Logo Passei Direto
Buscar

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 1 
 
 
1. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos. 
 
1.1Tipos de conta: 
Os principais tipos de conta são: a conta de depósito à vista, a conta de depósito de poupança e a "conta-salário". 
A conta de depósito à vista é o tipo mais usual de conta bancária. Nela, o dinheiro do depositante fica à sua disposição para ser sacado a 
qualquer momento. 
A poupança foi criada para estimular a economia popular e permite a aplicação de pequenos valores que passam a gerar rendimentos 
mensalmente. 
A "conta-salário" é um tipo especial de conta de registro e controle de fluxo de recursos, destinada a receber salários, proventos, soldos, 
vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. A "conta-salário" não admite outro tipo de depósito além dos créditos da entidade pagadora 
e não é movimentável por cheques. 
1.2 Documentos para abertura de contas: 
A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre as partes – instituição financeira e cliente. O banco não é 
obrigado a abrir ou manter conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que lhe apresente as condições 
mais adequadas para firmar tal contrato. 
Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de abertura de conta, que é o contrato firmado entre banco e 
cliente, e apresentar os originais dos seguintes documentos: 
I – Qualificação do depositante: 
 no caso de pessoa física: nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil, nome do 
cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF; 
 no caso de pessoa jurídica: razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo as 
informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a 
movimentar a conta, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente 
registrados, na forma da lei, na autoridade competente; (NR) 
II - endereços residencial e comercial completos; (NR) 
III - número do telefone e código DDD; 
IV - fontes de referência consultadas; 
V - data da abertura da conta e respectivo número; 
VI - assinatura do depositante. 
Importante: A ficha-proposta relativa a conta de depósitos à vista deverá conter, ainda, cláusulas tratando, entre outros, dos seguintes 
assuntos: (RESOLUÇÃO BACEN N° 2025) 
I - saldo exigido para manutenção da conta; (NR) 
II - condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques; 
III - revogado; 
IV - obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre qualquer alteração nos dados cadastrais e nos 
documentos referidos no art. 1º desta Resolução; (NR) 
V - inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), nos termos da regulamentação em vigor, no 
caso de emissão de cheques sem fundos, com a devolução dos cheques em poder do depositante à instituição financeira; (NR) 
 VI - informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos; (NR) 
VII - procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de depósitos, respeitado o disposto no art. 12 desta Resolução. 
 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 2 
 
 
Além disso, a instituição financeira pode estabelecer critérios próprios para abertura de conta de depósito, desde que seguidos os 
procedimentos previstos na regulamentação vigente (art. 1º da Resolução CMN 2.025, de 1993 , com a redação dada pela Resolução CMN 
2.747, de 2000). 
Abaixo serão destacados alguns itens importantes da Resolução Bacen n° 2025, que altera e consolida as normas relativas à abertura, 
manutenção e movimentação de contas de depósitos: 
 
 Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz, além de sua qualificação, também deverá ser identificado o 
responsável que o assistir ou o representar. 
 Nos casos de isenção de CPF e de CNPJ previstos na legislação em vigor, deverá esse fato ser registrado no campo da ficha-
proposta destinado a essas informações. 
 As informações constantes da ficha-proposta, bem como os elementos de identificação e localização do proponente, devem ser 
conferidos à vista de documentação competente, observada a responsabilidade da instituição pela verificação acerca da exatidão das 
informações prestadas. 
 A instituição deve manter arquivadas, junto à ficha-proposta de abertura da conta de depósitos, cópias legíveis e em bom estado da 
documentação referida neste artigo. 
 As fichas-proposta, bem como as cópias da documentação referida no artigo anterior, poderão ser microfilmadas,decorrido o prazo 
mínimo de 5 (cinco) anos, observada a regulamentação vigente. 
 É proibida a abertura de conta sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado, inclusive mediante supressão de parte ou partes 
do nome do depositante. 
 É vedado o fornecimento de talonário de cheques ao depositante enquanto não verificadas as informações constantes da ficha-
proposta ou quando, a qualquer tempo, forem constatadas irregularidades nos dados de identificação do depositante ou de seu 
procurador. 
 Quando, por qualquer motivo, o titular estiver impedido de receber talonário de cheques, a conta de depósitos à vista somente poderá 
ser movimentada por meio de cheque avulso, nominativo ao próprio emitente, por recibo ou por meios eletrônicos de pagamento. 
 É vedada a estipulação de cláusulas na ficha-proposta que, em qualquer hipótese, impeçam ou criem limitações à sustação de 
pagamento de cheques. 
 É facultada à instituição financeira a abertura, manutenção ou encerramento de conta de depósitos à vista cujo titular figure ou tenha 
figurado no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF). 
 É proibido o fornecimento de talonário de cheques ao depositante enquanto figurar no CCF. 
 A instituição financeira deve manter cartão com autógrafos atualizados do depositante, podendo a ficha-proposta de conta de 
depósitos à vista servir para este fim. 
 Cabe à instituição financeira esclarecer ao depositante acerca das condições exigidas para a rescisão do contrato de conta de 
depósitos à vista por iniciativa de Resolução n° 2025, de 24 de novembro de 1993 qualquer das partes, devendo ser incluídas na 
ficha-proposta as seguintes disposições mínimas: 
I - comunicação prévia, por escrito, da intenção de rescindir o contrato; 
II - prazo para adoção das providências relacionadas à rescisão do contrato; 
III - devolução, à instituição financeira, das folhas de cheque em poder do correntista, ou de apresentação de declaração, por esse 
último, de que as inutilizou; 
IV - manutenção de fundos suficientes, por parte do correntista, para o pagamento de compromissos assumidos com a instituição 
financeira ou decorrentes de disposições legais; 
V - expedição de aviso da instituição financeira ao correntista, admitida a utilização de meio eletrônico, com a data do efetivo 
encerramento da conta de depósitos à vista. 
 1º A instituição financeira deve manter registro da ocorrência relativa ao encerramento da conta de depósitos à vista. 
2º O pedido de encerramento de conta de depósitos deve ser acatado mesmo na hipótese de existência de cheques sustados, 
revogados ou cancelados por qualquer causa, os quais, se apresentados dentro do prazo de prescrição, deverão ser devolvidos pelos 
respectivos motivos, mesmo após o encerramento da conta, não eximindo o emitente de suas obrigações legais. 
 A instituição financeira deverá encerrar conta de depósito em relação à qual verificar irregularidades nas informações
prestadas, 
julgadas de natureza grave, comunicando o fato, de imediato, ao Banco Central do Brasil. 
 As instituições financeiras deverão designar, expressamente, um diretor que deverá zelar pelo cumprimento das normas de abertura, 
manutenção e movimentação das contas de que trata esta resolução. 
 
 
 
Perguntas e respostas do BACEN: 
a. O dinheiro depositado em qualquer tipo de conta pode ser transferido, pelo banco, para qualquer modalidade de investimento sem 
minha autorização? 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 3 
 
 
Não. Somente com sua autorização feita por escrito ou por meio eletrônico. 
b. O banco pode fazer débitos em minha conta sem minha autorização? 
Não. O banco só pode debitar sua conta se tiver sido autorizado por você. Essa autorização pode ocorrer no momento da assinatura do 
contrato, ou em contratos de financiamento e empréstimo em que você concorde com o débito em sua conta, ou ainda nas situações de 
agendamento de pagamento solicitado por você. 
O débito relativo a tarifas bancárias normalmente é autorizado no momento da assinatura do contrato. Verifique seu contrato. Observe que, 
mesmo autorizado, o débito referente à cobrança de tarifa em conta corrente e em conta de poupança não pode ser superior ao saldo 
disponível, sendo que o saldo disponível em conta corrente compreende o saldo em sua conta mais o limite de cheque especial, quando 
houver. O débito referente à cobrança de tarifa em conta de poupança somente poderá ocorrer após o lançamento dos rendimentos de cada 
período. 
c. O que é necessário para encerrar a minha conta no banco? 
Por ser um contrato voluntário e por tempo indeterminado, uma conta bancária pode ser encerrada por qualquer uma das partes envolvidas. 
Quando a iniciativa do encerramento for do banco, ele deve: 
 comunicar o fato a você, solicitando-lhe a regularização do saldo e a devolução dos cheques por acaso em seu poder; 
 anotar a decisão na ficha-proposta. 
O banco deverá encerrar a conta se forem verificadas irregularidades nas informações prestadas, julgadas de natureza grave, comunicando o 
fato imediatamente ao Banco Central. 
No caso da inclusão no CCF, o encerramento da conta depende de decisão do banco. Contudo, é proibido o fornecimento de talonário de 
cheques ao depositante enquanto seu nome figurar no CCF. 
Quando a iniciativa do encerramento for sua, você deverá observar os seguintes cuidados: 
 solicitar, por escrito, ao banco o encerramento da conta, exigindo recibo na cópia da solicitação; 
 verificar se todos os cheques emitidos foram compensados para evitar que seu nome seja incluído no CCF pelo motivo 13 
(conta encerrada); 
 entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu poder, ou apresentar declaração de que as inutilizou; 
 solicitar o cancelamento dos débitos automáticos em conta, caso existentes; 
 manter recursos suficientes para o pagamento de compromissos assumidos com a instituição financeira ou decorrentes de 
disposições legais. 
A instituição financeira deve lhe informar a data do efetivo encerramento da conta, por correspondência ou por meio eletrônico. 
Lembramos que contas inativas não são encerradas automaticamente após um certo período sem movimentação. É necessário seguir os 
procedimentos acima para o encerramento da conta. 
d. O menor de idade pode ser titular de conta bancária 
Sim. O jovem menor de 16 anos precisa ser representado pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. O maior de 16 e menor de 18 anos não 
emancipado deve ser assistido pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. 
 
2 Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio. 
O sujeito de direito pode ser uma pessoa, homem ou mulher ou um grupo de pessoas, ao qual se atribui artificialmente uma unidade, 
denominando-se como pessoa jurídica. 
 
Adquirida a personalidade, toda pessoa passa a ser capaz de direitos e obrigações. Porém, nem toda pessoa possui aptidão para exercer 
pessoalmente os seus direitos, em razão da existência de limitações orgânicas ou psicológicas. No caso de poder exercer pessoalmente, 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 4 
 
 
possuem também capacidade de fato ou de exercício. Havendo a reunião dos dois atributos, capacidade de direito e de fato, a pessoa passa a 
ter a capacidade civil plena. 
Pode-se ter capacidade de direito sem capacidade de fato, ou seja, a pessoa adquire o direito, e não pode exercê-la por si. Esta 
impossibilidade de exercício é chamada tecnicamente incapacidade. 
A incapacidade civil é instituto que tem fundamento protetivo; procura resguardar determinadas pessoas que não possuem as condições 
necessárias para exercitar pessoalmente os direitos e deveres que lhes são conferidos pelas relações jurídicas existentes, sendo necessário 
que outras pessoas as representem. 
A incapacidade se caracteriza pela falta de aptidão para praticar pessoalmente atos da vida civil, podendo ser ela absoluta ou relativa. 
 
O legislador considerou como pessoas absolutamente incapazes aquelas que se enquadram nas hipóteses do artigo 3º do novo Código Civil. 
Artigo 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
§ 1º - os menores de 16 anos; 
§ 2º - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
§ 3º - os que, mesmo por causa transitória não puderem exprimir a sua vontade. 
As pessoas com idade inferior a 16 anos são consideradas pelo legislador como imaturas para a prática dos atos e dos negócios jurídicos. São 
as crianças e adolescentes. Ainda não alcançaram discernimento para distinguir o que lhes convém. Assim, a lei desconsidera a sua vontade, 
impedindo que atue pessoalmente na vida jurídica. 
Também são absolutamente incapazes os que, por enfermidade, ou deficiência mental, não tiveram o necessário discernimento para a prática 
dos atos da vida civil. São as pessoas que sofrem de doença ou deficiência mental, a ponto de se tornarem impossibilitadas de praticar atos no 
mundo jurídico. 
O novo Código Civil corretamente afastou a expressão anteriormente utilizada pelo Código Civil de 1916, “loucos de todo gênero”. Importante 
observar que a incapacidade deve ser oficialmente reconhecida por meio de processo de interdição. A sentença que declarar a interdição deve 
ser registrada no respectivo Cartório de Registro Civil. Ainda são considerados como absolutamente incapazes os que, mesmo por causa 
transitória, não puderem exprimir a sua vontade. 
 
As pessoas que apresentam quadro de doença ou de deficiência mental total temporária são consideradas absolutamente incapazes, como o 
caso dos dependentes de tóxicos ou de substâncias entorpecentes, os quais sem ainda terem evoluído para o quadro clínico, estejam sob o 
efeito da maléfica substância que acabe por lhes privarem totalmente do discernimento. Também podem ser incluídos na situação o 
hipnotizado e o ébrio. Isso porque se o negócio jurídico é um ato de vontade, é evidente que se este, ainda que por motivo transitório não pode 
externar a sua vontade, o ato por ele praticado não pode prevalecer, pois carece do seu elemento gerador, que é a manifestação válida da 
vontade. 
 
Incapacidade Relativa 
A incapacidade relativa se situa entre a incapacidade absoluta e a capacidade civil plena. São pessoas que, em razão de circunstâncias 
pessoais ou em função de uma imperfeita coordenação das faculdades psíquicas, não desfrutam de total capacidade de discernimento, sendo 
então, assistidos pelo respectivo responsável, também denominado assistente. 
 
O ordenamento jurídico não reconhece as pessoas relativamente incapazes, à plenitude das atividades civis, mas também não irá priva-los 
totalmente de interferir nos atos
judiciais. O exercício dos seus direitos se realiza com a sua presença, mas o ordenamento jurídico exige que 
sejam eles assistidos por quem o direito positivo encarrega desse ofício, em razão do laço de parentesco ou em virtude de relação de ordem 
civil ou ainda, por designação judicial. Vejamos o que diz o Artigo 4º do novo Código Civil: 
 
 
Artigo 4º - São incapazes relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
§ 1º - os maiores de 16 e menores de 18 anos; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 5 
 
 
§ 2º - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
§ 3º - os excepcionais sem desenvolvimento mental completo; 
§ 4º - os pródigos. 
Parágrafo Único: a capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 
 
O novo Código Civil considera como relativamente incapazes pessoas que se encontrem nas seguintes hipóteses: 
• As pessoas maiores de 16 anos e menores de 18 anos já atingiram razoável discernimento intelectual, o que lhe possibilita a atuação na 
ordem civil, desde que se submeta aos requisitos exigidos pela lei, sendo que, o mais relevante deles é o de vir o menor assistido por seu 
representante; 
• Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que por deficiência mental têm o discernimento reduzido; 
• Os ébrios e os viciados em tóxicos, cuja capacidade de discernimento tenha sofrido redução em razão do vício, mas que ainda esteja 
presente em grau razoável, são considerados apenas relativamente capazes, devendo, portanto, serem assistidos nos atos da vida civil, 
podendo eles até mesmo serem interditados parcialmente por conta da impropriedade psíquica que lhe sobreveio em razão do vício. 
 
Da mesma forma, a lei considera aqueles que por deficiência mental igualmente tenham o discernimento reduzido, valendo ressaltar que a 
regra constante do inciso 2º do Artigo 4º do novo Código Civil nesse particular destinam-se às causas não congênitas, ou seja, supervenientes 
ao nascimento, tanto de caráter patológico quanto acidentário. 
Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo são aquelas pessoas portadoras da conhecida “Síndrome de Down” tendo em conta 
que não obstante o fato de que elas não chegarão atingir um desenvolvimento mental completo, merecem educação especial e podem 
perfeitamente ingressar no mercado de trabalho. 
 
O inciso 4º se refere aos pródigos. Pródigo é a pessoa que dilapida seu patrimônio e promove gastos desmensurados. A prodigialidade pode 
decorrer de oneomania, que é a perturbação mental que leva a pessoa a adquirir todas as coisas que pretende, de forma financeiramente 
descontrolada. Sibomania, que é a perturbação mental que leva a pessoa gastar o seu patrimônio em jogos de azar e imoral, que é a 
perturbação mental que leva a pessoa a gastar seu patrimônio por força de relações sexuais. 
 
Porém, o reconhecimento judicial da prodigialidade não impede o pródigo de praticar todos os atos da vida civil, mas tão somente aqueles que 
acarretam a disposição patrimonial, como: emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, propor ação ou ser demandado e praticar os 
atos distintos da mera administração de bens. 
A pessoa física ou também chamada como natural, como o próprio nome induz, somos nós (seres humanos, pessoas, cidadãos) que obtemos 
pelo Banco Central o CPF (certificado de Pessoas Físicas) sem este certificado é quase impossível fazer qualquer movimentação econômica e 
financeira. 
A pessoa Jurídica tem a personificação de uma empresa, sociedade, autarquias, associações... que poderá fazer sua movimentação 
econômica através do CNPJ (certificado Nacional de pessoas Jurídicas). 
 
3 Cheque – requisitos essenciais, circulação, endosso, cruzamento, compensação. 
 
O que é o cheque? 
O cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito. 
A operação com cheque envolve três agentes: 
o emitente (emissor ou sacador), que é aquele que emite o cheque; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 6 
 
 
o beneficiário, que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido; e 
o sacado, que é o banco onde está depositado o dinheiro do emitente. 
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, porque deve ser pago no momento de sua apresentação ao banco sacado. Contudo, para os 
cheques de valor superior a R$ 5 mil, é prudente que o cliente comunique ao banco com antecedência, pois a instituição pode postergar 
saques acima desse valor para o expediente seguinte. 
O cheque é também um título de crédito para o beneficiário que o recebe, porque pode ser protestado ou executado em juízo. 
No cheque estão presentes dois tipos de relação jurídica: uma entre o emitente e o banco (baseada na conta bancária); outra entre o emitente 
e o beneficiário. 
 Quais as formas de emissão do cheque? 
O cheque pode ser emitido de três formas: 
nominal (ou nominativo) à ordem: só pode ser apresentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque, podendo ser transferido por 
endosso do beneficiário; 
nominal não à ordem: não pode ser transferido pelo beneficiário; e 
ao portador: não nomeia um beneficiário e é pagável a quem o apresente ao banco sacado. Não pode ter valor superior a R$ 100. 
Para tornar um cheque não à ordem, basta o emitente escrever, após o nome do beneficiário, a expressão “não à ordem”, ou “não-transferível”, 
ou “proibido o endosso”, ou outra equivalente. 
Cheque de valor superior a R$100 tem que ser nominal, ou seja, trazer a identificação do beneficiário. O cheque de valor superior a R$100 
emitido sem identificação do beneficiário será devolvido pelo motivo '48-cheque emitido sem identificação do beneficiário - acima do valor 
estabelecido'. 
As pessoas, lojas, empresas são obrigadas a receber cheques? 
Não. Apenas as cédulas e as moedas do real têm curso forçado. Veja também as perguntas e respostas sobre o uso do dinheiro. 
O que é cheque especial? 
O chamado cheque especial é um produto que decorre de uma relação contratual em que é fornecida ao cliente uma linha de crédito para 
cobrir cheques que ultrapassem o valor existente na conta. O banco cobra juros por esse empréstimo. 
Um cheque apresentado antes do dia nele indicado (pré-datado) pode ser pago pelo banco? 
Sim. O cheque é uma ordem de pagamento à vista, válida para o dia de sua apresentação ao banco, mesmo que nele esteja indicada uma 
data futura. Se houver fundos, o cheque pré-datado é pago; se não houver, é devolvido pelo motivo 11 ou 12. 
Do ponto de vista da operação comercial, divergências devem ser tratadas na esfera judicial. 
Quais os principais motivos para devolução de cheque? 
Os motivos de devolução dos cheques podem ser consultados na tabela disponível em nossa página, seguindo "Sistema Financeiro Nacional > 
Informações sobre operações bancárias > Cheques > Motivos de devolução de cheques e documentos". 
O motivo de devolução deve ser registrado no cheque? 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 7 
 
 
Sim. Ao recusar o pagamento de cheque apresentado para compensação, a instituição deve registrar, no verso do cheque, em declaração 
datada, o código correspondente ao motivo da devolução. No caso de cheque apresentado ao caixa, o registro deve ser feito com anuência do 
beneficiário. 
O banco é obrigado a comunicar ao emitente a devolução de cheques sem fundos? 
Somente nos motivos 12, 13 e 14, que implicam inclusão do seu nome no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF). 
O correntista pode impedir o pagamento de um cheque já emitido? 
Sim. Existem duas formas: 
oposição ao pagamento ou sustação, que pode ser determinada pelo emitente ou pelo portador legitimado, durante o prazo de apresentação; 
contra-ordem ou revogação, que é determinada
pelo emitente após o término do prazo de apresentação. 
Os bancos não podem impedir ou limitar o direito do emitente de sustar o pagamento de um cheque. No entanto, os bancos podem cobrar tarifa 
pela sustação, cujo valor deve constar da tabela de serviços prioritários da instituição. (Veja também as perguntas e respostas sobre tarifas 
bancárias.) 
No caso de cheque devolvido por sustação, cabe ao banco sacado informar o motivo alegado pelo oponente, sempre que solicitado pelo 
favorecido nominalmente indicado no cheque ou pelo portador, quando se tratar de cheque cujo valor dispense a indicação do favorecido. 
O banco pode fornecer informações sobre o emitente de cheque devolvido? 
A instituição financeira sacada é obrigada a fornecer, mediante solicitação formal do interessado, nome completo e endereços residencial e 
comercial do emitente, no caso de cheque devolvido por: 
 insuficiência de fundos; 
 motivos que ensejam registro de ocorrência no CCF; 
 sustação ou revogação devidamente confirmada, não motivada por furto, roubo ou extravio; 
 divergência, insuficiência ou ausência de assinatura; ou 
 erro formal de preenchimento. 
As informações referidas acima devem ser prestadas em documento timbrado da instituição financeira e somente podem ser fornecidas: 
 ao beneficiário, caso esteja indicado no cheque, ou a mandatário legalmente constituído; ou 
 ao portador, em se tratando de cheque em relação ao qual a legislação em vigor não exija a identificação do beneficiário e que não 
contenha a referida identificação. 
 O que fazer no caso de ter cheque furtado ou roubado? 
No caso de furto ou roubo de folha de cheque em branco ou de cheque emitido, o correntista deve, primeiro, registrar ocorrência policial. No ato 
de sustação, deve ser apresentado, ao banco, o boletim de ocorrência. Assim, o cheque, se apresentado, será devolvido pelo motivo 20 (folha 
roubada e sustada) ou 28 (cheque roubado e sustado), conforme o caso, e o banco estará proibido de fornecer qualquer informação ao 
portador. 
Nesse caso, o correntista fica liberado do pagamento das taxas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e, no caso de ter sido incluído 
indevidamente no CCF, da tarifa pelo serviço de exclusão do seu nome do cadastro. No entanto, o banco pode cobrar tarifa pela sustação do 
cheque, cujo valor deve constar da tabela de serviços prioritários da instituição. 
A solicitação de sustação pode ser realizada em caráter provisório, mediante qualquer meio de comunicação. A solicitação deve ser confirmada 
até o encerramento do expediente ao público do segundo dia útil seguinte ao do registro da solicitação, excluído o próprio dia da comunicação, 
sendo, em caso contrário, considerada inexistente pela instituição financeira. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 8 
 
