de nutrição.
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(conjunto das transformações químicas)
Metabolismo
Anabolismo - reações químicas de síntese, que "juntando"moléculas simples produzem
moléculas maiores
Catabolismo - reações químicas de análise (decomposição) que "quebrando" moléculas
grandes separam suas unidades menores
Tabela - Monossacarídeos
 Carboidrato Papel biológico
Pentoses
Ribose Uma das matérias-primas necessárias à produção de ácido ribonucléico.
Desoxirribose Matéria-prima necessária à produção de ácido desoxirribonucléico (DNA).
Hexoses
Glicose
é a molécula mais usada pelas células para obtenção de energia. é fabricada
pelas partes verdes dos vegetais, na fotossíntese. Abundante em vegetais, no
sangue, no mel.
Frutose Outra hexose, também com papel fundamentalmente energético.
Galactose Um dos monossacarídeos constituinte da lactose do leite. Papel energético.
Tabela
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Carboidrato Monossacarídeos
constituintes
Onde é encontrado e papel
biológico
DISSACARÍDEOS
Sacarose glicose + frutose
Em muitos vegetais. Abundante na
cana-de-açúcar e na beterraba. Papel
energético.
Lactose glicose + galactose Encontrado no leite. Papel
energético.
Maltose glicose + glicose
Encontrado em alguns vegetais.
Provém da digestão do amido no
tubo digestivo de animais. Papel
energético.
POLISSACARÍDEOS
Amido muitas moléculas de glicose
Encontrados em raízes, caules e
folhas. O excesso de glicose
produzido na fotossíntese é
armazenado sob forma de amido.
Celulose muitas moléculas de glicose
Componente esquelético da parede
de células vegetais, funcionando
como reforço. é o carboidrato mais
abundante na natureza.
Glicogênio muitas moléculas de glicose
Encontrado no fígado e nos
músculos. Constitui a reserva
energética dos animais.
IDENTIFICAÇÃO PRÁTICA DE ALGUNS CARBOIDRATOS
Reagente Lugol
(cor castanho-clara)
identificação de amido (polissacarídeo).l 
muda sua cor para azul-violeta (roxa).l 
Reagente Benedict
(cor azul)
aquecido na presença de glicose forma um precipitadoamarelo-escuro
(alaranjado).
l 
aquecido na presença de sacarose forma um precipitado amarelo-claro.l 
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Lipídios
A principal propriedade deste grupo de substâncias é o fato de serem insolúveis em água. Essas
substâncias são formadas por C, H e O, mas em proporções diferentes da dos carboidratos.
Fazem parte deste grupo as gorduras, os óleos, as ceras e os esteróides. As gorduras e os óleos formam o
grupo dos triglicerídios, pois, por hidrólise, ambos liberam um álcool chamado glicerol e 3 "moléculas"
de ácidos graxos. O ácido graxo pode ser saturado ou insaturado. O saturado é aquele onde há somente
ligações simples entre os átomos de carbono, como por exemplo, o ácido palmítico e o ácido esteárico. O
ácido graxo insaturado possui uma ou mais ligações duplas entre os carbonos, como, por exemplo, o ácido
oléico.
R = 10 ou mais átomos de carbono.
Um lipídio é chamado "gordura" quando está no estado sólido à temperatura ambiente; caso esteja no
estado líquido será denominado "óleo".
As ceras são duras à temperatura ambiente e macias quando são aquecidas. As ceras, por hidrólise, liberam
"uma" molécula de álcool e ácidos graxos, ambos de cadeia longa.
Os esteróides são lipídios de cadeia complexa. Como exemplo pode-se citar o colesterol e alguns
hormônios: estrógenos, testosterona.
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IDENTIFICAÇÃO PRÁTICA DE LIPÍDIOS
 Sudam III
 (vermelho)
insolúvel em água; flutua na água, por ter menor densidade.l 
solúvel em lipídios, os quais cora em vermelho, flutuando ambos na
superfície da água.
l 
Funções dos lipídios nos seres vivos.
a) são constituintes da membrana plasmática e de todas as membranas internas da célula (fosfolipídios);
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b) fornecem energia quando oxidados pelas células. São normalmente usados como reserva energética;
c) fazem parte da estrutura de algumas vitaminas (A, D, E e K);
d) originam alguns hormônios (andrógenos, progesterona, etc.);
e) ajudam na proteção, pois as ceras são encontradas na pele, nos pêlos, nas penas, nas folhas, impedindo
a desidratação dessas estruturas, através de um efeito impermeabilizante.
 
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Proteínas
São os principais constituintes estruturais das células. Elas têm três papéis fundamentais:
1º - estruturam a matéria viva(função plástica), formando as fibras dos tecidos;
2º - aceleram as reações químicas celulares (catálise) - neste caso as proteínas são chamadas de enzimas
(catalisadores orgânicos);
3º funcionam como elementos de defesa (anticorpos).
As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas pela junção de muitos aminoácidos (AA). Os
aminoácidos são as unidades (monômeros) que constituem as proteínas (polímeros). Qualquer aminoácido
contém um grupo carboxila e um grupo amina.
A fórmula geral de um aminoácido está representada abaixo:
A ligação química entre dois AA chama-se ligação peptídica, e acontece sempre entre o C do radical
ácido de um AA e o N do radical amina do outro AA.
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Quando a ligação ocorre entre 2 AA chamamos a molécula formada de dipeptídio. Quando ocorre com 3
AA chamamos de tripeptídio. Acima de 4 AA a molécula é chamada de polipeptídio. As proteínas são
sempre polipeptídios (costuma ter acima de 80 AA).
IDENTIFICAÇÃO PRÁTICA DE PROTEÍNAS
 Reagente Millon
 (incolor) aquecido forma um precipitado vermelho com a proteína.l 
 Reação do Biureto 
 (CuSO4 + NaOH)
 (cor azul)
 muda a cor azul-clara para violácea (arroxeada).l 
Existem vinte tipos diferentes de AA que fazem parte das proteínas. Um mesmo AA pode aparecer várias
vezes na mesma molécula.
Aminoácidos
essenciais
Aminoácidos
não essenciais
Histidina (His) Alanina (Ala)
Isoleucina (Iso) Arginina (Arg)
Leucina (Leu) Asparagina (Asn)
Lisina (Lis) Ácido aspártico (Asp)
Metionina (Met) Cisteína (Cis)
Fenilalanina (Fen) Ácido glutâmico (Glu)
Treonina (Tre) Glicina (Gli)
Triptofano (Tri) Glutamina (Gln)
Valina (Val) Prolina (Pro)
 
Serina (Ser)
Tirosina (Tir)
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Parte desses AA são essenciais (precisam ser obtidos da alimentação), a partir dos quais o organismo pode
sintetizar todos os demais (AA naturais).
O que diferencia um AA de outro é o radical R.
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
Se o número de aminoácidos, que formam determinada molécula, for superior a 80, convencionalmente,
ela será chamada de proteína. Apesar de existirem somente 20 AA, o número de proteínas possível é
praticamente infinito.
As proteínas diferem entre si devido:
a) a quantidade de AA na molécula,
b) os tipos de AA,
c) a seqüência dos AA na molécula.
Duas proteínas podem ter os mesmos AA nas mesmas quantidades, porém se a seqüência dos AA for
diferente, as proteínas serão diferentes. Exemplo: imagine que cada letra da palavra AMOR seja um AA.
Quantas palavras diferentes podemos escrever com essas letras?
ROMA, MORA, OMAR, RAMO, etc.
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A seqüência dos AA na cadeia polipeptídica é o que chamamos de estrutura primária da proteína. Se a
estrutura primária de uma proteína for mudada, a proteína é mudada. A estrutura primária é importante
para a forma espacial da proteína.
O fio protéico (estrutura primária) não fica esticado, mas sim enrolado como um fio de telefone (forma
helicoidal), devido à projeção espacial da ligação peptídica.Essa forma é chamada de estrutura
secundária.
Em muitas proteínas a própria hélice (estrutura secundária) sofre dobramento sobre si mesma, adquirindo
forma globosa chamada de estrutura terciária.
É essa estrutura terciária (espacial = tridimensional) que determina a função biologicamente ativa,
fazendo a proteína trabalhar como enzima, anticorpo, etc.
Vários fatores tais como, temperatura, grau de acidez (pH), concentração de sais e outros podem
alterar a estrutura espacial de uma proteína, sem alterar a sua estrutura primária. Este fenômeno é
chamado de desnaturação.
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Uma das funções das proteínas é a função estrutural, pois fazem parte da arquitetura das células e tecidos
dos organismos.PROTEÍNAS ESTRUTURAIS
PROTEÍNA PAPEL BIOLÓGICO
Colágeno
Proteína presente nos ossos, cartilagens e tendões, e também na pele. Aumenta a
resistência desses tecidos à tração. 
Queratina
Recobre a superfície da pele dos vertebrados terrestres. É o mais abundante
componente de unhas, garras, corpos, bicos e pêlos dos vertebrados.
Impermeabilizando as superfícies corpóreas, diminuindo a desidratação. 
 Actina e miosina Principais constituintes do músculo. Responsáveis pela contratilidade do músculo.
Albumina Proteína mais abundante do plasma sangüíneo, conferindo-lhe viscosidade, pressão
osmótica e função tampão. 
Hemoglobina Proteína presente nas hemácias. Relacionada ao transporte de gases pelas células
vermelhas do sangue. 
Além da função estrutural as proteínas atuam como catalisadoras das reações químicas que ocorrem nas
células. São as enzimas. A maior parte das informações contidas no DNA dos organismos, é referente
à fabricação de enzimas.
Cada reação que ocorre na célula necessita de uma enzima específica, isto é, uma mesma enzima não
catalisa duas reações diferentes. A especificidade das enzimas é explicada pelo modelo da chave
(reagente) e fechadura (enzima). A forma espacial da enzima deve ser complementar à forma espacial
dos reagentes (substratos). As enzimas não são descartáveis, uma enzima pode ser usada diversas vezes. A
desnaturação de uma enzima implica na sua inatividade, pois perdendo sua forma espacial ela não
consegue mais se encaixar ao seu substrato específico.
HOLOENZIMA = APOENZIMA + COENZIMA + COFATOR
 
(enzima conjugada) (proteína) (orgânica) (inorgânica)
estrutura 3
 
VITAMINA sal=íon
(atividade biológica) 
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O inibidor enzimático tem forma semelhante ao substrato (reagente). Encaixando-se na enzima, bloqueia
a entrada do substrato, inibindo a reação química.
A temperatura é um fator importante na velocidade da atividade enzimática. A velocidade da reação
enzimática aumenta com o aumento da temperatura até certo limite, então a velocidade diminui
bruscamente. Para cada tipo de enzima existe uma temperatura ótima. Para os seres humanos, a
maioria das enzimas tem sua temperatura ótima de funcionamento entre 35 e 40º C.
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
Muitas enzimas para poderem funcionar precisam de um " ajudante" chamado de cofator. Os cofatores
podem ser íons metálicos, como o cobre, zinco e manganês. Se o cofator é uma substância orgânica, ele é
denominado coenzima. A maioria das vitaminas necessárias ao nosso organismo atua como coenzima.
Vitaminas são substâncias orgânicas essenciais, que têm de ser obtidas do alimento, uma vez que o
organismo não consegue fabricá-las.
 
VITAMINAS
 
HOLOENZIMA = APOENZIMA + COENZIMA + COFATOR
 
(enzima conjugada) (proteína) (orgânica) (inorgânica)
 estrutura 3
 
 
 VITAMINA sal = íon
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(atividade biológica) 
 VITAMINAS
Vitaminas Uso no corpo deficiência Principais fontes
A
antixeroftálmica
Necessária para o
crescimento normal e
para o funcionamento
normal dos olhos, do
nariz, dos pulmões.
Previne resfriados e
várias infecções . Evita
a “cegueira noturna”. 
Cegueira noturna;
xeroftalmia, “olhos
secos” em crianças;
cegueira total. 
Vegetais
amarelos 
(cenoura, abóbora,
batata doce, milho),
pêssego, nectarina,
abricó, gema de ovo,
manteiga,
fígado. 
B1
(tiamina)
Auxilia na oxidação
dos carboidratos.
Estimula o apetite.
Mantém o tônus
muscular e o bom
funcionamento do
sistema nervoso.
Previne beribéri. 
Perda de apetite, fadiga
muscular, nervosismo,
beribéri (homem) e
polineurite (pássaros). 
Cerais na forma
integral e pães,
feijão, fígado, carne
de porco, ovos,
fermento de padaria,
vegetais de
folhas. 
B2
(riboflavina)
Auxilia na oxidação
dos alimentos.
Essencial à respiração
celular. Mantém a
tonalidade saudável da
pele. Atua na
coordenação motora. 
Ruptura da mucosa da
boca, dos lábios, da língua
e das bochechas. 
Vegetais de folhas
(couve, repolho,
espinafre etc), carnes
magras, ovos,
fermento de padaria,
fígado, leite.
B (PP)
(ácido nicotínico)
Mantém o tônus
nervoso e muscular e o
bom funcionamento do
aparelho digestório.
Previne a pelagra. 
Inércia e falta de
energia, nervosismo
extremo, distúrbios
digestivos, pelagra
(homem) e língua preta
(cães).
Lêvedo de cerveja,
carnes magras, ovos,
fígado, leite.
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B6
(piridoxina)
Auxilia a oxidação dos
alimentos. Mantém a
pele saudável.
Doenças de pele,
distúrbios nervosos,
inércia e extrema apatia.
Lêvedo de cerveja,
cereais integrais,
fígado, carnes
magras, peixe,
leite. 
B12
(cianocobalamina)
Importante para a
maturidade das
hemácias. 
Anemia perniciosa.
Fígado. Leite e seus
derivados, em
carnes, peixes, ostras
e leveduras. 
(ácido ascórbico)
C
Anti-escorbútica
Previne infecções.
Mantém a integridade
dos vasos sangüíneos e
a saúde dos dentes.
Previne escorbuto.
Inércia e fadiga em
adutos, insônia e
nervosismo em crianças,
sangramento das
gengivas, inflamações
nas juntas, dentes
alterados, escorbuto.
Frutas cítricas
(limão, lima,
laranja), tomate,
couve, repolho e
outros vegetais de
folha, pimentão,
morango, abacaxi,
goiaba, caju.
(ergosterol = precursor da
vitamina D)
D
Anti-raquítica
Atua no metabolismo
do cálcio e do fósforo.
Mantém os ossos e os
dentes em bom estado.
Previne o raquitismo.
Problemas nos dentes,
ossos fracos, contribui
para os sintomas da
artrite, raquitismo,
osteomalácia (adultos).
Lêvedo, óleo de
fígado de bacalhau,
gema de ovo,
manteiga 
(- tocoferol)
E
Anti-oxidante
Promove a fertilidade.
Previne o aborto. Atua
no sistema nervoso
involuntário , no
sistema muscular e nos
músculos
involuntários. 
Esterilidade do macho,
aborto. Oxidação de
ácidos graxos
insaturados e enzimas
mitocondriais. 
Óleo de germe de
trigo, carnes magras,
laticínios, alface,
óleo de amendoim.
Anti- hemorrágica
Atua na coagulação do
sangue. Previne
hemorragias.
Hemorragias
prolongadas: retarda o
processo de cogulação. 
Vegetais verdes,
tomate, castanha,
espinafre, alface,
repolho, couve, óleos
vegetais. 
 
2_2
 
Página 1
 
Matérias > Biologia > Citologia > Membrana Plasmática > Composição Química - Modelos; Funções;
especializações
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Composição Química - Modelos;
Funções; especializações
A membrana plasmática será selecionadora das substâncias que a célula troca com o ambiente externo.
Devido à sua fragilidade, na maioria das vezes apresenta envoltório externo que lhe dá proteção ou
sustentação física: membrana celulósica (células vegetais) e glicocálix (células animais). O glicocálix é
composto por emaranhado de moléculas glicídicas: dá proteção contra agentes físicos ou químicos
externos à célula; retém nutrientes ou enzimas na sua superfície.
a) Propriedades e constituição química.
A membrana plasmática é invisívelao microscópio óptico comum, porém sua presença já havia sido
proposta pelos citologistas muito antes do surgimento do microscópio eletrônico. Mesmo hoje ainda
restam ser esclarecidas muitas dúvidas a seu respeito.
A membrana celular é composta de fosfolipídios e proteínas, assim como todas as membranas que fazem
parte das estruturas membranosas da célula, tais como: retículos, lisossomos, mitocôndrias, plastos, etc.
Ela apresenta certa elasticidade e permeabilidade seletiva, isto é, para certos tipos de moléculas ela é
permeável e para outras ela é impermeável.
b) Estrutura.
Atualmente o modelo mais aceito é o MODELO DO MOSAICO FLUIDO proposto por Singer e
Nicholson. Segundo esse modelo, a membrana seria composta por duas camadas de fosfolipídios onde
estão depositadas as proteínas. Algumas dessas proteínas ficam aderidas à superfície da membrana,
enquanto outras estão totalmente mergulhadas entre os fosfolipídios; atravessando a membrana de lado a
lado. A flexibilidade da membrana é dada pelo movimento contínuo dos fosfolipídios; estes se deslocam
sem perder o contato uns com os outros.
As moléculas de proteínas também têm movimento, podendo se deslocar pela membrana, sem direção.
c) Funções
A membrana plasmática contém e delimita o espaço da célula, mantém condições adequadas para que
ocorram as reações metabólicas necessárias. Ela seleciona o que entra e sai da célula, ajuda a manter o
formato celular, ajuda a locomoção e muito mais.
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especializações
As diferenciações da membrana plasmática
Em algumas células, a membrana plasmática mostra modificações ligadas a uma especialização de função.
Algumas dessas diferenciações são particularmente bem conhecidas nas células da superfície do intestino.
a) Microvilosidades
São dobras da membrana plasmática, na superfície da célula voltada para a cavidade do intestino.
Calcula-se que cada célula possui em média 2.500 microvilosidades. Como conseqüência de sua
existência, há um aumento apreciável da superfície da membrana em contato com o alimento.
b) Desmossomos
São regiões especializadas que ocorrem nas membranas adjacentes de duas células vizinhas. São espécies
de presilhas que aumentam a adesão entre uma célula e a outra.
c) Interdigitações
Como os desmossomos também têm um papel importante na coesão de células vizinhas.
 
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Permeabilidade
O transporte através da membrana
a) Difusão
No fenômeno de difusão, as moléculas de soluto e solvente, num meio líquido, tendem a se distribuir de
maneira homogênea. O movimento das moléculas se dá no sentido de equilibrar a concentração da
solução.
SOLUÇÃO Solvente (água) + Soluto (sais, açúcares, etc.)
Concentrada= "muito"soluto e "pouco" solvente ().
Diluída= "pouco"soluto e "muito" solvente ().
Quando uma célula é colocada num meio rico em determinado soluto (hipertônico), passará a ter no seu
interior moléculas desse soluto, contanto que a membrana plasmática seja permeável à substância. O
interior (citoplasma) da célula com menor quantidade de soluto é hipotônico.
Normalmente, quanto menor for a partícula que se difunde, mais rápida será sua passagem através da
membrana plasmática. Assim, água, sais minerais, açúcares (monossacarídeos), aminoácidos, se difundem
através da membrana com relativa facilidade. Já macromoléculas, como proteínas ou amido não
atravessam a membrana, podendo ser, no entanto, capturados pela célula por outros métodos.
Um bom exemplo de difusão, através da membrana plasmática, é o caso da entrada de oxigênio numa
célula. Como há um consumo constante de oxigênio pelas mitocôndrias na respiração, a concentração
interna do gás é sempre baixa em relação ao meio externo. Existe então entre a célula e o meio um
gradiente de concentração (diferença de concentração), e as moléculas de oxigênio tendem a se mover do
local de maior concentração (lado externo) para o local de menor concentração (citoplasma). Por outro
lado, o gás carbônico estará sempre em concentração alta no citoplasma. Isto fará com que ocorra difusão
constante desta substância para fora da célula.
b) Osmose
Um caso especial de difusão.
Imagine uma situação em que o tamanho dos poros de uma determinada membrana permita apenas a
passagem das moléculas de água, porém impeça a passagem do soluto. Uma membrana deste tipo é
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chamada semipermeável.
Osmose é então um caso de difusão do solvente através de uma membrana semipermeável. O solvente se
difunde em direção à região em que há menor concentração de suas moléculas.
c) Difusão Facilitada
A superfície da membrana plasmática possui proteínas especiais, receptoras ou permeases, que
reconhecem e transportam (carregadoras) substâncias alimentares de fora para o interior das células ou
vice-versa. É um processo de facilitação que segue o gradiente de concentração, sem gasto de energia,
como acontece também na osmose.
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d) Transporte Ativo
Já vimos que na difusão e na osmose, por processos puramente físicos, as moléculas tendem a se deslocar
do local de sua maior concentração para a região de menor concentração. Contudo o inverso também pode
ocorrer em células vivas. Isto é evidentemente contrário à tendência natural da difusão, e para poder
ocorrer, necessita de um gasto de energia: é o transporte ativo. Quando analisamos o conteúdo de uma
hemácia, encontramos nela concentrações de íons de sódio (Na+) muito menor do que a concentração de
sódio no plasma (solução aquosa do sangue). Ora, se raciocinarmos em termos de difusão deveria entrar na
célula até que as concentrações fora e dentro se igualassem.
 No entanto, isto não ocorre, enquanto a hemácia estiver viva, sua concentração interna de Na+ é baixa.
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A explicação para este fenômeno é a seguinte: na realidade está ocorrendo difusão e íons de Na+ estão
continuamente penetrando na célula. Porém ao mesmo tempo a membrana está expulsando íons Na+ da
célula, sem parar. Esta expulsão se faz por transporte ativo. Desta forma, a concentração interna de Na+
continua baixa, porém, às custas de um trabalho constante por parte da célula.
Já a situação do íon potássio (K+) na hemácia é inversa: encontramos sempre na célula concentração de
potássio (K+) muito superior à do plasma.
O K+, por difusão, tende a "fugir" da célula, porém a membrana o reabsorve constantemente. Ou seja, a
membrana "força" a passagem do K+ de um local de menor concentração (plasma), para o de maior
concentração gastando energia no processo.
 
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Matérias > Biologia> Citologia > Membrana Plasmática > Permeabilidade
Apesar dos íons Na+ e K+ terem aproximadamente o mesmo tamanho, e, portanto igual difusibilidade
percebemos que a membrana plasmática se comporta de maneira totalmente diferente em relação a cada
um deles. Aqui se pode falar, sem dúvida, em permeabilidade seletiva.
Muitas são as situações em que se verifica o transporte ativo: certas algas marinhas concentram o iodo
em porcentagem centenas de vezes maior do que existe na água do mar; as células da tireóide retiram o
iodo do sangue por transporte ativo.
 
 
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A fagocitose e a pinocitose
A membrana plasmática tem a capacidade de englobar material externo, levando-o para o interior das
células. Proteínas receptoras selecionam e se ligam às moléculas que vão capturar. A membrana se
eleva, envolvendo a partícula que é encerrada numa bolsa e despregada para o interior do citoplasma da
célula. Qualquer processo de captura é chamado endocitose. Há dois tipos de endocitose:
a) Fagocitose (fago = comer):
Neste processo a célula engloba partículas sólidas, relativamente grandes. A célula, entrando em contato
com a partícula, emite pseudópodos que a englobam, formando um vacúolo alimentar (fagossomo).
A fagocitose é observada principalmente em células isoladas como amebas e leucócitos. No caso da
ameba, trata-se de um processo nutritivo; no caso dos leucócitos, é um processo de defesa contra
bactérias que invadem o organismo.
b) Pinocitose (pino = beber):
É um processo mais delicado do que a fagocitose, sendo difícil sua observação ao microscópio óptico.
Partículas líquidas muito pequenas são capturadas por esse processo. A membrana plasmática, na região
de contato com a partícula, se invagina, aprofundando-se no interior do citoplasma, forma-se um canal.
Por fim, a partícula é envolvida por um pedaço da membrana que solta-se, formando uma vesícula de
pinocitose (pinossomo). É provável que a maioria das células seja capaz de realizar a pinocitose; esse
processo é então geral, enquanto a fagocitose se restringe a alguns tipos de células apenas.
Tanto na fagocitose como na pinocitose, as vesículas ou vacúolos produzidos poderão receber enzimas
digestivas, que degradarão o alimento englobado.
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Certas células, para a expulsão de materiais, empregam o método inverso à endocitose. Uma vesícula
formada internamente se liga à membrana. Nesse ponto, o seu conteúdo é expelido. O processo é chamado
clasmocitose.
 
 
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c) Osmose em Célula Vegetal
As células vegetais apresentam dois tipos de membranas:
Membrana celulósica (parede celular): permeável, composta por celulose (polissacarídeo) e de
grande resistência mecânica. Aparece externamente à membrana plasmática oferecendo proteção à
célula (como se fosse uma armadura).
l 
Membrana plasmática (membrana celular): composição lipoprotéica, elástica e semipermeável. É
responsável pela seletividade das substâncias que poderão entrar ou sair da célula.
l 
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O grande vacúolo da célula vegetal adulta ocupa a maior parte do volume citoplasmático e sua
concentração é o fator primordial para regular as trocas osmóticas entre a célula (membrana
plasmática-semipermeável) e o ambiente que a cerca.
As células com bom volume de água terão a membrana plasmática pressionada contra a parede celular
rígida (celulósica), a qual vai oferecendo resistência crescente à entrada de água no vacúolo (citoplasma),
sempre que a célula (citoplasma hipertônico) estiver em contato com ambiente aquoso diluído
(hipertônico).
Há uma equação que descreve essas trocas osmóticas:
Sc = Si - M
Sc = Sucção celular
Si = Sucção interna (Será tanto maior quanto maior for a concentração osmótica do vacúolo e do
citoplasma da célula).
M = resistência da membrana celulósica
Outra forma de expressar as mesmas grandezas:
D.P.D. = P.O. - P.T.
D.P.D. = Déficit de pressão de difusão
P.O. = Pressão osmótica
P.T. = Pressão de turgor
Assim podem ocorrer as situações:
a) As células vegetais mergulhadas em ambiente hipotônico (por exemplo, água destilada) estarão com
seu volume máximo, ou seja, as células estarão túrgidas e a resistência da membrana celulósica (M)
também será máxima.
Si = M Sc = 0
b) Nas células flácidas o volume de água intracelular não chega a pressionar a membrana celulósica (M):
M = 0 Sc = Si
c) As células plasmolisadas estiveram mergulhadas em solução hipertônica e perderam tanta água, que a
membrana plasmática “descolou” da celulósica (M) tendo citoplasma e vacúolo muito reduzidos:
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M = 0 Sc = Si
Se esta célula for colocada em água destilada voltará a ganhar água, realizando deplasmólise.
d) Se a célula vegetal estiver exposta no ar e a ventilação promover lenta perda de água, o vacúolo reduz
seu volume e a membrana celulósica acompanha essa retração (fica com M negativo!):
Sc = Si – (-M) Sc = Si + M
 
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Funções metabólicas
O Hialoplasma
Também chamado citoplasma fundamental ou ciclosol. Trata-se de um material viscoso, amorfo, no qual
ficam mergulhados os orgânulos. Quimicamente, o hialoplasma é formado por água e moléculas de
proteína, formando uma dispersão que os químicos denominam colóide. A abundância de água no
hialoplasma facilita a distribuição de substâncias por difusão, como também a ocorrência de inúmeras
reações químicas.
Em algumas células vivas observadas ao microscópio óptico, percebe-se que a região mais externa do
hialoplasma (ectoplasma) é bastante viscosa (citogel). A parte interna (endoplasma) já é mais fluida
(citosol). Certos movimentos do hialoplasma podem ser observados em células vivas, envolvendo
principalmente o endoplasma:
a) Ciclose
A ciclose pode ser facilmente observada em células vivas, especialmente em células vegetais; trata-se de
uma corrente citoplasmática que afeta o endoplasma.
A velocidade da ciclose é aumentada pela elevação da temperatura e pela luz. Anestésico,
temperaturas baixas e ausência de oxigênio são fatores que retardam ou até anulam o movimento.
b) Movimento amebóide
Em certas células as correntes citoplasmáticas são orientadas de tal maneira que elas resultam na
locomoção da própria célula por meio de pseudópodos. Esse fenômeno é comum em amebas e leucócitos.
Leia a descrição a seguir, observando simultaneamente a figura.
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O endoplasma flui na direção do movimento; ao chegar na extremidade anterior, ele torna-se mais viscoso
e se agrega às "paredes" deectoplasma já existentes, então o ectoplasma "cresce" na parte interior. Na
extremidade posterior, ocorre o oposto: o ectoplasma (viscoso) transforma-se em endoplasma que flui para
frente. Então, na extremidade posterior, a parede de ectoplasma diminui constantemente.
Em conclusão, a célula se move por meio de um fluxo de endoplasma, enviado pela extremidade posterior,
e que se transforma em ectoplasma na região anterior da célula. Ainda no hialoplasma encontramos vários
orgânulos e algumas inclusões.
As inclusões são estruturas sem vida no citoplasma da célula. Ao conjunto das inclusões chamamos
paraplasma: gotas de lipídios, grânulos de proteínas e pigmentos, substâncias cristalizadas (insolúveis).
 
 
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Organelas
a) Retículo endoplasmático
Estrutura
No citosol das células eucariotas existe uma grande rede de canais e bolsas formadas por membranas
semelhantes à do plasmalema. Essa rede de canais e bolsas forma o retículo endoplasmático. Existem dois
tipos de retículos: rugoso ou granular e liso ou agranular.
O retículo endoplasmático rugoso (RER) é constituído por um conjunto de bolsas membranosas que
apresentam ribossomos aderidos à sua superfície externa, daí o aspecto granuloso. O retículo
endoplasmático liso (REL), por sua vez, é formado por um conjunto de túlulos membranosos que, como
não apresenta ribossomos, apresenta um aspecto liso ao microscópio eletrônico. O RER e o REL são
interligados e a transição de um para outro é gradual.
Funções
O RE funciona como uma grande rede de distribuição de substâncias no interior da célula. Tais substâncias
podem percorrer o interior da célula sem se misturarem com o citosol.
O REL é responsável pela produção de lipídios e fosfolipídios como os glicerídeos a lecitina. A fabricação
de hormônios esteróides a partir do colesterol, também é feita no REL (estrógenos, testosterona). Outras
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funções do REL estão ligadas a desintoxicação do organismo (células do fígado) e armazenamento de
substâncias: água, açúcares, pigmentos e sais (regulação osmótica). 
O RER por possuir ribossomos é responsável pela síntese de proteínas da célula, além de executar as
funções do REL. As proteínas produzidas pelo RER são transportadas até o complexo de Golgi pelo REL.
 
 
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b) Ribossomos
Estrutura
O ribossomo é composto de RNA do tipo ribossômico e proteínas. Cada ribossomo é formado por duas
subunidades ligadas entre si, sendo uma delas maior que a outra. Os ribossomos podem ser encontrados
soltos no citosol ou ligados ao RE. É comum a associação entre vários ribossomos livres do citosol;
quando isso acontece o conjunto formado chama-se polirribossomo. Os polirribossomos são formados
sempre que está acontecendo síntese de proteínas.
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Funções
Os ribossomos são responsáveis pela síntese de proteínas, tanto aqueles que estão livres no citosol quanto
aqueles que estão associados ao RE.
 
 
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c) Aparelho ou complexo de Golgi
Estrutura
O complexo de Golgi é formado por um conjunto de dictiossomos. Cada dictiossomo, por sua vez, é
formado por um conjunto de bolsas membranosas empilhadas. Nas células animais os dictiossomos estão
juntos próximos ao núcleo, enquanto que nas células vegetais eles estão espalhados pelo citoplasma.
Funções
No CG ocorre o armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de substâncias. Conforme o
tipo de substância e sua função, elas poderão ser eliminadas da célula para o organismo ou permanecer no
interior da célula. As células glandulares possuem o CG bastante desenvolvido. O processo de eliminação
de substâncias que irão atuar fora da célula é chamado de secreção celular. O CG também elimina
substâncias que irão permanecer no interior da célula; estas são eliminadas no interior de bolsas
membranosas e a estrutura formada recebe o nome de lisossomo.
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Além da secreção celular, o CG tem um papel importante na formação do espermatozóide, pois este
durante seu processo de formação perde quase todas as suas organelas, restando apenas o núcleo e o CG
(acrossomo), que contém as enzimas digestivas necessárias para romper as membranas do óvulo e
permitir a sua fecundação.
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O complexo de Golgi também pode ter outras funções bem específicas, dependendo do tipo de célula
estudada, como a formação da lamela média durante a divisão da célula vegetal (fragmoplasto).
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Exemplo:
Secreção da célula de ácino pancreático:
Os ácinos são pequenas estruturas glandulares que secretam as enzimas do suco pancreático. Na figura
abaixo, está representado um ácino em corte transversal, sendo que as células ficam ao redor de um
espaço, chamado luz ou lúmen.
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A secreção dos grãos de zimógeno numa célula pancreática.
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Esta é a representação esquemática de uma das células do ácino vista ao microscópio eletrônico. Existe
bastante ergastoplasma, o que indica que a célula é eficiente produtora de proteínas. Repare ainda que as
vesículas brotando do complexo de Golgi, são os grãos de zimógeno. Nestas vesículas ficam as enzimas
que a célula secreta.
Algumas das vesículas despejam seu conteúdo na luz do ácino. Nesta célula então, a síntese de proteínas
ocorre no ergastoplasma; o complexo de Golgi funciona como armazenador e empacotador da secreção,
que acaba sendo lançada ao exterior.
 
 
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Secreção do muco nas células caliciformes do intestino:
Na mucosa intestinal, existem células especiais em forma de cálice, que produzem uma solução
lubrificante e protetora, chamada muco. O muco é constituído por proteínas associadas a polissacarídeos
(glicoproteínas).
A seguir, você vê o esquema de uma célula caliciforme.
 
Uma célula caliciforme do intestino e a secreção de grãos de muco.
Observe que do complexo de Golgi brotam vesículas de muco que, ao chegaremna superfície superior da
célula, eliminam-no na luz intestinal. Isto ocorre porque a proteína produzida no ergastoplasma passa para
o complexo de Golgi, onde ela se associa ao polissacarídeo pré- fabricado; o material é empacotado em
vesículas ou grãos de muco e lançado para fora da célula.
 
 
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d) Lisossomo
Estrutura
Os lisossomos (lise = quebra destruição, soma = corpo) são estruturas compostas por bolsas membranosas
que contém diversos tipos de enzimas digestivas.
Função
Os lisossomos são responsáveis pela digestão intracelular. As bolsas, com partículas, formadas pela
fagocitose e pinocitose, fundem-se aos lisossomos dando origem aos vacúolos digestivos, onde ocorrerá a
digestão intracelular. Conforme essas partículas vão sendo digeridas pelas enzimas presentes nos
lisossomos, as pequenas moléculas formadas que são úteis à célula atravessam a membrana do lisossomo e
passam para o citosol, onde serão aproveitadas. Ao final da digestão, resta no interior do vacúolo somente
resíduos inúteis que deverão ser eliminados da célula. O vacúolo contendo os resíduos passa a se chamar
vacúolo residual. O processo de eliminação do conteúdo do vacúolo residual para o meio extracelular
chama-se clasmocitose ou defecação celular.
O processo de digestão de substâncias que entraram na célula por fagocitose ou pinocitose chama-se
processo heterofágico.
A célula pode usar os lisossomos para digerirem partes de si mesmas num processo de autofagia, para
destruir organelas velhas e desgastadas ou quando a célula não recebe alimentos suficientes para se manter
viva. O lisossomo se aproxima da estrutura a ser digerida ou eliminada e se funde com ela, formando o
vacúolo autofágico. Uma célula pode assim destruir e reconstruir seus componentes centenas de vezes.
As enzimas lisossômicas são produzidas no ergastoplasma, daí passam ao complexo de Golgi, no qual são
empacotadas e liberadas sob a forma de vesículas (lisossomos primários). Quando uma partícula de
alimento é englobada, forma-se o vacúolo alimentar (fagossomo). Observe a figura a seguir.
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Um ou mais lisossomos se fundem ao fagossomo, despejando nele enzimas digestivas: está formado o
vacúolo digestivo ou lisossomo secundário. As pequenas moléculas provenientes da digestão são
absorvidas pelo citoplasma. O vacúolo, agora cheio de resíduos, é chamado vacúolo residual, que em
certas células, por clasmocitose, expulsa os resíduos para o meio externo.
 
 
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e) Peroxissomos
Vesículas membranosas assemelhadas aos lisossomos. Diferem destes nos tipos de enzimas que possuem,
as quais digerem gorduras e degradam aminoácidos. Armazenam grande quantidade de catalase, enzima
que acelera a decomposição da água oxigenada (H2O2) resultante do metabolismo celular. Essa é uma
nobre função protetora, pois a H2O2 é mutagênica no interior das células, podendo danificar o DNA. 
f) Mitocôndrias
Estrutura
As mitocôndrias são estruturas delimitadas por duas membranas lipoprotéicas, sendo a mais externa lisa e
a interna cheia de dobras denominadas cristas mitocondriais. O seu interior é preenchido por um fluido
que contém diversas enzimas, pequenos ribossomos, DNA, RNA, etc. Esse fluido chama-se matriz
mitocondrial.
Função
As mitocôndrias são responsáveis pela respiração intracelular, isto é, produção e liberação de energia
(ATP) para todas as atividades celulares.
A respiração intracelular consiste na quebra de moléculas orgânicas (glicose) em presença de oxigênio e
liberação de energia, CO2 e água. A energia liberada é armazenada em moléculas de adenosina trifosfato
(ATP).
Devido à presença de DNA e RNA as mitocôndrias são capazes de se autoduplicarem independentemente
da duplicação celular, além disso, são capazes de sintetizar muitas das proteínas necessárias ao processo
respiratório.
 
 
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g) Plastos
Estrutura
Os plastos são estruturas exclusivas de algas e vegetais. O seu número e forma varia muito conforme o
organismo estudado.
Existem basicamente dois tipos de plastos: cromoplastos e leucoplastos. Os cromoplastos apresentam
pigmentos no seu interior (cromo = cor), os leucoplastos (leuco = branco), não contém pigmentos. O
cromoplasto mais comum nos vegetais é o cloroplasto.
Cloroplasto
Os cloroplastos apresentam forma discoidal, são envolvidos por uma membrana externa e uma interna.
Além destas, os plastos apresentam muitas membranas internas que formam bolsas chatas em forma de
disco chamadas tilacóides. Estes, por sua vez, estão dispostos de modo a formar pilhas, semelhantes a uma
pilha de moedas. A pilha de tilacóides recebe o nome de granum (plural = grana) . O interior do
cloroplasto é preenchido por uma matriz gelatinosa chamada estroma, onde se encontram DNA, RNA,
ribossomos, enzimas, etc.
Nos tilacóides estão localizadas as moléculas de clorofilas, as quais estão organizadas de modo a poderem
captar a maior quantidade de luz possível.
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Funções
Nos cloroplastos acontece a fotossíntese, processo onde são fabricadas moléculas orgânicas,
principalmente glicose, usada pelas mitocôndrias na respiração intracelular.
Durante a fotossíntese a clorofila capta a energia luminosa que será transformada em energia
química (ATP). Essa energia será usada na fabricação de glicose a partir de água e gás carbônico.
Cloroplastos ou leucoplastos podem armazenar o excesso de glicose produzida em forma de amido
(polissacarídeo). Esses reservatórios são os amiloplastos.
Como as mitocôndrias, os cloroplastos são capazes de se autoduplicar independentemente da duplicação
celular e sintetizar alguns tipos de proteínas.
ORIGEM DE CLOROPLASTOS E MITOCÔNDRIAS
Algumas evidências levaram alguns estudiosos a propor a Teoria da endossimbiose. Essa teoria diz que
num passado distante cloroplastos e mitocôndrias deveriam ser bactérias de vida livre, que passaram a
viver no interior de células eucariotas em busca de proteção, dando em troca alimento e energia para a
célula. A estrutura dessas organelas é muito semelhante à estrutura de algumas bactérias atuais, além do
fato dessas organelas apresentarem seu próprio DNA, RNA, ribossomos e poderem se autoduplicar.
 
