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Livro de Utilidades_2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
ESCOLA DE ENGENHARIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICOS 
EM 
UTILIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
José Flávio Marques Fonseca 
Belo Horizonte 2011 
 
PREFÁCIO 
 
 
 
Este livro é o resultado da perseverança a um ideal, em um trabalho técnico da mais alta 
qualidade, que une a experiência profissional do Prof. José Flávio Marques Fonseca com 
a necessidade acadêmica de um trabalho metódico e completo, em uma área da 
Engenharia Mecânica carente de bibliografia. 
Este colega do departamento de Engenharia Mecânica tem uma admirável trajetória de 
contribuição e dedicação à Escola de Engenharia e ao curso de Engenharia Mecânica. 
Com esta obra deixa, em definitivo, uma contribuição consistente para toda uma geração 
de novos engenheiros. 
Durante o período em que fui chefe do Departamento, fui testemunha do empenho e 
disposição do Prof. José Flávio Marques Fonseca em colaborar em todas as demandas e 
necessidades da UFMG. Foi sua iniciativa, digna de homens que sabem que o 
conhecimento não deve ficar restrito, colocar no papel todo o seu brilhante conhecimento, 
fruto de sua longa experiência como competente profissional do mercado. 
Sinto-me honrado em ter acompanhado o enorme trabalho de elaboração deste livro e, 
agora, com a enorme responsabilidade de registrar neste prefácio o quanto significa para 
uma Instituição como a nossa querida e quase centenária Escola de Engenharia, a honra 
de ter em seus quadros, um professor autor de uma obra prima que preza pela clareza do 
texto, a cobertura do tema e o cuidado na escolha das figuras e fotografias ilustrativas, 
resultando em uma obra digna da nossa UFMG. 
Melhor ainda para os alunos, futuros engenheiros e os profissionais da área, que agora 
poderão contar com um livro atual e definitivo em ar comprimido, bombeamento de 
fluidos, caldeiras, resfriamento de água, tubulações industriais, ventilação industrial e 
sistemas de vácuo, todas áreas típicas de atuação de um engenheiro mecânico que 
poderão, em última instância, dar uma efetiva contribuição profissional e técnica para o 
desenvolvimento do Brasil, colocando nosso país em destaque entre as nações que 
almejam um crescimento sustentável e duradouro. Esta é de fato, a grande contribuição 
do Prof. José Flávio Marques Fonseca. 
Parabenizo este professor, que encarna todas as qualidades que um grande mestre 
possui: honradez, dignidade, humildade, exemplo de conduta ilibada e possuidor de 
conhecimento técnico altamente especializado. Este livro demonstra claramente tudo o 
que aqui foi dito. 
Parabéns e obrigado´por sua dedicação e competência. 
 
Prof. Danilo Amaral 
Professor e chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia 
da UFMG, no período de 2006 a 2010. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
Agradeço a todos aqueles que contribuíram para a consolidação dessa empreitada de 
cinco anos, resultando no fechamento dessa edição. 
 
À Sônia pela digitação. 
À Leda pela elaboração dos desenhos e gráficos. 
À Maria Alice, minha mulher pelos trabalhos de revisão. 
 
Ao professor Dr.Antônio Carlos de Andrade pelas críticas. 
Ao professor Dr. Geraldo Augusto Campolina França pelo incentivo inicial. 
Ao professor Dr. Danilo Amaral pela confiança. 
Ao professor Dr. Rudolph Huebner pelo aconselhamento. 
 
À AMF Engenheiros Associados que gentilmente patrocinou os custos dessa edição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
Foi um fato marcante o estágio na GHH em Oberhausen - Sterkrade - Alemanha em 
1978, quando tive oportunidade de participar dos trabalhos de elaboração dos projetos de 
implantação do Pólo Siderúrgico da Açominas, em Ouro Branco MG, como membro da 
equipe da Usiminas Mecânica S. A. USIMEC. 
Informes técnicos, critérios de projeto, cálculos dimensionais, simulações de performance 
foram referenciais disponibilizados àqules integrantes dessa equipe de projeto. 
Desafios profissionais apareceram, entre eles o interfaceamento das diversas áreas 
envolvidas no segmento de Utilidades impondo uma procura em vários referenciais para 
se obter os informes requeridos. 
Isto me motivou elaborar este livro como um primeiro passo para tê-los em um só 
compêndio permitindo aos alunos do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG e 
aos colegas profissionais que lidam na área uma dinâmica melhor na obtenção desses 
referenciais. 
Se esta meta for alcançada, terei conseguido o meu objetivo. 
 
 
 
 
 
 
O Autor 
José Flávio Marques Fonseca 
Engenheiro Mecânico 
Professor da UFMG 
Professor Aposentado da PUC Minas 
Diretor Técnico da AMF Engenheiros Asssociados 
 
CAPÍTULO I 
 
 
AR COMPRIMIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Painel Pneumático 
 
 
 
3 
1.1 CONSIDERAÇÕES 
 
 
 
O ar comprimido é obtido pela compressão do ar atmosférico consumindo energia elétrica na sua 
geração. É uma mistura de gases e vapor de água pesando 1,2927 kg/m3 na temperatura de 0ºC e 
pressão 1,033 kgf / cm2. Conforme o fim a que se destinar, o ar comprimido deverá ser adequado 
aos requisitos do usuário por meio de filtros e secadores de umidade. 
 
Os seguintes conceitos são importantes. 
 
Ar comprimido: é o ar nas condições supridas ao usuário. 
 
Calor específico à pressão constante Cp: é definido pela relação Cp = dh / dT, onde: h = entalpia e 
T = temperatura absoluta do gás, tido como “gás ideal”. O valor adotado termicamente do calor 
específico do ar seco à pressão constante é de 0,1321 kcal / kg, à temperatura ambiente. 
 
