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Energia e Potencial Sérgio Antenor de Carvalho c©2011 2 Conteúdo 4 Energia e Potencial 5 4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4.1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4.2 Energia para movimentar uma carga em um campo elétrico . . . . . . . . . . . . . . . 5 4.3 Integral de Linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 4.4 Diferença de Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 4.5 Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 4.6 Potencial de um sistema de cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 4.7 Gradiente do Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 4.8 Dipolo Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 4.9 Densidade de Energia no Campo Eletrostático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3 4 CONTEÚDO Capítulo 4 Energia e Potencial 4.1 Introdução 4.1.1 Objetivos • determinar a energia gasta para formar um sistema de cargas elétricas • relacionar esta energia com o campo elétrico • novas abordagens para o cálculo de campo elétrico • um sistema de cargas é construído gastando-se energia • calculamos o campo elétrico de duas formas – Lei de Coulomb – Lei de Gauss • desenvolveremos um novo método – relação entre energia e campo elétrico 4.2 Energia para movimentar uma carga em um campo elétrico • uma carga elétrica sob campo elétrico sofre a seguinte força ~Fe = q ~E • a componente desta força na direção do deslocamento d` é Fel = ~Fe · ~a` = q ~E · ~a` • a força aplicada para movimentar a carga é Fapl = −q ~E · ~a` • o que significa o sinal de −? 5 6 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL • o gasto de energia para realizar este deslocamento é dW = −q ~E · ~a` d` = −q ~E · −→d` • o gasto de energia ( trabalho) para realizar um deslocamento diferencial é dW = −q ~E · ~a` d` = −q ~E · −→d` • o trabalho para mover a carga por uma distância finita é W = −q ∫ final inicial ~E · −→d` • Uma carga pontual de q = 5µC é liberada com velocidade inicial nula em um campo elétrico ~E = 2x~ax+ y 3~ay − z ~az V/m. Encontre a troca aproximada de energia do campo para energia cinética da carga, quando a carga desloca-se uma distância de 10µm do ponto (2, 1, 2)ret. • em que direção será o movimento inicial da carga? 4.2. ENERGIA PARA MOVIMENTAR UMA CARGA EM UM CAMPO ELÉTRICO 7 • Uma carga pontual de q = 5µC é liberada com velocidade inicial nula em um campo elétrico ~E = 2x~ax+ y 3~ay− z ~az V/m. Encontre a troca aproximada de energia do campo para energia cinética da carga, quando a carga desloca-se uma distância de 10µm do ponto (2, 1, 2)ret. • em que direção será o movimento inicial da carga? • na direção do campo elétrico ~E, assim ∆WE = −q ~E · −→ ∆ ` = q | ~E||−→∆ `| ∆WE = −5µ [ (2x)2 + (y3)2 + (z2)2 ]1/2 /(2,1,2) 10× 10−6 = −229 pJ → ∆Wc = 229 pJ • o trabalho para mover a carga em um campo elétrico W = −q ∫ final inicial ~E · −→d` • em que situações o trabalho é nulo? – ~E e/ou −→ d` são nulos – ~E ⊥ −→d` – existe uma outra situação! • o elemento diferencial −→d` em coordenadas retangulares é −→ d` = dx~ax + dy~ay + dz ~az • o elemento diferencial −→d` em coordenadas cilíndricas é −→ d` = dρ~aρ + ρ dφ~aφ + dz ~az • o elemento diferencial −→d` em coordenadas esféricas é −→ d` = dr~ar + r dθ~aθ + r sen θ dφ~aφ • estes elementos são gerais