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�PAGE �27� 1. Equação Geral do Balanço O campo dos Fenômenos de Transporte ocupa-se basicamente com a predição das variações de temperatura, concentração e velocidade dentro de um meio. Para obter estes perfis, empregam-se dois conjuntos de equações. Equações de Balanços (ou de conservação) Equações de Taxas ou Leis de Fluxo A equação geral do balanço para um determinado sistema é: Taxa de entrada - Fluxo que entra no sistema através de suas fronteiras. Taxa de saída - Fluxo que sai do sistema através de suas fronteiras. Taxa de transformação - Toda produção ou consumo no interior do sistema. Taxa de variação - Taxa de variação da quantidade total de massa, energia ou quantidade de movimento do sistema. 1.1Equação Geral do Balanço na Forma Integral: (Balanço Geral, Balanço Macroscópico) Considerando-se no sistema um volume de controle fixo no espaço (sistema aberto, método Euleriano) e que ( = Fluxo de uma quantidade (QM, Massa ou Energia) [Quantidade/Área.Tempo] ( = Concentração de uma quantidade (QM, Massa ou Energia) [Quantidade/Volume] (t = Geração de uma quantidade (QM, Massa ou Energia) [Quantidade/Tempo.Volume] Então, para a figura a seguir, A taxa de transferência de quantidade de movimento, energia ou massa através de dA é dada por: é o vetor normal que aponta para fora da superfície de controle é a componente de perpendicular a dA ��EMBED Equation.3 Integrando-se sobre a área, obtém-se o fluxo líquido de quantidade de movimento, energia ou massa que atravessa a superfície de controle. O elemento de volume dV contém unidades de quantidade de movimento, calor ou matéria. Portanto, o volume de controle contém unidades de quantidade de movimento. A taxa de variação de uma dessas quantidades no volume de controle, será portanto: para um volume de controle fixo no espaço, pode-se escrever também que Desta forma, Para o elemento de volume dV a taxa de transformação é . Conseqüentemente para o volume de controle esta taxa será: Substituindo as equações (2), (5) e (6) em (1) obtém-se a equação geral do balanço na forma integral, a volume de controle fixo. 1.2 Equação Geral do Balanço na Forma Diferencial: (Balanço Microscópico) Pelo teorema da divergência de Gauss, sabe-se que Substituindo a equação (8) na (7) tem-se: Como o volume de controle é arbitrário e as funções são contínuas, pode-se escrever: A equação obtida é a equação geral do balanço na forma diferencial. 2. Equações de Fluxo As equações que descrevem os fluxos moleculares e convectivos são respectivamente: Obs.: Se considerarmos que onde é o fluxo total da propriedade ( e o fluxo devido a outros mecanismos além de difusivo e convectivo (ex.: radiação), pode-se escrever que: 3. Combinação entre as Equações de Balanço e as de Fluxo 3.1 Forma Integral: Substituindo-se a equação para o fluxo total (14) na equação geral EGBI (7) obtém-se: onde é mantido na notação original para facilitar a análise integral. 3.2 Forma Diferencial Substituindo-se a equação para o fluxo total (14) na EGBD (10) obtém-se: desenvolvendo, Como e para ( constante então, pode-se escrever a equação (17) na seguinte forma: As equações (15) e (20) são básicas no estudo dos fenômenos de transporte conforme veremos a seguir. Obs.: O produto escalar de 4. Balanço Integral (Global, Macroscópico) de Massa: Aplicaremos agora a equação (15) para conservação global de massa. Neste caso ( = ( = [massa total/volume] e portanto, O primeiro termo desta equação representa a taxa de variação temporal da massa total contida no volume de controle e será representado por . O segundo termo desta equação representa a taxa líquida de massa que atravessa a superfície de controle por convecção. Para sistemas de um único componente ou com contradifusão mássica (fluxo mássico da espécie A = - fluxo mássico da espécia B) não há fluxo líquido de massa devido ao transporte molecular ( ) e portanto o terceiro termo é nulo. Se não existirem outros mecanismos no balanço de massa integral, e o quarto termo é nulo, o quinto termo é nulo independentemente da presença de qualquer reação química. O termo (t é diferente de zero apenas na presença de raeções nucleares que convertem massa em energia. Se tanto e forem nulos, então a