Calor especifico a volume constante Cv: é definido pela relação Cv = du / dT sendo u a energia 
interna do gás. Para o ar seco, o valor adotado termicamente é de 0,0939 kcal / kg. 
 
Compressão isotérmica: é aquela que ocorre sem elevação da temperatura (Pv= K). 
 
Compressão adiabática: é aquela que ocorre sem transferência de calor, isto é, a compressão se 
dá em um sistema com isolamento ideal. É a razão entre os calores específicos à pressão e a 
volume constantes; n = Cp ÷ Cv = 0,1321 ÷ 0,0939 = 1,406. Tem-se como constante a relação 
Pv1,406 = K. 
 
Capacidade do compressor: é a vazão de ar comprimido recalcada pelo compressor.É expressa 
em metros cúbicos por minuto à pressão e temperatura do ar de admissão, ar livre. 
 
Descarga livre efetiva: é aquela referida à condição normal do ar atmosférico, ou seja, peso 
especifico 1,214 kg / m3 , pressão 1,033 kgf / cm2 , temperatura 20°C, umidade relativa 30%. 
 
Eficiência volumétrica: é a relação existente entre a capacidade e o volume teoricamente 
deslocado pelo compressor. 
 
Pressão manométrica: é a pressão na qual o sistema de ar comprimido irá operar. É 
caracterizada pelo índice “g”, após o dimensional, por exemplo 7,0 kgf / cm2 g. 
 
Pressão absoluta correspondente a um valor da pressão manométrica: é a pressão manométrica 
acrescida da pressão atmosférica local. 
 
Pressão absoluta do ar atmosférico Pb: é a soma da pressão parcial de vapor Pv com a pressão 
parcial do ar seco Pa , Pb = Pv + Pa. (equação 1) 
 
Temperatura absoluta do ar atmosférico: é a temperatura lida em um termômetro convencional, 
adicionada de 273 quando referida a graus Celsius, resultando graus Kelvin e de 460, quando 
referida a graus Farenheit, resultando graus Rankine. 
 
Temperatura de bulbo seco do ar TBS: é aquela registrada no termômetro de bulbo seco. 
 
Temperatura de bulbo úmido do ar TBU: é aquela registrada no termômetro de bulbo úmido. 
 
Umidade absoluta do ar W: é a relação entre a pressão parcial de vapor (Pv) e a pressão parcial
de ar seco (Pa), definida pela expressão W = 0,622 x (Pv / Pa), (equação 2). 
Esta equação representa a razão entre a massa de vapor e a massa de ar seco. 
 
Umidade relativa do ar UR: é a relação entre a pressão parcial de vapor Pv e a pressão de saturação 
do vapor Pg à mesma temperatura. 
É definida pela expressão UR = Pv / Pg (equação 3) 
Pv e Pg expressos nas mesmas unidades de pressão. 
4 
1.2 COMPRESSORES 
Classificação de Compressores 
 
A pressão de ar comprimido é gerada por moto compressores alternativos ou rotativos. 
 
Nos compressores alternativos de êmbolo ou de membrana de simples ou duplo estágio, o ar é 
admitido em uma câmara de compressão. A compressão se faz por meio da redução do volume 
útil dessa câmara, processada pelo deslocamento da peça móvel, no caso o êmbolo ou a 
membrana. 
 
 
 
Compressor alternativo sobre reservatório de ar 
 
Nos compressores rotativos de palheta, de engrenagem ou de parafuso, o ar é admitido em uma 
câmara, onde o rotor girante em alta rotação lhe imprime aceleração tangencial e energia 
cinética, a qual por meio de um difusor é convertida em energia de pressão. 
 
 
 
Compressor rotativo a ar com reservatório integrado 
5 
Compressão Adiabática do Ar 
 
Os compressores realizam a compressão do ar de forma rápida tal que possa ser considerada 
aproximadamente adiabática. O sistema de refrigeração do compressor faz com que a curva de 
compressão fique um pouco abaixo da curva de compressão adiabática, mas por outro lado, o 
aumento da pressão necessária para forçar o ar através das válvulas, faz com que o trabalho 
realizado na compressão e na descarga do ar seja muito próximo daquele calculado, quando se 
assume ser a compressão adiabática. 
 
O diagrama abaixo corresponde à compressão adiabática em um compressor de um estágio. 
A área (ABV2V1A) sob a curva PV1,4 = K corresponde ao trabalho de compressão. A área BCOV2B 
corresponde ao trabalho de descarga do ar e ao produto P2V2. 
 
 
 
A área DAV1OD corresponde ao trabalho realizado pela pressão atmosférica do ar de admissão 
sobre o pistão e ao produto P1 x V1. Adicionando os trabalhos de compressão e de descarga, 
diminuindo o trabalho da pressão atmosférica e dividindo o resultado por V1 (volume inicial), 
obtém-se a pressão média no cilindro (Pm). Resolvendo e fazendo P2 / P1 = r, teremos: 
 
















−××
−
1
P
P
 P 
1 - 1,4
1,4
 = 
1,4
11,4
1
2
1Pm 














−×× 1
P
P
 P 3,5 =
0,285
1
2
1 [ ]1r P 3,5 = 0,2851 −×× , 
que é a equação da pressão média do ar em um compressor de um estágio. A potência de 
compressão é expressa por: Pm = 3,5 x P1 x [r0,285 - 1] x Q, em kgf x m/s (equação 4 a) 
onde: 
 
 
 
 
Vejamos o que acontece quando a compressão for em múltiplos estágios. Considerando que 
entre cada um ocorra um resfriamento, teremos: 
 
