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DIREITO PROCESSUAL CIVIL VI – Procedimentos Especiais 
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Em qual livro do CPC vem previstos os procedimentos especiais? 
R: O livro IV regula os procedimentos especiais e vem dividido em 02 títulos. O I regula os 
procedimentos especiais de jurisdição contenciosa (onde há lide a ser resolvida); o II disciplina os 
procedimentos especiais de jurisdição voluntária (processos em que não há lide, como no divórcio 
consensual). As ações só podem ser de conhecimento, execução ou cautelares. O que vem previsto 
no livro IV são procedimentos especiais aplicáveis a certas ações e processos de conhecimento. 
 
Diferencie processo e procedimento. 
R: O processo judicial é uma relação jurídica que se instaura no âmbito do judiciário com o objetivo 
de aplicar o direito ao caso concreto, através da atuação de juízes e tribunais. Procedimento, por 
outro lado, é a forma extrínseca do processo, ou seja, o modo como ele se realiza na prática. Assim, 
o procedimento nada mais é que o conjunto de atos praticados durante o processo e como estes atos 
estão interligados. Existem os procedimentos comuns (ordinário e sumário) e os especiais (todos os 
outros). Quando alguém ajuíza uma ação, deve atentar-se para a existência de procedimentos 
especiais (sempre preferíveis) e, não encontrando, aplica, residualmente, o procedimento comum, 
ordinário ou sumário. No caso de surgirem lacunas no procedimento especial, aplica-se 
subsidiariamente o comum ordinário. 
 
O que é ação monitória? 
R: A monitória pertence ao gênero das ações de cobrança e, por isso é promovida pelo credor em 
face do devedor. Querendo utilizá-la, o credor deve instruir a petição inicial com a prova 
documental do seu crédito, não bastando a simples alegação dele. Por este motivo, a ação monitória 
brasileira é chamada de documental ou impura. 
 
Quando é cabível a ação monitória? 
R: Cabe a ação monitória para o credor que possuir prova escrita do seu crédito, sem eficácia de 
título executivo. O réu é citado para pagar a dívida ou se defender da demanda, procedimento esse 
que aglutina características encontradas em processo de execução e de conhecimento, o que dá 
origem a um procedimento híbrido e por isso especial. Trata-se de uma ação de conhecimento (não 
tem título executivo) com procedimento especial porque diferente do ordinário e do sumário. 
 
Discorra sobre a prova escrita e não executiva que pode ensejar a ação monitória. 
R: Essa prova escrita e não executiva deve expressar uma das seguintes obrigações do devedor: 1) 
Pagamento de soma em dinheiro; 2) Entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel. Os 
semoventes se equiparam aos móveis para todos os efeitos legais e por isso a entrega deles pode ser 
postulada em ação monitória, não cabendo esta, contudo, para pedir a entrega de bem imóvel. A 
prova escrita, para ensejar a ação monitória, não é confeccionada unilateralmente pelo credor, mas 
sim pelo devedor, porque só desse modo se tornará verossímil a obrigação que lhe incumbe, 
podendo também ser construída pelo credor e pelo devedor conjuntamente (contrato particular 
assinado por eles, mas sem testemunhas). A grande vantagem da ação monitória é que ela pode ser 
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ajuizada com base em documentos formais, a exemplo do cheque prescrito, como também com 
apoio em documentos informais, a exemplo de uma carta, email, telegrama, notas fiscais de 
comercialização de produtos ou prestação de serviços, orçamento assinado pelo cliente, etc. 
 
Discorra sobre a Petição Inicial da Ação Monitória. 
R: O exercício da ação depende da apresentação de uma petição inicial (arts. 282 e 283). É 
indispensável que a petição inicial seja instruída, desde logo, com a prova escrita e não executiva 
(original ou cópia). Se a petição inicial não vier instruída com essa prova documental, o juiz a 
despachará ordenando que o autor a complete em dez dias, sob pena de indeferimento. Se o 
autor não cumprir a diligência, o juiz proferirá sentença para extinguir o processo sem resolução de 
mérito. O requerente pedirá a citação do requerido para pagar a dívida / entregar coisa em 15 dias 
ou, em igual prazo, oferecer embargos (defesa), alertando para o fato de que o cumprimento da 
obrigação (pagar ou entregar) em 15 dias resultará uma isenção das custas processuais e dos 
honorários advocatícios de sucumbência e também, que se não houver embargos constituir-se-
á de pleno direito o titulo executivo judicial. “Cite-se o acusado para pagar/entregar a divida em 
15 dias ou oferecer embargos, sob pena de constituir-se de pleno direito o titulo executivo judicial. 
O pagamento dentro dos 15 dias acarretará isenção das custas processuais e dos honorários 
advocatícios de sucumbência”. 
 
