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* * Contabilidade II * Controladoria & Finanças – UFMG Contabilidade II Balanço Patrimonial – Ativo Não Circulante * * Ativo – Arrendamento Mercantil * Um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Operações de Arrendamento Mercantil – riscos e benefícios da propriedade do bem são do arrendador e do arrendatário? Financeiro – é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo ao arrendatário. Algumas situações que levariam à classificação do bem como arrendamento financeiro: No final do prazo do arrendamento a propriedade do ativo será do arrendatário; O arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço menor que o valor justo ao final do prazo; O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida econômica do ativo; No início do arrendamento, o valor presente dos pagamentos totaliza pelo menos o valor justo; Os ativos arrendados são tão específicos que apenas o arrendatário pode usá-los; Se o arrendatário cancelar o arrendamento, as perdas do arrendador referentes ao cancelamento, são do arrendatário; * * Ativo * Contabilização Valor do pagamento mensal – 1.000,00 Prazo – 36 meses Valor residual a ser pago ao final do 36o. Mês – 120,00 Valor presente – 30.000,00 Encargos financeiro CP – 3.244,32 Encargos financeiros LP – 2.875,68 Vida útil 5 anos sem valor residual – depreciação 500,00 Encargos financeiros da 1a. Prestação – 311,04 Encargos financeiros da 13o. Prestação – 220,26 Registro do contrato D – Veículos arrendados 30.000,00 D – Encargos financeiros a transcorrer (PC) 3.244,32 D - Encargos financeiros a transcorrer (PNC) 2.875,68 C – Financiamento por arrendamento financeiro (PC) 12.000,00 C - Financiamento por arrendamento financeiro (PNC) 24.120,00 * * Ativo * Contabilização Pagamento da 1a. Prestação D – Financiamento por arrendamento financeiro (PC) 1.000,00 C – Banco/Caixa 1.000,00 Reconhecimento da despesa financeira D – Despesa financeira 311,04 C – Encargos financeiros a transcorrer (PC) 311,04 Transferindo a parcela do não circulante para o circulante D - Financiamento por arrendamento financeiro (PNC) 1.000,00 C - Financiamento por arrendamento financeiro (PC) 1.000,00 D – Encargos financeiros a transcorrer (PC) 220,26 C - Encargos financeiros a transcorrer (PNC) 220,26 * * Ativo * Operacional – não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Se o arrendatário possui um arrendamento mercantil operacional, mas o usa para obter renda ou valorização de capital (propriedade para investimento), deve classificá-lo com financeiro. Contabilização Pelo pagamento da parcela D – Despesa de arrendamento mercantil C – Caixa/Bancos A depreciação deve ser reconhecida pelo arrendador. * * Ativo * Venda e leaseback – o leaseback representa o retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador, ou seja, envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. Empresa “vende” seu prédio industrial que está pelo valor contábil de $2.000.000 a um banco, por $3.000.000 e faz um arrendamento para pagar em 10 parcelas de $643.970. O valor residual a ser pago ao final é de $1. Operacional – a venda é feita com lucro de $1.000.000 reconhecido normalmente. Os $643.970 serão despesas de aluguel. Financeiro Na “venda” D – Valor a receber 3.000.000 C – Imóveis 2.000.000 C – Resultado a apropriar (retificadora de valor a receber) 1.000.000 * * Ativo * Ao receber a “venda” D – Caixa/Bancos 3.000.000 C – Valor a receber 3.000.000 D - Imóvel arrendado (ANC) 3.000.000 D – Juros a apropriar (PC) 3.439.700 C – Financiamento 6.439.700 D – Resultado a apropriar (retificadora de valor a receber) 1.000.000 C – Resultado a apropriar (retificadora de Imóvel arrendado) 1.000.000 Os pagamentos serão feitos mensalmente, baixando os juros a apropriar para despesas financeiras. O resultado a apropriar será amortizado mensalmente . O bem sofre depreciação normalmente. Ao final do pagamento, o bem será transferido para conta de Imóveis. * * Ativo – Imparment test * Redução ao valor recuperável – imparment test A Lei 6.404/76 determina que a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor. O CPC 01 determina que se os ativos estiverem avaliados por valor superior ao valor recuperável por meio do uso ou da venda, a entidade devera reduzir esses ativos ao seu valor recuperável, reconhecendo no resultado a perda referente a essa desvalorização. Caso o valor contábil do ativo seja superior ao seu valor recuperável (valor presente dos fluxos futuros), a entidade reduz o ativo a esse valor por meio da conta credora "perdas estimadas por redução ao valor recuperável", e reconhece a perda referente a parcela não recuperável no resultado do período. 