- temperaturas finais mais baixas; 
- potência necessária para comprimir menores; 
- parte da umidade contida no ar eliminada; 
- eficiência volumétrica aumentada pela diminuição das perdas de expansão do ar residual. 
P1 = pressão inicial absoluta 
Q = vazão em m3 / s 
6 
A condição ótima para se obter o consumo mínimo de energia de compressão consiste em dividir 
o “Trabalho de Compressão” igualmente entre os vários estágios e procurar obter um 
resfriamento até a temperatura inicial do estágio anterior. 
O diagrama usado para indicar uma compressão adiabática em dois estágios combinado a um 
resfriamento intermediário perfeito “inter cooling” tem a forma indicada na figura abaixo: 
 
Aplicando a mesma conceituação para compressores alternativos de múltiplos estágios, teremos: 
 
Compressores de dois estágios 
 








−××
× ×
−
1r P 
1 -1,4
1,42
 = Pm 1,4 2
11,4
1 x Q ou ( )1r 0,143 −×× P 17 x Q em kgf x m/s (equação 4 b) 
 
Compressores de três estágios 
 








−××
× ×
−
1r P 
1 - 1,4
1,43
 = Pm 1,4 3
11,4
1 x Q ou ( )1 r P 10,5 0,09521 −×× x Q em kgf x m/s (equação 4 c) 
 
Compressores de quatro estágios 
 








−××
× ×
−
1r P 
1 - 1,4
1,44
 = Pm 1,4 4
11,4
1 x Q ou ( )1r P 14 0,07141 −×× x Q em kgf x m/s (equação 4 d) 
1.2.1 Condições de Regime 
Os conjuntos motos compressores devem operar em condições cíclicas de carga e alívio, 
ajustadas em função dos valores de pressão mínima e máxima, requeridas pelo usuário. Para 
este objetivo é necessário instalar um reservatóri de ar entre a descarga do compressor e o 
usuário. O conjunto moto compressor estará em carga, quando suprindo ar comprimido ao 
reservatório, elevando a pressão ao valor máximo. Caso contrário estará em alívio. 
Supondo não haver demanda de ar pelo usuário,o período de carga de um moto compressor com 
capacidade de 2000 Nm3/h, conectado a um reservatório com volume geométrico de 10m3, 
operando na faixa de pressão absoluta de 6,0 kgf/cm2 a 8,0 kgf/cm2, será estimado a seguir: 
- volume máximo de ar no reservatório a 8,0 kgf/cm2 : 80 m3; 
- volume mínimo de ar no reservatório a 6,0 kgf/cm2 : 60 m3; 
- variação volumétrica: 20 m3; 
- capacidade do compressor a 8,0 kgf/cm2 : 2000 x 1,03 / 8= 257m3/h; 
- tempo de carga: 20 / (257/ 60)= 4,6 minutos. 
 
7 
1.3 POTÊNCIA DE COMPRESSORES 
Compressores Alternativos 
 
Considerando: 
 
vazão do ar comprimido: 0,00833 m3 / s 
pressão barométrica local: 1,00 kgf / cm2 
pressão do ar comprimido: 7,00 kgf / cm2 manométrica ou 8,0 kgf/cm2 absoluta 
razão de compressão P2/P1: 8,0 
 
Calcular a potência “N” para um compressor de um estágio e de dois estágios. 
 
Solução: 
 
Potência requerida para compressor de um estágio 
 
N: 3,5 x 104 x 1 x [80,285 – 1] x 0,00833= 235,79 kgf.m / s 
 
N: 235,79 x 1,3404 x 10-2= 3,1 Hp 
 
N: 3,1 x 0,746 = 2,3 kW 
 
Potência requerida para compressor de dois estágios. 
 
N: 7 x 104 x 1 x [80,143 – 1] x 0,00833= 201,93 kgf.m / s 
 
N: 201,93 x 1,3404 x 10-2 = 2,70 Hp 
 
N: 2,70 x 0,746= 2,01 kW 
 
Notas: 
 
1 - As potências calculadas deverão ser corrigidas em função do rendimento do compressor na 
faixa de 75 a 85% para compressores alternativos. 
 
2 - O índice 104 está aplicado para transformar a pressão expressa em kgf/cm2 para kgf/m2. 
 
Compressores Rotativos 
A potência dos compressores rotativos poderá ser estimada considerando-se que, para se 
comprimir 1,0 m3/min de ar atmosférico até a pressão de 7,0 bar serão necessários 7,46 kw. 
 
 
Custo Operacional 
 
Na hipótese do compressor recalcar 15 m3/min a 7,0 bar operarando 24 horas durante 30 dias e 
supondo o custo do kWh equivalente a R$ 0,12, ter-se-á: 
 
Custo mensal: 15 x 24 x 30 x 7,46 x R$ 0,12= R$ 9 668,16 
Custo anual: 12 x R$ 9.668,16= R$ 116 017,92 
8 
1.4 RESFRIAMENTO DE COMPRESSORES 
 
 
Considerando: 
 
vazão de ar comprimido: 10,65 m3 / min 
temperatura do ar comprimido quente (t q a r ): 70ºC 
temperatura do ar livre frio (t f a r ): 35ºC 
temperatura de entrada da água no after cooler (t f á g u a ): 25ºC 
temperatura de saída da água do after cooler (t q á g u a ): 30ºC 
 
Calcular a vazão da água de resfriamento. 
 
 
Solução: 
 
O balanço térmico necessário à determinação da vazão de água, irá considerar as propriedades 
termodinâmicas do ar comprimido e da água na temperatura média. 
 
Cálculo da Temperatura Média do Ar: (70 + 35) / 2= 52,5 oC 
 
Peso específico do ar a 52,5oC ( arρ ) 1,0877 kg / m3 
Calor específico a 52,5oC (Cp ar) 1,040 kj / kg x oC 
 
Cálculo da Temperatura Média da Água: (30 + 25) /
2= 27,5 oC 
 
Peso especifico da água a 27,5oC ( águaρ ) 997,3 kg / m3 
Calor específico da água a 27,5oC (Cp água) 4,179 kj / kg x oC 
 
Balanço Térmico / Cálculo da Vazão Mássica de Água 
 
.
m ar x cp ar x ∆tar = 
.
m água x cp água x ∆tágua 
 
10,65 x 1,0877 x 1, 040 x ( 70 – 35 ) = 
.
m água x 4,179 x ( 30 – 25) ⇒ 
.
m água = 20,1 kg/min. 
 
