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SET0405 – ESTRUTURAS METÁLICAS Notas de aula sobre Vigas mistas de aço e concreto (com base na ABNT NBR 8800:2007) Maximiliano Malite São Carlos, agosto de 2007. VIGAS MISTAS DE AÇO E CONCRETO ABNT NBR 8800:2007 - ANEXO Q CONECTORES DE CISALHAMENTO ABNT NBR 8800:2007 Pino com cabeça Perfil U laminado (ou formado a frio com t ≥ 3mm) Propriedade importante: ductilidade Força resistente de cálculo em conectores - Pinos com cabeça: menor dos valores cs cckcs Rd γ2 1 EfA Q = cs ucscspg Rd γ fARR Q = γcs = 1,25 Acs é a área da seção transversal do conector; fucs é a resistência à ruptura do aço do conector; Ec é o módulo de elasticidade do concreto; Rg é um coeficiente para consideração do efeito de atuação de grupos de conectores, dado em Q.4.2.1.2; Rp é um coeficiente para consideração da posição do conector, dado em Q.4.2.1.3. Material: anexo A – A.5.2 Aço ASTM A108: fy = 345MPa ; fu = 415MPa Força resistente de cálculo em conectores - Perfil U cs cckcswcsfcs Rd γ 5,0(3,0 EfLtt Q )+= γcs = 1,25 tfcs é a espessura da mesa do conector; twcs é a espessura da alma do conector; Lcs é o comprimento do perfil U. ckci cic fE EE 5600 85,0 = = (Eci e fck em MPa) LARGURA EFETIVA DA LAJE LARGURA EFETIVA DA LAJE Para vigas mistas biapoiadas: A largura efetiva, de cada lado da linha de centro da viga, deve ser igual ao menor dos seguintes valores: a) 1/8 do vão da viga mista b) metade da distância entre a viga analisada e a viga adjacente c) distância da viga analisada à borda da laje (aplicável a vigas de extremidade) Momento fletor resistente de cálculo em regiões de momentos positivos Estados limites últimos: FLT – não se aplica: contenção lateral pela laje FLM – não se aplica: laje restringe mesa comprimida FLA – precisa ser considerada! Alma compacta: o dimensionamento em regime plástico é permitido yw fEth /76,3/ ≤ Alma semi-compacta: o dimensionamento deve ser feito em regime elástico ywy fEthfE /7,5//76,3 ≤< CONEXÃO AÇO-CONCRETO Depende da resistência do conjunto de conectores ∑QRd Conexão completa: Resistência dos conectores igual ou superior à resistência à tração da viga de aço ou da laje de concreto à compressão. ∑ ≥ ydaRd fAQ ou ∑ ≥ ccdRd btfQ 85,0 Caso contrário, tem-se a conexão parcial. VIGAS MISTAS SOB MOMENTO POSITIVO (Alma compacta – regime plástico) d d1 tc hF b tf tw hCG Linha neutra plástica na alma tc fyd 0,85 fcd Ccd Cad yc LNP yt Tad Linha neutra plástica na mesa superior yt tc LNP Linha neutra plástica na laje LNP a d1 yc yp yp Tad Tad Cad Ccd Ccd 0,85 fcd 0,85 fcd fyd fyd fyd fyd Figura Q.4 - Distribuição de tensões em vigas mistas de alma cheia sob momento positivo ( yw 3,76 fEth ≤ e interação completa) LNP (no perfil) tw tc hF d tf h b LNP (na laje) yc a Cad Ccd Tad yt yp 0,85 fcd fyd fyd Figura Q.5 - Distribuição de tensões em vigas mistas de alma cheia sob momento positivo ( yw 3,76 fEth ≤ e interação parcial) MOMENTO RESISTENTE – REGIME PLÁSTICO a) conexão completa e LNP na laje: ydaccd ydaRd 85,0 fAtbf fAQ ≥ ≥∑ Cumpridas essas condições: abfC cdcd 85,0= ydaad fAT = c cd ad 85,0 t bf Ta ≤= ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −++β= 2cF1advmRd athdTM βvm = 1,00 para vigas biapoiadas MOMENTO RESISTENTE – REGIME PLÁSTICO b) conexão completa e LNP na viga de aço: ccdyda ccdRd 85,0 85,0 