 
Um cheque devolvido pelo motivo 11 (insuficiência de fundos na primeira apresentação) pode ser sustado pelo emitente antes da 
segunda apresentação? 
Sim. Um cheque já devolvido pelo motivo 11 pode ser sustado pelo emitente e devolvido pelo motivo 21. 
Quais as consequências para o correntista que emitir cheque sem fundos ou sustar indevidamente o seu pagamento? 
A emissão de cheque sem fundo acarretará a inclusão do nome do emitente no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) e nos 
cadastros de devedores mantidos pelas instituições financeiras e entidades comerciais, na segunda apresentação do cheque para pagamento. 
O correntista cujo nome estiver incluído no CCF não poderá receber novo talonário de cheque. Além disso, o beneficiário do cheque poderá 
protestá-lo e executá-lo. 
A emissão deliberada de cheque sem provisão de fundos é considerada crime de estelionato. 
Quanto à sustação indevida, embora o banco não possa julgar o motivo alegado pelo emitente para a sustação de cheque, o beneficiário pode 
recorrer à justiça para pagamento da dívida, bem como pode protestar o cheque, que é um título de crédito. 
Qual o procedimento do banco quando o cheque apresentar valor numérico diferente do valor por extenso? 
Feita a indicação da quantia em algarismos e por extenso, prevalece o valor escrito por extenso no caso de divergência. Indicada a quantia 
mais de uma vez, quer por extenso, quer por algarismos, prevalece a indicação da menor quantia no caso de divergência. 
Com relação à indicação do valor correspondente aos centavos, não é obrigatória a grafia por extenso, desde que: 
o valor integral seja especificado em algarismos no campo próprio da folha de cheque; 
a expressão "e centavos acima" conste da folha de cheque, grafada pelo emitente ou impressa no final do espaço destinado à grafia por 
extenso de seu valor. 
O cheque pode ser preenchido com tinta de qualquer cor? 
Sim, porém os cheques preenchidos com outra tinta que não azul ou preta podem, no processo de microfilmagem, ficar ilegíveis. 
 Quais os prazos para pagamento de cheques? 
Existem dois prazos que devem ser observados: 
 prazo de apresentação, que é de 30 dias, a contar da data de emissão, para os cheques emitidos na mesma praça do banco sacado; 
e de 60 dias para os cheques emitidos em outra praça; e 
 prazo de prescrição, que é de 6 meses decorridos a partir do término do prazo de apresentação. 
Mesmo após o prazo de apresentação, o cheque é pago se houver fundos na conta. Se não houver, o cheque é devolvido pelo motivo 11 
(primeira apresentação) ou 12 (segunda apresentação), sendo, neste caso, o seu nome incluído no CCF. 
Quando apresentado após o prazo de prescrição, o cheque é devolvido pelo motivo 44, não podendo ser pago pelo banco, mesmo que a conta 
tenha saldo disponível. 
O que significa um cheque cruzado? 
Significa que o cheque somente pode ser pago mediante crédito em conta. 
O cruzamento pode ser geral, quando não indica o nome do banco, ou especial, quando o nome do banco aparece entre os traços de 
cruzamento. 
O cruzamento não pode ser anulado. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 9 
 
 
O banco é obrigado a fornecer talão de cheques a todo correntista? 
Não. Os bancos devem estabelecer as condições, que devem constar do contrato de abertura de conta corrente, para o fornecimento de 
cheques para seus clientes. Essas condições devem ser estabelecidas com base, entre outros, em critérios relacionados à suficiência de saldo, 
restrições cadastrais, histórico de práticas e ocorrências na utilização de cheques, estoque de folhas de cheque em poder do correntista, 
registro no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) e regularidade dos dados e documentos de identificação do correntista. 
Qual a idade mínima para eu receber talão de cheques? 
A partir de 16 anos de idade, desde que autorizado pelo responsável que o assistir. 
4 Sistema de Pagamentos Brasileiro. 
Introdução 
Até meados dos anos 90, as mudanças no Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB foram motivadas pela necessidade de se lidar com altas 
taxas de inflação e, por isso, o progresso tecnológico então alcançado visou principalmente o aumento da velocidade de processamento das 
transações financeiras. Na reforma conduzida pelo Banco Central do Brasil em 2001 e 2002, o foco foi redirecionado para a administração de 
riscos. Nessa linha, a entrada em funcionamento do Sistema de Transferência de Reservas - STR, em 22 de abril daquele ano, marca o início 
de uma nova fase do SPB. Com esse sistema, operado pelo Banco Central do Brasil, o País ingressou no grupo de países em que 
transferências de fundos interbancárias podem ser liquidadas em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional. Esse fato, por si só, 
possibilita redução dos riscos de liquidação1 nas operações interbancárias, com conseqüente redução também do risco sistêmico, isto é, o risco 
de que a quebra de um banco provoque
a quebra em cadeia de outros bancos, no chamado "efeito dominó". 
Outra alteração importante ocorreu no regime de operação das contas de reservas bancárias. A partir de 24 de junho de 2002, depois de 
observada uma regra de transição, qualquer transferência de fundos entre contas da espécie passou a ser condicionada à existência de saldo 
suficiente de recursos na conta do participante emitente da correspondente ordem. Com isso houve significativa redução no risco de crédito 
incorrido pelo Banco Central do Brasil. 
A liquidação em tempo real, operação por operação, a partir de 22 de abril de 2002, passou a ser utilizada também nas operações com títulos 
públicos federais cursadas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic, o que se tornou possível com a interconexão entre esse 
sistema e o STR. A liquidação dessas operações agora observa o chamado modelo 1 de entrega contra pagamento. 
A reforma de 2002, entretanto, foi além da implantação do STR e da alteração do modus operandi do Selic. Para redução do risco sistêmico, 
que era o objetivo maior da reforma, foram igualmente importantes algumas alterações legais. Nesse sentido, a Lei 10.214, de março de 2001, 
reconheceu a compensação multilateral nos sistemas de compensação e de liquidação e estabeleceu que, em todo sistema de compensação 
multilateral considerado sistemicamente importante, a correspondente entidade operadora deve atuar como contraparte central e assegurar a 
liquidação de todas as operações cursadas. 
Todas essas alterações tiveram o propósito de fortalecer o sistema financeiro, dando, assim, continuidade à reestruturação iniciada, em 1995, 
com o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional - Proer e, mais adiante, com o Programa 
de Incentivo à Redução da Participação do Setor Público Estadual na Atividade Bancária - Proes. Como se observa, no início do processo o 
foco esteve direcionado para o fortalecimento das instituições financeiras, via fusões e transferências de controle, e para a redução da 
presença do setor público na atividade bancária. 
Mais recentemente, o Banco Central do Brasil tem procurado atuar de forma mais intensiva também no sentido de promover o desenvolvimento 
dos sistemas de pagamentos de varejo, visando, sobretudo, ganhos de eficiência relacionados, por exemplo, com o maior uso de instrumentos 
eletrônicos de pagamento, com a melhor utilização das redes de máquinas de atendimento automático (ATM) e de transferências de crédito a 
partir do ponto de venda (PDV), bem como com a maior integração entre os pertinentes sistemas de compensação e de liquidação. 
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e operações integrados que, por meio 
eletrônico, dão suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto 
estrangeira, visando a maior proteção contra rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras. 
Sua função básica é permitir a transferência de recursos financeiros, o processamento e liquidação de pagamentos para pessoas físicas, 
jurídicas e entes governamentais. 
Toda transação econômica que envolva o uso de cheque, cartão de crédito, ou TED, por exemplo, envolve o SPB. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 10 
 
 
 Finalidade 
A finalidade básica do sistema de pagamentos é transferir recursos entre bancos, de forma a viabilizar o processamento e a liquidação de 
pagamentos de pessoas, empresas, governo, Banco Central e instituições financeiras. Estas transferências são realizadas através de débitos e 
créditos nas Contas de Reserva Bancária que os bancos possuem junto ao Banco Central 
Estrutura 
Além do Banco Central, o Sistema de Pagamentos Brasileiro é integrado por: 
 Instituições Financeiras; 
 Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC); 
 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Ativos BM&F; 
 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Câmbio BM&F; 
 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Derivativos BM&F; 
 Cetip; 
 Selic; 
 Visanet e Redecard; 
 TecBan; 
 Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). 
As transferências de recursos financeiros no SPB são formalizadas por meio de mensagens eletrônicas transmitidas exclusivamente por 
intermédio da Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN). São padronizadas e observam procedimentos específicos de segurança 
(criptografia e certificado digital). 
 O Sistema de Pagamentos Brasileiros foi reformado pela lei nº 10.214 de 27 de março de 2001, abaixo serão destacados alguns trechos desta 
importante legislação: 
Art. 1o Esta Lei regula a atuação das câmaras e dos prestadores de serviços de compensação e de liquidação, no âmbito do sistema de 
pagamentos brasileiro. 
Art. 2o O sistema de pagamentos brasileiro de que trata esta Lei compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos 
relacionados com a transferência de fundos e de outros ativos financeiros, ou com o processamento, a compensação e a liquidação de 
pagamentos em qualquer de suas formas. 
Parágrafo único. Integram o sistema de pagamentos brasileiro, além do serviço de compensação de cheques e outros papéis, os 
seguintes sistemas, na forma de autorização concedida às respectivas câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação, 
pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários, em suas áreas de competência: 
I - de compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito; 
II - de transferência de fundos e de outros ativos financeiros; 
III - de compensação e de liquidação de operações com títulos e valores mobiliários; 
IV - de compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros; e 
V - outros, inclusive envolvendo operações com derivativos financeiros, cujas câmaras ou prestadores de serviços tenham sido 
autorizados na forma deste artigo. 
Art. 3o É admitida a compensação multilateral de obrigações no âmbito de uma mesma câmara ou prestador de serviços de 
compensação e de liquidação. 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, define-se compensação multilateral de obrigações o procedimento destinado à apuração da 
soma dos resultados bilaterais devedores e credores de cada participante em relação aos demais. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 11 
 
 
Art. 4o Nos sistemas em que o volume e a natureza dos negócios, a critério do Banco Central do Brasil, forem capazes de oferecer risco 
à solidez e ao normal funcionamento do sistema financeiro, as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação 
assumirão, sem prejuízo de obrigações decorrentes de lei, regulamento ou contrato, em relação a cada participante, a posição de parte 
contratante, para fins de liquidação das obrigações, realizada por intermédio da câmara ou prestador de serviços. 
§ 1o As câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação não respondem pelo adimplemento das obrigações 
originárias do emissor, de resgatar o principal e os acessórios de seus títulos e valores mobiliários objeto de compensação e de liquidação. 
§ 2o Os sistemas de que trata o caput deverão contar com mecanismos e salvaguardas que permitam às câmaras e aos prestadores de 
serviços de compensação e de liquidação assegurar a certeza da liquidação das operações neles compensadas e liquidadas. 
§ 3o Os mecanismos e as salvaguardas de que trata o parágrafo anterior compreendem, dentre outros, dispositivos de segurança 
adequados e regras de controle de riscos, de contingências, de compartilhamento de perdas entre os participantes e de execução direta
de 
posições em custódia, de contratos e de garantias aportadas pelos participantes. 
Art. 5o Sem prejuízo do disposto no § 3o do artigo anterior, as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação 
responsáveis por um ou mais ambientes sistemicamente importantes deverão, obedecida a regulamentação baixada pelo Banco Central do 
Brasil, separar patrimônio especial, formado por bens e direitos necessários a garantir exclusivamente o cumprimento das obrigações 
existentes em cada um dos sistemas que estiverem operando 
§ 1o Os bens e direitos integrantes do patrimônio especial de que trata o caput, bem como seus frutos e rendimentos, não se 
comunicarão com o patrimônio geral ou outros patrimônios especiais da mesma câmara ou prestador de serviços de compensação e de 
liquidação, e não poderão ser utilizados para realizar ou garantir o cumprimento de qualquer obrigação assumida pela câmara ou prestador de 
serviços de compensação e de liquidação em sistema estranho àquele ao qual se vinculam. 
§ 2o Os atos de constituição do patrimônio separado, com a respectiva destinação, serão objeto de averbação ou registro, na forma da 
lei ou do regulamento. 
Art. 6o Os bens e direitos integrantes do patrimônio especial, bem como aqueles oferecidos em garantia pelos participantes, são 
impenhoráveis, e não poderão ser objeto de arresto, seqüestro, busca e apreensão ou qualquer outro ato de constrição judicial, exceto para o 
cumprimento das obrigações assumidas pela própria câmara ou prestador de serviços de compensação e de liquidação na qualidade de parte 
contratante, nos termos do disposto no caput do art. 4o desta Lei. 
Art. 7o Os regimes de insolvência civil, concordata, intervenção, falência ou liquidação extrajudicial, a que seja submetido qualquer 
participante, não afetarão o adimplemento de suas obrigações, assumidas no âmbito das câmaras ou prestadores de serviços de compensação 
e de liquidação, que serão ultimadas e liquidadas pela câmara ou prestador de serviços, na forma de seus regulamentos. 
Parágrafo único. O produto da realização das garantias prestadas pelo participante submetido aos regimes de que trata o caput, assim 
como os títulos, valores mobiliários e quaisquer outros seus ativos, objeto de compensação ou liquidação, serão destinados à liquidação das 
obrigações assumidas no âmbito das câmaras ou prestadores de serviços. 
Art. 8o Nas hipóteses de que trata o artigo anterior, ou quando verificada a inadimplência de qualquer participante de um sistema, a 
liquidação das obrigações, observado o disposto nos regulamentos e procedimentos das câmaras ou prestadores de serviços de compensação 
e de liquidação, dar-se-á: 
I - com a tradição dos ativos negociados ou a transferência dos recursos, no caso de movimentação financeira; e 
II - com a entrega do produto da realização das garantias e com a utilização dos mecanismos e salvaguardas de que tratam os §§ 2o e 3o 
do art. 4o, quando inexistentes ou insuficientes os ativos negociados ou os recursos a transferir. 
Parágrafo único. Se, após adotadas as providências de que tratam os incisos I e II, houver saldo positivo, será ele transferido ao 
participante, integrando a respectiva massa, se for o caso, e se houver saldo negativo, constituirá ele crédito da câmara ou do prestador de 
serviços de compensação e de liquidação contra o participante. 
Art. 9o A infração às normas legais e regulamentares que regem o sistema de pagamentos sujeita as câmaras e os prestadores de 
serviços de compensação e de liquidação, seus administradores e membros de conselhos fiscais, consultivos e assemelhados às penalidades 
previstas: 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 12 
 
 
I - no art. 44 da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964, aplicáveis pelo Banco Central do Brasil; 
II - no art. 11 da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, aplicáveis pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Parágrafo único. Das decisões proferidas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, com fundamento neste 
artigo, caberá recurso, sem efeito suspensivo, para o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, no prazo de quinze dias. 
Art. 10. O Conselho Monetário Nacional, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas suas respectivas esferas de 
competência, baixarão as normas e instruções necessárias ao cumprimento desta Lei. 
 
Fonte: www.bacen.gov.br 
 
 
5 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN) 
Foi Keynes em 1936 quem formalizou teoricamente o processo poupança-investimento. Define-se renda como quaisquer recursos obtidos por 
um indivíduo. Assim, salários, juros, aluguéis e lucros constituem renda. Poupança refere-se à renúncia ao consumo imediato de bens e 
serviços, o que disponibiliza parte da renda para o investimento. O investimento é definido como a aplicação de recursos visando, direta ou 
indiretamente, a produção de bens e serviços, possibilitando maior consumo ou maior renda no futuro. A totalidade da renda de um indivíduo 
somente pode se destinar ao consumo ou à poupança. E o investimento somente pode ser feito se houver poupança. À medida que aumenta a 
renda individual e, portanto, são satisfeitas as necessidades básicas do consumidor, aumenta a sua capacidade de poupança e sua propensão 
ao investimento. 
A origem do sistema financeiro, os juros e o lucro 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 13 
 
 
Agora surge uma consideração importante: nem sempre aquele que tem um bom projeto de investimento dispõe da poupança para viabilizá-lo. 
Neste caso, poderia "alugar" a poupança de outrem que possui os recursos mas não se habilita a empreender. Aí está, de forma bastante 
simplificada, a origem dos juros e do sistema financeiro. 
O referido aluguel de recursos financeiros constitui-se nos juros do empréstimo. Estes juros devem compensar o aplicador pela perda 
temporária de liquidez de sua poupança (estar com o dinheiro preso) e pelo risco de eventualmente ver frustrados os recebimentos previstos no 
futuro. Esta frustração dependerá, entre outros fatores, do retorno do investimento efetuado pelo tomador do empréstimo. Em conseqüência, 
para que o empreendimento seja viável, o retorno da atividade produtiva (renda variável pelas incertezas do negócio) tem que ser 
obrigatoriamente maior que o rendimento dos juros (renda fixa estabelecida contratualmente). 
O sistema financeiro promove a troca de recursos de poupadores para empreendedores, seja direta ou indiretamente através de sucessivas 
intermediações. As necessidades financeiras do empreendedor não coincidem em volumes e prazos com as disponibilidades do emprestador. 
O sistema de intermediação financeira encarrega-se de promover, mediante determinada remuneração, o encontro de recursos de múltiplos 
poupadores com os de múltiplos empreendedores. Assim, o sistema financeiro viabiliza a compatibilização das necessidades de uns com as 
disponibilidades de outros. Fundos de renda fixa, certificados de depósitos bancários, cadernetas de poupança e uma diversidade de outros 
mecanismos financeiros nada mais são do que meios de transferir poupanças entre agentes superavitários e agentes deficitários. 
 
A Lei nº 4.595, de 31 de Dezembro de 1964 dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias, além de criar o 
Conselho Monetário Nacional. No artigo 1º detaca-se: 
O Sistema Financeiro Nacional(SFN), estruturado e regulado pela presente Lei, será constituído: 
I - do Conselho Monetário Nacional; 
II - do Banco Central do Brasil; 
III - do Banco do Brasil S. A.; 
IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; 
V - das demais instituições financeiras públicas e privadas. 
O Banco Central (BACEN) em seu site, exibe a seguinte composição do SFN:
O Conselho Monetário Nacional (CMN) 
O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir 
diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, 
Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 14 
 
 
Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo 
da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento 
das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, 
creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa. 
O Banco Central do Brasil - Bacen 
O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da 
moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; 
estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. 
Dentre suas atribuições estão: emitir papel-moeda e moeda metálica; executar os serviços do meio circulante; receber recolhimentos 
compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; 
regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; efetuar operações de compra e venda de títulos públicos 
federais; exercer o controle de crédito; exercer a fiscalização das instituições financeiras; autorizar o funcionamento das instituições financeiras; 
estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras empresas 
nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem 
representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará 
e Pará. 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de 
dezembro de 1976. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. 
Para este fim, exerce as funções de: 
 assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; 
 proteger os titulares de valores mobiliários; 
 evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; 
 assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; 
 assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários; 
 estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 
 promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações 
do capital social das companhias abertas. 
Cabe à CVM, entre outras, disciplinar as seguintes matérias: 
 registro de companhias abertas; 
 registro de distribuições de valores mobiliários; 
 credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários; 
 organização, funcionamento e operações das bolsas de valores; 
 negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
 administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 
 suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações; 
 suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa de valores; 
A Lei (6385/76) atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado. Diante de 
qualquer suspeita a CVM pode iniciar um inquérito administrativo, através do qual, recolhe informações, toma depoimentos e reúne provas com 
vistas a identificar claramente o responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da acusação, amplo direito de defesa. 
O Colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso. As penalidades que a CVM pode atribuir vão desde a simples advertência até a 
inabilitação para o exercício de atividades no mercado, passando pelas multas pecuniárias. 
Instituições financeiras captadoras de depósito à vista 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 15 
 
 
Bancos múltiplos ( Não contemplados no Edital) 
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas 
instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de 
arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e 
regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser 
operada por banco público. 
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser 
organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação 
social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994). 
Bancos comerciais 
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos 
necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e 
terceiros em geral. 
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a 
prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução 
CMN 2.099, de 1994). 
Caixa Econômica Federal 
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada 
ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações 
ativas e efetuar prestação de serviços. 
Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de 
assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens 
de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor 
de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. 
Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 
integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 
Cooperativas de Crédito 
As cooperativas de crédito se dividem em: singulares, que prestam serviços financeiros de captação e de crédito apenas aos respectivos 
associados, podendo receber repasses de outras instituições financeiras
e realizar aplicações no mercado financeiro; centrais, que prestam 
serviços às singulares filiadas, e são também responsáveis auxiliares por sua supervisão; e confederações de cooperativas centrais, que 
prestam serviços a centrais e suas filiadas. Observam, além da legislação e normas gerais aplicáveis ao sistema financeiro: a Lei 
Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, que institui o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo; a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 
1971, que institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; e a Resolução nº 3.859, de 27 de maio de 2010, que disciplina sua 
constituição e funcionamento. As regras prudenciais são mais estritas para as cooperativas cujo quadro social é mais heterogêneo, como as 
cooperativas de livre admissão. 
Bancos Comerciais Cooperativos 
Bancos Cooperativos são bancos comerciais, constituídos sob a forma de sociedades anônimas que diferenciam-se dos demais por terem 
como acionistas, exclusivamente, as Cooperativas de Crédito. 
 