Cálculo da Vazão Volumétrica 
 
(20,1 ÷ 997,3) x 1000 ⇒ 20,2 l/min 
 
 
1.5 UMIDADE DO AR - CONDENSADO 
 
 
Para se obter a masa de vapor de água condensada no processo de compressão, calcula-se a massa 
de vapor no ar nas condições de admissão e a massa de vapor no ar nas condições de descarga. A 
diferença entre a massa de vapor no ar de admissão e a massa de vapor no ar nas condições da 
descarga, será a massa de vapor de água condensada. 
9 
Procedimento para o cálculo do condensado 
 
Considerando as condições na aspiração e na descarga de um compressor: 
 
na aspiração vazão aspirada: 
umidade relativa: 
temperatura do ar: 
pressão barométrica 
70 Nm3/ h 
60% 
34°C 
0,960 kgf / cm2 
na descarga temperatura do ar 
pressão manométrica de descarga do ar 
50ºC 
8,5 kgf / cm2 g 
 
Calcular a Vazão de Condensado e a Vazão de Ar Comprimido Corrigida. 
 
Pela tabela de vapor saturado Pg a 34°C = 0,05423 kgf / cm2. Logo na aspiração teremos, 
Pv: 0,6 x 0,05423= 0,0324 kgf / cm2 
Pa: 0,960 - 0,0324= 0,9276 kgf / cm2 
W: 0,622 x (0,0324 / 0,9276)= 0,0217 kgágua / kgar seco 
 
A massa de ar seco aspirada pelo compressor será determinada aplicando a expressão: 
 
 m ar =& Pa x V / Ra xT⇒ mar =& Pa x Po x Vo / Ra x To x P em kg/h, (equação 5) 
onde: 
 
Pa pressão parcial do ar seco 
Po pressão barométrica normal 
Vo vazão normal aspirada 
Ra constante do ar 
T temperatura local do ar em K 
To temperatura normal em K 
P pressão barométrica local. Aplicando a expressão, teremos: 
 
87,42
0,96027329,27
410700,9276
arm =
××
×××
=
033,1
& kgar/h. O índice 104 corrige a pressão para kgf/m2. 
Cálculo da Massa de Água Aspirada pelo Compressor 1,89 = 87,42 0,0217 mágua ×=& kgágua / h 
 
Após a compressão, o ar está saturado a 50°C e 8,5 kgf / cm2. Nessas condições, teremos: 
 
Pg = Pv = 0,12578 kgf / cm2 
Pt: 8,5 + 0,960 kgf / cm2= 9,46 kgf / cm2. 
Pa: 9,46 - 0,12578 = 9,3342 kgf / cm2. 
W: 0,622 x ( 0,1258 / 9,3342 ) = 0,0084 kgágua / kgar seco 
Serão condensados: 0,0217 - 0,0084= 0,0133 kgágua / kgar seco 
 
Cálculo da Massa de Água Condensada 
87,42 x 0,0133 = 1,162 kgágua / h ou 1,89 – ( 0,0084 x 87,42 ) = 1,16 kgágua / h 
 
Cálculo da vazão de ar corrigida 
 
Massa de ar suprida 87,42 - (1,89 - 1,16) = 86,69 Kgar / h. 
Taxa de redução 87,42 → 100 
86,69 → X = 99,16 ∴a taxa de redução será 100 - 99,16= 0,84%, logo a massa de ar 
requerida será: 87,42 x 1,0084 = 88,15 kg / h 
 
Cálculo da Vazão de Ar Aspirado Corrigida 
 
( 88,15 x 29,27 x 273 x 0,960 ) ÷ (0,9276 x 104 x 1,033) = 75,59 Nm3 / h 
10 
1.5.1 Dispositivos de Drenagem de Condensado. 
 
 
Purgador de Bóia 
 
 
Descrição Funcional 
 
A água entra no purgador pela passagem A. A tela B protege o mecanismo 
do dreno automático contra partículas em suspensão. A água, acumulada no 
reservatório, aciona a bóia C que comanda a abertura do dreno, permitindo 
que a pressão do ar comprimido expulse a água do reservatório. Eliminada a 
água, a bóia desce e a válvula se fecha. 
 
 
 
Separadores de Umidade 
 
 
 
 
 
De
scri
ção 
Fu
nci
on
al 
 
O ar em alta velocidade contendo partículas de condensado em suspensão, entra no separador 
pela conexão, e imediatamente a velocidade é bastante diminuída, sendo obrigado a fazer uma 
mudança de direção. Devido à baixa inércia, o ar muda facilmente de direção, porém as partículas 
de condensado chocam-se contra o defletor, percolando no mesmo. 
Essas gotículas formarão gotas maiores que, por gravidade, escorrerão pela placa defletora, 
caindo para a conexão de drenagem. O ar isento de umidade segue para a conexão de saída. 
 