Como se dá a citação do réu na ação monitória? 
R Estando a petição inicial em ordem (requisitos dos arts. 282 e 283) mais a prova escrita sem 
eficácia de título executivo, o juiz a despachará ordenando a expedição de um mandado inicial 
contendo a ordem de citação do réu para cumprir a obrigação (pagar ou entregar) ou oferecer 
embargos em 15 dias. Do mandado constará a menção à isenção de custas e honorários, bem como 
a advertência ligada à formação do título executivo em caso de inércia. A maioria da doutrina 
aceita todas as citações (correio, oficial de justiça, edital e meio eletrônico), mas a jurisprudência 
de alguns tribunais (TJSP e TJDF) nega a possibilidade do uso das citações fictas: a citação 
por edital e com hora certa. 
 
Citado, na ação monitória, quais as alternativas do réu? 
R: O réu tem três alternativas: 1) Cumprir a obrigação em 15 dias, pagando ou entregando ao 
credor, conforme o caso (ficará isento das custas processuais e dos honorários advocatícios de 
sucumbência, caso em que o juiz proferirá sentença para declarar extinta a obrigação do devedor - 
sentença declaratória); 2) Permanecer inerte e deixar passar em branco o prazo de 15 dias (constitui-
se de pleno direito o título executivo judicial. A prova escrita anexada á petição inicial se 
transforma automaticamente título executivo judicial, sem a necessidade de qualquer 
pronunciamento do juiz da causa); 3) Oferecer embargos no prazo de 15 dias. 
 
 
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Discorra sobre os embargos na ação monitória. 
R: Correspondem a uma defesa do demandado na ação monitória (não se fala em contestação). O 
prazo é de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação ou do A.R. se a citação se 
deu por correio. Uma corrente doutrinária defende que os embargos têm natureza de ação de 
conhecimento manejável pelo réu para se defender da ação monitória, nesse caso, a apresentação 
dos embargos monitórios dependeria de uma petição inicial dotada dos requisitos dos arts. 282 e 
284 do CPC. Porém, a maioria jurisprudencial entende que esses EMBARGOS TÊM 
NATUREZA DE CONTESTAÇÃO, o que afasta a necessidade de uma petição inicial padrão. 
Assim, a os embargos podem abranger apenas preliminares de mérito relativas às questões 
processuais; defesa de mérito, em que o réu pode discutir os fatos e direitos alegados pelo autor na 
petição inicial; e indicação dos tipos de prova que o réu pretende produzir no processo. O prazo 
contar-se-á em quádruplo para a Fazenda Pública e em dobro se os demandados estiverem 
representados por advogados diferentes (art. 191, CPC). Apesentando o réu embargos no prazo 
legal, o procedimento deixa de ser especial e passa a ser o ordinário até a emissão da sentença. 
Ressalte-se, ainda, que a utilização dos embargos não depende da prévia garantia do juízo. Por fim, 
frise-se que a apresentação dos embargos suspende a eficácia do mandado de citação inicial na 
parte em que ele ordenou ao réu o pagamento ou a entrega da coisa em 15 dias, suspensão esta 
que persiste no mínimo até a sentença.
Assim, durante o processamento dos embargos o autor não 
pode exigir do réu o pagamento ou a entrega da coisa especificada na petição inicial. Se o juiz 
sentenciar os embargos e julgá-los improcedentes, constitui-se de pleno direito o título executivo 
judicial, autorizando o início do procedimento do cumprimento de sentença. Da sentença que 
decidir os embargos monitórios cabe apelação sempre no duplo efeito (art. 520, CPC). 
 
Além de cumprir o mandado inicial (pagar ou entregar), ficar inerte ou oferecer embargos, o réu 
da ação monitória pode fazer outra coisa? 
R: Também pode excepcionar e reconvir no prazo de 15 dias. Cabem exceções de incompetência do 
juiz e de suspeição ou impedimento do magistrado, bem como reconvenção. A reconvenção cabe 
aqui porque ela só pode ser usada em ação de conhecimento com procedimento ordinário ou com 
procedimento especial que se converta no ordinário após a resposta do réu (contestação). 
 
Qual a definição de posse? 
R: Partes das teorias afirma que a posse é um direito, algumas defendem que é um mero estado de 
fato em que se encontra o sujeito em relação à coisa, estado esse disciplinado pelo direito. Duas 
teorias são conhecidas e influenciaram as legislações de vários países: a teoria subjetiva de 
Savigny e a teoria objetiva de Ihering. Apesar das divergências, ambas procuram identificar a 
posse sob a perspectiva de quem a exerce, isto é, o possuidor. 
 