e fixos • os elementos diferenciais representam um deslocamento numa direção genérica • consideremos que temos um campo elétrico da forma ~E = Er ~ar + Eφ~aφ 8 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL • o produto ~E · −→d` será ~E · −→d` = (Er ~ar + Eφ~aφ) · (dr~ar + r dθ~aθ + r sen θ dφ~aφ) = Er dr + Eφ r sen θ dφ • olhando o campo elétrico podemos ver que elementos diferenciais estarão na integral? W = −q ∫ final inicial ~E · −→d` 4.3 Integral de Linha • vamos fazer a interpretação gráfica da integral de linha W = −q ∫ final inicial ~E · −→d` • o trabalho será W = −q [ ~E1 ·∆~L1 + ~E2 ·∆~L2 + ... + ~E8 ·∆~L8 ] • sendo o campo uniforme temos W = −q ~E · ( ∆~L1 +∆~L2 + ...+∆~L8 ) W = −q ~E · ~LBA • ~LBA vetor do ponto B ao ponto A • para campo uniforme o trabalho não depende do caminho escolhido • Calcule o trabalho realizado ao mover uma carga q sob o campo de uma linha infinita de cargas, por dois caminhos: a) percurso circular; b) percurso radial 4.3. INTEGRAL DE LINHA 9 • o campo de uma linha infinta no eixo z é ~E = ρl 2pi ε0 ρ ~aρ • no percurso circular o trabalho é nulo W = −q ∫ final inic ρl 2pi ε0 ρ1 ~aρ · ρ1 d φ~aφ = 0 • no percurso radial o trabalho é W = −q ∫ final inic ρl 2pi ε0 ρ ~aρ · d ρ~aρ = −q ∫ b a a 2pi ε0 d ρ ρ = − q ρl 2pi ε0 ln ( b a ) • b > a→ ln(b/a)) > 0 não gastamos energia • b < a→ ln(b/a)) < 0 gastamos energia por quê? 10 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL 4.4 Diferença de Potencial • trabalho realizado por uma fonte externa ao deslocar uma carga sob um campo ~E é W = −q ∫ final inicial ~E · −→d` • vemos que esta expressão depende da carga q • da mesma forma que a definição do campo elétrico podemos definir uma expressão indepen- dente da carga q • esta definição leva ao conceito de diferença de potencial (ddp) • diferença de potencial é o trabalho realizado pelo fonte externa para mover uma carga unitária positiva ddp , − ∫ final inicial ~E · −→d` J/C → V VAB , − ∫ A B ~E · −→d` V • para movimentar a carga positiva • VAB > 0 gasto energia • VAB < 0 não gasto energia • Determine a diferença de potencial entre os pontos A e B nas distâncias radiais rA e rB de uma carga pontual q • o campo elétrico é dado por ~E = q 4pi ε0 r2 ~ar e −→ d` = dr~ar 4.5. POTENCIAL 11 • a ddp VAB será VAB = − ∫ rA rB q 4pi ε0 r2 dr = q 4pi ε0 ( 1 rA − 1 rB ) • Determine a diferença de potencial entre os pontos A e B nas distâncias radiais rA e rB de uma carga pontual q VAB = q 4pi ε0 ( 1 rA − 1 rB ) • para movimentar a carga positiva • rB > rA → VAB > 0 gasto energia • rB < rA → VAB < 0 não gasto energia 4.5 Potencial • até agora calculamos ddp entre dois pontos genéricos • para facilitar comparações é conveniente adotar uma referência comum • um ponto em relaçao ao qual calculamos as ddp nos outros pontos – num laboratório medimos a ddp de um ponto do circuito em relação ao terra comum – podemos medir a ddp de um ponto em um estágio do sistema em relação a entrada deste estágio • duas referências são comuns – o infinito – a superfície da Terra ( terra) 12 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL • potencial é a ddp em relação a uma referência comum pré-estabelecida • exemplo – o infinito – a superfície da Terra ( terra) – terra do sistema ou circuito • campo potencial de uma carga pontual VAB = q 4pi ε0 ( 1 rA − 1 rB ) • vamos adotar referência