Diagrama de Montagem do Separador 
 
 
 
 
 
 
Item Qtde. Descrição Material Especificação 
1 1 Corpo Aço carbono ASTM-A 106 gr. B sch.80 
2 1 Defletor Aço carbono ASTM-A 285 gr. C 
3 2 Flanges Aço carbono ASTM-A 181 gr. I 
4 2 Tubos Aço carbono ASTM-A 53 sch. 80 
5 1 Bujão Aço carbono ASTM-A 105 
6 2 Torrisférico
s 
Aço carbono ASTM-A 285 gr. C 
Legenda: 
 
1- separador de umidade 
2- válvula de esfera 
3- filtro Y 
4- purgador 
 
11 
1.6 SECADORES DE AR 
1.6.1 Secadores de Ar Tipo Frigorífico 
 
 
O secador frigorífico é composto 
basicamente por dois trocadores 
de calor, o primeiro “ar/ar” o 
segundo “ar/refrigerante”. A 
secagem do ar processa-se 
quando o ar úmido e quente 
vindo do compressor é admitido 
no secador, passando pelo 
trocador “ar/ar” onde é resfriado 
pelo ar frio e seco que sai do 
secador. A seguir o fluxo de ar 
comprimido parcialmente 
resfriado é admitido no trocador 
“ar/ fluido frigorífico”, onde é 
resfriado ao ponto de saturação “+2oC”. Ocorre então a condensação e conseqüente eliminação 
do fluxo condensado por meio de purgadores. Nesta condição, isento de umidade, o ar frio e seco 
é readmitido no trocador de calor “ar/ar”, onde é aquecido pelo ar quente e úmido que entra no 
secador, e então direcionado ao consumo. 
 
 
 
Fluxograma do processo de secagem frigorífica 
 
Esse processo contempla 15 componentes dispostos conforme figura 2. 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Fluxograma Frigorífico 
 
01 - compressor frigorífico 
02 - separador de óleo 
03 – condensador 
04 - tanque de líquido 
05 - válvula.solenóide 
06 - válvula de expansão termostática 
07 - trocador ar / refrigerante 
08 - trocador ar / ar 
09 - purgador 
10 - descarga de condensado 
11 - manômetro de alta pressão 
12 - pressostato diferencial 
13 - manômetro de baixa pressão 
14 - termômetro 
15 - termostato 
12 
Seleção e especificação de secadores frigoríficos 
 
 
A seleção se faz encontrando um valor de vazão expresso em normais metros cúbicos por hora 
com o qual será especificado o modelo do fabricante escolhido. 
Exemplificaremos para o caso da Dominick Hunter, considerando as condições: 
 
Ar comprimido úmido 
 
 
Ar livre 
 
 
 
 
Como as condições do projeto não são as condições do padrão, ou seja, 
 
- pressão do ar 7,0 kgf/cm2, temperatura do ar úmido 38°C e temperatura ambiente +35°C, 
 
faz-se necessário corrigi-las aplicando a expressão: C = fP x fTf x fTa x V, onde: 
 
C capacidade tabelada, em m3/h ou pcm 
V vazão do ar comprimido a ser tratado, em m3/h ou cfm 
P pressão do ar comprimido ao entrar no secador bar g 4 5 6 7 8 10 
fP fator de correção de pressão 1,15 1,08 1,04 1,00 0,97 0,93 
Tf temperatura do ar comprimido ao entrar no secador oC 30 35 38 40 45 50 
fTf fator de correção de temperatura 0,90 0,96 1,00 1,08 1,28 1,52 
Ta temperatura do ambiente onde será instalado o secador oC 25 28 30 35 38 40 
fTa fator de correção da temperatura do ambiente 0,88 0,92 0,94 1,00 1,04 1,06 
 
Para as condições citadas e aplicando os fatores de correção, será especificado o modelo 1150, 
da Dominick Hunter com 12 HP e ∆P = 0,71 bar, conforme tabela abaixo: 
 
Modelo 005 009 012 021 035 045 060 080 115 140 190 260 380 470 570 750 1150 
Capacidade m3/h 20 30 40 75 125 160 215 290 410 500 680 950 1370 1700 2000 2740 4150 
∆P bar 0,11 0.11 0.11 0.11 0.21 0.20 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 
Potência HP 0.17 0.50 0.50 0.75 0.75 0.75 1.00 1.00 1.50 2.50 2.50 2.50 5.00 6.00 6.00 10.00 12.00 
 
Isto porque C = 0,97 x 0,96 x 0,92 x 4700 = 4026 Nm3 / h, sugerindo a vazão
de 4150 Nm3/h. 
Cálculo da Vazão Mássica de Condensado Gerado nesse Secador Figorífico 
 
A massa de água condensada nesse secador, admitindo o fluxo de ar comprimido nas condições 
citadas no exemplo da página 9, será calulada como a seguir: 
 
Considerando o ar saturado a +2°C e 8,5 kgf / cm2, teremos: 
 
Pg = Pv= 0,007193 kgf / cm2 
Pt: 8,5 + 0,960 kgf / cm2= 9,46 kgf/cm2 
Pa: 9,3342 - 0,007193= 9,3270 kgf / cm2. 
W: 0,622 x ( 0,007193 / 9,3270 )= 0,0004768 kgágua / kgar seco 
serão condensados: 0,0084 - 0,0004768= 0,007983 kgágua / kgar seco 
 
Massa de água condensada: 86,69 x 0,007926= 0,686 kgágua / hora 
Vazão de ar úmido 4700 Nm3/h 
Pressão do ar úmido 8,0 kgf/cm2g 
Temperatura do ar úmido 35°C 
Umidade relativa 60% 
Temperatura de bulbo úmido 22°C 
Temperatura de bulbo seco 28°C 
 
13 
1.6.2 Secadores de Ar por Adsorção 
 
 
Normalmente é constituído por duas colunas de secagem uma em stand-by, filtros para retenção 
de partículas e óleo e um aquecedor de ar, como indicado no fluxograma, figura 3 abaixo: 
 
 
 
Figura 3 – Secadores por Adsorção 
 
 
 
 
 
 
Descrição funcional: 
 
Secagem e purificação do ar 
 
O fluxo de ar úmido e eventualmente contaminado é admitido no filtro de entrada FE ocorrendo a 
retenção de partículas e de óleo. O condensado formado é eliminado pelo purgador. O fluxo de ar 
nesta condição é admitido na coluna de adsorção onde se processa a secagem; e então liberado 
ao usuário. 
 