 
 
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Discorra sobre a teoria SUBJETIVA de Savigny. 
R: Para a teoria subjetiva, só é possuidor aquele que reúne dois elementos constitutivos da posse: o 
corpus e o animus. Nesse sentido, o corpus é representado pela apreensão física do objeto pelo 
sujeito, e o animus representa a intenção do individuo de possuir o objeto apreendido fisicamente. 
Assim, aquele que apreende determinada coisa com a intenção de possuí-la tornar-se-á seu 
possuidor, podendo ajuizar ações de defesa da sua posse. Essa teoria aponta que o indivíduo que 
tem o corpus, porém, desprovido de animus é mero detentor, pois só apreende o objeto, sem a 
intenção de possuí-lo, sendo mero detento e não sendo, portanto, legitimado às ações possessórias. 
Esta teoria foi muito criticada, principalmente por Ihering, em virtude da dificuldade em se 
comprovar o animus, componente psíquico e subjetivo. 
 
Discorra sobre a teoria OBJETIVA de Ihering. 
R: Esta teoria procurou definir a posse e o possuidor a partir da propriedade porque percebeu que, 
visualmente, é quase impossível diferenciar proprietário e possuidor. Ihering observou que o direito 
de propriedade possui os atributos do uso, fruição, disposição e reivindicação e que proprietário é 
aquele que tem poder para usar, fruir (explorar economicamente), dispor e reivindicar a coisa em 
poder de quem quer que com ela se encontre. Não só, observou também que uma parcela dos 
poderes que decorrem da propriedade também está presente na posse, especificamente os poderes 
de usar e fruir o objeto. Assim, concluiu que possuidor é aquele que aparenta ser o proprietário do 
objeto, ainda que não seja o verdadeiro dono, ou seja, é aquele que se encontra exercendo algum 
dos poderes da propriedade, em especial, os poderes de usar a coisa ou fruir o objeto. Continuando, 
apontou que, diante da dificuldade em se diferenciar o possuidor do detentor, esta distinção deveria 
ser feita pela lei. 
 
Qual foi a teoria adotada pelo direito brasileiro? 
R: O direito brasileiro adotou a teoria objetiva da posse (1196 do CC: Considera-se possuidor 
todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à 
propriedade). Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência 
para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. 
É legitimado ativo para as ações possessórias quem for possuidor, isto é, quem demonstrar usar ou 
fruir determinado objeto, mesmo não sendo o verdadeiro dono. 
 
Quais os mecanismos de defesa da posse? 
R: A posse pode ser tutelada em 02 planos: Extrajudicial e judicial. Extrajudicialmente, a posse 
pode ser protegida mediante legítima defesa ou desforço imediato (Art. 1210 - § 1º O possuidor 
turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça 
logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou 
restituição da posse). Judicialmente, a posse é protegida mediante o uso das ações ou interditos 
possessórios, que são três: A ação de reintegração de posse; A ação de manutenção de posse; O 
interdito proibitório (ação proibitória). 
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Como se dá a escolha do tipo de ação possessória a ser ajuizada? 
R: O tipo de ação se define a partir da agressão praticada contra a posse. Se a agressão consiste em 
esbulho (quando o agressor priva o possuidor de continuar no exercício da posse mediante um 
comportamento concreto praticado em relação ao bem), a ação adequada é a da reintegração de 
posse. No caso de turbação (o agressor pratica um comportamento concreto em relação ao bem e 
desse modo provoca um incômodo, um transtorno, uma perturbação ao livre exercício da posse, 
sem, contudo, privar o possuidor de continuar a exercê-la), a ação apropriada é a de manutenção de 
posse. Por fim, no caso de mera ameaça de esbulho ou turbação (agressor manifesta ou 
exterioriza de algum modo a intenção de praticar o esbulho ou a turbação, sem, contudo, agir 
concretamente em relação ao objeto da posse), é cabível o interdito proibitório (ação proibitória). 
 
O que se entende por fungibilidade entre as tutelas possessórias? 
R: Apesar das definições sobre o cabimento de qual ação possessória deve ser ajuizada serem 
simples, o art. 920 do CPC estabelece que o ajuizamento de uma ação possessória em lugar da outra 
não impede que o juiz conheça do pedido e defira ao requerente a proteção possessória adequada ao 
caso concreto, seja ela uma reintegração de posse, manutenção de posse ou interdito proibitório. 
Esse poder jurisdicional é denominado fungibilidade entre as tutelas possessórias e pode ser 
exercido pelo juiz mesmo havendo erro grosseiro de postulação, tudo porque é pacífica a orientação 
de que o possuidor tem um direito genérico de proteção da sua posse. 
 