0 valor contábil é o custo reconhecido inicialmente líquido da depreciação acumulada e de possíveis perdas estimadas por redução ao valor recuperável já existentes. * * Ativo * Portanto, periodicamente as entidades devem avaliar a recuperabilidade dos valores registrados no ativo o que na prática implica que o valor contábil desses ativos seja limitado a seu valor econômico. O valor recuperável de um ativo imobilizado é definido como o maior valor entre: (i) 0 valor liquido de venda do ativo; e (ii) 0 valor em uso desse ativo. 0 valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda do ativo em uma transação em condições normais envolvendo partes conhecedoras e independentes, deduzido das despesas necessárias para que essa venda ocorra. O valor em uso de um ativo é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (benefícios econômicos futuros esperados do ativo) decorrentes do seu emprego ou uso nas operações da entidade. O CPC 01 determina que as entidades devem avaliar pelo menos ao final de cada exercício social se existe alguma indicação de que um ativo tenha perdido valor. * * Ativo * Indicações de que um ativo possa estar com valor contábil acima do valor recuperável: o valor de mercado de um ativo durante certo período diminuiu consideravelmente, acima do que se esperaria como decorrência do tempo ou do uso normal; sinais de dano físico ou de obsolescência. Na hipótese de haver alguma indicação ou evidência de que o ativo tenha sofrido alguma desvalorização, a entidade deve avaliar o valor recuperável do ativo e compará-Io com seu valor contábil para verificar se existe parcela não recuperável. * * Ativo * A Companhia ABC possui um determinado ativo imobilizado reconhecido em seu balanço patrimonial de 31-12-2X08 pelo valor contábil de R$ 150.000, sendo seu custo do reconhecimento inicial R$ 200.000 e tendo um saldo de depreciação acumulada de R$ 50.000. Ao longo do exercício de 2X08, a companhia verificou que o valor de mercado desse ativo imobilizado diminuiu consideravelmente, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal. Em decorrência dessas evidências, a Companhia ABC decidiu estimar o valor recuperável desse imobilizado para constatar se deveria ser reconhecida alguma perda por desvalorização. A vida útil remanescente desse imobilizado foi estimada em mais 5 anos. 0 valor de venda em bases comutativas foi estimado em R$ 130.000, devendo a companhia incorrer em R$ 13.500 para colocar esse ativo em condições de venda, 0 que resulta em um valor liquido de venda de R$ 116.500. * * Ativo * Os fluxos de caixa futuros estimados com base em relatório fundamentado por estudo técnico que avaliou a capacidade de produção do imobilizado para o período de sua vida útil foram os seguintes: Período Fluxos de caixa estimados (nominal) Valor presente do fluxos estimados 2X09 R$ 50.700 R$ 44.087 2XlO R$ 42.400 R$ 32.060 2X11 R$ 35.000 R$ 23.013 2X12 R$ 28.300 R$ 16.181 2X13 R$ 23.000 R$ 11 .435 Total R$ 179.400 R$ 126.776 A partir dessas informações, a Companhia ABC concluiu que o valor recuperável do imobilizado sob análise é R$ 126.776 (valor em uso), por este ser maior que o valor líquido de venda (R$ 116.500). Ao comparar o valor contábil do imobilizado (R$ 150.000) com seu valor recuperável (R$ 126.776), a companhia constatou que deve reconhecer uma perda por desvalorização, reduzindo o valor contábil do ativo em R$ 23.224, de forma a refletir o montante recuperável. * * Ativo * Contabilização D - Perda por desvalorização (resultado do período) 23.224 C - Perdas estimadas por valor não recuperável (redutora do ativo imobilizado) 23.224 Existe a possibilidade de uma perda por desvalorização reconhecida em período anterior para um ativo não mais existir ou ter diminuído. A entidade reverte uma perda por desvalorização de um ativo reconhecida em período anterior, se tiver havido uma mudança nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável desse ativo desde o período em que a ultima perda por desvalorização foi reconhecida. A reversão da perda deve ser reconhecida no resultado do período. O acréscimo no valor contábil do ativo decorrente da reversão da perda por desvalorização não deve exceder o valor contábil que estaria reconhecido no balanço na hipótese de nenhuma perda ter sido reconhecida em período anterior.