Reativação da coluna saturada 
 
A reativação da coluna saturada é processada por um volume de 5% de ar seco aquecido, a ela 
dirigido no sentido oposto ao de operação, arrastando a umidade adsorvida para a atmosfera. A 
seguir o aquecedor é desligado e o ar frio continua escoando através da coluna, resfriando-a. 
A válvula de descarga é então bloqueada e a coluna se pressuriza pela continuidade do fluxo de 
reativação. Este procedimento evita as oscilações de pressão nesta coluna quando de seu 
retorno ao processo. 
 
Nota: o ponto de orvalho nesses secadores é de - 40oC a -70oC. 
Legenda: 
FE filtro de entrada 
CS coluna de secagem 
FS filtro de saída 
AQ aquecedor elétrico 
P purgador automático 
TI indicador de temperatura 
PI indicador de pressão 
TSH controlador de temperatura 
 
14 
Arranjos construtivos 
 
1 - Sem aquecedor 
 
Utiliza apenas o calor gerado na adsorção, processo exotérmico, para aquecer e regenerar o 
material adsorvedor do leito saturado. Esse processo promove consumo elevado do próprio ar 
comprimido, cerca de 15%. 
2 - Com bomba de vácuo 
 
É similar ao sem aquecedor, mas possui uma bomba de vácuo que reduz a contra-pressão 
exercida pela atmosfera, neutralizando as forças de atração / adesão do material adsorvedor. 
Assim, é possível reduzir até 2% do consumo de ar comprimido para a regeneração, porém 
demanda um adicional de energia elétrica para geração do vácuo. 
 
3 - Com aquecimento interno 
 
Possui resistência interna elétrica ou a vapor que aquece o leito saturado até a temperatura de 
regeneração, quando um pequeno fluxo de ar encarrega-se da purga. Se a resistência for usada 
apenas para aquecer o ar de regeneração, haverá a necessidade de maior consumo de ar, cerca 
de 8%. 
 
4 - Com aquecimento externo 
 
O fluxo de ar de regeneração é aquecido por resistência externa aos leitos. Nesse caso ocorrem 
perdas significativas de calor para o meio-ambiente, e consumo de até 8% de ar de regeneração. 
 
5 - Com soprador 
 
É similar ao tipo “com aquecimento externo”, mas possui um soprador que capta o ar ambiente, 
aquecendo-o e direcionando-o para o leito a ser regenerado. 
Dessa forma o consumo de ar comprimido para fins de regeneração é eliminado. 
 
Ciclos operacionais dos secadores de ar por adsorção por coluna 
 
Ciclo completo de funcionamento: 16,00 horas 
Operação contínua até a saturação: 8,00 horas. 
Reativação (aquecimento): 6,50 horas. 
Resfriamento: 1,00 hora. 
Pressurização: 0,5 hora. 
 
1.7 RESERVATÓRIOS DE AR 
 
São previstos para promover a regularização da intermitência do fluxo descarregado pelo 
compressor, ou para operar como acumuladores pneumáticos, garantindo o suprimento do fluxo 
de ar comprimido, quando da parada do conjunto moto compressor, por corte não previsto da 
energia elétrica. Com a redução da velocidade do fluxo de ar comprimido, quando da entrada no 
interior do reservatório, a condição de condensação da umidade contida no gás em escoamento é 
acentuada. Assim os reservatório deverão ser equipados com purgadores automáticos montados 
no tampo inferior. 
A instalação e o projeto desses reservatórios devem estar em conformidade com as posturas 
normativas da norma regulamentadora NR 13, do Ministério do Trabalho. 
15 
Dimensional dos reservatórios de ar comprimido pré fabricados 
 
 
 
 
 
 
16 
Dimensionamento volumétrico de reservatórios de ar comprimido 
 
Pode ser feito por dois critérios, em função da vazão (Q) aspirada pelo compressor. 
 
Primeiro: sugerido para reservatórios destinados à regularização da intermitência do fluxo 
descarregado pelo compressor: Q 5 =V × , em m3 (equação 6 a) 
onde: Q - vazão aspirada em m3/min. 
 
Segundo mais usual, 3 Q V = , em m3 (equação 6 b) 
onde Q é a vazão aspirada em m3/h. 
 
Se o reservatório visar garantir o suprimento de ar sem o fluxo de abastecimento funcionando 
como um acumulador, o dimensionamento volumétrico será feito em função da autonomia 
desejada por ciclos de operação, como indicado. 
 
Dimensionamento volumétrico de acumuladores de ar comprimido 
 
Calcular o volume de um acumulador para atender às seguintes condições: 
 
temperatura: 20 °C 
consumo por ciclo: 5,41 Nm3 / ciclo 
pressão máxima operacional: 9,0 kgf / cm2g 
pressão mínima operacional: 7,0 kgf / cm2g 
número de ciclos requerido: 2 
Sequencia de cálculo 
 
arbitrar o volume geométrico do acumulador; 
calcular o volume normal correspondente à pressão máxima; 
deduzir o volume do primeiro ciclo; 
calcular a pressão residual e compará-la com a condição requerida. 
 
- Volume do reservatório arbitrado: 7,5 m3 
- Volume normal : =V 
20) + (273
7,5 1,03) + (9
 = 
20) + (273
 V1,03
 ⇒
××
 73,03 Nm3 
- Volume residual após o 1° ciclo: 73,03 - 5,41 = 67,62 Nm3. 
- Pressão residual após o 1° ciclo: ⇒
××
 
20) + (273
7,5 1P
 = 
20) + (273
67,62
 1,03 P1 = 9,28 kgf/cm2a 8,25 kgf/cm2g 
Este valor é maior que o mínimo operacional com o que se conclui ser o volume arbitrado 
suficiente para um ciclo. 
 