Discorra sobre ação possessória de força nova e ação possessória de força velha. 
R: A ação possessória de FORÇA NOVA é aquela ajuizada dentro do prazo de um ano e um dia 
da data da agressão possessória. Gera um processo de conhecimento com procedimento especial 
cujo elemento especializante é a liminar possessória de reintegração, manutenção ou proibitória; Já 
ação possessória de FORÇA VELHA é promovida após o decurso do prazo de um ano e um dia da 
agressão à posse. Também produz um processo de conhecimento, porém, com procedimento 
comum ordinário ou sumário e sem a liminar possessória. Importante ressaltar, contudo, que com o 
advento das medidas antecipatórias, já não há mais diferença entre a liminar possessória na ação de 
força nova e a ação de força velha porque nesta última é lícito ao juiz deferir, a título de tutela 
antecipada, a proteção possessória. Assim, não há diferença entre a liminar possessória e a tutela 
antecipada possessória, pois ambas são medidas que adiantam a prestação jurisdicional. 
 
Qual a diferença entre ação possessória de força nova e ação possessória de força velha? 
R: A única diferença entre ambas está no campo dos requisitos de concessão: a) A liminar 
possessória (FORÇA NOVA) exige prova, não necessariamente inequívoca sobre a posse do 
requerente, da agressão que sofreu e da data em que ela ocorreu (CPC, art. 927); b) Já a tutela 
antecipada (FORÇA VELHA) exige os seguintes requisitos: Requerimento da parte; Prova 
inequívoca
dos fatos; verossimilhança da alegação; não haver risco de irreversibilidade do 
provimento antecipado; fundado receio de lesão grave e de difícil reparação, abuso do direito de 
defesa OU manifesto propósito protelatório (requisito alternativo – CPC, 273). 
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Qual a diferença entre posse justa e posse injusta? 
R: POSSE JUSTA aquela que não é maculada pelos vícios da violência (adquirida mediante o 
emprego de força física ou de ameaça), clandestinidade (adquirida de modo escondido, às ocultas, a 
fim de impedir ou dificultar uma reação defensiva do possuidor) e precariedade (em princípio a 
posse é lícita, mas se converte em ilícita diante da recusa de devolver o bem a quem de direito). O 
julgamento das ações possessórias depende da comparação das posses do autor e do réu e não leva 
em conta eventual posse de terceiro, que não poderá ser alcançado pelos efeitos da sentença, mesmo 
porque nas ações individuais a sentença não beneficiará nem prejudicará terceiros. 
 
É possível a cumulação de pedidos nas ações possessórias? 
R: Sim, atendidos 03 requisitos (art. 292): 1) Que o juiz seja competente para conhecer de todos 
eles; 2) Que os pedidos cumulados não sejam incompatíveis entre si; e 3) que procedimento de cada 
uma das ações cumuladas seja o mesmo ou que todas elas possam ser processadas pelo rito 
ordinário. O art. 921 expressamente autoriza a cumulação dos seguintes pedidos: a) O pedido 
possessório de reintegração, manutenção ou interdito proibitório; b) O pedido de indenização 
por perdas e danos; c) O pedido de desfazimento de plantações ou construções feitas em detrimento 
da posse; d) O pedido de multa pecuniária para o caso de nova turbação ou esbulho. Uma vez 
autorizada por lei, a cumulação não afasta o uso do procedimento especial possessório se a ação for 
de força nova. Porém, caso o autor cumule ao pedido possessório algum alguma pretensão não 
relacionada no citado art. 921 e desde que presentes aqueles 03 requisitos do art. 292 (exemplo: 
pedido de rescisão de contrato), o procedimento a ser aplicado será o ordinário, o que afasta a 
possibilidade de o juiz deferir a liminar possessória (928), embora fique autorizada a concessão de 
tutela antecipada se satisfeitos os requisitos do art. 273. 
 