Devem fazer constar, obrigatoriamente, de sua denominação a expressão "Banco Cooperativo" e têm sua atuação restrita às Unidades da 
Federação em que estejam situadas as sedes das pessoas jurídicas (cooperativas) controladoras. Podem firmar convênio de prestação de 
serviços com cooperativas de crédito localizadas em sua área de atuação. É vedada a sua participação no capital social de instituições 
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
 
Na constituição de um Banco Cooperativo devem ser seguidos os procedimentos pertinentes para a constituição de banco comercial (ver 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 16 
 
 
roteiro específico), com a seguinte particularidade: apenas as pessoas jurídicas controladoras devem publicar declaração de propósito e 
comprovar capacidade econômica compatível com o empreendimento. 
Demais instituições financeiras 
Associações de poupança e empréstimo 
As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. 
Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações 
passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros e 
empréstimos externos. Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, 
mas dividendos. Os recursos dos depositantes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e não no passivo exigível 
(Resolução CMN 52, de 1967). 
Bancos de desenvolvimento 
Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o 
suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a 
promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado. As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, 
emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As 
operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser constituídos sob a forma de 
sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua 
denominação social, a expressão "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede (Resolução CMN 394, de 
1976). 
Bancos de investimento 
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, 
de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser 
constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". 
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos 
de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou 
aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999). 
Sociedades de crédito, financiamento e investimento 
As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas por financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério da 
Fazenda 309, de 30 de novembro de 1959. São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento 
para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social 
deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras 
de Câmbio (Resolução CMN 45, de 1966) e Recibos de Depósitos Bancários (Resolução CMN 3454, de 2007). 
Sociedades de crédito imobiliário 
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento 
habitacional. Constituem operações passivas dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e 
depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de habitações, abertura de crédito para compra ou 
construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. 
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito 
Imobiliário". (Resolução CMN 2.735, de 2000). 
Outros Intermediários Financeiros 
Sociedades de arrendamento mercantil 
As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua 
denominação social a expressão "Arrendamento Mercantil". As operações passivas dessas sociedades são emissão de debêntures, dívida 
externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 17 
 
 
de direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e 
bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil 
(Resolução CMN 2.309, de 1996). 
Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários 
As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de 
responsabilidade limitada. Dentre seus objetivos estão: operar em bolsas de valores, subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no 
mercado; comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros; encarregar-se da administração de carteiras e da 
custódia de títulos e valores mobiliários; exercer funções de agente fiduciário; instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; 
emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar operações no 
mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de conta margem; realizar operações compromissadas; praticar operações de 
compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros; operar em bolsas
de mercadorias e de futuros por 
conta própria e de terceiros. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.655, de 1989). Os FUNDOS DE 
INVESTIMENTO, administrados por corretoras ou outros intermediários financeiros, são constituídos sob forma de condomínio e representam a 
reunião de recursos para a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos condôminos 
valorização de quotas, a um custo global mais baixo. A normatização, concessão de autorização, registro e a supervisão dos fundos de 
investimento são de competência da Comissão de Valores Mobiliários. 
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários 
As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de 
responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a expressão "Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários". Algumas 
de suas atividades: intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado; administram e custodiam as 
carteiras de títulos e valores mobiliários; instituem, organizam e administram fundos e clubes de investimento; operam no mercado acionário, 
comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros; fazem a intermediação com 
as bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; operam no mercado aberto e intermedeiam operações de 
câmbio. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.120, de 1986). 
Bolsas de mercadorias e futuros 
As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, com objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e 
financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um 
mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging 
(proteção) ante flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como de todo e qualquer 
instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem 
autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Bolsas de valores 
As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações civis, com o objetivo de manter local ou sistema adequado ao encontro de seus 
membros e à realização entre eles de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente 
organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários. Possuem autonomia financeira, patrimonial e 
administrativa (Resolução CMN 2.690, de 2000). 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; é 
composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social, 
Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão de Valores 
Mobiliários. 
Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas 
ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, 
capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades 
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das 
respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 18 
 
 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; é responsável pelo controle e fiscalização do 
mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. 
Dentre suas atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de 
Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; atuar no 
sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de 
capitalização e resseguro; zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; promover o aperfeiçoamento das 
instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados; promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição; zelar pela liquidez e 
solvência das sociedades que integram o mercado; disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados 
em bens garantidores de provisões técnicas; cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem 
delegadas; prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 
Instituto de Resseguros do Brasil(IRB) 
Resseguradores - Entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que têm por objeto exclusivo a realização de operações de 
resseguro e retrocessão. 
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) – Empresa resseguradora, constituída como sociedade de economia mista com controle acionário da 
União, vinculada ao Ministério da Fazenda. 
Resseguro é o seguro do seguro. Quando uma companhia assume um contrato de seguro superior à sua capacidade financeira, ela necessita 
repassar esse risco, ou parte dele, a uma resseguradora. 
O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de mitigar o risco, preservar a estabilidade das companhias 
seguradoras e garantir a liquidação do sinistro ao segurado. 
O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) foi criado em 1939 pelo então presidente Getúlio Vargas com objetivo bem delineado: 
fortalecer o desenvolvimento do mercado segurador nacional, através da criação do mercado ressegurador brasileiro. 
Sociedades seguradoras 
Sociedades seguradoras - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do 
qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco 
indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido. 
Sociedades de capitalização 
Sociedades de capitalização - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de 
capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo 
contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, 
ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro. Mais informações poderão ser encontradas no endereço: 
www.susep.gov.br 
Entidades abertas de previdência complementar 
Entidades abertas de previdência complementar - são entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por 
objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, 
acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de 
maio de 2001. As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas
pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) 
O CNPC é o novo órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência 
complementar, nova denominação do Conselho de Gestão da Previdência Complementar. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 19 
 
 
O CNPC é presidido pelo ministro da Previdência Social e composto por representantes da Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos 
Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência complementar, dos patrocinadores e 
instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de 
benefícios das referidas entidades. 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) 
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, 
responsável por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A Previc atua como entidade 
de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime 
de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar. 
A Previc possui a seguinte estrutura básica: 
I - Diretoria; 
II - Procuradoria Federal; 
III - Coordenações-Gerais; 
IV - Ouvidoria; e 
V - Corregedoria. 
A Previc será administrada por uma Diretoria Colegiada composta por 1 (um) Diretor-Superintendente e 4 (quatro) Diretores, escolhidos dentre 
pessoas de ilibada reputação e de notória competência, a serem indicados pelo Ministro de Estado da Previdência Social e nomeados pelo 
Presidente da República. 
Competências: 
• I - proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de suas operações; 
• II - apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis; 
• III - expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua área de competência, de acordo 
com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei no 10.683, de 
28 de maio de 2003; 
• IV - autorizar: 
a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos 
estatutos e regulamentos de planos de benefícios; 
b) as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades 
fechadas de previdência complementar; 
c) a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores e 
instituidores; e 
d) as transferências de patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de 
previdência complementar; 
V - harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas e políticas estabelecidas para o 
segmento; 
VI - decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar, bem como nomear 
interventor ou liquidante, nos termos da lei; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 20 
 
 
VII - nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação 
extrajudicial, na forma da lei; 
VIII - promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar e entre estas e seus participantes, 
assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como dirimir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei no 9.307, de 23 de 
setembro de 1996; 
IX - enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Previdência Social e, por seu intermédio, ao Presidente da República e 
ao Congresso Nacional; e 
X - adotar as demais providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos. 
Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) 
As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins 
lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de 
caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos 
recursos dos planos de benefícios. Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. Mais informações poderão ser 
encontradas no endereço: www.previdenciasocial.gov.br 
Sociedades de Fomento Mercantil 
 O Fomento Mercantil (Factoring) no Brasil é a atividade de compra de créditos referentes a vendas (mercadorias ou serviços). Empresas de 
Factoring: 
 não podem captar de terceiros para realizar empréstimos (característica de atividade bancária); 
 Aplicam um “Fator de Compra” e não juros; 
 Somente atua com Pessoas Jurídicas; 
 Não há direito de regresso sobre os créditos comprados. 
Sociedades Administradora de Cartões de Crédito 
Não são empresas financeiras e sim empresas prestadoras de serviço, que fazem intermediação entre os portadores de cartão de crédito, as 
bandeiras (ex. Visa e Master) e as instituições financeiras. Por tanto não estão sujeitas à Lei da Usura e não há incidência de IOF nas 
transações com cartão de crédito (exceto quando há juros – atraso – ou transações em moeda estrangeira). 
CRSFN - Conselho de Recursos do Sistema Financeiro 
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro (CRSFN) é um órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da 
Fazenda, conforme disposto na Lei nº 9.069, de 29.06.95, e cuja Secretaria-Executiva funciona no Edifício Sede do Banco Central do Brasil. 
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CRSFN é constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos 
especializados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de câmbio, de capitais, de consórcios e de crédito rural e industrial, observada a 
seguinte composição: 
 I - dois representante do Ministério da Fazenda (Minifaz); 
 II - um representante do Banco Central do Brasil (Bacen); 
 III - um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); 
 IV - quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por essas indicados em lista tríplice. 
As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes: Associação Brasileira das Empresas de Capital Aberto – ABRASCA, 
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – ANBIMA, Comissão Nacional de Bolsas - CNB, Federação 
Brasileira dos Bancos - FEBRABAN, Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança - ABECIP, Associação Nacional 
das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias – ANCORD, Conselho Consultivo do Ramo Crédito da 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 21
Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB/CECO, Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON; os representantes das 
quatro primeiras entidades têm assento no Conselho como membros-titulares e os demais, como suplentes. 
Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo Ministro da Fazenda, com mandato de dois anos, 
podendo ser reconduzidos uma única vez. 
Fazem ainda parte do Conselho de Recursos três Procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, 
com atribuição de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, e um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministro de Estado da Fazenda, 
responsável pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos. Para tanto, o Banco Central do Brasil e, subsidiariamente, a 
Comissão de Valores Mobiliários proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo. 
Um dos representantes do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o vice- presidente é o representante designado pelo Ministério 
da Fazenda dentre os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho. 
São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em segunda e última instância administrativa os recursos às decisões das instituições 
integrants do Sistema Financeiro Nacional. 
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic 
O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição processa, 
relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. 
O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 
de entrega contra pagamento. 
Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de cada operação é 
realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interligado. 
O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em parceria com a Anbima, tem seus centros operacionais (centro 
principal e centro de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro. 
Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, além do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos 
comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades 
operadoras de serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas outras instituições integrantes do Sistema 
Financeiro Nacional. 
CETIP –Câmara de Custódia e Liquidação 
CETIP é a integradora do mercado financeiro. É uma companhia de capital aberto que oferece produtos e serviços de registro, custódia, 
negociação e liquidação de ativos e títulos. 
Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona liquidez, segurança e transparência para as operações financeiras, 
contribuindo para o desenvolvimento sustentável do mercado e da sociedade brasileira. A empresa é, também, a maior depositária de títulos 
privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de ativos privados do país. 
Funcionamento: 
As operações das instituições financeiras são registradas na CETIP após verificação dos itens básicos de segurança, como códigos de acesso, 
senhas e validade de datas. As informações do comprador e do vendedor do título são comparadas e, se houver alguma divergência, o sistema 
rejeita a operação. 
Com a ação coordenada entre as funções de custódia, registro e liquidação financeira, a CETIP pode assegurar aos vendedores que a entrega 
do objeto vendido será feita apenas contra o efetivo pagamento do valor acordado. Da mesma forma, os compradores têm certeza de que o 
pagamento somente será processado mediante o recebimento do objeto da operação. Assim, na prática diária da CETIP é aplicado o conceito 
da entrega contra pagamento, o chamado DVP – Delivery Versus Payment, estabelecido em 1992 pelo BIS – Bank for International 
Settlements. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 22 
 
 
O modelo de negócio da CETIP está fundamentado nos conceitos de transparência e segurança. A Câmara disponibiliza sistemas e serviços 
dentro de um ambiente isento de risco de mercado, uma vez que não atua como contraparte das operações. A existência de múltiplos ciclos 
diários de liquidação, com finalização em D+0 (no mesmo dia de sua realização), e a possibilidade de agendamento de operações facilitam a 
interconexão com mercados situados em diferentes fusos horários. 
 
As operações efetuadas pela Plataforma Eletrônica são processadas sem descontinuidade e reentrada de dados, com a integração das 
funções de custódia e de liquidação financeira. É o chamado STP – Straight Through Processing. 
6 Noções de política econômica, noções de política monetária, instrumentos de política monetária, formação da taxa de juros. 
 
COPOM – Comitê de Política Monetária 
O Comitê de Política Monetária (Copom) é um órgão criado pelo Banco Central em 20 de junho de 1996, por meio da circular 2.698, e tem 
como objetivo estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa básica de juros. Ainda, tem a competência específica de 
manipular a liquidez econômica, por meio dos instrumentos de política monetária. 
O Copom é composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do Banco Central e é presidido pelo presidente da autoridade monetária 
Também integram o grupo de discussões os chefes de departamentos, consultores, o secretário-executivo da diretoria, o coordenador do grupo 
de comunicação institucional e o assessor de Imprensa. 
Definição e histórico 
O Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A 
criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo 
Federal Open Market Committee (FOMC) do Banco Central dos Estados Unidos e pelo Central Bank Council, do Banco Central da Alemanha. 
Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também instituiu o seu Monetary Policy Committee (MPC), assim como o Banco Central Europeu, 
desde a criação da moeda única em janeiro de 1999. Atualmente, uma vasta gama de autoridades monetárias em todo o mundo adota prática 
semelhante, facilitando o processo decisório, a transparência e a comunicação com o público em geral. 
Desde 1996, o Regulamento do Copom sofreu uma série de alterações no que se refere ao seu objetivo, à periodicidade das reuniões, à 
composição, e às atribuições e competências de seus integrantes. Essas alterações visaram não apenas aperfeiçoar o processo decisório no 
âmbito do Comitê, como também refletiram as mudanças de regime monetário. 
Destaca-se a adoção, pelo Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999, da sistemática de "metas para a inflação" como diretriz de política 
monetária. Desde então, as decisões do Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho 
Monetário Nacional. Segundo o mesmo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe ao presidente do Banco Central divulgar, em Carta 
Aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo para o retorno da taxa de inflação aos 
limites estabelecidos. 
Formalmente, os objetivos do Copom são "implementar a política monetária, definir a meta da Taxa Selic e seu eventual viés, e analisar o 
'Relatório de Inflação'". A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com 
lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias 
do Comitê. Se for o caso, o Copom também pode definir
o viés, que é a prerrogativa dada ao presidente do Banco Central para alterar, na 
direção do viés, a meta para a Taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias. 
As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em dois dias: a primeira sessão às terças-feiras e a segunda às quartas-feiras. Mensais desde 
2000, o número de reuniões ordinárias foi reduzido para oito ao ano a partir de 2006, sendo o calendário anual divulgado até o fim de outubro 
do ano anterior. O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil: o presidente, que tem o voto de 
qualidade; e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do 
Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração. Também participam do primeiro dia da reunião os chefes dos 
seguintes Departamentos do Banco Central: Departamento Econômico (Depec), Departamento de Operações das Reservas Internacionais 
(Depin), Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departamento de Operações do Mercado Aberto 
(Demab), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), além do gerente-executivo da Gerência-Executiva de Relacionamento com 
Investidores (Gerin). Integram ainda a primeira sessão de trabalhos três consultores e o secretário-executivo da Diretoria, o assessor de 
imprensa, o assessor especial e, sempre que convocados, outros chefes de departamento convidados a discorrer sobre assuntos de suas 
áreas. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 23 
 
 
No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento e o gerente-executivo apresentam uma análise da conjuntura doméstica abrangendo 
inflação, nível de atividade, evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado 
de câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de mercado aberto, avaliação prospectiva das tendências da inflação e 
expectativas gerais para variáveis macroeconômicas. 
No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os membros do Comitê e o chefe do Depep, sem direito a voto, os diretores de Política 
Monetária e de Política Econômica, após análise das projeções atualizadas para a inflação, apresentam lternativas para a taxa de juros de 
curto prazo e fazem recomendações acerca da política monetária. Em seguida, os demais membros do Copom fazem suas ponderações e 
apresentam eventuais propostas alternativas. Ao final, procede-se à votação das propostas, buscando-se, sempre que possível, o consenso. A 
decisão final - a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver - é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo tempo em que é expedido 
Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen). 
As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8h30 da quinta-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo 
regulamentar de seis dias úteis, sendo publicadas na página do Banco Central na internet ("Notas da Reunião do Copom") e para a imprensa. 
A versão em inglês é divulgada com uma pequena defasagem de cerca de 24 horas. 
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica, em português e em inglês, o documento "Relatório de 
Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de 
inflação. 
Depósito compulsório 
O depósito compulsório é uma das formas de atuação de um Banco Central para garantir o poder de compra da moeda, e, em menor escala, 
para execução da política monetária. O depósito compulsório é geralmente feito através de determinação legal, obrigando os bancos 
comerciais e outras instituições financeiras a depositarem, junto ao Banco Central, parte de suas captações em depósitos à vista ou outros 
títulos contábeis. 
O principal objetivo do depósito compulsório é evitar a multiplicação descontrolada da moeda escritural.O Depósito Compulsório é a reserva 
obrigatória recolhida dos depósitos bancários, conforme percentual fixado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), com a finalidade de 
restringir ou de alimentar o processo de expansão dos meios de pagamento. -Texto adaptado (Programa de Educação Financeira do Banco 
Central do Brasil. 
Quando uma pessoa deposita certa quantia de dinheiro num banco comercial, esta quantia fica disponível para que o banco a empreste a outro 
cliente. Este cliente, por sua vez, não gasta imediatamente todo o dinheiro tomado como empréstimo, mas deposita o valor tomado em um 
segundo banco. Neste ponto temos uma multiplicação da moeda, já que o primeiro depositante tem a totalidade de seu dinheiro disponível em 
moeda escritural (pode emitir um cheque nesse valor, ou fazer compras com cartão de débito, por exemplo) e o segundo depositante também 
tem a mesma quantidade disponível. Entretanto, a quantidade de moeda "real" é apenas a quantidade que foi depositada pelo primeiro 
depositante. 
Num exemplo mais concreto: Digamos que A tenha 100 dinheiros e isso seja toda a nossa economia num país imaginário P. Quando A 
deposita esses 100 dinheiros no banco X, os 100 dinheiros em papel moeda se transformam em 100 dinheiros em moeda escritural, que A 
pode gastar emitindo cheques ou usando seu cartão eletrônico. 
Temos então que outra pessoa, digamos B, precisa de 100 dinheiros. Ela se dirige ao banco X e toma um empréstimo de 100 dinheiros. O 
banco X entrega então a B os 100 dinheiros em papel moeda que A lhe havia entregue como depósito, sem com isso diminuir o valor em 
moeda escritural que A tinha em sua conta. Assim temos na economia do país P um total de 200 dinheiros, mas apenas 100 desses em papel 
moeda. A moeda está se multiplicando a cada depósito. 
Se B também deposita seus 100 dinheiros num banco Y, e C toma um empréstimo junto ao banco Y de 100 dinheiros, temos mais uma 
multiplicação da moeda. Essa multiplicação não tem limites, já que os bancos podem emprestar todo o dinheiro depositado neles. 
Essa situação é insustentável, se a oferta de moeda se torna maior que o que a economia é capaz de produzir, a inflação toma conta para 
reajustar o valor da moeda até o nível de preços. Mas se a moeda é infinita, então a inflação também será. Aí entram os depósitos 
compulsórios. 
7 Mercado Financeiro - mercado monetário; mercado de crédito; mercado de capitais: ações – características e direitos, debêntures, 
diferenças entre companhias abertas e companhias fechadas, funcionamento do mercado à vista de ações, mercado de balcão; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 24 
 
 
mercado de câmbio: instituições autorizadas a operar; operações básicas; contratos de câmbio – características; taxasde câmbio; 
remessas; SISCOMEX. 
Mercado Financeiro 
O mercado financeiro está dividido em quatro grandes segmentos: o mercado de crédito, o mercado de capitais, o mercado monetário e o 
mercado de câmbio 
O mercado de crédito 
Associava-se o sistema financeiro à transferência de recursos de emprestadores para investidores, sendo a remuneração dos emprestadores 
dada pelo resultado da atividade econômica. Assim colocado, este processo exibe características de coerência e viabilidade típicas do mercado 
de crédito à produção. Existe também um outro tipo de transferência de poupança: é a que se dá entre emprestadores e consumidores, 
constituindo o mercado de crédito ao consumidor. Tal mercado propicia que, pelo menos temporariamente, indivíduos consumam mais que sua 
renda. Mesmo nestes casos, indiretamente, o sistema financeiro está viabilizando a produção que se beneficia da regularização do fluxo ou da 
oportunidade de consumo. É o caso dos bens de consumo duráveis (desde geladeiras até
automóveis) e dos imóveis residenciais cujos 
compradores, por vezes temerariamente, confiam em rendas futuras para satisfazer necessidades ou impulsos presentes. 
Para a captação de recursos destinados às operações de crédito, o sistema financeiro conta com uma diversidade de instrumentos e títulos de 
crédito, dos quais serão abordados apenas os mais importantes, a caderneta de poupança e o certificado de depósito bancário. 
A caderneta de poupança destina-se à captação da pequena poupança popular (ainda que tenha havido inúmeras distorções) e seus recursos 
direcionam-se prioritariamente para o financiamento da habitação. Diz-se que a caderneta de poupança é aplicação popular porque tem 
determinado nível de garantia governamental e rende igualmente para quaisquer volumes de aplicação. Seus rendimentos são mensais com 
base na data do depósito e calculados pela TR (taxa referencial do período divulgada pelo Banco Central) mais um percentual fixo de juros de 
0,5% ao mês. A expressão "mais juros de..." leva freqüentemente a enganos. Na realidade, não se somam os juros à TR, mas se aplicam os 
juros sobre o percentual da TR. Por exemplo, se a TR do período foi de 2%, faz-se o cálculo por fatores (1+i), ou seja, a caderneta de 
poupança renderá o fator (1+0,02) x (1+0,005) = 1,0251, o que equivale a 2,51% ao mês. [(1,0251-1) x 100]. 
O certificado de depósito bancário - CDB é o principal título utilizado por bancos comerciais e bancos de investimentos para a captação de 
recursos destinados às diversas linhas de crédito pessoal e empresarial. Os inúmeros fundos de investimentos de renda fixa existentes 
atualmente no mercado (os FIF e os FAQ, ainda que comercialmente possam ter diferentes denominações) são aplicações em condomínio e 
que aplicam, basicamente, em títulos do governo (vide item 2.3.5.) e em títulos privados, como os CDB. Os rendimentos dos CDB podem ser 
pós-fixados com base na TR ou pré-fixados e referem-se a uma taxa efetiva ao ano, embora a instituição captadora possa transformar em taxa 
efetiva para o período exato da aplicação. Geralmente, os CDB pós-fixados são de prazo mais longo (exemplo: 90, 180 ou 360 dias) e os pré-
fixados são de prazo mais curto (exemplo: 30, 31, 32, 35, 40, 50 e 60 dias. Os mais comuns são de 30, 31 e 32 dias, conforme o vencimento 
padrão de 30 dias ocorra em dia útil, sábado ou domingo). 
É importante lembrar que os rendimentos dos CDB resultam de negociação com a instituição financeira e não são tabelados como os da 
poupança. As taxas dependem da necessidade de captação dos bancos e dos volumes disponíveis pelo aplicador. Em função dos custos fixos 
bancários e do interesse pelo cliente, as aplicações de maior vulto tendem a ter remunerações melhores que as pequenas aplicações. Pela 
prática atual, aplicações abaixo de R$10.000,00 talvez não sejam apropriadas para um CDB, devendo ser direcionadas para fundos de renda 
fixa ou para a caderneta de poupança. O limite superior do rendimento de um CDB deve ser a taxa do CDI - certificado de depósito 
interfinanceiro (vide item 2.3.5), pois o banco não irá pagar ao aplicador mais do que pode obter emprestando a outros bancos (vide também 
item 2.3.6 sobre o imposto de renda e comparação de taxas). 
O mercado de capitais 
Diferencie-se, inicialmente, o investimento financeiro do investimento de capital. O doador de um empréstimo é um investidor financeiro, visto 
que renuncia ao consumo presente visando uma renda maior no futuro, mas o resgate do empréstimo e o respectivo rendimento são definidos 
contratualmente em termos de prazos e valores. Já o empreendedor investe em ativos que normalmente integram o capital fixo de uma 
empresa: trata-se de um investimento de capital. Diferentemente do investimento financeiro, o investimento de capital não tem uma data certa 
de resgate (ou a tem muito distante) nem pode oferecer uma remuneração previamente definida. Dificilmente alguém se animaria a um 
investimento de capital se ficasse preso a ele para sempre. Então, para satisfazer uma eventual necessidade de resgate por parte do investidor 
de capital, os direitos sobre o negócio podem ser transferidos a outros investidores desejosos de assumir os riscos e benefícios do negócio. 
Assim, a finalidade da aplicação, a variabilidade do rendimento e a forma de reembolso são fatores específicos que caracterizam o mercado de 
capitais. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 25 
 