 
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h) Centríolos
Os centríolos estão presentes na maioria dos organismos eucariontes, com exceção das plantas
Angiospermas.
Cada célula possui um par de centríolos (diplossomo) que ficam localizados em uma região chamada
centrossomo ou centro celular. Cada centríolo do par é formadopor 9 triplas de microtúbulos dispostos de
modo a formar um cilindro. Os dois centríolos do par estão dispostos perpendicularmente um em relação
ao outro.
Possuem DNA próprio com capacidade de autoduplicação, a qual executam antes da divisão celular.Os
centríolos originarão cílios e flagelos responsáveis por várias formas de movimentação. 
Funções
Estão envolvidos com a divisão celular.
 
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i) Cílios e Flagelos
Estrutura
São prolongamentos finíssimos que crescem a partir da superfície da célula. Sua estrutura interna
chama-se axonema e é formada por 9 pares de microtúbulos dispostos de forma cilíndrica e um par central
(haste). Embora tenham a mesma estrutura interna, cílios e flagelos diferem entre si da seguinte forma ;
cílios são curtos e numerosos, flagelos são longos e pouco numerosos.
Na base de cada cílio e flagelo encontramos uma estrutura semelhante a um centríolo chamado
cinetossomo ou corpo basal, pois essas estruturas crescem a partir do centríolo. No corpo basal,
diferentemente da haste, há 9 túbulos triplos e não apresenta o par central. 
Funções
Cílios e flagelos têm funções de locomoção celular (algas, protozoários, espermatozóides), captura de
alimentos (esponjas), limpeza do organismo (epitélio traqueal nas vias respiratórias), etc.
Citoesqueleto
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O interior do citoplasma da célula eucariota possui uma rede de finíssimos tubos e filamentos interligados
chamada de citoesqueleto.
Estrutura
O citoesqueleto é formado por microtúbulos, compostos de uma proteína chamada tubulina e
microfilamentos, constituídos de uma proteína contráctil chamada actina. Existem outros tipos de
filamentos, sendo os dois citados os principais.
Funções
O citoesqueleto é responsável pela forma, organização e movimentos da célula eucariota (pseudópodos),
movimentos citoplasmáticos (ciclose) além de formar estruturas importantes para o funcionamento celular
(deslocamento de orgânulos).
 
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Ciclos Vitais, Mitose, Meiose e
Microscopia
MITOSE
O ciclo celular
Existem basicamente dois tipos de divisão celular: a mitose e a meiose. Uma célula, dividindo-se por
mitose, dá origem a duas novas células com o mesmo número de cromossomos da célula inicial.
Como você já sabe, cada espécie tem um número constante de cromossomos. Assim, na espécie humana,
as células somáticas apresentam 46 cromossomos ou 23 pares de cromossomos homólogos (2n = 46).
Cada uma dessas células, ao sofrer mitose, dá origem a duas outras também com 46 cromossomos.
A mitose é um processo importante no crescimento dos organismos multicelulares e nos processos de
regeneração de tecidos do corpo. Nos unicelulares, é um tipo de divisão que ocorre quando há
reprodução assexuada.
A meiose é um tipo de divisão em que uma célula dá origem a quatro novas células com metade do
número de cromossomos da célula inicial (divisão reducional) . Uma célula que apresenta 2n = 46
cromossomos, ao sofrer meiose, dá origem a quatro células com n = 23 cromossomos.
A meiose é um processo importante para a variabilidade gênica dos organismos, sendo o tipo de
divisão que ocorre no processo de formação de gametas nos indivíduos que apresentam reprodução
sexuada.
 
 
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O ciclo celular corresponde a um ciclo regular de eventos que ocorrem desde a formação de uma célula
até a sua própria divisão em duas células-filhas. Esse ciclo é dividido em duas etapas básicas: a interfase,
etapa em que a célula não está em divisão, e a mitose, etapa em que a célula está em divisão.
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Tanto a interfase como a mitose apresentam-se subdivididas em períodos ou fases. Os períodos da
interfase são denominados G1, S e G2 e as fases da mitose são denominadas prófase, metáfase, anáfase e
telófase.
O gráfico acima mostra a variação da quantidade de DNA durante o ciclo de vida da célula. A interfase é
dividida em três períodos:G1 (do inglês gap, intervalo), S e G2.
A duplicação do DNA ocorre durante o período S (síntese). Então, em G1, os cromossomos ainda estão
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como fio simples; em S, cada cromossomo fica com duas cromátides, assim permanecendo durante o
intervalo G2. No gráfico, C representa a quantidade de DNA de uma célula haplóide; 2C, de uma célula
diplóide antes da duplicação do DNA (no período G1, portanto), e 4C de uma célula em G2, após a
síntese.
Observe que na anáfase, a quantidade de DNA cai de novo para 2C: houve separação das cromátides -
irmãs, que estão migrando em direção aos pólos, para formar dois novos núcleos.
Visualização das etapas da mitose
 
 
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Fases da mitose.
Os cromossomos duplicados se espiralizam durante a prófase, ao mesmo tempo que o hialoplasma adquire
uma estrutura fibrosa ao redor dos diplossomos.
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 Após a ruptura da membrana nuclear, os cromossomos dispõem-se na placa equatorial (metáfase).
 A duplicação dos centrômeros marca o início da anáfase, durante a qual os cromossomos se dirigem para
os pólos.
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Na telófase, os cromossomos se desespiralizam, ao mesmo tempo que se forma a membrana nuclear a
partir do retículo endoplasmático. Um sulco de divisão (estrangulamento)permite a separação das
células-filhas.
 
 
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Na divisão das células de vegetais superiores, pode-se observar que:
 não há centríolos - mitose acêntrica;l 
 não há formação de fibras do áster - mitose anastral; l 
 citocinese - centrífuga (de dentro parafora)l 
Na citocinese das células vegetais não ocorre invaginação da membrana plasmática e sim formação
centrífuga de uma placa celular, originada a partir de pequenas vesículas diferenciadas do complexo de
Golgi, ricas em pectina. O conjunto dessas vesículas é denominado fragmoplasto. Essas vesículas se
fundem e seu conteúdo origina a lamela média, iniciando a formação da parede celular.
Mitose em célula vegetal.
 
 
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MEIOSE
A descrição das etapas da meiose
No esquema adiante foi representada uma célula diplóide, com dois pares de cromossomos homólogos.
Nessa célula, então, 2n= 4 cromossomos.
Prófase I
Leptóteno - Os cromossomos, devido à sua espiralação, ficam visíveis. Apesar de iniciarem a duplicação
na interfase, aparecem ainda como filamentos simples, bem individualizados.
Zigóteno - Os cromossomos homólogos se atraem, emparelhando-se. Este pareamento é conhecido
como sinapse e ocorre ponto por ponto. O pareamento de cromossomos homólogos não ocorre na
mitose.
Paquíteno - Aqui, cada cromossomo aparece constituído por duas cromátides, portanto terminou a
duplicação. Os 2 homólogos pareados mostram então 4 filamentos, cujo conjunto chamamos tétrade ou
bivalentes.
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Diplóteno - Nesta fase podem ocorrer quebras em regiões correspondentes das cromátides homólogas;
em seguida, os pedaços quebrados soldam-se em posição trocada.
Esse fenômeno é chamado crossing-over ou permuta. O crossing-over aumenta a variabilidade das
células formadas. Os homólogos se afastam, permanecendo em contato em alguns pontos chamados
quiasmas.
Os quiasmas representam as regiões observadas no microscópio, em que houve a troca de pedaços.
Diacinese - Os pares de homólogos estão praticamente separados. Os quiasmas "deslizam" para as
extremidades dos cromossomos (terminalização dos quiasmas). Aumenta ainda mais a espiralação dos
cromossomos.
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Visualização das etapas da meiose:
 
Metáfase I
A membrana nuclear desapareceu no final da prófase. As fibras do fuso já estão formadas, desde a
prófase I. Os pares de cromossomos homólogos se organizam no plano equatorial da célula. Os
centrômeros dos cromossomos homólogos se ligam a fibras que emergem de centríolos opostos. Assim,
cada componente do par será puxado em direções opostas.
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Anáfase I
Não ocorre divisão dos centrômeros; cada componente do par de homólogos migra em direção a um dos
pólos, por encurtamento das fibras do fuso.
Telófase I
A carioteca se reorganiza; os cromossomos se desespiralam. Às vezes, no entanto, isto não ocorre e os
cromossomos sofrem diretamente a segunda divisão meiótica. O citoplasma sofre divisão (citocinese).
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Intercinese
É uma interfase que pode ou não existir, dependendo do tipo de célula que está sofrendo meiose.
 
 
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Prófase II
É uma prófase semelhante à da mitose. É bem mais rápida do que a prófase I. Forma-se o fuso, às vezes
perpendicular ao anterior.
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Metáfase II
Os cromossomos se dispõem na placa equatorial, e se ligam às fibras do fuso.
Ao final da metáfase os centrômeros se duplicam. As cromátides passam a ser, cada uma, um
cromossomo (cromonema).
Anáfase II
Os cromossomos - filhos (irmãos) migram para pólos opostos.
Telófase II
Já nos pólos, os cromossomos se desespiralam; os nucléolos reaparecem. O citoplasma se divide: temos
agora quatro células n, originadas a partir da célula 2n, que iniciou o processo.
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A importância do crossing-over
Já vimos que no diplóteno pode ocorrer quebras em cromátides homólogas, seguidas de soldadura de
pedaços trocados. Este fenômeno, dito crossing - over ou permutação, é bem conhecido por observações;
no entanto, ainda permanecem desconhecidas as causas que o provocam.
O crossing-over acontece de maneira casual, sem que se possa prever em que pontos e em quais
cromossomos ele vai acontecer. Evidentemente, podem ocorrer várias trocas ao longo do mesmo par de
homólogos.
Os esquemas A e B comparam os resultados da meiose com e sem ocorrência de crossing, em uma célula
com dois cromossomos. Foram representados somente dois pares de genes alelos A e a e B e b.
Na figura A não houve troca de pedaços durante o pareamento. Como resultado final da meiose, temos
quatro células (que podem ser gametas ou esporos); duas delas com constituição genética AB e duas com
constituição ab.
Na figura B, ocorreu um crossing - over entre os genes A e B. As cromátides homólogas trocaram
pedaços. O resultado final mostra quatro células de constituição genética diferente, AB, Ab, aB e ab.
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Você percebeu então que o crossing-over permitiu o aparecimento de dois cromossomos com combinações
gênicas totalmente diferentes. Ab e aB, que não existiam na célula-mãe. É como se o crossing tivesse
"embaralhado" os genes dos cromossomos originais AB e ab. Dizemos então que houve recombinação
genética. O fenômeno de crossing-over aumenta pois a variabilidade genética dos gametas. Isto é um
importantíssimo fator no mecanismo da evolução.
Esquema A Esquema B
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Divisão Celular > Gametogênese
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Gametogênese
Gametogênese é o processo de produção de gametas que são sempre células haplóides (n), com a função
de reprodução sexuada dos seres vivos (animal ou vegetal).
Nos animais essa produção é realizada no interior de órgãos especializados: testículos (gônadas
masculinas) produzem espermatozóides (gametas masculinos) e ovários (gônadas femininas) produzem
óvulos (gametas femininos). Nos vegetais, as estruturas especiais que terão essas funçõessão: anterídeos
(gametângios masculinos) produzirão os anterozóides (gametas masculinos) e arquegônios ou oogônios
produzirão oosferas (gametas femininos).
Na gametogênese animal, a espermatogênese é responsável pela produção de espermatozóides e a
ovulogênese (ou ovogênese) formará os óvulos.
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Matérias > Biologia > Citologia > Divisão Celular > Gametogênese
Principais diferenças
1 Ovogônia= fase de crescimento mais longa (= maior quantidade de vitelo) .
2 Nº espermatozóides e óvulos.
3 Ovócito II= está bloqueado em metáfase II.
4 Espermatogênese 2 a 3 semanas, a vida inteira.
Interpretando a tabela da gametogênese, devemos entender:
No período de multiplicação, as gônias (células diplóides – 2n – indiferenciadas) proliferam
intensamente através de mitoses sucessivas, no interior do testículo (espermatogônias) e do ovário
(ovogônias).
l 
O período de crescimento é caracterizado pelo aumento volumétrico das gônias que irão formar os
citos I. As ovogônias terão uma fase de crescimento mais longa, acumulando maior quantidade de
vitelo (reserva alimentar do retículo endoplasmático e do complexo de Golgi) do que as
espermatogônias, ficando bem maiores. Cada espermatogônia (2n) forma um espermatócito
primário – 2n (espermatócito I ou de primeira ordem), enquanto a ovogônia (2n) produzirá o
ovócito primário – 2n (ovócito I ou de primeira ordem).
l 
É no período de maturação que ocorrerá a meiose (divisão celular reducional). Espermatócitos e
ovócitos primários (diplóides – 2n) duplicam seus cromossomos (DNA). Ao término da 1a divisão
meiótica (telófase I), cada espermatócito I (2n) produzirá dois espermatócitos II (secundários ou
de segunda ordem – cada um deles será “n”).
l 
Na espécie humana as células serão: espermatócito I (2n = 46 cromossomos) e espermatócito II
(“n” = 23 cromossomos, cada um deles ainda duplicado, por não ter ocorrido ruptura do
centrômero na anáfase I). Essa 1a divisão é reducional, pois cada célula (cito II) apresentará
metade dos cromossomos da espécie.
l 
Na ovulogênese, cada ovócito I (2n), ao término da meiose I, formará duas células
volumetricamente diferentes: uma será maior, o ovócito II (“n” = 23 cromossomos, ainda
bivalentes) e a outra menor, o 1o corpúsculo polar (ou polócito I: “n” = 23 cromossomos
bivalentes).
l 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Divisão Celular > Gametogênese
Na meiose II ocorrerão diferenças importantes na gametogênese masculina e feminina, da espécie
humana:
Cada espermatócito II (“n” = 23 cromossomos bivalentes), ao terminar a telófase II, formará duas
novas células de igual tamanho: espermátides (n = 23 cromonemas). Assim, partindo de uma
célula 2n (espermatócito I), ao fim da meiose serão produzidas quatro células haplóides
(espermátides).
l 
Na etapa seguinte, espermiogênese, cada espermátide passa por importantes modificações no
tamanho, forma e organização citoplasmática, diferenciando o espermatozóide (gameta
masculino). Assim, estará completada a espermatogênese.
A interpretação seqüencial das figuras mostra:
o retículo endoplasmático rugoso (ergastoplasma) produz grande quantidade de enzimas e as
encaminha para o complexo de Golgi.
l 
ocorre fragmentação do complexo de Golgi que irá se reorganizar próximo do núcleo, formando o
acrossomo, o qual armazena as enzimas que irão “abrir caminho” durante a fecundação, digerindo o
espessamento celular protetor do ovócito II (“óvulo”).
l 
multiplicação das mitocôndrias e migração, juntamente com os centríolos, para a peça intermediária.
As mitocôndrias irão gerar a energia para o batimento do flagelo, formado a partir do centríolo.
l 
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importante redução do volume do citoplasma da célula que estará diferenciada em espermatozóide.l 
O ovócito II, quando completar a telófase II, formará uma grande célula haplóide (ovótide ou
óvulo: n = 23cromonemas) e o (pequeno) 2o corpúsculo polar (n = 23 cromonemas). O 1o
corpúsculo polar poderá ou nãocompletar a meiose II, formando ou não dois outros corpúsculos
polares. Desta forma, através da ovulogênse,de cada ovócito I (diplóide – 2n) que completar a
meiose, serão produzidos um óvulo e três corpúsculos polares.
l 
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Divisão Celular > Gametogênese
ATENÇÃO !!!
 Na espécie humana, cada ovócito II está contido num folículo de Graaf, dentro do ovário, desde o
nascimento das meninas. Estes ovócitos II estão com a meiose interrompida (bloqueada) em
metáfase II. Essa meiose só será completada se o ovócito II, eliminado em cada ciclo menstrual
(“ovulação”), for fecundado pelo espermatozóide. Esse encontro entre espermatozóide e ovócito II
(fecundação) deverá ocorrer no início da tuba uterina (trompa), visto que o ovócito tem vida
curtíssima (aproximadamente 24 horas !).
l 
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Essa meiose para a produção de gametas ocorre na grande maioria dos animais e é chamada meiose
gamética. A meiose espórica ocorre no interior de esporângios de vegetais, produzindo os esporos
haplóides, que são células de reprodução assexuada.
l 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Núcleo > Cromatina - Cromossomos; DNA; RNA, Síntese de proteínas;
Nucléolo
Cromatina- Cromossomos; DNA; RNA; Síntese de proteínas; Nucléolo
Núcleo-Ácidos nucléicos.
Os ácidos nucléicos são as moléculas responsáveis pela hereditariedade. Os seres vivos apresentam dois
tipos de ácidos nucléicos: o ácido desoxirribonucléico (DNA) e o ácido ribonucléico (RNA).
Tanto o DNA como o RNA são macromoléculas constituídas por algumas centenas ou milhares de
unidades ligadas entre si. As unidades são chamadas nucleotídeos. Cada nucleotídeo é constituído de 3
partes, um grupo fosfato, ligado a uma pentose (açúcar de 5 carbonos), que por sua vez está ligado a uma
base orgânica nitrogenada.
Representação do nucleotídeo
Uma molécula de ácido nucléico é portanto uma longa cadeia de nucleotídeos ligados entre si pelos
seus grupos fosfatos, sendo que o fosfato, de cada nucleotídeo se liga ao açúcar do nucleotídeo vizinho.
 
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No nucleotídeo de DNA, o açúcar presente é a desoxirribose. Já no nucleotídeo de RNA, é a ribose.
Cinco são as bases nitrogenadas mais freqüentes nos ácidos nucléicos: Adenina, Guanina, Citosina,
Timina e Uracila.
Adenina e guanina são bases púricas. Citosina, timina e uracila são bases pirimídicas.
Das cinco bases nitrogenadas, 3 delas são comuns ao DNA e ao RNA: são a adenina, a guanina e a
citosina. Já a timina é exclusiva do DNA, enquanto a uracila só se encontra no RNA.
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Disso decorre que uma molécula de DNA, por maior que seja terá apenas 4 tipos de nucleotídeos, todos
possuindo desoxirribose, no entanto diferindo quanto ao tipo de base. Já numa molécula de RNA, os 4
tipos de nucleotídeos terão a ribose, e uma das 4 bases nitrogenadas.
 
 
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Nucléolo
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A ESTRUTURA DA MOLÉCULA DE DNA
Watson e Crick propuseram em 1953 um modelo da molécula de DNA. Este modelo foi confirmado desde
então por muitos dados experimentais. Neste modelo, a molécula é constituída por duas cadeias de
nucleotídeos. Cada cadeia é composta por vários nucleotídeos ligados uns aos outros pelos fosfatos. Além
disso, as duas cadeias estão ligadas uma à outra, pelas suas bases nitrogenadas, através de pontes de
hidrogênio. Observe no esquema:
Uma molécula de DNA se assemelha então, a uma escada de corda: nela, fosfatos e pentoses representam
os corrimões, enquanto que os degraus da escada são representados pelos pares de bases.No entanto, e
ainda segundo Watson e Crick, a "escada de corda" se apresentaria torcida, e em forma de dupla hélice,
como você pode ver no esquema.
 
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Nucléolo
PAPEL BIOLÓGICO DO DNA
AUTODUPLICAÇÃO
As espécies biológicas são muito estáveis quanto às suas características básicas: por exemplo, a espécie
humana não mudou apreciavelmente nos últimos milhares de anos. Essa estabilização nas características
fundamentais das espécies é conseguida pela transmissão de genes, de geração à geração. Os genes
(segmentos da molécula de DNA) "ditam" as características dos organismos. Faz-se necessário então um
mecanismo de duplicação dos genes, de tal forma que os destinados aos descendentes sejam idênticos aos
dos pais. O DNA tem a capacidade de se autoduplicar (copiar o seu código genético).
Nas divisões celulares (mitoses) mesmo não relacionadas com a reprodução, as células filhas recebem um
conjunto de genes idênticos aos da célula mãe; neste caso também, cada molécula de DNA produz uma
cópia fiel, ou seja, se autoduplica.
Além de compor a cromatina (cromossomos) nuclear, o DNA aparece nos orgânulos celulares
mitocôndrias, cloroplastos e centríolos codificando suas atividades, produção de proteínas e capacidade
multiplicativa.
SÍNTESE DE RNA.
Outro papel do DNA é sua capacidade de controlar toda e qualquer atividade química da célula. As
reações químicas celulares dependem sempre de enzimas. Os genes controlam a produção de enzimas
celulares da seguinte maneira: O DNA produz moléculas de RNA, que vão ao citoplasma. No citoplasma o
RNA "comanda" a fabricação de uma certa proteína (que por muitas vezes, é uma enzima). A seqüência de
aminoácidos na proteína depende da seqüência do RNA; a seqüência do RNA depende da seqüência de
bases do DNA que o fabricou. Ao pedaço de DNA que contém a informação para a produção de uma
proteína chamamos de cístron, que é uma das maneiras de conceituar o gene.
DUPLICAÇÃO DO DNA
Para o DNA se duplicar, há necessidade de uma enzima especial, DNA polimerase. A enzima estando
presente ocorrem as seguintes etapas:
 as pontes de hidrogênio que ligam as bases nitrogenadas se rompem, as duas fitas se
afastam.
 nucleotídeos livres de DNA, que já existem na célula, se encaixam nas duas fitas que se
afastaram. O encaixe só ocorre se as bases forem complementares.
 quando as duas fitas originais tiverem sido completadas por nucleotídeos novos, estaremos
em presença de duas moléculas de DNA idênticas entre si. Em cada molécula, há um
filamento antigo, que pertencia a molécula-mãe, e um novo, que se formou a partir do antigo
(duplicação semi-conservativa).
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Nucléolo
COMO O DNA FABRICA RNA (TRANSCRIÇÃO)
Aqui também, é a seqüência do DNA que condiciona a seqüência na molécula de RNA. Uma diferença
importante com a duplicação é que apenas uma fita de DNA funciona como molde. O RNA produzido
será, portanto, fita simples e não fita dupla. Ocorrem as seguintes etapas:
 é necessária a presença de uma enzima: a RNA polimerase.
 as pontes de hidrogênio se desfazem; as duas fitas de DNA se afastam.
 encaixam-se nucleotídeos livres de RNA apenas numa das fitas de DNA (fita ativa).
 a molécula de RNA (fita única), se destaca de seu molde de DNA e migra ao citoplasma.
 as duas fitas de DNA tornam a parear, reconstituindo a molécula original.
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TIPOS DE RNA
RNA-m (RNA mensageiro). Leva ao citoplasma a "mensagem" genética do DNA, orientando a síntese
de proteínas. É a seqüência dos códons do RNA-m que determina a seqüência dos aminoácidos na
proteína. Para poder produzir proteínas, o RNA-m se associa aos ribossomos existentes no citoplasma.
RNA-t (RNA transportador). São moléculas pequenas, de aproximadamente 80 nucleotídeos. O RNA
transportador possui numa certa região uma seqüência de 3 bases livres (anticódon).
Existem vários tipos de RNA transportadores, que variam quanto à seqüência das 3 bases. O papel dos
RNA-t é de capturar aminoácidos que se encontram dissolvidos no citoplasma e carregá-los ao local da
síntese protéica. Cada transportador é específico em relação ao aminoácido que ele transporta. Esta
especificidade é condicionada pela seqüência de 3 bases (chamada anticódon); assim o transportador com
anticódon CAA transporta o aminoácido valina, o RNA-t UGU carrega o aminoácido treonina, etc..
RNA-r (RNA ribossômico). É o RNA de fita mais comprida. O papel do RNA-r, pelo que se conhece até
hoje, é estrutural: serve como matéria-prima para a construção dos ribossomos. Os ribossomos são
indispensáveis para a tradução: ou seja, sem ribossomos, aparentemente nunca ocorre síntese protéica.
 
 
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Nucléolo
Cromatina- Cromossomos; DNA; RNA; Síntese de proteínas; Nucléolo
SÍNTESE DE PROTEÍNAS (TRADUÇÃO)
Segunda letra
U C A G
U
UUU
UUC
Fenilalanina
 
UUA
UUG
Leucina
UCU 
UCC Serina
UCA
UCG 
UAU Tirosina
UAC
UAA
UAG
Códon de
parada
UGU Cisteína
UGC
UGA Códon de
parada
Triptofano
 
UGG
U
C
A
G
C
CUU 
CUC LeucinaCUA
CUG 
CCU 
CCC ProlinaCCA
CCG 
CAU HistidinaCAC
CAA GlutaminaCAG
CGU 
CGC ArgininaCGA
CGG 
U
C
A
G
A
AUU
IsoleucinaAUC
AUA
AUG
Metionina e
códon de
iniciação
ACU 
ACC Treonina
ACA
ACG 
AAU Asparagina
AAC
AAA Lisina
AAG
AGU Serina
AGC
AGA Arginina
AGG
U
C
A
G
G
GUU 
GUC ValinaGUA
GUG 
GCU 
GCC AlaninaGCA
GCG 
GAU Ácido
aspárticoGAC
GAA Ácido
glutâmicoGAG
GGU 
GGC GlicinaGGA
GGG 
U
C
A
G
 
 
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Nucléolo
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Os esquemas abaixo são indispensáveis para a compreensão do mecanismo da síntese proteíca.
1) Um ribossomo se associa a uma molécula de RNA-m, abrangendo 2 códons. No códon UUU se liga
um RNA-t com anti-códon AAA, trazendo o aminoácido fenilalanina. No 2º códon GAG, entra um
transportador com anti-códon CUC, trazendo o aminoácido ácido glutâmico. Entre a fenilalanina e
o ácido glutâmico se forma uma ligação peptídica.
2) A 1ª molécula de RNA-t se destaca do RNA-m, desligando-se também do aminoácido que havia
trazido; o RNA-t sai do ribossomo, podendo ir em busca de nova molécula de fenilalanina.
A correspondência entre DNA, RNA e aminoácidos.
- Código Genético -
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3) O ribossomo se desloca ao longo do RNA-m, abrangendo agora um terceiro códon (GUA). Entra o
RNA-t (CAU) trazendo o aminoácido valina. Forma-se uma ligação peptídica entre os dois aminoacidos, e
simultaneamente,o 2º RNA-t se desliga do ribossomo.
 
4) Após percorrer a molécula, o ribossomo sairá finalmente do RNA-m, ficando o polipeptídeo livre no
citoplasma ou encaminhado para o retículo endoplasmático, afim de ser transportado no interior da célula.
É claro que a mesma molécula de RNA-m pode ser "lida" (traduzida) por outro ribossomo, que seguirá
passo a passo o caminho percorrido pelo primeiro: o polipeptídeo formado será, evidentemente, idêntico
ao primeiro.
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Resumindo:
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Núcleo > Cromatina - Cromossomos; DNA; RNA, Síntese de proteínas;
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Observação: Modificações (mutações) no código genético podem levar à síntese de proteínas modificadas,
resultando em anomalia ou doenças, como por exemplo, a anemia falciforme (siclemia). 
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Nucléolo
Estrutura do Núcleo
Geralmente as células apresentam um núcleo único aproximadamente esférico e mais ou menos central.
Entretanto, há aquelas que têm dois ou mais núcleos, alguns de formato iregular ou ainda deslocados para
a periferia, junto da membrana plasmática.
O núcleo apresenta uma membrana nuclear ou carioteca, suco nuclear ou cariolinfa, cromatina e nucléolos.
a) CARIOTECA
A carioteca é dupla, sendo constituída por uma membrana interna e outra externa. Ribossomos podem
estar presentes na carioteca, ao lado do hialoplasma.
A carioteca é porosa, lipoprotéica e a cada divisão celular ela se desorganiza e se reconstitui nas
células-filhas.
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b) Suco Nuclear
Também chamado nucleoplasma e cariolinfa. É um gel protéico no qual ficam mergulhados os
componentes do núcleo. Nessa solução as enzimas catalisam importantes reações químicas. Sabe-se que
no suco nuclear pode ocorrer síntese de ATP, substância "armazenadora" de energia, através da glicólise.
c) Nucléolos
O nucléolo tem um aspecto corpuscular esponjoso,sem membrana envoltória e cujas cavidades ficam
preenchidas pelo suco nuclear.
Pode haver mais de um nucléolo por núcleo. Quimicamente, o nucléolo é muito rico em RNA
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ribossômico, que agregado à proteína forma os ribossomos.
No início da divisão celular, os nucléolos se desintegram, provavelmente espalhando-se pelo citoplasma
sendo distribuídos para as células filhas. No fim da divisão, eles são novamente sintetizados nas
células-filhas por um cromossomo especial (organizador do nucléolo).
d) Cromatina
Numa célula em intérfase (período anterior à divisão celular) a cromatina aparece como uma massa
filamentosa emaranhada, mais ou menos homogênea no interior do núcleo.
Durante a intérfase cada cromossomo é constituído por um filamento de DNA extremamente fino, e
enrolado em grânulos de proteínas histonas, chamado cromonema. A cromatina interfásica é então
constituída pelo conjunto de cromonemas emaranhadas no interior do núcleo.
O filamento de cromatina (DNA + histonas) cromossômica, na intérfase, apresenta regiões mais
condensadas (heterocromatina) e menos espiralizadas (eucromatina). Antes da célula dividir-se o
cromossomo vai ficando mais condensado e curto, devido ao frouxo enrolamento da eucromatina; cada
cromossomo apresenta-se duplicado, porém os dois filamentos (cromátides) estão unidos num único
ponto: o centrômero, que é uma região heterocromática (constricção primária). Todas as outras
constricções do mesmo cromossomo serão secundárias. 
O número de cromossomos é fixo dentro de uma mesma espécie: o homem possui 46 cromossomos, a
drosóphila 8, o milho 20. Na maioria dos organismos, apresentam-se aos pares, constituindo os
cromossomos homólogos (cariótipo). Assim, os 46 cromossomos são 23 pares de homólogos, cada núcleo
tem dois conjuntos semelhantes de cromossomos (2 genomas), sendo por isso, diplóide (2n = 46).
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Matérias > Biologia > Citologia > Núcleo > Cromatina - Cromossomos; DNA; RNA, Síntese de proteínas;
Nucléolo
Ao longo de cada cromossomo, aos segmentos de DNA codificadores das diferentes proteínas (enzimas,
anticorpos, etc), chamaremos de genes. Lado a lado, em cromossomos homólogos, estão os genes alelos
codificando cada característica hereditária.
A forma dos cromossomos depende da relação de tamanho entre seus braços, determinada pela posição
dos centrômeros. Apresenta 4 tipos:
Metacêntricos: o centrômero ocupa a posição média do cromossomo, deixando dois braços com
mesmo comprimento.
l 
Submetacêntricos: tendo o centrômero um pouco deslocado para uma das extremidades, forma
dois braços com diferentes tamanhos.
l 
Acrocêntricos: estando o centrômero bastante deslocado para uma das extremidades. Apresentará
um dos braços bem mais comprido que o outro.
l 
Telocêntricos: o centrômero está numa das extremidades, deixando um só braço cromossômico.l 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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O cariótipo indica número, tamanho, forma e características dos cromossomos de uma espécie.
Os cromossomos homólogos numa célula diplóide.
As células reprodutoras ou gametas dos organismos diplóides, por sua vez, têm um único conjunto de
cromossomos (genoma) sendo, por isso haplóides (n).
Matérias > Biologia > Citologia> Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Matérias > Biologia > Citologia > Núcleo > Imunologia: soros e vacinas
IMUNOLOGIA: soros e vacinas
Aos componentes químicos estranhos ao nosso corpo chamamos de antígenos. Sua entrada no nosso
organismo desencadeia um mecanismo de defesa, com a produção de anticorpos, que são proteínas
específicas para combater os antígenos recebidos. O mecanismo de reconhecimento entre
antígeno-anticorpo é visualizado como fosse chave-fechadura.
Nos mamíferos, especialmente no homem, esse mecanismo imunológico é bastante desenvolvido,
podendo prevenir (proteger) o nosso organismo contra o parasitismo (doenças) provocado por
microrganismos (vírus ou bactérias).
O reconhecimento da presença dos antígenos é realizado por leucócitos especiais, os linfócitos T
auxiliares. A partir destas células, serão ativados os linfócitos B (plasmócitos ) responsáveis pela
produção dos anticorpos.
Esse mesmo mecanismo identificador de antígenos é responsável pelas reações alérgicas (rinites; crises
de bronquite ou ama) e pelo processo de rejeição de órgãos transplantados.
Indivíduos que já tiveram doenças como a caxumba ou a rubéola costumam estar protegidos
permanentemente, devido à formação de anticorpos duradouros. Evidentemente que adquirir a
imunização através da doença não é o melhor processo. Com essa finalidade são desenvolvidas as vacinas
que deverão ser aplicadas segundo um calendário bem programado.
As vacinas podem apresentar os microrganismos (vírus ou bactéria) mortos ou vivos e “atenuados”
(processos físico-químicos que impedem a manifestação da doença, reduzindo a virulência do agente
causador). As pessoas irão recebê-las através de injeção ou por via oral (Sabin – gotículas contra a
poliomielite). Assim, respeitado o calendário que prevê os intervalos de tempo e número de doses
adequadas, o nosso organismo desenvolve a imunologia ativa (produção dos próprios anticorpos
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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específicos).
Há antígenos como os venenos de serpentes ou de aracnídeos que podem agir muito rapidamente no nosso
organismo, causando danos fisiológicos com risco de serem fatais. Para essas situações são indicadas as
aplicações de soros específicos, os quais já apresentarão os anticorpos prontos.
Os soros são desenvolvidos da seguinte forma: pequenas doses de veneno (antígenos) são injetadas num
animal (cavalo, por exemplo), sem lhe causar dano. Lentamente o animal fica imunizado contra esse tipo
específico de veneno, apresentando certa concentração dos anticorpos respectivos na sua corrente
sangüínea. Do sangue desse animal é separado o soro (porção líqüida), onde estarão os anticorpos. Este
soro apresentará a propriedade de curar uma pessoa “picada” que tenha recebido o respectivo veneno. A
esse processo chamamos de imunização passiva.
É importante reconhecer que a mãe grávida (através da circulação placentária), além da alimentação e
oxigenação passa ao bebê parte dos anticorpos que ela possui. Isso confere imunidade nos primeiros
meses após o nascimento. O mesmo processo ocorre através do leite durante o importantíssimo período de
amamentação. 
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Núcleo > Imunologia: soros e vacinas
 Formas de imunização:
Características Exemplos
Imunização Ativa
o antígeno é introduzido,
provocando a produção de
anticorpos pelo próprio
organismo que o recebeu.
l 
imunização lenta, porém
duradoura. Em geral requer
diversas doses, com intervalos
de tempo adequados, para
chegar à concentração de
imunização desejável.
l 
o organismo “aprende” –
células (linfócitos T) de
“memória imunológica” – a
produzir os próprios anticorpos
específicos contra determinado
antígeno.
l 
pegar uma doença. Tomar
 vacina.
l 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Imunização Passiva
os anticorpos são produzidos
em um outro animal.
l 
ao receber o soro com os
anticorpos já prontos, o
organismo não participa da sua
produção; esses anticorpos são
de efeito rápido na defesa do
corpo, porém pouco
duradouros.
l soro antiofídico; soro
antiaracnídico; soro antitetânico.
l 
anticorpos da mãe para o bebê
através da placenta ou da
amamentação.
l 
Calendário de vacinação:
 IDADE VACINA PREVENÇÃO (profilaxia)
1 mês*
BCG tuberculose 
Anti Hepatite B hepatite B (vírus)
2 meses
DPT(tríplice) difteria,tétano,coqueluche
Sabin poliomielite (vírus)
Anti-Haemophilus meningite
4 meses
DPT difteria, tétano, coqueluche 
Sabin poliomielite (vírus)
Anti Haemophilus meningite
6 meses
DPT difteria, tétano, coqueluche
Sabin poliomielite (vírus)
Anti Hepatite B hepatite B
Anti Haemophilus meningite por Haemophilus
7-9 meses Sarampo sarampo (vírus)
15 meses
DPT difteria, tétano, coqueluche
Sabin poliomielite (vírus)
sarampo sarampo
MMR caxumba e rubéola (vírus)
18 meses
DPT difteria, tétano, coqueluche 
Sabin poliomielite (vírus)
Anti Haemophilus meningite por Haemophilus
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2 anos
Anti Hepatite A Hepatite A (vírus)
Meningite meningocócica Meningite
4 a 6 anos
DPT difteria, tétano, coqueluche 
Sabin poliomielite (vírus)
10 anos** DT (“repetida” de 5 em 5 anos)** difteria, tétano
Pode ser aplicada desde o nascimentol 
Reforço a cada 5 ou a cada 10 anos, por toda a vida !l 
 
9_2
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Organização Estrutural dos Seres Vivos > Acelulares (Vírus)
Acelulares (vírus)
INTRODUÇÃO
Nos sistemas tradicionais de classificação dos seres vivos, os vírus não são incluídos por serem
considerados partículas ou fragmentos que só adquirem manifestações vitais quando parasitam células
vivas.
Apesar de até hoje ainda persistir a discussão em torno do tema, a tendência é considerar os vírus como
seres vivos.
Os vírus são extremamente simples e diferem dos demais seres vivos pela inexistência de organização
celular, por não possuírem metabolismo próprio, e por não serem capazes de se reproduzir sem estar
dentro de uma célula hospedeira. São, portanto, parasitas intracelulares obrigatórios; são em
conseqüência, responsáveis por várias doenças infecciosas.
Geralmente inibem o funcionamento do material genético da célula infectada e passam a
comandar a síntese de proteínas.
l 
Os vírus atacam desde bactérias, até plantas e animais.l 
Muitos retrovírus (vírus de RNA) possuem genes denominados oncogenes, que induzem as células
hospedeiras à divisão descontrolada, com a formação de tumores cancerosos.
ESTRUTURA DOS VÍRUS
Os vírus são formados basicamente por um envoltório ou cápsula protéica, que abriga o material
hereditário. Este pode ser tanto o ácido desoxirribonucléico (DNA) como o ácido ribonucléico (RNA).
Esses dois ácidos nucléicos, no entanto, nunca ocorrem em um mesmo vírus. Existem, assim, vírus de
DNA e vírus de RNA. Em todos os outros seres vivos, o ácido desoxirribonucléico e o ácido ribonucléico
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ocorrem juntos dentro das células, sendo o DNA o "portador" das informações genéticas e o RNA o
"tradutor" dessas informações.Formados por uma cápsula (capsídio) protéica + ácido nucléico: DNA ou RNA.
O capsídio, além de proteger o ácido nucléico viral, tem a capacidade de se combinar
quimicamente com substâncias presentes na superfície das células, o que permite ao vírus
reconhecer e atacar o tipo de célula adequado a hospedá-lo.
l 
A partícula viral, quando fora da célula hospedeira, é genericamente denominada vírion.l 
Cada tipo de vírus possui uma forma característica, mas todos eles são extremamente pequenos,
geralmente muito menores do que as menores bactérias conhecidas, sendo visíveis somente ao
microscópio eletrônico.
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Organização Estrutural dos Seres Vivos > Acelulares (Vírus)
REPRODUÇÃO DOS VÍRUS
Os processos de reprodução viral mais bem estudados são os dos bacteriófagos, ou simplesmente fagos,
vírus que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli como os T2 e T4.
Os vírus só se reproduzem no interior de células vivas.
O fago adere à superfície da célula bacteriana e injeta o DNA viral no interior da bactéria. A cápsula
protéica vazia fica fora da célula hospedeira.
Existem, entretanto, outros tipos de vírus, que infectam células eucarióticas, como, por exemplo, o vírus da
gripe e do herpes simples, que penetram inteiros na célula hospedeira, com a cápsula e o ácido nucléico.
Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos.l 
ciclo lisogênico = DNA viral incorpora-se ao DNA bacteriano e não interfere no metabolismo da
bactéria, que se reproduz normalmente, transmitindo o DNA viral aos seus descendentes.
l 
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ciclo lítico = DNA viral passa a comandar o metabolismo bacteriano e a formar vários DNAs
virais e cápsulas protéicas, que se organizam formando novos vírus. Ocorre a lise da célula,
liberando vários vírus que podem infectar outras bactérias, reiniciando novamente o ciclo.
l 
 
10_2
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Organização Estrutural dos Seres Vivos > Procariontes e Eucariontes
Procariontes e Eucariontes
Introdução
Existem dois tipos de células: as células PROCARIOTAS, que embora tenham material genético (DNA e
RNA), não apresentam membrana nuclear (carioteca) e nem organelas citoplasmáticas. A única estrutura
presente no citoplasma dessas células são os ribossomos, estruturas necessárias para a síntese de
proteínas. Organismos formados de células procariotas são os procariontes. Como exemplo temos todos
os organismos pertencentes ao reino Monera, isto é, bactérias e cianobactérias, antigas cianofíceas.
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Célula bacteriana
 
 
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Matérias > Biologia > Citologia > Organização Estrutural dos Seres Vivos > Procariontes e Eucariontes
O outro tipo de célula que existe são as células EUCARIOTAS. Estas, além de terem carioteca,
apresentam vários tipos de organelas citoplasmáticas. Os organismos eucariontes, são aqueles formados
por células eucariotas. Todos os outros reinos de seres vivos são compostos por organismos eucariontes.
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Célula Vegetal
Célula animal
Quando estudamos as células eucariotas, notamos que existe uma grande variedade de tipos, mas embora
existam tipos muito diferentes, todas elas apresentam uma série de estruturas em comum. Muitas vezes o
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que torna uma célula diferente de outra é a quantidade de um certo tipo de estrutura ou a sua ausência ou
presença.
 
