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�PAGE � CENTRO PAULA SOUZA – Faculdade de Tecnologia de Ourinhos/SP Agronegócio Crimes Ambientais OURINHOS/SP 2012 � CENTRO PAULA SOUZA – Faculdade de Tecnologia de Ourinhos/SP Agronegócio Crimes Ambientais Anny Helena Scarpim Antônio Humberto Lima Josiane Antunes de Oliveira Sérgio Gonçalves de Almeida Willian Kemp Trabalho: Crimes Ambientais, apresentado a Faculdade de Tecnologia de Ourinhos, como exigência parcial à aprovação na Disciplina de Noções de Direito. Professora: Daniela Bonifácio Scaleão OURINHOS/SP 2012 � RESUMO O surgimento do Direito Ambiental surgiu como respostas as agressões e crimes ao meio ambiente em nível mundial, como por exemplo: contaminação dos lençóis freáticos; escassez de água; exploração desordenada dos recursos naturais; poluição do ar e queda da qualidade de vida. O Direito Ambiental tem como sua base de estudos ramos da ciência como biologia, antropologia, sistemas educacionais, ciências sociais, principio de direito internacional dentre outros. A proteção ambiental, antes de ser direito de todos é uma obrigação de todos, também previsto na Constituição Federal de 1988, no seu artigo 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Palavras – Chaves: direito ambiental, crimes ambientais. Sumário 5Introdução. � 6Desenvolvimento. � 6Princípios do Direito Ambiental. � 6Legalidade. � 6Interesse coletivo. � 7Evolução dos instrumentos legais. � 8Principais Crimes Ambientais. � 8Queimadas. � 8Pesca Predatória. � 8Cria, caça, comercialização proibida de animais protegidos. � 8Exploração ou desmatamento sem licenciamento ambiental ou autorização de áreas de preservação, APP’s e reservas legais � 9Patrimônio cultural � 10Consequências dos Crimes ambientais. � 10Lixo � 10Poluição das Águas � 10Ocupação de Mananciais � 10Poluição do Ar � 10Queimadas � 11Conclusão. � 12Referências. � 13Anexo. � ��� Introdução. São considerados crimes ambientais as agressões ao meio ambiente e seus componentes (flora, fauna, recursos naturais, patrimônio cultural) que ultrapassam os limites estabelecidos por lei. Ou ainda, a conduta que ignora normas ambientais legalmente estabelecidas mesmo que não sejam causados danos ao meio ambiente. Por exemplo, no primeiro caso, podemos citar uma empresa que gera emissões atmosféricas. De acordo com a legislação federal e estadual específica há uma certa quantidade de material particulado e outros componentes que podem ser emitidos para a atmosfera. Assim, se estas emissões (poluição) estiverem dentro do limite estabelecido então não é considerado crime ambiental. No segundo caso, podemos considerar uma empresa ou atividade que não gera poluição, ou ainda, que gera poluição, porém, dentro dos limites estabelecidos por lei, mas que não possui licença ambiental. Neste caso, embora ela não cause danos ao meio ambiente, ela está desobedecendo uma exigência da legislação ambiental e, por isso, está cometendo um crime ambiental passível de punição por multa e/ou detenção de um a seis meses. Da mesma forma, pode ser considerado crime ambiental a omissão ou sonegação de dados técnico-científicos durante um processo de licenciamento ou autorização ambiental. Ou ainda, a concessão por funcionário público de autorização, permissão ou licença em desacordo com as leis ambientais. Crimes contra a fauna Agressões cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória, como caçar, pescar, matar, perseguir, apanhar, utilizar, vender, expor, exportar, adquirir, impedir a procriação, maltratar, realizar experiências dolorosas ou cruéis com animais quando existe outro meio, mesmo que para fins didáticos ou científicos, transportar, manter em cativeiro ou depósito, espécimes, ovos ou larvas sem autorização ambiental ou em desacordo com esta. Ou ainda a modificação, danificação ou destruição de seu ninho, abrigo ou criadouro natural. Da mesma forma, a introdução de espécime animal estrangeira no Brasil sem a devida autorização também é considerado crime ambiental, assim como o perecimento de espécimes devido à poluição. Crimes contra a flora Destruir ou danificar floresta de preservação permanente mesmo que em formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção assim como as vegetações fixadoras de dunas ou protetoras de mangues; causar danos diretos ou indiretos às unidades de conservação; provocar incêndio em mata ou floresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocá-lo em qualquer área; extração, corte, aquisição, venda, exposição para fins comerciais de madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal sem a devida autorização ou em desacordo com esta; extrair de florestas de domínio público ou de preservação permanente pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineral; impedir ou dificultar a regeneração natural de qualquer forma de vegetação; destruir, danificar, lesar ou maltratar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia; comercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização. Neste caso, se a degradação da flora provocar mudanças climáticas ou alteração de corpos hídricos e erosão a pena é aumentada de um sexto a um terço. O surgimento do Direito Ambiental surgiu como respostas as agressões e crimes ao meio ambiente. O Direito Ambiental tem como sua base de estudos