 
As bolsas de valores são instituições (não as únicas) encarregadas, basicamente, de promover estas transferências. Diz-se que dão liquidez 
aos investimentos de capital. O mercado de capitais abrange a oferta e procura pelos investimentos de capital primário e pelas transferências 
secundárias daqueles investimentos. Mercado primário refere-se, portanto, às aplicações diretas na atividade produtiva, por exemplo, compra 
de novas ações pelo investidor quando do aumento do capital de uma empresa em expansão. Já o mercado secundário refere-se às 
transferências entre investidores dos direitos sobre estes investimentos. Um outro ambiente típico de mercado secundário é o chamado 
mercado de balcão. São negociações de compra e venda de ações fora das bolsas, normalmente promovido por corretoras especializadas 
nesta área. O mercado de balcão é mais apropriado para empresas de pequeno e médio porte, cujas ações não são bem conhecidas ou que 
não têm volume de negociação que justifique sua movimentação através de uma bolsa de valores. 
As bolsas de valores são sociedades civis, de direito privado, sem fins lucrativos, exercendo relevante atividade de interesse público e de 
importante significado econômico. O patrimônio da bolsa é constituído por títulos patrimoniais de propriedade dos corretores de valores que a 
fundaram. As bolsas funcionam como clubes de serviço para facilitar e dar confiabilidade aos negócios com ações intermediados pelos 
corretores. Os investidores que operam na bolsa o fazem por intermédio de suas sociedades corretoras das quais são clientes. As corretoras 
cobram de seus clientes uma comissão próxima a 0,5% do valor das operações. 
A função econômica das bolsas é prover liquidez dos títulos e valores mobiliários (basicamente ações), criando condições de negociação e, em 
conseqüência, viabilizando o mercado primário destes títulos. Como já foi visto, o mercado primário é o único que efetivamente capitaliza as 
empresas, mediante ingresso de novos recursos para o seu desenvolvimento. O mercado secundário, do qual a bolsa é o centro de gravidade, 
não gera diretamente recursos para as empresas. 
No mercado secundário, as ações apenas trocam de mãos. Os recursos fluem entre os investidores interessados nas ações e não passam 
pelas empresas emitentes. Significa que se as ações sobem na bolsa, este fato em si não faz as empresas ficarem mais ricas, nem mais 
sólidas, nem com maior patrimônio. Seus acionistas, sim, teriam seu patrimônio aumentado com uma alta das cotações. E o contrário é válido 
para as baixas das ações. O mercado secundário caracteriza-se pelas trocas entre detentores de direitos sobre uma empresa, sem nenhuma 
implicação direta sobre o caixa ou sobre o patrimônio das empresas cujas ações são negociadas. Observa-se que não se está tratando do 
interessante tópico em finanças sobre a separação entre a propriedade e a administração das empresas, o que é outra coisa. O que se 
pretente aqui é alertar para a separação entre o lucro da empresa e o lucro do acionista eventualmente verificado no mercado secundário. 
Alguns autores, consideram que as aplicações de médio e longo prazo caracterizam o mercado de capitais. Assim, inclusive os financiamentos 
do sistema habitacional fariam parte do mercado de capitais. Neste trabalho adota-se um critério ligeiramente diferente. Mercado de capitais 
refere-se à participação do investidor no risco do negócio ou em financiamentos
de longo prazo voltados para a formação de ativos fixos nas 
empresas e cujas garantias dependam fundamentalmente do retorno dos referidos ativos. Assim, mercado de capitais abrange ações, 
debêntures, bônus de subscrição, outros valores mobiliários e financiamentos de longo prazo destinados à formação do patrimônio produtivo 
das empresas, tal como os financiamentos de projetos do BNDES e do Finame. Todavia, os ativos predominantes neste mercado são as 
ações. 
Entende-se que os financiamentos habitacionais, normalmente destinados ao mutuário que vai adquirir a primeira residência, é uma operação 
do mercado de crédito pessoal, visto que o mutuário não vai utilizar o imóvel para aluguel ou outra forma de renda. Ao contrário, o imóvel vai 
ser depreciado fisicamente pelo uso e pelo tempo e, a longo prazo, a única parcela a manter valor será a fração proporcional ao terreno onde o 
imóvel foi implantado. Veja-se o exemplo de prédios que são implodidos para dar lugar a outras construções mais modernas e com maior 
número de pavimentos. O tema pode ser objeto de discussões que beiram o campo filosófico e que, portanto, escapam aos objetivos aqui 
pretendidos. 
O mercado monetário e o mercado cambial 
Este título figura apenas para completar a classificação dos mercados que compõem o sistema financeiro, visto que não são de interesse direto 
no escopo deste trabalho. O Mercado Monetário poderia ser inicialmente confundido com o próprio mercado de crédito anteriormente referido. 
Entretanto, possui a peculiaridade de referir-se às operações de curtíssimo prazo, cujo objetivo não é financiar diretamente nenhum 
empreendedor ou consumidor, mas equilibrar as reservas de moeda entre os vários agentes da economia. 
São operações típicas deste mercado as trocas de disponibilidades entre os próprios bancos, através dos certificados de depósitos 
interfinanceiros (CDI) e as operações chamadas de mercado aberto ("open market") nas quais o Banco Central e o Tesouro Nacional são os 
principais operadores. Se feitas de um dia para o outro, estas operações são conhecidas como "overnight", cuja taxa é um importante 
referencial nos mercados financeiros, conhecida no jargão dos operadores como "taxa over". Os principais títulos negociados no mercado 
aberto são o BBC - Bônus do Banco Central, a LTN - Letra do Tesouro Nacional, a LFT - Letra Financeira do Tesouro e a NTN - Nota do 
Tesouro Nacional. Um detalhamento maior sobre o mercado monetário pode ser encontrado em Lopes e Rossetti (1992). 
Finalmente, o mercado de câmbio envolve a troca de moedas estrangeiras para o atendimento das necessidades de viagens e comércio 
exterior. São, normalmente, transações a vista mas podem associar-se a operações de crédito com moedas estrangeiras. Estas operações são 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 26 
 
 
intermediadas por bancos comerciais e corretoras de câmbio autorizados pelo Banco Central que regulamenta detalhadamente todos os 
procedimentos necessários. A inexistência de um mercado livre de câmbio conduz à existência de um mercado ilegal (mercado paralelo ou 
"black") cujas cotações são publicadas diariamente nos principais jornais e acompanhadas por terminais de computador no Banco Central, 
repassadas por empresas especializadas no assunto! 
Mercado de Câmbio 
 Instituições autorizadas a operar: 
 Bancos de todos os tipos 
 Bancos de Desenvolvimento, em operações específicas autorizado pelo BC 
 Sociedade de crédito, financiamento e investimento, Soc distribuidora de títulos e valores mobiliários, Soc corretoras de câmbio 
 Agência de Turismo (compra e venda de espécie e cheques de viagem) 
 Meios de Hospedagem de Turismo (compra de não residentes) 
 Lembres que nossa legislação proíbe o uso de moeda estrangeira nas transações internas. 
 Quem faz parte deste mercado: 
Os produzem divisas: Exportadores, os tomadores de recursos empréstimo e investimento (quando internalizam os recursos), os turistas 
estrangeiros e os que recebem transferência do exterior. 
Os que remetem divisas: Importadores, tomadores de empréstimo (quando remetem o principal e juros para o exterior), os tomadores de 
investimento (quando remetem os rendimentos – lucros/dividendos) e os que fazem transferências para o exterior. 
 Operações Básicas: As operações são basicamente a troca (conversão) de moedasde um país para outro. Podendo ser: 
Compra: Entrega de R$ e recebimento de ME 
Venda: Entrega de ME e recebimento de R$ 
Arbitragem: Entrega de ME e recebimento de outra ME 
 Estas podem ser Comerciais (Importação e Exportação) ou Financeira (Empréstimos e Investimentos). 
 Quanto à forma: 
Câmbio Manual: Operações que envolvam a compra e venda em espécie. 
Câmbio Sacado: Quando na troca, existem documentos ou títulos representativos da moeda (saques – letras de câmbio ou cambiais –, cartas 
de créditos, ordens de pagamento ou cheques). 
 Como a Política brasileira é de Câmbio Flutuante, as taxas pronta ou futura de compra e venda são determinadas pelo mercado, da seguinte 
forma: 
Quando a procura por dólar é forte: O dólar fica mais caro, o que eleva a taxa cambial (R$/dólar), o preço do Real diminui. As exportações 
tendem aumentar. 
Quando a procura por dólar diminui: O dólar cai, a taxa de câmbio cai, o Real se eleva. As importações tendem a aumentar. 
 Taxa PTAX – é a média ponderada das operações de câmbio contrata em um dia, divulgada pelo Bacen às 17h. 
 Tipos de contratos: 
1 – Exportação de mercadorias e serviços 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 27 
 
 
2 – Importação de mercadorias com pagamento à vista ou até 360 dias 
3 – Financeira (compra) 
4 – Financeira (venda) 
5 – Entre instituições financeiras (compra) 
6 – Entre instituições financeiras (venda) 
7 – Alteração no contrato de câmbio (compra) 
8 – Alteração no contrato de câmbio (venda) 
9 – Cancelamento do contrato de câmbio (compra) 
10 – Cancelamento do contrato de câmbio (venda) 
 Taxas de câmbio: 
Pronto: Operações para liquidação em moeda estrangeira em D+2 e entrega de Reais em D+0. 
Futuro: Operações para liquidação futura. A taxa de contratos futuros deve seguir a cotação de mercado da moeda estrangeira para a data da 
liquidação. Também é contada taxa de bonificação para a Instituição Financeira. 
 Operações Básicas: 
Compra 
Venda 
Pagamento Antecipado de Importação ou Exportação 
Antecipação sobre Contrato de Câmbio (ACC): Trata-se de possibilidade de contratação de antecipação total ou parcial de contrato de 
exportação em reais, cuja liquidação ocorre na entrega da moeda estrangeira ou títulos que a represente. 
 SISCOMEX é sistema informatizado para registro, acompanhamento e controle de operações de comércio exterior. Seus gestores são a 
Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Secretaria da Receita Federal (SRF) e Banco Central (BC). Seus usuários são os importadores e 
exportadores (e seus representantes, como despachantes aduaneiros ou consultores); instituições financeiras autorizadas a operar com 
câmbio; órgãos intervenientes do comércio exterior; e Banco do Brasil para conceder autorização de Licença de Importação. 
Mercado de ações 
Ação: São títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que às emitiu. As ações são títulos de renda variável. 
Ao acionista são garantidos os seguintes direitos: Participar dos Lucros; fiscalizar; acesso à informação; preferência na subscrição; direito de 
recesso; direito de voto (ações ordinárias); indicação de membros do Conselho de Administração; convocar ou adiar Assembleias; Tag Along; 
Direito de Transmissão;. 
Classificação segundo os direitos: 
Ação Ordinária: Dá direito a voto, instrumento que permite o acionista exercer o controle sobre
a companhia. 
Ações preferenciais: têm preferência (prioridade), sobre as ordinárias, no recebimento de dividendos e de receber sua parte em caso de 
dissolução da sociedade. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 28 
 
 
Classificação segundo a forma de circulação: 
Nominativas 
Ao Portador 
Escriturais 
Valor das Ações: 
Nominal: Valor de face 
Contábil: Valor nos registros contábeis 
Liquidação: Valor avaliado em caso de encerramento das atividades da companhia 
Subscrição: Preço fixado para subscrição de capital 
Mercado: É o preço que os compradores estão aceitando para pagar e os vendedores recebendo para fazê-lo em mercado organizado. 
Terminologias: 
Dividendos: valor representativo de parte dos lucros que é dividido aos acionistas 
Bonificação: Consiste no recebimentos gratuito de um números de ações proporcional à quantidade já possuída. Resultam de aumento de 
lucros por incorporação de reservas ou lucros suspensos. 
Split: desdobramento de ações, sem alteração no capital social 
Inplit: Agrupamento de ações, sem alteração no capital social 
 Underwriting é o lançamento de novas ações no mercado a fim de captar recursos dos antigos ou de novos acionistas via subscrição de 
capital. A Underwriting sempre se dá no mercado primário. Suas formas são via: 
Abertura de Capital 
Aumento de Capital 
 Mercado à vista é a compra ou venda em pregão de determinada quantidade de ações para liquidação imediata. A entrega física das ações ao 
comprador é feita em D+2 e a entrega financeira ao vendedor em D+3. è possível realizar compra e venda de uma mesma ação em um mesmo 
pregão, o que se chama de day trade. As operações podem ser no mercado primário (primeira emissão do papel) ou no secundário 
(negociações posteriores a emissão primária). 
 Tipos de ordem: 
A Mercado: quando defini-se o tipo e quantidade de ações que se quer vender ou comprar, para realização imediata. 
Administrada: quando defini-se o tipo e quantidade de ações que se quer vender ou comprar, sendo o momento de sua realização fica a critério 
da corretora. 
Limitada: quando se estabelece o preço máximo ou mínimo pelo qual se quer negociar determinada ação. 
Casada: Determina-se que a venda de um título somente poder ser feito em conjunto com a compra de outro. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 29 
 
 
Mercado de Balcão ou de Balcão Organizado é o local não físico onde as instituições financeiras realizam a compra e venda de ações não 
negociadas em Bolsa além de outros títulos. Este mercado é autorizado pela CVM. Exemplos de Mercados de Balcão temos a SOMA, Balcão 
localizada no Rio de Janeiro, controlada pela BM&F, onde se negocia ações, Certificados a Termo de Energia Elétrica, Cota de Fundos 
Fechados e outros valores mobiliários . 
8 Mercado Primário e Mercado Secundário. 
O Mercado Primário compreende o lançamento de novas ações no mercado; é uma forma de captação de recursos para a empresa. Uma vez 
ocorrendo esse lançamento inicial ao mercado, as ações passam a ser negociadas no Mercado Secundário, onde ocorre a troca de 
propriedade de título. Ou seja, no Mercado Primário, quem vende as ações é a companhia, usando os recursos para se financiar. No Mercado 
Secundário, o vendedor é você (investidor) que se desfaz das ações para reaver o seu dinheiro. Por isso, os negócios que você realiza em 
Bolsa de Valores correspondem ao Mercado Secundário. 
9 Produtos Bancários. 
Depósitos a vista: 
são os depósitos captados pelos bancos múltiplos com carteira comercial, bancos comerciais, caixas econômicas, cooperativas de crédito que 
estão totalmente disponíveis aos seus clientes. São passivos dos bancos. 
Depósitos a prazo: 
Títulos nominativos emitidos pelos bancos comerciais (ou múltiplos com carteira comercial), de investimento, de desenvolvimento e caixas 
econômicas, que pagam taxas de juros pré ou pós fixados, onde a taxa e o prazo são negociados pelo investidor 
CDB significa Certificado de Depósito Bancário. Estes certificados de depósitos bancários são títulos nominativos emitidos pelos bancos e 
vendidos ao público como forma de captação de recursos. 
Os CDBs podem ser negociados a qualquer momento dentro do prazo contratado mas, quando negociadas a um prazo menor do que aquele 
mínimo previsto (30,60 ou 90 dias para os títulos pré-fixados), estas aplicações sofrem incidência de Imposto sobre Operações Financeiras 
(IOF) além do Imposto de Renda na Fonte (IRF). 
Principais modalidades 
As principais modalidades de Certificado de Depósito Bancário são: 
CDB - Pré-fixado 
A rentabilidade destes títulos é determinada na hora da aplicação, e portanto, você saberá previamente o quanto irá receber no 
vencimento. Nos momentos de crise, com tendência à queda das taxas de juros, os bancos darão preferência à captação de recursos em 
CDB pré-fixado de prazo longo. 
CDB - Pós-fixado 
Os CDBs pós-fixados podem ser oferecidos pelos bancos com ou sem liquidez diária, rendem de acordo com o desempenho de 
indicadores como os Certificados de Depósito Interbancário (CDI) ou a Taxa de Referência (TR). Estes títulos são populares em 
momentos onde existe perspectiva de aumento dos juros. 
CDB - com Swap 
Os CDBs com swap são títulos que podem ser negociados com remuneração pré-fixada ou pós-fixada de acordo com o desempenho 
de indicadores como Taxa SELIC, taxa cambial ou CDI. Os montantes mínimos de investimento são superiores às modalidades 
anteriores, geralmente acima de R$ 100 mil. 
Imposto de Renda: Quanto mais tempo os valores permanecerem aplicados, menor será a alíquota de imposto cobrado. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 30 
 
 
 
Tempo de Permanência Alíquotas Regressivas 
Até 180 dias 22,5% 
De 181 a 360 dias 20,0% 
De 361 a 720 dias 17,5% 
Acima de 720 dias 15,0% 
IOF 
Não há incidência, visto que esta modalidade tem carência de 30 dias e o IOF regressivo aplica-se aos resgates realizados antes de 
30 dias. 
Elementos indispensáveis ao CDB: 
- Local e data de emissão; 
- nome do banco emitente e assinaturas; 
- denominação: Certificado de Depósito Bancário 
- indicação da importância depositada e data da sua exigibilidade; 
- nome e qualificação do depositante; 
- Taxa de “juros” convencionada (ou indexador) e época do seu pagamento. 
- Lugar do pagamento e depósito e dos juros. 
Recibo de Depósito Bancário 
Os Recibos de Depósitos Bancários são títulos de renda fixa, representativos de depósitos a prazo, utilizados pelos bancos comerciais como 
mecanismos de captação de recursos. 
Ao comprar um RDB, você está emprestando dinheiro para o Banco e recebendo juros em troca. Ao final do prazo contratado, o banco deve lhe 
pagar o valor aplicado (principal), acrescido da remuneração prevista quando da aplicação. 
Esta remuneração nunca é negativa. A diferença entre os CDB e os RDB é que o CDB pode ser negociado antes do vencimento, enquanto o 
RDB é inegociável e intransferível. 
Tanto o CDB quanto o RDB podem ser resgatados junto à instituição emissora, antes do prazo contratado, desde que decorrido o prazo mínimo 
de aplicação. No RDB o resgate é feito sem nenhum rendimento. 
Cobrança e pagamento de tributos: 
É a operação de pagamento ou de cobrança realizada pelos bancos em geral, de títulos emitidos por empresas-clientes. 
Neste serviço os bancos ganham com: tarifas e comissões (flot). 
Cobrança e pagamento de tributos: 
• Alguns benefícios da cobrança BB: 
- abrangência da rede de agências do Banco do Brasil; 
- aplicativo gerencial BB Cobrança, oferecido de forma gratuita; 
- controle da carteira, diretamente no seu ambiente de trabalho, por
meio do Gerenciador Financeiro; 
- pontualidade e segurança no crédito dos valores cobrados; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 31 
 
 
- possibilidade de antecipação dos recursos; 
- possibilidade de protestar bloquetos de cobrança não pagos. 
Modalidades de cobrança integrada: 
• Cobrança simples sem registro: Cobrança de Duplic. Mercantil (DM), Duplic. De Serv. (DS), Nota Promissória (NP), Letra de Câmbio 
(LC), Warrant, Nota e apólice de Seguros, emitidos em moeda corrente ou em unidades variáveis. Não existe neste serviço o registro 
da operação mercantil nos sistemas do banco e não há emissão de instruções. 
• Cobrança simples com registro: Cobrança igual a anterior, incluíndo os recibos, com a permissão do cliente baixar ou modificar os 
dados dos títulos, por meio de instruções e também existe a possibilidade de adiantamento dos recursos. 
• Cobrança descontada: Destinação à cobrança de DM, DS, NP, LC E Warrant, destinadas a operação de crédito (adiantamento de 
recebíveis) 
• Cobrança caucionada: Destina-se à cobrança de DM, DS, NP, LC e Warrant emitidos em moeda corrente e entregues em garantia de 
operação de crédito. 
• Cobrança prêmio de seguro: Destina-se a cobrança de Apólice de Seguro e Nota de Seguro com recolhimento automático do IOF na 
liquidação. 
• Cobrança financiada vendor: Destina-se à cobrança de DM, DS e LC emitidas para operações de adiantamento de recursos chamada 
VENDOR. 
Boletos e Carnês: 
São recebimentos por conta de terceiros, ou seja, operações realizadas por conta de terceiros. 
Exemplo clássico: IPTU 
Transferência automática de fundos: 
 Transferência dos recursos de várias contas do cliente para uma mesma conta corrente. 
Arrecadação de tributos e tarifas públicas: 
Efetuado através de convênio com os governos, com cobrança de comissões pela prestação do serviço. 
O BACEN(Circ. 1.805) determinou que o valor arrecadado dos tributos está sujeito ao depósito compulsório nos moldes do depósito à vista, 
enquanto que as tarifas de serviços públicos não são atingidas pelo compulsório e geram float bancário. 
Caderneta de poupança 
A poupança é um dos investimentos mais populares do Brasil, já que é um tipo de investimento com baixo risco e como conseqüência, 
rendimento baixo. Abaixo são apresentadas informações sobre poupança disponíveis no site do Banco do Brasil. 
1.O que é Poupança? 
 Conta de depósitos remunerada pela TR - taxa referencial - acrescida de juros mensais (para pessoa física) ou trimestrais (para pessoa 
jurídica) 
 
2.Quais são as modalidades de Poupança BB? 
 O BB possui as seguintes modalidades de poupança: Poupança Ouro, Poupex, Poupança Ouro Salário, Poupança Poupex Salário, 
Poupança Ouro Conta Investimento e Poupança Poupex Conta Investimento. 
 
3.Como faço para autorizar os créditos dos meus proventos em Poupança Salário? 
 A autorização para crédito dos proventos em poupança salário pode ser feita através de sua agência de relacionamento, CABB, internet e 
terminais de auto-atendimento. Acesse a opção Investimentos > Aplicação > Aplicação Automática em Poupança Salário. 
 
4. Como é feita a identificação do dia que depositei o valor em Poupança? 
 A conta de Poupança Ouro é aberta automaticamente com a primeira aplicação. O dia do depósito é identificado como dia-base. Cada vez 
que você efetuar novo depósito em data diferente é criado um novo dia-base. Essas datas são referência para a remuneração mensal do 
investimento. Os depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31, terão como dia-base o dia 1º. 
 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 32 
 
 
5. É possível agendar transferências contínuas para minha Conta Poupança? 
 Sim. É a chamada Poupança Programada: você define o dia do mês, o valor e por quanto tempo quer investir, e o BB faz a transferência 
automática dos valores da sua conta corrente para a poupança. 
 