11_2
 
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Classificação dos seres vivos >
Sistemas- critérios
Sistemas: critérios
Classificação dos seres vivos
OS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
As primeiras classificações do universo biológico eram artificiais, pois utilizavam critérios arbitrários que
não refletiam possíveis relações de parentesco entre os seres vivos.
As classificações atuais procuram analisar um grande conjunto de caracteres, tentando estabelecer
relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos.
Aristóteles (384 – 322 a.C.) = “1ª tentativa” – animais: com sangue – sem sangue/úteis – nocivos.l 
Teofrasto – Vegetais: úteis – nocivos/tamanho: árvores – arbustos – subarbustos – ervas.l 
O grande marco na classificação dos seres vivos deveu-se a Lineu, em 1758 (século XVIII). Esse
naturalista sueco, apesar de acreditar no princípio da imutabilidade das espécies (fixismo) e de não ter
dado ênfase às relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos, desenvolveu um sistema de
classificação utilizando categorias hierárquicas, que é adotado até hoje, embora com algumas
modificações.
O conceito biológico de espécie passou a ser considerado em termos populacionais: agrupamento de
populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes, produzindo descendentes férteis e
reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos.
Observação:
Asno (burro)
(2n = 66 cromossomos) X
égua
(2n = 66 cromossomos)
 
MULA
(vigorosa; “estéril”, pois as células sexuais degeneram!)
Portanto, asno e égua = espécies diferentes!
Uma espécie pode dar origem a outras e esse conjunto de espécies é agrupado em um mesmo gênero.
Gêneros semelhantes são agrupados em uma mesma família; famílias semelhantes são agrupadas em uma
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mesma ordem; ordens semelhantes são agrupadas em uma mesma classe; classes semelhantes são
agrupadas em um mesmo filo ou divisão; filos ou divisões semelhantes são agrupados em um mesmo
reino.
Espécies de um mesmo gênero são mais aparentadas entre si do que espécies de outro gênero;
gêneros diferentes, mas pertencentes a uma mesma família, são mais aparentados entre si do que gêneros
de outras famílias, e assim por diante.
A espécie é a unidade de classificação. A hierarquia das diferentes categorias taxonômicas ou taxa (taxa
= plural de táxon) é:
Espécie Gênero Família Ordem Classe Filo ou divisão Reino
Desse modo, o sistema de classificação de Lineu, utilizando categorias hierárquicas, é a base do atual
sistema de classificação. Com a mudança de interpretação do significado das categorias taxonômicas, esse
sistema passou a ser chamado sistema natural de classificação.
 
 
Página 2
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Classificação dos seres vivos >
Sistemas- critérios
Como exercício dos critérios usados no atual sistema de classificação, vamos analisar a classificação do
cão doméstico desde a categoria taxonômica mais ampla que é o reino até a mais específica, que é a
espécie:
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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a) na passagem do nível taxonômico reino para o filo dos Cordados foram excluídas a minhoca e a
estrela-do-mar, pois estesdois animais são os únicos que não apresentam notocorda (“bastão” de
sustentação) durante o desenvolvimento embrionário.
b) no subfilo dos vertebrados foram excluídos o anfioxo e a ascídia, por serem os únicos que não
substituirão a notocorda por uma coluna vertebral, durante o desenvolvimento embrionário. Essa
“incapacidade” de “produção anatômica” reflete o menor grau evolutivo, devido à inexistência de genes
para a sua diferenciação.
c) na passagem seguinte estão excluídos o peixe (classe dos peixes) e a cobra (classe dos répteis), por não
apresentarem as características de semelhanças encontradas na classe dos mamíferos: desenvolvimento
embrionário no útero da mãe, que dará a luz (vivípara) ao filhote; placenta no útero materno para alimentar
e garantir as trocas gasosas do embrião com a mãe; glândulas mamárias (mãe); pêlos no corpo; músculo
diafragma (respiração); hemácias anucleadas; etc.
d) considerando, assim, as características semelhantes e comparadas em morfologia, anatomia, fisiologia,
embriologia, etc, chegaremos à unidade de classificação biológica que é a espécie Canis familiaris,
identificando o cão doméstico entre todos os outros do reino animal.
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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12_4
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Classificação dos seres vivos > Nomenclatura científica: 12_1-4
Nomenclatura científica
O SISTEMA ATUAL DE NOMENCLATURA DAS ESPÉCIES DE SERES VIVOS
Analisa (leva em conta) critérios “evolutivos”.
Morfologia (aspectos externos).l 
Anatomia (aspectos internos): estruturas “homólogas” comparáveis.l 
Fisiologia (composição química): estruturas “homólogas” comparáveis.l 
Embriologia (desenvolvimento).l 
Nível celular:
 Núcleo: - código genético.
 - nº cromossômico.
 Citoplasma - orgânulos
l 
Reprodução: 
 “sexuada” - descendentes “férteis”.
l 
Existem várias regras internacionais de nomenclatura, que são de fundamental importância na
comunicação entre pesquisadores, pois o nome popular dos organismos varia de região para região. Dessa
forma, através das regras internacionais, estabelece-se uma linguagem única, facilitando a
“comunicação” e a identificação dos seres vivos.
O sistema atual de nomenclatura das espécies de seres vivos segue o sistema de Lineu: é binomial, isto é,
composto de duas partes, com os nomes escritos em latim, grifados ou em itálico.
Indica- se o nome do gênero, que geralmente é um substantivo, devendo ser escrito em latim com letra
inicial maiúscula; o epíteto específico, que geralmente é um adjetivo, devendo ser escrito em latim com a
letra inicial minúscula.
Regras de Nomenclatura:
“Mosquinha” das frutas = Drosophila melanogaster = ESPÉCIE
 
 
 gênero + epíteto específico = ESPÉCIE
Mosquito - Culex pipiens = ESPÉCIE.
Mosquito “da malária”- Anopheles sp = gênero e “qualquer espécie”!
Banana “nanica” - Musa cavendishii = ESPÉCIE
 (MUSA “só” é bananeira! Qual?)
Milho – Zea mays = ESPÉCIE
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Classificação dos seres vivos > Nomenclatura científica: 12_2-4
Em outros casos, as espécies podem apresentar variedades, raças ou subespécies. Nesses casos,
acrescenta-se o nome da subespécie após o epíteto específico, escrevendo-o em latim, grifado ou em
itálico, com letra inicial minúscula. O nome da subespécie também não deve ser escrito sozinho, já que por
si só, não tem significado nenhum; deve vir sempre acompanhado pelo gênero e epíteto específico.
Por exemplo:
Mosquito “da dengue”– Aedes (Stegomya) aegypti
ou “da febre amarela" 
 gênero subgênero nome específico
l 
Homem – Homo sapiens sapiens = subespécie ou raça.l 
l Taricanus (Microcanus) trunquii mexicanus.
 
 gênero subgênero nome específico
 
 ESPÉCIE
 SUBESPÉCIE
Planta “maravilha” – Mirabilis jalapa alba = subespécie ou variedade.l 
Atenção!
Em Zoologia, família e subfamília são indicadas, respectivamente, pelos sufixos idae e inae,
acrescido ao nome do gênero mais representativo.
Em Botânica o sufixo é aceae: família Rosaceae (maçã, pêssego, cereja).
Exemplos:
Gênero Culex (mosquito “comum”) – família Culicidae (Culicídeos) e subfamília Culicinae
(Culicíneos).
l 
Família Psychodidae e subfamília Phlebotominae (insetos hematófagos, popularmente chamados
mosquito-palha ou birigüi – transmissores do protozoário flagelado Leishmania, causador da
doença leishmaniose):
Gênero Phlebotomus (Velho mundo).
Gênero Lutzomyia (Americano).
l 
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Classificação dos seres vivos > Nomenclatura científica: 12_3-4
Critérios para a classificação dos seres vivos em Reinos:
Número de células;l 
Tipo de célula;l 
Forma de nutrição (metabolismo);l 
1. Unicelular ou Pluricelular. Quando pluricelular: sem tecidos ou com tecidos.
(Tecido: conjunto de células de mesma origem, que formam um grupo de trabalho.)
2. Procarionte ou Eucarionte.
Procarionte: indivíduo cuja célula não tem carioteca e o único tipo de organela é o ribossomo.
Eucarionte: indivíduo cuja célula tem carioteca e vários tipos de organelas: mitocôndrias, retículo
endoplasmático, complexo de Golgi, etc.
3. Autótrofo ou Heterótrofo.
Autótrofo: indivíduo que produz seu alimento ("alimento" são as substâncias orgânicas que o ser vivo
necessita, como proteínas, carboidratos etc.).
O heterótrofo deve obter o alimento produzido por autótrofos (direta ou indiretamente).
Os cinco Reinos (sistema mais usado = Wittaker)
Características gerais dos 5 Reinos em que os seres vivos podem ser divididos:
Reino Organização
Celular
Exemplos Nº de células Forma de nutrição
Monera Procariontes Bactérias Unicelulares ou
coloniais
Algumas autótrofas;
maioria heterótrofas;e
“decompositoras”
Algas Cianofíceas
(Cianobactérias)
Unicelulares ou
pluricelulares
Todas autótrofas
Protista Eucariontes Protozoários Unicelulares Heterótrofos
Algas eucariontes Unicelulares ou
pluricelulares sem
tecido
Autótrofas
Fungos Eucariontes Lêvedos Unicelulares Heterótrofos; e
"decompositores"Cogumelos Pluricelulares, sem
tecidos
verdadeiros
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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 Metáfita
(Vegetal)
Eucariontes Plantas inferiores e
superiores
Pluricelulares com
tecidos
verdadeiros
Autótrofas
Metazoa
(Animal)
Eucariontes Animais inferiores e
superiores
Pluricelulares com
tecidos
verdadeiros
Heterótrofos
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Classificação dos seres vivos > Nomenclatura científica: 12_4-4
CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS
Atenção!!
Características dos vírus, semelhantes aos seres vivos. Presença de material genético (DNA ou RNA),
com capacidade de mutação.
Têm capacidade de reprodução
Características dos vírus, que permitem considerá-los
seres não vivos (inanimados)
São acelulares (desprovidos de células)
Têm capacidadede cristalizar-se como os
minerais.
Obseravação
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.
Árvore filogenética (adaptação ao sistema de Wittaker)
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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13_2
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Algas: Unicelulares e Pluricelulares: 13_1-2
Algas: Unicelulares e Pluricelulares
Reino Protista
Introdução
Segundo a classificação do mundo vivo em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, o dos Protistas,
agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as
algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são Protistas
autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são Protistas heterótrofos.
Ficologia é o estudo das algas !
As algas eucariontes são estudadas no reino Protista ou no Reino Vegetal!
Suas células possuem membrana celular, carioteca, plastos de diferentes tipos e em pequeno número, às
vezes, apenas um em cada célula; possuem mitocôndrias, além de outras organelas celulares. Possuem
membrana esquelética.
São unicelulares ou pluricelulares. Nestas, o corpo é um TALO, portanto, são vegetais TALÓFITOS.
Muitas são microscópicas, enquanto, outras, podem apresentar talos com dezenas de metros de
comprimento, como as Nereocystis e Macrocystis (= feofíceas).
No reino Vegetal, estarão as algas pluricelulares (vermelhas, pardas e verdes), que mostram todas as
características básicas dos vegetais. Assim como todos os vegetais, elas são eucariontes, pluricelulares
e exclusivamente autótrofas. As clorofilas e outros pigmentos relacionados à fotossíntese ficam no
interior de plastos. A parede celular é de celulose, e o amido é a principal substância de reserva
armazenada na forma de grãos insolúveis.
Divisão Pigmentos Parede celular Reserva Locomoção Reprodução
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Cyanophyta
ad,as,as,t
Clorofila a
Ficocianina
Ficoeritrina
Glicoproteínas
Glicogênio
Amido das
cianofíceas
(~ glicogênio)
Não há Bipartição simples
Euglenophyta
(unicelulares)
ad,ab,as,t
Clorofilas a,b
Caroteno
Não há
celulose
Paramilo (~
mido) e óleo
Flagelos (1,2 ou
3)
Bipartição
simples.
Sexuada,rara
Pyrrophyta
(dinoflagelados)
(unicelulares)
ad,ab,as, t
Clorofilas a;c
Caroteno
Xantofilas
Placas Amido eÓleo
Flagelos = 2
morfologica/
desiguais
Bipartição
simples.
Sexuada,rara
Chrysophyta
(douradas)
(diatomáceas)
ad,ab,as,t
Clorofilas a;c
Caroteno
Fucoxantina
(parda)
Pectina +
Sílica Óleo
Ativa, por
expulsão de água
Bipartição e
Sexuada
Chlorophyta
(verdes)
ad,ab,as,t
Clorofilas a;b
Caroteno
Xantofilas
Celulose e
Pectina Amido
Talo fixo.
Unicelulares-
livres (2 ou 4
flagelos)
Zoósporos
Isogamia
Heterogamia
Oogamia
Phaeophyta
(pardas)
ab,as
Clorofilas a;c
Caroteno
Fucoxantina
(parda)
Celulose +
Algina
Laminarina e
Manitol
Talos fixos e
flutuantes
Alternância de
gerações
Rhodophyta
(vermelhas)
ab,as,ad
Clorofilas a;d
Caroteno
Ficoeritrina
Celulose
Carragenina,
Ágar e CaCO3
Amido de
Florídeas (~
glicogênio)
Talos fixos Alternância degerações
ad = água doce (~1% sais) ; as = água salgada (~3,5-4% sais) ; ab = água salobra.l 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Algas: Unicelulares e Pluricelulares: 13_2-2
PLÂNCTON - corresponde a um conjunto de seres que vivem em suspensão na água dos rios,
lagos e oceanos, carregados passivamente pelas ondas e correntes. No plâncton distinguem-se dois
grupos de organismos:
l 
fitoplâncton: organismos produtores (fotossintetizadores), representados
principalmente por dinoflagelados e diatomáceas, constituem a base de
sustentação da cadeia alimentar nos mares e lagos . São responsáveis por mais de
90% da fotossíntese no planeta.
zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados
principalmente por protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos
invertebrados e de peixes.
Crysophyta as células das diatomáceas possuem parede celular rígida denominada frústula ou
carapaça, composta por duas valvas que se encaixam e podem apresentar grande diversidade de
formas e de ornamentação. Existem depósitos seculares dessas carapaças, denominados terra de
diatomáceas ou diatomito. Essas carapaças são utilizadas na fabricação de cosméticos, filtros e
produtos de polimento.
l 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Bipartição simples
Euglena Bipartição simples
Diatomácea
Pyrrophyta “floração das águas” = “maré vermelha” (Gonyaulax = H2O doce). Forma
populações extraordinariamente grandes, que dão origem a extensas manchas avermelhadas na
superfície do mar. O grande problema das “marés vermelhas” está na elevada toxicidade da
neurotoxina produzida por Gonyaulax.
l 
Noctiluca = pirrófitas bioluminescentes (convertem energia química em luz) parecem
minúsculas “gotas de geléia transparente” na superfície da água.
l 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Noctiluca Ceratium
fitoplâncton emite para a atmosfera do planeta o gás dimetil- sulfeto (DMS), que reagindo com O2 e
H2O forma gotículas de H2SO4. Essas gotículas de ácido em suspensão condensam água, formando
90% das nuvens do planeta. Essas algas oferecem, então, uma grande contribuição para o clima.
l 
 
14_5
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Bactérias, Cianobactérias ( Algas ): 14_1-5
Bactérias; Cianobactérias (Algas)
REINO MONERA
MORFOLOGIA DOS MONERA
O Reino Monera é formado por organismos procariontes, representados pelas bactérias e algas azuis
(cianoficeas ou cianobactérias). São unicelulares ou coloniais. Como em toda célula procariótica, nesses
organismos não há organelas citoplasmáticas delimitadas por membranas e o material nuclear não está
envolto pela carioteca. Os únicos tipos de orgânulos são os ribossomos.
As bactérias são encontradas no ar, na terra, na água, nos organismos.
Pequenas, em geral . Possuem membrana plasmática e membrana esquelética (= mucocomplexa)
e ainda podem ter uma cápsula protetora gelatinosa como nos pneumococos.
Muitas bactérias apresentam movimentos usando estruturas semelhantes aos flagelos.
Bactérias: Classificação (critérios)
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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cocos: bactérias arredondadas, mais ou menos globosas:l 
bacilos: possuem a forma de bastonetes:l 
espirilos: assemelham-se a uma espiral ou saca-rolha:l 
vibrião: é um caso especial de espirilo, assemelhando-se a um segmento da espiral, ou a uma
vírgula;
l 
Estrutura de uma bactéria - bipartição
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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TÉCNICA DE 
GRAM(1884) : 
esfregaço (30’).l 
violeta genciana (1’)
=corante. 
l 
lugol (1’) =
“mordente”.
l 
água corrente.l 
álcool 95 oG.L.l 
fucsina diluída =
corante.
l 
água corrente = lavar
secar.
l 
GRAM (+) = cor “roxa”
ácido teicóico + 
ribonucleato de Mg 
l 
mucopolissacarídeos (> de
60%) (peptidoglicano)
l 
Pressão osmótica 25 atml 
GRAM (-) = cor “rósea”
lipopolissacarídeosl 
mucopolissacarídeos (< de
10%) (peptidoglicano)
l 
Pressão osmótica 8 atml 
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Bactérias, Cianobactérias ( Algas ): 14_2-5
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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 Obs.: - os COCOS, em geral são GRAM (+) , com exceção de Neisseria. 
 - os BACILOS, em geral são GRAM (-), com exceções de Corynebacterium, Clostridium e
Bacillus. 
 - a técnica de Gram é importante para indicar se a bactéria é sensível ou não às sulfas e penicilina.
Cocos e bacilos podem, em alguns casos, formar colônias, tais como:
diplococos: colônias formadas por dois cocos:l 
estreptococos: colônias formadas por vários cocos em fileira;l 
tétrades: quatro cocos;l 
estafilococos: colônias formadas por vários cocos arranjados de modo semelhante a um cacho de
uva;
l 
sarcinas: colônias formadas por vários cocos em arranjos cúbicos;l 
diplobacilos: colônias formadas por dois bacilos;l 
estreptobacilos: colônias formadas por vários bacilos em fileira.l 
c) Tipo de nutrição (metabolismo): 
a) AUTÓTROFAS fotossíntese ou quimiossíntese 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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b) HETERÓTROFAS:
saprófitas = decomposição por enzimas, da matéria orgânica “morta”
(PUTREFAÇÃO):
 
“reciclagem" de sais ...
l 
fermentação = ausência de O2 : álcool; vinagre; coalhada; queijos (“cura”)...l 
mutualismo = “nódulos” de raízes de leguminosas (feijão, ervilha) (FIXADORAS
 DE N2 NO2- ; NO3-)
l 
parasitas patogênicas (doenças) vide tabela!l 
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Bactérias, Cianobactérias ( Algas ): 14_3-5
BACTÉRIAS fotossintetizantes e quimiossintetizantes : - equação:
Reprodução assexuada das bactérias
As bactérias reproduzem-se mais freqüentemente por um processo assexuado denominado divisão binária
ou cissiparidade.
Em uma célula inicial, ocorre a duplicação do material hereditário, que está ligado ao mesossomo
(reentrância da membrana plasmática). A célula começa a crescer e os mesossomos afastam-se, levando
consigo um cromossomo. Logo após, a célula se divide, dando origem a duas células-filhas com a mesma
bagagem hereditária da célula-mãe. O processo dura aproximadamente 20 minutos.
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Bactérias, Cianobactérias ( Algas ): 14_4-5
Reprodução sexuada
a) O mecanismo de recombinação gênica mais importante em bactérias é a conjugação bacteriana.
Na conjugação bacteriana duas bactérias unem-se temporariamente através de uma ponte citoplasmática.
Em uma das células, denominada "doadora" ou "macho", ocorre a duplicação de parte do cromossomo.
Essa parte duplicada separa-se e, através da ponte citoplasmática, passa para outra célula, denominada
"receptora" ou fêmea", unindo-se ao cromossomo dessa célula receptora. Esta ficará, então, com
constituição genética diferente daquela das duas células iniciais. Essa bactéria "recombinante" pode
apresentar divisão binária, dando origem a outras células iguais a ela.
Como regra geral, em qualquer mecanismo de recombinação gênica nas bactérias, somente uma fração do
cromossomo da bactéria doadora é transferida para a bactéria receptora. A fração doada corresponde a
uma porção duplicada do cromossomo.
b) TRANSFORMAÇÃO: Griffith (pneumococos) = de pedaços de DNA de “bactéria estranha”,
dispersos no meio, algum é incorporado, em condições especiais e a bactéria passa a exibir o fenótipo
(característica) da “doadora”. Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de
Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas (bactérias
transgênicas).
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c) TRANSDUÇÃO : transferência de material genético de uma bactéria para outra, através de vírus
bacteriófagos ou fago (= vetor).
BACTÉRIAS : - importância !
na farmacêutica produção de antibióticos :l 
 - tirotricina ; bacitracina ; subtilina ; polimixina B.
 -ACTINOMICETOS a bactérias, mesmo lembrando fungos: estreptomicina;
aureomicina; terramicina. 
na agricultura fixação do nitrogênio (raízes de leguminosas: feijão, ervilha); parasitas
(fitopatologia).
l 
na indústria vinagre (fermentação acética); coalhadas (fermentação lática); bebidas alcoólicas 
(fermentação alcoólica ou etílica); queijos (“cura”): “duros”: Cheddar; parmesão; “moles”:
Limburger.
l 
na medicina e veterinária doenças !l 
em genética e biologia molecular estudos: mutação, reprodução, engenharia genética, etc.l 
decompositores cadeias alimentares - reciclagem !l 
 
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Bactérias, Cianobactérias ( Algas ): 14_5-5
Algas azuis(= Cianobatérias)
As algas azuis são unicelulares, mas formam freqüentemente colônias laminares ou filamentosas. Apesar
de estruturalmente semelhantes às bactérias, as algas azuis diferem delas por possuírem clorofila,
pigmento encontrado em todos os eucariontes fotossintetizantes. Existem algumas bactérias que realizam
fotossíntese, mas nesse caso, o pigmento é denominado bacterioclorofila.
Estrutura celular:
PAREDE CELULAR: glicoproteínas + glicogênio.
“LAMELAS
FOTOSSINTETIZANTES”:
(Pigmentos)
- clorofila a
-ficocianina (azul) ficobilinas
(tetrapirrólicos de cadeia aberta)
- ficoeritrina (vermelho)
Os pigmentos nos Monera estão associados a um sistema de membranas internas na célula, porém não há
formação de nenhuma organela citoplasmática definida. Apresentam somente ribossomos.
Reprodução nas Algas Azuis
A reprodução das cianofíceas não coloniais é assexuada, por divisão binária, semelhante à das
bactérias.As formas filamentosas podem reproduzir-se assexuadamente por fragmentação ou
hormogônia: quebram-se em alguns pontos, dando origem a vários fragmentos pequenos chamados
hormogônios, que, por divisão de suas células, darão origem a novas colônias filamentosas. Algumas
formas coloniais filamentosas produzem esporos resistentes, denominados acinetos, que podem
destacar-se e originar novos filamentos. Além de acinetos, algumas espécies possuem uma célula especial
denominada heterocisto, cuja função ainda não está esclarecida, mas há indícios de que sejam células
fixadoras de nitrogênio e de que auxiliem na sobrevivência e flutuação dos organismos sob condições
desfavoráveis.
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Divisão Pigmentos Parede celular Reserva Locomoção Reprodução
Cyanophyta
ad,as,ab,t
Clorofila a
Ficocianina
Ficoeritrina
Glicoproteínas
Glicogênio
Amido das cianofíceas
(~ glicogênio) Não há Bipartição simples
ad = água doce ( 1% sais) ; as = água salgada ( 3,5 % sais) ; ab = água salobra ; t = terrestre.
 
15_7
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Fungos - Liquens: 15_1-7
Fungos- Liquens
CARACTERÍSTICAS GERAIS
MICOLOGIA estudo dos fungos (= mikas ; myketos).l 
Os fungos ou seus esporos são encontrados praticamente em todos os ambientes: água, terra, ar e
nos organismos (como parasitas ou mutualísticos).
l 
Suas células eucarióticas possuem membrana esquelética de quitina (polissacarídeo que aparece
no exoesqueleto de artrópodos). Apresentam também outras características de animais, como
glicogênio (reserva de açúcar) e centríolos.
l 
CLASSIFICAÇÃO: - critérios:l 
1. Tipo de célula = eucariontes:
parede celular:
quitina (polissacarídeo nitrogenado).m 
l 
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celulose ou hemicelulose (raro!)m 
citoplasma = grânulos de glicogênio (reserva). l 
2. Número de células : - unicelulares = leveduras.
 
3. Tipo de nutrição: - todos são HETERÓTROFOS.
Decompositores absorção após digestão por enzimas lançadas “externamente” sobre o alimento
(SAPRÓFITAS).
l 
Mutualismo (simbiose) micorrizas (fungos + raízes)!
liquens = fungos + algas (verdes ou azuis).
l 
Predadores “vermes” terrestres.l 
Células vegetais (raiz) com micorriza (mutualismo)
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Verme aprisionado por um fungo (predador)
Parasitas (patogênicos) micoses (externas ; internas = micetomas ou tumores).l 
 
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REPRODUÇÃO: - sexuada “plasmogamia” (fusão de hifas monocarióticas).
 Alternância de gerações (metagênese)!
 - assexuada brotamento ; esporos (muitos tipos e formas);
 “sorédios” liquens.
ESTRUTURA
Os fungos podem ser divididos em Mixomicetos e Eumicetos.
I. Mixomicetos
Fungos primitivos, saprófitos e constituem grandes massas citoplasmáticas pluricelulares.
Locomovem-se através de pseudópodos.
II. Eumicetos
São os fungos verdadeiros.
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O corpo dos fungos é formado por numerosos filamentos denominados hifas. A hifas formam um
emaranhado que se chama micélio.
Da célula ao talo
tipos de hifas
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Fungos - Liquens: 15_3-7
Os micélios desenvolvem-se geralmente dentro do substrato onde o fungo se fixa. Os micélios dos
ascomicetos e dos basidiomicetos podem desenvolver formações que emergem do substrato, tornando-se
visíveis: são os corpos de frutificação, popularmente conhecidos por cogumelos. É no corpo de
frutificação, ou cogumelo, que se desenvolvem os ascos ou os basídios. Os ficomicetos e alguns
ascomicetos não desenvolvem corpos de frutificação.
Esses fungos podem desenvolver dois tipos de estruturas, relacionadas com o processo de reprodução: o
asco e o basídio.
Com base na formação ou não formação dessas estruturas, podem ser classificados em três grupos:
a) FICOMICETOS: (alguns bolores): possuem hifas cenocíticas (sem septos transversais).
Desenvolvem-se sobre matéria orgânica úmida, constituindo o bolor que pode ser branco ou preto (Mucor
e Rhizopus). O micélio é ramificado e desorganizado. Saprolegnia também é ficomiceto, aquático, que
decompõe animais mortos. Pilobolus é saprófita encontrado sobre fezes recentes de herbívoros (cavalos,
capivaras, antas, etc.). 
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Ciclo reprodutivo (alternância de gerações) do bolor negro do pão Rhizopus nigricans
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Fungos - Liquens: 15_4-7
b) ASCOMICETOS: os pluricelulares formam hifas septadas. Possuem hifas haplóides e hifas dicarióticas
com dois núcleos n em cada célula. Estas hifas formam os ASCOS, onde haverá fusão dos núcleos n
(cariogamia), seguindo-se a meiose espórica e formando 8 ascósporos; cada um destes produzirá hifa n
(monocariótica) e o ciclo reprodutivo continuará.
Neurospora = bolor róseo, muito usado em pesquisas genéticas.l 
Tuber e Morchella: usados na alimentação. As trufas (brancas – amadurecidas, ou escuras – não
amadurecidas) são corpos de frutificação (= ascocarpos) do gênero Tuber.
l 
Saccharomyces (lêvedo) ou fermento usado em fermentação alcoólica (cerveja) e nas panificadoras.l 
Aspergillus e Penicillium: bolor “azul-esverdeado” em cascas de laranja. Do Penicillium, Alexander
Fleming, 1929, descobriu o antibiótico penicilina.
l 
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O fungo Penicilium notatum é um exemplo de ascomiceto que não desenvolve corpo de frutificação. É
conhecido como "fungo da penicilina", pois é dele que se produz a penicilina (o primeiro antibiótico
descoberto) industrialmente.
A penicilina é um antibiótico poderoso e representa importante auxiliar da medicina no combate às infecções
bacterianas. Embora produzida por um fungo, não atua sobre as micoses, doenças causadas por fungos, nem
sobre infecções causadas
por vírus.
Obs.: As leveduras, como é o caso de Saccharomyces cerevisae, podem-se reproduzir assexuadamente por
brotamento.Saccharomyces cerevisae é outro ascomiceto que não desenvolve corpo de frutificação; forma o
asco, no interior do qual desenvolvem-se quatro ascósporos, e não oito, como é regra geral nos ascomicetos.
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Fungos - Liquens: 15_5-7
C) BASIDIOMICETOS: as hifas são septadas, portanto celulares. As hifas constituem o micélio
subterrâneo que pode formar corpos de frutificação (= basidiocarpos), fora do substrato e com forma de
“guarda-chuva”, como os champignons (comestíveis !).
Amanita é um cogumelo venenoso semelhante ao champignon (América do Norte, Europa).l 
Polyporus (orelha-de-pau) cresce no interior de troncos mortos.l 
Há espécies parasitas que atacam o centeio (= Claviceps purpurea),o amendoim (= Aspergillus flavus =
aflatoxinas) além de outras que produzem substâncias alucinógenas (= Psilocybe).
Agaricus (champignons) – comestíveis. l 
A reproduçãosexuada se dá por plasmogamia que é a fusão de duas hifas (n) formando uma hifa
dicariótica
(com dois núcleos). Quando estas hifas formam os basídios, ocorre a fusão dos núcleos n (cariogamia),
organizando o núcleo 2n, que sofre meiose espórica, produzindo 4 basidiósporos n. Cada um destes se
desenvolve em hifa n (monocariótica), reiniciando o ciclo.
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Alternância de gerações em basidiomicetos
 
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Fungos - Liquens: 15_6-7
D) Deuteromicetos (causam doenças no homem - micoses, sapinho, frieiras)
OS LIQUENS
Alguns fungos podem associar-se de forma muito íntima a certas algas, constituindo uma associação
denominada líquen.
l 
Embora existam liquens nos quais a relação é de parasitismo, a relação ecológica neste caso é o
mutualismo, ou seja, uma associação em que os dois seres recebem benefícios.
l 
Resultam da associação entre ALGAS unicelulares (verdes ou azuis) + FUNGOS
(principalmente ascomicetos).
l 
Esse perfeito “casamento “ (= mutualismo) permite aos liquens sobreviver em regiões onde poucos
seres vivos sobreviveriam. De fato, os liquens podem ser encontrados, por exemplo, sob a neve nas
tundras árticas, onde são importantes fontes nutritivas para animais diversos, como a rena e o
caribu.
l 
Sobre rochas nuas, os liquens são, com freqüência, os primeiros colonizadores (= pioneiros),
desagregando o material rochoso e propiciando nas condições físicas do ambiente uma melhoria tal
que permite a instalação, naquele lugar, de futuras comunidades de musgos e outras plantas
(herbáceas, arbustos, árvores) SUCESSÃO ECOLÓGICA !
l 
Apesar de capazes de sobreviver nos mais variados tipos de habitat, os liquens são muito sensíveis a
substâncias tóxicas, particularmente o SO2 (dióxido de enxofre). Por isso, são utilizados como
indicadores da poluição do ar atmosférico pelo SO2. Como esse gás é um poluente muito comum
nas zonas urbanas, entende-se porque os liquens são relativamente escassos nas cidades.
l 
Os liquens são capazes de absorver e concentrar substâncias radiativas, como o estrôncio 90
(pode se alojar nos ossos, provocando anemia). Constatou-se, que esquimós, no Alasca,
apresentavam taxas elevadas desse elemento no organismo: haviam-no adquirido pela ingestão de
carne de rena e caribu; os animais, por sua vez, obtiveram o elemento ao comerem liquens
contaminados.
l 
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Grupos > Fungos - Liquens: 15_7-7
SORÉDIOS
A reprodução dos liquens faz-se principalmente através de fragmentos vegetativos denominados sorédios.
Cada sorédio contém algumas poucas algas envolvidas por algumas hifas dos fungos.
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16_5
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Divisão Algas ( Pluricelulares ): 16_1-5
Divisão algas (pluricelulares)
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Ficologia é o estudo das algas !
As algas eucariontes são estudadas no reino Protista ou no Reino Vegetal !
Suas células possuem membrana celular, carioteca, plastos de diferentes tipos e em pequeno número, às vezes,
apenas um em
cada célula; possuem mitocôndrias, além de outras organelas celulares. Possuem membrana esquelética.
São unicelulares ou pluricelulares. Nestas, o corpo é um TALO, portanto, são vegetais TALÓFITOS.
Muitas são microscópicas, enquanto, outras, podem apresentar talos com dezenas de metros de comprimento,
como as
Nereocystis e Macrocystis (= feofíceas).
De acordo com a classificação do mundo vivo em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, o dos Protistas,
agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas
inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas).
No reino Vegetal, estarão as algas pluricelulares (vermelhas, pardas e verdes), que mostram todas as
características básicas dos vegetais. Assim como todos os vegetais, elas são eucariontes, pluricelulares e
exclusivamente autótrofas. As clorofilas e outros pigmentos relacionados à fotossíntese ficam no interior de
plastos. A parede celular é de celulose, e o amido é a principal substância de reserva armazenada na forma de
grãos insolúveis.
Divisão Pigmentos Parede celular Reserva Locomoção Reprodução
Chlorophyta
(verdes)
ad,ab,as,t
Clorofilas a;b
Caroteno
Xantofilas
Celulose e
Pectina Amido
Talo fixo.
Unicelulares-
livres (2 ou 4
flagelos)
Zoósporos
Isogamia
Heterogamia
Oogamia
 Phaeophyta
(pardas)
ab,as
Clorofilas a;c
 Caroteno
 Fucoxantina
(parda)
Celulose + 
Algina
Laminarina e
Manitol
Talos fixos e
flutuantes
Alternância
de gerações
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Rhodophyta
(vermelhas)
ab,as,ad
Clorofilas a;d 
Caroteno
Ficoeritrina
Celulose,
 Carragenina,
 Ágar e 
CaCO3
Amido de
Florídeas
(~glicogênio)
 Talos fixos Alternância de
 gerações
ad = água doce (~1% sais) ; as = água salgada (~ 3,5-4% sais) ; ab = água salobra.l 
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Divisão Algas ( Pluricelulares ): 16_2-5
PLÂNCTON - corresponde a um conjunto de seres que vivem em suspensão na água dos rios,
lagos e oceanos, carregados passivamente pelas ondas e correntes. No plâncton distinguem-se dois
grupos de organismos:
fitoplâncton: organismos produtores, representados principalmente por dinoflagelados e
diatomáceas.
m 
zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados principalmente
por protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes.
m 
l 
CARRAGENINA = polissacarídeo da galactose. ÁGAR = polissacarídeo (galactose).l 
ALGINA = polissacarídeo da manose. Os sais do ácido manurônico são utilizados na fabricação de
sorvetes tipo “italiano” ; juntamente com a carragenina e o ágar, são utilizadas como estabilizadores
em doces, sorvetes, dentifrícios e placas de cultura de bactérias.
l 
SARGAÇOS = feofíceas; flutuam livremente em determinadas regiões do Atlântico (Mar dos
Sargaços), podendo acarretar problemas para a navegação. Sob essas espessas camadas de talos
amontoados, criam-se condições de fixação e proteção para um grande número de espécies animais.
l 
Os sargaços (gênero Sargassum) são algas que chegam a atingir mais de 50
metros de comprimento; depois de ressecadas e moídas, elas fornecem um
adubo muito rico em sais de nitrogênio, fósforo, potássio e iodo.
Nereocystis ; Macrocystis = algas feofíceas, cujos talos chegam a dezenas de metros de
comprimento. Nestas algas, popularmente conhecidas como laminárias, há nos talos longos tubos
com placas crivadas, semelhantes às das plantas superiores (têm, comprovadamente, a função de
conduzir soluções no sentido longitudinal).
l 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Químicae Bioquímica - Metabolismo
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No Japão, as laminárias são consumidas (milhares de toneladas anuais) como verdura cozida ou em
sopas.
No Brasil ocorre no litoral do Espírito Santo, em local de águas de temperaturas baixas. Tais algas
atingem até cerca de 4 m de comprimento.
KELPS = laminárias conjunto de grandes (complexas ; > 50 m) algas pardas marinhas, de regiões
frias.
Acetabularia = clorofícea (= sombrinha-de-sereia ; taça-de-vinho-de-sereia) ; marinha, cada
“chapéu” é uma única grande célula, com cerca de 5 cm de altura, mantendo o núcleo no seu
pé. O talo é preso com impregnação calcárea em águas tropicais e sub-tropicais.
l 
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Divisão Algas ( Pluricelulares ): 16_3-5
 REPRODUÇÃO.
Uma característica fundamental do ser vivo é a capacidade de reproduzir-se, isto é, dar origem a outro
ser vivo semelhante (deixar descendentes).
Sem reprodução as espécies desapareceriam.
Nos seres unicelulares, como bactérias, a simples divisão da célula já significa reprodução.
Há dois tipos principais de reprodução: assexuada ou agâmica e sexuada ou gâmica.
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Reprodução assexuada ou agâmica.
Em geral é mais rápida e mais simples que a reprodução sexuada.
Poderá ser feita por um único organismo do qual separam-se células ou partes que darão novos
indivíduos.
Na reprodução assexuada os descendentes são geneticamente iguais ao organismo do qual se originaram
 não ocorrem recombinações genéticas.
Nas espécies unicelulares a reprodução pode ser por simples divisão ou cissiparidade. Nas pluricelulares
podem se formar células especiais (= ESPOROS) que podem ser aplanósporos (sem motilidade) ou
zoósporos (móveis – aquáticos) com dois ou mais flagelos.
Reprodução sexuada ou gâmica: 
De acordo com a morfologia e fisiologia dos gametas temos:
 - ISOGAMIA – gametas iguais morfológica e fisiologicamente.
 - HETEROGAMIA – gametas diferentes em tamanho, porém ambos com flagelos.
 - OOGAMIA – o gameta feminino, oosfera, é grande e imóvel. O gameta masculino, anterozóide, é
pequeno e move-se com seus flagelos.
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Os gametas são formados em estruturas especiais, os gametângios. As oosferas são produzidas nos
oogônios (gametângio )e os anterozóides, nos anterídeos (gametângio).
 
Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Divisão Algas ( Pluricelulares ): 16_4-5
Tipos de ciclos reprodutivos:
 a) HAPLONTES (Haplobiontes) = os organismos são sempre haplóides (n).
Ocorre meiose inicial ou zigótica.
Exemplo: algas verdes conjugadas, Zygnema, que também apresenta reprodução por
 conjugação; alga Spirogyra etc.
b) DIPLONTES (Diplobiontes) = os organismos são sempre diplóides (2n).
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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A meiose ocorre na formação dos gametas = meiose gamética. 
Exemplo: algas verdes Siphonaples.
Este tipo de meiose ocorre também nos animais !
c) HAPLODIPLOBIONTES (Haplonte-diplonte) = existem dois tipos de organimos:
haplóides (n) ou Gametófito e diplóide (2n) ou Esporófito, que se alternam (= alternância
de gerações ou METAGÊNESE).
O indivíduo diplóide (esporófito) (2n) reproduz-se assexuadamente por esporos (n) ocorre meiose
espórica. Os esporos (n) se desenvolvem através de mitoses e dão origem a organismos haplóides
pluricelulares (= gametófitos) e o ciclo continua !
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Divisão Algas ( Pluricelulares ): 16_5-5
Importância das algas:
Renovação do oxigênio na atmosfera.l 
O fitoplâncton é o produtor (base) das cadeias alimentares aquáticas.l 
Fornecem substâncias como ágar, celulose, iodo, alginato etc, com importantes aplicações
industriais.
l 
As carapaças de diatomáceas formam o diatomito ou terra de diatomáceas, usada como abrasivo,
filtros e na fabricação de explosivos.
l 
Determinadas algas como as pirrófitas, podem formar as “marés vermelhas” eliminando
substâncias tóxicas que matam outros seres.
l 
Formam associações com fungos, ou seja, os liquens. l 
 
17_2
 
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Divisão -
Briófita
Divisão Briófita
EMBRIÓFITAS ou CORMÓFITAS
Podemos dividir o Reino vegetal em dois sub-reinos: Talófitas, como as algas e Cormófitas ou
Embriófitas, que incluem as Briófitas, Pteridófitas e Espermatófitas (Gimnospermas e Angiospermas).
As embriófitas são predominantemente terrestres e apresentam alternância de gerações ou metagênese. A
meiose é espórica, sempre formando esporos (n). Uma geração é a gametofítica, haplóide (n) e se
reproduz sexuadamente formando gametas. A outra é a geração esporofítica, diplóide (2n), que se
reproduz assexuadamente formando esporos (n); estes se desenvolvem, dando origem aos gametófitos.
Divisão Briófitas (G > E).
São plantas criptógamas, isto é, não produzem flores.
Correspondem ao grupo de “transição” entre Talófitas e Embriófitas.
Já possuem tecidos organizados, porém não possuem vasos condutores da seiva = avasculares.
Como a maioria das espécies vive fora d’água, não atingem mais que 15 cm de altura (pequeno porte),
pois a seiva é transportada de célula para célula. Precisam de muita umidade e na reprodução o gameta
masculino, anterozóide, deve nadar, atraído pelas substâncias químicas da oosfera, feminina (=
quimiotactismo +).
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Os gametângios são: arquegônios, onde se formam oosferas e anterídios, que formam anterozóides.
Como todas as embriófitas, apresentam alternância de gerações, sendo a geração gametofítica (n) a
mais duradoura, autotrófica e independente (G > E).
As briófitas se dividem em Musgos e Hepáticas:
MUSGOS: são considerados briófitas mais evoluídas que as Hepáticas. Já possuem rizóides,
caulóide e filóides.
l 
Musgo
Os musgos dos gêneros Funaria, Sphagnum (turfa = melhora textura e retenção de água no solo) e
Polytrichum são muitos comuns.
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Turfa
Na alternância de gerações temos as seguintes características:
Gametófito (n) desenvolvido com rizóides, caulóide e filóides. Nos gametófitos estão arquegônio
(formador de oosfera) e anterídio (formardor de anterozóides). Após a fecundação forma-se um
zigoto, que ao desenvolver-se, forma o esporófito (2 n).
l 
Esporófito (2n), constituído por um haustório, fixando-o no gametófito (n). Uma seta e a cápsula
com esporângio, onde ocorre a meiose espórica, para a formação dos esporos (n). O esporo, em
condições favoráveis, desenvolve-se, dando inicialmente o protonema, que se transformará no
gametófito(n) adulto.
l 
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Briófita
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HEPÁTICAS: são as briófitas menos evoluídas, apresentando ainda algumas características de
talófitas, como a Marchantia. O gametófito de talo rastejante, com ramificações dicotômicas,
apresenta estruturas chamadas de chapéus onde se formam arquegônios e anterídios, produzindo os
gametas oosferas e anterozóides.
l 
Hepáticas
Após a fecundação, origina-se o esporófito (2n), dependente do gametófito (n). O esporófito, por meiose
espórica, formará esporos (n), que darão novamente gametófitos.
Nas Hepáticas (Marchantia) ocorre também outro tipo de reprodução, assexuada, por meio de
propágulos, formados no interior de conceptáculos.
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Além das Hepáticas e dos Musgos, as Antoceros também são briófitas, porém, um grupo muito pequeno e
com características entre talófitas e embriófitas, como as Hepáticas.
 
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Pteridófitas
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Divisão Pteridófita
Traqueófitas E > G. 
São plantas criptógamas (não produzem flores).
As Pteridófitas mais conhecidas pertencem à classe das FILICÍNEAS, como as samambaias e avencas.
As folhas do esporófito são bem desenvolvidas, compostas e pinadas. As folhas novas apresentam-se
enroladas na forma de báculos.
 Samambaiaçu Samambaia
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Pteridófitas
Apresentam alternância de gerações ou metagênese. A geração esporofítica (2n) é a mais desenvolvida. A
geração gametofítica (n) é independente, porém, reduzida e constituída pelo protalo. 
O esporófito possui xilema e floema VASCULARES, portanto são traqueófitas ! Podem atingir
vários metros de altura, como a samambaiaçu, com até 15 m.
O esporófito (2n) é autótrofo e independente, apresentando raiz, caule e folhas. Nas folhas podem
apresentar SOROS (= conjunto de esporângios).
Nos esporângios, por meiose espórica, formam-se os ESPOROS (n). Estes, em condições normais,
desenvolvem-se formando o PROTALO (n), que é a geração gametofítica.
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 Folha com soros
No protalo desenvolvem-se os gametângios arquegônio e anterídio, que produzem os gametas oosfera e
anterozóides, respectivamente.
Para a fecundação, o anterozóide biflagelado ou pluriflagelado, depende da água do solo para
locomoção até a oosfera (= quimiotactismo +).
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Pteridófitas
Ciclo das samambaias (pteridófitas isosporadas) : 
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 Além da reprodução por alternância de gerações, também se reproduz por rizomas (caule)
 propagação vegetativa !
Existem outras Pteridófitas, como as classes das Licopodíneas (gêneros Licopodium, Selaginella) e
Equissetíneas (Equissetum).
 
Lycopodium Selaginella.
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Pteridófitas
As Selaginellas são pteridófitas heterosporadas. No interior de estróbilos aparecem dois tipos de
esporângios: microsporângios (2n), que por meiose espórica, produzirão numerosos micrósporos (n), de
pequeno tamanho; e, megasporângios (2n), que através da meiose espórica, cada um produzirá 4
megásporos (n), com tamanho maior que os micrósporos.
Micrósporos (n), lançados ao solo, crescerão, produzindo microprotalos (n); estes serão os gametófitos
masculinos, visto só possuirem anterídios, produzindo somente anterozóides (n).
Megásporos (n), lançados ao solo, crescerão, produzindo megaprotalos (n); estes serão os gametófitos
femininos, visto só possuirem arquegônios, produzindo somente oosferas (n).
Os anterozóides (n) , nadando na água do solo, chegarão ao megaprotalo, onde fecundarão a oosfera (n),
produzindo o zigoto (2n); a partir desse, crescerá a planta adulta (com raiz, caule e folhas), isto é, o novo
esporófito (2n). 
Estróbilo de Selaginella
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Ciclos reprodutivos comparados.
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Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)
Divisão Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)
Fanerógamas (flor "atípica" = estróbilo)
Gimnospermas (sementes "nuas")
 São plantas superiores que formam embriões (embriófitas); produzem “flores” (= ESTRÓBILOS) e
sementes. Possuem vasos condutores da seiva (= traqueófitas).
As Gimnospermas não produzem frutos, portanto, as sementes são “nuas” (Gimno = nua; espermato =
semente).
Os esporófitos são desenvolvidos e algumas espécies apresentam os indivíduos vivos mais antigos, com
alguns milhares de anos (= plantas milenares).
São plantas comuns em climas temperados, especialmente no hemisfério norte (florestas de
Coníferas):Sequóias, pinheiros, ciprestes, Cycas etc.
A geração gametofítica é totalmente dependente da esporofítica, além de apresentar-se extremamente
reduzida (gametófito masculino = tubo polínico; gametófito feminino = saco embrionário). (E > G).
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Divisão
Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)Podemos separar as Gimnospermas em dois grupos, de acordo com as características evolutivas:
1o grupo: Ginkgoíneas (Ginkgo biloba - única espécie atual) e Cicadíneas (gêneros Cycas,
Zamia, Dioon) assifonógamas (= “ausência” de tubo polínico).
l 
Cycas Ginkgo biloba
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Gênero Cycas: - são semelhantes às palmeiras. São plantas dióicas, isto é, existe planta feminina e
planta masculina. A reprodução sexuada é por oogamia, pois o gameta masculino (anterozóide,
trazido pelo grão-de-pólen) é móvel, enquanto que o feminino é grande (oosfera) e imóvel.
l 
Planta masculina:- produz estróbilos masculinos. Nos microsporângios (2n) anteras, são
produzidos os micrósporos (n) grãos-de-pólen, que são transportados pelo vento (anemofilia)
para a planta feminina.
l 
Planta feminina:- produz estróbilos femininos com óvulo megasporângio (2n). O óvulo
apresenta um integumento e sua abertura de entrada é a micrópila. Na entrada da micrópila há uma
câmara polínica com líquido.
l 
Cada megasporângio (2n) produz 4 megásporos (n), sendo que 3 atrofiam. O megásporo (n) resultante
se desenvolve, formando o megaprotalo ou saco embrionário. Este possui arquegônios que produzem
gametas femininos, as oosferas (n).
Fecundação: o grão-de-pólen ou micrósporo (n) origina o gametófito masculino (“curtíssimo tubo
polínico” = assifonógamas !); este deposita os anterozóides (n) ciliados na câmara polínica com líquido,
que nadarão (quimiotactismo +) ao encontro da oosfera (n), fecundando-a.
Assim sendo, nas Cicadíneas e também Ginkgoíneas, a fecundação é semelhante à das Briófitas e
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Pteridófitas, por ainda haver dependência da água !
 
 
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Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)
2o grupo: Gnetíneas (Welwitschia mirabilis) e Coníferas (gêneros Pinus, Cupressus, Araucaria,
Cedrus, Sequoia, Taxodium) sifonógamas. São as mais evoluídas e mais importantes
atualmente.
l 
Welwitschia
Taiga
Araucaria
 O gametófito masculino é o tubo polínico (sifonogamia), que cresce (= quimiotropismo +) em direção
ao saco embrionário, que contém a oosfera. Este também é o processo que ocorre nas Angiospermas !
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Divisão
Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)
Reprodução nas Coníferas:
no esporófito (2n) encontramos estróbilos masculinos ou cones masculinos, onde são produzidos
os grãos-de-pólen ou micrósporos (n); estes formarão os gametófitos masculinos (microprotalos
ou tubos polínicos). Há também os estróbilos femininos ou cones germinativos (“pinha”), onde
estão os óvulos ou megasporângios (2n):
l 
Fecundação: o grão-de-pólen (micrósporo n) é transportado pelo vento (anemofilia) e poderá cair na
micrópila do óvulo desenvolvendo-se e formando o tubo polínico (gametófito masculino) que transporta o
gameta masculino ou núcleo gamético (n) até a oosfera (n), por quimiotropismo +. Portanto, não há
mais dependência da água para a fecundação (= sifonogamia).
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Araucaria - ciclo reprodutivo
O megasporângio ou óvulo, como nas Cycas, é envolvido por um integumento com micrópila.
Em cada megasporângio desenvolve-se um megásporo (n) que dará o gametófito feminino ou
megaprotalo (= saco embrionário), com 2 arquegônios, cada um dos quais produz uma oosfera (n). O
embrião, resultante do crescimento do zigoto, usa as substâncias alimentares contidas no endosperma
primário (n), para seu crescimento.
Após a fecundação, formam-se vários embriões (= poliembrionia), mas só há alimento disponível para o
crescimento de um ! Este embrião possui vários cotilédones, diferenciados a partir do zigoto.
Óvulo com integumento e o embrião no seu interior, constituem a SEMENTE. Na Araucaria, esta
semente comestível, é o pinhão !
Nas Gimnospermas não há ovário, portanto, não será formado o fruto !
Estróbilo com sementes (pinhões) Sementes (pinhões) da Araucaria
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Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)
Fanerógamas (flor completa)
Angiospermas (sementes contidas nos frutos)
São plantas superiores, embriófitas, fanerógamas, traqueófitas, espermatófitas cujas sementes são
envolvidas pelo FRUTO (angio = estojo, cápsula).
Os órgãos da reprodução sexuada encontram-se nas FLORES: androceu (masculino) e gineceu
(feminino).
Tipos de flores ou indivíduos quanto ao sexo:
Monóico ou hermafrodita: é o indivíduo que produz gametas masculinos e femininos.As
Angiospermas, em geral, são monóicas ou hermafroditas, pois cada flor apresenta aparelho
reprodutor masculino (androceu, formado pelo conjunto dos estames) e aparelho reprodutor
feminino (gineceu ou pistilo, formado a partir das folhas carpelares ou carpelos).
Há plantas dióicas, que produzem flores masculinas separadas das flores femininas (= flores
díclinas), como: abóbora, melancia, mamona,etc.
l 
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Dióicas: são espécies onde um indivíduo só produz um tipo de gameta (= sexos separados). Há
uma planta masculina e outra planta feminina, como em Cycas. 
l 
 A geração esporofítica corresponde às plantas que conhecemos. A geração gametofítica é microscópica,
reduzida e totalmente dependente da esporofítica. (E > G).
 
 
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Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)
A flor liga-se ao caule através do pedúnculo e quando completa, apresenta 4 verticilos (folhas
modificadas): cálice (conjunto das sépalas), corola (pétalas), ANDROCEU (= conjunto dos estames, isto
é, filete + antera) e GINECEU ou PISTILO (formado por estigma, estilete e ovário).
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Na antera ou microsporângio, existem os sacos polínicos onde (por meiose espórica) se formam os
grãos-de-pólen ou micrósporos (n), que produzirão o tubo polínico (microprotalo) ou gametófito
masculino.
Gineceu ou pistilo é o aparelho reprodutor feminino e seu ovário (formado das folhas carpelares ou
carpelos) contém um ou mais óvulos (megasporângios). Cada óvulo é constituído por 2 integumentos
(primina e secundina) e saco embrionário ou gametófito feminino (= 1 célula, contendo 8 núcleos n: três
antípodas, duas sinérgides, dois núcleos polares e o gameta feminino oosfera).
 
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Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)
Fecundação:
o grão-de-pólen é levado até o estigma do gineceu (polinização: anemofilia - vento, ornitofilia –
pássaros, entomofilia – insetos); ali ele germina (cresce em direção ao óvulo = quimiotropismo
+), formando o tubo polínico (gametófito masculino) que penetra pela micrópila do óvulo e entrega
2 núcleos gaméticos (gametas masculinos) no saco embrionário.
l 
o primeiro gameta masculino (n) se une com a oosfera (n), originando o zigoto (2n), que depois
cresce e forma o embrião e o(s) cotilédone(s). O segundo gameta masculino (n) se une aos dois
núcleos polares (n), formando uma célula triplóide (3n); esta, quando crescer, formará o
endosperma secundário ou albúmen (3n), que é uma reserva alimentar.
l 
após a dupla fecundação, o óvulo se desenvolve em semente, que é constituída por: casca (formada
dos tegumentos do óvulo) + amêndoa (embrião + cotilédone e/ou albúmen). O cotilédone poderá
ser único (= monocotiledôneas) ou duplo (= dicotiledôneas).
l 
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enquanto o óvulo forma semente, as paredes do ovário se desenvolvem (por estímulo hormonal –
auxinas), formando o fruto. As sementes são protegidas pelo fruto, que também tem como função
disseminar as sementes (anemocoria – vento; entomocoria – insetos; ornitocoria – pássaros;
hidrocoria – água).
l 
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o fruto apresenta três partes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo.l 
É fruto carnoso, quando suas paredes são “suculentas” (ex. pêssego, uva), ou fruto seco (ex. milho, arroz).
 
Frutos secos
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Frutos carnosos
caso, além do ovário, se desenvolvam outras partes da flor, que se tornem comestíveis,
chamaremos de PSEUDOFRUTOS !
l 
 Estes podem ser:
 simples – maçã (parte comestível é o receptáculo floral), caju (parte comestível é o pedúnculo da
flor);
l 
 composto – morango (o receptáculo floral se torna suculento e comestível; cada pequeno
frutinho seco, o aqüênio, foi um ovário da flor e contém uma semente);
l 
 múltiplo – amora, figo, abacaxi (desenvolvem-se de uma inflorescência e podem ser chamados
de infrutescência).
l 
 
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Propagação vegetativa é processo de reprodução assexuada em vegetais superiores (Angiospermas). É
muito usada pelo homem na propagação (reprodução) de plantas cultivadas.
Apresentam como características e vantagens:
a) Dependendo da espécie, pode-se usar a raiz, o caule ou a folha. O órgão mais usado é o
caule, pois possui gemas que, facilmente poderão desenvolver-se e dar novos indivíduos.
b) Permite a reprodução de plantas que não produzem sementes como: bananeiras,
laranja-baía, Hibiscus, etc.
c) Pode-se obter um grande número de descendentes geneticamente iguais a partir de um
único indivíduo, garantindo a manutenção de características genéticas selecionadas.
d) A produção de flores, frutos e sementes, em geral é mais rápida do que a reprodução por
sementes.
e) Na propagação por enxertia pode-se usar um porta-enxerto (= cavalo) mais resistente.
A propagação vegetativa pode-se dar por: estacas, tubérculos, rizomas, bulbos, enxertia.
Estacas: são ramos caulinares cortados e contendo algumas gemas ou brotos. Colocadas no solo
poderão desenvolver raízes e novos indivíduos. São processos muito usados para reprodução
artificial de: videiras, cana-de-açúcar, mandioca, batata-doce, amoreira, azáleas, gerânios, roseiras,
figueiras, Hibiscus,etc.
l 
Podem-se usar hormônios vegetais (auxinas) para acelerar a formação de raízes nas estacas.
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Tubérculos: usa-se o caule subterrâneo (contém gemas !) para a reprodução: batata-inglesa ou
“batatinha”.
l 
Rizomas: também se usa o caule subterrâneo para reprodução: bananeiras, íris, gengibre.l 
Bulbo: tipo de caule usado para reprodução de cebola, alho, palma, lírio, tulipa.l 
ENXERTIA: usam-se duas espécies (caules) semelhantes ou variedades da mesma espécie. Ex.
limoeiro, laranjeira.
l 
Uma planta, geralmente mais resistente, é usada como porta-enxerto ou cavalo (p.ex. o
limoeiro ). Da outra espécie (cavaleiro), que se deseja explorar economicamente, retira-se
uma gema axial ou um ramo e enxerta-se no cavalo (porta-enxerto).
Se o enxerto “pega” irá desenvolver-se um indivíduo geneticamente igual ao que forneceu a gema ou
ramo.
Vantagens da enxertia: veja itens b, c, d e e das vantagens da propagação vegetativa.
 
 
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Espermatófita (Gimnospermas e Angiospermas)
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As Angiospermas podem ser divididas em Monocotiledôneas e Dicotiledôneas:
 MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS
raiz fasciculada (“cabeleira”) pivotante ou axial (principal)
caule em geral, sem crescimento em espessura(colmo, rizoma, bulbo)
em geral, com crescimento em
espessura (tronco)
distribuição de
vasos no caule
feixes líbero-lenhosos
“espalhados”(distribuição atactostélica =
irregular)
feixes líbero-lenhosos dispostos em
círculo (distribuição eustélica =
regular)
folha invaginante: bainha desenvolvida;
uninérvia ou paralelinérvia.
peciolada: bainha reduzida;
pecíolo; nervuras reticuladas ou
peninérvias.
Flor trímera (3 elementos ou múltiplos) dímera, tetrâmera ou pentâmera
embrião um cotilédone 2 cotilédones
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exemplos bambu; cana-de-açúcar; grama; milho;
arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras.
eucalipto; abacate; morango; maçã;
pera; feijão; ervilha; mamona;
jacarandá; batata.
 
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> Tecidos Vegetais
Tecido Vegetal
A origem dos tecidos.
Os tecidos dos vegetais superiores podem originar-se a partir de meristemas primários e secundários (do
grego, merizein = repartir, dividir-se).
Os meristemas primários são aqueles originados a partir das células embrionárias e recebem nomes de
acordo com os futuros tecidos a que darão origem: 
 Meristemas primários:
Protoderme (dermatogênio) – origina a epiderme.l 
Meristema fundamental: pleroma, que seráempregado para a formação do cilindro central. Da
camada que fica entre o pleroma e o dermatogênio, isto é, o periblema, resultará, mais tarde, a
casca.
l 
Procâmbio – origina os tecidos condutores secundários.l 
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> Tecidos Vegetais
 Meristemas secundários: são originados a partir da desdiferenciação de células adultas.
Felogênio – ocorre no córtex, originando o súber para fora e a feloderme para dentro.l 
Câmbio interfascicular – ocorre no cilindro central, originando o floema para fora e o xilema para
dentro.
l 
Os meristemas.
As células meristemáticas caracterizam-se por serem pequenas, de paredes finas, com vacúolos
minúsculos ou ausentes, núcleos relativamente grandes e muito protoplasma. Elas têm a capacidade de
efetuar mitoses.
As novas células resultantes dessas mitoses aumentam em volume (elongamento ou distensão) e
proporcionam o crescimento dos órgãos onde se encontram.
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Crescimento primário da planta.
É o resultado da atividade dos meristemas primários localizados nas extremidades da planta (meristemas
apicais). São eles: protoderme, meristema fundamental e procâmbio.
Crescimento secundário da planta.
Resulta da atividade do felogênio, do câmbio fascicular (que é meristema primário) e do câmbio
interfascicular (que é meristema secundário).
O crescimento secundário aumenta a espessura (diâmetro). Ocorre nas gimnospermas e na maioria das
dicotiledôneas.
Quando a expansão do caule em espessura é acentuada, as camadas suberificadas (cortiça), que ficam
voltadas para fora, rompem-se e descamam. É o ritidoma.
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Caule com crescimento em espessura
 
 
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> Tecidos Vegetais
Os parênquimas.
Nos vegetais, há vários tecidos funcionalmente comparáveis aos tecidos conjuntivos dos animais. Em
todos os órgãos das plantas pode ser encontrado um tecido que desempenha as funções de preenchimento,
conexão e reserva. É o chamado parênquima.
Suas células têm normalmente forma poliédrica e são isodiamétricas, isto é, possuem o mesmo diâmetro
nas várias direções. São vivas e têm paredes mais ou menos finas, sem reforços. Sabemos que essas
paredes são formadas por uma lamela média de pectatos de cálcio e magnésio, situada entre duas camadas
de celulose.
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Tipos de parênquimas.
Com função de preenchimento:
parênquima cortical.m 
parênquima medular.m 
l 
Com função de assimilação:
parênquima clorofiliano ou clorênquima: parênquima paliçádico e parênquima lacunoso.m 
l 
Com função de reserva:l 
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parênquimas com função de reservas nutritivas. Exemplos: parênquima amilífero;
parênquima com função de reserva de água: aqüífero; parênquima com função de reserva de
ar: aerífero ou aerênquima.
m 
 
 
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Plasmodesmos (do latim plasmodesma – singular e plasmodesmata – plural).
Graças aos plasmodesmos há uma continuidade de protoplasma entre as muitas células do parênquima,
facilitando as trocas metabólicas e, portanto, a atividade do tecido.
Esse protoplasma contínuo forma um conjunto só aparentemente interrompido por paredes celulares que
constitui uma unidade funcional mais ampla do que a célula. É o chamado simplasto.
 
 
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> Tecidos Vegetais
Sistema tegumentar (dérmico ou de proteção)
Epiderme: tecido primário, geralmente uniestratificado, formado por células justapostas, achatadas, sem
cloroplastos e com grande vacúolo. As células da epiderme podem apresentar modificações, tais como
pêlos, escamas, papilas, acúleos e estômatos.
Periderme: formado pela atividade do felogênio, meristema secundário que produz para o exterior da
planta o súber, tecido morto, e para o interior da planta o feloderme, tecido vivo.
O conjunto súber-felogênio-feloderme é a periderme, que substitui a epiderme nos caules e raízes de
plantas com crescimento secundário. É ausente nas folhas.
As estruturas anexas mais comuns na epiderme são:
Papilasl 
Pequenas saliências das células epidérmicas que dão um aspecto aveludado às pétalas. Por exemplo:
violetas, amor-perfeito.
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> Tecidos Vegetais
Pêlos e tricomas.l 
São formações epidermais largamente distribuídas nas folhas, caules, frutos, sementes e raízes. Mostram
uma grande diversidade de formas, especialmente nas folhas. Os pêlos podem ser vivos ou mortos (com ou
sem protoplasma); unicelulares ou pluricelulares; secretores ou não-secretores; filamentares, estrelados,
escamosos e capitados.
Nas folhas a sua principal função é proteger contra o excesso de transpiração, daí serem abundantes nas
plantas de climas quentes, como gerânio, tomate, fumo. Nesses vegetais, os pêlos elaboram secreções
oleosas, voláteis.
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Acúleos.l 
São formações epidérmicas rígidas e pontiagudas. São os “espinhos” da roseira, do fruto da mamona, etc.
Hidatódios.l 
São semelhantes aos estômatos e situados nas margens de certas folhas onde terminam algumas nervuras
(feixes condutores de seiva). Através deles a planta elimina água na forma líquida, sob condições especiais
de temperatura e umidade relativa do ar. É o fenômeno da gutação.
Gotas de água - superfície da folha
 
 
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Lenticelas.l 
Ocorrem especialmente em certos caules, sob a forma de pequenas fendas no tecido suberificado. Sob
essas fendas há células também suberificadas e células de preenchimento (parênquima), com grandesespaços entre elas. Isso garante a troca de gases com o meio.
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Estômatos.l 
São estruturas epidérmicas que garantem as trocas gasosas entre os tecidos internos das folhas e o meio.
É também através deles que ocorre a transpiração. Normalmente, eles se distribuem na epiderme inferior
das folhas, chegando até 300 ou mais por mm2 de superfície.
Cada estômato é formado por duas células estomáticas (células-guarda), alongadas e recurvadas, com
um espaço ou fenda entre elas, chamado ostíolo. O ostíolo pode variar seu grau de abertura de acordo
com o estado de turgescência celular.
A planta pode regular o grau de abertura dos estômatos através de dois mecanismos: fotoativo e hídrico.
O mecanismo fotoativo depende da fotossíntese realizada pelas células estomáticas (únicas, na epiderme,
a apresentarem cloroplastos), que ao produzirem matéria orgânica, aumentam seu valor osmótico e
absorvem água das células epidérmicas vizinhas. Tornando-se túrgidas, as células estomáticas abrem o
ostíolo, permitindo as trocas gasosas. Na ausência de luz, o processo será inverso!
O solo estando bem irrigado, a absorção de água pelas raízes e a eficiente condução através do caule,
fornecem muita água às folhas. Os estômatos, que se encontram na epiderme das folhas, tornando-se
túrgidos, abrem o ostíolo.
 
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> Tecidos Vegetais
Pêlos absorventes.l 
São modificações de células da epiderme da raiz. Aumentam muito a capacidade de
absorção de água e sais minerais.
Feita a absorção ao nível da epiderme da raiz, na zona pilífera ou não, as soluções com os
solutos minerais podem seguir dois caminhos até chegar no lenho, onde iniciam um
deslocamento vertical para chegar à copa:
Trajeto A: através de espaços intercelulares (meatos), as soluções atingem as células
de passagem da endoderme e daí o lenho. Esse trajeto é mais rápido e direto.
l 
Trajeto B: pela passagem de célula para célula até a endoderme e daí ao lenho. Esse
trajeto é mais demorado, dependendo de osmose e transporte ativo.
l 
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Poderia parecer vantajoso que a planta tivesse apenas tecidos mortos superficiais para absorver mais
rapidamente. No entanto, o trajeto B garante uma melhor filtragem e, portanto, maior seletividade em
relação às substâncias que podem chegar aos demais tecidos da planta.
Além de O2, CO2 e temperatura, outros fatores também influem na absorção de água e sais. O excesso
de fertilizantes no solo, aumentando-lhe os valores osmóticos, ou ainda substâncias tóxicas, dificultam
ou impedem a absorção.
Em orquídeas epífitas, há finas raízes brancas ou esverdeadas, as raízes aéreas, que ficam pendentes no
ar. A camada mais externa dela é o velame, tecido morto, com grande capacidade de absorção de água.
Quando é alta a umidade relativa do ar, o velame funciona como uma espécie de mata-borrão, garantindo
o suprimento de água para a planta.
Como essas raízes não penetram na planta-suporte, esta não é prejudicada, e não se pode falar em
parasitismo.
Muitas bromeliáceas, também epífitas, têm em suas folhas estruturas mortas, permeáveis e em forma de
escamas microscópicas, para a absorção da água da chuva.
As escamas são modificações de pêlos. São geralmente discóides e unidas à epiderme por um pedúnculo.
Sua função é principalmente a proteção contra a perda de água. Nas plantas epífitas, essas escamas
funcionam como elementos de absorção de água e de nutrientes minerais, recebendo o nome de escamas
absorventes.
 
 
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> Tecidos Vegetais
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Os tecidos secretores.
Os tecidos secretores dos animais originam-se dos epitélios. Nos vegetais há também estruturas
secretoras, embora apenas algumas sejam de origem epidermal, como por exemplo, os pêlos secretores.
É comum nas plantas a ocorrência de várias estruturas secretoras localizadas em regiões internas das
folhas ou em tecidos periféricos de caules e raízes.
O termo secreção é usado para produtos que possuem uma determinada importância fisiológica no
organismo. Já a palavra excreção é usada para designar a eliminação de resíduos do metabolismo. Nos
animais, podemos dizer, então, que o produto de uma glândula sudorípara, o suor, é uma “excreção” e que
as lágrimas, os sucos digestivos e os hormônios são secreções. Nos vegetais, no entanto, nem sempre é
fácil a distinção entre secreções e excreções.
É verdade que uma forma de as plantas neutralizarem o efeito de determinadas substâncias de excreção,
tóxicas, é transformá-las em produtos insolúveis, como cristais e granulações, que permanecem inertes
nos vacúolos.
Certos produtos finais do metabolismo, solúveis ou não, podem ter importante papel de proteção de
determinadas espécies de plantas. É o caso de resinas, taninos, alcalóides e cristais de oxalato de cálcio
que tornam desagradável o sabor do vegetal, dificultando o seu consumo pelos herbívoros.
Além dos pêlos, as estruturas secretoras mais comuns são:
a) Nectários.
Formações glandulares, abertas, geralmente associadas às flores, que elaboram uma solução açucarada, o
néctar. As aves que buscam o néctar podem efetuar a polinização de tais flores (ornitofilia). No maracujá,
os nectários são extraflorais, localizando-se nos pecíolos das folhas.
b) Tubos laticíferos.
Conjuntos de canais ramificados por onde circula uma secreção branco-leitosa, o látex. Em contato com
o ar, o látex coagula rapidamente, facilitando o fechamento e a cicatrização de ferimentos no corpo da
planta.
Os tubos laticíferos ocorrem em várias famílias de plantas, como Euforbiáceas (Hevea brasiliensis = 
seringueira), Moráceas (figueiras) e Apocináceas (Nerium oleander = espirradeira).
 
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> Tecidos Vegetais
c) Canais resiníferos.
Tubos longos, cujas células parietais eliminam resinas para o seu interior. Estas substâncias resinosas
têm função semelhante ao látex e são típicas dos pinheiros, sendo responsáveis pelo odor característico
destas plantas.
As resinas também protegem os tecidos contra o ataque de bactérias e fungos nos locais de ferimentos
em cicatrização.
d) Bolsas secretoras.
Formações globosas que acumulam secreções, geralmente oleosas ou perfumadas, num espaço central.
Se este espaço se origina por afastamento das células secretoras, fala-se em bolsa esquizógena (esquizo
= fender). Elas ocorrem nas folhas de Mirtáceas, como os eucaliptos.
Se o espaço resulta de dissolução das membranas celulares e, portanto, da fusão das células secretoras
centrais, fala-se em bolsa lisígena (lise = destruição). São encontradas no fruto (pericarpo) de plantas
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cítricas, como laranjas e limões.
e) Cristais.
Os cristais podem se apresentar sob diferentes formas e composições químicas. Os mais comuns são os de
carbonato de cálcio (CaCO3) e oxalato de cálcio (CaC2O4).
Nas folhas de certas figueiras (Ficus), sob a epiderme, há grandes cristais de carbonato de cálcio (CaCO3),
os cistólitos. Muito difundidos são os cristais de oxalato de cálcio (CaC2O4 ), dos tipos drusas e ráfides.
Estas últimas são conjuntos de cristais aciculares (em forma de agulha), dispostos em feixes.
a- cristal isolado
b- drusas
c- granulações
r-pacotes de ráfides
 
 
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Tecidos de sustentação (mecânicos).
Colênquima.l 
Células vivas e alongadas, geralmente com cloroplastos. As paredes são espessas, sem
lignina. Ocorre espessamento característico: angular ou lamelar. Aparece logo abaixo da
epiderme.
Esclerênquima.l 
Composto por células mortas. As paredes são espessas, apresentanto lignina. Destacam-se dois tipos de
células: esclereídeos e fibras. Ocorre logo abaixo do colênquima e/ou ao redor de feixes vasculares.
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Vg- bainha esclerenquimatosa
V- floema
C- câmbio
M- traquéia
S- traquéia do protoxilema
 
 
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> Tecidos Vegetais
Sistema vascular.
O sistema vascular das plantas é formado pelo xilema e pelo floema, tecidos cuja função é o transporte
de seiva. O xilema ou lenho é um tecido responsável pelo transporte de seiva bruta (água e sais
minerais), enquanto o floema ou líber é um tecido condutor da seiva elaborada (rica em substâncias
orgânicas derivadas da fotossíntese).
O xilema tem, além da função de transporte, a função de sustentação nas plantas com crescimento
secundário.
Tanto no xilema como no floema existem vários tipos de células, que podem ter origem de meristemas
primários ou secundários.
Considerando o xilema e floema secundários já formados, as células que ocorrem nesses tecidos são dos
seguintes tipos:
 tipos de células principais funções
 
xilema
elementos traqueais (células mortas)
traqueídeosl 
elementos de vasosl 
condução de seiva brutafibras (células mortas)
células de parênquima (vivas)
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floema
elementos crivados (células vivas)
células crivadasl 
elementos de tubos crivados (com células
companheiras)
l 
condução de seiva elaborada
fibras (células mortas) sustentação
células de parênquimas (vivas) reserva e translocação de
substâncias de reserva
No floema, as únicas células condutoras são os vasos liberianos ou vasos crivados. Eles se formam pela
superposição de células vivas, alongadas, de paredes finas, sem lignificação. Os septos ou membranas
transversais, entre essas células, não são completamente dissolvidos, ficando com um aspecto
característico de crivos (placas crivadas). Uma placa crivada permite a total continuidade de matéria
viva entre duas células superpostas, uma vez que, pelos seus poros, o protoplasma emite filamentos de
ligação entre elas.
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Enquanto a planta cresce em diâmetro, os vasos liberianos que sofrerem depósito do açúcar calose, terão
as placas crivadas obliteradas. Em conseqüência disso, a condução de seiva elaborada deixa de ocorrer
nesses vasos, que passam a ter função de sustentação mecânica.
As células do parênquima que ocorrem no xilema, além de atuar como células de reserva de nutrientes,
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podem emitir expansões protoplasmáticas que penetram nos vasos xilemáticos velhos ou que sofreram
ferimentos, provocando obstrução desses vasos. Essas expansões são denominadas tilas ou tilos e
inativam os vasos quanto à função de transporte, que passam a atuar apenas como elementos de
sustentação mecânica.
A parte central de um caule de árvores velhas pode apresentar morte das células, que antes de morrer,
formam as tilas e também secretam substâncias corantes. Essa parte central, morta, é mais escura, sendo
denominada cerne. A parte mais externa desse caule apresenta lenho e xilema ativos e células vivas de
parênquimas, apresentando coloração mais clara. Essa região é denominada alburno.
 
