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Direito e Economia
Adriano Matos
Brian Ogundairo
Bruno Estima
Cristiano Martins
Hary Herstig
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Debate
Visão Geral
 
 
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Vídeo e Apresentação
 
 
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Racionalidade Econômica X Racionalidade Jurídica
 
 
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Planos de estabilização da democracia brasileira
 
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Vídeos
Depoimentos da ministra Zélia Cardoso
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1
Racionalidade Econômica X Racionalidade Jurídica
Diálogo entre as duas visões
 
 
 
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1.1 Economistas vs. Juristas
Visão dos economistas acerca dos juristas:
Visão dos juristas acerca dos economistas:
Visão de mundo desvinculada de mediação moral
Falta de compreensão do processo econômico e sua racionalidade sistêmica
Desprezo pelas liberdades públicas e direitos individuais
Raciocínio frio e calculista e abstrato: nega a representatividade do pluralismo social conflitivo
Leis e regulamentações representam entraves desnecessários
“Timing jurídico” não acompanha as necessidades econômicas
1.2 Visões e Temores
O que temem os juristas:
Imprevisibilidade dos planos econômicos
O que temem os economistas:
Bloqueio da gestão racional do processo econômico 
Potencial autoritário das decisões econômicas;
Substituição de um regime democrático-representativo por um burocrático-autoritário;
Cenário resultante de incerteza jurídica;
Incapacidade jurídica de atender à necessidades finalistas do Estado brasileiro;
1.3 Polarização Caricaturada
Interesses individuais são a fonte da inteligibilidade do social;
Recusam-se a deduzir das ações individuais o social;
“[...] Infelizmente, acho que há uma certa falta de ética, comum a todos esses ministros, que reza mais ou menos os seguinte: não existem leis e, até segunda ordem, os fins justificam os meios.” – Titular do maior escritório de advocacia empresarial da América Latina em 1992
“Pouco importa se as medidas provisórias sejam inconstitucionais, desde que o plano dê certo.” – Economista Carlos Alberto Longo (FEA-USP)
Decisões justificam-se em nome do “interesse público”
Transformação dos recursos jurídicos em meros instrumentos de poder
Estado na função de balizador do
 processo econômico.
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1.4 Duas Racionalidades
LEGALIDADE
EFICIÊNCIA
PRINCÍPIOS
RESULTADOS
RACIONALIDADE ECONÔMICA
RACIONALIDADE JURÍDICA
Busca por resultados;
Eficiência alocativa;
Premissas de ação: recursos a serem avaliados;
Racionalidade material;
Respeito às regras do jogo;
Princípios e premissas;
Legalidade e racionalidade;
Premissas de ação: regras;
Instrumento de segurança dos cidadãos.
2.1 Polaridades
Eficiência econômica x Certeza jurídica
Programas anti-inflacionários x Ordem constitucional 
Gestão de políticas públicas x Liberdades individuais
Meios tidos como ilegais x Fins considerados legítimos
2.2 Governabilidade x Legitimidade
A noção de legitimidade está relacionada ao embasamento legal e democrático do processo decisório
Governabilidade é a capacidade 
que o governo tem de ser obedecido
 sem precisar violentar as regras do
 jogo democrático
2.3 Qualidade da gestão governamental 
Medida por:
a) Coerência das decisões através do tempo 
b) Eficácia de suas políticas 
c) Efetividade de suas medidas
2.4 Governabilidade e Democracia
Convergência entre: governabilidade  democracia 
Saber lidar com a pressão
Neutralizar a frustração
Atender o maior número possível de anseios
Fazê-lo de maneira rápida e eficaz
2.5 Passos da transição democrática
Restaurar o pluralismo
Restituir direitos políticos
Restabelecer institutos jurídicos abolidos
Definir regras democráticas para o jogo representativo
Institucionalizar direitos sociais e econômicos
Mudanças estruturais
2.6 Desafio
Compatibilizar:
Imperativos de curto prazo (aspectos econômicos)
Exigências de médio e longo prazo (aspectos jurídicos)
2.7 Dilema
Coalizões conservadoras capazes de impedir o governo de decidir dentro das regras democráticas
Acumulação de “capital democrático” vs. Eficiência das políticas econômicas
2.8 Momento Maquiavélico
Necessidades inéditas requerem medidas inéditas
3 crises convergentes:
Plano socioeconômico: crise de hegemonia dos setores dominantes
Plano político: crise de legitimação do regime representativo
Plano jurídico institucional: 
crise da matriz organizacional
 
 
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Planos de estabilização na democracia brasileira
Contexto brasileiro
 
 
 
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O Plano Collor
Conjunto de reformas econômicas e planos para estabilização da inflação criados durante a presidência de Fernando Collor de Mello entre 1990 e 1992.
16 de março de 1990
Políticas:
Substituição da moeda corrente, o Cruzado Novo, pelo Cruzeiro à razão de NCz$ 1,00 = Cr$ 1,00
O congelamento de 80% dos bens privados por 18 meses
Alta taxa em todas as transações financeiras
Indexação das taxas
Eliminação da maioria dos incentivos fiscais
Reajustes nos preços por entidades públicas
Adoção de câmbio flutuante
Abertura gradual econômica para competição do exterior
Congelamento temporário dos salários e preços
A extinção de diversas agências do governo, como plano para redução de mais de 300 milhões em gastos administrativos
Estímulo a privatização e início da remoção da regulamentação da economia
Meta: evitar o ciclo abaixo
Resultados
Resultados
Aspectos legais
O presidente recém eleito, Fernando Collor de Mello, lançou medidas provisórias, que tem poder de lei, para tentar controlar a economia do país; 
“ Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.
 Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo o Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.”
Podemos dizer serem legais as medidas adotadas pelo presidente, pois o Congresso aprovou as medidas provisórias. Porém a criação de um novo tributo só pode ser criado à partir de uma “lei complementar” e não por uma “lei ordinária”. 
O problema enfrentado pelos profissionais do direito, pela sua formação legalista, era a acusação feita pelos economistas de que aqueles não podiam entender a necessidade de uma atitude enérgica por parte do Executivo voltada para a “utilidade pública”;
Porém, eles temiam as implicações político-constitucionais do aumento da interferência do Estado no domínio econômico, justificado em nome da estabilização da moeda, do combate a inflação e da modernização do sistema produtivo (bloqueio dos ativos financeiros e controle dos salários e preços).
 
 
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VAMOS DEBATER!
 
 
 
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Muito obrigado Jean, monitores, e alunos que se dispuseram a discutir este tema tão importante para a compreensão da evolução política econômica brasileira.
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