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ESA 118-METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS Aula 2-3: Histórico e Aspectos Legais Avaliação de Impacto Ambiental. Profª. Camila Costa de Amorim Origens AIA como atividade obrigatória – processo decisório; EUA – National Environmental Policy Act (NETA) em 1969; Aplicava-se às decisões do governo federal que poderiam acarretar em modificações ambientais significativas Projetos de ações governamentais e privados (necessitam de aprovação); Criação do Council on Environmental Quality (CEQ) – assegurar a implementação; EIS – Environmental Impact Statement ou EIA – criado como mecanismo para assegurar que as ações ocorram na prática; 2 HISTÓRICO DA AIA Difusão internacional: Países desenvolvidos Canadá 1973 Nova Zelândia 1973 Austrália – 1974 França – 1976 União Européia – 1985; Rússia – 1985; Espanha – 1986; Holanda – 1987 Japão - 1999 3 HISTÓRICO DA AIA Difusão internacional: Países em desenvolvimento Atuação de agências bilaterais de fomento ao desenvolvimento: USAID, OCDE; Além de agências multilaterais e bancos de desenvolvimento Banco Mundial e o Interamericano de desenvolvimento. Banco Mundial – importante papel na difusão da AIA nos países do Sul; Primeiros estudos de AIA no Brasil foram para projetos financiados pelo Banco Mundia: 1972 – Barragem de Sobradinho, rio São Francisco; 1977 – Barragem de Tucuruí, rio Tocantis; 4 HISTÓRICO DA AIA Difusão internacional: Países em desenvolvimento Empréstimos de bancos multilaterais ou doações bilaterias – frequente a exigência de avaliações que podem ultrapassar os requisitos legais nacionais; AAE, consulta pública maior, etc; Preocupação internacional com a imagem do doador 5 HISTÓRICO DA AIA Difusão internacional: Países em desenvolvimento Colômbia – 1974; Filipinas – 1978; China 1979; México – 1982; Bolívia – 1992; Chile – 1994; Uruguai - 1994 6 HISTÓRICO DA AIA Primeiros estudos – grandes projetos hidrelétricos; Conjugação de fatores endógenos e exógenos: Política Nacional de Meio Ambiente em 31 de agosto de 1981. (Lei 6.938/81) Inclui a AIA como um dos instrumentos para se atingir os objetivos dessa lei; Destaque para as legislações estaduais RJ e MG; (1977); Aprovação da Resolução CONAMA 01/86 7 HISTÓRICO DA AIA NO BRASIL Estrutura e competências para legislar sobre Meio Ambiente Brasil República Federativa União Estabelece normas gerais, válidas para todo o Território Nacional Estados Estabelecem normas peculiares Municípios Estabelecem normas que atendam aos interesses locais LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 8 Normas Federais • Constituição Federal • Lei Federal • Decreto Federal • Resolução CONAMA Normas Estaduais • Constituição Mineira • Lei Estadual • Decreto Estadual • Deliberação Normativa COPAM • Resolução COPAM Normas Municipais • Lei orgânica • Código de Obras • Código de Posturas • Código Sanitário • Código Ambiental • Plano Diretor (pop. >20.000) • Lei de Uso e Ocupação do Solo 9 ESTRUTURA GERAL POLUIDOR/USUÁRIO PAGADOR Meio ambiente é um bem que pertence a todos – utilização desigual pela comunidade. quem utiliza o recurso ambiental ou polui deve pagar por isso; internalização de custos que seriam arcados pela sociedade (“externalidades”). PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM AS LEIS 10 Lei n° 6.938, de 31/08/1981, Institui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), que compreende os órgãos e entidades da União, dos Estados, dos municípios, incluindo-se as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental 11 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE órgão superior, assessorar o Presidente na formulação da PNMA CONSELHO DO GOVERNO CONAMA órgão consultivo e deliberativo – assessora, estuda e propõe diretrizes MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE planeja, coordena, supervisiona e controla a política nacional IBAMA órgão executor da PNMA ÓRGÃOS SECCIONAIS (estaduais) ÓRGÃOS LOCAIS (municipais) SISNAMA 12 Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; Zoneamento ambiental; Avaliação de impactos ambientais; Licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras ; INSTRUMENTOS DA PNMA 13 Promulgada em 05 de outubro de 1988;; Primeira a tratar do meio ambiente de modo específico Capítulo VI – Do Meio Ambiente: Artigo 225 – “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à Coletividade, o dever de defendê- lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. 