V = 0 para r = rB =∞ VA = q 4pi ε0 1 rA → V = q 4pi ε0 r • vamos adotar uma referência de V = 0 indireta • por exemplo V = V0 em r = r0 – no caso da carga pontual – V = 10V em r = 2m V = q 4pi ε0 (r = 2) + C1 = 10V C1 = 10− q 8pi ε0 4.6. POTENCIAL DE UM SISTEMA DE CARGAS 13 • a expressão para V torna-se V = 10 + q 4pi ε0 r − q 8pi ε0 V • da expressão do campo potencial de uma carga pontual V = q 4pi ε0 r • vemos que temos uma superfície em que todos os pontos estão num mesmo potencial • superfície eqüipotencial superfície em que todos os pontos estão num mesmo potencial • o que representa esta superfície? • a superfície eqüipotencial de uma carga pontual é uma superfície esférica com centro na carga • qual seria a superfície eqüipotencial de uma linha infinita carregada com ρl = ρ0? • superfície eqüipotencial de uma linha infinita carregada com ρl = ρ0? 4.6 Potencial de um sistema de cargas • a expressão do campo potencial de uma carga pontual é V = q 4pi ε0 r • o campo elétrico gerado por uma carga pontual é ~E = q 4pi ε0 r2 ~ar • o que observamos nas duas expressões? • o termo 1 r2 é igual a − ∂ ∂ r 1 r • uma relação entre V e ~E deve existir e nós a deduziremos! 14 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL • agora calcularemos o potencial de distribuições de carga • o potencial de uma carga pontual é V = q 4pi ε0 r • com n cargas e usando superposição temos V = q1 4pi ε0 r1 + · · · + qn 4pi ε0 rn = n∑ m=1 qm 4pi ε0 rm • porque podemos usar a superposição? • para distribuições contínuas de cargas temos • distribuição linear V = ∫ l ρl dl 4pi ε0R • distribuição superficial V = ∫ s ρs ds 4pi ε0R • distribuição volumétrica V = ∫ v ρv dv 4pi ε0R • Determine o campo potencial V , ao longo do eixo z, para uma linha na forma de um anel com densidade de carga ρl • temos uma distribuição linear V = ∫ l ρl dl 4pi ε0R • dl = a d φ′ e R = √a2 + z2 4.6. POTENCIAL DE UM SISTEMA DE CARGAS 15 • substituindo na integral temos V = ∫ 2pi 0 ρl a d φ ′ 4pi ε0 √ a2 + z2 = ρl a 2 ε0 √ a2 + z2 V • o potencial devido a uma carga pontual é independente do caminho escolhido • o potencial de qualquer distribuição de cargas é independente do caminho escolhido, por quê? • a diferença de potencial independe do caminho escolhido • este importante resultado é estabelecido por∮ ~E · −→d` = 0 • que é válido para campos invariantes no tempo • consideremos um circuito dc simples • a equação ∮ ~E · −→d` = 0 • estabelece que – não há trabalho envolvido no deslocamento de uma unidade de carga entre os pontos A e B • o somatório das tensões num laço fechado é igual a zero 16 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL 4.7 Gradiente do Potencial • até agora temos dois métodos de determinação do potencial, através • do campo elétrico ~E • da distribuição de cargas V = − ∫ ~E · −→d` V = ∫ v ρv dv 4pi ε0R • se queremos determinar o campo elétrico ~E nenhum destes métodos são práticos, por quê? • queremos estabelecer uma operação V → ~E mas fácil que V = − ∫ ~E · −→d` • V → ~E mas fácil que V = − ∫ ~E · −→d` • considerando uma ddp incremental ∆V temos ∆V ≈ − ~E · ~∆L = −E∆L cos θ • considerando uma referência V será uma função do ponto final (x, y, z) • V é uma função unívoca, por quê? • com estas considerações podemos passar ao limite e obter d V dL = −E cos θ • em que situação d V dL = −E cos θ • é maximo? • quando