Discorra sobre o caráter dúplice das ações possessórias. 
R: O procedimento possessório é de jurisdição contenciosa, assim o réu será citado para responder 
aos termos da petição inicial e poderá oferecer contestação (meio processual de defesa do réu no 
processo de conhecimento). O art. 922, contudo, permiti que o réu use a contestação também para 
demandar contra o autor, formulando pedidos em face do demandante, sem o uso de reconvenção. 
No artigo só há dois pedidos cumuláveis na contestação (pedido possessório e pedido de 
indenização por perdas e danos), mas a jurisprudência, por simetria com o art. 921, entende que o 
réu poderá, na contestação, pedir condenação em perdas e danos; cominação de pena para caso de 
nova turbação ou esbulho; e desfazimento de construção ou plantação feita em detrimento de sua 
posse. Se o réu desejar formular outro pedido, que não os previstos nos artigos 921 e 922, deverá 
reconvir, apresentando a reconvenção simultaneamente à contestação, sob pena de preoclusão. A 
doutrina e a jusrisprudência são contrarias a concessão de liminar possessória nesse caso, mas 
admitem que o juiz defira antecipação dos efeitos da tutela possessória requerida na contestação. 
Assim, o caráter dúplice está no fato de a contestação pode ser utilizada com dúplice finalidade: 
como defesa e como ação em face do autor. 
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Como funciona o procedimento especial possessório? 
R: As ações possessórias só atrairão o procedimento especial possessório se elas forem de força 
nova (ajuizadas dentro de um ano e um dia da data em que ocorreu a agressão contra a posse), no 
qual se buscará uma liminar de reintegração, manutenção ou proibitória (elemento especializante). 
Tratando-se de processo de conhecimento, se inicia com uma petição inicial, com os requisitos dos 
arts. 282 e 283 do CPC (endereçamento; nomes e a qualificação das partes; fatos e os fundamentos 
jurídicos do pedido; pedido com as suas especificações; requerimento de citação; valor da causa; 
indicação das provas que o autor pretende produzir no curso do processo; documentos 
indispensáveis à propositura da ação, assim entendidos aqueles pré-existentes e que já estão em 
poder do autor para a demonstração dos fatos postos na petição inicial). O valor da causa será o do 
bem móvel, imóvel ou semovente disputado, ou o da soma dos pedidos cumulados. O pedido 
dependerá do tipo de agressão sofrida (reintegração, manutenção ou proibitório de esbulho). Ao 
final, o autor requererá a citação do réu para responder nos termos da petição inicial, devendo o 
demandado apresentar contestação, reconvenção e as exceções rituais (incompetência, impedimento 
e suspeição). Sendo o CPC omisso no tocante ao prazo de resposta, utilizam-se os 15 dias do 
procedimento ordinário (arts. 272, parágrafo único e 297). 
 
Qual o juiz competente para conhecer da ação possessória? 
R: Para a ação possessória que verse sobre bem móvel ou semovente o juiz do foro do domicílio 
do réu, embora essa competência seja relativa e admita a propositura da ação em outra localidade. 
Se o réu citado não oferecer a respectiva exceção de incompetência, o juiz relativamente 
incompetente tornar-se-á competente (a prorrogação é admissível em competência relativa). Se a 
ação possessória versar sobre bem imóvel, será competente o juiz do foro da situação do bem 
(competência absoluta). 
 
Discorra sobre a liminar possessória. 
R: As ações possessórias de força nova desencadeiam o processo de conhecimento com 
procedimento especial possessório, cujo elemento especializante é a liminar possessória que o juiz 
pode deferir no início da relação processual, ordenando a reintegração, manutenção do autor na 
posse ou proibir a prática de esbulho ou turbação. A liminar é uma decisão interlocutória e, por isso, 
agravável por instrumento no prazo de 10 dias. No caso do autor estar litigando pessoa jurídica de 
direito público, o juiz deve despachar a petição inicial ordenando a citação da requerida para 
responder no prazo legal e só depois de transcorrido o respectivo prazo é que o magistrado decidirá, 
em caráter interlocutório e liminar, se defere ou não a medida possessória. Se o demandado for 
pessoa física ou pessoa jurídica de direito privado é lícito ao juiz deferir liminarmente e inaudita 
altera pars qualquer daquelas três medidas possessórias. 
 
 
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Quais requisitos precisam ser preenchidos para o deferimento da liminar possessória? 
R: São 03 requisitos: 1) A posse do autor, pois só o possuidor tem legitimação para as ações 
possessórias; 2) A data em que ocorreu a agressão (o esbulho, turbação ou ameaça, prova essa cujo 
objetivo é demonstrar ao juiz que a ação é de força nova); 3) O tipo da agressão possessória sofrida 
pelo autor (prova necessária para demonstrar o ilícito e qual é a medida possessória adequada ao 
caso concreto). As provas não precisam ser inequívocas, bastando que demonstrem a 
verossimilhança dos fatos afirmados pelo autor. 
 
O que se entende por justificação prévia? 
R: Caso o autor não possua prova documental para instruir suficientemente a petição inicial, o juiz 
pode designar e realizar uma audiência de justificação prévia, citando-se o réu para nela 
comparecer. Assim, a justificação prévia é uma audiência realizada logo no início da relação 
processual, com o objetivo de ouvir testemunhas, para suprir a falta de prova documental. 
Diferentemente do processo cautelar, essa audiência
sempre é bilateral e é por isso que o art. 928 
manda que se cite o réu para que nela compareça. Ouvidas as testemunhas, o juiz decidirá para 
deferir ou não a liminar possessória, conforme entenda provados ou não os referidos requisitos. 
 