ramos da ciência como biologia, antropologia, sistemas educacionais, ciências sociais, principio de direito internacional dentre outros. Desenvolvimento. Princípios do Direito Ambiental. Legalidade. É a obrigatoriedade de obediência as Leis, previsto na Constituição Federal de 1988, no seu artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” Interesse coletivo. A proteção ambiental, antes de ser direito de todos é uma obrigação de todos, também previsto na Constituição Federal de 1988, no seu artigo 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Evolução dos instrumentos legais. - Codigo das águas – 1934 - Codigo florestal – 1964 - Codigo de caça – 1967 - Codigo de mineração – 1967 - Lei 6.938/81 – Institui a Politica Nacional do Meio Ambiente - Lei 7.347/85 – Disciplina a Ação Civil Publica - CF/88 – Art. 225; - Lei dos recursos hídricos – 9.433/97; - Lei dos crimes ambientais – 9.605/98; - Lei de educação ambiental – 9.795/99; - Lei do estatuto da cidade – 10.257/01; - Lei do SNUC – 9.985/2000 e, - Medida Provisória do Código Florestal - MP 571/2012. Principais Crimes Ambientais. Queimadas. Nos artigos 38 a 53, e especificamente, por exemplo, que é proibido provocar incêndio em mata ou floresta, cortar arvore em floresta de preservação permanente, transformar a madeira de lei em carvão, em desacordo com as determinações legais, bem como receber ou comercializar produtos de origem vegetal, sem exibir licença de vendedor expedida pela autoridade competente. Pesca Predatória. Os artigos 33 a 37 dos crimes contra a fauna, preveem sanções contra crimes de agressão à fauna aquática. A pesca tem regulamentação especificas para que não ocorra desequilíbrio no meio ambiente. Não é permitida a pesca de espécie que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos. Não é permitido a pesca em quantidade superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, apetrechos, técnicas e métodos que não os autorizados. Não é permitido o transporte, o comércio, o beneficio ou a industrialização de espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibida. No período da piracema, fica suspensa a pesca, para que as espécies consigam se reproduzir. Cria, caça, comercialização proibida de animais protegidos. O capitulo V, dos crimes contra a Fauna, artigos 29 ao 37, diz, entre outras coisas, que quem vende, expõe a venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou dispositivo, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão ou licença da autoridade competente, estará cometendo crime. Exploração ou desmatamento sem licenciamento ambiental ou autorização de áreas de preservação, APP’s e reservas legais Os artigos 38 ao 41, dos crimes contra a Flora, proíbem destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utiliza-la de forma transgressora. Patrimônio cultural A seção IV, dos crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural, artigo 62, proíbe destruir ou danificar bem protegido por lei, tais como arquivos, registros, museus, bibliotecas, pinacotecas, instalações cientificas ou similares. Consequências dos Crimes ambientais. Lixo Segundo a Secretaria Nacional de Saneamento Básico, cada brasileiro produz em média 920 gramas de lixo sólido por dia. O lixo na rua atrai insetos e roedores transmissores de doenças, além de ser um dos grandes responsáveis por alagamentos e enchentes em grandes cidades. Poluição das Águas Apesar de 75% da superfície do planeta ser recoberta por água, a água doce não representa mais do que 3% desse total. A poluição das águas é um dos principais responsáveis pela morte de peixes, aumento da população de mosquitos e outros insetos, crescimento de algas nocivas ao ecossistema e, muitas vezes, comprometimento irreversível da qualidade da água, o que compromete, por consequência, a saúde humana. Ocupação de Mananciais A invasão de áreas naturais protegidas por lei causa desmatamento e degradação do meio ambiente com sérias consequências à qualidade de vida da população. Ecassez e poluição da água, extinção de fauna e flora, doenças e ploriferação de insetos também são resultados da ocupação de mananciais. Poluição do Ar Considerada por muitos cientistas como um dos principais responsáveis pelo efeito estufa, a poluição do ar também é responsável pela ocorrência da chuva ácida que provoca o empobrecimento do solo e causa danos permanentes à vegetação, aos rios e aos outros seres vivos. A poluição do ar também é responsável pelo alto índice de doenças respiratórias nas grandes cidades. Queimadas As queimadas causam alteração do solo, extinção da fauna e da flora, assoreamento de rios, desertificação, poluição do ar, destruição da camada de ozônio e efeito estufa, além de doenças respiratórias, de pele e aquecimento do planeta. Referências. CAMPOS FILHO; GILBERTO DE JESUS. Cartilha a lei da vida. Brasília/DF, IBAMA, 2004. 26 p. http://www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/vii_en/mesa2/trabalhos/meio_ambiente_o_que_vira_caso_de_policia.pdf, consulta em 27/09/12. http://www.imazon.org.br/imprensa/imazon-na-midia/crime-ambiental-premia-86-com-a-impunidade, consulta em 27/09/12. http://www.i3g.org.br/nucleos/ecotec/apresentacoes/introducao_ao_direito_ambiental.pdf, consulta em 27/09/12. http://www.infoescola.com/ecologia/crime-ambiental/, consulta em 27/09/12.