 
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> Tecidos Vegetais
 As pontuações que existem nas paredes celulares dos elementos traqueais podem ser simples ou
areoladas, sendo que esta última é característica desse tecido condutor e muito desenvolvida nos
traqueídeos das gimnospermas.
As pontuações simples correspondem a locais onde não ocorre deposição de celulose. As pontuações
areoladas distinguem-se das simples por apresentar uma saliência da parede celular secundária que se
curva sobre a cavidade da pontuação, formando uma aréola. A abertura deixada por essa aréola é
denominada poro. Na membrana de pontuação forma-se um espessamento na altura do poro, denominado
toro.
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Nos vasos já velhos ou temporariamente não-funcionais (durante o inverno rigoroso), a seiva elaborada
não pode circular, uma vez que os poros das placas crivadas são obturados pelo acúmulo de um
carboidrato especial, a calose.
Cada vaso liberiano tem, em toda a sua extensão, uma ou mais células companheiras, vivas, que de
alguma forma estão relacionadas à função condutora.
Convém ainda lembrar que a seiva elaborada é o próprio conteúdo dos vacúolos dos vasos liberianos.
Trata-se de uma solução orgânica, onde predominam açúcares solúveis.
 
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> Órgãos Vegetais
Órgãos vegetais.
RAIZ.
Na maioria das plantas vasculares, as raízes constituem a porção subterrânea do esporófito e são
especializadas para fixação e absorção. As duas outras funções desempenhadas pelas raízes são o
armazenamento e a condução.
As raízes, em sua maioria, constituem importantes órgãos de armazenamento, e algumas, como as da
cenoura, beterraba e batata-doce, são especialmente adaptadas para armazenar substâncias alimentares.
As substâncias orgânicas sintetizadas nas porções aéreas e fotossintetizantes da planta são transportadas,
através do floema, para os tecidos de reserva da raiz. Uma grande parte deste alimento pode ser utilizada
subseqüentemente pela própria raiz, mas, normalmente, o alimento armazenado é digerido e transportado
novamente,através do floema, para as partes aéreas.
Nas plantas bienais (vegetais que completam seu ciclo de vida num período de 2 anos), como a beterraba,
grandes reservas de alimento são acumuladas nas regiões de armazenamento da raiz durante o primeiro
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ano e, a seguir, utilizadas durante o segundo ano para produzir flores, frutos e sementes.
A água e minerais absorvidos pelas raízes são transportados, através do xilema, para as partes aéreas da
planta.
 
 
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Os sistemas radiculares e sua extensão.
A primeira raiz da planta se origina no embrião e é geralmente denominada raiz primária.
Nas gimnospermas e dicotiledôneas, esta raiz, também chamada de raiz axial (pivotante ou principal),
cresce em direção ao solo, originando raízes secundárias, também denominadas raízes laterais, ao longo
de seu eixo. As raízes mais velhas são encontradas próximas ao colo da raiz (região de transição entre a
raiz e o caule), e as mais jovens, próximas ao ápice da raiz. Este tipo de sistema radicular – isto é, aquele
que desenvolve uma raiz principal e suas ramificações - é denominado sistema axial.
Nas monocotiledôneas, a raiz primária tem geralmente vida curta, e o sistema radicular se desenvolve a
partir de raízes adventícias que se originam do caule. Estas raízes adventícias e suas ramificações, ou
raízes laterais, dão origem a um sistema fasciculado, no qual não existe predomínio de uma raiz sobre as
outras.
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Os sistemas de raiz axial penetram geralmente mais no solo que os sistemas de raiz fasciculada. A pouca
profundidade dos sistemas fasciculados e a firmeza com a qual se aderem às partículas do solo as
tornam especialmente bem adaptadas para a prevenção da erosão do solo.
A extensão de um sistema radicular - isto é, a profundidade com a qual penetra no solo e se estende
lateralmente - depende de vários fatores, incluindo umidade, temperatura e composição do solo. A maior
parte das raízes absorventes (raízes ativamente envolvidas na absorção de água e minerais) localiza-se no
primeiro metro de solo, e a massa das raízes absorventes da maioria das árvores ocorre nos primeiros 15
centímetros de solo, a região do solo normalmente mais rica em matéria orgânica.
Algumas árvores, como os carvalhos e muitos pinheiros, produzem comumente raízes axiais
relativamente profundas, tornando estas árvores bastante difíceis de ser removidas. A mais profunda raiz
conhecida foi a de um pinheiro que crescia em solo arenoso, altamente poroso; penetrou no solo até cerca
de 6,5 metros. De modo geral, a extensão lateral das raízes das árvores é maior que a extensão da copa.
Os sistemas radiculares do milho (Zea mays) alcançam freqüentemente uma profundidade de 1,5 metro e
uma extensão lateral de cerca de um metro em todas as direções do vegetal. As raízes da alfafa (Medicago
sativa) podem atingir profundidades de até 6 metros ou mais.
À medida que a planta cresce, ela precisa manter um equilíbrio entre a superfície total que fabrica
alimentos (fotossintetizante) e a superfície total que absorve água e minerais. O equilíbrio entre o caule
e a raiz é invariavelmente alterado quando as plantas são removidas. A maioria das raízes finas,
absorventes, perde-se quando a planta é removida do solo; a poda do sistema caulinar ajuda a
restabelecer o equilíbrio entre este e o sistema radicular. Os fungos e insetos que atacam os caules e as
raízes das plantas provocam freqüentemente um desequilíbrio na razão caule-raiz.
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Raízes aéreas.
As raízes aéreas são raízes adventícias produzidas pelas partes aéreas. As raízes aéreas de algumas
plantas servem de raízes-escora para a sustentação, como, por exemplo, no milho. Quando entram em
contato com o solo ramificam-se e funcionam também na absorção de água e minerais.
As raízes-escora são produzidas pelos caules e ramos de muitas plantas tropicais, como o
mangue-vermelho (Rhizophora mangle), a figueira-de-bengala (Ficus bengalensis) e algumas
palmeiras. Outras raízes aéreas, como na hera (Hereda helix), aderem à superfície de objetos e fornecem
sustentação para o caule trepador.
As raízes necessitam de oxigênio para a respiração, sendo este o motivo pelo qual as plantas são
incapazes de viver em solos onde não existe drenagem adequada, carecendo, conseqüentemente, de
espaços arejados. Algumas árvores que crescem em habitats pantanosos desenvolvem raízes que crescem
para fora da água, servindo não apenas para fixar o vegetal, como também para arejá-lo. Por exemplo, o
sistema radicular de Avicennia tomentosa desenvolve extensões de geotropismo negativo, denominadas
pneumatóforos, que crescem para cima e para fora do lodo, fornecendo assim uma aeração adequada.
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O aguapé apresenta raízes aquáticas com muitas ramificações e uma coifa bem desenvolvida.
Adaptações especiais.
Muitas adaptações são encontradas entre as epífitas, plantas que crescem sobre outras plantas, contudo,
sem parasitá-la. A epiderme da raiz da orquídea, por exemplo, é pluriestratificada e, em algumas
espécies, constitui o único órgão fotossintético da planta. Estruturas especiais na epiderme proporcionam
aparentemente o intercâmbio de gases quando a epiderme está saturada de água (velame).
Dentre as epífitas, a Dischidia rafflesiana possui uma modificação extremamente notável. Algumas de
suas folhas são estruturas achatadas e suculentas, ao passo que outras formam tubos que coletam detritos e
água pluvial.
Colônias de formigas vivem no interior das urnas e ajudam no suprimento de nitrogênio da planta.
Raízes formadas no nó situado acima da folha modificada, crescem para baixo e penetram no interior
da urna, onde absorvem água e sais minerais.
As plantas verdadeiramente parasitas desenvolvem raízes sugadoras (haustórios) que crescem para o
interior do caule da hospedeira, indo buscar no floema, a seiva elaborada com os alimentos orgânicos que
necessita. Isso ocorre com o cipó-chumbo.
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Cipó-chumbo (Cuscuta europaea, com as várias Cuscutas sul-americanas), parasitando Lúpulo; vista geral
e corte transversal da hospedeira, mostrando a penetração dos haustórios.
Adaptações para o armazenamento de alimentos.
As raízes, em sua maioria, são órgãos de armazenamento e, em algumas plantas, são especializadas para
esta função. Estas raízes tornam-se carnosas devido à grande quantidade de parênquima de reserva, no
qual se acha o tecido vascular. Esse desenvolvimento de raízes de reserva (tuberosas) é evidente em
cenoura (Daucus carota), batata-doce (Ipomoea batatas), beterraba (Beta sp).
 
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Crescimento e origem dos tecidos primários.
Aparentemente, o crescimento de muitas raízes é um processo quase contínuo, que cessa apenas sob
condições adversas, tais como seca e baixas temperaturas. As raízes, durante o crescimento através do
solo, seguem o caminho de menor resistência e, freqüentemente, ocupam os espaços deixados por raízes
mais antigas que morreram e apodreceram.
A extremidade da raiz encontra-se recoberta por uma coifa, uma massa de células semelhante a um
capuz, que protege o meristema apical e auxilia a raiz na sua penetração através do solo.
À medida que a raiz cresce em comprimento e a coifa é empurrada para diante, as células da periferia da
coifa sofrem descamação. Esta células descamadas formam uma capa mucilaginosa ao redor da raiz e
lubrificam sua passagem através do solo. As células descamadas da coifa são imediatamente substituídas
por outras formadas pelo meristema apical.
Regiões de crescimento da raiz.
O meristema apical e a porção próxima da raiz onde ocorre a divisão celular são denominados região
meristemática.
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Acima da região meristemática, mas não claramente delimitada a partir dela, encontra-se a região de
crescimento, que mede geralmente apenas alguns milímetros de comprimento. O alongamento das
células desta região resulta na maior parte do crescimento longitudinal da raiz. Acima desta região, a
raiz não aumenta de comprimento.
Seguindo-se à região de crescimento, encontra-se a região de maturação, onde a maioria das células dos
tecidos primários sofre maturação. Algumas células começam a se alongar e se diferenciar na região
meristemática, ao passo que outras alcançam a maturidade na região de crescimento. Por exemplo, os
primeiros elementos formados do floema e xilema sofrem maturação na região de crescimento, sendo
freqüentemente distendidos e destruídos durante o alongamento da raiz.
A protoderme, o procâmbio e o meristema fundamental podem ser distinguidos próximo ao meristema
apical (vide figura anterior). Estes são os meristemas primários que se diferenciam na epiderme, nos
tecidos vasculares primários e no córtex, respectivamente.
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Estrutura primária.
A estrutura primária da raiz é relativamente simples quando comparada com a do caule, o que é devido,
em grande parte, à ausência de folhas na raiz e à ausência correspondente de nós e entrenós.
A epiderme (sistema de tecido de revestimento), o córtex (sistema de tecido fundamental) e os tecidos
vasculares (sistema de tecidos vasculares) estão claramente separados uns dos outros. Na maioria das
raízes, os tecidos vasculares formam um cilindro sólido.
 
 
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Epiderme.
A função da epiderme das raízes jovens é de absorver água e minerais, sendo facilitada por pêlos
absorventes, que são extensões tubulares das células epidérmicas.
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Os pêlos absorventes possuem uma vida relativamente curta e estão limitados, em grande parte, à região
de maturação da raiz. A produção de novos pêlos absorventes ocorre logo acima da região de crescimento.
Córtex.
O córtex ocupa, sem dúvida alguma, a maior área do corpo primário da maioria das raízes. As células do
córtex armazenam amilo e outras substâncias, mas comumente, não possuem cloroplastos. As raízes que
sofrem crescimento secundário – que incluem as raízes das gimnospermas e da maioria das
dicotiledôneas – perdem seu córtex precocemente. Nestas raízes, as células corticais permanecem
parenquimatosas.
Nas monocotiledôneas, o córtex é mantido durante toda a vida da raiz, e muitas células corticais
desenvolvem paredes secundárias e tornam-se lignificadas. Independente do grau de diferenciação, o
tecido cortical possui numerosos espaços intercelulares – espaços cheios de ar, essenciais para a
aeração das células da raiz.
As células corticais têm numerosos contatos entre si e seus protoplasmas encontram-se ligados por
plasmodesmos. Em conseqüência disso, as substâncias que transitam pelo córtex podem atravessar as
células por intermédio do protoplasma e dos plasmodesmos ou das paredes celulares.
Ao contrário do resto do córtex, a camada mais interna deste se encontra disposta de modo compacto e
carece de espaços aeríferos. Esta camada, a endoderme, se caracteriza pela presença das fitas de Caspary
em suas paredes anticlinais (isto é, as paredes perpendiculares à superfície da raiz).
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A fita de Caspary é uma porção filamentosa da parede primária, impregnada de uma substância
gordurosa denominada suberina, e, algumas vezes, lignificada. O protoplasma das células endodérmicas
está firmemente fixado às fitas de Caspary e adere muito a elas. Tendo em vista que a endoderme é
compacta e que as fitas de Caspary são impermeáveis à água, todas as substâncias que penetram e
abandonam o cilindro vascular através da endoderme devem atravessar o protoplasma vivo das células
endodérmicas.
Muitas células endodérmicas não sofrem estas modificações, permanecendo com paredes delgadas e
retendo as fitas de Caspary. Estas células são denominadas células de passagem.
Veja a figura abaixo, que visualiza o processo, comparativamente, nas raízes de monocotiledôneas e
dicotiledôneas:
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Cilindro central.
O cilindro central da raiz é formado pelos tecidos vasculares e por uma ou mais camadas de células, o
periciclo, que circunda totalmente os tecidos vasculares.
O periciclo desempenha vários papéis importantes. Na maioria das fanerógamas (plantas com flor), as
raízes se originam no periciclo. Nas plantas que sofrem crescimento secundário, o periciclo contribui
para o câmbio vascular e, geralmente, origina o primeiro câmbio da casca. Além disso, o periciclo
prolifera freqüentemente, isto é, origina mais periciclo.
O centro do cilindro central da maioria das raízes é ocupado por uma medula sólida de xilema
primário, a partir da qual se estendem projeções semelhantes a estrias em direção ao periciclo.
Os primeiros elementos do (proto) xilema a sofrer maturação nas raízes localizam-se próximos ao
periciclo, e as extremidades das séries são comumente denominadas de protoxilema. O metaxilema (meta,
depois) ocupa as porções internas das séries e o centro do cilindro central, diferenciando-se depois do
protoxilema. As raízes de algumas monocotiledôneas (por exemplo, centeio) possuem uma medula, que é
interpretada por alguns botânicos como um tecido vascular potencial.
 
 
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CAULE e as FOLHAS
O caule e as folhas começam a formar-se durante o desenvolvimento do embrião (semente), onde são
representados pela plúmula. A plúmula pode ser considerada como a primeira gema, consistindo de um
râmulo (o epicótilo), uma ou mais folhas rudimentares (primórdios foliares) e um meristema apical.
Com o reinício do crescimento do embrião durante a germinação da semente, desenvolvem-se novas
folhas a partir dos flancos do meristema apical, e o eixo se alonga e se diferencia em nós e entrenós.
Gradualmente forma-se os primórdios das gemas nas axilas das folhas que, mais cedo ou mais tarde,
seguem uma seqüência de crescimento e diferenciação mais ou menos semelhante àquela da primeira
gema.
Este padrão é repetido muitas vezes à medida que os sistemas caulinar e foliar das plantas seguem o seu
desenvolvimento.
Com freqüência, o meristema apical de um caule inibe o desenvolvimento das gemas laterais, sendo este
fenômeno conhecido como dominância apical. À medida que aumenta a distância entre o ápice do caule e
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as gemas laterais, a influência retardadora do ápice diminui e as gemas laterais continuam seu
desenvolvimento. Em conseqüência, a poda de ápices caulinares com suas folhas, que constitui uma
prática comum dos jardineiros, resulta em plantas mais cerradas e mais ramificadas.
 As duas principais funções associadas ao caule são condução e sustentação. As substâncias fabricadas
nas folhas são transportadas através dos caules, por intermédio do floema, a locais de utilização,
incluindo folhas, caules e raízes em crescimento e flores, sementes e frutos em desenvolvimento. Uma
grande parte da substância alimentar é armazenada nas células parenquimatosas de raízes, sementes e
frutos, mas os caules também constituem importantes órgãos de reserva, sendo que alguns, como a
batatinha (Solanum tuberosum), são especialmente adaptados à função de reserva.
 Plantas dicotiledôneas podem apresentar caule do tipo haste (fino, flexível e verde; aparece no cravo);
tronco (mangueira), é lenhoso e muito ramificado. As monocotiledôneas apresentam caule do tipo colmo
(cheio, na cana-de-açúcar; oco, no bambu), com nós e entrenós e grandes bainhas foliares protegendo as
gemas; caule estipe (palmeiras), não tem ramificação e as folhas só persistem no ápice.
 As folhas, principais órgãos fotossintéticos da planta, são sustentadas pelos caules, que as colocam em
posições favoráveis para a captação de luz, essencial à fotossíntese. Além disso, a maior parte da perda de
vapor d’água pela planta ocorre através das folhas.
 
 
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Crescimento e origem dos tecidos primários do caule.
A organização do meristema apical do caule mostra-se mais complexa que a da raiz. O meristema
apical do caule, além de produzir células para o corpo primário da planta, está também envolvido na
formação de primórdios foliares e, muitas vezes, de primórdios de gemas, os quais formam ramos
laterais. O meristema apical do caule diferem também do meristema apical da raiz pela ausência de um
revestimento protetor comparável à coifa.
Os ápices caulinares vegetativos da maioria das fanerógamas possuem um tipo de organização
denominado tunica-corpus ou túnica e corpo. A camada externa da túnica origina sempre a protoderme,
ao passo que o procâmbio e o meristema fundamental derivam do corpo ou de uma combinação das
camadas remanescentes da túnica e do corpo.
 Embora os tecidos primários do caule passem por períodos de crescimento semelhantes àqueles da raiz, o
eixo do caule não pode ser dividido em regiões de divisão, alongamento e maturação como o das raízes.
 Os meristema apical do caule, quando ativo, origina primórdios foliares em sucessão tão estreita que os
nós e entrenós não podem ser distinguidos a princípio. O aumento de comprimento do caule ocorre, em
grande parte, por alongamento dos entrenós.
 Como na raiz, o meristema apical do caule origina os meristemas primários – protoderme, meristema
fundamental e procâmbio, os quais, por sua vez, darão origem à epiderme, tecido fundamental e tecidos
vasculares primários, respectivamente.
 Estrutura primária.
 Podem ser reconhecidos três tipos básicos de organização:
1. Em algumas coníferas e dicotiledôneas, as células estreitas e alongadas do
procâmbio – e, conseqüentemente, os tecidos vasculares primários que se
desenvolvem a partir delas – aparecem sob a forma de um cilindro oco mais ou
menos contínuo dentro do tecido fundamental ou parenquimatoso (distribuição
eustélica ou regular). A região externa de tecido fundamental é denominada
córtex, e a região interna, medula.
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2. Em outras coníferas e dicotiledôneas, os tecidos vasculares primários
desenvolvem-se sob a forma de um cilindro composto de cordões conectados,
separados por tecido fundamental. O parênquima, que separa os cordões ou
séries de procâmbio e, mais tarde, os feixes vasculares maduros, continua-se
com o córtex e a medula, sendo denominado parênquima interfascicular (entre
os feixes). As regiões interfasciculares são freqüentemente denominadas raios
medulares.
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3. Nos caules da maioria das monocotiledôneas e de algumas dicotiledôneas
herbáceas, os tecidos vasculares não aparecem sob a forma de um único anel
de feixes entre o córtex e a medula, mas se desenvolvem comumente sob a forma
de mais de um anel ou de um sistema anastomosado (interligado e ramificado)
de feixes espalhados através do tecido fundamental (distribuição atactostélica
ou irregular), o que, muitas vezes, não pode ser diferenciado em córtex e
medula. 
 
 
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FOLHA
As folhas espermatófitas, em seu desenvolvimento e disposição, possuem uma influência profunda sobre
a estrutura do caule. A posição das folhas determina, em grande parte o padrão do sistema vascular no
caule. A íntima associação da folha e do caule mostra-se claramente visível se seguirmos os feixes
vasculares desde a folha até o caule.
Morfologia da folha.
As folhas variam enormemente quanto à forma e estrutura interna. Nas dicotiledôneas, a folha consiste
comumente em uma porção laminar, o limbo, e de uma porção semelhante a um pedúnculo, o pecíolo.
Pequenas estruturas escamiformes ou foliáceas, denominadas estípulas, desenvolvem-se na base de
algumas folhas. Muitas folhas não possuem pecíolos, sendo denominadas sésseis.
Na maioria das monocotiledôneas e em certas dicotiledôneas, a base da folha se expande em uma
bainha, que envolve o caule(folha invaginante). Em algumas gramíneas, a bainha ocupa o comprimento
de um entrenó.
A disposição das folhas no caule pode ser alternada (espiralada), oposta (aos pares) ou verticilada (três
ou mais folhas em cada nó).
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As folhas das dicotiledôneas são simples ou compostas. Nas folhas simples, os limbos não são
subdivididos em partes distintas, embora possam ser profundamente lobados. Os limbos das folhas
compostas são divididos em folíolos, cada qual geralmente com seu próprio pequeno pecíolo.
Podem ser distinguidos dois tipos de folhas compostas: as folhas compostas penadas e as folhas
compostas digitadas (vide figura anterior). Nas folhas compostas penadas, os folíolos surgem de ambos
os lados de um eixo, a raque, como as barbas de uma pena. (A raque é uma extensão do pecíolo !). Os
folíolos de uma folha composta digitada se dispõem na extremidade do pecíolo, não havendo raque.
 
 
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Estrutura da folha.
As variações na estrutura das folhas de angiospermas estão relacionadas, em grande parte, ao habitat e
são freqüentemente utilizadas para caracterizar os denominados tipos ecológicos de planta: mesófitas
(plantas que crescem em locais não muito úmidos e nem muito secos), higrófitas (plantas que crescem
total ou parcialmente submersas na água) e xerófitas (plantas que crescem em habitats secos ou áridos).
Independente de sua forma e tamanho, todas as folhas são formadas pelos mesmos tecidos: epiderme,
mesófilo e feixes vasculares ou nervuras.
Epiderme.
As células epidérmicas comuns da folha, como as do caule, encontram-se dispostas de modo compacto e
são recobertas por uma cutícula que reduz a perda de água. Os estômatos podem ocorrer em ambos os
lados da folha, porém são geralmente mais numerosos na superfície inferior.
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Nas folhas higrófitas que flutuam, sobre a superfície da água, os estômatos podem ocorrer apenas na
epiderme inferior. As folhas imersas carecem geralmente de estômatos.
De modo geral, as folhas das xerófitas contêm um número maior de estômatos que as de outras plantas.
Presumivelmente, estes numerosos estômatos permitem uma taxa mais alta de trocas gasosas em
condições de suprimento favorável de água.
Em muitas xerófitas, os estômatos se encontram mergulhados em depressões na superfície inferior da
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folha (criptas). Estas depressões podem possuir também muitos pêlos epidérmicos. Os pêlos epidérmicos
ou tricomas podem ocorrer em uma superfície ou em ambas as superfícies da folha. A existência de
camadas espessas de pêlos epidérmicos pode retardar a perda de água das folhas.
Mesófilo.
O mesófilo – tecido fundamental da folha – é especializado para a fotossíntese. Contém um grande
sistema de espaços intercelulares, que se comunicam com a atmosfera através dos estômatos. Os espaços
intercelulares facilitam a rápida troca de gases, constituindo importante fator na eficiência da
fotossíntese.
Nas plantas mesófitas, o mesófilo é diferenciado em parênquima paliçádico e parênquima esponjoso
(lacunoso). As células do tecido paliçádico têm forma cilíndrica, com os eixos maiores orientados
perpendicularmente à epiderme, e as células do parênquima esponjoso possuem forma irregular.
Folha de "Saia branca" corte transvesal ep.s., epiderme superior; p., parênquima paliçádico; l.,
parênquima lacunoso; v., elementos condutores do xilema; ep.i., epiderme inferior; pl., pêlo; est.,
estoma; d, drusa de oxalato de cálcio.
Os cloroplastos são mais numerosos nas células em paliçada do que nas esponjosas. Em conseqüência, a
maior parte da fotossíntese na folha ocorre aparentemente no parênquima paliçádico.
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Comumente, o parênquima paliçádico encontra-se localizado no lado superior da folha, e o parênquima
esponjoso, no lado inferior. Nas folhas das xerófitas, o parênquima em paliçada ocorre freqüentemente em
ambos os lados da folha.
Além disso, em algumas plantas, como o milho e outras, as células do mesófilo possuem forma mais ou
menos semelhante, e não existe distinção entre parênquimas paliçádico e esponjoso.
 
 
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Feixes vasculares.
O mesófilo da folha é totalmente percorrido por um sistema de feixes vasculares ou nervuras, ligados
ao sistema vascular do caule. Na maioria das dicotiledôenas, as nervuras se encontram dispostas de
modo ramificado, com nervuras sucessivamente menores surgindo de nervuras um pouco maiores. Este
tipo de disposição das nervuras é denominado nervação peninérvia.
Em contraposição, a maioria das folhas de monocotiledôneas possui muitas nervuras de tamanho
bastante semelhante, orientadas paralelamente entre si ao longo da folha, que é paralelinérvia. Nestas
folhas paralelinérvias, as nervuras longitudinais estão interligadas por nervuras bem mais finas, formando
uma complexa rede.
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As nervuras contêm xilema e floema que, em geral, são totalmente de origem primária. Comumente, o
xilema ocorre no lado superior da folha, e o floema, no lado inferior.
A epiderme, devido à estrutura compacta e à cutícula, proporciona uma considerável resistência para a
folha. Além disso, as nervuras maiores das folhas de dicotiledôneas são freqüentemente ladeadas por
células do colênquima, que fornecem sustentação para a folha. Células e fibras colenquimatosas podem
ser também encontradas ao longo das margens das folhas de dicotiledôneas e monocotiledôneas,
respectivamente.
Abscisão da folha.
Em muitas plantas, a separação normal da folha do caule – o processo de abscisão – é precedida por
certas alterações estruturais e químicas perto da base do pecíolo, resultando na formação de uma zona de
abscisão. Esse processo é regulado pela redução do nível de auxinas circulantes.
 
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Modificações do caule e da folha
Os caules de algumas plantas escandentes se enrolam ao redor da estrutura onde estão crescendo
(caules volúveis). Outros produzem ramos modificados, denominados gavinhas. Na hera, as gavinhas
produzem, nos ápices, grandes estruturas em forma de taça, denominadas grampos.
As gavinhas da videira (Vitis sp) e do maracujá (Passiflora sp) são também caules modificados que se
enrolam ao redor do suporte. Na videira, as gavinhas produzem algumas vezes pequenas folhas ou flores.
As gavinhas, em sua maioria, são modificações de folhas. Nas leguminosas, como a ervilha (Pisum
sativum), as gavinhas constituem a parte terminal da folha composta penada.
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Nem todas as leguminosas formam gavinhas. Uma destas, o amendoim (Arachis hipogaea) possui outra
adaptação interessante. Após a fertilização, os estames e a corola da flor caem e o entrenó entre o ovário e
o receptáculo (ou ginóforo) começa a alongar-se. Através de alongamento contínuo, o pedúnculo se
curva para baixo e enterra o fruto em desenvolvimento vários centímetros abaixo do solo, onde
amadurece. Se o ovário não for enterrado, murcha e não cresce.
Os ramos (clados) que assumem a forma de folhas e se assemelham estreitamente a elas são
denominados cladódios ou filocládios. Ambos apresentam a cor esverdeada e realizam fotossíntese. Nos
cladódios o crescimento é ilimitado e nos filocládios, limitado. O cladódio aparece nas cactáceas (onde as
folhas estão transformadas em espinhos, garantindo grande economia de água) e o filocládio ocorre no
aspargo (Asparagus officinalis). Os caules aéreos espessos e carnosos (turião) do aspargo são a parte
comestível da planta. As escamas encontradas sobre os turiões são folhas verdadeiras. Se o aspargo
continua a crescer, desenvolvem-se lâminas nas axilas das pequeninas escamas as quais funcionam como
órgãos fotossintetizadores.
Em algumas plantas, as folhas modificam-se em espinhos, que são duros, secos e não assimiladores.
As expressões espinho caulinar e espinho foliar são, freqüentemente, confundidos na linguagem comum
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como “espinho” da roseira. Na roseira ocorrem acúleos, que são anexos da epiderme modificada,
facilmente destacáveis ! Do ponto de vista técnico, os espinhos caulinares são ramos modificados que
surgem nas axilas das folhas, a partir das gemas, com grande dureza e difíceis de serem destacados
(laranjeiras, limoeiros).
Dentre as mais espetaculares folhas modificadas ou especializadas, estão as folhas das plantas
carnívoras, tais como as plantas insetívoras, Nepenthes, Drosera e Dionaea, que capturam insetos e os
digerem com enzimas secretadas pela planta. Os nutrientes são absorvidos em seguida pela planta.
Nepenthes Sarracenia
Dionaea Drosera
A Nephentes rajah (Borneú – Indonésia) captura e digere passarinhos, lagartos, sapos arborícolas,
pequenos roedores. A Sarracenia purpura apresenta uma “aba” para coleta de água que represa no fundo
da folha, onde bactérias decompõem as carapaças dos insetos afogados; o “tubo” pode chegar a 1 metro de
comprimento. Todas essas plantas são fotossintetizantes e portanto autótrofas, porém dependem de uma
dieta extra de nutrientes nitrogenados (protéicos).
 
 
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Armazenagem de alimento.
Os caules, como as raízes, desempenham funções de reserva de substâncias nutritivas. Provavelmente, o
tipo mais familiar de caule especializado no armazenamento é o tubérculo, exemplificado pela
batatinha. Nesta, os tubérculos (caules subterrâneos) desenvolvem-se nos ápices de estolhos (ramos
rastejantes do caule aéreo) de plantas que cresceram a partir de sementes.
No entanto, quando são utilizados segmentos de tubérculos para a propagação, os tubérculos surgem nas
extremidades de longos e delgados rizomas, ou ramos subterrâneos.
Um bulbo é uma grande gema que consiste de um pequeno caule cônico (“prato”) no qual se inserem
numerosas folhas modificadas (catáfilos). As folhas são escamosas e possuem bases espessadas onde o
alimento é armazenado. As raízes adventícias nascem na base do caule. Exemplos familiares de plantas
com bulbos são a cebola, o alho e o lírio.
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Embora superficialmente semelhantes aos bulbos, os cormos consistem principalmente de tecido
fundamental. Suas folhas são geralmente finas e bem menores que as dos bulbos; em conseqüência, o
alimento armazenado do cormo é encontrado no caule carnoso. Plantas bem conhecidas, como a
palma-de-santa-rita, o açafrão e o ciclame, produzem cormos.
A couve-rábano (Brassica oleracea caulorapa) constitui um exemplo de uma planta comestível com
caule de reserva carnoso. O caule curto e espesso ergue-se acima do solo e possui várias folhas com bases
muito largas. A couve comum (Brassica oleracea capitata) é estreitamente relacionada à couve-rábano. A
denominada “cabeça” da couve consiste de um caule curto com numerosas folhas espessas e
imbricadas. Além de uma gema terminal, podem ser encontradas várias gemas axilares bem desenvolvidas
dentro da cabeça.
Os pecíolos de algumas plantas tornam-se bastante espessos e carnosos. O aipo (Aipum graveolens) e o
ruibarbo (Rheum rhaponticum) são dois exemplos familiares.
 
 
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Armazenagem de água: suculência.
As plantas suculentas possuem tecidos aqüíferos, isto é, tecidos especializados no armazenamento de
água. A maioria destas plantas, tais como os cactos dos desertos americanos; a Euphorbia, cujo aspecto é
semelhante, dos desertos da África; e a piteira (Agave), crescem normalmente em regiões áridas, onde a
capacidade de armazenar água se torna necessária para sua sobrevivência. Os caules verdes e carnosos
(cladódios) dos cactos servem de órgãos fotossintéticos e de armazenamento.
O tecido de reserva de água é formado de grandes células parenquimatosas com paredes delgadas,
destituídas de cloroplastos.
Na piteira, as folhas são suculentas. Como nos caules suculentos, as células parenquimatosas não
fotossintéticas do tecido fundamental constituem o tecido de armazenagem de água. Outros exemplos de
plantas com folhas suculentas são a “planta de gelo” (Mesembrysanthemum crystallinum), o saião
(Sedum) e algumas espécies de Peperomia. Na “planta de gelo”, grandes células epidérmicas,
denominadas vesículas aqüíferas, que se assemelham superficialmente a cristais de gelo, servem paara
armazenamento de água. As células que reservam água da folha de Peperomia são partes de uma epiderme
pluriestratificada (várias camadas).
 
 
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> Órgãos Vegetais
Crescimento secundário
Em muitas plantas – a maioria das monocotiledôneas e as dicotiledôneas muito herbáceas – o
crescimento em uma determinada região do corpo da planta cessa com a maturação dos tecidos
primários. No outro extremo encontram-se as gimnospermas e dicotiledôneas lenhosas, nas quais as
raízes e caules continuam a crescer em circunferência em regiões que não sofrem alongamento. Este
aumento em espessura ou circunferência do corpo da planta – crescimento secundário – resulta da
atividade de dois meristemas laterais, o câmbio vascular e o câmbio da casca (felogênio).
As ervas, ou plantas herbáceas, são plantas com caules e raízes que sofrem pouco ou nenhum
crescimento secundário. As plantas lenhosas – árvores e arbustos – vivem durante alguns ou muitos
anos. A cada ano, ocorre novo crescimento primário, e tecidos secundários adicionais são acrescentadosàs partes mais velhas da planta por intermédio de reativação dos meristemas laterais.
As plantas são freqüentemente classificadas, de acordo com seus ciclos de crescimento estacional, em
anuais, bienais ou perenes. Nas plantas anuais, que incluem muitas flores silvestres, flores de jardim e
verduras, todo o ciclo, desde a semente, passando pela planta vegetativa e pela planta florescente, até o
estádio de semente de novo, ocorre dentro de uma única estação – que pode ter uma duração de apenas
algumas semanas. Nas plantas anuais, apenas a semente dormente transpõe o intervalo entre uma estação e
a que se segue.
Nas plantas bienais, são necessárias duas estações desde a germinação da semente até nova formação
de semente. A primeira estação de crescimento termina com a formação da raiz, de um caule curto e de
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uma roseta de folhas próxima à superfície do solo. Na segunda estação de crescimento, ocorrem floração,
frutificação, formação de sementes e morte do vegetal, completando o ciclo de vida.
As plantas perenes são plantas nas quais as estruturas vegetativas vivem anos após anos. As plantas
herbáceas perenes atravessam as estações desfavoráveis mediante raízes, rizomas, bulbos ou tubérculos,
todos subterrâneos e dormentes. As plantas perenes lenhosas, que incluem as trepadeiras, os arbustos e as
árvores, sobrevivem acima do solo, mas, em geral, param de crescer durante as estações desfavoráveis.
As plantas perenes lenhosas florescem apenas quando se tornam adultas, o que pode levar muitos anos.
O castanheiro-da-índia, Aesculus hipocastanum, por exemplo, só floresce por volta dos 25 anos de
idade. Puya raimondii, uma grande parente (até 10 metros de altura) do ananaseiro, encontrado nos
Andes, leva cerca de 150 anos para florescer.
Muitas plantas lenhosas são decíduas, perdendo todas suas folhas ao mesmo tempo e desenvolvendo
novas folhas a partir de gemas quando a estação se torna novamente favorável ao crescimento. Nas
árvores e arbustos sempre verdes, as folhas são também perdidas e repostas, mas não de modo simultâneo.
O câmbio vascular.
É por meio de divisões das células cambiais e de suas derivadas que são produzidos o xilema e floema
secundários. Se a célula-filha de uma célula inicial cambial for dividida em direção à parte externa do
caule, torna-se subseqüentemente uma célula floemática, e se for dividida em direção à parte interna do
caule, torna-se uma célula xilemática. Deste modo, forma-se uma longa fileira radial contínua de
células, estendendo-se a partir da célula inicial cambial para fora até o floema e para dentro até o xilema.
À medida que o câmbio vascular acrescenta células ao xilema secundário e o centro do xilema aumenta
de largura, o câmbio é deslocado para fora. A fim de resolver este problema, o câmbio vascular sofre um
aumento de circunferência.
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Nas regiões temperadas, o câmbio vascular entra em dormência durante o inverno, sofrendo reativação
na primavera. Novos incrementos, ou camadas de crescimento, de xilema secundário e floema secundário
depositam-se durante a estação de crescimento.
 