equação (21) assume a seguinte forma: Para escoamento incompressível (( ( constante), tem-se Exemplo 1: Considerando escoamento em regime permanente através do seguinte reservatório, realize um balanço global de massa no volume de controle indicado pelas linhas tracejadas. O restante da superfície de controle chamamos de A3. Em regime permanente o BGM é dado pela equação (23). para fluidos incompressíveis, resulta que Exemplo 2: Considere o caso do escoamento incompressível no qual a área do escoamento é circular e o perfil de velocidade parabólico, variando de acordo com a expressão: vmáx ( velocidade no centro do tubo r ( raio qualquer R ( raio do tubo Através de um BGM determine a velocidade média do fluido escoando no tubo. 5. Balanço Global de Quantidade de Movimento O balanço global de quantidade de movimento BGQM é obtido pela substituição da concentração ( da equação (15) por . Observe que neste caso ( e que é um tensor de 2a ordem. Analisa-se a seguir cada termo da equação (15). Sistema para BGQM ( fluxo ; ( ( concentração ( ) O primeiro termo desta equação representa a taxa de variação temporal da quantidade de movimento no interior do volume de controle que será representado por P. Observe que P tem as unidades de [QM/tempo] que são equivalentes a unidades de força. O segundo termo da equação (25) é separado em duas integrais. Uma sobre A1 e outra sobre A2 (a integração sobre A3 resultar em fluxo nulo). Portanto, O terceiro termo da equação (25) surge devido as entradas e saídas de quantidade de movimento do sistema por transporte molecular. Existem três contribuições para este termo: a primeira é devida ao atrito entre as paredes estacionárias e o fluido em movimento(conhecida como atrito viscoso); é a parcela mais significativa do fluxo molecular líquido que será representada por . Nesta análise é a força que o fluido exerce sobre a superfície sólida. A segunda contribuição ao fluxo molecular é devida a pressão na entrada e saída do sistema. Ela é expressa na seguinte forma. A pressão também contribui com um tipo de atrito (conhecido como arraste de forma) nas superfícies internas do sistema, este atrito será incluído em . A terceira contribuição no transporte molecular está associada as forças viscosas na entrada e saída do volume de controle. Esta contribuição é normalmente desprezível, então o terceiro termo da equação (25) torna-se: Nesta equação é a tensão cisalhante (tensor de segunda ordem). O produto escalar de resulta em um vetor como os demais termos da equação. O quarto termo da equação (25) é nulo porque não existem outras formas de transporte de quantidade de movimento para o sistema em questão. O quinto termo, a transformação de quantidade de movimento, é causada pela ação de forças externas sobre o fluido como por exemplo a força da gravidade (neste caso, o campo gravitacional age como gerador de quantidade de movimento). Estes efeitos serão designados por . Se apenas forças gravitacionais são consideradas, . Substituindo os resultados anteriores no Balanço Global de Movimento a equação (25), obtém-se finalmente: Realizando as integrações como no balanço de massa, tem-se: Obs.: e Observando-se o volume de controle as seguintes relações são válidas para a direção x. n1x = cos (180( - (1) = -cos (1 n2x = cos (2 v1x = v1cos (1 v2x = v2cos (2 Portanto, para a direção x o BGQM assume a seguinte forma: O balanço global de quantidade de movimento na direção y é obtido diretamente da equação anterior substituindo os cosenos pelos senos dos ângulos em questão. 6. Balanço Global de Energia (Integral, Macroscópico) Considere o seguinte sistema: A energia total desse sistema consiste de 3 contribuições: ��EMBED Equation.3��EMBED Equation.3 Onde cada termo está dado em energia por unidade de massa. Desta forma, ((.E) é energia/volume ou uma “concentração de energia”. O balanço global de energia é obtido fazendo-se ( = ( E , na equação (15): O primeiro termo desta equação é a taxa de variação de energia E, dado em unidades de Joules/s no volume de controle. O segundo termo é (não há fluxo convectivo através de outras áreas) O terceiro termo (entrada – saída por transporte molecular) está associado ao fluxo líquido de energia ( q/A = [J/m2s]; ) que entra no sistema através