6. As contas de Poupança podem ter resgate automático? 
 Sim. Você pode escolher a ordem de prioridade considerando as demais aplicações que você possui e que também têm a opção de resgate 
automático. Pode ser cadastrado na sua agência de relacionamento, CABB, internet e nos terminais de auto-atendimento. Acesse a opção 
Investimentos > Solicitações > Priorização de resgate automático. 
 
7. Existe valor mínimo para aplicar em Poupança? 
 A aplicação e o resgate podem ser feitos em qualquer valor. O saldo mínimo a ser mantido em sua conta Poupança Salário e Poupança com 
resgate automático é de R$ 5,00. 
 
8. Qual é o risco da Poupança? 
 O risco de aplicar na Poupança do Banco do Brasil é muito baixo devido à credibilidade do Banco do Brasil. Além disso, a Poupança é 
garantida pelo FGC – Fundo Garantidor de Crédito até a quantia de R$ 60.000,00 por CPF/CNJ e por Instituição Financeira ou 
Conglomerado. 
 
9. Quando são creditados os rendimentos da Poupança? 
 a) pessoas físicas, pessoas jurídicas sem fins lucrativos, pessoas jurídicas isentas e setor público - mensal, na data-base; 
b) pessoas jurídicas com fins lucrativos - trimestral, na data-base, no último mês do trimestre. 
 
10. Quais são as alíquotas de Imposto de Renda incidentes na Poupança? 
 a) pessoas físicas: não pagam imposto de renda em suas aplicações; 
b) pessoas jurídicas: rendimentos auferidos após 01.01.2005: 22,5% sobre o rendimento nominal; 
c) setor público: não há cobrança de impostos. 
 
FINAME 
Financiamento, por intermédio de instituições financeiras credenciadas, para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de 
fabricação nacional, credenciados no BNDES. 
O produto BNDES Finame divide-se em Linhas de Financiamento, com objetivos e condições financeiras específicas, para melhor atender as 
demandas dos clientes, de acordo com a empresa beneficiária e os itens financiáveis. 
Formas de Apoio 
Indireta Automática. 
Saiba mais sobre as formas de apoio. 
Clientes 
Poderão solicitar apoio financeiro, respeitando as orientações das linhas: 
Sociedades nacionais e estrangeiras e fundações, com sede e administração no Brasil; 
Empresários individuais inscritos no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ e no Registro Público de Empresas Mercantis; 
Pessoas jurídicas de direito público; 
Transportadores autônomos de carga residentes e domiciliados no País, para aquisição de caminhões e afins, e equipamentos especiais 
adaptáveis a chassis, tais como plataformas, guindastes e tanques, nacionais e novos; e 
Associações, sindicatos, cooperativas, condomínios e assemelhados, e clubes. 
Modalidades de Apoio 
O apoio financeiro poderá ser concedido nas seguintes modalidades: 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 33 
 
 
Financiamento à Compradora: modalidade destinada a: 
Beneficiárias usuárias para aquisição de máquinas e equipamentos; 
Empresas para aquisição de máquinas e equipamentos, que pela sua natureza, a critério do BNDES, possam ser destinados ao uso de 
terceiros, mediante contrato de comodato; 
Empresas cujo objeto social inclua a locação de máquinas e equipamentos, desde que não caracterizada como empresa de arrendamento 
mercantil e que o bem financiado não seja destinado à sublocação. 
Financiamento à Produção de Máquinas e Equipamentos: durante o período de fabricação, para produção de máquinas e equipamentos já 
negociados com as respectivas Compradoras; 
Financiamento à Fabricante para a Comercialização: para venda de máquinas e equipamentos já negociados com as respectivas 
Compradoras. 
Linhas de Financiamento 
As condições financeiras de uma operação realizada pelo Produto BNDES Finame dependerão da linha de financiamento utilizada. As linhas 
disponíveis para
o BNDES Finame são: 
Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aquisição de Bens de Capital (MPME BK) 
Apoio à aquisição de maquinas e equipamentos nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, para micro, pequenas e médias empresas. 
Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aquisição de Ônibus e Caminhões (MPME Ônibus e Caminhões) 
Apoio à aquisição de ônibus e caminhões, para micro, pequenas e médias empresas, e para transportadores autônomos de cargas. 
Bens de Capital – Comercialização – Aquisição de Bens de Capital (BK Aquisição) 
Apoio à aquisição de maquinas e equipamentos nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, para média-grandes e grandes empresas. 
Bens de Capital – Comercialização – Aquisição de Ônibus e Caminhões (BK Aquisição Ônibus e Caminhões): Apoio à aquisição de ônibus e 
caminhões, para média-grandes e grandes empresas. 
Bens de Capital – Produção de Bens de Capital (BK Produção) 
Apoio à produção de máquinas e equipamentos fixos, para empresas de qualquer porte. 
Bens de Capital – Concorrência Internacional (BK Concorrência Internacional) 
Apoio à aquisição e produção de máquinas e equipamentos, exceto ônibus e caminhões, que demandem condições de financiamento 
compatíveis com as ofertadas para congêneres estrangeiros em concorrências internacionais. 
Financiamento à importação e à exportação – repasses de recursos do BNDES 
Quais são os investimentos financiados pelo BNDES? 
Investimentos para implantação, expansão, modernização, ampliação e recuperação da capacidade produtiva de empresas, incluída a 
aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados pelo BNDES, e o capital de giro associado. 
Como são realizados os financiamentos com recursos do BNDES? 
As operações podem ser contratadas diretamente com o BNDES e/ou com as instituições financeiras credenciadas como repassadoras de 
recursos do Banco. 
 
No BNDES Microcrédito, podem ser repassadoras de recursos: agências de fomento, cooperativas centrais de crédito, instituições financeiras 
públicas, organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIP's e sociedades de crédito ao microempreendedor - SCM'S. 
Quais são as operações de financiamento realizadas diretamente com o BNDES? 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 34 
 
 
Projetos de investimento em que o valor do financiamento seja, no mínimo, de R$ 10 milhões, podem ser realizadas diretamente com o 
BNDES, por meio do BNDES Finem. 
 
O valor mínimo de financiamento pode variar, a critério do BNDES, conforme as áreas de atuação. 
 
Alguns programas de financiamento podem ser apoiados diretamente pelo BNDES, neste caso é estabelecido um valor mínimo para apoio 
direto por programa. 
Quais são as operações de financiamento realizadas somente através de instituições financeiras credenciadas? 
Projetos de investimento em que o valor do financiamento seja inferior a R$ 10 milhões, ou exceções previstas conforme as áreas de atuação - 
BNDES Automático; 
Aquisição isolada de máquinas e equipamentos de qualquer valor - BNDES Finame, BNDES Finame Agrícola, BNDES Finame Leasing; 
Projetos de investimento, aquisição isolada de máquinas e equipamentos ou capital de giro financiados por programas nos quais seja previsto 
apenas a forma de apoio indireta. 
 
Quais são as instituições financeiras credenciadas como repassadoras de recursos do BNDES? 
Bancos comerciais, bancos cooperativos, bancos múltiplos, bancos de desenvolvimento, bancos de investimento e agências de fomento. 
Para operações no âmbito do BNDES Microcrédito podem ser credenciadas as seguintes instituições: agências de fomento, cooperativas 
centrais de crédito, instituições financeiras públicas, organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIP's, e sociedades de crédito ao 
microempreendedor - SCM'S. 
Home/Office Banking – Internet Banking: Acesso disponibilizado por meio de telefone ou computador durante 24 horas. 
Remote Banking: São os bancos 24 horas, caixas eletrônicos e outros dispositivos que os bancos disponibilizam aos seus clientes para o 
atendimento remoto, ou seja, fora das agências. 
Fundos de Investimento 
1. Fundo de Investimento – FI 
O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em títulos e valores 
mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais. (art. 2º - Instrução CVM 411) 
Obs. Um condomínio pressupõe que todos os participantes desse condomínio, denominados cotistas, têm direitos e obrigações iguais. 
2. Fundo de Investimento em Cotas de FI (FIC) 
Trata-se de fundo de investimento que investe seus recursos em outros fundos de investimento. 
O fundo de investimento em cotas de fundos de investimento deverá manter, no mínimo, 95% (noventa e cinco por cento) de seu patrimônio 
investido em cotas de fundos de investimento de uma mesma classe, exceto os fundos de investimento em cotas classificados como 
"Multimercado", que podem investir em cotas de fundos de classes distintas. 
Obs. Fundos Exclusivos: Os fundos classificados como "Exclusivos" são aqueles constituídos para receber aplicações exclusivamente de um 
único cotista. Somente investidores qualificados poderão ser cotistas de fundos exclusivos. 
3. Patrimônio do Fundo 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 35 
 
 
Soma dos ativos disponíveis na carteira do Fundo, marcados a mercado, mais valores a receber, menos despesas (taxa de administração, 
performance – se houver – e outras despesas autorizadas). 
4. Cota 
Corresponde à fração ideal do patrimônio líquido do fundo, devendo ser nominativa e escriturada em nome de seu titular. É um valor mobiliário, 
portanto, são fiscalizadas pela CVM. 
4.1 Valor da Cota: Resultado da divisão do Patrimônio Líquido do Fundo pelo número de cotas. 
4.1.1 Cota de Abertura: Sistemática pela qual o valor da cota do dia é projetado com base no valor dos ativos do fundo do dia anterior; 
4.1.2 Cota de Fechamento: Sistemática pela qual o valor da cota é definido após o fechamento do mercado, tendo como base o valor efetivo 
dos ativos que compõem a carteira do fundo. 
4.1.3 Liquidação Financeira: As cotas para liquidação financeira das aplicações ou resgates podem ser diferentes da cota da data da solicitação 
(D0, D+1, ...) 
 
5. Taxas cobradas pelo Administrador 
5.1 Taxa de Administração: É a remuneração cobrada pelo gestor para administrar os recursos do fundo. Cobrada diariamente sobre o PL. 
5.2 Taxa de Performance: É um percentual cobrado pelo gestor sempre que a rentabilidade do fundo ultrapassa o índice de referência 
especificado no regulamento. 
5.3 Taxa de Saída: É cobrada nos resgates totais ou parciais de alguns fundos. 
5.4 Taxa de Ingresso/Entrada: É cobrada pelo ingresso do investidor no fundo e se repete a cada vez que este adquirir novas cotas. 
As taxas acima não podem ser elevadas sem autorização da Assembléia Geral de Cotistas, podendo, contudo, ser reduzidas unilateralmente 
pelo administrador, que deve comunicar o fato de imediato à CVM e aos cotistas. 
6. Fundos Abertos e Fechados 
Os fundos abertos permitem aplicações e resgates a qualquer tempo. 
Já os fundos fechados possuem um período máximo de subscrição de cotas de 180 dias, não admitindo resgate. Os fundos podem ter prazo 
determinado (quando todas cotas serão resgatadas) ou indeterminado (onde o investidor somente consegue vender para terceiros suas cotas). 
7. Fundos com carência ou sem carência 
Os fundos sem carência admitem resgate a qualquer momento, sendo que neste caso o investidor recebe além do capital os rendimentos do 
período. 
De outra forma, nos fundos com carência, quando previsto em regulamento, o investidor abre
mão do rendimento do período quando solicita o 
resgate antes de cumprida a carência. 
8. Fundos Passivos e Ativos 
Os fundos ativos buscam ter rentabilidade superior à variação do índice de referência (benchmark). 
Diferentemente, os fundos passivos, buscam acompanhar um índice previamente definido. 
9. Prestadores de Serviços dos Fundos de Investimentos 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 36 
 
 
9.1 Administrador: Responsável pelo fundo, pelas informações devidas ao investidor e aos órgãos reguladores. É quem constitui o fundo e 
contrata os demais prestadores de serviço. 
9.2 Gestor: Responsável pelas decisões de investimento do fundo, segundo a política de investimento determinada no regulamento. 
9.3 Distribuidor: Responsável por vender as cotas aos Investidores. Pode ser o próprio Administrador ou contratar um terceiro para esse 
serviço. 
9.4 Custodiante: Responsável pela liquidação física e financeira dos ativos, sua guarda, bem como a administração e informação de proventos 
associados a estes ativos. 
9.5 Auditor Independente: Anualmente audita as demonstrações contábeis do fundo. Sua remuneração são encargos diretos dos fundos (não 
está embutida na taxa de administração). 
TRIBUTAÇÃO NOS FUNDOS DE INVESTIMENTO 
Sobre os rendimentos produzidos pelos fundos de investimento há incidência de dois tributos, o IOF – Imposto sobre Operações Financeiras e 
o IR – Imposto de Renda. 
1. IOF – Imposto sobre Operações Financeiras 
Incide sobre resgate, cessão ou repactuação de operações com títulos ou valores mobiliários, e/ou resgates de cotas de fundos de 
investimentos (exceto ações), cujo prazo de permanência tenha sido inferior a 30 dias. 
Base de cálculo: O valor de resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento ou a um percentual do rendimento. 
Tabela Regressiva do IOF: 
Nº de dias 
% do 
Rendimento 
Nº de dias 
% do 
Rendimento 
1 96 16 46 
2 93 17 41 
3 90 18 40 
4 86 19 36 
5 83 20 33 
6 80 21 30 
7 76 22 26 
8 73 23 23 
9 70 24 20 
10 66 25 16 
11 63 26 13 
12 60 27 10 
13 56 28 6 
14 53 29 3 
15 50 30 0 
Obs.: Não há incidência de IOF em Fundos de Ações. 
2. IR - Imposto de Renda 
Incide sobre os rendimentos produzidos nas alienações das aplicações financeiras. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 37 
 
 
Base de cálculo: Diferença positiva entre o valor da alienação, líquido de IOF, quando couber, e o valor da aplicação financeira. 
2.1 Fundos com carteira de curto prazo 
São os fundos (exceto de ações), cujo prazo médio da carteira é de até 365 dias. 
A definição da alíquota de IR a ser aplicada é em função do prazo do investimento. 
Até 180 dias: 22,5% sobre os rendimentos. 
Acima de 180 dias: 20% sobre os rendimentos. 
 
2.2 Fundos com carteira de Longo Prazo (devem possuir LP no nome) 
São os fundos (exceto de ações), cujo prazo médio da carteira é superior a 365 dias. 
A definição da alíquota de IR a ser aplicada é em função do prazo do investimento. 
Até 180 dias: 22,5% sobre os rendimentos. 
De 181 até 360 dias: 20% sobre os rendimentos. 
De 360 a 720 dias: 17,5% sobre os rendimentos. 
Acima de 720 dias: 15% sobre os rendimentos. 
Derivativos 
1. Conceito 
Derivativos são contratos de ativos financeiros e/ou valores mobiliários cujo valor e características de negociação derivam do ativo de origem, 
que são suas referências, também chamados de ativo-objeto. 
Neste mercado são negociados direitos e obrigações para vencimentos em datas futuras, como opções, futuros, contratos de commodities e 
taxa de juros. 
Um bom exemplo é o seguinte: Se desejássemos comprar uma casa daqui a um ano, onde não temos todo o capital para comprar hoje. 
Achamos o vendedor. O que fazer para não perder o negócio? Poderíamos neste caso, pagar um prêmio ao vendedor para que ele venda este 
imóvel no preço dado hoje, mas entregando o imóvel e recebendo o valor financeiro no futuro. No mercado de capitais, esse prêmio se chama 
opção de compra e é negociado em Bolsa. 
Os Mercados de Derivativos se dividem em quatro áreas: Futuros, a Termo, de Opções e Swap. 
2. Mercado de Futuros 
Um contrato futuro é o compromisso de comprar ou vender determinado ativo em uma data pré-determinada no futuro, por um preço pré-
estabelecido. 
Este ativo pode ser um instrumento financeiro, commodity ou ainda uma moeda estrangeira. 
 
Os contratos futuros são padronizados pelas bolsas, que estabelecem as quantidades negociadas, vencimentos e margens a serem 
depositadas ou creditadas conforme a variação do contrato futuro, o que favorece a troca de posições. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 38 
 
 
Veja o exemplo abaixo para melhor compreensão do conceito. Este é um caso hipotético de aplicação de um contrato futuro entre duas 
empresas que lidam com câmbio. 
 
A empresa Importa Mais sabe que no próximo mês irá precisar de 250 mil dólares para pagar a importação de sua mercadoria, e precisa 
converter seus reais em dólares. Para se proteger do risco do câmbio resolve efetuar um acordo com a empresa Exporta Bom que exporta 
bens e irá precisar converter seus 250 mi dólares em reais. Estas duas empresas fecham um contrato futuro de trocar seus 250 mil dólares por 
400 mil reais, ou seja, trocando cada dólar por R$ 1,60. 
Se na data acordada, o dólar estiver cotado à R$ 1,75, a empresa Importa Mais deixou de perder R$ 0,15 por dólar acordado, enquanto a 
empresa Exporta Bom deixou de ganhar R$ 0,15 por dólar, caso não tivesse feito o contrato e tivesse vendido os seus dólares no mercado. 
Porém se na data acordada o dólar estiver cotado à R$ 1,45, a empresa Importa Mais deixou de ganhar R$ 0,15 por dólar caso não tivesse 
feito o contrato e tivesse comprado os seus dólares no mercado, enquanto a empresa Exporta Bom deixou de perder R$ 0,15 por dólar por ter 
feito o contrato. 
A liquidação dos contratos futuros pode ocorrer de forma física (entrega do ativo) ou financeira (por diferença). 
Nos contratos futuros são comuns a existência de margem de garantia e ajustes diários com vistas à garantir a liquidação da operação. 
3. Mercado a Termo 
O contrato a termo é uma operação que representa um acordo particular entre duas partes, sendo que uma das partes garante a compra ou a 
venda do ativo-objeto da negociação e a outra parte garante a venda ou a compra, na data futura especificada. 
Nesses contratos não há ajuste diário e nem a troca de posições como ocorre nos contratos futuro. 
Assim como no mercado futuro, a liquidação pode ocorrer de forma física ou financeira. 
4. Mercado de Opções 
O contrato de opções de compra garante ao investidor o direito de comprar uma determinada quantidade de um ativo, por um preço 
preestabelecido, numa (ou até uma) determinada data. Caso não seja vantajoso para o investidor, ele pode decidir por não exercer o direito de 
comprar o ativo. Para obter esse direito de compra, o investidor, titular da opção, faz um pagamento ao lançador da opção. 
O contrato de opções de venda garante ao investidor o direito de vender uma determinada quantidade de um ativo, por um preço 
preestabelecido, numa (ou até uma) determinada data. Caso não seja vantajoso para o investidor, ele poderá decidir por não exercer o direito 
de vender o ativo. Para obter esse direito de venda, o investidor fará um pagamento ao lançador da opção. 
O lançador da opção de compra se obriga a vender uma determinada quantidade de um ativo por um preço preestabelecido, numa (ou até 
uma) determinada data, se o titular decidir por exercer a opção. Ele não terá o direito de escolher entre exercer ou não. Para tal, ele recebe um 
pagamento do comprador da opção. O mesmo acontece para uma opção de venda: o lançador
se obriga a comprar uma determinada 
quantidade de um ativo, por um preço preestabelecido, numa (ou até uma) determinada data se o titular decidir por exercer a opção. 
Os investidores que operam com opções, podem estabelecer direitos ou assumir obrigações, de acordo com suas posições, sobre 
determinados títulos, com prazo e condições pré-estabelecidos. 
Os dois tipos mais comuns de opções são: 
Opções Européias: o comprador da opção pode exercer seu direito somente na data do vencimento; 
Opções Americanas: o comprador da opção pode exercer seu direito a partir do D+1 da compra até a data do vencimento; 
Ainda tratando do tipo das opções, elas podem ser: 
Opções de Compra (Call): ao titular, conferem o direito de comprar uma quantidade específica do ativo objeto da opção, com preço de exercício 
e prazos pré-determinados. 
 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 39 
 
 
Opções de Venda (Put): ao titular, conferem o direito de vender uma quantidade específica do ativo objeto da opção, com preço de exercício e 
prazos pré-determinados. 
 