 
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> Órgãos Vegetais
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Periderme e súber.
Na maioria das raízes e caules lenhosos, a formação do súber segue-se geralmente ao início da produção
de xilema e floema secundários, e o tecido suberoso substitui a epiderme, formando um revestimento
protetor sobre a planta. O súber ou felema, como é tecnicamente denominado, é formado por um câmbio
da casca, ou felogênio, que pode também formar a feloderme (“pele de súber”). O súber é formado em
direção à superfície externa, e a feloderme, em direção à superfície interna do câmbio da casca. O
conjunto destes três tecidos – súber, câmbio da casca e feloderme – forma a periderme.
Na maioria das dicotiledôneas e gimnospermas a primeira periderme aparece comumente durante o
primeiro ano de crescimento da raiz ou do caule, em regiões da planta que não sofrem mais alongamento.
Durante a diferenciação da células suberosas, suas paredes internas são revestidas por uma camada
relativamente espessa de uma substância lipídica, a suberina, que torna o tecido altamente impermeável à
água e aos gases. As paredes das células suberosas podem tornar-se também lignificadas. Na maturidade,
as células suberosas morrem.
As células da feloderme permanecem vivas na maturidade, carecem de suberina e assemelham-se a
células parenquimatosas corticais.
Lenticelas.
As células suberosas se encontram agrupadas de modo compacto, representando, como tecido, uma
barreira impermeável à água e aos gases. No entanto, os tecidos internos do caule, como todos os tecidos
metabolicamente ativos, necessitam realizar um intercâmbio de gases com o ar circundante. Nos caules e
nas raízes que contêm peridermes, este intercâmbio gasoso é efetuado por intermédio de lenticelas,
porções de periderme nas quais o felogênio (câmbio da casca) é mais ativo que em qualquer outra parte,
resultando na formação de um tecido com numerosos espaços intercelulares. Além disso, o próprio
felogênio contém espaços intercelulares na região das lenticelas.
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> Órgãos Vegetais
Casca.
O termo casca refere-se a todos os tecidos externos ao câmbio vascular, inclusive a periderme quando
presente. Quando o câmbio vascular aparece pela primeira vez e o floema secundário não está ainda
formado, a casca consiste inteiramente de tecidos primários. No final do primeiro ano de crescimento, a
casca inclui quaisquer tecidos primários ainda presentes, o floema secundário, a periderme e quaisquer
tecidos mortos permanecendo fora da periderme. A cada estação de crescimento, o câmbio vascular
acrescenta floema secundário à casca e xilema secundário, ou madeira, ao centro do caule ou da raiz. 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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À medida que o caule ou raiz aumenta de circunferência, uma considerável pressão se exerce sobre os
tecidos mais velhos da casca. Em algumas plantas, a eliminação destes tecidos resulta na formação de
grandes espaços de ar.
A cortiça comercial é obtida da casca do sobreiro (Quercus suber), originário da região mediterrânea.
Quando a árvore atinge cerca de 20 anos de idade, a periderme original é removida, e forma-se um novo
câmbio da casca no córtex, alguns milímetros abaixo do local do primeiro câmbio. A casca produzida
pelo novo câmbio da casca acumula-se rapidamente; depois de cerca de 10 anos, apresenta-se bastante
espessa para ser separada da árvore.
Anéis de crescimento.
A atividade periódica do câmbio vascular – um fenômeno relacionado às estações nas regiões
temperadas – é responsável pela produção de anéis de crescimento tanto no xilema secundário quanto no
floema secundário. Se uma camada de crescimento representa o crescimento efetuado em uma estação,
recebe o nome de anel anual. Alterações repentinasna água disponível ou em outros fatores ambientais
podem ser responsáveis pela produção de mais de um anel de crescimento em um certo ano; tais anéis são
denominados falsos anéis anuais.
Por conseguinte, a idade de uma determinada porção do caule velho pode ser estimada pela contagem
dos anéis de crescimento, mas a estimativa pode não ser precisa se forem incluídos os falsos anéis anuais.
Alburno e cerne.
À medida que a madeira envelhece e deixa de funcionar como tecido de condução, suas células
parenquimatosas morrem. Contudo, antes que isto aconteça, o lenho sofre muitas vezes alterações
visíveis, que envolvem a perda de substâncias de reserva e a infiltração do lenho por várias substâncias
(tais como óleos, gomas, resinas e tanino), que o colorem e algumas vezes o tornam aromático. Este lenho
freqüentemente mais escuro e não condutor é denominado cerne, e o lenho condutor, geralmente mais
claro, alburno.
Em muitas madeiras, formam-se tilos nos vasos quando estes já não funcionam. Os tilos são excrescências
das células parenquimatosas dos raios que crescem através da cavidade das pontuações na parede do
vaso. Os tilos podem obstruir completamente a luz (espaço delimitado pela parede celular) do vaso.
Freqüentemente são induzidos a se formarem de modo prematuro ou não natural por agentes patogênicos
vegetais, resultando na morte da planta. Muitas das doenças denominadas “murchas” exercem seus efeitos
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desta maneira.
 
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> Célula vegetal - absorção
CÉLULA VEGETAL - ABSORÇÃO
ABSORÇÃO - A ÁGUA NA PLANTA
Clima e solo são dois fatores ambientais de grande importância na fisiologia do vegetal.
Os processos erosivos (variações de temperatura, ventos, chuvas), ao decomporem a rocha-mãe,
promovem a formação de partículas de solo com granulações de diversos diâmetros. Nos solos que se
apresentam bem afofados, tanto a aeração quanto a entrada e retenção de água oferecem as condições
favoráveis para a fixação das raízes. Em umidade e temperatura adequadas, os sais minerais serão
absorvidos em solução aquosa (seiva bruta) e conduzidos através do caule até as folhas, onde
participarão das reações de fotossíntese.
Boa diversidade de seres vivos partilham a formação e utilização desse ambiente do solo: artrópodos
(larvas e adultos), vermes, moluscos, fungos, algas, Moneras e Protistas. Destaque especial merecem
bactérias e fungos decompositores (saprófitas), reciclando (sais) a matéria orgânica morta (húmus).
Essa interdependência toda faz do solo um grande “sistema vivo”.
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Importantes adaptações na morfologia externa e na anatomia interna de raiz, caule e folhas contribuem
para a excelência dinâmica na absorção, condução e transformação dos nutrientes minerais.
 
 
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Fisiologia
> Célula vegetal - absorção
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Fisiologia
> Célula vegetal - absorção
O solo é um complexo sistema físico-químico, composto de partículas minerais que se originaram por
decomposição de rochas. Apresentam composição química mineral, orgânica e pH que podem ser bastante
variados. A esse complexo estão associados microrganismos vivos ou mortos, havendo ainda uma
extensa rede de canalículos e câmaras de ar. Suas partículas, com capacidade de retenção de água,
constituem um substrato não só para a fixação das plantas (raízes), mas também para a absorção de uma
solução nutritiva pelos sistemas de raízes.
 dos grânulos SOLOS :
 entre 2 e 0,02 mm = areia.
 entre 0,02 e 0,002 mm = silte.
 < 0,002 mm = argila.
A água do solo forma uma fina película em torno das partículas sólidas: é a água de adsorção. A água
capilar é aquela que ocupa os espaços capilares entre partículas, deixando o solo saturado quando ocupar
todos esses espaços. A água gravitacional é a que penetra mais profundamente no solo, fazendo um
escoamento rápido. A capacidade de campo do solo é dado pela sua capacidade de reter água, após a
drenagem da água gravitacional. Fala-se em lixiviação quando houver uma circulação excessiva
(percolação) da água gravitacional. Nessa situação são arrastados os sais solúveis Ca2+, Mg2+, K+ que são
substituídos pelos cátions H+ (solo ácido).
Esse solo ácido precisará ter seu pH corrigido com a aplicação de calcários; esse é o processo de
calagem. Quando a lixiviação está muito intensa é formada uma camada compacta e impermeável, o
laterito, rico em óxidos de ferro e alumínio, estéril e que é utilizado para a produção de tijolos.
 
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> Transporte, Transpiração e Trocas gasosas
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Transporte, Transpiração e Trocas Gasosas
Um solo fértil apresentará boas condições de umidade, aeração, granulação, agregação e concentração de
nutrientes minerais (sais).
As células da epiderme das raízes apresentam porosidade que permite absorção de água. Além disso, os
pêlos absorventes, que são células epidérmicas modificadas, aumentam o poder de absorção das raízes.
Este último processo ocorre com seletividade dos nutrientes, visto que a membrana plasmática das células
é semipermeável.
As células das raízes apresentando boa concentração nos seus vacúolos (solução hipertônica) irão
absorver osmoticamente a água do solo úmido (solução hipotônica).
Na região medular das raízes estarão os vasos condutores; aí aparecem os vasos lenhosos (xilema) para a
condução dessa seiva bruta até as folhas.
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> Transporte, Transpiração e Trocas gasosas
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
file:///C|/html_10emtudo/Biologia/html_biologia_total.htm (222 of 472) [05/10/2001 21:56:19]
Subir na direção das folhas implica em vencer a força de gravidade. Um conjunto de componentes
contribui para isso:
a) pressão positiva da raiz, que absorvendo osmoticamente a água do solo, “empurra” a seiva
bruta xilema acima.
b) a capilaridade dos vasos lenhosos que permite a adesão da água com suas paredes
internas, somada à coesão das moléculas d’água que são polarizadas, também colaborarão
para a ascensão da seiva bruta.
c) a transpiração das folhas que funciona como “potente aspirador osmótico” da seiva
mineral. Na epiderme das folhas há numerosos estômatos (células-guarda) que permitem a
saída da água no estado gasoso(vapor). Com a perda de solvente (água) a solução interna
das milhares de células da folha terão “força osmótica competente” para “succionar” a
seiva bruta a dezenas de metros de altura.
 
 
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> Transporte, Transpiração e Trocas gasosas
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Diversos fatores ambientais contribuirão para facilitar a transpiração das folhas e regular a condução
ascendente da seiva mineral:
1. baixa umidade relativa ambiental.
2. temperatura ambiente relativamente alta.
3. boa ventilação atmosférica.
4. baixa pressão atmosférica.
5. grande superfície de exposição (limbo) das folhas.
A observação externa do limbo foliar exibe bom número de nervuras que histologicamente são os vasos
condutores xilema e floema. Realizada a fotossíntese no mesófilo foliar, a seiva orgânica ou elaborada
(composta por nutrientes orgânicos e enriquecida com O2) será transportada através do floema (vasos
liberianos) para todas as células (caule e raiz) que irão queimá-la no processo respiratório fabricador de
energia. Desta forma as células se manterão vivas e também terão energia para crescimento ou
regeneração tecidual.
 
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> Fotossíntese
FOTOSSÍNTESE
Os vegetais clorofilados têm o equipamento bioquímico necessário para transformar substâncias pouco
energéticas (CO2 e H2O) em substância rica em energia (glicose). Na fotossíntese, a energia luminosa
absorvida pela clorofila é transformada em energia química de ligação, que fica armazenada no
carboidrato.
A luz utilizada nessa formação é absorvida por uma série de pigmentos. Cada pigmento absorve
determinados comprimentos de ondas, refletindo os que não absorve. A cor do pigmento é dada pelo
comprimento de onda refletido, podendo-se determinar o espectro de absorção de cada pigmento através
de um espectrofotômetro.
Os tipos de pigmentos utilizados na fotossíntese variam nos diferentes grupos de organismo
fotossintetisantes. Nos vegetais superiores, os pigmentos mais importantes são a clorofila a e a clorofila
b, pigmentos verdes que absorvem a luz no violeta, no azul e no vermelho, refletindo no verde; por isso,
são verdes.
Colocando-se em um gráfico os diferentes comprimentos de onda em função da taxa em que se processa a
fotossíntese, pode-se verificar o espectro de ação da luz na fotossíntese:
Observando-se os gráficos apresentados, pode-se notar que os picos do espectro de ação da luz na
fotossíntese e os dos espectros de absorção da luz pela clorofila têm padrão semelhante, evidenciando
que a clorofila é o pigmento mais importante na recepção da luz na fotossíntese.
A absorção da luz pela clorofila se faz com intensidade máxima nas faixas de comprimento de onda de
450 nm (nanometros), que é correspondente à luz azul, e 700 nm que corresponde, à luz vermelha. O
nanometro ainda é muito conhecido como milimícron. A absorção da luz verde é quase nula. A clorofila
reflete-a quase integralmente. E é por isso que nós a vemos dessa cor.
 
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> Fotossíntese
As curvas indicam:
A) espectro de absorção da luz pela clorofila a;
B) espectro de absorção da luz pela clorofila b; 
O espectro de ação da fotossíntese não corresponde rigorosamente ao espectro de absorção da luz pelas
clorofilas. Considerando o fenômeno fotossíntese em termos gerais, a resposta à luz vermelha é maior
do que à luz azul. Isso se explica porque os pigmentos acessórios (xantofila, licopeno e caroteno)
absorvem intensamente certas radiações de forma mais eficiente que as clorofilas, transferindo depois a
elas a energia absorvida. 
Em certas plantas aquáticas, outros pigmentos, com ficoeritrina e a ficoxantina, também absorvem a luz
eficientemente. Nesses casos, o espectro de ação da luz na fotossíntese é diferente daquele apresentado
anteriormente, estando os picos de maior taxa de fotossíntese praticamente coincidentes com os de
absorção pelos pigmentos citados. 
A equação tradicional da fotossíntese é:
Essa reação, no entanto, não pode mais ser aceita como correta, tendo em vista que o oxigênio liberado
na fotossíntese provém da água e não do gás carbônico. Isto foi confirmado por um experimento
clássico (década de 40), no qual o oxigênio da água foi marcado com o isótopo O18, verificando-se que
todo o oxigênio liberado na fotossíntese era isótopo –18.
Dessa forma, a reação aceita é:
Essa equação mostra o processo de síntese de compostos orgânicos a partir de substâncias inorgânicas,
utilizando-se a energia luminosa e com liberação de oxigênio. 
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> Fotossíntese
Hoje, sabemos que a fotossíntese se processa em duas etapas. Na primeira, a luz cede energia para a
clorofila. Portanto, essa etapa não ocorre sem a presença de luz. Ela é conhecida com fase luminosa da
fotossíntese ou reações de claro. Na segunda etapa, a energia retida por certos compostos, vai permitir
uma série de reações que vão levar ao aparecimento da glicose. Essa etapa pode ocorrer mesmo na
ausência da luz. É a fase escura ou reações de escuro da fotossíntese.
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Sabemos que a luz branca resulta da combinação de diversas radiações: vermelha, alaranjada, amarela,
verde, azul, anil e violeta. Mas nem todas essas radiações têm o mesmo efeito sobre a clorofila. E portanto,
nem todas agem igualmente, estimulando a fotossíntese.
A fotossíntese se processa em duas etapas. A primeira é a fotólise de Hill ou fase fotoquímica. Nela é
liberado o O2 da água, e os hidrogênios são incorporadas a um aceptor de hidrogênio, no caso, o NADP
(nicotinamida – adenina –dinucleotídeo – fosfato).
A reação da primeira etapa é:
Além disso, ocorre a formação de ATP pela utilização direta da energia luminosa (fotofosforilação).
A segunda etapa é chamada puramente química ou fase de escuro, proposta por Blackman, na qual o
NADPH2, reduz o CO2, formando-se açúcar.
Essa reação é:
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Somando-se as duas reações:
 
 
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> Fotossíntese
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1. Fase luminosa
A fase luminosa caracteriza-se por um conjunto de reações fotoquímicas que executam a fotólise da
água, e simultaneamente, originamdois transportadores de energia, o NADPH2 e o ATP, que, em
seguida, são utilizados para a redução do CO2 na fase obscura (estroma). 
O NADPH2 é produzido por redução do NADP e o ATP por fosforilização do ADP em presença de
fosfato inorgânico Pi, fenômeno também chamado fotofosforilização. As equações gerais dessas reações
podem ser assim escritas: 
 
 
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> Fotossíntese
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2.Fase Obscura
Durante a fase obscura, o NADPH2 e o ATP produzidos durante as reações fotoquímicas são utilizados
para reduzir o CO2. Ocorrem no estroma do cloroplasto.Foram os trabalhos de Calvin, Bassham e
Benson, empreendidos desde 1946, que permitiram conhecer as diversas etapas da redução do gás
carbônico a glicídios. Esses pesquisadores trabalharam com culturas de algas verdes unicelulares
(Chlorella ou Scenedesmus), às quais forneceram CO2 marcado com 14C.
Com tais métodos, combinando a auto-radiografia e a cromatografia, Calvin e seus alunos mostraram que
o primeiro composto estável que aparece, após somente alguns segundos de fotossíntese, em presença de
CO2 marcado, é uma substância em C3 o ácido fosfoglicérico (PGA) do qual um dos carbonos, o do
grupamento carboxila é radioativo.
A fórmula do PGA é a seguinte:
 
Contrariamente ao que se pensava ,o CO2 não se fixa numa substância em C2 para dar o PGA, mas num
açúcar em C5 fosforilado: a ribulose –1,5 – difosfato (RuDP). Fixando-se na ribulose o CO2 dá origem
a um composto de seis carbonos muito instável, que se decompõe imediatamente em duas moléculas de
ácido fosfoglicérico, conforme a reação seguinte:
A partir de duas moléculas de ácido fosfoglicérico (PGA) forma-se glicose, por uma série de reações cujo
desenrolar é o inverso da glicólise. É durante essa fase que são utilizados uma parte do NADPH2 e uma
parte do ATP, formados na fase luminosa. A oxidação do NADPH2 em NADP e a hidrólise do ATP em
ADP mais P inorgânico permitem a formação de triosefosfato. Não só açúcares se formam a partir do
PGA mas também aminoácidos, ácidos orgânicos, ácidos graxos e glicerol.
Nos compostos radioativos que podem ser evidenciados por cromatografia, por exemplo, verifica-se que
30% do carbono marcado passa para os aminoácidos e que a alanina, em particular, forma-se tão
rapidamente quanto os glicídios. Durante a fase obscura da fotossíntese há, pois, síntese de glicídios, mas
também de outros compostos necessários à vida das plantas.
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O ácido fosfoglicérico serve também para regenerar a ribulose difosfato que é gasta para formar o
PGA. Por uma série de reações (ciclo de Calvin), durante as quais se formam compostos fosforilados
intermediários em C3, C4, C6 e C7, moléculas de ribulose são reconstituídas a partir de moléculas de PGA.
 
 
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> Fotossíntese
O balanço da reações e o seguinte:
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> Fotossíntese
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3. Acumulação dos produtos de síntese
Diversas substâncias sintetizadas pelos cloroplastos podem ficar em estoque no estroma, como é o
caso da glicose que se acumula sob a forma de um polímero, o amido, que forma então grãos mais ou
menos volumosos. Esse amido acumulado durante o dia e hidrolisado à noite, caminha na planta sob a
forma de glicose.
Pigmentos carotenóides podem também se acumular no estroma, mas, esse caso, verifica-se que seu
aparecimento é acompanhado do desaparecimento da clorofila: o plasto carregado de carotenóide não é
mais fotossintético, ele se transforma em cromoplasto.
Visualização geral:
Poderíamos, então, nos perguntar se o cloroplasto íntegro contém clorofila, por que motivo não fluoresce
(emite luz vermelha), quando iluminado?
A análise química do cloroplasto demonstrou a presença de várias substâncias aceptoras de elétrons,
entre as quais alguns citocromos. Determinou-se então que, no cloroplasto iluminado, deve ocorrer
algo semelhante ao esquema abaixo.
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Note que também aqui o elétron da clorofila a iluminada ganha energia; porém este elétron é removido da
clorofila pelo primeiro receptor. Em seguida, o elétron “desce” a níveis energéticos menores, sendo
capturado por aceptores intermediários ("degraus energéticos") antes de retornar à clorofila. Nesta
“descida”, a energia perdida pelo elétron é capturada, resultando na produção de ATP.
Compare agora os esquemas anteriores da fluorescência e da fotofosforilização: na fluorescência, já que
o elétron voltou diretamente à clorofila toda energia absorvida por ele foi devolvida de uma vez só, sob a
forma de luz (vermelha). Na fotofosforilização, o elétron perdido também acaba voltando à clorofila;
porém não diretamente, e sim passando por substâncias intermediárias.
Neste caso, a energia do elétron é “perdida” aos poucos, o que permite sua captura pelo sistema ADP –
ATP.
Você notou que o caminho do elétron é cíclico, já que ele sai da clorofila e acaba voltando a ela. Por este
motivo, o processo é chamado fotofosforilação cíclica. 
Não percamos de vista que o ATP produzido na fase de claro será utilizado na produção de glicose, na fase
de escuro.
Resumindo:
Sabe-se hoje que o cloroplasto iluminado é capaz de fabricar ATP. Nele, a clorofila a excitada pela
luz, perde um de seus elétrons, que ganha energia, sai da molécula, e é capturado por um aceptor. O
elétron passa por aceptores intermediários e acaba voltando à clorofila, perdendo aos poucos a energia
adquirida. Esta energia é utilizada na produção de ATP. Já que o caminho do elétron é “fechado“, o
processo é chamado fotofosforilação cíclica. 
 
 
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> Fotossíntese
Os fotossistemas I e II
Foi dito anteriormente que as moléculas de clorofila não estão sozinhas no cloroplasto mas sim associadas
a uma série de outras substâncias. Modernamente tem se falado em fotossistemas, para designar unidades
funcionais presentes nas membranas dos tilacóides constituídas por moléculas de pigmentos, associadas
entre si. Nesses fotossistemas, há dois tipos de clorofilas (a e b) e pigmentos amarelos e laranjas, os
carotenóides. São conhecidos dois tipos de fotossistemas, I e II que, absorvem comprimentos de onda
luminosa ligeiramente diferentes e agem juntos na fotossíntese. Em ambos, a clorofila a parece ser a
molécula fundamental.
A fotólise da água está associada à fotofosforilação acíclica
Sabe-se hoje que no cloroplasto, além da produção cíclica de ATP, que já conhecemos, háprodução de
ATP acoplada à “quebra”da água . O processo é razoavelmente complexo:
1.O fotossistema II (clorofila b) recebe luz. Elétrons ganham energia e são capturados por aceptor. A
água perde elétrons, que são cedidos ao fotossistema II, e origina íons H+ que ficam no meio e
O2 liberado da planta.
2. Os elétrons que saíram do fotossistema II são transferidos a uma cadeia de aceptores, alguns dos quais
são citocromos. Na sua passagem “ladeira abaixo” eles perdem energia, usada na produção de ATP.
3. O fotossistema I (clorofila a)também foi iluminado e perdeu seus próprios elétrons para uma molécula
aceptora. Por essa razão, ele se torna aceptor e recebe os elétrons provenientes do fotossistema II.
4. Os elétrons provenientes do fotossistema I, junto com íons H+ provenientes da água, são cedidos ao
NADP, que se transforma em NADPH2.
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Você então percebe que, juntamente com a fotólise da água, ocorreu produção de ATP. Dizemos que esta
produção é acíclica, porque os elétrons que a permitiram provieram da água e terminaram nos NADPH2.
A fosforilação cíclica também pode ser enxergada nesse esquema. Ela é representada pela linha
pontilhada. Em alguns casos, os elétrons do fotossistema I , ao invés de seguirem para o NADP, são
entregues à cadeia de transportadores e voltam ao próprio fotossistema I. Tanto o ATP feito ciclicamente
como aquele que é produzido simultaneamente à quebra da água serão usados na fase de “escuro” .
Resumindo
O fotossistema II, estimulado pela luz, solta elétrons ricos em energia que passam por aceptores e
permitem produção acíclica de ATP. O fotossistema II é regenerado ganhando elétrons da água. O
fotossistema I, quando iluminado, cede elétrons de alta energia ao NADP que, junto com íons 2H+ da
água, se transforma em NADPH2. Os elétrons do fotossistema II regeneram o fotossistema I. Um
caminho alternativo dos elétrons entre o fotossistema I e os aceptores gera produção (cíclica) de
ATP. 
 
 
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> Fotossíntese
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Os resultados da fase fotoquímica (ou fase de claro)
Retomando o que vimos nos itens anteriores, o que de fundamental acontece na fase de claro pode ser
resumido assim:
I-Produção de ATP, de dois modos: pela fotofosforilização cíclica, auto-suficiente e dependente apenas
da luz e pela fotofosforilização acíclica, paralela a fotólise da água. Certos cálculos da energia necessária
às reações de escuro para a produção de glicose mostram que a quantidade de ATP produzida na
fotofosforilização acíclica não é sulficiente para sustentar o processo; haveria então necessidade dos dois
tipos de fotofosforilização, que ocorrem simultaneamente para haver produção sulficiente de ATP.
II-Produção de NADPH2, a partir da fotólise da água. Não esqueçamos do papel da clorofila, que doa
elétrons altamente energéticos ao NADP, permitindo sua redução. A água participa do processo cedendo
2H+ ao NADP e liberando O2.
O NADPH2 na fase de escuro, “hidrogenará” (reduzirá) o CO2, formando o carboidrato glicose.
As reações de “escuro” (a fase enzimática)
Uma simplificação extrema do que ocorre na fase de “escuro” pode ser esquematizada assim:
Em outras palavras, o NADPH2 e o ATP produzidos na fase de claro são indispensáveis para a
transformação de CO2 em glicose.
 
 
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> Fotossíntese
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A fotossíntese bacteriana.
Há certos grupos de bactérias, as sulfobactérias, que são capazes de realizar o processo fotossintético em
condições totalmente anaeróbicas. Só que nessa fotossíntese bacteriana a fonte de hidrogênios não é a
água, mas sim o gás sulfídrico (H2S).
A equação do processo pode ser resumida assim:
Analisando esta reação, podemos ver que tais bactérias não liberam O2 na fotossíntese. Já que, ao ser
desdobrada a substância H2S, surgem no citoplasma grânulos residuais de enxofre. Tal reação, já
conhecida a algum tempo, foi o primeiro indício de que, na fotossíntese vegetal, o O2 liberado não
provinha do CO2, mas sim do H2S. A água então corresponde, na fotossíntese das plantas, ao H2S da
fotossíntese das sulfobactérias.
As bactérias fotossintéticas não apresentam clorofila a, mas sim tipos especiais de clorofila
(bacterioclorofila), além de outros pigmentos. Enquanto a clorofila a absorve luz principalmente nas
regiões vermelha e azul do espectro, as clorofilas bacterianas parecem ter maior eficiência nos
comprimentos de onda miores que , ou seja, no infravermelho. Neste caso, as bactérias
fotossintetizantes conseguem o processo no “escuro”, ou melhor, na região do espectro invisível ao olho
humano. 
A quimiossíntese 
Diversos tipos de bactérias não clorofiladas conseguem fabricar alimento orgânico a partir de CO2 e H2O,
porém, na ausência de luz. A energia usada é obtida por meio da oxidação de compostos inorgânicos
reduzidos. Esse processo é chamado quimiossíntese. Compare à fotossíntese, no esquema abaixo:
Dependendo da espécie, as bactérias quimiossintetizantes podem oxidar substâncias como gás sulfídrico,
enxofre, amônia, nitritos, compostos de ferro, etc. Elas necessitam, então, como matérias-primas, de
substâncias inorgânicas, oxigênio, CO2 e H2O, fabricando glicose na ausência de luz.
 
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> Fotossíntese
FATORES LIMITANTES
Há uma série de fatores ambientais físico-químicos, que estando em proporção inadequada, impedirão
que as reações da fotossíntese tenham seu melhor rendimento: serão os fatores limitantes da
fotossíntese. Dentre eles podemos lembrar: insuficiência de água ou sais minerais no solo; concentração
insuficiente de CO2; fraca luminosidade; temperatura inadequada.
 Analisaremos três deles:
a) Importância da temperatura.
Qualquer temperatura abaixo ou acima da “ótima” resulta em condição limitante para as reações de
fotossíntese. Abaixo da temperatura “ótima” a energia cinética das moléculas reagentes (CO2, H2O) é
insuficiente para conseguir o rendimento químico. Acima da “temperatura ótima” as enzimas vão se
desnaturando, podendo até parar as reações.
 b)Influência da concentração de CO2.
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No ar atmosférico há uma mistura de gases: N2 78% ; O2 21% ; CO2 0,035%.
A construção do gráfico acima utiliza dados obtidos em condições experimentais de laboratório.
Observa-se que a concentração ótima é atingida em 0,2% de CO2, pois acima dessa concentração a taxa
de fotossíntese já não poderá melhorar. Conseqüentemente, qualquer concentração abaixo desse ótimo
(0,2%) está funcionando como limitante para o melhor rendimento do processo.
A concentração do CO2 no ar atmosférico exerce contribução importante para a temperatura ambiente.
Os estudiosos estimam que se essa concentração chegar em torno de 0,05%o calor será suficiente para
descongelar parcela das calotas polares, fazendo subir o nível dos mares, o que provocaria inundações
catastróficas.
c) Intensidade luminosa.
Sendo a energia luminosa de natureza ondulatória eletromagnética, a freqüência (ou comprimento de
onda) determina as diferenças de cores no espectro visível, enquanto a amplitude é responsável pela
intensidade luminosa forte ou fraca.
 Durante o dia, entre 11 horas e 14 horas a intensidade luminosa é muito forte, enquanto ao amanhecer ou
ao entardecer essa intensidade é fraca.
 A observação do gráfico acima demonstra que as intensidades luminosas abaixo do ponto de saturação
luminosa são valores limitantes do processo fotossintético. Acima dessa “intensidade ótima” já não
haverá mais melhoria na taxa de rendimento.
 Os fatores analisados estão todos presentes ao mesmo tempo no ambiente e os componentes limitantes
podem ser dois ou mais concomitantemente. O que se procura analisar, nas condições naturais, é qual
deles estará influindo de maneira mais decisiva como fator limitante da fotossíntese.
 
 
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> Fotossíntese
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PONTO DE COMPENSAÇÃO FÓTICA (P.C.F.).
O processo fotossintético é exclusivo das células com pigmentos (clorofilas, carotenóides, etc), os quais
se encontram no interior dos cloroplastos dos seres eucariontes.
As células executam suas atividades biológicas dispondo da energia do ATP que produzem através da
respiração. Assim, na presença de luz, as células que fazem fotossíntese (produção da matéria orgânica)
não deixam de respirar (queimar a matéria orgânica):
Fotossíntese:
Respiração:
Se considerarmos somente os reagentes e os produtos finais, sem levar em conta as etapas intermediárias,
as reações de fotossíntese e respiração são inversas: o que é produzido na fotossíntese será gasto na
respiração e vice-versa !
Em condições experimentais, podemos analisar graficamente, fotossíntese comparada com a respiração
da planta.
À intensidade luminosa em que a fotossíntese se iguala à respiração, chamaremos de ponto de
compensação fótica (P.C.F.).
 Nesse ponto, o que a planta produz na fotossíntese empata com o que ela queima através da própria
respiração. 
Em intensidade luminosa acima do P.C.F. haverá uma produção fotossintética superior ao que é gasto na
respiração. O excesso de produção poderá ser armazenado em parênqumias de raiz, caule e folhas. Essa
reserva será queimada naquela horas do dia ou do ano em que a planta está abaixo do P.C.F. ou mesmo
não estiver realizando a fotossíntese. Essa mesma reserva deverá ser utilizada para os processos de
crescimento, regeneração e reprodução. 
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> Fotossíntese
Algumas considerações ambientais importantes:
1.Nas plantas aquáticas e vegetais dos extratos mais baixos de florestas tropicais,
geralmente a luz é o principal fator limitante.
2. Nas plantas do deserto a água pode ser fator limitante para crescimento ou germinação.
3. Em plantas terrestres geralmente o CO2 é o maior responsável pela limitação. 
Observação:
Além das grandes florestas tropicais (Amazônica, Mata Atlântica), ocorre no Brasil uma outra formação
de vegetação, cuja principal característica é a presença de árvores baixas e espaçadas, com o
predomínio dos arbustos na paisagem:
 - CERRADOS aspecto seco, pela falta de nutrientes no solo.
 - CAATINGA aspecto seco, devido à carência de água.
Quem “IMPEDE”o desenvolvimento do CERRADO para que ele NÃO se torne “mais denso”?!
HIPÓTESES: 
1) o fogo (em geral provocado por descargas elétricas !).
2)o cerrado é vegetação clímax (= hipótese mais aceita !), que não se torna floresta devido
às condições de clima e solo (falta de nutrientes essenciais e a grande presença de
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alumínio seriam as responsáveis pela fisionomia característica dos cerrados) existentes,
tendo o fogo um papel secundário.
Considerações anatômicas (evolutivas) importantes:
As folhas precisam da luz para fazer fotossíntese, mas o excesso de luz pode destruir a clorofila.
Para isso elas contam com “defesas” contra o excesso de iluminação: parênquima paliçádico,
epiderme sem cloroplastos e cutícula brilhante.
l 
Os raios solares de cores azul e vermelha chegam atenuados à superfície do solo.l 
O azul é desviado por partículas da atmosfera e espalhado por ela (nossa atmosfera é azul) e o
vermelho é absorvido e refletido por gotículas de água da atmosfera.
Os raios solares de cor verde e amarela são radiações diretas e não são desviados na atmosfera
tanto quanto o azul e o vermelho.
l 
HIPÓTESE (análise evolutiva !):
Os principais pigmentos fotossintetizantes (= clorofilas) “foram selecionados”
ao longo dos tempos como os mais aptos (eficientes), já que:
1) refletem muito as cores verde e amarela, que poderiam danificar (destruir) as
clorofilas.
2) realizam o máximo de absorção para as cores que chegam mais atenuadas:
vermelho e azul.
 
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> Hormônios - Crescimento
Hormônios - Crescimento
Desenvolvimento vegetal
Os seres vivos em condições de desenvolvimento executam diversos processos biológicos:
a) multiplicação celular: através das mitoses que fazem o número de células proliferar.
b) crescimento: acontece pelo aumento no número das células, assim como pelo
elongamento (aumento volumétrico de cada célula).
c) diferenciação: representa o conjunto de modificações que o código genético determina
nas células que vão se especializando e formando os diferentes tecidos que estarão nos
órgãos e sistemas do organismo animal ou vegetal.
Esse complexo de processos biológicos precisa ser regulado dinamicamente para que ocorram ou sejam
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inibidos em tempo e velocidade adequados.
Nos vegetais, o controle é exercido por fatores externos ou extrínsecos (luz, calor, temperatura, umidade,
concentração de O2) e internos ou intrínsecos (código genético, enzimas, hormônios).
Os fitormônios exercem relevante papel, ao longo da vida, em todo o complexo processo de
desenvolvimento vegetal. Sua função reguladora depende:
a) da concentração dos diferentes tipos de hormônios, que ora poderão estimular ora
poderão inibir os processos metabólicos.
b) do local da produção ou síntese: meristemas de raiz e caule (jovens ou adultos); folhas
(jovens ou envelhecidas); flor (aparelho reprodutor feminino); frutos e sementes.
c) dos tipos de hormônios, diferenciados pelas respectivas composições químicas: auxinas;
giberelinas; citocininas; gás etileno; ácido abscísico; vitaminas do complexo B: B1 –
tiamina; B2 – riboflavina; B6 – piridoxina; ácido nicotínico; ácido pantotênico.
DESENVOLVIMENTO VEGETAL:
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> Hormônios - Crescimento
AUXINAS.
As auxinas naturais ou sintéticas participam de múltiplos processos:
a) Tropismos.
As auxinas determinam crescimento das extremidades do caule (geotropismo negativo – afasta-se do
centro de gravidade da Terra, enquanto cresce verticalmente para cima) e da raiz (geotropismo positivo –
cresce se aprofundando na Terra).
O crescimento pode ser diferenciado ou até inibido, dependendo da concentração das auxinas e do
órgão vegetal (raiz ou caule).
Veja a análise gráfica (efeito do AIA na raiz e no caule):
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O fototropismo mostra uma aplicação imediata: o lado iluminado tem pequena parcela das auxinas que é
destruída pela luz (fotolábil) e grande parte do hormônio migrando para o lado oposto que é menos
iluminado.
Assim, na extremidade das coleóptiles (primeiras folhas na germinação de monocotiledôneas), do lado
mais iluminado, onde a concentração de auxinas está menor o crescimento é mais lento. Do lado menos
iluminado, a concentração é maior e o crescimento é mais rápido.
Como resultado desse crescimento desigual ocorre a curvatura da coleóptile na direção da luz
(fototropismo positivo).
Processos semelhantes de curvatura ocorrem com o pecíolo da folha e o pedúnculo da flor.
Uma planta colocada em posição horizontal terá, por ação da gravidade, grande deposição de auxinas
na parte inferior. A raiz terá crescimento mais rápido do lado superior, onde a concentração de auxinas
é menor, curvando-se e aprofundando-se no solo (geotropismo positivo). O caule terá crescimento mais
rápido do lado inferior, onde a concentração de auxinas é maior, curvando-se para cima e crescendo
verticalmente (geotropismo negativo).
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> Hormônios - Crescimento
b) Enraizamento de estacas.
Estacas são segmentos de caule contendo gemas (meristemas) que podem fazer a reprodução vegetativa.
Antes de serem implantados no solo elas devem permanecer certo tempo mergulhadas em solução de
auxinas. Como resultado, o enraizamento é mais intenso e rápido aumentando a probabilidade de as
estacas vingarem.
 
 
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> Hormônios - Crescimento
c) Dominância apical.
A gema do ápice (extremidade) do caule produz grande quantidade de auxinas, que enquanto for mantida
em alta concentração impede as gemas laterais de promoverem as ramificações.
O hábito da “poda periódica” , retirando a gema apical, interrompe a inibição das gemas laterais que
estarão liberadas para realizarem as ramificações, tornando o caule mais frondoso (carregado de ramos e
folhas).
 
 
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> Hormônios - Crescimento
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d) Abscisão das folhas.
À medida que a planta vai envelhecendo as gemas apicais produzem menos auxinas. Essa queda do teor
de auxina circulante é “sinal” para a construção de camadas de células transversais ao pecíolo das
folhas.
O processo é freqüente, para determinadas espécies de plantas no outono, causando ruptura nesse ponto,
com queda das folhas.
 
 
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> Hormônios - Crescimento
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e) Formação de frutos.
Os grãos de pólen, sobre o estigma do gineceu, são estimulados por auxinas produzidas no ovário a
desenvolverem o tubo polínico (quimiotropismo +).
No interior deste tubo estarão dois gametas masculinos que realizarão dupla fecundação no interior do
saco embrionário contido no óvulo.
Do óvulo será desenvolvida a semente, a qual produz auxinas que estimulam a transformação do ovário
em fruto.
Há flores em que mesmo não tendo ocorrido a polinização, as auxinas do ovário promovem o
desenvolvimento do fruto. Estes frutos que não terão sementes são partenocárpicos (parteno, virgem;
carpo, fruto). Em condições naturais isso ocorre com a banana e artificialmente é provocado no
limão-taiti e laranja-baía.
No morango, a partenocarpia provocada pela aplicação de auxinas desenvolve inclusive o receptáculo
floral, juntamente com os pequeninos frutinhos secos, formando um pseudofruto.
 
 
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> Hormônios - Crescimento
Giberelinas.
Dentre as muitas variações químicas conhecidas, o GA3 (ácido giberélico A3) é o mais comum e mais
estudado, sendo obtido a partir do fungo Giberella fujikuroi.
Nas plantas geneticamente anãs há deficiência na produção desses hormônios.
Aplicadas artificialmente as giberelinas promovem a formação de frutos partenocárpicos.
Nas sementes, as giberelinas estimulam a produção de enzimas que quebram o amido, interrompendo a
dormência e promovendo a germinação.
Citocininas e vitaminas do complexo B.
São hormônios que estimulam as mitoses, principalmente em células de raiz, fazendo o crescimento ser
mais rápido.
As citocininas aplicadas sozinhas promovem a divisão celular. Quando misturadas às giberelinas, em
concentração adequada, orientam o elongamento celular.
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Em meio de cultura, misturadas às auxinas em proporções variadas, estimulam só crescimento ou
crescimento com diferenciação de órgãos: só de raiz; só caules e folhas.
 