da superfície de controle. Quando integrado, este termo é equivalente a taxa de variação de energia devido ao fluxo de calor e será representado por Q [J/s]. O quarto termo representa o transporte de energia por outros meios através da superfície de controle, ou seja, o trabalho que será positivo se realizado pelo sistema. O sistema recebe calor e realiza trabalho. Pela 1a lei da Termodinâmica, a energia do universo é constante. Portanto, Existem três tipos de trabalho que devem ser considerados: o primeiro é o trabalho de eixo WS (ex.: bomba centrífuga atando sobre o volume de controle). O segundo tipo é o trabalho de escoamento, W( que é o trabalho feito sobre as vizinhanças para superar os esforços normais na superfície de controle onde há escoamento. O terceiro tipo de trabalho é um trabalho realizado para superar os esforços cisalhantes na superfície de controle, é designado como W(. Portanto, a taxa líquida de trabalho, W é dada por: Os esforços normais são causados por efeitos devido a pressão e esforços viscosos: Tanto o trabalho viscoso devido a tensões normais como o devido à tensões cisalhantes representam uma perda de energia mecânica do sistema para superar os efeitos do atrito viscoso e serão agrupados em um único termo, W(. Desta forma, W é composto por: que para o sistema em análise, assume a seguinte forma: O quinto termo, a transformação de energia, pode ser desprezado a menos que contribuições “elétricas” ou nucleares existam. A energia associada a reações químicas é incluída como uma variação da energia interna u que é uma parte da energia total. Da substituição dos resultados anteriores na equação (33) obtém-se: A equação (32) é utilizada para eliminar E na equação (34). Após realizarmos as integrações, o resultado é : Em termos de vazão mássica , a equação anterior torna-se: para o estado estacionário e ; também da termodinâmica sabe-se que: Desta forma a equação (36) é reescrita como: A equação acima é o balanço global de energia para o sistema no estado estacionário. O termo equação (37) pode ser substituído por , onde ( é o termo de correção da energia cinética, definido como: então, a equação (37) assume a seguinte forma: Usualmente assume-se que ( = 1. No entanto isto nem sempre é verdade. A figura abaixo mostra o gráfico de ( X Re para o escoamento em um tubo. Observe que para escoamento laminar ( = ½. Enquanto que para escoamento turbulento ( = 0,88 em baixos Reynolds e aproxima-se de 0,96 a medida que o perfil de velocidade se “achata” em altos Reynolds. Exemplo 1: Calcule o coeficiente de correção da energia cinética (, para o escoamento de água entre duas placas paralelas quando a placa superior se move a velocidade de 1 m/s e a placa inferior é estacionária. Admita regime permanente. Solução: para este escoamento o perfil de velocidade é dado por v/v0 = y/y0 onde v0 ( velocidade da placa superior. ��EMBED Equation.3 Também, ��EMBED Equation.3 Portanto, da equação (38) tem-se que Exemplo 2: Um eixo está girando com uma velocidade angular constante ( no mancal apresentado na figura a seguir. O diâmetro do eixo é d e a tensão cisalhante é (. Obtenha a taxa na qual a energia deva ser removida do mancal para o óleo lubrificante entre o eixo e a superfície estacionária no mancal permaneça a temperatura constante. Solução: o volume de controle escolhido consiste de uma unidade de comprimento de fluido envolvendo o eixo como mostra a figura acima. O BGE para o volume de controle é: A partir da figura observa-se o seguinte: o fluido não atravessa a superfície de controle. Nenhum trabalho de eixo atravessa a superfície de controle O escoamento é estacionário. Então, (Todo o trabalho viscoso é usado para superar as tensões cisalhantes) Onde er e e( são os vetores unitários nas direções r e ( respectivamente. O sinal resultante é consistente com o conceito de trabalho positivo quando realizado pelo sistema sobre as vizinhanças. Como v( = (d/2, então: Que é a taxa de transferência de calor necessária para manter o óleo a temperatura constante. Se o calor não é removido do sistema então Q = 0 e portanto: Como somente a energia interna do óleo aumenta com o tempo, então e portanto, ou com o calor específico a volume constante, Integrando obtém-se a variação da