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* UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SANT’ANA DO LIVRAMENTO CURSO RELAÇÕES INTERNACIONAIS Disciplina: Contabilidade Internacional Prof. Jeferson Goularte Profa. Fabiane Tubino Garcia * SUMÁRIO Introdução Principais causas das diferenças na contabilidade internacional Fatores que contribuem para a contabilidade internacional Evolução Histórica do Processo de Convergência de Normas Internacionais Convergência x Padronização x Harmonização Principais Entidades Normativas Internacionais Nacionais * * 1. INTRODUÇÃO Contabilidade = ciência social influenciada pelo ambiente em que atua. Os princípios e praticas adotados na contabilidade eram diferente de um país para outro. Quando ocorrem diferenças contábeis, sejam em critérios; classificação; estrutura das demonstrações contábeis, não é possível uma adequada comparabilidade das informações. * * Contabilidade é a “principal linguagem de comunicação dos agentes econômicos”. Práticas contábeis distintas geram problemas de compreensão e comparabilidade das informações de natureza econômico-financeira. * * 2. PRINCIPAIS CAUSAS DAS DIFERENÇAS NA CONTABILIDADE INTERNACIONAL a existência de legislações diferentes em cada país; forma como os profissionais de contabilidade costumam expressar a realidade econômica; Influências externas, como comércio e investimento; influências domésticas e ecológicas, como fatores geográficos e demográficos; a cultura; as instituições políticas, legais, tributárias, financeiras, profissão contábil, entre outras. * * A comparação das diversas práticas levou a constatação de que procedimentos distintos conduzem a resultados distintos. Apesar da existência de diversos modelos contábeis diferentes em termos mundiais, não se pode afirmar que um sistema contábil de um país é melhor ou pior que outro. * * 3. FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A CONTABILIDADE INTERNACIONAL Evolução e o crescimento do comércio globalizado; As necessidades de investimentos; Crescimento das relações internacionais; Desenvolvimento de grupos empresariais multinacionais; Melhor compreensão e comparabilidade das informações de natureza econômico-financeira; Modernização do avanço tecnológico que facilitou o acesso a informação; Surgimento de grande blocos econômicos. * * 4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO PROCESSO DE CONVERGÊNCIA 1972 – foi sugerida a criação de um comitê de pronunciamentos contábeis internacionais durante o 10º Congresso Mundial dos Contadores. 1973 - criação do IASC (International Accounting Standard Committee) – Comitê de normas internacionais de contabilidade. Os primeiros pronunciamentos tecnicos publicados foram chamados de IAS (International Accounting Standards) – Normas Contábeis Internacionais * * 1997 – O IASC criou o SIC (Standing Interpretations Committee) – Comitê de Interpretações. Fornece aconselhamento técnico sobre as normas emitidas, ou seja responde as duvidas de interpretação dos usuários. 2001 – criação do IASB (International Accounting Standards Board) na estrutura do IASB, que assumiu as responsabilidades técnicas do IASC – Junta de Normas Internacionais de Contabilidade. Os pronunciamentos contabeis internacionais passaram a se chamar IFRS (International Financial Reporting Standard) – Normas internacionais de reporte financeiro. * * 2001 – O nome do SIC (Comitê de Normas Internacionais) foi mudado para IFRIC (International Financial Reporting Interpretations Committee) – Comitê de Interpretação das Normas Internacionais de Reporte Financeiro 2002 – FASB e IASB celebram um acordo que estabeleceu o compromisso entre os dois órgãos em harmonizar as normas USGAAP e de IFRS. FASB (Financial Accounting Standards Board) – órgão que normatiza a contabilidade nos EUA. USGAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles) – Princípios Contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América). * * 2004 – Muitas das normas IAS/IFRS foram publicadas pelo IASB, incluindo a IFRS1 que define os princípios contábeis a serem respeitados pelas empresas no processo de conversão e primeira publicação de demonstrações financeiras em IFRS. 2005 – todas as empresas europeias abertas passam a adotar obrigatoriamente as normas IFRS para publicarem suas demonstrações financeiras consolidadas. 2005 – A Bovespa (Bolsa de Valores do Estado de São Paulo) passa a exigir que as companhias abertas brasileiras divulguem demonstrações contábeis de acordo com as normas USGAAP ou IFRS, além das demonstrações contábeis de acordo com a legislação societária brasileira. * * 2005 - Criação do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), pela Resolução n°1.055/2005. 2007 – Aprovação pelo Congresso Nacional Brasileiro a Lei n°11.638/2007que alterou a Lei n°6.404/76, com o objetivo de convergir as práticas contábeis brasileiras as normas internacionais de contabilidade. 