Logo Passei Direto
Buscar

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CENTRO PAULA SOUZA – Faculdade de Tecnologia de Ourinhos/SP
Agronegócio
Resumo: NR 31
Aluno: Willian Kemp
Resumo da NR 31 apresentado a Faculdade de Tecnologia de Ourinhos, como exigência parcial à aprovação na Disciplina de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional.
Prof.Msc.: Paulo Mendonça
OURINHOS/SP
2012
 
Introdução
 O empregador deve garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto, avaliar riscos e adotar as medidas cabíveis juntamente com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalhador Rural.
 Instruir os trabalhadores sobre riscos, direitos e deveres em segurança e saúde. Informar resultados dos exames médicos e avaliações ambientais. Permitir que um representante dos trabalhadores acompanhasse a fiscalização. Os empregados devem informar quando existir grave e iminente risco para sua segurança e saúde e escolher seu representante.
Como prevenir acidentes de trabalho baseados na NR 31
 Visto o fundamento pelo qual se deve proteger a saúde dos trabalhadores não só do campo mais em qualquer trabalho realizado, passo ao exame de algumas das inúmeras normas regulamentadoras da NR 31, para definir sua aplicabilidade nas relações de trabalho no campo, à luz do princípio ontológico da dignidade humana. Pois bem, de acordo com a NR 31, cabe ao empregador rural ou equiparado cumprir inúmeras providências para garantir a boa saúde de seus empregados.
 Destacam-se as seguintes:
 a) Realizar avaliações dos riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores e com base nos resultados obtidos, adotar as medidas de prevenção e proteção adequadas;
 b) Analisar com a comissão interna de prevenção de acidentes no trabalho rural – CIPATR, as causas do acidente e as doenças decorrentes do trabalho, buscando prevenir e eliminar as possibilidades de novas ocorrências;
 c) Assegurar que sejam fornecidas aos trabalhadores instruções compreensíveis em matéria de segurança e saúde, bem como toda orientação e supervisão necessária ao trabalho seguro;
 d) Adotar medidas de avaliação e gestão dos riscos seguindo na ordem de eliminação dos riscos, controle de risco na fonte, redução do risco ao mínimo, adoção de medidas de proteção pessoal no caso de persistirem os riscos. A prioridade, portanto é a eliminação de riscos a saúde, não o fornecimento de EPIs, que é a última medida a ser tomada para a neutralização dos riscos caso não possam efetivamente, ser eliminados, controlados na fonte ou reduzidos ao mínimo.
 As normas de segurança do trabalho às vezes são ignoradas por alguns trabalhadores, mas é de obrigação da organização cumpri-las, e exigir e informar e orientar seus funcionários para importância de utilizá-las com responsabilidade. A saúde e segurança do trabalho é um dos fatores importante para que a organização obtenha bons resultados, prevenir acidentes é melhor do que afastar um funcionário por ter sofrido um acidente. As Normas Regulamentadora-NR, a segurança e medicina do trabalho são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do trabalho – CLT. (IOB, 1996). As organizações, sendo elas públicas ou privadas são obrigadas a promover e respeitar as normas de segurança e medicina do trabalho.
 O objetivo da Norma Regulamentadora 31, consiste estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. Para tanto, a Norma Regulamentadora se aplica a quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e emprego e o local das atividades. Esta Norma Regulamentadora também se aplica às atividades de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários.
 As responsabilidades, obrigações e competências cabem à Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, através do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST. Portanto, a SIT coordena, orienta e implementa a política nacional em segurança e saúde no trabalho rural e realizar com a participação dos trabalhadores e empregadores, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CANPATR e implementar o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT.
 Sendo assim, identifica os principais problemas de segurança e saúde do setor, estabelecendo as prioridades de ação, desenvolvendo os métodos efetivos de controle dos riscos e de melhoria das condições de trabalho.