Qual o prazo para resposta do réu? 
R: Como o CPC é omisso no tocante ao prazo de resposta do réu, aplica-se o prazo do 
procedimento ordinário de 15 dias. Para a Fazenda Pública o prazo computar-se-á em quádruplo e 
para os litisconsortes passivos com advogados distintos contar-se-á em dobro. A contagem do prazo 
de resposta começa da juntada do mandado de citação aos autos, todavia, se o juiz designar 
audiência de justificação prévia, o prazo começara a correr da intimação do réu sobre o deferimento 
ou não da liminar possessória. 
 
Porque o inciso IV do art. 927 é considerado redundante? 
R: Por referir-se à necessidade de se comprovar a perda da posse em caso de esbulho e conservação 
dela em caso de turbação, o que não deixa de ser uma redundância em relação ao inciso II, mesmo 
porque quem prova o esbulho demonstra que perdeu a posse e quem prova a turbação demonstra 
que ainda a conserva, apesar de sofrer um incômodo ao exercício regular da posse. 
 
Discorra sobre a consignação em pagamento no processo civil. 
R: A ação de consignação em pagamento está prevista a partir do art. 890 do CPC. Lá estão 
previstos 04 procedimentos de consignação. O primeiro é um procedimento de consignação 
extrajudicial (bancário), que não tem qualquer relação com a ação processual, processo judicial e 
tampouco com a jurisdição estatal. Os outros 03 procedimentos são judiciais e dependem do 
ajuizamento de uma ação de consignação em pagamento, que dará origem a um processo judicial e 
nele fará atuar a jurisdição. A finalidade da consignação em pagamento é permitir que o devedor 
que pretenda cumprir a obrigação que lhe cabe e encontrar resistência por parte do credor, possa 
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fazê-lo, buscando conseguir a extinção forçada do vínculo jurídico de crédito e débito que o associa 
ao credor. O autor da ação consignatória é o devedor, ao passo que o réu dessa ação é o credor. Por 
buscar obter a extinção forçada da obrigação a pedido do devedor (o autor), a ação consignatória é 
apelidada em doutrina de “execução ás avessas”, expressão que deve ser evitada porque não existe 
execução promovida pelo devedor e, em verdade, a ação consignatória é de conhecimento. A única 
particularidade da ação de consignação em pagamento é o procedimento especial aplicável. 
 
Discorra sobre a ação de consignação extrajudicial ou bancária. 
R: A consignação extrajudicial nada tem a ver com ação ou processo. O procedimento envolve 
depósito bancário e a cientificação do credor para que venha recebê-lo, e é simples: 1) O devedor 
deve se dirigir a um estabelecimento bancário oficial, no local do pagamento, para efetivar o 
depósito da quantia devida; 2) Não havendo banco público no local, admite-se a consignação 
extrajudicial em banco privado; 3) na agência, o devedor solicitará a abertura de uma conta 
específica de consignação em pagamento em nome do credor (importante que ele tenha em mãos os 
dados pessoais dos envolvidos); 4) O devedor depositará nessa conta o valor que entende devido e 
em seguida enviará uma correspondência ao credor (via correios, com aviso de recebimento, 
preferencialmente em mão própria – ARMP), dando-lhe ciência do depósito e instando-o a recebê-
lo).; 5) Assim que receber a carta, pode o credor: A) sacar o depósito em 10 dias (obrigação ficará 
extinta); b) deixar passar em branco esse prazo (CPC presume a aceitação tácita do credor e 
considera extinta a obrigação); nos referidos 10 dias, comparecer ao banco e apresentar à gerência 
uma recusa por escrito e motivada (a obrigação do devedor não se extinguirá). Montenegro Filho 
entende que o credor também pode, no prazo de 10 dias, comparecer no banco para sacar o depósito 
e apresentar simultaneamente à gerência uma quitação parcial por escrito, ressalvando o direito de 
cobrar o devedor da diferença. Importante ressaltar que, caso o credor recuse o depósito bancário, 
o devedor poderá ajuizar na sequência a ação consignatória já que a consignação extrajudicial não 
deu resultado. Se o devedor ajuizar a ação consignatória em 30 dias da recusa, basta que ele 
anexe à petição inicial o comprovante de depósito bancário. Contudo, se o devedor ajuizar a ação 
consignatória após esses 30 dias, o depósito bancário caducará (decadência) e ele precisará requerer 
ao juiz, na petição inicial, autorização para um novo depósito. Do valor devido. 
 
