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Capitulo_08 - Economia Brasileira

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Capítulo 8
Formação da economia
brasileira
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Neste capítulo, abordaremos as seguintes questões:
 Quais as principais características do ciclo econômico do açúcar?
 Quais as principais características do ciclo econômico do ouro?
 Quais as mais importantes mudanças realizadas pela Corte portuguesa durante sua estada no Brasil, de 1808 a 1821?
 Quais as origens da crise fiscal e monetária que se prolongou durante todo o Império?
 Por que o ciclo do café se diferenciou dos outros ciclos de exportação de bens primários do Brasil pré-industrial?
 Do ponto de vista econômico, que fatos mais marcaram a República Velha?
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Brasil colônia
No espaço de pouco mais de um século, Lisboa tornou-se “a metrópole comercial da Europa, de onde se distribuíam, por terra e por mar, as mercadorias vindas do Oriente para todos os grandes centros consumidores europeus” (FURTADO, 2000, p. 9).
E foi assim, em meio a uma prosperidade sem precedentes, que Portugal tomou posse de mais um território — dessa vez, uma terra tão extensa que Caminha e seus companheiros de viagem, mesmo “a estender os olhos”, não conseguiam ver “senão terra e arvoredos” (PRADO, 1989, p. 109).
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Da chegada de Cabral às capitanias hereditárias
Para defender suas posses, o rei Dom João III (que assumira o trono em 1521) tomou duas resoluções. A primeira foi enviar, em 1530, o fidalgo Martim Afonso de Sousa como líder de uma expedição desbravadora, que percorreu todo o litoral do Brasil e, ainda, fundou nossas duas primeiras vilas: São Vicente, no litoral paulista, e Piratininga, a futura cidade de São Paulo.
A segunda decisão de D. João III, tomada após o retorno de Martim Afonso, foi fatiar todo o território brasileiro em 15 imensos lotes, cada um com cerca de 300 quilômetros de largura, e distribuí-los entre heróis de navegação e alguns burocratas graduados. Nasciam, assim, as capitanias hereditárias. 
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O ciclo do açúcar
Na maioria das colônias do Novo Mundo, incluindo o Brasil, foi implantado pelos europeus um modelo econômico agroexportador. Isso significa que praticamente todos os recursos presentes nessas colônias eram destinados ao fim único de produzir bens para exportação, a serem comercializados ou consumidos pela metrópole.
Tendo aparecido tão cedo e assumido papel tão importante na economia colonial, a cana-de-açúcar consagrou um sistema de organização da produção que teria profundos impactos na História do Brasil. Esse sistema de produção, posteriormente batizado de plantation, apoiava-se em quatro perigosos pilares:
Produção voltada para o mercado externo
Monocultura
Latifúndios
Mão de obra escrava
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O ciclo do ouro
Considera-se que o ciclo do ouro no Brasil tenha durado mais ou menos um século, findando-se com o esgotamento progressivo das jazidas a partir de 1760. No auge do ciclo, o país chegou a ser o maior fornecedor mundial de ouro.
No Brasil, os reflexos mais imediatos da corrida pelo ouro foram a carestia e a inflação. Em um segundo momento, esse deslocamento da atividade econômica do Nordeste para o Centro-Sul fez com que ganhasse importância a cidade do Rio de Janeiro, por cujo porto saíam os minérios e entravam as importações.
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A chegada da Corte
Em novembro de 1807, D. João VI, príncipe regente de Portugal, foge com toda a Família Real para o Brasil, aonde chegaria quatro meses depois.
Na área econômica, uma das principais medidas de D. João foi abrir os portos “às nações amigas”, pondo fim, portanto, ao pacto colonial.
Além disso, foram criadas as primeiras instituições de ensino superior, na Bahia e no Rio de Janeiro, e a instalada a Biblioteca Real (hoje Biblioteca Nacional). Além disso, D. João mandou abrir estradas e liberou a atividade de imprensa.
Nessa época nasceu também o primeiro estabelecimento bancário: o Banco do Brasil, criado ainda em 1808. 
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Brasil império
De fato, pouco mais de um ano após o retorno de D. João VI à Europa, o príncipe regente do Brasil, D. Pedro I, proclama a Independência e torna-se imperador do Brasil, inaugurando o período conhecido como Primeiro Reinado (1822-1831). Do ponto de vista econômico, dois fatos sobressaem no Império: a grave crise fiscal e monetária que se prolongou por todo o período, e o início do ciclo do café.
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Crise fiscal e monetária
Com o Banco do Brasil quebrado após o saque da Família Real, D. Pedro se viu obrigado a lançar, em julho de 1822, “um empréstimo interno, no valor de 400 contos de réis, a juros de 6% ao ano e com prazo de dez anos, com garantia dada pelas rendas da província do Rio de Janeiro” (ALMEIDA, 2001, p. 180). Nascia, assim, a dívida pública interna do Brasil.