Repete-se a mesma seqüência para verificar o atendimento ao 2o ciclo. 
 
-Volume residual após 2° ciclo: 67,62 - 5,41 = 62,21 Nm3. 
 
- Pressão residual após 2° ciclo: ⇒×× 
20) + (273
7,5 P
 = 
20) + (273
62,21 1,03 2
 P2 = 8,54 kgf/cm2a 7,51 kgf/cm2g 
Esta pressão sendo maior que a mínima operacional, demonstra que o volume arbitrado atenderá 
aos dois ciclos. 
 
Notas: 1 - Para o dimensionamento estrutural do reservatório, ver página 195. 
 2 - Para o dimensionamento da válvula de segurança, ver página 161. 
17 
1.8 TRATAMENTO DE AR COMPRIMIDO 
 
A qualidade do ar comprimido é definida pela norma ISO 8573 nas classes: 1.1.1, 1.2.1, 1.4.1, 
1.7.1, 2.1.1, 2.2.1. A qualidade de cada classe e os componentes necessários estão indicados no 
esquema abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações para uso das classes 
 
1 - Recomendado para uso geral, proteção localizada de válvulas, cilindros, sopragem, pintura, 
ferramentas pneumáticas, automação e jateamento. 
 
2
- Recomendado para utilização nos setores automobilísticos, mecânicos, metalúrgicos, 
plásticos, têxteis, papéisl e celulose. 
 
3 - Recomendado para garantir a eliminação de odores e menor teor residual de óleo. É sugerido 
nas indústrias alimentícias, químicas e farmacêuticas. 
 
4 - Recomendado quando o ar comprimido entrar em contato com produtos higroscópicos: 
cimento, leite em pó, resinas, liofilizados e pastilhas efervescentes, devido ao risco de absorção 
do vapor de água ou quando o ar comprimido for submetido a baixas temperaturas devido ao 
risco de congelamento do vapor de água. 
 
5 - Recomendado quando houver necessidade de baixíssimo ponto de orvalho com retenção 
máxima de particulados, como na fabricação de fibras óticas, circuitos integrados, compact discs, 
semicondutores e na instrumentação. 
 
1) Classe ISO – 8573 1.7.1, Retenção 0,01 µ m 
Ponto de Orvalho 30 a 45oC – Residual de óleo 0,01 
mg/m3 
2) Classe ISO – 8573 1.4.1, Retenção 0,01 µ m 
Ponto de Orvalho 3 oC – Residual de óleo 0,01 
mg/m3 
3) Classe ISO – 8573 1.4.1, Retenção 0,01 µ m 
Ponto de Orvalho 3 oC – Residual de óleo 0,03 
mg/m3 
4) Classe ISO – 8573 2.2.1, Retenção 1,0 µ m 
Ponto de Orvalho -40oC – Residual de óleo 0,001 
mg/m3 
4) Classe ISO – 8573 2.1.1, Retenção 1,0 µ m 
Ponto de Orvalho -70oC – Residual de óleo 0,001 
mg/m3 
5) Classe ISO – 8573 1.2.1, Retenção 0,01 µ m 
Ponto de Orvalho -40oC – Residual de óleo 0,001 
mg/m3 
5) Classe ISO – 8573 1.1.1, Retenção 0,01 µ m 
Ponto de Orvalho -70oC – Residual de óleo 0,001 
mg/m3 
18 
1.9 FILTROS DE AR 
 
Os filtros convencionais trabalham com telas de nylon ou bronze sinterizado, semelhantes a uma 
peneira, sendo sucetíveis aos seguintes problemas: 
 
- rápida obstrução; 
- granulometria de 5, 10, 25, 50 e 100 mícrons; 
- impossibilidade de retenção de partículas menores que a malha; 
- ineficiente para eliminação de condensado e aerossóis de água e óleo. 
 
Os filtros coalescentes apresentam um proceso de filtragem utilizando elementos de microfibra de 
boro silicato de densidade graduada, dispostas aleatoriamente formando um labirinto, permitindo 
porém, a permanência de vazios, que tem a função de garantir baixa resistência ao fluxo e 
impedir a rápida obstrução do elemento. A palavra coalescente aplicada para filtragem de ar se 
refere a um processo em regime permanente de aerossóis de líquidos de dimensões 
submicrômicas e, que são aglomeradas em gotas maiores, através de colisão e aderência com a 
microfibra de boro silicato. Além destes filtros permitirem a retenção de partículas muito menores, 
da ordem de 0,01 mícron, pelo mesmo método conseguem reter condensado e aerossóis de água 
e óleo. 
 
Componentes do filtro coalescente 
 
Invólucro 
 
Em aço inoxidável com mostrador para verificação de saturação. 
Temperatura limite de 70oC e pressão classe 16. 
Conexões flangeadas ou roscadas, segundo a norma ANSI. 
 
Elemento filtrante 
 
- dois revestimentos em aço inoxidável à prova de choque mantêm o pré-
filtro e o meio filtrante em posição; 
- a cobertura de espuma elimina a possibilidade de passagem de líquidos 
para o ar filtrado; 
- os tampos das extremidades encontram-se firmemente fixos ao 
revestimento interno, por meio de resina epóxi; 
- cada tampo incorpora dois anéis “O ring”. 
 
Identificação dos componentes: 
 
1. camada externa do filtro; 
2. revestimento em aço inoxidável; 
3. primeira camada: pré-filtro; 
4. segunda camada: meio filtrante em rede de microfibras sem 
aglutinantes. 
 