Ao operar com opções, os investidores podem ser titulares (compram a opção e adquirem direito de exercício da opção) ou podem ser 
lançadores (vendem a opção e assumem uma obrigação junto ao titular da opção). 
Nesse sentido, é interessante notar que existem quatro tipos de participantes no mercado de opções: 
1. Os compradores de opções de compra; 
2. Os lançadores de opções de compra; 
3. Os compradores de opções de venda; 
4. Os lançadores de opções de venda. 
Quando negociadas em bolsa, os compradores/lançadores não precisam aguardar o vencimento para sair de sua posição, podem realizar a 
operação inversa na bolsa e saírem a qualquer momento. 
O Imposto de Renda incidente sobre ganhos em operações de Futuros, a Termo e Opções é de 20% para operações de Intraday e 15% para 
as demais operações. 
5. SWAP 
Swap é um contrato de troca de indexadores, tem a função de proteção em relação a um indexador do investidor (servindo quase sempre como 
hedge), com um swap os investidores conseguem proteger dos riscos dos ativos que operam. O swap é um dos principais instrumentos 
utilizados por empresas para proteção financeira de riscos de taxas de câmbio e de juros. 
Os swaps são acordos privados entres duas partes, normalmente intermediados por uma instituição financeira e podem ser registrados ou em 
bolsas, como a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), ou em sistemas de custódia, como a CETIP, uma sociedade administradora de 
mercados de balcão organizados. 
A BM&F oferece garantias contra o risco de crédito, ou seja, contra o risco de a parte não realizar o pagamento devido ao fim do prazo do 
contrato de swap, da mesma forma que garantem os contratos de futuro. 
Os swaps têm o mesmo objetivo básico de um contrato a termo ou futuro, que é o de oferecer um mecanismo eficiente de proteção para 
agentes expostos às variações de preços ou de taxas de juro; igualmente aos contratos a termo ou futuros, os swaps servem também aos 
especuladores. 
Para exemplificar, vamos supor uma empresa que deverá efetuar um pagamento em dólares, sendo que suas receitas são em reais. Esta 
empresa pode contratar um swap trocando a variação cambial por uma taxa pré-fixada. Desta forma, seu swap será ativo em dólares e passivo 
em uma taxa pré-fixada. 
Os contratos são bastante diversificados, os investidores envolvidos podem acertar entre si quais indicadores vão negociar prazos e as 
características dos contratos. 
O Imposto de Renda em operações de SWAP segue a tabela regressiva (mesma utilizada para fundos de investimento, exceto fundo de 
ações). 
5. Utilização do Mercado de Derivativos 
Hedge 
Esta palavra em inglês significa proteção. As operações de hedge são realizadas por investidores que desejam se proteger dos riscos das 
oscilações de preços, ou seja, a decisão de fazer hedge está ligada á necessidade de se fazer gerenciamento dos diversos tipos de riscos que 
afetam o ativo e o passivo dos investidores. 
 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 40 
 
 
O hedge surgiu da necessidade do produtor de manter um preço para a sua produção e dos comerciantes que queriam obter um preço para 
seus produtos. 
Vejamos um exemplo de hedge com contrato futuro abaixo: 
Um agricultor tem uma produção e quer se assegurar de que no final da colheita vai receber pela sua safra um determinado valor, por exemplo, 
o valor atual de mercado. Ele lança um contrato futuro da sua colheita por um preço X. O comprador do contrato terá a obrigação de pagar pela 
colheita no dia do vencimento o preço X. Com isso independentemente do preço no mercado no dia do vencimento do contrato o produtor 
receberá o valor combinado e o titular do contrato pagará o valor combinado. 
Especulação 
Especuladores, que acreditam na alta ou queda de determinado ativo, podem assumir posições no mercado de derivativos com busca a 
potencializar seus ganhos. A participação dos especuladores é que garante a liquidez ao mercado e os hedgers. 
Arbitragem 
Havendo qualquer discrepância significativa entre o preço a vista e o futuro ou entre mercados, agentes econômicos podem assumir posições 
contrárias nesses mercados com fim de auferir ganhos proporcionados por essas diferenças. 
Debêntures 
1. Conceito e Características 
Debêntures são valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos que asseguram aos seus detentores (os debenturistas) 
direito de crédito contra a companhia emissora. 
A captação de recursos no mercado de capitais pode ser feita por Sociedades Anônimas de capital aberto ou fechado. 
Entretanto, somente companhias de capital aberto, com registro na CVM, podem fazer emissões públicas, isto é, voltadas ao público em geral. 
2. Escritura 
A escritura é o documento em que estão descritas as condições sob as quais a debênture será emitida, tais como direitos conferidos aos 
títulos, deveres da emissora, montante da emissão,, quantidade de títulos, condições de amortização, remuneração e repactuação. 
3. Registros 
A emissão deverá ser registrada na CVM e, por se tratar de emissão escritural, também devem ser registradas da CETIP, onde são realizados 
os controles de transferências e efetuadas as liquidações financeiras das operações. O registro na CETIP não é obrigatório, mas os 
investidores qualificados, como, por exemplo, os bancos, ficam impedidos de adquiri-los caso não estejam ali custodiados. 
4. Características da emissão e dos títulos 
4.1. Debêntures Simples: No vencimento, o debenturista recebe seu capital de volta em dinheiro. Prazo mínimo de emissão: 1 ano. 
4.2. Debêntures Conversíveis: É a debênture que pode ser convertida em ações, a exclusivo critério do investidor, em épocas e condições 
predeterminadas. Prazo mínimo de emissão: 3 anos. 
Os títulos podem ser negociados no mercado secundário antes do vencimento. 
Pode haver também debêntures perpétuas. 
5. Clausula de resgate e vencimento antecipado e Convenants 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 41 
 
 
Chama-se Covenant a uma série de clausulas contratuais, de um título de renda fixa, que protege o investidor contra o mau uso do dinheiro 
recebido pelo emissor do título ou contra situações que põem em risco o resgate do título na data de vencimento. 
6. Repactuação como renegociação de qualquer das características da dívida 
É um mecanismo utilizado pelas companhias emissoras de debêntures – quando previsto na escritura de emissão – para adequar seus títulos, 
periodicamente, às condições de rendimento vigentes no mercado. 
A cada repactuação, a emissora fará uma nova proposta de remuneração e estará obrigada a recomprar os títulos dos debenturistas que não 
aceitarem as
novas condições propostas. 
7. Hierarquia das espécies de debêntures de acordo com suas garantias 
Em função do tipo da garantia oferecida ou da ausência de garantia, as debêntures são assim classificadas: 
7.1. Garantia Real: garantidas por bens integrantes do ativo da companhia emissora, ou de terceiros, sob a forma de hipoteca ou penhor. Os 
bens ficam vinculados às debêntures e a emissora não pode deles dispor. 
7.2. Garantia Flutuante ou Com Privilégio Geral: asseguram privilégio geral sobre o ativo da emissora, em caso de falência. Os bens objeto da 
garantia flutuante não ficam vinculados à emissão, o que possibilita a emissora dispor dos bens sem prévia autorização dos debenturistas. 
7.3. Garantia Quirografária ou Sem Preferência: não oferecem privilégio algum sobre os ativos da emissora, concorrendo em igualdade de 
condições com os demais credores quirografários (sem preferência), em caso de falência da companhia. 
7.4. Garantia Subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferecem preferência de pagamento tão somente sobre o reembolso aos 
acionistas. 
8. Resgate Antecipado (opção de call) 
Permite à empresa emissora resgatar a debênture, total ou parcialmente, em data estabelecida na escritura de emissão. A debênture resgatada 
antecipadamente deverá ser cancelada, obrigatoriamente. 
9. Aquisição Facultativa 
Consiste na aquisição das debêntures pela emissora no mercado secundário, portanto com a concordância dos debenturistas, por um preço 
não superior ao valor nominal atualizado. As debêntures adquiridas pela aquisição facultativa poderão ser canceladas, ficar na tesouraria da 
empresa ou, ainda, ser colocadas novamente no mercado. 
10. Vencimento Antecipado 
Ocorre quando há uma quebra de uma convenant ou na ocorrência de Cross Default, isto é, quando o devedor deixa de pagar alguém, 
automaticamente, todos os débitos que ele possui com terceiros serão provisionados de sorte que ele ficará em uma situação em que todos o 
considerem inadimplente. 
11. Assembléia de Debenturistas 
É o fórum em que se reúnem os debenturistas para discutir e deliberar sobre assuntos relativos à emissão, como, por exemplo, alterações 
propostas nas características da debênture. As Assembléias podem ser convocadas pela companhia emissora, pelo agente fiduciário, pela 
CVM e pelos debenturistas. 
12. Agente Fiduciário 
O Agente Fiduciário é o representante legal dos interesses dos debenturistas diante da empresa emissora. Sua presença é obrigatória nas 
emissões públicas. 
14. Remuneração 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 42 
 
 
As debêntures podem apresentar remuneração com base em: 
Taxa de juros pré-fixada; 
Taxa Referencial, observado o prazo mínimo de 01 mês para vencimento ou repactuação; 
Taxas Flutuantes, observado o prazo mínimo de 120 dias para o vencimento ou período de repactuação; 
Taxa de juros fixa e cláusula de atualização com base em índice de inflação, atendido o prazo mínimo de 01 ano para vencimento ou período 
de repactuação. 
15. Tributação 
Os rendimentos auferidos com debêntures são tributados pelo Imposto de Renda conforme o prazo de pagamento dos rendimentos, nos 
termos das alíquotas abaixo: 
Até 180 dias: 22,5% sobre os rendimentos. 
De 181 até 360 dias: 20% sobre os rendimentos. 
De 360 a 720 dias: 17,5% sobre os rendimentos. 
Acima de 720 dias: 15% sobre os rendimentos. 
O IOF – Imposto sobre Operações Financeiras incide somente sobre resgates com prazo inferiores a 30 dias, nos termos da tabela regressiva. 
Commercial Papers – Notas Promissórias 
1. Conceito 
São títulos de crédito emitido pelas companhias, que conferem a seu titular o direito de crédito contra o emitente. A nota promissária, emitida 
por sociedade de ações, destinada à oferta pública, é considerada um valor mobiliário. 
Em mercado primário, a colocação destes títulos dá-se da seguinte forma: 
Em mercado de balcão; 
Em mercado de balcão organizado (CETIP, etc.); 
No mercado secundário, podem ser negociadas somente no mercado de balcão organizado, sendo a CETIP o mais usual. 
2. Prazos de emissão 
Mínimo de 30 dias e máximo de 180 dias para S/A’s de capital fechado. 
Mínimo de 30 dias e máximo de 360 dias para S/A’s de capital aberto. 
3. Remuneração 
Pré-fixada, vendida com desconto. 
Pós-fixada. Ex: corrigida pela taxa DI – CETIP. 
4. Forma de Emissão 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 43 
 
 
Nominativa, endossável e sem garantia real, podendo ser garantias por fiança bancária. 
5. Registro 
Podem ser registradas no CETIP ou em outro sistema de custódia e de liquidação autorizado pelo Banco Central, para que possam. 
6. Tributação 
Os rendimentos auferidos são tributados pelo Imposto de Renda conforme o prazo de pagamento dos rendimentos, nos termos das alíquotas 
abaixo: 
Até 180 dias: 22,5% sobre os rendimentos. 
De 181 até 360 dias: 20% sobre os rendimentos. 
De 360 a 720 dias: 17,5% sobre os rendimentos. 
Acima de 720 dias: 15% sobre os rendimentos. 
O IOF – Imposto sobre Operações Financeiras incide somente sobre resgates com prazo inferiores a 30 dias, nos termos da tabela regressiva. 
Dinheiro de Plástico 
Objetivo: melhorar a liquidez e segurança nas transações comerciais; Incentivar o consumo por sua facilidade de utilização. 
Tipos: 
Cartão Magnético Tradicional: Somente permitiam o saque, compras em determinados estabelecimentos e consultas. (não incentivavam o 
consumo). 
Cartão de Débito: Chamado de “Cheque Eletrônico”; traz garantia de recebimento do valor pela segurança (uso de senha) e a certeza da 
existência de fundos. Lojista recebe em D+1 suas vendas e paga uma taxa de administração menor que no cartão de crédito. Há ainda a 
possibilidade de venda à prazo via Débito Agendado para clientes que possuem limite de crédito em seu banco. 
Cartão de Crédito: Forte indutor do consumo, por tratar-se de crédito automático que possibilita a compra com prazos de pagamento de até 40 
dias e parcelamento sem juros. Para o lojista o prazo médio de recebimento é de 28 dias. Há incidência de taxa de administração proporcional 
ao prazo do parcelamento e Anuidade para o portador. Outras funções: Pagamento de contas, gestão de caixa das empresas, uso para 
compras no exterior. 
Cartão de Valor Armazenado ou Pré-pago: Cartões que são carregados e são operacionalizados com senha. Podem ser utilizados para gestão 
de caixa de empresas, meio de pagamento de bônus ou prêmios, podem ser em moedas estrangeiras (reduzindo o custo com a aquisição de 
moedas em espécie ou via cartão de crédito, onde há forte incidência de IOF). 
Cartão Inteligente: Desenvolvido para reduzir as fraudes com o uso de cartão, podendo ser de débito/crédito/pré-pago, contém um chip que 
inviabiliza a clonagem. 
Cartão Virtual: Devido o grande uso da internet, desenvolveu-se este solução com único e específico objetivo de ser utilizado na internet. 
Geralmente, direcionados para utilizações para transações específicas. 
Cartão Private-Label: “Cartão de Loja”. Geralmente, é restrito ao uso exclusivo na loja emitente e seu risco é transferido para a Instituição 
Financeira. Quando o cartão pode ser utilizado para compras em outros lojistas chama-se Co-branded. 
Cartão Benefício: Forma especial de cartão Pré-pago com uma finalidade específica, geralmente, e cunho social. Tipos: Vale Refeição, Vale 
Alimentação, Vale Remédios, Vale-transporte, Vale Combustível 
Conceitos de Corporate Finance 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 44 
 
 
Os bancos podem ser agentes em operações corporativas, como, fusões, aquisições, cisões e incorporações de empresas. Utilizando-se de 
seu conhecimento de operações financeiras e de investimento, sendo
grande fonte de receitas com consultoria. 
Este segmento apresenta diversos termos específicos, cheio de estrangeirismos: 
Fusão: Quando duas ou mais empresas do mesmo porte se unem, deixando de existir e passando a existir uma nova empresa. Esta receberá 
todos os direitos, deveres e sócios das anteriores. 
Incorporação: Quando duas ou mais empresas de portes diferentes se unem e uma permanece com sua identidade original. 
Cisão: Quando uma empresa divide-se em mais empresas, deixando de existir e tendo seus ativos e passivos integralmente transferidos para 
as novas empresas. 
Falsa Cisão: Quando uma empresa transfere apenas parte de seus ativos para uma nova empresa, porém mantendo-se operacional. 
Holding: é a empresa que concentra a participação acionária em um empresa ou em um grupo de empresas, que podem atuar em segmentos 
diferentes. 
Conglomerado: Tipo de oligopólio, no qual diversas empresas para dominar determinado setor unem-se via uma holding. 
Truste: é o nome dado quando uma grande empresa ou grupo de empresas, mesmo sem perder sua autonomia, concordam com convergir 
suas ações em determinado mercado a fim de impedir a livre concorrência. Podendo ser verticiais (ex. Siderurgia) ou horizontal (ex. Posto de 
Combustíveis). 
Desconto Bancário de Títulos 
Operação de crédito típica do sistema bancário, envolvendo duplicatas e promissórias. O empréstimo é concedido contra a garantia do título 
representativo de um crédito futuro. 
Contas Garantidas - similar ao cheque especial, porém, nesta operação é necessário entrar em contato com o banco para utilizar o crédito 
que já se encontra aprovado através de um contrato de limite de Conta Garantida. 
Créditos Rotativos 
Utilizado para financiar capital de giro. São próximas às contas garantidas, mas com garantia de duplicatas. A medida que as duplicatas 
vencem, devem ser substituídas por outras para manter o limite e a rotatividade do crédito. Movimentadas por meio de cheques. 
Operações Hot Money: Empréstimos de curto e curtíssimo prazo (de 1 à 7 dias), para cobrir necessidades permanentes de caixa das 
empresas. Taxas formadas com base nas taxas dos CDI. São as taxas CDI over as que estabelecem os juros para as operações de hot money. 
Operações de VENDOR/COMPROR: O Vendor é um financiamento das vendas baseado no princípio da cessão de crédito, que permite a uma 
empresa vender a prazo e receber o pagamento a vista. O Compror faz o contrário, permite uma empresa comprar a vista de seu fornecedor e 
pagar a prazo através de uma operação financeira com o banco. 
Operações de Repasses 
São processadas através da contratação de empréstimos em moeda estrangeira pelas IF sediadas no país e seu conseqüente repasse às 
empresas comerciais, industriais e de serviços, visando o financiamento de capital de giro e de capital fixo. 
 Arrendamento Mercantil 
Modalidade praticada mediante a celebração de um contrato de AM (aluguel) efetuado entre um cliente (arrendatário) e uma sociedade de 
arrendamento mercantil (arrendadora), visando à utilização pelo primeiro de certo bem durante um prazo determina-do e cujo pagamento é 
realizado na forma de aluguel (arrendamento). 
Vantagens do Arrendamento Mercantil 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 45 
 
 
• Permite a renovação periódica de equipamentos atendendo às exigências tecnológicas e de mercado. 
• Evita problemas e dificuldades da imobilização, reduzindo o risco da empresa. 
• Permite maior flexibilidade na utilização dos recursos financeiros, deixando os mesmos disponí-veis para outros usos. 
• Oferece benefícios fiscais pela dedutibilidade inte-gral das contraprestações do contrato, no cálculo da provisão para o IR das 
pessoas jurídicas. 
O que é uma operação de leasing? 
O leasing é um contrato denominado na legislação brasileira como “arrendamento mercantil”. As partes desse contrato são denominadas 
“arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam, de um lado, um banco ou sociedade de arrendamento mercantil e, de outro, o cliente. O objeto 
do contrato é a aquisição, por parte do arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário para sua utilização. O arrendador é, portanto, o 
proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a vigência do contrato, são do arrendatário. O contrato de arrendamento mercantil 
pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de propriedade do arrendador. 
O leasing é uma operação de financiamento? 
O leasing é uma operação com características legais próprias, não se constituindo operação de financiamento. Nas operações de 
financiamento, o bem é de propriedade do mutuário, ainda que alienado, já no ato da compra. 
Existe limitação de prazo no contrato de leasing? 
Sim. O prazo mínimo de arrendamento é de dois anos para bens com vida útil de até cinco anos e de três anos para os demais. 
Por exemplo: para veículos, o prazo mínimo é de 24 meses e para outros equipamentos e imóveis, o prazo mínimo é de 36 meses (bens com 
vida útil superior a cinco anos). Existe, também, modalidade de operação, denominada leasing operacional, em que o prazo mínimo é de 90 
dias. 
 É possível quitar o leasing antes do prazo definido no contrato? 
Sim. Caso a quitação seja realizada após os prazos mínimos previstos na legislação e regulamentação (artigo 8º do Regulamento anexo à 
Resolução CMN 2.309, de 1996), o contrato não perde as características de arrendamento mercantil. 
Entretanto, caso realizada antes dos prazos mínimos estipulados, o contrato perde sua caracterização legal de arrendamento mercantil e a 
operação passa a ser classificada como de compra e venda a prazo. Nesse caso, as partes devem arcar com as consequências legais e 
contratuais que essa descaracterização pode acarretar. 
Pessoa física pode contratar uma operação de leasing? 
Sim. As pessoas físicas e empresas podem contratar leasing. 
 Incide IOF no arrendamento mercantil? 
Não. O IOF não incide nas operações de leasing. O imposto que será pago no contrato é o Imposto Sobre Serviços (ISS). 
 Ficam a cargo de quem as despesas adicionais? 
Despesas tais como seguro, manutenção, registro de contrato, ISS e demais encargos que incidam sobre os bens arrendados são de 
responsabilidade do arrendatário ou do arrendador, dependendo do que for pactuado no contrato de arrendamento. 
Títulos de capitalização 
O que é um título de capitalização? 
É um produto em que parte dos pagamentos realizados pelo subscritor é usado para formar um capital, segundo cláusulas e regras aprovadas 
e mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago em moeda corrente num prazo máximo estabelecido. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 46 
 
 
O restante dos valores dos pagamentos é usado para custear os sorteios, quase sempre previstos neste tipo de produto e as despesas 
administrativas das sociedades de capitalização. 
Como é feita a contratação de um título? 
Não existe obrigatoriedade normativa de preenchimento e assinatura de proposta de subscrição para a aquisição do título. A aquisição pode 
ser feita diretamente com os canais de comercialização disponibilizados pela sociedade de capitalização. 
No caso de existência de proposta, o envio (a entrega) da proposta devidamente assinada representa a concretização da subscrição do Título, 
sendo proibida a cobrança de qualquer taxa a título de inscrição. 
É importante destacar que as Condições Gerais do título devem estar disponíveis ao subscritor no ato da contratação. A disponibilização das 
Condições Gerais em momento posterior ao da contratação constitui violação às normas, sendo a Sociedade, portanto, passível de penalidade. 
Pode-se adquirir um título para outra pessoa? 
Sim, aliás, o subscritor, que é a pessoa que adquire o título e assume o
dever de efetuar os pagamentos, pode desde que comunique por 
escrito à Sociedade, a qualquer momento, e não somente no ato da contratação, definir quem será o titular, isto é, quem assumirá os direitos 
relativos ao título, tais como o resgate e o sorteio. 
É claro que subscritor e titular podem ser a mesma pessoa, isto é, a pessoa que paga o título é a que detém os direitos inerentes a ele. 
Também é possível a cessão parcial do título, ou seja, o subscritor pode ceder o resgate do título para uma associação, para um clube de 
futebol e outros. 
Quando essa cessão é feita automaticamente, isto é, no ato da compra já está pré-definido que ocorrerá a cessão do direito de resgate para 
alguma instituição, é obrigatório que esta informação esteja claramente disponível para o subscritor. Em outras palavras, o subscritor tem que 
ser obrigatoriamente informado de que ao comprar o título está cedendo o direito de resgate à instituição identificada no material de 
comercialização. 
Quais os tipos de título disponíveis no mercado? 
Os títulos são estruturados, quanto a sua forma de pagamento, em PM, PP e PU. 
• PM: É um título que prevê um pagamento a cada mês de vigência do título. 
• PP: É um título em que não há correspondência entre o número de pagamentos e o número de meses de vigência do título. 
• PU: É um título em que o pagamento é único (realizado uma única vez), tendo sua vigência estipulada na proposta. 
 Quais as modalidades dos títulos de capitalização? 
 Modalidade Tradicional: Define-se como Modalidade Tradicional o Título de Capitalização que tem por objetivo restituir ao titular, ao final do 
prazo de vigência, no mínimo, o valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos os pagamentos previstos tenham sido 
realizados nas datas programadas. 
• Modalidade Compra-Programada: Define-se como Modalidade Compra-Programada o Título de Capitalização em que a sociedade de 
capitalização garante ao titular, ao final da vigência, o recebimento do valor de resgate em moeda corrente nacional, sendo disponibilizada ao 
titular a faculdade de optar, se este assim desejar e sem qualquer outro custo, pelo recebimento do bem ou serviço referenciado na ficha de 
cadastro, subsidiado por acordos comerciais celebrados com indústrias, atacadistas ou empresas comerciais. 
• Modalidade Popular: Define-se como Modalidade Popular o Título de Capitalização que tem por objetivo propiciar a participação do titular em 
sorteios, sem que haja devolução integral dos valores pagos. 
Normalmente, esta modalidade é a utilizada quando há cessão de resgate a alguma instituição. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 47 
 
 
• Modalidade Incentivo: Entende-se por Modalidade Incentivo o Título de Capitalização que está vinculado a um evento promocional de caráter 
comercial instituído pelo Subscritor. 
O subscritor neste caso é a empresa que compra o título e o cede total ou parcialmente (somente o direito ao sorteio) aos clientes 
consumidores do produto utilizado no evento promocional. 
Prazo de Vigência é o mesmo que Prazo de Pagamento? 
Não, Prazo de Pagamento é o período durante o qual o Subscritor compromete-se a efetuar os pagamentos que, em geral, são mensais e 
sucessivos. Outra possibilidade, como colocada acima, é a de o título ser de Pagamento Periódico (PP) ou de Pagamento Único (P.U.). 
Já Prazo de Vigência é o período durante o qual o Título de Capitalização está sendo administrado pela Sociedade de Capitalização, sendo o 
capital relativo ao título, em geral, atualizado monetariamente pela TR e capitalizado pela taxa de juros informada nas Condições Gerais. Tal 
período deverá ser igual ou superior ao período de pagamento. 
Como é estruturado um título de capitalização? 
Os títulos de capitalização são estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 12 meses e em séries cujo tamanho deve ser informado 
no próprio título, sendo no mínimo de 10.000 títulos. Por exemplo, uma série de 100.000 títulos poderá ser adquirida por até 100.000 clientes 
diferentes, que são regidos pelas mesmas condições gerais e, se for o caso, concorrerão ao mesmo tipo de sorteio. 
O título prevê pagamentos a serem realizados pelo subscritor. Cada pagamento apresenta, em geral, três componentes: Cota de Capitalização, 
Cota de sorteio e Cota de Carregamento. 
O que representam as Cotas que compõem um título? 
As Cotas de Capitalização representam o percentual de cada pagamento que será destinado à constituição do Capital, conforme definido na 
pergunta nº 1. Em geral, não representam a totalidade do pagamento, pois, como foi dito anteriormente, há também uma parcela destinada a 
custear os sorteios e outra destinada aos Carregamentos da Sociedade de Capitalização. 
Este capital também é chamado de provisão matemática para resgate. 
Nos títulos com Pagamento Único (PU), a Cota de Capitalização mínima varia de acordo com o prazo de vigência, segundo a tabela abaixo: 
Prazo de vigência (meses) Percentual mínimo destinado à capitalização 
12 50% 
Acima de 12 70% 
Já nos títulos com pagamentos mensais (PM) ou pagamentos periódicos (PP), os percentuais destinados à formação da provisão matemática 
deverão respeitar os seguintes valores mínimos: 
 