temperatura com o tempo. Observe que: o termo de trabalho viscoso envolve grandezas apenas na superfície de controle. Quando a velocidade na superfície de controle é zero o termo de trabalho viscoso é nulo (W( = 0) Exemplo 3: Na expansão brusca apresentada na próxima figura a pressão que atua na seção1 é considerada uniforme com o valor p1. Obtenha a variação da energia interna entre as seções 1 e 2 para um escoamento estacionário e incompressível. Despreze as perdas por atrito nas paredes e expresse U2 e U1 em termo de v1, A1 e v2. O volume de controle está indicado pela linha tracejada. (Escoamento através de uma expansão brusca) Solução: a)BGM: Se a seção 2 é escolhida numa distância relativamente afastada a jusante, então o balanço global de massa para o escoamento estacionário e fluido incompressível assume a seguinte forma: Como ( é constante então, b) BGQM: Admitindo-se ( = 1, resulta: Para a direção x: Também, Desta forma: ou c) BGE: A partir da equação (36), tem-se: Admitindo-se ( = 1, essa equação assume a seguinte forma para regime permanente e escoamento incompressível: Os resultados dos 3 balanços (equações (i), (ii) e (iii)), podem ser combinados para determinar-se (U; substituindo-se a equação (ii) para (p/( e a equação (i) para v2 e observando que z1 = z2, obtém-se: A equação (39-a) fornece a variação da energia interna em uma expansão brusca. A variação de temperatura que corresponde a essa variação de energia interna é insignificante, mas da equação (iii) pode-se observar que a variação na carga total é igual a variação de energia interna. Portanto a variação da energia interna em um escoamento incompressível é designada como uma perda de carga hL e a equação da energia em escoamento estacionário, adiabático e incompressível em um tubo é escrita como: _981906863.unknown _981906900.unknown _981906924.unknown _981906933.unknown _981906937.unknown _981906942.unknown _981906944.unknown _981906946.unknown _981906947.unknown _981906945.unknown _981906943.unknown _981906940.unknown _981906941.unknown _981906938.unknown _981906935.unknown _981906936.unknown _981906934.unknown _981906928.unknown _981906930.unknown _981906932/^ _981906929.unknown _981906926.unknown _981906927.unknown _981906925.unknown _981906914.unknown _981906919/^º _981906922.unknown _981906923.unknown _981906921/ _981906916.unknown _981906917.unknown _981906915.unknown _981906904.unknown _981906912.unknown _981906913.unknown _981906911/6 _981906902.unknown _981906903.unknown _981906901.unknown _981906882.unknown _981906891.unknown _981906895.unknown _981906898.unknown _981906899.unknown _981906897.unknown _981906893.unknown _981906894.unknown _981906892.unknown _981906887.unknown _981906889.unknown _981906890.unknown _981906888.unknown _981906885/:�� _981906886.unknown _981906883.unknown _981906872.unknown _981906877.unknown _981906880.unknown _981906881.unknown _981906879.unknown _981906874.unknown _981906876/z%� _981906873.unknown _981906868.unknown _981906870.unknown _981906871.unknown _981906869.unknown _981906866.unknown _981906867.unknown _981906865.unknown _981906828.unknown _981906845.unknown _981906854.unknown _981906859.unknown _981906861.unknown _981906862.unknown _981906860.unknown _981906857.unknown _981906858.unknown _981906856/Fø _981906850.unknown _981906852.unknown _981906853.unknown _981906851.unknown _981906847.unknown _981906849.unknown _981906846/ê¥ _981906836.unknown _981906841/ª _981906843.unknown _981906844.unknown _981906842.unknown _981906838.unknown _981906839.unknown _981906837.unknown _981906832.unknown _981906834.unknown _981906835.unknown _981906833.unknown _981906830.unknown _981906831.unknown _981906829.unknown _981906810.unknown _981906819.unknown _981906823.unknown _981906825.unknown _981906827.unknown _981906824.unknown _981906821.unknown _981906822.unknown _981906820.unknown _981906815.unknown _981906817.unknown _981906818.unknown _981906816.unknown _981906812.unknown _981906814.unknown _981906811.unknown _981906801/Þj _981906806.unknown _981906808.unknown _981906809.unknown _981906807.unknown _981906804.unknown _981906805.unknown _981906803.unknown _981906797.unknown _981906799.unknown _981906800.unknown _981906798.unknown _981906794.unknown _981906796/²1� _981906792/&'