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> Hormônios - Crescimento
GÁS ETILENO.
É produzido por todos os órgãos vegetais em condições naturais (endógeno). Artificialmente pode ser
fabricado (exógeno) pela queima do querosene, da palha e da serragem.
Algumas das suas funções biológicas:
Indução da abscisão.
Nas folhas envelhecidas, com a queda do teor auxínico circulante, o gás etileno é produzido e estimula a
formação das camadas de abscisão, com a conseqüente queda das folhas.
Fisiologicamente o etileno induz a produção da enzima celulase que digere as paredes celulares. Pelo
mesmo processo cairão as flores e frutos,ou seja, pela formação de camadas de abcisão no pedúnculo.
Indução da floração.
 A floração e a formação dos frutos pode ser estimulada (antecipada) com a aplicação do etileno. Isso
ocorre, por exemplo, em manga, abacaxi, maçã, oferecendo alternativasimportantes para os cultivadores e
a comercialização dos vegetais.
Amadurecimento dos frutos.
Quando inicia o amadurecimento de uma banana pertencente a um cacho ou de uma maçã dentro de um
grupo delas, pode-se envolvê-las em jornal ou acondicioná-las em saco plástico. O primeiro fruto que
iniciar a processo de maturação é responsável pela produção do gás etileno. Aprisionado com os
demais, haverá amadurecimento de todos os frutos ao mesmo tempo.
No transporte à distância ou no armazenamento por determinado tempo antes da comercialização,
cuidados devem ser tomados para que os frutos “não amadureçam”, ou seja, para que eles não produzam
o gás etileno: mantê-los em câmaras com temperatura baixa (próximo de 5 oC), atmosfera pobre em O2 e
rica em CO2.
 
 
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> Hormônios - Crescimento
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Ácido abscísico.
Ácido abscísico, cumarinas e ácido cinâmino são inibidores pelo fato de atuarem como antagonistas dos
outros fitormônios.
Esses hormônios inibem a germinação de sementes, o brotamento de gemas, o alongamento de raízes e
estimulam a queda de folhas e frutos (formação da camada de abscisão).
 Importantes aplicações dos fitormônios.
1.Aumentar o tempo de armazenamento de vegetais: batatas, maçãs, bananas, etc.
2.Induzir a floração simultânea e antes da “época”: abacaxi, maçã, manga, morango.
3.Impedir a queda prematura do fruto, permanecendo mais tempo no pé e adquirindo maior
tamanho: laranjas, uvas, maçãs.
4.Estimular formação de frutos partenocárpicos: uvas, morango, laranja-baía, limão-taiti.
5.Aplicação de auxinas sintéticas que funcionarão como herbicida seletivo para parasitas. A
auxina sintética 2,4-D; (ácido dicloro-fenoxiacético) não causa danos às gramíneas (arroz,
trigo, centeio), porém mata ervas daninhas que apresentam folhas largas (carrapichos,
picões, dentes-de-leão).
6.Cultura de tecidos em solução nutritiva, obtendo-se “calos” (tecido indiferenciado) e
depois plantas inteiras, isentas de parasitas: cenoura, batata, pêra, maçã, morango, etc.
 
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> Reprodução
REPRODUÇÃO
 Raiz, caule e folhas são órgãos vegetativos das plantas em geral. As angiospermas (monocotiledôneas e
dicotiledôneas) são os grupos vegetais mais evoluídos na atualidade. São classificadas como fanerógamas
devido à formação de flores como órgãos de reprodução que já não dependem da água para efetivar a
fecundação entre gametas.
 As plantas anuais florescem uma vez no ano e as bianuais florescem a cada dois anos. Excepcionalmente
há aquelas que florescem a “cada dezenas de anos” (bambu, por exemplo, a cada 40 anos), utilizando,
portanto, processos assexuados de reprodução (pedaços de caule com gemas).
 As gemas apicais e axilares (laterais) são estruturas do caule que contêm meristemas. A partir desses
tecidos indiferenciados poderão crescer e diferenciar-se diferentes estruturas adultas: raízes adventícias,
ramos caulinares, novas folhas, espinhos, gavinhas, flores. O controle para cada uma dessas
diferenciações em tempo e velocidade adequadas ocorre com a contribuição de fatores internos e
externos ao vegetal. 
 
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> Reprodução
 Plantas de dia curto = florescem quando a duração do dia claro (fotoperíodo) é igual ou menor que o
fotoperíodo crítico da planta. Portanto, florescem na época em que os dias são curtos e as noites são
longas (sem interrupção !).
Plantas de dia longo = florescem quando a duração do dia claro é igual ou maior que o fotoperíodo
crítico da planta. Portanto,florescem na época do ano em que os dias são longos e as noites são curtas.
 O quadro anterior mostra que os botões florais são diferenciados a partir das gemas caulinares. Os
fatores internos são orientados pelo código genético a fim de formarem hormônios e enzimas específicas.
Os fatores externos dependem de componentes físico-químicos sem os quais a genética não pode efetivar
a reprodução com flores.
 O complexo processo metabólico no interior dos meristemas é estimulado, como regra geral, pela
presença de O2, temperatura ambiente “ótima” (em torno dos 25 oC) e energia luminosa por período
adequado (semanas ou meses).
Não são muitas as espécies de plantas que precisam passar antes por um período (semanas ou meses) de
frio (vernalização) antes de florescerem. Assim ocorre, por exemplo, com a variedade conhecida como
trigo de inverno.
Ao período de exposição à luz (ciclos dia / noite) indispensável para que a planta floresça chamaremos
de fotoperiodismo.
As plantas de crisântemo, em condições naturais, florescem no final do verão, no outono ou no inverno.
Nesse período os dias são curtos e as noites são longas. Elas são plantas de dia curto porque só
florescem se a duração da noite (período de escuro) for igual ou maior que determinado valor,
denominado fotoperíodo crítico. 
O fotoperíodo crítico do crisântemo é de 16 horas. Assim, para florescer ela precisa de 16 horas ou mais
de escuro por dia.
Se o período de escuro for inferior a 16 horas, não florescerá.
Se um único lampejo interromper o período de escuro, a floração é inibida.
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> Reprodução
As plantas de dia longo só florescem se forem submetidas a período de escuridão inferior ao fotoperíodo
crítico.
Essas plantas, como a íris e o alface, florescem no fim da primavera ou no verão. As noites são curtas e os
dias longos.
Se houver um único lampejo no período de escuro, não irão florescer.
Àquelas plantas que independentemente da duração do fotoperíodo sempre florescem, chamaremos de
plantas indiferentes.
A sensibilidade ao fotoperíodo é realizado por fitocromos que se encontram nas folhas. Esses pigmentos
são proteínas de cor azul-esverdeada.
Os fitocromos se apresentam em duas formas interconversíveis: fitocormo R ou FV (forma inativa) e
fitocromo F ou FVe (forma ativa). O fitocromo R (do inglês, red, vermelho) transforma-se em fitocromo
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F (do inglês, far red, vermelho longo) ao absorver luz vermelha com o comprimento de onda na faixa de
660 nanometros (nm). O fitocromo F se converterá em fitocromo R ao absorver luz vermelha na faixa
dos 730 nm (vermelho de onda mais longa). Ambos os comprimentos de onda vermelhos estão presentes
na luz solar.
Durante o dia as plantas apresentam as duas formas de fitocromos. À noite, por ser mais instável o
fitocromo F (ativo) se converte em fitocromo R (inativo), total ou parcialmente, dependendo do período
de escuridão.
Nas plantas de dia curto o fitocromo F é inibidor da floração. Nessas plantas as noites longas
acumulam muito fitocromo R, deixando o fitocromoF (forma ativa) em baixa concentração, o que
provoca como resposta biológica, a floração . Nas plantas de dia longo, por ter noites curtas, os
fitocromos F (forma ativa) serão mantidos em maior concentração, funcionando como indutores da
floração.
Nas folhas, a absorção da energia luminosa através dos fitocromos estimula a formação de florígenos
(um ou mais tipos) que são hormônios específicos. Os florígenos migram através do floema e vão induzir
a formação dos botões florais a partir das gemas vegetativas.
Os fitocromos estão presentes também nas sementes. Há sementes fotoblásticas positivas que só
germinam, induzidas pelo fitocromo F (forma ativa), se receberem luz (alface). As fotoblásticas
negativas são sementes que só germinarão se estiverem “escondidas” da luz (melancia).
 
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> Movimentos
MOVIMENTOS
MOVIMENTOS NAS PLANTAS
Como propriedade de seres vivos que são, os vegetais apresentam deslocamentos de variados tipos e
intensidades.
Esses movimentos serão respostas biológicas às diferentes formas de estímulos que o vegetal ou parte
dele recebe.
Os estímulos podem ser provocados pela luz, temperatura, gravidade, substâncias químicas, abalos
mecânicos, etc.
As respostas, na forma de movimentos, poderão ser orientadas a favor ou contra (sentido contrário) o
estímulo recebido. Ou ainda, as respostas poderão ser indiferentes à direção ou sentido dos estímulos
recebidos.
Os movimentos orientados serão do tipo tropismo (com crescimento) ou do tipo tactismo (sem
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crescimento), sendo portanto, positivos (a favor do estímulo) ou negativos (sentido contrário ao estímulo).
Os movimentos sem orientação serão do tipo nastismo, sendo respostas padronizadas ou estereotipadas,
ocorrendo de uma única forma.
 
 
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> Movimentos
 tropismo tactismo nastismo
Definição movimento orientado
de curvatura ou
crescimento
movimento orientado
de deslocamento de
uma organela celular ou
de um ser unicelular
movimento não
orientado(independente da posição do
estímulo externo)
 
exemplos
fototropismo
(curvatura do caule
em direção à luz e da
raiz em direção oposta
à luz); geotropismo
(curvatura do caule
em direção oposta à
gravidade e da raiz na
mesma direção da
gravidade)
Fototactismo
(deslocamento de
Euglenas em direção à
luz; deslocamento de
cloroplastos dentro da
célula em direção à luz)
fotonastismo (abertura de flores em
resposta à presença ou ausência de luz);
tigmonastismo (fechamento das follhas
de plantas carnívoras ou da dormideira
em resposta ao toque)
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Analisemos algumas das muitas situações desses movimentos, com a ajuda das tabelas anteriores:
1. O caule que cresce no sentido da luz que ilumina um dos seus lados executa fototropismo
positivo. Em condições semelhantes, os mesmos movimentos serão realizados pelo pecíolo
das folhas e pelo pedúnculo das flores.
2. A raiz que cresce se aprofundando no solo está realizando geotropismo positivo, enquanto
o caule crescendo em sentido oposto realiza geotropismo negativo.
3. O tubo polínico que cresce do alto do estigma, para o interior do gineceu, até a entrada do
óvulo, realiza quimiotropismo positivo (estímulo químico de substâncias produzidas pelo
ovário).
4. As células anterozóides que são gametas masculinos (algas, briófitas, pteridófitas) nadam
ativamente ao encontro da oosfera (gameta feminino) que se encontra dentro do arquegônio.
Esse movimento é quimiotactismo positivo.
5. As bactérias aeróbicas que nadam ativamente ao encontro da maior concentração de O2
realizam aerotactismo positivo.
 
 
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Matérias > Biologia > Reinos: Monera, Protista, Fungos e Vegetal > Reino Vegetal (Metáfita) > Fisiologia
> Movimentos
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6. Os cloroplastos que migram (ciclose) no interior do citoplasma da célula, “fugindo” da luz
muito intensa que danificaria as clorofilas, realizam fototactismo negativo.
7. Os folíolos das folhas da planta sensitiva (Mimosa pudica) que reagem sempre da mesma
forma, seja qual for a direção do estímulo, estão realizando nastismo. Por exemplo,
tigmonastismo, quando tocamos os folíolos com o dedo.
Antes do toque
Após o toque
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 8. O crescimento das gavinhas (ramos caulinares finos e delicados) das uvas ou do maracujá
apoiadas num suporte realizam tigmotropismo positivo.
 9. As pétalas das flores do dente-de-leão que abrem ou fecham com as variações de luz nos
períodos dia / noite realizam fotonastismo.
10. As plantas carnívoras que fecham rapidamente suas folhas e capturam insetos realizam
seismonastismo.
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Protozoários: Protistas, Heterótrofos e Patogenia
Protozoários: Protistas, Heterótrofos e Patogenia
Generalidades
Protozoários são seres microscópicos, eucariontes e unicelulares. Quando dividimos os seres vivos em
Animais e Vegetais, os protozoários são estudados no Reino Animal e os fitoflagelados – que são
protozoários – são estudados no Reino Vegetal. Os protozoários constituem um grupo de eucariontes com
cerca de 20 mil espécies. É um grupo diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir de algas
unicelulares.
Em alguns casos essa origem torna-se bem clara, como por exemplo no grupo de flagelados. Há registro
fóssil de protozoários com carapaças (foraminíferos), que viveram há mais de 1,5 bilhão de anos, na Era
Proterozóica. Grandes extensões do fundo dos mares apresentam espessas camadas de depósitos de
carapaças de certas espécies de radiolários e foraminíferos. São as chamadas vasas.
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Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo
e terra úmida. Há espécies mutualísticas e muitas são parasitas de invertebrados e vertebrados. Eles são
organismos microscópicos, mas há espécies de 2 a 3 mm. Alguns formam colônias livres ou sésseis.
Muitos protozoários apresentam orgânulos especializados em determinadas funções, daí serem
funcionalmente, semelhantes aos órgãos. Suas células, no entanto, podem ser consideradas “pouco
especializadas”, já que realizam, sozinhas, todas as funções vitais dos organismos mais complexos, como
locomoção, obtenção do alimento, digestão, excreção, reprodução. Nos seres pluricelulares, há divisão de
trabalho e as células tornaram-se muito especializadas, podendo até perder certas capacidades como
digestão, reprodução e locomoção.
 
 
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A classificação dos protozoários baseia-se fundamentalmente nos tipos de reprodução e de organelas
locomotoras. A locomoção se faz por batimento ciliar, flagelar, por emissão de pseudópodos e até por
simples deslizamento de todo o corpo celular. Em alguns ciliados há, no lugar do citoplasma, filamentos
contráteis, os mionemas. Os pseudópodos, embora sendo expansões variáveis do citoplasma, podem se
apresentar sob diferentes formas.
Os protozoários são organismos heterótrofos, alimentando-se geralmente de detritos orgânicos,
bactérias e outros microorganismos incorporados em vacúolos digestivos. As muitas espécies parasitas
(patogênicas) aproveitam substâncias orgânicas solúveis absorvidas dos tecidos dos hospedeiros.
Características
a) Estrutura
A célula do protozoário tem uma membrana simples ou reforçada por capas externas protéicas ou, ainda,
por carapaças minerais, como certas amebas (tecamebas) e foraminíferos. Há estruturas de sustentação,
como raios de sulfato de estrôncio, carapaças calcáreas ou eixos protéicos internos, os axóstilos, como em
muitos flagelados.
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O citoplasma está diferenciado em duas zonas, uma externa, hialina, o ectoplasma, e outra interna,
granular, o endoplasma. Nesta, existem vacúolos digestivos e inclusões.
b) Digestão
Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos.As partículas alimentares são englobadas
por pseudópodos ou penetram por uma abertura pré-existente na membrana, o citóstoma. Já no interior da
célula ocorre digestão, e os resíduos sólidos não digeridos são expelidos em qualquer ponto da periferia,
por extrusão do vacúolo, ou num ponto determinado da membrana, o citopígio ou citoprocto.
c) Respiração
A troca de gases respiratórios se processa em toda a superfície celular.
d) Excreção
Os produtos solúveis de excreção podem ser eliminados em toda a superfície da célula. Nos protozoários
de água doce há um vacúolo contrátil, que recolhe o excesso de água absorvido pela célula, expulsando-a
de tempos em tempos por uma contração brusca. O vacúolo é portanto osmorregulador.
 
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Classificação dos protozoários
Na tendência moderna, os protozoários estão incluídos no Reino Protista, subdivididos em quatro filos:
a) Rizópodes ou sarconídeos
São marinhos, de água doce ou parasitas. Têm um ou mais núcleos, vacúolos digestivos e vacúolos
contráteis (apenas nos de água doce).
São amebas (“nus”); radiolários e foraminíferos (têm carapaças com formas bastante vistosas, feitas
de calcário ou de sílica - importantes indicadores da existência de jazidas de petróleo).
Os Rizópodes caracterizam-se por apresentarem pseudópodes como estrutura de locomoção e captura de
alimentos.
Podem ser de vida livre ou parasitas (Entamoeba histolytica).
As amebas de vida livre que vivem em água doce apresentam vacúolo contrátil ou pulsátil para
osmorregulação, eliminando o excesso de água que vai entrando no seu citoplasma (hipertônico), vindo
do ambiente mais diluído (hipotônico).
Em condições desfavoráveis, por exemplo sujeita à desidratação, a Entamoeba produz formas de
resistência, os cistos, com quatro núcleos no seu interior (partição múltipla).
A reprodução assexuada é por bipartição simples ou cissiparidade.
Dentre as amebas é importante a Entamoeba histolytica, que parasita o intestino humano, causando a
disenteria amebiana ou amebíase.
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b) Flagelados
Existem flagelados de vida livre (Euglena – possuem clorofila e realizam fotossíntese; podem, também,
nutrir-se de forma heterótrofa = zooflagelados), mutualísticos (Trichonympha, no intestino de cupins
– fornecem a enzima celulase) e parasitas (Trypanosoma cruzi). Nos coanoflagelados, há uma espécie
de colarinho que serve para a captura de partículas alimentares; têm estrutura muito semelhante
aos coanócitos, células típicas das esponjas.
Devido a isso, há teorias que sugerem uma relação filogenética entre coanoflagelados e esponjas.
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A reprodução é sexuada ou assexuada por divisão longitudinal.Por exemplo, em Trypanosoma:
Podem ter um ou mais flagelos e em alguns há também pseudópodos. No gênero Trypanosoma há uma
membrana ondulante que auxilia na locomoção. Este filo tem muitos importantes parasitas humanos: 
Leishmania braziliensis, Causa a leishmaniose tegumentar.
Trypanosoma cruzi. Causa a doença de Chagas.
Giardia lamblia. Causa a giardíase (intestinal).
Trichomonas vaginalis. Causa a tricomoníase (no aparelho genital).
 
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c) Esporozoários
Não possuem orgânulos para locomoção.
São todos parasitas e apresentam um tipo de reprodução assexuada especial chamada de esporulação:
uma célula divide seu núcleo numerosas vezes; depois, cada núcleo com um pouco de citoplasma é isolado
por uma membrana, formando assim vários esporos a partir de uma célula.
Esquizogonia
No ciclo vital apresentam alternância de reprodução assexuada e sexuada.
O principal gênero é o Plasmodium, com várias espécies causadoras da malária. é importante também o
Toxoplasma gondii, causador da doença toxoplasmose, de grande seriedade em mulheres grávidas até o
terceiro mês.
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d) Ciliados
É o grupo mais altamente especializado. Apresentam cílios, cirros e membranelas. Estas duas últimas
estruturas resultam da concrescência de muitos cílios. Entre eles estão os protozoários “gigantes” como os
paramécios (Paramecium) muito usados em estudos; aqui estão os protozoários de organização mais
complexa. A maioria é de vida livre. 
Além de orgânulos especializados, possuem dois núcleos: macronúcleo (funções vegetativas) e
micronúcleo (funções genéticas: hereditariedade e reprodução); apresentam extremidades anterior e
posterior; na membrana, a entrada do alimento se dá pelo citóstoma e a saída de resíduos pelo citopígio
(= citoprocto).
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O Balantidium coli é a única espécie ciliada parasita do homem (intestino).
A reprodução sexuada por conjugação consiste no pareamentode dois paramécios, com fusão das
membranas e em seguida troca de material genético dos micronúcleos. Depois os paramécios se
separam e se reproduzem assexuadamente por cissiparidade.
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Evolutivos
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CLASSIFICAÇÃO EMBRIOLÓGICA - ASPECTOS EVOLUTIVOS
REINO metazoários (Animais): - principais filos 
Poríferos (Espongiários) 4.000 espécies .......... 9o1. 
Celenterados (Cnidários) 11.000 espécies ............... 6o2. 
Platielmintes 15.000 espécies ........................................ 5o3. 
Asquielmintes (Nematelmintes) 80.000 espécies ............... 3o4. 
Anelídeos 9.000 espécies ...................................... 7o5. 
Artrópodos 1.000.000 de espécies ................................................... 1o6. 
Moluscos 110.000 espécies ....................................................... 2o7. 
Equinodermos 6.000 espécies .......................... 8o8. 
Cordados 54.000 espécies .............................................. 4o9. 
Características para classificação dos animais pluricelulares
1) SIMETRIA radial ou bilateral. Simetrial radial: podemos dividir o animal em duas partes
simétricas, por diferentes planos, como no caso da estrela-do-mar é característica dos animais
“sésseis”. 
Nestes animais não há parte anterior ou posterior, nem lado esquerdo ou direito. Além das estrelas
(equinodermos), assim também são os cnidários (pólipos e medusas) e espongiários.
Simetria bilateral: há um só plano (SAGITAL) que divide o animal em duas partes simétricas (=
especulares !). Eles possuem um lado esquerdo e um direito, uma parte anterior e outra posterior, uma
região ventral e outra dorsal. É a simetria encontrada na maioria dos animais e facilita a locomoção,
visto que na parte anterior estão os “sentidos”!
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Evolutivos
2) SEGMENTAÇÃO: o corpo se apresenta dividido em segmentos ou metâmeros. Ocorre nos anelídeos
(minhoca...) e artrópodos (insetos...).
3) NÚMERO DE FOLHETOS EMBRIONÁRIOS:
a) diblásticos no desenvolvimento do embrião só se formam ectoderme e endoderme.
Apresenta-se assim nos animais poríferos (esponjas) e cnidários (celenterados).
 b) triblásticos além da ectoderme e da endoderme, o embrião apresenta um 3o folheto,
que é a mesoderme. Assim serão todos os animais, de platielmintes em diante !
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4) Presença ou não de cavidade corporal são sempre animais triblásticos:
- ACELOMADOS não apresentam celoma (= cavidade), pois a mesoderme é compacta.
Exemplo:
platielmintes.
- PSEUDOCELOMADOS há cavidade, a qual, porém, está só parcialmente revestida por
mesoderme.
Exemplo:
asquielmintes.
- CELOMADOS a cavidade corporal é completamente revestida por mesoderme. Assim
são todos os animais de anelídeos em diante.
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Nos esquizocelomados (anelídeos, moluscos, artrópodos), o celoma se forma a partir de fendas internas
surgidas nas massas mesodérmicas do embrião. Nos enterocelomados, o celoma se forma a partir de
bolsas que brotam do teto do intestino primitivo (equinodermos, cordados).
 
 
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Evolutivos
 5) Destino (evolução) do BLASTÓPORO:
- PROTOSTÔMIOS: são os animais em que o blastóporo vai originar a boca do embrião,
sendo que o ânus (que vai se formar só a partir dos asquielmintes !) irá abrir-se
posteriormente. Todos os metazoários, exceto equinodermos e cordados.
- DEUTEROSTÔMIOS: o blastóporo irá originar o ânus, sendo que a boca abrirá
posteriormente. Assim são os equinodermos e os cordados.
Outras estruturas importantes no desenvolvimento embrionário e que são usadas na classificação dos
metazoários do filo dos Cordados: tubo nervoso (dorsal), notocorda, fendas faríngeas (branquiais).
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Poríferos ou Espongiários
Poríferos ou espongiários
Pluricelulares simples, sem organização em tecidos verdadeiros; poros em toda a superfície do corpo,
sem cavidade digestiva; exclusivamente aquáticos, sésseis, filtradores; coanócitos promovem corrente de
água dentro do corpo; reprodução sexuada com desenvolvimento indireto; larva; anfiblástula.
A grande maioria é marinho. Uma só família de H20 doce (Demospongeae).
Fixos (sésseis) quando adultos. Isolados ou coloniais. Colorações várias, devido a associações com algas:
acinzentadas, avermelhadas, amareladas, transparentes.
As esponjas menores e simples mostram simetria radial, enquanto a maioria é assimétrica !
Algumas são de grande valor comercial, pois o esqueleto inteiramente protéico é usado como esponja
(Demospongeae - subgrupo Keratosa), após decomposição de todas as células vivas.
Os poríferos, ou espongiários, constituem o filo mais primitivo dos metazoários: embora sejam
pluricelulares, suas células formam agregados frouxos, não constituindo tecidos verdadeiros.
Características gerais
Corpo com forma semelhante a um vaso.
O revestimento se faz pela epiderme constituída por fina camada de células achatadas, os pinacócitos.
Fixa num substrato, a água entra por numerosos poros (porócitos) na superfície do seu corpo e após
circular na cavidade do átrio ou espongiocele (paragáster) sairá pelo ósculo, que é a abertura no pólo
superior. Esse sentido de movimentação da água é determinado pelo batimento unidirecional (direção
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oposta ao corpo celular) de flagelos dos coanócitos. Outra função destas “células em colarinho” é
fagocitar os alimentos que estão em suspensão na água e realizarem a única forma de digestão desses
animais: intracelular.
A sustentação é garantida por mesênquima gelatinoso, interno à camada de pinacócitos: no mesênquima
estão mergulhadas espículas de calcário ou silício, células indiferenciadas ou amebócitos.O endoesqueleto
é formado por espículas minerais (calcárias ou silicosas, secretadas pelas células escleroblastos) e por
filamentos da proteína espongina. Os amebócitos são células móveis que participam da digestão, além de
desempenharem função de transporte de alimentos; podem também se diferenciar em gametas.
Os amebócitos são células indiferenciadas que poderão repor (regenerar) todos os demais tipos celulares.
A circulação da água pelo interior do átrio garante aos poríferos a realização das funções de nutrição,
respiração, excreção e reprodução.Página 2
 
Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Poríferos ou Espongiários
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Os variados agregados celulares frouxos têm funções especiais, mas não há tecidos, isto é, conjunto de
células semelhantes que executam funções específicas. Faltam, ainda, células nervosas e uma cavidade
digestiva (não há digestão extracelular ?!). Daí, muitos autores considerarem as esponjas “um grupo à
parte dos demais metazoários” PARAZOÁRIOS.
Tipos de esponjas, com crescente grau de complexidade: Ascon, Sycon, Leucon.
Reprodução
Assexuada:
Por brotamento, dando origem a colônias com numerosos indivíduos. As espécies de água doce
poderão formar gêmulas (estruturas de resistência contendo numerosos amebócitos) que
permanecerão em estado de vida latente até terminar o período desfavorável do ambiente, quando
passarão a desenvolver novos indivíduos.
l 
Regeneração é uma característica de todos os seres vivos, porém aqui ocorre facilmente, pois de
uma esponja dividida em vários fragmentos, cada parte (contendo amebócitos) poderá reconstituir
um novo indivíduo.
l 
Sexuada:
Os poríferos são hermafroditas, porém não possuem gônadas. Os gametas, que se formam a partir de
amebócitos que sofrem meiose, são lançados no átrio, onde ocorre a fecundação. Cada indivíduo
apresenta maturação de óvulos e espermatozóides em épocas diferentes, o que evita a
autofecundação.
l 
O desenvolvimento é indireto: após a fecundação o zigoto se desenvolve em uma larva ciliadal 
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típica, livre-natante - anfiblástula - que sai pelo ósculo, fixa-se em um substrato e cresce,
originando novo indivíduo.
O zigoto desenvolve-se até blástula flagelada móvel; a gastrulação será diferente dos outros metazoários
!
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Celenterados ou Cnidários
Celenterados ou cnidários
Pluricelulares, enterozóarios (com cavidade gástrica), diblásticos - exclusivamente aquáticos; dotados de
células urticantes (cnidoblastos); duas formas básicas; pólipo (fixo) e medusa (livre-natante); isolados ou
coloniais; sistema nervoso difuso; pode apresentar reprodução por metagênese.
Animais aquáticos, principalmente marinhos. Poucas espécies vivem em água doce.
As medusas ou águas-vivas constituem uma ameaça para banhistas e pescadores, podendo ocasionar
"queimaduras sérias".
As colônias de corais enfeitam os fundos dos oceanos e servem de abrigo para muitas outras espécies de
seres vivos. Os recifes de corais podem proteger algumas ilhas !
Numerosas pessoas usam os exoesqueletos dos corais para confeccionarem bijouterias.
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Características gerais
Os celenterados, ou cnidários, são os primeiros metazoários a exibir uma cavidade digestiva ou cavidade
gastrovascular (1a ocorrência nos animais), com uma abertura única que funciona como boca e ânus,
portanto o tubo digestivo é incompleto. Todos os membros do filo possuem, ao redor da boca, tentáculos
dotados de células urticantes (cnidoblastos) que auxiliam na captura de alimentos. A digestão enzimática
do alimento começa nessa cavidade extracelularmente e termina no interior (intracelularmente) das
células muscular-digestivas, que fazem parte da gastroderme.
São animais de corpo mole e aquáticos.
Os cnidoblastos, exclusivos dos celenterados, são células especiais, dotadas de uma cápsula - nematocisto
- contendo toxinas e um filamento inoculador enovelado. Na superfície externa do cnidoblasto há um
cnidocílio que, quando estimulado, provoca a abertura do nematocisto; o filamento inoculador é evertido,
descarregando suas toxinas sobre a presa.
Os cnidoblastos se distribuem pela epiderme e degeneram após serem disparados. A sua regeneração,
assim como dos outros tipos celulares, será feita por células intersticiais indiferenciadas.
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Celenterados ou Cnidários
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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O sistema nervoso é difuso (1a ocorrência nos animais) e formado por neurônios que se interligam da
mesogléia para a gastroderme e epiderme. Não apresentam cérebro ou centro coordenador dos impulsos
nervosos.
Os celenterados apresentam respiração e excreção por difusão simples e em qualquer parte da superfície
corporal.
Há dois tipos morfológicos básicos de celenterados:
pólipo: séssil, forma cilíndrica, base presa a substrato; boca superior, rodeada por tentáculos; vivem
isolados ou formando grandes colônias (brotamento), unidos uns aos outros por seu exoesqueleto
(corais). Existem ainda, as colônias flutuantes ou superorganismos, como as caravelas (Physalia
sp), que possuem várias formas de pólipos (= polimórficas): gastrozóides (nutrição), gonozóides
(reprodução), dactilozóides (defesa = muitos cnidoblastos).
l 
Pólipo
medusa: livre-natante, forma semelhante a "guarda-chuva" É livre natante. A boca fica voltada
para baixo e pode estar circulada por longos tentáculos onde se concentram numerosos
cnidoblastos: células típicas desse filo, que “disparam e injetam” um líquido urticante e de efeito
paralisante nos animais (funções de captura e defesa !).
l 
Medusa
A Cyanea capilata é medusa de mares frios ( 3 m; 40 m de extensão dos tentáculos !).
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Em diversas espécies, as formas de pólipo e medusa se alternam dentro do mesmo ciclo vital. Há outras
espécies em que só ocorre um dos dois tipos morfológicos.
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Celenterados ou Cnidários
O corpo dos celenterados apresenta duas camadas celulares, separadas por uma mesogléia gelatinosa: a
epiderme (externa) e a gastroderme (interna), que possuem células contráteis e sensoriais.
A locomoção ocorre graças a fibrilas contrácteis das células epiteliais gastrodérmicas que permitem aos
celenterados movimentos de contração e distensão do corpo e tentáculos. Nas formas medusóides, a
contração do corpo provoca a expulsão de jatos de água através da boca; a medusa se desloca no sentido
oposto ao jato de água, alternando contrações e distensões. Algumas formas polipóides (Hydra)
deslocam-se por meio de verdadeiras cambalhotas: fixando a região oral soltam a região basal do substrato
para novamente fixá-la em outro ponto.
Nas formas medusóides existem os ropálios, estrutura sensoriais formados por células fotorreceptoras, e
os estatólitos, relacionados ao equilíbrio do corpo.
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Hidra - brotamento
 
 
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Diversidade
O filo dos celenterados compreende formas de vida isoladas e coloniais, representadas pelas águas-vivas
(medusas), hidras, corais e anêmonas.
É possível agrupar as diferentes espécies de celenterados em três classes: Hidrozoa, Cifozoa e Antozoa.
ClasseHidrozoa
Marinhos e dulcícolas; há espécies coloniais e isoladas, com polimorfismo.
medusas de pequeno tamanho (com véu).l 
apresentam alternância de gerações (metagênese): Obelia.l 
reprodução: assexuada nos pólipos (brotamento) e sexuada nas medusas.l 
Exemplo:
hidra (pólipo isolado), Obelia (colonial), caravela (Physalia).
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Classe Cifozoa
Exclusivamente marinhos, geralmente polimórficos. As medusas (águas-vivas)sem véu, são
predominantes no ciclo (metagênese), chegando a atingir até 2 metros de diâmetro; os pólipos são
diminutos, reproduzindo- se por estrobilização. Durante a metagênese o desenvolvimento é indireto
(larva plânula). Exemplo: Aurelia.
Classe Antozoa
Representada exclusivamente por formas polipóides isoladas como as anêmonas-do-mar (Actínia sp ou
rosa-do-mar) , ou coloniais como os corais. Estes últimos secretam esqueleto calcário e formam os recifes
de corais.
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 reprodução assexuada por bipartição ou brotamento.l 
 reprodução sexuada com formação de larva plânula.l 
 
 
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Reprodução
A maioria dos celenterados apresenta reprodução sexuada e assexuada, sendo grande o número de espécies
que apresenta alternância de gerações (metagênese). Nesse caso, a forma polipóide produz
assexuadamente pequenas medusas que, após um período de desenvolvimento, produzem gametas de cuja
fusão resulta o zigoto.
A fecundação é externa na maioria dos celenterados, havendo espécies em que o encontro dos gametas
ocorre dentro da cavidade gástrica. Nos casos em que o desenvolvimento é indireto (todas as espécies
marinhas) o zigoto formado dá origem a uma larva ciliada (plânula). Após algum tempo a larva se fixa ao
substrato dando origem a um novo organismo (pólipo).
Nas espécies que apresentam apenas a forma de pólipo, esse se reproduz sexuadamente originando novos
pólipos. Os espermatozóides são liberados na água, nadando ao encontro do óvulo. A fecundação e as
primeiras divisões ocorrem com o zigoto ainda preso ao organismo materno. Como sequência do processo,
o embrião se destaca e transforma-se em um pólipo jovem que na maturidade repete o ciclo.
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Platielmintes: Patogenia
Vermes achatados
Os platelmintos são metazoários triblásticos, protostômios, acelomados. Seu corpo achatado
dorsiventralmente, com diferenciação ântero-posterior, exibe simetria bilateral. Princípio de cefalização,
evidenciado por região cefálica anterior, onde se concentram gânglios nervosos e órgãos sensoriais.
Excreção por células-flama. Há representantes de vida livre (planária) e parasitas de importância
epidemiológica (Schistosoma; Taenia).
Platielmintes + Asquielmintes + Anelídeos = VERMES, pois são invertebrados de corpo longo e sem
membros locomotores.
O corpo é recoberto por epiderme simples e pode apresentar cutícula (parasitas) ou cílios (vida livre).
O tubo digestivo é incompleto (ausência de ânus) ou inexistente (parasitas).
A troca de gases (respiração) é feita por difusão simples através da epiderme.
São de vida livre nos mares, rios (Dugesia sp), lagos (Planaria sp) , terra úmida (Geoplana sp). Podem ser
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parasitas, como as solitárias (tênias), esquistossomo, Fasciola, etc.
A regeneração é muito intensa. Nas planárias, da fragmentação de um indivíduo pode-se obter vários.
Características gerais
O filo dos Platelmintos é considerado de grande importância filogenética. Seus representantes
exibem características que aparecem pela primeira vez na escala zoológica:
é possível reconhecer metade direita e esquerda (simetria bilateral), região dorsal e ventral, e
anterior e posterior;
l 
 
 
 
Planária
 
diferenciação do terceiro folheto germinativo (mesoderme) - são triblásticos;l 
A mesoderme dá origem aos órgãos dos tecidos conjuntivo, muscular e excretor.
sistema nervoso com gânglios anteriores, dos quais partem cordões nervosos para todo o corpo,l 
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indicando um início de centralização da coordenação; órgãos sensoriais especializados para
fotorrecepção (olhos simples ou ocelos).
presença de sistema excretor dotado de estruturas especializadas, as células-flama (solenócitos),
que drenam o espaço intercelular.
l 
gônadas internas e dutos reprodutores permanentes, além de órgãos copuladores. Os platelmintos
em geral são hermafroditas, apresentando fecundação interna cruzada.
l 
 
 
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Diversidade
O filo dos Platelmintos possui, entre os seus representantes, formas de vida livre e parasitas de grande
interesse médico e veterinário. Os platelmintos de vida livre estão reunidos na classe Turbellaria, enquanto
as classes Trematoda e Cestoda agrupam as formas parasitas.
Classificação e reprodução:
 Classe Turbelários: - vida livre, epitélio ciliado, sistema digestivo incompleto e
ramificado, “olhos” (ocelos), aurículas (quimiorreceptoras).
Exemplo:
Planaria, Geoplana (terra úmida). São hermafroditas (monóicos), com fecundação cruzada
e desenvolvimento direto. Podem também fazer regeneração.
 