Prazo de Vigência Mês de Vigência 
( meses ) 1° 2° 3° 4° 
Acima de 12 10% 10% 10% 70% até o final 
Porém, ainda deverão satisfazer a seguinte condição: a média aritmética do percentual de capitalização até o final da vigência, deverá 
corresponder a, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos pagamentos realizados. 
Para finalizar cabe destacar que nos títulos em que não haja sorteio, os percentuais destinados à formação da provisão matemática deverão 
corresponder, no mínimo, a 98% (noventa e oito por cento) de cada pagamento. 
As Cotas de Sorteio tem como finalidade custear os prêmios que são distribuídos em cada série. Por exemplo, se numa série de 100.000 títulos 
com Pagamento Único os prêmios de sorteios totalizarem 10.000 vezes o valor deste pagamento, a cota de sorteio será de 10% 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 48 
 
 
(10.000/100.000), isto é, cada título colabora com 10% de seu pagamento para custear os sorteios. A cota de sorteio deverá ser informada nas 
Condições Gerais do título. 
As Cotas de carregamento deverão cobrir os custos de despesas com corretagem, colocação e administração do título de capitalização, 
emissão, atendimento ao cliente, desenvolvimento de sistemas, lucro da sociedade de capitalização e cota de contingência, quando for o caso, 
conforme definido na Nota Técnica Atuarial e nas Condições Gerais do título. A cota de carregamento, também, deverá ser informada nas 
Condições Gerais do título. 
Para encerrar, daremos um exemplo. Suponha que, num título com pagamentos mensais no valor de R$100,00 cada um, o quarto pagamento 
apresente as seguintes cotas: 
• Cota de Capitalização: 75% 
• Cota de Sorteio: 15% 
• Cota de Carregamento: 10% 
Então, R$75,00 serão destinados para compor o capital, R$15,00 serão destinados para o custeio dos sorteios e R$10,00 serão destinados à 
Sociedade de Capitalização. 
Os valores dos pagamentos são fixos? 
Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os pagamentos são obrigatoriamente fixos. Já nos títulos com vigência superior, é facultada a 
atualização dos pagamentos, a cada período de 12 meses, por aplicação de um índice oficial estabelecido no próprio título. 
O que acontece se houver atraso nos pagamentos? 
Cada título define o procedimento em relação aos pagamentos em atraso. Alguns estipulam multa moratória, atualização monetária e juros para 
pagamentos após a data de vencimento. Outros somente atualização monetária e juros. Já alguns simplesmente prorrogam a vigência em 
razão de atrasos. Porém, em qualquer hipótese
anteriormente citada, os títulos que estão em atraso são suspensos, não possuindo direito aos 
sorteios durante o prazo de suspensão. Além disso, na ocorrência de um determinado número consecutivo (definido em cada título) de 
pagamentos em atraso, o título será automaticamente cancelado. Porém, mesmo assim, o titular terá direito ao capital formado para resgate, 
após encerrado o prazo de carência. 
Como são realizados os sorteios? 
A Sociedade de Capitalização pode utilizar-se dos resultados de loterias oficiais para a geração dos seus números sorteados. Caso a 
sociedade opte por não utilizá-los, ou se as loterias oficiais não se realizarem, a Sociedade de Capitalização se obriga a realizar sorteios 
próprios com ampla e prévia divulgação aos titulares, prevendo, inclusive, livre acesso aos participantes e a presença obrigatória de auditores 
independentes. 
As Condições Gerais do título devem informar o critério de apuração dos números sorteados, além de definir os múltiplos dos prêmios dos 
sorteios. Tais múltiplos se referem ao valor do pagamento, ou seja, se no exemplo dado na pergunta nº 10, o prêmio do sorteio for de 40 vezes 
o pagamento, ao título sorteado caberá R$4.000,00 (40 x R$100,00). Porém, deverá ser informado se este valor é bruto (sobre o qual incidirá 
imposto de renda) ou se já é líquido de imposto. 
O título sorteado poderá permanecer em vigor ou não, segundo o que estiver disposto nas condições gerais, porém o fato de um título ser ou 
não sorteado em nada alterará o seu capital para resgate. 
Finalizando, um título de capitalização não obrigatoriamente deverá prever sorteios, mas como os prêmios do sorteio são custeados pelos 
próprios títulos, em geral, quanto maiores forem os prêmios, menores serão as cotas de capitalização, isto é, menor será a parcela do 
pagamento destinada a compor o capital de resgate do título. 
O resgate é sempre inferior ao valor total que foi pago? 
Não, alguns títulos possuem ao final do prazo de vigência um percentual de resgate igual ou até mesmo superior a 100%, isto é, se fosse, por 
exemplo, 100% significaria que o titular receberia, ao final do prazo de vigência, tudo o que pagou, além da atualização monetária. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 49 
 
 
Aplicar em título de capitalização é o mesmo que aplicar em poupança? Formarão, em situações semelhantes, o mesmo capital? 
Título de capitalização não é a mesma coisa que caderneta de poupança. O título de capitalização é um produto comercializado somente pelas 
Sociedades de Capitalização através de títulos que são previamente aprovados pela SUSEP. Seu capital de resgate será sempre inferior ao 
capital constituído por aplicações idênticas na caderneta de poupança, já que, dos pagamentos efetuados num título, desconta-se uma parte 
para custear as despesas administrativas das Sociedades de Capitalização e, quando há sorteios, uma parcela para custear as premiações. 
 Os títulos que, ao final do prazo de vigência, estabelecem capital de resgate de 100% (ou mais) em relação aos pagamentos efetuados, além 
de atualização monetária pela TR, não formarão no título de capitalização o mesmo capital comparado com a caderneta de poupança? 
Não, o capital formado na caderneta de poupança é calculado sobre a totalidade dos depósitos e incluem a variação da TR, além de juros de 
0,5% ao mês. No caso dos títulos de capitalização, há também atualização monetária, em geral, pela TR e juros mensais, mas estes não 
incidem sobre a totalidade dos pagamentos. Ao prever um resgate de 100% (ou mais), estes já incluem a taxa de juros nos percentuais da 
tabela citada anteriormente, restando apenas a atualização monetária. Dizer que há atualização pela TR não significa dizer que o capital 
formado será igual ao que seria constituído por meio da caderneta de poupança. 
É vantagem adquirir um título de capitalização? 
A resposta para esta pergunta depende de cada pessoa. O consumidor deverá avaliar as diferenças entre o título de capitalização e a 
poupança, por exemplo. O título de capitalização permite a participação em sorteios e a obrigação de “poupar” para não atrasar os 
pagamentos, uma vez que os títulos com pagamento em atraso não concorrem aos sorteios. Entretanto, o capital formado é inferior se 
comparado ao que seria obtido com a caderneta de poupança, naturalmente com os mesmos valores e número de depósitos, pode haver prazo 
de carência, os valores de depósitos estão pré-definidos, ou seja, obriga o subscritor a efetuar o depósito daquele valor e ainda pode haver a 
aplicação de penalidade em caso de resgate antecipado, isto é, antes de encerrado o prazo de vigência. 
Planos de Aposentadoria e Pensão Privados 
PGBL E VGBL 
PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre e VGBL quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre. São planos previdenciários que permitem 
que o participante acumule recursos por um prazo contratado. Durante esse período. O dinheiro depositado vai sendo investido e rentabilizado 
pela instituição escolhida. 
Tento no PGBL como no VGBL, o contratante passa por duas fases: o período de infestimento e o período de benefício. 
O primeiro normalmente ocorre quando estamos trabalhando e/ou gerando renda. Esta é a fase de formação de patrimônio. 
Já o período de benefício começa a partir da idade que o participante escolhe para começar a desfrutar do dinheiro acumulado durante anos de 
trabalho. A maneira de recebimento dos recursos é o participante quem escolhe. É possível resgatar o patrimônio acumulado e/ou contratar um 
tipo de benefício (renda) para passar a receber, mensalmente, da empresa seguradora. 
Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou coletiva (averbados ou instituídos); e podem oferecer, juntos ou 
separadamente, os seguintes tipos básicos de benefício. 
Renda Por Sobrevivência: renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao prezo de diferimento contratado, geralmente dominada 
de aposentadoria. 
Renda Por Invalidez: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de 
cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. 
Pensão Por Morte: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição em decorrência da morte do participante ocorrida 
durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. 
Pecúlio Por Morte: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição em decorrência 
da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 50 
 
 
Pecúlio por invalidez: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e 
permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. 
O participante contratará um dos seguintes tipos de renda mensal: 
Renda mensal vitalícia: consiste em uma renda paga vitalícia e exclusivamente ao participante a partir da data de concessão do benefício. O 
benefício cessa com o falecimento do participante. 
Renda mensal temporária: Consiste em uma renda paga temporária e exclusivamente ao participante. O beneficio cessa com o falecimento do 
participante ou o fim da temporariedade contratada, o que ocorrer primeiro. 
Renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data da concessão 
do benefício, sendo garantida aos beneficiários da seguinte forma: 
No momento da inscrição, o participante escolherá um prazo mínimo de garantia que será indicado na proposta de inscrição.
O prazo mínimo da garantia é contado a partir da data do início do recebimento do benefício pelo participante. 
Se durante o período de percepção do benefício ocorrer o falecimento do participante, antes de ter completado o prazo mínimo de garantia 
escolhido, o beneficio será pago aos beneficiários conforme os percentuais indicados na proposta de inscrição, pelo período restante do prazo 
mínimo de garantia. 
No caso de falecimento do participante, após o prazo mínimo garantido escolhido, o beneficio ficará automaticamente cancelado sem que seja 
devida qualquer devolução, indenização ou compensação de qualquer espécie ou natureza aos beneficiários. 
No caso de um dos beneficiários falecer antes de ter sido completado o prazo mínimo de garantia, o valor da renda será rateado entre os 
beneficiários remanescentes até o vencimento do prazo mínimo garantido. 
Não havendo qualquer beneficiário remanescente, a tenda será paga aos sucessores legítimos do participante, pelo prazo restante da garantia. 
Renda mensal vitalicia reversível ao beneficiário indicado: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de 
concessão do benefício escolhida. 
Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição 
será revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado. 
Na hipótese de falecimento do beneficiário, antes do participante e durante o período de percepção da renda, a reversibilidade do benefício 
estará extinta sem direito a compensações ou devoluções dos valores pagos. 
No caso do beneficiário falecer, após já ter iniciado o recebimento da renda, o benefício estará extinto. 
Além das modalidades de Rendas mencionadas no item anterior, teremos: 
Renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a 
partir da data de concessão do benefício escolhida. 
Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição 
será revertido vitaliciamente ao cônjuge e na falta deste, reversível temporariamente ao(s) menor(es) até que complete(m) a idade para 
maioridade (18,21 ou 24) estabelecida no regulamento e conforme o percentual de reversão estabelecido. 
Pagamento único: No primeiro dia útil seguinte à data prevista para término do período de diferimento, será concedido ao participante benefício 
sob a forma de pagamento único, calculado com base no saldo de provisão matemática de benefícios a conceder verificado ao término daquele 
período. 
Renda mensal por prazo certo: Consiste em uma renda mensal a ser paga por um prazo pré- estabelecido ao participante/assistido. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 51 
 
 
Na proposta de inscrição, o participante indicará o prazo máximo, em meses, contado a partir da data de concessão do benefício, em que será 
efetuado o pagamento da renda. 
Se, durante o período de pagamento do benefício, ocorrer o falecimento do participante/assistido antes da conclusão do prazo indicado, o 
benefício será pago ao beneficiário (ou beneficiários), na proporção de rateio estabelecida, pelo período restante do prazo determinado. 
O pagamento da renda cessará com o término do prazo estabelecido. Na hipótese de um dos beneficiários falecer, a parte a ele destinada será 
paga aos sucessores legítimos, observada a legislação vigente. 
Na falta de beneficiário nomeado, a renda será paga aos sucessores legítimos do participante-assistido, observada a legislação vigente. 
Não havendo beneficiário nomeado ou, ainda em caso de falecimento de beneficiário, a renda será provisionada mensalmente, durante o 
decorrer do restante do prazo determinado, sendo o saldo corrigido pelo índice de atualização de valores previsto no regulamento do plano 
contratado, até que identificados os sucessores legítimos a quem deverão ser pagos o saldo provisionado e, se for o caso, os remanescentes 
pagamentos mensais. 
Diferença entre PGBL E VGBL 
A principal distinção entre eles está na tributação. No PGBL, o participante pode deduzir o valor das contribuições de sua base de cálculo do 
Imposto de Renda, com limite de 12% da sua renda bruta anual. Assim, poderá reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar sua restituição 
de IR. 
Vamos supor que um contribuinte tenha um rendimento bruto anual de R$ 100 mil, Se durante o ano ele contribuiu com R$ 1 mil reais por mês, 
ele terá direito a abater R$ 12 mil na declaração de ajuste do IR. Assim com o abatimento do PGBL, ele poderá declarar ao Leão R$ 88 mil. O 
IR sobre os R$ 12 mil restantes, aplicados em PGBL, só será pago no resgate desse dinheiro. 
Mas esse benefício fiscal só é vantajoso para aqueles que fazem a declaração do Imposto de Renda pelo formulário completo e são tributados 
na fonte. 
Para quem faz declaração simplificada ou não é tributado na fonte, como autônomos, o VGBL é ideal. 
Ele é indicado também para quem deseja diversificar seus investimentos ou para quem deseja aplicar mais de 12% de sua renda bruta em 
previdência. 
Isso porque, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital. 
Assim, poderemos concluir que o PGBL, é mais uma alternativa de complementação da aposentadoria, com o objetivo de alongamento do perfil 
das aplicações geradoras do crescimento de poupança interna. 
O PGBL, assim como o VGBL, ao invés de garantir uma rentabilidade mínima como na previdência complementar aberta, oferece ao investidor 
três modalidades distintas de investimentos na forma de FIF/FAC, específicos e com riscos distintos. 
Plano Soberano – Aplica os recursos apenas em títulos públicos Federais; 
Plano Renda Fixa – Aplica os recursos em títulos públicos federais e outros títulos com características de renda fixa; 
Plano Composto – Aplica os recursos em títulos públicos federais, outros títulos com característica de renda fixa e até 49% dos valores em 
renda variável. 
A remuneração está baseada na rentabilidade da carteira de investimentos do FIF/FAC. 
As contribuições ao PGBL e ao VGBL podem ser fixas ou variáveis, aceitando, inclusive, depósitos adicionais. 
No PGBL, o total anual das contribuições, em conjunto com os abatimentos em outra alternativa de previdência complementar, pode ser 
deduzido até o limite de 12% da renda bruta. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 52 
 
 
Paga IR no resgate do fundo, conforme tabela progressiva de IR, da mesma forma que o FAPI. 
Os planos podem prever também uma cobertura de risco na forma de um pecúlio representado por um valor em dinheiro pago de uma só vez 
em caso de falecimento do beneficiário. Este tipo de pecúlio terá validade apenas durante o período considerado de “diferimento”, ou de 
acumulação. 
Quando do início da fase de beneficio, o plano não poderá mais ser alterado, sendo que a data limite para alterações é o ultimo dia do prazo de 
acumulação ou diferimento. No beneficio, o participante deverá optar pelo recebimento em forma de renda, que poderá ser vitalícia ou 
temporária ou recebimento único de todo recebimento acumulado, deduzido o imposto devido. 
Planos de Seguros 
A apólice de seguro é um contrato bilateral, que gera direitos e obrigações de ambas as partes. Ela define o bem coberto pelo seguro, a 
importância segurada, a localização do bem segurado (se for o caso), o período de vigência do seguro, os riscos assumidos pela seguradora e 
demais condições contratuais. 
Uma seguradora nada mais é do que a administradora de um grande número de interesses que compõem a massa de segurados, devendo, 
assim gerir de forma racional a aceitação de riscos cujos limites são difundidos pela SUSEP. 
Para compartibilizar o seguro de um bem, com o patrimônio e o risco
aceito existem três formas de seguro: 
Cosseguro – Uma apólice é dividida em várias cotas entre duas ou mais seguradoras, dividindo entre elas o Prêmio e os riscos. 
Resseguro – Uma seguradora se alivia parcialmente do risco de um seguro já feito, contraindo um resseguro em uma resseguradora. 
Retrocessão – É o resseguro do resseguro. 
São dois segmentos de seguros, divididos em vários ramos: 
Seguros de acumulação – São aqueles em que o segurado, ao pagar prêmios do seguro, forma uma reserva, que, depois de período 
contratual, retorna para ele corrigida por indexador e juros. São os planos tipo VGBL, e títulos de capitalização. 
Seguros de Risco – São os seguros em que, o prêmio Só retorna ao segurado em forma de cobertura em caso de sinistro. 
São eles: 
Auto e responsabilidade civil. Elementares (residencial, comercial e equipamentos). 
Vida tradicional. Acidentes pessoais. Saúde. 
Existe uma variedade muito grande de seguros que são operados e aceitos pelas seguradoras, entre os quais podemos citar: 
seguros de danos à propriedade ( incêndio e lucros cessantes); 
seguros de automóveis e responsabilidade civil (automóvel, responsabilidade civil veículos – material e pessoal e responsabilidade civil geral – 
material e pessoal) 
Seguros de valores, roubo e fidelidade(roubo, excluindo valores, e fidelidade – delitos contra o patrimônio por empregados); 
seguros de benefícios ( vida em grupo, acidentes pessoais); 
seguro de risco de engenharia (obras civis em construção, término de obra, instalação e montagem, quebra de máquinas). 
Uma das partes mais importantes do seguro é a aceitação, ato pelo qual uma seguradora aceita/subscreve o risco que lhe foi proposto. 
Rigorosamente, ela deverá verificar: 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 53 
 
 
Se o risco proposto está dentro de sua politica de aceitação; 
se as condições do seguro/cobertura estão aprovados pela SUSEP. 
Caso recuse a proposta, deverá devolvê-la/recusá-la antes do término do prazo limite de 15 dias, a contar da data de vencimento da proposta, 
caso contrário caracterizará aceitação tácita do risco. 
A exigência acima não ocorrerá em casos especiais, quando a aceitação do risco proposto depender de pronunciamento/ aprovação da SUSEP 
ou do IRB. 
Uma vez aceito o risco pela seguradora, após 15 dias deverá ser emitida a apólice correspondente. 
O seguro inicia-se no momento da aceitação do risco para as apólices especiais, que vão requerer prazos mais dilatados para análise, já para 
os seguros caracterizados pelo mutualismo, a validade se inicia quando do recebimento da proposta na seguradora. Entretanto, várias são as 
possibilidades do início de validade de uma apólice, ficando esta informação inserida nos contratos. Podendo prever inclusive o início imediato 
da cobertura. Em qualquer tipo de apólice, o término da vaidade será sempre às 24 horas do dia final do prazo contratual. 
Fiança bancária 
A fiança bancária é uma obrigação escrita, é um contrato através do qual o banco (neste caso, o fiador) garante o cumprimento da obrigação 
de seu cliente (neste caso, o afiançado), junto a um credor, em favor do qual a obrigação deve ser cumprida (neste caso, o beneficiário). É, 
portanto, a obrigação acessória assumida pelo banco, quando se responsabiliza total ou parcialmente pelo cumprimento da obrigação de seu 
cliente devedor, caso este não cumpra ou não possa cumpri-la. 
Por se tratar de garantia e não de uma operação de crédito, a fiança bancária está isenta de IOF. Normalmente, as fianças são prestadas pelos 
bancos aos clientes, com a finalidade de viabilizarem o acesso destes às linhas de crédito abertas por outras instituições financeiras. A 
concessão da fiança se estende por todo o período de duração do financiamento, observados para o banco os limites convencionados pelo 
BACEN para operações deste tipo. 
A fiança é normalmente baixada: 
• quando do término do prazo de validade, desde que assegurado o cumprimento das obrigações assumidas pelas partes contratantes; 
mediante a devolução da Carta de Fiança; 
• mediante a entrega, ao banco, da declaração do credor (beneficiário), liberando a garantia prestada. 
É uma operação que deve ser aprovada pela área de crédito dos bancos, sendo cobrados do cliente, normalmente, custos adicionais do 
registro dos contratos de fiança. É muito comum a concessão de fianças para as empresas industriais se habilitarem à linhas de crédito de 
financiamento de exportações junto ao Banco do Brasil ou ao Banco Central. 
Características 
O Banco Central, nas suas atribuições, autoriza outorgar fiança bancária nas seguintes situações: 
• Participação em concorrência pública ou particular, licitações, tomadas de preços; 
• Contratos de construção civil; 
• Contratos de execução de obras; 
• Contratos de execução de obras adjudicadas por meio de concorrências públicas ou particulares; 
• Contratos de integralização de capitais (pessoas jurídicas); 
• Contratos de prestação de serviços em empreitadas; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 54 
 
 
• Contratos de prestação de serviços em geral; 
• Contratos de fornecimento de mercadorias, máquinas, materiais, matéria-prima etc; • Adiantamentos relativos a contratos de prestação de 
serviço, ou simplesmente adiantamentos ou sinais, conforme condições expressas em ordens de compra; pedidos de mercadoria ou 
assemelhados; 
• Aquisição ou compra de mercadorias, produtos, matérias-primas, no País, até determinado valor, garantindo praticamente um limite de crédito 
para compras, em um determinado valor e num determinado período; 
• Compra específica de mercadorias, produtos, máquinas, equipamentos, matérias-primas (no País ou no exterior), comprovada através de 
cópias de pedidos, ordens de compras, contratos, faturas pró-forma, guia de importação; 
• Liberação de veículos e outros bens móveis, vinculados e contratados por alienação fiduciária, convênio, caução, penhor mercantil ou 
hipoteca; 
• Isenção de tributos junto à fiança, para permanência temporária de máquinas, equipamentos etc.; 
• Liberação de máquinas, equipamentos e mercadorias retidos nas alfândegas e outros órgãos públicos; 
• Orientação de liminar resultante de mandado de segurança destinado a sustar cobrança de impostos e taxas; 
• Interposição de recursos em processos administrativos judiciais; 
• Pagamento de débitos fiscais, previdenciários, trabalhistas ou seu parcelamento; 
• Pagamento de armazenagem de mercadorias importadas; 
• Operações ligadas ao comércio exterior. 
Por outro lado, o Banco Central, nas suas atribuições, veda a concessão de Cartas de Fiança: 
• que possam, direta ou indiretamente, ensejar aos favorecidos a obtenção de empréstimos em geral, ou levantamento de recursos junto ao 
público, ou que assegurarem o pagamento de obrigações decorrentes da aquisição de bens e serviços; 
• que não tenham perfeita caracterização do valor em moeda nacional e vencimento definido, exceto para garantir interposição de recursos 
fiscais ou que sejam garantias prestadas para produzir efeitos perante órgãos fiscais ou entidades por estes controladas, cuja delimitação de 
prazo seja impraticável; 
• em moeda estrangeira ou que envolvam risco de variação de taxas de câmbio, exceto quando se tratar de operações ligadas ao comércio 
exterior. 
• vinculadas, por qualquer forma à aquisição de terrenos que não se destinem ao uso próprio ou que se destinem à execução de 
empreendimentos ou unidades habitacionais; 
• à diretoria do banco e membros dos conselhos consultivos ou administrativos, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges; 
• aos parentes até o segundo grau das pessoas a que se refere a alínea anterior. 
• às pessoas físicas ou jurídicas
que participem do capital do banco, com mais de 10%, quaisquer dos diretores ou administradores da própria 
instituição financeira, bem como seus cônjuges e respectivos parentes, até o segundo grau. 
Se o afiançado, por qualquer circunstância, não cumprir com as obrigações perante o beneficiário e, conseqüentemente, o banco louvar a 
fiança concedida, o débito daí resultante passa a ser uma operação de crédito sujeita ao IOF a partir do vencimento e até a sua total liquidação, 
onerada pela maior taxa cobrada pelo banco. 
Os principais tipos de carta de fiança são: 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 55 
 
 
Bid Bond - este tipo de carta garantia emitido pelo banco a pedido de seu cliente tem a finalidade de habilitá-lo a participar em uma 
concorrência pública aberta no exterior, para o fornecimento de bens ou serviços, garantindo as condições de venda do produto, relativas ao 
cumprimento de preços, prazos e demais características do contrato. 
Performance Bond - é a fiança prestada por um banco a um cliente que tenha assumido um contrato de execução longa, de forma a proteger o 
contratante das perdas resultantes da não eventual conclusão do contrato na forma como foi contratado. Está muito ligada a obras públicas ou 
fabricação de navios, aviões ou bens de capital. No caso das operações de comércio exterior, é a garantia de entrega do produto lá fora, com 
quantidade. 
Questões de provas anteriores: 
Caixa – Cesgranrio 2008 
1) No ato da abertura da conta corrente em um Banco, o cliente deve preencher alguns documentos básicos para realização do seu cadastro. 
Um desses documentos é o cartão de assinatura, que serve para 
(A) definir alçadas para cada assinatura disponibilizada pelos clientes junto aos Bancos, estabelecendo-se, dessa maneira, qual titular irá 
assinar em cada tipo de operação. 
(B) registrar as assinaturas que os clientes utilizarão em suas operações bancárias, para que os Bancos possam conferir as assinaturas 
utilizadas nos cheques, DOC e outros documentos. 
(C) registrar a assinatura usada no verso dos cartões de crédito que serão emitidos para os clientes do Banco, assim, toda vez que os clientes 
utilizarem os cartões de crédito, os estabelecimentos comerciais poderão conferir a assinatura. 
(D) estabelecer critérios de segurança da informação junto aos órgãos reguladores, fornecendo as assinaturas dos clientes para esses órgãos, 
sempre que necessário. 
(E) facilitar as operações bancárias através da digitalização das assinaturas, para que os clientes possam realizar operações via Internet ou 
telefone, utilizando sua assinatura eletrônica. 
 