Discorra sobre o procedimento na ação de consignação em pagamento com credor e objetos 
conhecidos. 
R: A ação de consignação em pagamento é uma ação de conhecimento que gera um processo de 
conhecimento que tramita segundo um procedimento especial. O autor da ação em geral é o 
devedor, e o réu será o credor. O exercício da ação de consignação depende da apresentação de uma 
petição inicial, a qual possui algumas particularidades e requisitos específicos, os quais vêm 
previstos no art. 893 do CPC. (Art. 893. O autor, na petição inicial, requererá: I - o depósito da 
quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 05 dias contados do deferimento; II - a 
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citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta). Essa petição deve conter: 
endereçamento; nomes e qualificação das partes; fato e fundamentos jurídicos do pedido; pedido 
com as suas especificações; requerimento de citação; valor da causa; indicação das provas que o 
autor pretende produzir; e documentos indispensáveis ao ajuizamento da ação. 
 
Quais os requisitos específicos da petição inicial da ação de consignação em pagamento? 
R: O primeiro requisito é o requerimento de citação, onde o autor requer a citação do réu para em 
15 dias levantar o depósito da quantia ou da coisa devida, ou em igual prazo oferecer resposta. O 
segundo requisito específico é o requerimento de autorização para proceder com o depósito, ou 
seja, requer-se ao juiz uma autorização para realizar o depósito judicial no prazo de 05 dias. Este 
requerimento pode ser dispensado no caso de ter sido efetivada antes a consignação bancária, pois, 
neste caso, o autor anexará o comprovante de depósito bancário na petição inicial. 
 
Quais as diferenças procedimentais quando a obrigação se encerra em uma única prestação e 
quando a dívida compreender prestações sucessivas? 
R: Quando a obrigação do devedor se esgota em uma única prestação, na inicial o autor requer 
autorização para depositá-la em 5 dias. Porém, se a dívida compreender prestações sucessivas, na 
inicial o autor requererá autorização para depositar a primeira em 05 dias, bem como todas aquelas 
que forem vencendo no curso do processo, em 5 dias contados do respectivo vencimento. Tratando-
se de prestações periódicas, a orientação dominante (STJ) é a de que o autor pode prosseguir 
consignando no mesmo processo as prestações que vencerem até o trânsito em julgado. Esse 
entendimento baseia-se na economia processual, porque do contrário o requerente teria que ajuizar 
uma nova ação consignatória para as prestações que vencerem depois da sentença. 
 
Qual o valor da causa na ação de consignação em pagamento? 
R: O valor da causa corresponderá ao valor da dívida que o requerente pretende consignar. Se a 
ação envolver prestações periódicas, o valor da causa corresponderá à soma de todas elas, limitada a 
uma anuidade (12 meses). Não se pode confundir o critério de valor da causa com o termo final 
para o depósito das prestações periódicas. O valor da causa está limitado a 12 mensalidades, mas os 
depósitos judiciais podem superar esse número e alcançar o trânsito em julgado (termo final dos 
depósitos).
Ex: Consigno 36 prestações, mas o valor da causa é apenas o da soma de 12 prestações. 
 
Qual pedido deve ser feito na ação de consignação em pagamento? 
R: O pedido a ser formulado é de que o juiz da causa emita uma sentença que declare extinta a 
obrigação pelo depósito, ou seja, pela consignação do pagamento. Portanto, essa sentença terá uma 
eficácia retroativa à data do depósito, pois é ele que coloca fim á relação jurídica de crédito e 
débito. Logo, não é difícil ver que a sentença de procedência na demanda consignatória não é 
desconstitutiva da obrigação, pois não é ela que extingue a relação jurídica entre o credor e o 
devedor, mas sim o depósito do que é devido. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL VI – Procedimentos Especiais 
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Como deve agir o juiz após receber a petição inicial da ação de consignação em pagamento? 
R: Se a petição inicial estiver em ordem, o juiz a despachará autorizando o devedor a efetivar o 
depósito em 05 dias, contados da intimação para tanto. Se o devedor intimado não efetivar esse 
depósito em 05 dias faltará um pressuposto de desenvolvimento do processo e o juiz proferirá 
sentença sem resolução de mérito. Por outro lado, se o devedor depositar regularmente em 5 dias, o 
juiz voltará a despachar, agora para ordenar a citação do credor para levantar o depósito ou oferecer 
resposta no prazo de 15 dias. 
 