 
 
 
 
 
Planárias
 
 Classe Tremátodos: - ecto ou endoparasitas, epitélio com cutícula protetora, tubo
digestivo incompleto. Podem ser hermafroditas ou dióicos (sexos separados e dimorfismo
sexual Schistosoma). O desenvolvimento indireto apresenta vários tipos de larvas.
Exemplo
Schistosoma mansoni tamanho 1,5 cm; a fêmea fica alojada no canal ginecóforo do macho.
Fasciola hepatica doença fasciolose (fígado de carneiros, bois).
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Classe Cestóides
 Endoparasitas. Cabeça (escólex) com ganchos e ventosas + segmentos (proglotes).
Epitélio com cutícula protetora e assimiladora. Tubo digestivo ausente.
Exemplo:
solitárias (tênias).
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Asquielmintes: Patogenia
Asquielmintes: Patogenia
Vermes cilíndricos
Os asquelmintos são triblásticos, protostômios, pseudocelomados (cavidade só parcialmente revestida pela
mesoderme) . Seu corpo cilíndrico, alongado, exibe simetria bilateral. Possuem sistema digestivo
completo, sistemas circulatório e respiratório ausentes; sistema excretorcomposto por dois canais
longitudinais (renetes-formato de H) ; sistema nervoso parcialmente centralizado, com anel nervoso ao
redor da faringe. Todas as espécies são dióicas (fecundação interna), ocorrendo em algumas nítido
dimorfismo sexual. Há muitas espécies parasitas do homem e outros vertebrados. Apresentam cerca de 10
mil espécies.
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Características gerais
Os asquelmintos destacam-se dos demais filos por serem pseudocelomados esta cavidade é preenchida por
líquido que funciona como um “esqueleto hidrostático”, além de favorecer a distribuição de nutrientes
e recolher excretas. Algumas espécies são microscópicas, enquanto outras chegam a mais de um metro de
comprimento. Também são características exclusivas dos asquelmintos a ausência de células ciliadas e os
espermatozóides amebóides, sem flagelo, deslocando-se por pseudópodos. Outro aspecto importante deste
filo é a ocorrência de tubo digestivo completo (boca e ânus) pela primeira vez na escala zoológica.
A maioria dos asquelmintos é de vida livre, habitantes de solo úmido, areia, de águas estagnadas e até
mesmo do mar. Entre os parasitas, além daqueles que têm o homem como seu hospedeiro, há espécies que
infestam outros animais ou plantas (raízes, frutos).
Entre os asquelmintos, o grupo mais numeroso e de maior importância para o homem é a classe Nematoda,
à qual muitos autores atribuem a categoria de filo (filo Nematelminthes).
Reprodução
A reprodução dos asquelmintos é sexuada. São todos dióicos, havendo nítido dimorfismo sexual na
maioria das espécies. Os órgãos reprodutores tubulares ficam mergulhados no líquido do pseudoceloma,
fixando-se à parede do corpo somente na região do poro genital.
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Anelídeos
ANELÍDEOS
Vermes segmentados
Os anelídeos são triblásticos, protostômios, celomados. Têm o corpo cilíndrico segmentado, dotado de
apêndices quitinosos (cerdas), exibindo simetria bilateral. Possuem sistema digestivo completo; sistema
circulatório fechado (vasos + “corações” contráteis; possuem hemoglobina); sistema excretor constituído
por nefrídios (1 par por segmento); sistema nervoso ganglionar ventral.
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Algumas espécies apresentam respiração branquial, embora a maioria tenha respiração cutânea. Há
espécies monóicas e dióicas; a maioria é de vida livre, ocorrendo também formas parasitas.
Características gerais
Destacando-se dos grupos estudados anteriormente, os anelídeos são animais celomados; é a primeira
ocorrência evolutiva de um celoma verdadeiro (cavidade completamente revestida por mesoderme). Há
uma outra característica marcante - a segmentação do corpo em anéis (metâmeros) que não se restringe ao
aspecto externo: a maioria das estruturas internas acompanha a segmentação, inclusive o celoma.
Corpo revestido por cutícula (escleroproteína e colágeno) lisa e permeável.
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Alguns anelídeos possuem pequenos apêndices filiformes: as cerdas quitinosas, que podem ser movidas
em qualquer direção por ação de feixes musculares. O número e a disposição das cerdas são utilizados
como critério de classificação dos representantes deste filo.
A locomoção é feita pela ação alternada de feixes musculares. Quando uma minhoca contrai os feixes
musculares circulares de uma região do corpo, o líquido do celoma é pressionado e transmite essa tensão
aos músculos longitudinais, que se distendem; essa região do corpo se torna fina e longa. Logo depois as
fibras longitudinais se contraem enquanto as circulares se relaxam, encurtando a região e puxando para
frente a parte imediatamente posterior. Esse deslocamento é facilitado pelo apoio fornecido pelas cerdas,
que não permitem que o corpo da minhoca escorregue para trás.
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Anelídeos
Diversidade
Os anelídeos de vida livre são encontrados no solo, na água doce ou em ambientes marinhos. Algumas
espécies marinhas são fixas, habitando no interior de tubos calcários secretados pelo próprio verme.
Outros se locomovem ativamente, explorando o ambiente à procura de alimento.
De acordo com o número e a distribuição das cerdas na superfície do corpo, os anelídeos são
classificados em três classes: Oligochaeta (poucas cerdas), Polychaeta (muitas cerdas) e Hirudinea (sem
cerdas).
Classe Oligochaeta
Seus representantes vivem em ambientes de água doce ou em solo úmido. Os mais conhecidos são as
minhocas - Lumbricus terrestris (Europa e América do norte), Pheretima hawaiana (Brasil). São animais
hermafroditas, mas apresentam fecundação cruzada e externa. Os óvulos são fecundados no interior do
casulo (produzidos pelo clitelo), onde ficam protegidos. O desenvolvimento é direto.
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Corte transversal
As minhocas alimentam-se de folhas mortas e pequenos animais; vivem enterradas, cavando túneis,
atividade que promove aeração, drenagem e fertilidade do solo. São animais de hábitos noturnos,
permanecendo dentro de tocas durante o dia.
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Classe Polychaeta
A maioria dos poliquetos é de ambiente marinho. Possuem vários apêndices sensoriais em sua extremidade
anterior. Suas cerdas, numerosas, estão implantadas nos parapódios - expansões laterais do corpo. Podem
nadar graças aos parapódios que funcionam como remos. Tem no Nereis o representante típico. A
espécie Eunice virides (palolo) serve de alimento para nativos das ilhas Samoa e Fiji. Alguns poliquetas
podem atingir até 3 m de comprimento.
Reprodução: em geral são dióicos (unissexuados). Forma-se uma larva ciliada (trocófora). Podem, ainda,
reproduzir-se assexuadamente por esquizogênese (desprendem partes do corpo que regeneram novo
indivíduo).
Eunice virens
Alguns poliquetos são predadores que se locomovem ativamente no ambiente à procura de alimento, como
o Neanthes. Há também poliquetos que vivem no interior de tubos, que ele próprio fabrica, unindo com
suas secreções grãos de areia ou então secretando substâncias ricas em cálcio. Neste caso o alimento é
trazido para dentro do tubo por correntes de água, provocadas por movimentos dos parapódios e cerdas.
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Chaetopterus
Classe Hirudinea
Animais aquáticos (lagos, rios e até água salgada) ou terrestres. Há alguns ectoparasitas de vertebrados,
como a sanguessuga (Hirudo medicinalis).
A sanguessuga possui duas ventosas, uma na região anterior e outra na posterior. Desprovida de cerdas e
parapódios, pode locomover-se por fixação das ventosas e alongamento do corpo. Encontrando um
hospedeiro, fixa-se com as ventosas e perfura a pele. A ação da musculatura faringeana promove a sucção
do sangue dohospedeiro, que não coagula graças a uma substância anticoagulante (hirudina) presente na
saliva do parasita (foi usada, no passado para provocar sangrias).
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Anelídeos
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Reprodução: são hermafroditas, mas a fecundação é cruzada. Não há formas larvais.
Reprodução
Assexuada: entre os poliquetos pode ocorrer reprodução assexuada por esquizogênese: pequenas porções
da região posterior do corpo se destacam, diferenciando novos indivíduos.
Sexuada: há anelídeos dióicos (poliquetos), e muitas espécies monóicas (oligoquetos e hirudíneos).
Quando monóicas, a fecundação é interna, sendo o desenvolvimento direto.
Entre os poliquetos a fecundação é externa, e o zigoto passa por um estágio de larva - trocófora - antes de
se transformar em um verme jovem.
 Trocófora
Reprodução da minhoca
A minhoca é monóica: em cada indivíduo há um aparelho reprodutor masculino e um feminino completos,
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localizados ventralmente na região anterior do corpo.
O acasalamento ocorre com a união da superfície ventral de duas minhocas com suas extremidades
anteriores opostas. Cada animal elimina seus espermatozóides nos receptáculos seminais do outro e o casal
se separa em seguida. Os óvulos maduros, eliminados através dos poros genitais, são envoltos em um
casulo secretado pelo clitelo. Este casulo, que envolve o corpo como um anel, desloca-se para a região
anterior; quando passa pelos receptáculos seminais, os espermatozóides aí armazenados fecundam os
óvulos (fecundação externa). O casulo continua seu deslocamento, e ao ser liberado do corpo do animal
contém os ovos que darão origem a minhocas jovens, sem estágio larval (desenvolvimento direito).
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Artrópodos
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ARTRÓPODOS
É o filo que apresenta o maior número de espécies atuais (1 milhão). Existem em todos os ambientes:
água doce ou salgada (microcrustáceos – planctônicos; camarões, lagostas – bentônicos livres; cracas -
fixos), no solo (formigas, pulgas, tatuzinho ou “tatu-bola”, aranhas, centopéia, escorpiões), no ar (voam =
borboletas, abelhas, besouros, moscas).
Os artrópodos têm estreitas relações de parentesco com os anelídeos, sendo que a maior evidência é a
segmentação metamérica do corpo. Artrópodos primitivos (trilobitas – entre 600 e 250 milhões de anos
atrás), hoje extintos, apresentavam, nas fases adultas, o corpo nitidamente dividido em segmentos
semelhantes.
Apesar de não ser tão evidente nos artrópodos adultos atuais, devido à fusão e especialização dos
segmentos (tagmas), a organização metamérica está presente nas fases embrionárias de todas as
espécies do grupo.
Filo Onycophora - onychos, unha, garra ; phoros, portador.l 
Os onicóforos apresentam características intermediárias de anelídeos e de artrópodos. A
espécie nativa do Brasil é o Peripatus acacioi. Os registros fósseis indicam pouca mudança na
organização básica nos últimos 500 milhões de anos.
l 
Corpo alongado, entre 5 e 10 cm de comprimento, pele aveludada e numerosos pares de patas
curtas e grossas, terminadas em pequenas garras afiadas.
l 
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Na cabeça há um par de antenas e um par de papilas secretoras de muco (jatos que imobilizam as
presas). Vivem em ambientes muito particulares e úmidos (cutícula com pouca quitina), em
florestas tropicais da África, Ásia, Austrália e América do Sul.
l 
As semelhanças entre onicóforos e anelídeos aparecem na organização muscular, em camadas
sob a pele, no sistema excretor (nefrídeos) e na estrutura dos órgãos reprodutivos.
l 
As semelhanças com os artrópodos são o sistema circulatório aberto e o sistema respiratório
traqueal. 
l 
Peripatus
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Artrópodos
Os artrópodes são animais triblásticos, protostômios e celomados. São metamericamente segmentados,
bilateralmente e simétricos, com o corpo organizado em cabeça, tórax e abdome ou cefalotórax e
abdômen. Apresentam apêndices ou patas articuladas e exoesqueleto quitinoso; sistema digestivo
completo, sistema circulatório aberto e lacunar sistema nervoso formado por gânglio cerebral e cadeia
ganglionar ventral.
Os artrópodes constituem o maior grupo de organismos quanto ao número de espécies; estas são
extremamente bem-sucedidas na exploração dos mais variados ambientes terrestres, aéreos, de água doce e
marinhos. Trata-se de um grupo muito diversificado, incluindo-se entre seus representantes os insetos,
aranhas, escorpiões, caranguejos, camarões, além das centopéias, lacraias e piolhos-de-cobra.
Características gerais
Apesar de sua grande diversidade, todos os artrópodes exibem, em comum, as seguintes características:
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Exoesqueleto: constituído principalmente por quitina, podendo apresentar impregnação por sais de
cálcio. Somente nas regiões de articulação de patas e antenas, ou entre as diferentes regiões do
corpo, a cutícula é fina e flexível, permitindo a movimentação.
l 
Por possuírem revestimento externo rígido, os artrópodes apresentam crescimento descontínuo, por meio
de mudas ou ecdises (induzidas por hormônio: a ecdisona). Periodicamente, um novo esqueleto mole
forma-se sob o mais antigo; a velha cutícula se rompe e o animal se solta, abandonando o revestimento
anterior. Ocorre rápido aumento de volume do corpo, enquanto a nova cutícula ainda não se impregnou de
quitina, continuando portanto mole e elástica.
Matérias > Biologia > Citologia > Citoplasma > Composição Química e Bioquímica - Metabolismo
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Segmentação: os artrópodes são, além dos anelídeos, os únicos invertebrados segmentados,
diferindo deles por não apresentarem septos intersegmentares internamente. Também não há
repetição dos órgãos internos como nos anelídeos. Durante o desenvolvimento embrionário pode
ocorrer, nos artrópodes, fusão entre os metâmeros, tornando menos evidente sua segmentação. É
possível entretanto identificar a divisão do corpo em três grandes segmentos, distintos ou fundidos:
cabeça, tórax e abdome.
l 
Apêndices articulados: característica que dá nome ao grupo, os apêndices dos artrópodes são
formados por articulações móveis. Os apêndices são de vários tipos, estando sua forma relacionada
à função que realizam. Entre essas funções podemos citar as de locomoção (patas); captura, sucção
e trituração de alimentos (peças bucais variadas, pinças); limpeza do corpo e percepção de estímulos
(patas, antenas).
l 
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Artrópodos
DIVERSIDADE
Subfilo Uniramia – apresentam mandíbulas, maxilas e outros apêndices bucais. Têm um par de
antenas.
l 
Classe Insecta
a) Corpo com três partes distintas: cabeça, tórax e abdômen.
b) No tórax estão três pares de patas articuladas = hexápodos.c) Muitas espécies possuem asas, pelo menos numa fase (adulta). As asas são articuladas ao
tórax (dorsalmente) e podem ser em número de 4 ou 2 (Dípteros). São os únicos artrópodos
ou invertebrados que podem voar.
d) Na cabeça estão os órgãos dos sentidos como olhos (simples ou compostos - omatídeos),
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um par de antenas (díceros) e o aparelho bucal, que pode ser: mastigador ou triturador –
forte mandíbula (gafanhoto, barata, formiga), lambedor – “espécie de língua” (abelha,
mosca), sugador – longa tromba tubulosa enrolada (borboleta), picador – estilete perfurante
(mosquito).
e) Como em todos os artrópodos, o exoesqueleto não permite o crescimento do inseto.
Assim, ele precisa trocar o esqueleto periodicamente. É o processo de muda ou ecdise. f) A
maioria apresenta dimorfismo sexual, reprodução sexuada com fecundação interna. Os
insetos encontram-se em diversos ambientes, exceto o marinho.
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Artrópodos
Reprodução
São dióicos, com dimorfismo sexual e fecundação interna. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto
com metamorfose completa ou incompleta. De acordo com o tipo de desenvolvimento os insetos podem
ser classificados em:
 ametábolos: insetos com desenvolvimento direto.l 
Exemplo:
traça de livros;
 hemimetábolos: desenvolvimento indireto, com metamorfose incompleta: as formas jovens
(ninfas), que eclodem dos ovos, são semelhantes ao adulto (imago); a metamorfose de jovem a
adulto ocorre através de mudas sucessivas.
l 
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Exemplo:
gafanhoto, barata, percevejo, piolho.
 holometábolos: desenvolvimento indireto, com metamorfose completa. Dos ovos eclodem formas
vermiformes (larvas), que passam por mudas sucessivas, transformando-se em pupas. As pupas
passam por modificações profundas: há substituição dos tecidos larvais por tecidos característicos
do adulto. O adulto formado rompe a cutícula pupal, emergindo para o ambiente: não ocorrem
novas mudas.
 ovo larva pupa ou crisálida imago ou forma adulta.
l 
Exemplo:
mosca, mosquito, borboleta, mariposa, pulga, formiga, abelha.
 
Apresentam tubo digestivo completo, a respiração é traqueal e o sistema circulatório é do tipo aberto ou
lacunoso (seu sangue não tem função no transporte de CO2 e O2). A excreção é feita por túbulos de
Malpighi. O sistema nervoso apresenta vários gânglios cerebróides; há uma cadeia ganglionar ventral e
uma rede nervosa periférica.
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Respiração traqueal
 Principais ordens dos insetos:
1 - Tisanuros - ametábolos, não possuem asas: traças (alimenta-se da cola usada na
encadernação de livros).
2 - Ortópteros - hemimetábolos, possuem 4 asas na forma adulta: gafanhoto, grilo, barata,
bicho-pau, louva-a-deus.
3 - Homópteros - hemimetábolos, possuem 4 asas: cigarra, pulgões (alimentam-se da seiva).
4 - Hemípteros - hemimetábolos, possuem 4 asas: percevejos - barbeiro (Triatoma), barata
d’água.
5 - Dípteros - holometábolos, possuem duas asas (o 2o par está modificado em “balancins”
= estruturas de equilíbrio): mosca, mosquito, borrachudo, drosófila (mosquinha das frutas).
6 - Lepidópteros - holometábolos, possuem 4 asas: borboleta, mariposa.
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7 - Himenópteros - holometábolos, possuem 4 asas: formigas, abelhas, vespas (= insetos
sociais).
8 - Coleópteros - holometábolos, possuem 4 asas: besouros, vaga-lumes, joaninhas.
9 - Sifonápteros - holometábolos, não possuem asas (= “vestigiais”): pulgas (alimentam-se
de sangue de aves e mamíferos), “bicho-do-pé” (= Tunga penetrans).
10 - Anoplura - hemimetábolos, não possuem asas: piolhos (ovos = lêndeas).
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Artrópodos
Importância dos insetos para o homem:
a) Transmissores (vetores) de doenças: barbeiro (“fezes” do percevejo Triatoma - doença
de Chagas), pernilongos (malária – Anopheles; leishmaniose – Lutzomyia ou Phlebotomus;
febre amarela, dengue – Aedes; filariose - Culex), tsé-tsé (mosca Glossina - doença do sono),
mosca do berne (= Dermatobia; disenterias), piolho humano (Pediculus), etc. Os insetos
que sugam sangue são hematófagos.
b) Transmissores de doenças para animais domésticos como a vaca, cavalo, etc.
c) Atacam as plantações: larvas de Lepidópteros, Coleópteros, pulgões, formigas, etc.
d) Destroem casas e móveis: cupins (insetos sociais).
e) Podem ser peçonhentos (= injetam veneno !): abelhas.
f) Produzem alimento, como o mel.
g) Produzem o fio da seda (bicho-da-seda = mariposa Bombyx mori ).
h) Usados em experiências de genética: drosófilas.
i) Polinizam as plantas (entomofilia): abelhas, etc.
Classe dos Diplópodos.
São artrópodos que possuem o corpo alongado, cilíndrico e dividido em cabeça e tronco com muitas
patas locomotoras.
a) Na cabeça estão os olhos e um par de antenas curtas, além da boca.
b) No tronco, formado por segmentos, apresentam 2 pares de patas por segmento
(Miriápodes).
c) São lentos e se alimentam de matéria orgânica em decomposição (vegetarianos).
d) Não são venenosos.
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e) A respiração é traqueal. A excreção é feita por túbulos de Malpighi como nos insetos.
f) A reprodução é sexuada, com fecundação interna e o desenvolvimento é direto.
São encontrados em lugares onde há matéria vegetal em decomposição, como troncos, folhas, etc.
Conhecidos popularmente por piolho-de-cobra (embuá) ou gongolô.
Classe dos Quilópodos.
Apresentam muitas semelhanças com os piolhos-de-cobra, porém são de corpo achatado, ágeis e possuem
um par de patas por segmento (Miriápodes): centopéias e lacraias (até 25 cm).
Junto à cabeça o 1o par de apêndices são as forcípulas com ferrões inoculadores de veneno, portanto são
animais peçonhentos e carnívoros.
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Subfilo Crustáceos - apresentam mandíbulas, maxilas e outros apêndices bucais. Têm dois pares
de antenas e corpo geralmente dividido em cefalotórax e abdome.
l 
a) O exoesqueleto, em geral, é muito duro (“crosta”) devido à impregnação calcária. 
b) A cabeça e o tórax estão fundidos formando o cefalotórax que se distingue facilmente do
abdome.
c) No cefalotórax estão: boca, dois pares de antenas, olhos simples ou compostos, sésseis ou
pedunculados e ainda de 5 a 12 (ou mais) patas (torácicas, abdominais).
d) A respiração é do tipo branquial, pois em geral vivem na água.
e) A circulação é do tipo aberta ou lacunosa. Possui a proteína hemocianina.
f) A excreção é feita, nos crustáceos superiores (malacostráceos), por glândulas antenais ou
glândulas verdes, cujos poros se abrem na base das antenas.
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g) O sistema nervoso apresenta gânglios cerebrais e uma cadeia ganglionar ventral.
Há crustáceos marinhos (camarão, lagosta), dulcícolas (pitu), terrestres (tatuzinho-de-jardim) e litorâneos
(caranguejos), além de alguns representantes parasitas.
Reprodução
A maioria dos crustáceos é dióica, havendo poucos representantes monóicos; ocorre tanto fecundação
interna quanto externa. Nas espécies com fecundação interna, os pereiópodos (patas toráxicas) são
utilizados como órgãos copuladores, depositando os espermatozóides no oviduto da fêmea. Exemplo:
camarão. Ocorrendo a fecundação, os ovos são eliminados pelo poro genital. Quando há fecundação
externa, os espermatozóides são depositados entre os pereiópodes da fêmea - nos receptáculos seminais; a
fêmea ovula e a fecundação ocorre na superfície do corpo. Exemplo: lagostim. O desenvolvimento pode
ser direto ou indireto, com várias fases larvais: náuplius, zoé, mysis, megálopa, etc – (desenvolvimento
indireto). Possuem grande capacidade de regeneração.
Os Crustáceos podem ser divididos em dois grandes grupos:
1) Entomostráceos ou crustáceos inferiores, como os Copépodos (Calamus, Cyclops,
Daphnia), são microcrustáceos muito importantes na formação do zooplâncton marinho.
2) Malacostráceos ou crustáceos superiores, como lagostas, camarões, siris, caranguejos,
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lagostim, pitus, de grande interesse econômico.
Os crustáceos vivem, principalmente, na água salgada ou doce, mas há espécie terrestre como o
“tatu-bola” ou tatuzinho de jardim. Espécies aquáticas podem ser sésseis (fixas) na forma adulta, como as
cracas (Balanus) e lepas.
Importância dos crustáceos:
a) Os microcrustáceos constituem parte fundamental do zooplâncton marinho.
b) Na alimentação humana .
 
 
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 Subfilo Quelicerados - apresentam quelíceras e palpos. Não têm antenas e o corpo é geralmente
dividido em cefalotórax e abdome.
l 
Classe Merostomados:
Reúne apenas cinco espécies de um único gênero. O ilustre representante atual é o Limulus, o
caranguejo-ferradura: apresenta semelhanças morfológicas com os crustáceos; testes bioquímicos
também mostram grandes semelhanças com aracnídeos; encontra-se no Atlântico Norte e Costas da
África; carapaça em “ferradura”, entre 20 e 30 cm; 5 a 6 pares de apêndices abdominais modificados,
com brânquias; télson em forma de “espiga” para orientar o movimento; alimentam-se de moluscos,
vermes e algas; desenvolvem larva achatada, de abdome segmentado e sem cauda; excreção: “glândulas
coxais”.
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Classe Arachnida
Os aracnídeos são em sua maioria terrestres, vivendo em buracos no solo, sob pedras ou troncos.
a) Corpo dividido em cefalotórax e abdômen; não há apêndices.
b) No cefalotórax estão os órgãos dos sentidos (olhos, boca, pedipalpos = 2o par de
apêndices) e as oito patas locomotoras. Não possuem antenas.
c) As quelíceras (1o par de apêndices), nas aranhas, possuem ferrões (aguilhões)
inoculadores de veneno, portanto, são animais peçonhentos.
d) Os (pedi)palpos, nas aranhas são órgãos sensoriais ou copuladores (no macho) e, nos
escorpiões, os palpos são grandes pinças preensoras.
e) Nas aranhas o abdômen apresenta as aberturas das filotraquéias (respiração), o poro
genital, ânus e as glândulas fiandeiras (teia).
f) A respiração é por filotraquéias. A circulação é do tipo aberta ou lacunosa. A excreção
é feita por tubos de Malpighi ou por glândulas coxais. O sistema nervoso apresenta gânglios
cerebróides, cadeia ganglionar ventral, semelhante aos insetos.
Reprodução
Os aracnídeos são dióicos, havendo nítido dimorfismo sexual em muitas espécies. A fecundação é
interna: o macho, com auxílio dos palpos, deposita o esperma na abertura genital da fêmea. Os
espermatozóides ficam alojados nos receptáculos seminais, fecundando os óvulos que descem pelos
ovídutos.
As aranhas são ovíparas: após a fecundação a fêmea tece um casulo (ovissaco) onde os ovos são postos e
permanecem até a eclosão. Algumas aranhas carregam o ovissaco sobre o abdome, outras depositam-no
sobre a teia.
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Os escorpiões são ovovivíparos: os embriões completam seu desenvolvimento dentro de ovos que
permanecem no interior do organismo materno; a fêmea expele pequenos escorpiões totalmente
desenvolvidos.
Tanto em aranhas como em escorpiões, o desenvolvimento é direto, não ocorrendo fases larvais. Nos
ácaros (carrapatos) o desenvolvimento é indireto, sendo que em alguns ocorre partenogênese.
Ordens dos Aracnídeos:
1) Araneídeos:- aranhas, com quelíceras e há espécies peçonhentas. As mais perigosas são: armadeira
(Phoneutria), viúva-negra (Latrodectus), aranha-de-grama (Lycosa - “seta negra” no dorso) e
aranha-marron (Loxosceles). Venenos: neurotóxico, proteolítico, hemolítico.
2) Escorpionídeos:- todas as espécies de escorpiões são venenosas e peçonhentas. O veneno
(neurotóxico) é injetado pelo ferrão (télson), na extremidade do pós-abdome (cauda).
Tityus bahiensis, cor vermelho-amarronzado, é o escorpião mais comum em São Paulo.
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3) Ácaros:- carrapatos e outros tipos que também parasitam a pele de mamíferos: sarna (Sarcoptes
scabiei = escabiose), cravo da pele (Demodex foliculorum).
 
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REPRODUÇÃO 
Características especiais !
 PARTENOGÊNESE:- parthenos = virgem; gênesis = origem.l 
Forma de desenvolvimento em que o óvulo (n) se desenvolve, formando um animal adulto (n), sem ter
sido fecundado pelo espermatozóide. A partenogênese pode ser considerada um caso particular de
reprodução sexuada, pois envolve gametas: o feminino.
As abelhas melíferas formam colônias altamente organizadas denominadas colméias. Nestas existem três
classes sociais, ou castas: a rainha, os zangões e as operárias. A rainha é a única fêmea fértil da colméia
e sua função é a postura dos ovos, dos quais se originam todos os indivíduos. Os zangões são machos
cuja função é fecundar a rainha. As operárias são fêmeas estéreis cuja função é construir a colméia e
cuidar de sua manutenção, fornecendo alimento e segurança a todos os seus moradores.
A rainha, ao se tornar sexualmente madura, voa e se acasala no ar com diversos zangões, armazenando o
esperma em sua espermateca. A seguir retorna à colônia e começa a pôr ovos dentro de células hexagonais
de cera, construídas pelas operárias especialmente para essa finalidade. 
A rainha pode colocar dois tipos de “ovos”, dependendo do tamanho da célula de cera: fecundados e
não-fecundados. Os ovos fecundados originam fêmeas diplóides. Os “ovos” não-fecundados (= óvulos)
desenvolvem-se por um processo denominado partenogênese e originam machos haplóides (=
partenogênese arrenótoca).
Uma fêmea será operária ou rainha dependendo da qualidade da alimentação que recebe na fase larval,
além da influência do ferormônio exalado pela rainha. Larvas de operárias e dezangões são alimentadas
principalmente com mel, enquanto as larvas que originarão as rainhas são alimentadas com (maior
quantidade de) uma substância rica em hormônios, a geléia real, produzida pelas operárias adultas.
Certas populações de lagartos da região amazônica, Cnemidophorus leminiscatus, são constituídos
exclusivamente por fêmeas, que se reproduzem por partenogênese (= partenogênese telítoca). Outras
populações, no entanto, têm machos e fêmeas que se cruzam normalmente.
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A partenogênese é processo freqüente em invertebrados: pulgões (onde se observou pela 1a vez – 1740),
crustáceos (dáfnias), insetos himenópteros (abelhas, vespas, formigas), vermes (nemátodos, anelídeos);
répteis (lagartos).
Pulgões apresentam partenogênese cíclica:
Ovos de resistência (2n), com casca especial, são botados no inverno e estão aptos para atravessar
esse período.
l 
 Em fins do inverno e início da primavera, rompe-se a dormência e os ovos (2n) se desenvolvem,
formando sempre fêmeas (2n) adultas.
l 
Durante todo o verão, essas fêmeas (2n), através da meiose produzem óvulos (n). Cada um desses
óvulos (n) desenvolve-se partenogeneticamente, formando sempre fêmeas (n) adultas (=
partenogênese telítoca).
l 
 Em fins de verão e no outono, os óvulos (n), que continuam a desenvolver-se por partenogênese,
formam às vezes adultos machos (n) e outras vezes fêmeas (n), caracterizando a partenogênese
deuterótoca.Esses machos e fêmeas adultos e haplóides, acasalam-se durante o outono, e a fêmea
irá botar os seus ovos (2n) de resistência, para atravessar o inverno.
l 
 
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Moluscos
Animais de corpo mole
Os moluscos são animais triblásticos, celomados, protostômios e bilateralmente simétricos. Seu corpo,
organizado em três partes básicas- - cabeça, pé e massa visceral - é coberto por um fino manto calcário,
geralmente externo. Possuem sistema digestivo completo, sistema circulatório aberto e sistema nervoso
formado por três ou quatro pares de gânglios. A excreção é feita por rins. A respiração é pulmonar
(terrestres) ou por brânquias (aquáticos).
Características gerais
 Neste filo estão incluídos caracóis, caramujos, lesmas, ostras, lulas, polvos. Nele estão os maiores
invertebrados que se conhece, como a concha do Pacífico com 1,2 m ou a lula gigante (Architeutis =
cefalópodo do Atlântico Norte; até 15 m de comprimento de tentáculos; circunferência do corpo 3,5 m;
vive de 300 a 600 m de profundidade; são nadadores não rápidos). É o 2o maior filo do reino Animal em
número de espécies (cerca de 110 mil).
Características comuns a todos os representantes:
a) Não apresentam corpo segmentado, possuem simetria bilateral, são triblásticos,
celomados esquizocélicos e protostômios.
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b) O corpo é macio e flexível e pode apresentar uma forte concha calcária que serve para
protegê-lo. A maioria vive no mar (em geral, nas águas rasas ao longo do litoral), mas há
diversas espécies de água doce e terrestres. 
c) O organismo pode ser dividido em três partes: cabeça, pé e massa (saco) visceral.
d) Na massa visceral estão os órgãos da digestão, excreção (nefrídios) e reprodução.
e) Abaixo da concha está uma dobra da pele que é o manto ou pálio, o qual secreta a concha.
f) Entre o manto e a massa visceral há um espaço ou cavidade do manto (paleal), onde se
acha o aparelho respiratório (brânquias ou “pulmões”).
g) A reprodução é sempre sexuada, mas apresenta particularidades em cada classe.
h) O sistema nervoso é composto por vários pares de gânglios, unidos entre si através de
cordões nervosos. Os gânglios cerebróides estão na cabeça e deles partem nervos para os
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principais órgãos dos sentidos (olhos, tentáculos, etc). Os gânglios pedais inervam a
musculatura desse órgão, enquanto os gânglios viscerais inervam os órgãos viscerais e o
manto.
 
 
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Diversidade
O filo dos moluscos pode ser dividido em três classes principais, segundo o formato e estrutura de sua
concha e as adaptações das diferentes partes do corpo: Gastropoda, Pelecypoda e Cephalopoda.
Classe Gastropoda
Caramujos (água doce ou no mar) e caracóis e lesmas (ambiente terrestre). Possuem pé, cabeça e massa
visceral, estando na cabeça dois pares de tentáculos, sendo que um dos pares tem olhos na extremidade.
O pé é bem desenvolvido e desliza sobre um muco escorregadio secretado por glândula do pé.
Na boca há a rádula que serve para raspar o alimento. Nos terrestres a respiração é “pulmonar” a
cavidade do manto é vascularizada, semelhante a pulmões. Nos aquáticos a respiração é branquial.
A concha é formada por uma peça, daí serem univalvos.
A reprodução é sexuada e, em geral, são hermafroditas. Os terrestres têm desenvolvimento direto e
os aquáticos terão dois estágios larvais: trocófora, que evolui a véliger.
 
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Classe Lamelibrânquios ou Pelecípodos ou Bivalvos
Os pelecípodes são moluscos exclusivamente aquáticos, cujo corpo mole é abrigado por uma concha
bivalve articulada. Possuem pé bastante desenvolvido e massa visceral volumosa, não havendo cabeça
diferenciada.
A concha é formada por duas peças e a cabeça é muito reduzida. O pé é muito desenvolvido. São animais
filtradores. Têm estilete cristalino que facilita a digestão estomacal. Muitos são fixos na fase adulta, como
mexilhão e ostras (= bisso penacho). Outros conseguem locomover-se, como o Pecten (vieira).
Certas espécies de ostras podem produzir a pérola entre o manto e a concha. Antigamente as conchas de
grandes bivalves de água doce eram usadas para fabricar botões de madrepérola.
Nesta classe estão as conchas gigantes, com quase 2 metros de tamanho (Tridacna).
Na reprodução são dióicos, a fecundação é externa e formam larvas: trocófora que evolui a véliger (vida
livre); e gloquídio (larva parasita de brânquias de peixes na água doce).
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Classe Cephalopoda
O nome refere-se ao fato de terem os tentáculos (modificação do pé muscular !), com ventosas, como se
saíssem da cabeça.
São moluscos bem desenvolvidos, com olhos semelhantes aos dos vertebrados, sistema circulatório
fechado e sistema nervoso bem desenvolvido.
Nesta classe estão as lulas e os polvos (= sem concha). Possuem rádula e mandíbula em forma de bico. O
manto recobre a massa visceral. Lulas e sépias têm concha interna !
Nautilus e Argonauta são representantes que apresentam concha externa !
Na reprodução são dióicos. O desenvolvimento é direto. São todos marinhos.
Reprodução
Os cefalópodes são dióicos, com fecundação interna e desenvolvimento direto. O macho deposita um
espermatóforo na cavidade do manto da fêmea, utilizando-se de seus tentáculos. Após a fecundação, os
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ovos, ricos em vitelo, são postos agrupados em cápsulas gelatinosas. Ao eclodirem os ovos, emergem
jovens cefalópodes capazes de nadar e capturar alimento.
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Moluscos
Há outras classes:
Monoplacóforos (Neopilina) – concha em forma de placa; vivem exclusivamente no mar, em
geral de 2 a 7 mil metros de profundidade; são filtradores, alimentando-se de microrganismos.
l 
Neopilina
Anfineuros ou Poliplacóforos (Chiton) – a concha tem grande semelhança entre as regiões
anterior e posterior e é formada por oito placas encaixadas – mede entre 5 e 8 cm de comprimento.;
vivem exclusivamente no mar, em água rasas, deslizando sobre rochas submersas, das quais raspa as
algas de que se alimenta.
l 
Chiton
 Escafópodos (Dentalium) – a concha lembra uma pequena presa de elefante, oca e aberta nas
duas extremidades; exclusivamente marinhos, vivem enterrados na areia ou no lodo e possuem um
pé afilado, especializado em cavar.
l 
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Dentalium
Há muitas espécies de moluscos de grande importância para o homem: na alimentação (ostras, mariscos,
mexilhões, polvos, lulas); o gênero Teredo é bivalve perfurador, que causa estragos em cascos de
embarcações de madeiras; podem ser hospedeiros intermediários de doenças (esquistossomose =
caramujo Biomphalaria; fasciolose = caramujo Lymnaea).
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Equinodermos
Equinodermos
São animais triblásticos, enterocelomados e deuterostômios como os Cordados. Portanto, o ânus se
origina do blastóporo. Nos outros invertebrados (protostômios) o blastóporo dá origem à boca. São os
invertebrados mais evoluídos. Invertebrados exclusivamente marinhos. Na fase adulta podem ser fixos
como os “lírios-do-mar” ou podem locomover-se como as estrelas-do-mar, os ouriços-do-mar, as
serpentes-do-mar e os pepinos-do-mar.
As larvas (plúteus; bipinária, etc) apresentam simetria bilateral. Os adultos, simetria radial.
O tubo digestivo é simples, podendo apresentar cecos (estrelas-do-mar) que se originam no estômago. Na
boca do ouriço-do-mar há a lanterna-de-aristóteles (“raladora”). Os Ofiuros, às vezes algumas estrelas,
não apresentam ânus. 
A respiração e a excreção ocorrem por difusão pela superfície do sistema ambulacrário ou pelas
brânquias (ouriço-do-mar; estrela-do-mar). Não há sistema circulatório como nos outros animais. O
sistema hemal (= conjunto de canais e lacunas) faz, parcialmente, as funções de sistema circulatório.
O endoesqueleto é constituído por placas calcárias, distribuídas em cinco zonas ambulacrais alternadas
com cinco zonas interambulacrais. As zonas ambulacrais possuem numerosos orifícios, por onde se
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projetam os pés ambulacrais, estruturas relacionadas com a locomoção. Na face dorsal do esqueleto há
uma placa central ou disco (onde se abre o ânus), rodeada por cinco placas, cada uma com um orifício
genital. Uma dessas placas exibe, além do orifício genital, numerosos poros ligados ao sistema ambulacral:
trata-se da placa madrepórica.
Esqueletos calcários: vista dorsal à esquerda, vista vental à direita.
Assentados sobre as placas estão os espinhos, dotados de mobilidade graças aos músculos presentes em
sua base. Entre os espinhos, pequenas estruturas com a extremidade em forma de pinça, as pedicelárias,
constituídas por dois ou três artículos, com funções de defesa e limpeza da superfície corporal.
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Equinodermos
Os equinodermos possuem um sistema de locomoção constituído por canais, o sistema ambulacral. Este
sistema abre-se para o exterior através dos poros da placa madrepórica. Segue-se o canal madrepórico,
que se liga ao canal circular que circunda o tubo digestivo. Deste partem cinco canais radiais que
percorrem o corpo do animal, emitindo expansões pares - as ampolas - ligadas aos pés ambulacrais
tubulares, que se projetam para a superfície externa do corpo. Os pés ambulacrais se contraem ou
distendem conforme as variações de pressão promovidas no líquido que os preenche. Essas variações
devem-se aos músculos que envolvem as ampolas. A coordenação dos movimentos dos pés ambulacrais
promove o lento deslocamento desses animais sobre os substratos marinhos.
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O sistema nervoso é formado por nervo anelar ao redor da faringe e nervos radiais. Há células táteis e
olfativas em toda a superfície do corpo. As estrelas-do-mar possuem células fotorreceptoras nas
extremidades dos braços.
O esqueleto é interno (endoesqueleto mesodermal), recoberto pela epiderme. O esqueleto é formado por
placas calcárias fixas ou articuladas (móveis). As placas podem ter espinhos (daí o nome do filo) que se
movem por meio de músculos e ainda pedicelárias que fazem a limpeza e defesa do corpo.
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Equinodermos
Na reprodução sexuada os animais são dióicos e de fecundação externa. Nos ouriços-do-mar a larva é
equinoplúteus, enquanto nas estrelas-do-mar as larvas são bipinária e braquiolária. São animais muito
usados para estudos do desenvolvimento embrionário e partenogênese.
Desenvolvimento embrionário de uma estrela-do-mar. Nas figuras A e B, as larvas são planctônicas.
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Larvas de ouriço-do-mar (planctônicas).
A regeneração é muito intensa. Na estrela-do-mar, além de regenerar os braços, se dividida em várias
partes, cada parte dará um novo indivíduo e podemos então falar em reprodução assexuada. Os
pepinos-do-mar, quando perseguidos, podem eliminar parte de suas vísceras e depois regenerá-las.
 
 
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Matérias > Biologia > Reino Animal (Metazoa) > Filos > Equinodermos
Os equinodermos podem ser divididos em várias classes:
 Equinóides:
ouriços-do-mar; bolachas-da-praia (= corrupio = ouriço irregular).m 
corpo circular, abaulado (ouriço) ou achatado (corrupios), sem braços. Locomovem-se pelo
movimento dos espinhos e dos pés ambulacrais.
m 
l 
 
Bolacha-da-praia.
 Asteróides:
estrelas-do-mar.m 
corpo achatado, em forma de estrela, com 5 a 50 braços. Locomoção por pés ambulacrais,
localizados na face ventral do corpo.
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 Holoturóides:
pepinos-do-mar”.m 
corpo alongado, em forma de salsicha, sem braços. Locomoção