cos = −1, assim temos d V dL |max = E • conhecemos duas características da relação ~E e V – magnitude de ~E = d V dL |max – a direção de ~E é oposta ao do crescimento de V , por quê? 4.7. GRADIENTE DO POTENCIAL 17 • na superfície eqüipotencial temos ∆V = 0, assim ∆V = − ~E · ~∆L = 0 • se ~E 6= 0 e ~∆L 6= 0 temos ~E ⊥ ~∆L • o campo elétrico é perpendicular a superfície eqüipotencial, assim ~E = −d V dL |max ~aN • onde ~aN é o vetor unitário normal a superfície eqüipotencial na direção de crescimento do potencial • a operação sobre V pela qual obtemos ~E ~E = −d V dL |max ~aN = −d V dN ~aN • é conhecida como gradiente de um campo escalar T Gradiente deT = ∇T = d T dN ~aN • assim ~E = −∇V • o que esta equação expressa? • o que esta equação expressa? ~E = −∇V 18 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL • o gradiente é definido em cada sistema de coordenadas • sistema de coordenadas retangulares ∇V = ∂V ∂x ~ax + ∂V ∂y ~ay + ∂V ∂z ~az • sistema de coordenadas cilíndricas ∇V = ∂V ∂ρ ~aρ + 1 ρ ∂V ∂φ ~aφ + ∂V ∂z ~az • sistema de coordenadas esféricas ∇V = ∂V ∂r ~ar + 1 r ∂V ∂θ ~aθ + 1 r sen θ ∂V ∂φ ~aφ • Em uma região do espaço livre temos o campo potencial V = 2x2 y z − 5 y z V , determine o campo elétrico ~E e a densidade volumétrica de carga ρv. • como resolvemos? • Em uma região do espaço livre temos o campo potencial V = 2x2 y z − 5 y z V , determine o campo elétrico ~E e a densidade volumétrica de carga ρv. • da relação ~E = −∇V obtemos ~E = −4x y z~ax − ( 2x2 z − 5 z) ~ay − (2x2 y − 5 y) ~az V/m • da relação ~D = ε0 ~E e ∇ · ~D = ρv obtemos ~D = (−4x y z~ax − (2x2 z − 5 z)~ay − (2x2 y − 5 y)~az) ε0C/m2 ρv = ∇ · ~D = −4 y z ε0C/m3 4.8. DIPOLO ELÉTRICO 19 4.8 Dipolo Elétrico • Determine o campo elétrico devido a um dipolo elétrico, na região de campo distante • o potencial num ponto P é dado por V = q 4pi ε0 ( 1 R1 − 1 R2 ) = q 4pi ε0 ( R2 −R1 R1R2 ) • aproximação para pontos distantes • o que podemos aproximar em um ponto distante? • aproximação para pontos distantes • no denominador fazemos R1 ≈ R2 ≈ r assim V = q 4pi ε0 ( R2 −R1 r2 ) • no numerador o que podemos fazer? • aproximação para pontos distantes • no numerador devemos definir uma aproximação para R2 −R1 20 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL • num ponto distante consideramos R1 ‖ r ‖ R2, assim, R2 −R1 = d cos θ • a expressão para V torna-se V = q d cos θ 4pi ε0 r2 • o campo elétrico é dado por ~E = −∇V = − ( ∂V ∂r ~ar + 1 r ∂V ∂θ ~aθ + 1 r sen θ ∂V ∂φ ~aφ ) = q d 4pi ε0 r3 (2 cos θ~ar + sen θ~aθ) V/m • momento de dipolo – definimos um vetor dirigido de −q para +q • a partir deste vetor definimos o momento de dipolo como ~p = q ~d • como ~d · ~ar = d cos θ podemos escrever o potencial V como V = q d cos θ 4pi ε0 r2 = ~p · ~ar 4pi ε0 r2 • para um dipolo fora da origem temos V = ~p · ~aR 4pi ε0R2 4.8. DIPOLO ELÉTRICO 21 • o campo elétrico de um dipolo é ~E = q d 4pi ε0 r3 (2 cos θ~ar + sen θ~aθ) V/m • aplicando o método para definir as linhas de campo obtemos Eθ er = r dθ dr = senθ 2 cosθ → dr r = 2 cotθ dθ • a partir da qual obtemos r = C1 sen 2θ • na figura temos a linhas de força para C1 = 1; 1, 5; 2 e 2, 5 r = C1 sen 2θ V = q d cos θ 4pi ε0 r2 = ~p · ~ar 4pi ε0 r2 ~E = q d 4pi ε0 r3 (2 cos θ~ar + sen θ~aθ) V/m • o que acontece quando o dipolo sofre a influência de um campo elétrico externo? • comparemos os