2009 – A medida provisória n° 449/2008 (com o objetivo de complementar o processo de convergência contábil iniciado com a lei n°11.638/2007), foi convertida na Lei n°11.941/2009. Denota-se, dessa forma, que a legislação brasileira que rege as Sociedades anônimas encontra-se preparada para a convergência aos padrões internacionais * * 5. Síntese do processo de Convergência de Normas Contábeis A síntese do processo de convergência mundial de normas contábeis: a criação do International Accounting Standards Committee (IASC); a criação do o International Accounting Standards Board (IASB), o acordo de convergência das normas internacionais de contabilidade com as normas norte-americanas emitidas pelo Financial Accounting Standards Board (FASB), a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), e adesão do Brasil às normas internacionais de contabilidade. * * Processo de Convergência de Normas Contábeis No âmbito internacional, o Brasil é representado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Tem o objetivo de: discutir as práticas contábeis de forma a manter o Brasil atualizado quanto às tendências que se afirmam na profissão contábil, participar na globalização das normas internacionais de contabilidade, visando à convergência das mesmas com as Normas Brasileiras de Contabilidade. * * 6.Padronização Contábil Busca amenizar as diferenças internacionais. Adequação de normas de diferentes países de modo a possibilitar comparações. Relação com a regulamentação e conotação impositiva. Adoção de regras mais rígidas, sem flexibilização. Padronização Contábil ≠ Harmonização Contábil ≠ Convergência Processo de implementação das normas internacionais em cada país Padronização Harmonização Convergência * * 7.Principais Entidades Normativas Internacionais International Accounting Standards Board (IASB) (Junta de Normas Internacionais de Contabilidade) O IASB foi criado com os seguintes objetivos: Desenvolver, no interesse público, um conjunto único de normas contábeis globais de qualidade alta, que seja compreensível, transparente e que, além disso, resguarde a comparabilidade das informações constantes nas demonstrações contábeis, com a finalidade de facilitar o processo de análise e julgamentos dos participantes dos mercados de capitais ao redor do mundo e de outros usuários que tomam decisões econômicas. Promover o uso e a aplicação rigorosa das normas internacionais de contabilidade. Provocar convergências de normas internacionais de contabilidade, bem como apresentar soluções de alta qualidade. O IASB é um organismo independente emissor de normas contábeis, sediado em Londres (Reino Unido). * * Principais Entidades Normativas Internacionais International Federation of Accounting (IFAC) (Federação Internacional de Contadores) Organização mundial da profissão de auditoria destinada ao interesse público. Visa fortificar a profissão e contribuir para o desenvolvimento de economias internacionais. Estabelece normas internacionais de auditoria e segurança. Estabelece normas de ética e outras instruções para o setor governamental. Orienta e encoraja desempenho de alta qualidade para os profissionais de auditoria. A IFAC é de natureza não governamental, sem fins lucrativos e não política, sediada em Nova York (EUA). * * Principais Entidades Normativas Nacionais CFC – Conselho Federal de Contabilidade Órgão de representação da classe contábil no Brasil. Edita Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao exercício da profissão (perícia, educação, etc.) e às áreas de atuação do profissional (setor público, auditoria, etc.). Website: http://www.cfc.org.br IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil Organização de abrangência nacional que concentra auditores, contadores e estudantes de ciências contábeis, e edita e/ou recepciona normas referentes à atuação destes profissionais junto a institutos de previdência, seguradoras e instituições financeiras. Website: http://www.ibracon.com.br * * Principais Entidades Normativas Nacionais CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis Organização com o objetivo de estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações contábeis. Website: http://www.cpc.org.br CVM – Comissão de Valores Mobiliários Autarquia federal responsável por fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de capitais brasileiro. Website: http://www.cvm.org.br * * Principais Entidades Normativas Nacionais STN – Secretaria do Tesouro Nacional Órgão vinculado ao MF, normatiza através do MCASP (Manual de Contabilidade Aplicada ao Serviço Publico), Portarias e Notas Técnicas, as práticas contábeis do setor público da Federação Brasileira. Website: http://www.tesouro.fazenda.gov.br BACEN – Banco Central do Brasil Autarquia vinculada ao MF, normatiza e fiscaliza o setor financeiro brasileiro, sendo integrante do Sistema Financeiro Nacional e responsável pela política monetária brasileira. Website: http://www.bcb.gov.br * * REFERÊNCIAS LEMES, Sirlei; CARVALHO, L. Nelson. Contabilidade Internacional para graduação. São Paulo: Atlas, 2010. MACIEL, Ricardo Ribeiro. Como Implementar as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS. Curitiba: Juruá, 2009. NIYMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2005. PADOVEZE, Clóvis Luís; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manual de Contabilidade Internacional. São Paulo: Cengage Learning, 2012. PEREZ JÚNIOR. José Hernandes. Conversão de Demonstrações Contábeis: FASB, USGAAP, IASB, IAS. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2005. *