14 CONSTITUIÇÃO FEDERAL §1º Para assegurar a efetividade desse direito, incube ao poder Público: Inciso IV: exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; CONSTITUIÇÃO FEDERAL 15 Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM câmaras especializadas Conselho Estadual de Recursos Hídricos CERH Órgãos vincula- dos Órgãos subordina- dos colegiados Fundação Estadual do Meio Ambiente FEAM Instituto Estadual de Florestas IEF Instituto Mineiro de Gestão das Águas IGAM Núcleos de Meio Ambiente nas Secretarias integrantes do COPAM (Planejamento, Agricultura, Cultura, Minas e Energia, Saúde, Educação, Transporte e Obras Públicas, Indústria e Comércio) PMMG – Polícia Florestal 9 Companhias Florestais Órgãos associados Órgãos locais Secretarias/Departamentos Municipais de Meio Ambiente Conselhos Municipais de Desenvolvimento Ambiental - CODEMAs SISEMA 16 COPAM /CERH FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente) Câmara de Atividades Minerárias e de Infra- Estrutura Agenda Marrom (fiscalização de atividades industriais, mineradoras e de infra- estrutura, licenciamento ambiental) IEF (Instituto Estadual de Florestas) Câmara de atividades Agrossilvopastoris e de Proteção da Biodiversidade Agenda Verde (preservação de matas, florestas, U.C., controle desmatamento, pesca etc.) IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) Câmara de Recursos Hídricos Agenda Azul (proteção de mananciais, uso dos recursos hídricos; concessão de outorga) SISTEMA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE 17 18 SUPRAMS Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Prestam apoio técnico e administrativos às Unidades Regionais Colegiadas – URC Atribuições: Formalização dos processos Emissão de AAF Análise e Parecer único dos processos integrados SUPRAMS 19 Licenciamento Ambiental Autorização Ambiental de Funcionamento Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos Cadastro de Uso Insignificante Supressão de Vegetação Nativa Intervenção em Área de Preservação Permanente 20 REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL Minas Gerais – atribuições Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), Câmaras Especializadas Unidades Regionais Colegiadas (URCs), Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Suprams); Fundação Estadual de (Feam); Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam); Instituto Estadual de Florestas (IEF). REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL 21 Preencher o Formulário de Caracterização de empreendimento (FCE) Entregar o FCE preenchido na Supram mais próxima FCE – Documento que possibilita solicitações integradas Licença Ambiental Outorga Autorização para Extração Florestal (APEF) 22 ANÁLISE INTERDISCIPLINAR DE PROCESSOS DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL - AIPRA Após análise do FCE o órgão ambiental gera o FOB – Formulário de Orientação Básica Listagem dos documentos necessários para formalização dos processos de licenciamento Autorização Ambiental de Funcionamento Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos Cadastro de Uso Insignificante Supressão de Vegetação Nativa Intervenção em Área de Preservação Permanente 23 ANÁLISE INTERDISCIPLINAR DE PROCESSOS DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL - AIPRA Procedimento pelo qual o órgão ambiental competente permite a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades que utilizam recursos ambientais, e que possam ser consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental LICENCIAMENTO AMBIENTAL 24 Autorização ambiental para qualquer atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente se instalar no Estado Demanda análise de estudos e projetos; De acordo com a classificação do empreendimento Compreende 3 fases: Licença Prévia - LP Licença de Instalação - LI Licença de Operação - LO LICENCIAMENTO AMBIENTAL 25 Classificação do empreendimento (Deliberação Normativa Copam 74/04) Classe 1 - pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor; Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluido; Classe 3 - pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte e médio potencial poluidor; Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor; Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande potencial poluidor; Classe 6 - grande porte e grande potencial poluidor; LICENCIAMENTO AMBIENTAL 26 Empreendimentos classes 1 e 2 impacto ambiental não significativo; obtenção da Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF). Para as demais classes (3 a 6), processo de licenciamento: licenças Prévia (LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO) LICENCIAMENTO AMBIENTAL 27 Determinação da classe do empreendimento a partir do potencial poluidor da atividade e do porte Determinação de potencial poluidor/degradador geral. (ar, água e solo) 28 CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE POLUIÇÃO D.N. COPAM 74/2004 A-02-04-6 Lavra a céu aberto com tratamento