Um primeiro empréstimo externo para financiar o déficit foi feito em 1824. Mas a situação ainda pioraria: para reconhecer a independência da ex-colônia, Portugal fez duas exigências — primeiro, que o Brasil assumisse uma dívida de 1,4 milhão de libras esterlinas contraída por Portugal na Inglaterra, e, em segundo lugar, que pagasse à Coroa 600 mil libras esterlinas a título de indenização pela perda das terras coloniais.
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Crise fiscal e monetária
Do outro lado da balança comercial, a trajetória do setor exportador durante o Império pode ser dividida em dois períodos: antes e depois do início do ciclo do café.
Em 1861, graças ao café, foi inaugurado um longo período de superávits comerciais. Apesar disso, as dívidas externas contraídas anteriormente tinham um serviço tão pesado que muitas vezes as exportações não eram suficientes para equilibrar o saldo em transações correntes.
O Brasil terminou o Império com a dívida externa sob controle. A dívida interna, porém, prosseguia bastante elevada. O principal motivo era uma série de gastos extraordinários, como os conflitos provinciais do Período Regencial e, principalmente, a Guerra do Paraguai.
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O ciclo do café
O café participou de uma dinâmica que culminou, no início do século seguinte, em uma verdadeira mudança no modo de produção brasileiro. 
Transição do trabalho escravo para o livre Para resolver o problema da escassez de mão de obra em suas lavouras, os cafeicultores do Sudeste passaram a empregar trabalhadores livres, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Com trabalhadores livres surgiram de dois elementos fundamentais no sistema capitalista: um mercado de trabalho assalariado e um mercado consumidor.
Avanços da segunda metade do século XIX
a construção de ferrovias para escoar a produção de café;
o avanço tecnológico, com implantação de máquinas para beneficiamento do café;
a formação de um sistema creditício, com bancos comerciais e outras instituições capazes de proporcionar o crédito necessário a novos empreendimentos.
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República velha
No período conhecido como Primeira República ou República Velha (1889-1930), o Brasil começa a dar seus primeiros passos rumo à industrialização.
a forte expansão na capacidade de geração de energia Elétrica;
a construção de usinas siderúrgicas; 
o aumento no número de estabelecimentos industriais.
Rui Barbosa, ministro da Fazenda, era um dos mais radicais representantes dos papelistas, grupo que defendia a emissão de moeda para fomentar o crescimento econômico. 
Em 1890, ele estabeleceu que os créditos bancários não seriam mais cobertos por metais preciosos, e sim por títulos de dívida. Essa política ficou conhecida como encilhamento. 
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República velha
Na década de 1920, a receita de exportação do café atinge seu auge. Entretanto, o gigantesco afluxo de recursos para esse ciclo econômico acabou determinando seu fim: supersafras de café se sucederam ao longo de toda a década, até o ponto em que as políticas governamentais de controle da oferta não deram mais conta de segurar os preços.
A crise mundial de 1929 só veio agravar a situação e, ano após ano, o preço do café foi caindo, o que acabou levando boa parte do capital a migrar do setor agrário para o nascente setor industrial. 
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Pontos importantes
 O chamado ciclo do açúcar teve sua fase áurea entre 1570 e 1670. Contudo, Bahia e Pernambuco continuaram produzindo e exportando até o início do século XIX. O açúcar era produzido em um sistema conhecido como plantation, baseado em quatro elementos: produção voltada para a exportação, latifúndios, monocultura e mão de obra escrava. 
 O ciclo do ouro começou em fins do século XVII e perdurou até fins do século XVIII. Os efeitos desse ciclo para a economia brasileira parecem ter sido mais positivos que os do açúcar, já que seu modo de exploração era menos concentrador de renda e outras regiões do país puderam se beneficiar abastecendo os mineradores.
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 Durante sua estada no Brasil, de 1808 a 1821, a Corte portuguesa executou uma série de mudanças importantes, entre elas a determinação da abertura dos portos, que extinguiu o pacto colonial, a construção das estradas e a liberação de imprensa. Além disso, foi criada a primeira instituição bancária, o Banco do Brasil.
 A crise fiscal e monetária que se prolongou durante todo o Império tem suas origens em um grave desequilíbrio entre receitas e despesas públicas. Além disso, as emissões descontroladas do Banco do Brasil desvalorizavam a moeda nacional. Até por volta de 1850, o preço das exportações estava em queda, o que contribuía para déficits externos; mas, com a ascensão do café, esse problema foi resolvido e o Brasil se tornou superavitário na balança comercial. Ao fim do Império, nossa dívida externa estava sob controle; a dívida pública interna, porém, continuava crescendo.
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 Na República Velha, a dívida externa volta a crescer. E, logo nos primeiros anos da República, o país vive a crise do encilhamento, com emissão descontrolada de moeda e surto inflacionário, efeitos que só seriam debelados no governo Campos Salles. Além disso, houve aumento da capacidade de geração de energia elétrica, o avanço da siderurgia e do número de estabelecimentos industriais e, por fim, o término do ciclo do café, após uma crise de superprodução na década de 1920.

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