resultados carga pontual dipolo elétrico V = q 4pi ε0 r V V = q d cos θ 4pi ε0 r2 V ~E = q 4pi ε0 r2 ~ar V/m ~E = q d 4pi ε0 r3 (2 cos θ~ar + sen θ~aθ) V/m 22 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL 4.9 Densidade de Energia no Campo Eletrostático • vamos desenvolver uma expressão para avaliar a energia no campo eletrostátrico • de onde vem esta energia? – gastamos uma energia para formar uma distribuição de cargas - fonte • para colocar uma carga q2 em um ponto sob um campo elétrico gerado por uma carga q1 requer W2 = q2 V21 { 1o índice indica localização 2o índice indica fonte • para colocar outra carga q3 depois de ter colocado a carga q2 requer W3 = q3 V31 + q3 V32 • o trabalho total para posicionar n cargas é WE = q2 V21 + q3 V31 + q3 V32 + q4 V41 + q4 V42 + q4 V43 + · · · 4.9. DENSIDADE DE ENERGIA NO CAMPO ELETROSTÁTICO 23 • o trabalho total para posicionar n cargas é WE = q2 V21 + q3 V31 + q3 V32 + q4 V41 + q4 V42 + q4 V43 + · · · • observemos que q3 V31 = q3 q1 4pi ε0R13 = q1 q3 4pi ε0R31 = q1 V13 • assim podemos escrever uma outra expressão para WE como WE = q1 V12 + q1 V13 + q2 V23 + q1 V14 + q2 V24 + q3 V34 + · · · • o trabalho total para posicionar n cargas é WE = q2 V21 + q3 V31 + q3 V32 + q4 V41 + q4 V42 + q4 V43 + · · · • segunda expressão para WE WE = q1 V12 + q1 V13 + q2 V23 + q1 V14 + q2 V24 + q3 V34 + · · · • somando as duas expressões para WE obtemos 2.0WE = q1 (V12 + V13 + V14 + · · · ) + q2 (V21 + V23 + V24 + · · · ) + q3 (V31 + V32 + V34 + · · · ) + · · · • o que representa cada soma entre ( ) • cada soma entre ( ) é o potencial devidos a todas as cargas exceto a carga do ponto V12 + V13 + V14 + · · · = V1 V21 + V23 + V24 + · · · = V2 Vn1 + Vn2 + Vn3 + · · · = Vn • assim podemos escrever a expressão para WE como WE = 1 2 N∑ m=1 qm Vm 24 CAPÍTULO 4. ENERGIA E POTENCIAL • para uma distribuição volumétrica de cargas ρv temos WE = 1 2 ∫ vol ρv V dv • vamos trabalhar a expressão WE = 1 2 ∫ vol ρv V dv • para obter uma em termos do campo elétrico • sabemos que ∇ · ~D = ρv, assim WE = 1 2 ∫ vol ∇ · ~D V dv • usando a identidade vetorial ∇ · (V ~D) ≡ V (∇ · ~D) + ~D · (∇V ) obteremos • usando a identidade vetorial ∇ · (V ~D) ≡ V (∇ · ~D) + ~D · (∇V ) obteremos WE = 1 2 ∫ vol ∇ · ~D V dv = 1 2 ∫ vol ( ∇ · (V ~D)− ~D · (∇V ) ) dv • usando o teorema da divergência na 1a integral obtemos WE = 1 2 ∮ s V ~D · ~ds − 1 2 ∫ vol ~D · ( ~E) dv • considerando que o volume deve conter todas as cargas, podemos considerar o volume infinito! por quê? • se o volume é infinito a 1a integral é nula! por quê? • a integral ∮ s V ~D · ~ds • é nula porque – V varia com 1/r, ~D varia com 1/r2 e ds cresce com r2 assim – o integrando varia com 1/r – no infinito o integrando é nulo! • a expressão para a energia torna-se WE = 1 2 ∫ vol ~D · ~E dv ou WE = 1 2 ∫ vol ε0 | ~E|2 dv • determine a energia armazenada em um cabo coaxial com L metros de comprimento sabendo que o campo interno é dado por ~E = a ρs ε0 ρ ~aρ 4.9. DENSIDADE DE ENERGIA NO CAMPO ELETROSTÁTICO 25 • o campo foi obtido usando a lei de Gauss! • em que região está armazenada a energia? • em que região está armazenada a energia? • na região onde o campo não é nulo • integrando na região entre os condutores obtemos WE = 1 2 ∫ L 0 ∫ b a ∫ 2pi 0 ε0 (a ρs) 2 (ε0 ρ)2 ρ dφ dρ dz = 1 2 (a ρs) 2 ε0 L 2pi ln ( b a ) = pi La2 ρ2s ε0 ln ( b a ) J