a úmido – minério de ferro Pot. Poluidor/Degradador: Ar: M Água: G Solo: G Geral: G Porte: Produção Bruta ≤ 300.000 t/ano : Pequeno 300.000 < Produção Bruta ≤ 1.500.000 t/ano : Médio Produção Bruta > 1.500.000 t/ano : Grande 29 DETERMINAÇÃO DO PORTE DA ATIVIDADE D.N. COPAM 74/2004 B-02-01-1 Siderurgia e elaboração de produtos siderúrgicos com redução de minérios, inclusive ferro-gusa. Pot. Poluidor/Degradador: Ar: G Água: G Solo: M Geral: G Porte: Capacidade Instalada < 50 t/dia : Pequeno Capacidade Instalada > 500 t/dia : Grande Os demais : Médio 30 DETERMINAÇÃO DO PORTE DA ATIVIDADE D.N. COPAM 74/2004 C-01-03-1 Fabricação de papel, cartolina, cartão e polpa moldada, utilizando celulose e/ou papel reciclado como matéria-prima. Pot. Poluidor/Degradador: Ar: M Água: M Solo: G Geral: M Porte: Capacidade Instalada < 20 t/dia : Pequeno; Capacidade Instalada > 80 t/dia : Grande; Os demais : Médio 31 DETERMINAÇÃO DO PORTE DA ATIVIDADE D.N. COPAM 74/2004 Licença Prévia – LP Primeira fase – se discute a viabilidade ambiental do empreendimento através dos EIA e RIMA ou RCA/PCA, a depender da complexidade do projeto; Estudos de Impacto Ambiental – EIA Relatório de Impacto Ambiental - RIMA Relatório de Controle Ambiental – RCA Plano de Controle Ambiental – PCA LICENCIAMENTO AMBIENTAL 32 Licença Prévia – LP Análise dos estudos de concepção ou anteprojeto do empreendimento; Não há ainda a análise de projetos executivos; Nessa fase pode ocorrer a Audiência Pública – discussão dos projetos e dos estudos com a comunidade interessada; Não concede nenhum direito de intervenção no meio ambiente. Validade: até 4 anos LICENCIAMENTO AMBIENTAL 33 Licença de Instalação – LI Segunda fase Análise dos projetos executivos de controle ambiental – avaliação da eficiência conforme previsto na LP. Necessidade do PCA – contém os documentos contendo os projetos executivos e o detalhamento das medidas mitigadores e compensatórias; LICENCIAMENTO AMBIENTAL 34 Licença de Instalação – LI Concede o direito para instalação do empreendimento: Implantação do canteiro de obras Movimentação de terra, cortes e aterros Aberturas de vias, construção de edificações e galpões Montagem de equipamentos, etc LICENCIAMENTO AMBIENTAL 35 Licença de Instalação – LI Dispõe sobre as obrigações do empreendedor no que se refere aos cuidados ambientais para a execução dessas obras: Tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, líquidos e atmosféricos; LICENCIAMENTO AMBIENTAL 36 Licença de Instalação – LI Não se permite ainda a operação do empreendimento, nem para testes ou quaisquer experimentos; Validade: até 6 anos; LICENCIAMENTO AMBIENTAL 37 Licença de Operação – LO Terceira fase Fiscalização a campo verificar se os projetos de controle foram implantados conforme definido na LI; Vistoria ambiental – conformidade do empreendimento com a legislação ambiental; LICENCIAMENTO AMBIENTAL 38 Licença de Operação – LO Em Minas Gerais, desde março de 1981, todos os empreendimentos são obrigados a possuírem a LO; Falta da LO implica em suspensão das atividades e autuação; Empreendimentos anteriores a esta data são convocados ao LC – Licenciamento Corretivo; Validade: de 4 a 6 anos; LICENCIAMENTO AMBIENTAL 39 Competência do COPAM Formado por um plenário composto por 30 Conselheiros que representam os mais diversos segmentos do Governo e da Sociedade Civil FEAM, IEF e IGAM Atuam junto ao COPAM na elaboração dos pareceres técnicos e jurídicos - fornecem subsídios para as decisões quanto ao licenciamento ambiental; Sete Câmaras Técnicas – deliberam sobre a concessão da licença ambiental competente de acordo com a apreciação das informações administrativas e pareceres técnicos e jurídicos LICENCIAMENTO AMBIENTAL 40 Tipo de Impacto Competência Abrangência de dois Estados IBAMA Res. CONAMA 237/97 Impacto Ambiental Regional COPAM D.N.COPAM 01/90 Impacto Ambiental Local Prefeitura e CODEMA Lei Municipal Atividades sem Impacto Ambiental COMPETÊNCIA LEGAL DE FISCALIZAÇÃO E LICENCIAMENTO 41 Outorga:o ato administrativo mediante o qual o Poder Público outorgante faculta ao outorgado o uso de recurso hídrico, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato. 42 OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS Objetivo: assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo direito de acesso à água. 43 OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS 44 OUTORGA Exercício 1: Estudar cada um dos temas abordando a definição, aspectos legais para o licenciamento ambiental (leis associadas), dificuldades de implantação e análise crítica; Reserva Legal Intervenções em vegetação nativa Alteração do uso do solo Intervenção em Floresta plantada Intervenção em APP 45 AUTORIZAÇÃO PARA EXTRAÇÃO FLORESTAL