 Os empregadores rurais ou equiparados devem implementar ações de segurança e saúde que visem à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho na unidade de produção rural, atendendo a seguinte ordem de prioridade: eliminação de riscos através da substituição ou adequação dos processos produtivos, máquinas e equipamentos, adoção de medidas de proteção coletiva para controle dos riscos na fonte, adoção de medidas de proteção pessoa observando o uso de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, ergonomia na utilização de ferramentas manuais, maquinas, equipamentos e implementos, observação das medidas de segurança em secadores de grãos, silos através de acesso e vias de circulação, no transporte de trabalhadores, transporte de cargas, trabalho com a animais, fatores climáticos e topográficos, medidas de proteção individual, edificações rurais, instalações elétricas a áreas de vivência.
 Portanto, as ações de segurança e saúde devem contemplar os seguintes aspectos: a) Melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho; b) Promoção da saúde e da integridade física dos trabalhadores rurais através de exames periódicos e o fornecimento do ASO – Atestado de Saúde Ocupacional; c) Campanhas educativas de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
 A NR 31 prevê a implantação, na propriedade rural, da Comissão Interna de prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR. A CIPATR tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionados ao trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida do trabalhador.
 O empregador rural ou equiparado que mantenha vinte ou mais empregados contratados por prazo indeterminado fica obrigado a manter em funcionamento, por estabelecimento, uma CIPATR. 
Nos estabelecimentos com número de onze a dezenove empregados, nos períodos de safra ou de elevada concentração de empregados por prazo determinado, à assistência em matéria de segurança e saúde no trabalho será garantida pelo empregador diretamente ou através de preposto ou de profissional por ele contratado.
Deverá ser criada a CPRR – Comissão Permanente Regional Rural que será composta por: 3 representantes do governo, 3 representantes dos trabalhadores e 3 representantes dos empregadores, que irão propor juntamente com a CANPATR: estudos de acidentes e doenças, melhorar condições de trabalho e o aperfeiçoamento desta norma.
Contratação, consultoria ou manutenção de departamento de SESTR – Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural que poderão ser: interno, quando os profissionais mantiverem vinculo empregatício com o empregador, externo, que é a consultoria por profissionais especializados e coletivo, que é a contratação de profissionais por segmentos empresariais ou econômicos. O SESTR será composto por : profissionais de nível superior – Engenheiro de segurança do trabalho. Médico do trabalho e enfermeira do trabalho, profissionais de nível técnico – Técnico de segurança do trabalho e Auxiliar de enfermagem do trabalho. 
Conclusão
 Do quanto até aqui
exposto se pode concluir que as normas regulamentadoras da NR-31 são plenamente aplicáveis nas relações de trabalho no campo, porque visam à proteção do bem mais valioso do trabalhador rural: sua saúde, um direito humano, em respeito à sua dignidade essencial.
 A NR 31 veio para ajudar o trabalhador quanto à prevenção de acidentes de trabalho. Pela primeira vez no Brasil deu-se atenção ao trabalhador rural, pois anteriormente eram apenas registros rurais, que eram emendas de normas para outros tipos de trabalho.
 É certo que muitos trabalhadores não utilizam os EPIs corretamente, deixando até mesmo de usá-los. Eles vêem o EPI como um problema, pois no Brasil não existe a cultura do uso do EPI e muito menos a consciência de sua importância. Ele ainda é visto como parte do uniforme e não como prevenção.
 Será preciso uma ação governamental para a conscientização do trabalhador rural. Além disso, as empresas da área prevencionista devem cumprir o seu papel e divulgar informações sobre o uso do EPI”, alega o gerente da Bracol, que patrocina palestras e eventos que divulgam informações sobre a área de SST.
Referências
COMPARATO, F. K. A afirmação histórica dos direitos humanos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
IOB - Informações Objetivas Publicações Jurídicas Ltda. Saúde e Segurança no Trabalho. 6 ed. São Paulo: 1996.
Paper NR 31. Disponível em: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Paper-Nr-31/92273.html. Acesso em: 17 junho, 2012.
NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho, na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Publicação: Portaria GM nº 86, de 03 de março de 2005. D.O.U.: 04/03/05.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?