Quais alternativas tem o réu após ser citado? 
R: As alternativas são: levantar o depósito; oferecer resposta ou permanecer inerte. Se levantar o 
depósito em 15 dias, o juiz proferirá sentença para declarar extinta a obrigação e condenar o réu 
(credor) ao pagamento das custas e despesas processuais, mais honorários advocatícios (pois esse 
comportamento dele implica uma anuência aos termos da petição inicial). O mesmo ocorre se o réu 
citado se mantiver inerte, pois neste caso haverá revelia, presunção de verdade dos fatos afirmados 
na inicial e julgamento antecipado do processo, mediante sentença que declare extinta a obrigação e 
condene o credor ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como honorários 
advocatícios. A terceira alternativa do credor-réu é oferecer contestação no prazo de 15 dias. 
Nesse caso em princípio ele não poderá levantar o depósito efetivado pelo devedor. 
 
Discorra sobre a contestação na ação de consignação em pagamento. 
R: A contestação está regida pelo art. 896, CPC, que relaciona as matérias que o credor réu pode 
alegar em sua defesa. As matérias relacionam-se ao mérito da ação, pois, acolhidas ou rejeitadas na 
sentença, podem induzir um julgamento de procedência ou improcedência do pedido inicial 
declaratório da extinção da relação jurídica que liga o devedor ao credor. O art. 896, CPC, contém 
meros exemplos de matérias de defesa, mesmo porque o art. 301 é claro ao impor ao réu o dever de 
alegar certas questões de direito processual antes de discutir o mérito (preliminares) a exemplo: 
inépcia da petição inicial, inexistência ou nulidade da citação, incompetência absoluta, falta de 
condições da ação, ausência de pressuposto processual, coisa julgada, litispendência, conexão, 
continência, compromisso arbitral, etc. A matéria mais comum nas contestações é a de que o 
depósito realizado pelo devedor não é integral e que, portanto, o credor não é obrigado a receber 
quantia inferior àquela que lhe é devida. Se o réu contestar afirmando que o depósito não é integral, 
ele tem o ônus de indicar na contestação o valor que entende devido. Se não indicar o valor a que 
supõe ter direito e não houver na contestação outra matéria de defesa, o juiz não a conhecerá e 
proferirá sentença para declarar extinta a obrigação do devedor em virtude do depósito judicial. Se o 
credor contestar o pedido inicial e apontar o valor que entende devido, o juiz despachará mandando 
intimar o autor (devedor) para que complete o depósito inicial em 10 dias, caso queira. Se o devedor 
intimado completar em 10 dias o depósito inicial, o juiz proferirá sentença declarando extinta a 
obrigação, mas condenará o autor (devedor) nas custas, despesas e honorários, mesmo porque ele 
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concordou com a contestação ao completar o depósito inicial. Por outro lado, se o devedor não 
completar o depósito em 10 dias, o juiz despachará declarando parcialmente extinta a obrigação e 
determinando que o processo prossiga para que as partes discutam apenas a diferença entre o 
depósito inicial e o valor indicado na contestação. Nesse mesmo despacho, o juiz autorizará que o 
credor levante desde logo o depósito inicial, pois não há sentido em aguardar para tanto a emissão 
de sentença. A partir daí, o procedimento deixa de ser especial e passa a ser o Ordinário, qualquer 
que seja o valor da causa. Na sentença, se o juiz se convencer de que o depósito inicial é integral, 
ele julgará procedente o pedido para declarar extinta a obrigação do devedor e condenar o credor 
(réu) nas custas, despesas e honorários. Por outro lado, se o juiz entender que o valor correto é 
aquele designado na contestação, ele julgará o pedido inicial parcialmente procedente para declarar 
extinta a obrigação até o limite do depósito inicial e condenará o devedor (autor) a pagar a 
diferença, bem como as custas, despesas e honorários. Observação importante: Perceba que o 
autor saiu condenado a pagar ao réu, sem que este último tenha se utilizado de uma reconvenção 
para demandar a diferença em face do autor. Perceba também que o réu utilizou-se da sua 
contestação como um instrumento de defesa contra a petição inicial ao alegar que o depósito não era 
integral, bem como para indicar o valor que o credor entendia devido e, portanto, para demandar o 
pagamento da diferença. É por isso que a ação consignatória e a respectiva contestação são 
consideradas dúplices. 
 
Cite outras especificidades importantes da ação de consignação em pagamento. 
R: Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado 
para exercer o direito dentro de 05 dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para 
aceitar que o devedor o faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora 
em que se fará a entrega, sob pena de depósito; Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente 
receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos que o disputam para provarem o 
seu direito; Quando a consignação se fundar em dúvida sobre quem deva legitimamente receber, 
não comparecendo nenhum pretendente, converter-se-á o depósito em arrecadação de bens de 
ausentes; comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; comparecendo mais de um, o juiz 
declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente 
entre os credores; caso em que se observará o procedimento ordinário.

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