2) O sistema financeiro é composto por um conjunto de instituições financeiras, públicas e privadas, e seu órgão normativo máximo é o 
Conselho Monetário Nacional (CMN). Algumas das principais atribuições do CMN são: 
I – regular a constituição e o funcionamento das instituições financeiras, bem como zelar por sua liquidez; 
II – acionar medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos, surtos inflacionários etc; 
III – regulamentar, sempre que julgar necessário, as taxas de juros, comissões e qualquer outra forma de remuneração praticada pelas 
instituições financeiras; 
IV– fomentar e reequipar os setores da economia por meio de várias linhas de crédito; 
V – ter o monopólio das operações de penhor. 
Estão corretos APENAS os itens 
(A) I e IV (B) I I e V (C) I, I I e I I I (D) I, I I e IV (E) I I , I I I e V 
 
3) Os Bancos e demais instituições financeiras podem manter um relacionamento comercial, tanto com pessoas físicas como com pessoas 
jurídicas. No relacionamento com um Banco comercial, as pessoas jurídicas são representadas legalmente por 
(A) todos os seus funcionários, que, devidamente identificados, estarão habilitados a realizar operações bancárias, como entrega de malotes e 
pagamentos. 
(B) funcionários da empresa autorizados pelo gerente da conta ou pelos sócios da empresa, que deverão comunicar verbalmente ao Banco a 
autorização para realização das operações. 
(C) despachantes bancários, que são funcionários terceirizados pelas empresas para realização de operações bancárias. 
(D) seus correspondentes bancários, que podem efetuar junto ao Banco todo tipo de transação. 
(E) seus sócios, a quem o contrato social de constituição da sociedade confere poderes para assinar em nome da referida pessoa jurídica. 
 
4) O cheque é um recurso disponibilizado pelos Bancos para seus clientes, que o utilizarão como um título de crédito cuja emissão poderá ser 
nominativa ou ao portador. Um cheque cruzado emitido ao portador deverá ser 
(A) sacado pelo próprio portador do cheque diretamente no caixa do Banco emitente. 
(B) sacado pelo portador ou beneficiário em qualquer agência bancária com a devida autorização do emitente do cheque. 
(C) endossado no verso pelo emitente do cheque para que o beneficiário possa depositar o cheque em outros Bancos. 
(D) depositado na conta corrente do portador do cheque, que poderá ser em qualquer Banco. 
(E) depositado na conta corrente do beneficiário, que deve ser obrigatoriamente no mesmo Banco emitente do cheque. 
 
5) O Sistema de Pagamentos Brasileiro é o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e operações integrados que, por meio eletrônico, 
dão suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro. Sua função básica é 
(A) permitir a transferência de recursos financeiros, e o processamento e liquidação de pagamentos para pessoas físicas, jurídicas e entes 
governamentais. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 56 
 
 
(B) realizar a adaptação das instituições financeiras brasileiras aos mercados bancários internacionais, facilitando os pagamentos e a 
movimentação financeira. 
(C) conduzir as operações de redesconto e de transferências unilaterais de crédito entre pessoas físicas, jurídicas, entes governamentais e 
instituições estrangeiras. 
(D) conduzir as operações de pagamentos no mercado bancário e comercial brasileiro, utilizando o sistema de 
compensação nacional. 
(E) reestruturar as operações de empréstimos e pagamentos, principalmente as operações de leasing, CDC e cartão de crédito. 
 
6) A Cetip – Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos – foi criada em 1986 pela Andima, em conjunto com outras entidades 
representativas do setor financeiro e o Banco Central. A criação da Cetip teve como principal objetivo 
(A) satisfazer os grandes investidores, garantindo maior rentabilidade dos títulos públicos. 
(B) conduzir as operações de transferências do mercado interbancário de títulos públicos, por meio de movimentação eletrônica. 
(C) garantir mais segurança e agilidade às operações realizadas com títulos privados, substituindo a movimentação física de títulos, cheques e 
faturas por registros eletrônicos. 
(D) facilitar a realização das operações bancárias, garantindo a custódia dos títulos e a liquidação eletrônica de faturas, como, por exemplo, os 
pagamentos realizados pela Internet. 
(E) modificar a estrutura do mercado bancário nacional, introduzindo o conceito de Banco remoto, onde os clientes podem realizar suas 
operações financeiras sem precisar sair de casa. 
 
7) A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, títulos públicos e taxas de juros, modificando o custo e o nível de 
oferta do crédito. O Banco Central administra a política monetária por intermédio dos seguintes instrumentos clássicos de controle monetário: 
I – recolhimentos compulsórios; 
II – operações de mercado aberto – open market; 
III – limites e políticas de alçadas internas de crédito; 
IV– políticas de redesconto bancário e empréstimos de liquidez; 
V – depósitos à vista e cadernetas de poupança. 
Estão corretos APENAS os instrumentos 
(A) I, II e I I I (B) I, I I e
IV (C) I, III e IV (D) I I , III e V (E) I I I , IV e V 
 
8) O mercado financeiro pode ser classificado como primário ou secundário, dependendo do momento da negociação do título no mercado. O 
lançamento de um novo ativo financeiro ocorre no mercado primário. No mercado secundário ocorrem as 
(A) vendas de títulos públicos que são negociados por meio da Bovespa. 
(B) transações financeiras envolvendo o mercado monetário internacional. 
(C) compras de títulos privados, derivativos, opções que estão sendo oferecidos ao mercado financeiro. 
(D) negociações posteriores, em Bolsa de Valores ou em Mercado de Balcão, envolvendo compras e vendas de títulos já lançados entre 
investidores. 
(E) negociações de títulos de crédito como cheques, notas promissórias e DOC, realizadas por meio da Bolsa de Valores e do Mercado de 
Balcão. 
 
9) A intermediação financeira desenvolve-se de forma segmentada, com base em quatro subdivisões estabelecidas para o mercado financeiro: 
mercado monetário, mercado de crédito, mercado de capitais e mercado cambial. Os certificados de depósitos bancários (CDB) e as 
debêntures são negociados no mercado 
(A) cambial. (B) monetário. (C) de ações. (D) de capitais. (E) de crédito. 
 
10) De acordo com a Lei no 6.404/76, a companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e será classificada como 
companhia aberta ou fechada. Uma companhia é aberta quando os 
(A) produtos são disponibilizados para negociação direta com seus clientes. 
(B) funcionários têm acesso direto à alta administração e podem opinar nas ações tomadas pela companhia. 
(C) títulos emitidos estão disponíveis para negociação com outras empresas, utilizando o sistema bancário e dispensando o uso da Bolsa de 
Valores. 
(D) valores imobiliários (títulos) de sua emissão podem ser negociados diretamente no mercado imobiliário organizado. 
(E) valores mobiliários (ações) de sua emissão estão admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários (Bolsas de Valores). 
 
11) Dentre as operações realizadas pelos Bancos, estão as operações de garantia, em que o Banco se solidariza com o cliente em riscos por 
este assumidos. A garantia que se manifesta por um contrato através do qual o Banco garante o cumprimento da obrigação de seu cliente junto 
a um credor constitui a(o) 
(A) hipoteca. (B) fiança bancária. (C) alienação fiduciária. 
(D) aval. (E) fundo garantidor de crédito. 
 
12) Ao título de crédito comercial em que o “emitente” obriga-se, por escrito, a pagar a uma pessoa “beneficiária” uma determinada importância 
dá-se o nome de 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 57 
 
 
(A) Certificado de Depósito Bancário (CDB). (B) cheque. (C) cédula hipotecária. 
(D) nota fiscal (E) nota promissória. 
 
13) A cobrança de títulos é um dos produtos mais importantes desenvolvidos pelas instituições. Este tipo de produto gera vantagens, tanto para 
o cliente como para o Banco. As vantagens geradas para o Banco são: 
I – aumento das taxas de CDI; 
II – aumento dos depósitos à vista, pelos créditos das liquidações; 
III – aumento das receitas pela cobrança de tarifas sobre serviços; 
IV– consolidação do relacionamento com o cliente; 
V – capilaridade da rede bancária internacional. 
Estão corretas APENAS as vantagens 
(A) I, II e V (B) I, III e IV (C) II, III e IV (D) II, IV e V (E) I I I , IV e V 
 
14) A operação bancária de empréstimo a curtíssimo prazo, geralmente de um dia e no máximo de dez dias, que visa a atender às 
necessidades imediatas de caixa de seus clientes, e tem como referencial a taxa CDI acrescida de um spread e impostos é o 
(A) hot money. (B) mobile banking. (C) factoring. 
(D) certificado de depósito bancário. (E) crédito rotativo. 
 
15) Caderneta de poupança é a aplicação mais simples e tradicional, sendo uma das poucas em que se podem aplicar pequenas somas e em 
que se pode ter liquidez, apesar da perda de rentabilidade para saques fora da data de aniversário da aplicação. A caderneta de poupança de 
pessoas físicas é remunerada 
(A) diariamente, pela taxa SELIC. 
(B) mensalmente, pela taxa SELIC. 
(C) diariamente, com uma taxa de 6% ao ano, mais a TR da data de aniversário. 
(D) mensalmente, com uma taxa de 0,5% ao mês, mais aTR da data de aniversário. 
(E) trimestralmente, com uma taxa de 0,4% ao mês, mais o CDI. 
 
16) DOC é um documento de crédito ou uma ordem de pagamento, utilizado para transferências de recursos entre contas correntes de 
diferentes Bancos. Existem vários tipos de DOC. O DOC do tipo D é utilizado para transferências 
(A) entre contas correntes do mesmo titular. 
(B) entre contas correntes de diferentes titulares. 
(C) entre Bancos para compensação das operações interbancárias. 
(D) de valores superiores a R$ 5.000,00, de diferentes titulares. 
(E) internacionais, de recursos para manutenção de residentes. 
 
17) O contrato de câmbio é o instrumento pelo qual se formaliza uma operação de câmbio, podendo ser utilizado para importação, exportação, 
compra e venda de moeda estrangeira e transferências internacionais. Nos casos de exportação, o contrato de câmbio poderá ocorrer prévia 
ou posteriormente ao embarque de mercadoria. O fechamento do câmbio com ACC ocorre 
(A) antes do embarque da mercadoria, geralmente quando o exportador necessita dos recursos para financiar a produção de mercadoria a ser 
exportada. 
(B) antes ou após o embarque, porém com o câmbio travado para definição futura das taxas que serão praticadas na liquidação do contrato. 
(C) após o embarque da mercadoria, quando o exportador entrega os documentos ao Banco, para que os mesmos sejam cobrados no exterior, 
à vista ou a prazo. 
(D) após a liquidação do contrato de câmbio no exterior, independente da entrega da mercadoria. 
(E) após a entrega da mercadoria no exterior, independente da liquidação do contrato de câmbio. 
Banco do Brasil – Cesgranrio 2010 
 
18) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por todas as instituições financeiras públicas ou privadas existentes no país e seu órgão 
normativo máximo é o(a) 
(A) Banco Central do Brasil. (B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 
(C) Conselho Monetário Nacional. (D) Ministério da Fazenda. 
(E) Caixa Econômica Federal. 
 
19) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia ligada ao Poder Executivo que atua sob a direção do Conselho Monetário 
Nacional e tem por finalidade básica 
(A) normatização e controle do mercado de valores mobiliários. 
(B) compra e venda de ações no mercado da Bolsa de Valores. 
(C) fiscalização das empresas de capital fechado. 
(D) captação de recursos no mercado internacional 
(E) manutenção da política monetária. 
 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 58 
 
 
20) O SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – foi desenvolvido em 1979 pelo Banco Central do Brasil e pela ANDIMA 
(Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com a finalidade de 
(A) custodiar os títulos públicos e privados negociados no mercado aberto antes de sua liquidação financeira. 
(B) liquidar financeiramente as ações negociadas no mercado de Bolsa de Valores e custodiar os títulos públicos. 
(C) regular e fiscalizar a atividade de liquidação e custódia dos títulos públicos federais, exercida pelas instituições financeiras. 
(D) verificar e controlar o índice de liquidez dos títulos públicos e privados antes da sua custódia. 
(E) controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural. 
 
21) A operação de antecipação de um recebimento, ou seja, venda de uma duplicata (crédito a receber) para uma sociedade de fomento 
mercantil, mediante o pagamento de uma taxa percentual atrelada ao valor de face da duplicata, constitui o
(A) leasing. (B) hot money. (C) spread. (D) factoring. (E) funding. 
 
22) A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é o órgão responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros, previdência 
privada aberta e capitalização. Em relação a esse órgão, considere as atribuições abaixo. 
I – Cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho Nacional de Seguros Privados. 
II – Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização. 
III – Regular e fiscalizar as operações de compra e venda de ações e títulos públicos realizadas no mercado balcão. 
IV – Prover recursos financeiros para as sociedades do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização por meio de aporte de 
capital, quando necessário. 
V – Disciplinar e acompanhar os investimentos das entidades do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização, em especial 
os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas. 
São atribuições da SUSEP APENAS 
(A) I, II e IV. (B) I, II e V. (C) III, IV e V. (D) I, II, III e IV. (E) II, III, IV e V. 
 
23) Os depósitos à vista são os recursos captados dos clientes pelos bancos comerciais que, para facilitar livre movimentação desses recursos, 
disponibilizam o serviço bancário sem remuneração denominado 
(A) Certificado de Depósito Bancário (CDB). (B) conta-corrente. (C) poupança. (D) cartão de crédito. (E) fundo de investimento. 
 
24) Atualmente os grandes bancos do mercado financeiro realizam desde as atividades mais simples, como o pagamento de um título, até as 
mais complexas, como as operações de Corporate Finance, que envolvem a 
(A) realização de um contrato de câmbio para viabilizar as exportações e as importações. 
(B) realização de atividades corporativas no exterior. 
(C) gestão de ativos financeiros no segmento corporativo. 
(D) manutenção de contas-correntes de expatriados no exterior. 
(E) intermediação de fusões, cisões, aquisições e incorporações de empresas. 
 
25) Para financiar suas necessidades de curto prazo, algumas empresas utilizam linhas de crédito abertas com determinado limite cujos 
encargos são cobrados de acordo comsua utilização, sendo o crédito liberado após a entrega de duplicatas, o que garantirá a operação. 
Esse produto bancário é o 
(A) Crédito Direto ao Consumidor (CDC). (B) empréstimo compulsório. (C) crédito rotativo. 
(D) capital alavancado. (E) cheque especial. 
 
26) A operação bancária de vendor finance é a prática de financiamento de vendas com base no princípio da 
(A) obtenção de receitas, que viabiliza vantagens para o cliente em uma transação comercial. 
(B) cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber à vista o pagamento do Banco, mediante o 
pagamento de juros. 
(C) concentração do risco de crédito, que fica por conta da empresa compradora em troca de uma redução da taxa de juros na operação do 
financiamento das vendas. 
(D) troca ou negociação de títulos de curto prazo por recebíveis de longo prazo, sem custos para ambas as partes. 
(E) retenção de crédito lastreado por títulos públicos e vinculado a transações comerciais, garantindo ao vendedor o recebimento total de sua 
duplicata. 
 
27) Com a finalidade de captação de recursos, muitas empresas abrem seu capital e emitem ações para serem negociadas no mercado 
primário ou secundário, dependendo da ocasião da emissão das ações. A emissão de ações no mercado primário ocorre quando a 
(A) negociação é realizada no pregão da Bolsa de Valores. 
(B) negociação das ações não se concretizou no mercado secundário. 
(C) empresa emite ações para negociação somente com empresas do setor primário. 
(D) empresa emite pela primeira vez ações para serem negociadas no mercado. 
(E) rentabilidade das ações não atingiu o patamar desejado. 
 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 59 
 
 
28) As operações de underwriting (subscrição) são praticadas pelos bancos de investimento que realizam a intermediação da distribuição de 
títulos mobiliários no mercado. A Garantia Firme é um tipo de operação de underwriting no qual a instituição financeira coordenadora da 
operação garante a 
(A) colocação dos lotes de ações a um determinado preço previamente pactuado com a empresa emissora, encarregando-se, por sua conta e 
risco, de colocá-lo no mercado. 
(B) rentabilidade das ações colocadas no mercado, responsabilizando-se por devolver o dinheiro à empresa emissora em caso de uma 
desvalorização repentina. 
(C) renovação da subscrição das ações colocadas no mercado e que não encontraram compradores interessados. 
(D) oferta global das ações da empresa tanto no país quanto no exterior, assumindo todos os riscos relacionados à oscilação de mercado. 
(E) prática de melhores esforços para revender o máximo de uma emissão de ações para os seus clientes por um prazo determinado. 
 
29) O mercado de câmbio envolve a negociação de moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em movimentar essas moedas. O câmbio 
manual é a forma de câmbio que 
(A) pratica a importação e a exportação por meio de contratos. 
(B) pratica a troca de moeda estrangeira por uma mercadoria. 
(C) envolve a compra e a venda de moedas estrangeiras em espécie. 
(D) envolve a troca de títulos ou documentos representativos da moeda estrangeira. 
(E) exerce a função de equilíbrio na balança comercial externa. 
 
30) Derivativos são instrumentos financeiros que se originam do valor de outro ativo, tido como ativo de referência. As transações com 
derivativos são realizadas no mercado futuro, a termo, de opções e swaps, entre outros. Os swaps são 
(A) ativos garantidores de operações em moeda estrangeira, adquiridos mediante a troca de ações, direitos e obrigações entre duas partes. 
(B) ativos que podem ser comprados por uma empresa investidora com o intuito de se proteger de uma eventual redução de preços de outro 
ativo da mesma carteira de investimento. 
(C) direitos adquiridos de comprar ou vender um ativo em uma determinada data por preço e condições previamente acertados entre as partes 
envolvidas na negociação. 
(D) acordos de compra e venda de ativos para serem entregues em uma data futura, a um preço previamente estabelecido, sem reajustes 
periódicos. 
(E) acordos entre duas partes que preveem a troca de obrigações de pagamentos periódicos ou fluxos de caixa futuros por um certo período de 
tempo, obedecendo a uma metodologia de cálculo predefinida. 
 
31) As Companhias ou Sociedades Anônimas podem ser classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas como abertas quando 
(A) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro. 
(B) seus principais ativos são ações de outras companhias de capital aberto. 
(C) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios estrangeiros. 
(D) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão. 
(E) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e não estão à venda. 
 
32) As operações de garantia bancária são operações em que o banco se solidariza com o cliente em riscos por este assumidos. O aval 
bancário, por exemplo, é uma garantia que gera 
(A) obrigação assumida pelo Banco, a fim de assegurar o pagamento de um título de crédito para um cliente. 
(B) obrigação solidária do Banco credor para com o seu cliente mediante a assinatura de um contrato de câmbio. 
(C) direito real para o Banco em face ao seu cliente e se constitui, pela tradição efetiva, em garantia de coisa móvel passível de apropriação 
entregue pelo devedor. 
(D) responsabilidade acessória pelo Banco, quando assume total ou parcialmente o dever do cumprimento de qualquer obrigação de seu 
cliente devedor. 
(E) passivo para cliente tomador de um empréstimo contra o Banco credor, colocando seus bens à disposição para garantir a operação. 
 
33) A caderneta de poupança é a aplicação mais simples e tradicional
no mercado financeiro nacional, sendo uma das poucas em que o cliente 
pode aplicar pequenas somas e ter liquidez. Atualmente, a maior vantagem da caderneta de poupança em relação a outros investimentos é a 
(A) flexibilidade na data dos saques sem prejudicar os rendimentos. 
(B) flexibilidade no registro da documentação para abertura da conta. 
(C) isenção de taxas e tarifas bancárias. 
(D) isenção de imposto de renda. 
(E) maior rentabilidade oferecida

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?