tbffA tbfQ ≥ ≥∑ Cumpridas essas condições: ccdcd 85,0 tbfC = ( )cdydaad 21 CfAC −= adcdad CCT += Posição da LNP (medida a partir do topo da viga de aço): - LNP na mesa superior: ydafad fAC ≤ f ydaf ad p tfA Cy = - LNP na alma: ydafad fAC > ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −+= ydaw ydafad fp fA fAC hty Momento fletor resistente: ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −+++−−β= tFccdctadvmRd 2 ydh t CyydCM c) conexão parcial: ydaRd fAQ <∑ e ccdRd 85,0 tbfQ <∑ Ccd = Σ QRd Cad, Tad e yp, conforme expressões dadas em b), com o novo valor de Ccd. bf Ca cd cd 85,0 = Momento fletor resistente: ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −++−+−−β= tFccdctadvmRd 2 ydh atCyydCM VIGAS MISTAS SOB MOMENTO POSITIVO (Alma semi-compacta – regime elástico) Cálculo por processo elástico – seção homogeneizada [ ] cdstrE itr Sd dt f W M e f W M ≤= ≤= )( )( Sd dc yd ασ σ c E E E=α Para conexão parcial: [ ]aitr hd Rd aef )( WWF Q WW −+= ∑ TIPOS DE CONSTRUÇÃO Construção escorada: viga de aço permanece praticamente sem solicitação até a retirada do escoramento. Totalidade das ações resistida pela viga mista Caso contrário, tem-se a construção não-escorada 1ª. fase - viga de aço isolada: suportar ações atuantes antes do concreto atingir resistência adequada (convenciona-se em 0,75fck) 2ª. fase - viga mista: suportar ações atuantes após concreto atingir resistência adequada Construção não-escorada Vigas mistas biapoiadas e alma semi-compacta Verificações: além da verificação como viga mista deve-se verificar a viga de aço isolada (1ª. fase), e limitar a tensão na mesa inferior da seção mais solicitada: yd ef LSd, a GaSd, f W M W M ≤⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Viga de aço Viga mista MSd,Ga e MSd,L são os momentos fletores solicitantes de cálculo devidos às ações atuantes, respectivamente, antes e depois da resistência do concreto atingir a 0,75 fck Momento fletor resistente de cálculo em regiões de momentos negativos Tds LNP yt CG área comprimida CG área tracionada d5 d4 d3 fyd Área comprimida (Aac ) Área tracionada (Aat) Aac fyd Aat fyd b fyd Exigências: Alma e mesa comprimida devem ser compactas (sem FLM e FLA) Conexão deve ser completa: ΣQRd ≥ Tds Força cortante resistente de cálculo Deve ser considerada apenas a resistência da viga de aço. ESTADO LIMITE DE SERVIÇO Cálculo de deslocamentos Deve ser feita análise elástica com base na seção homogeneizada. Para conexão parcial deve-se calcular o momento de inércia efetivo dado por: ( )atr hd Rd aef IIF Q II −+= ∑ αE = E/Ec Para ações de longa duração devem ser considerados os efeitos da fluência e retração do concreto. Simplificadamente, pode-se adotar 3αE DESLOCAMENTOS MÁXIMOS (ABNT NBR 8800:2007 - Anexo C) L δ1 δ2 δo δmax δ3 δtot CL Figura C.1 — Deslocamentos verticais a serem considerados 0321 δδδδδ −++=máx δo é a contraflecha da viga; δ1 é o deslocamento devido às ações permanentes, sem efeitos de longa duração; δ2 é o deslocamento devido aos efeitos de longa duração das ações permanentes; δ3 é o deslocamento devido às ações variáveis, incluindo, se houver, os efeitos de longa duração devidos aos valores quase permanentes dessas ações (ψ2Fk) Tabela C.1 (vigas de piso): L/350 (caso haja paredes de alvenaria solidarizadas à viga, o deslocamento também não deve exceder 15mm)