Perda de carga em filtros coalescentes 
 
Retenção até 1,0 µm p erda de 0.14 bar. 
Retenção até 0,01µm p erda de 0.20 bar. 
Retenção até 0,001µm p erda de 0.30 bar. 
19 
Capacidade de filtragem 
 
Filtros para remoção de partículas de óleo, água e odores 
 
Capacidade a 7 
Kgf /cm2 Dimensões em mm 
Elemento 
Filtrante Carcaça 
tamanho Nm3 / h SCFM 
Conexões 
rosca BSP A B C D 
Peso 
Kg Tipo Qte
. 
0009 90 54 3/8” 275 Ø 70 180 150 1,5 03/10 1 
0012 120 72 ½” 335 Ø80 235 200 1,6 04/20 1 
0027 270 162 1” 415 Ø105 295 255 2,2 05/25 1 
0048 480 288 1 ½” 580 Ø150 405 345 5 07/30 1 
0072 720 432 2” 580 Ø150 405 345 6 10/30 1 
0108 1080 648 2” 1016 Ø200 901 450 28 15/30 1 
0144 1440 864 2 ½” 1016 Ø200 901 580 33 20/30 1 
0192 1920 1152 3” 1316 Ø200 1191 850 40 30/30 1 
0288 2880 1728 3” 1351 Ø260 1206 850 54 30/50 1 
 
 
Notas: 
- filtros tamanhos 0009 – 0072 carcaça em alumínio contendo purgador automático tipo bóia e 
manômetro diferencial; 
- filtros tamanhos 0108 – 0288 carcaça em aço carbono contendo purgador automático tipo 
termodinâmico e manômetro diferencial; 
- disponíveis para pressões até 16 bar e temperatura até 70ºC. 
 
 
Filtros esterilizantes 
 
 
Capacidade a 7 
kgf /cm2 Dimensões em mm 
Peso 
kg 
Elemento 
Filtrante Carcaça 
tamanho 
Nm3 / h SCFM 
Conexões 
rosca BSP 
A B C D Tipo Qte
. 
0009 90 54 3/8” 216 Ø 110 55 80 1,8 03/10 1 
0012 120 72 ½” 244 Ø180 55 110 2,2 04/20 1 
0027 270 162 1” 297 Ø125 74 135 3,0 05/25 1 
0048 480 288 1 ½” 370 Ø160 81 185 4,9 07/30 1 
0072 720 432 2” 452 Ø160 81 260 5,8 10/30 1 
0108 1080 648 2” 579 Ø170 81 390 6,7 15/30 1 
0144 1440 864 2 ½” 752 Ø200 110 515 18 20/30 1 
0192 1920 1152 3” 1005 Ø200 110 770 20 30/30 1 
0288 2880 1728 3” 1034 Ø240 125 770 21 30/50 1 
 
 
Notas: 
- carcaça: totalmente em aço inox; 
- disponível para pressões até 16 bar. 
 
 
 
20 
1.10 PROJETO 
Generalidades 
 
O projeto de um sistema de ar comprimido engloba duas áreas: a de produção e a de distribuição 
do ar. Em ambas, há de se definir os equipamentos componentes, a partir do que, será possível 
especificar os materiais aplicáveis, de forma que o usuário do ar comprimido possa ser 
plenamente atendido, de acordo com suas necessidades 
 
Na produção de ar comprimido consideram-se os equipamentos: 
 
- moto-compressores, reservatórios, filtros de admissão, secadores de ar e purgadores. 
 
Na distribuição do ar comprimido considera-se: 
 
- tubos, conexões, filtros, válvulas, mangueiras, lubrificadores / reguladores, cilindros, 
instrumentos, purgadores e painéis pneumáticos. 
 
Traçado de redes de distribuição 
 
Para um bom projeto de sistema de distribuição, o traçado das redes deverá obedecer o 
planejamento mostrado a seguir: 
 
- marcar em planta os pontos de utilização, indicando o consumo, pressão, temperatura, natureza 
do ar requerido e simultaneidade de operação; 
- escolher o local da casa de compressores que, na medida do possível, deverá ficar no centro 
geométrico dos consumos. Contudo, na maioria dos casos esta centralização não é viável por 
interferências diversas; 
- implantar a rede de distribuição. 
- marcar em planta as posições das válvulas de shut-off de linha, manômetros, lubrificadores e 
acessórios em geral; 
- prever declividade na linha de forma a permitir o escoamento do condensado; no caso de redes 
niveladas, prever dispositivos de drenagem que irão coletar o fluxo condensado. 
- implantar purgadores nos pontos baixos, e instalar dispositivos de drenagem nos trechos de 
transição de elevações e nos trechos horizontais, a cada 40 metros; 
- implantar a instrumentação de indicação e de controle de acordo com as necessidades 
processuais; 
- projetar a tomada de ar para o consumo pela parte superior da rede de alimentação; 
- verificar a necessidade ou não de se instalar junto ao ponto de consumo, filtros lubrificadores e 
reguladores de pressão; 
- verificar a necessidade de amortecedores de vibrações e conexões rotativas; 
- identificar as redes e cada componente em conformidade com o programa; 
- identificar os suportes e indicar os espaçamentos entre os suportes; 
- concentrar os bocais dos reservatórios de ar em setores angulares
para viabilizar a instalação 
de escada e bocas de visita. 
 
Simbologia 
 
Na elaboração do projeto há de se considerar uma simbologia que represente os componentes 
envolvidos na geração, distribuição, armazenagem e distribuição do ar comprimido, bem como 
equipamentos, válvulas direcionais, válvulas de bloqueio, válvulas de regulagem, cilindros e 
reservatórios. 
Essa simbologia para uso em fluxogramas está indicada a seguir. 
21 
 
 
22 
Fluxograma de engenharia 
Centrais de Geração 
 
 
 
Com secador frigorífico Com secador de adsorção 
23 
Fluxograma de engenharia 
 
Sistema usuário 
 
 
24 
Arranjo sugerido para Casa de Máquinas 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Isométrico geral referente ao fluxograma de engenharia do sistema usuário, página 23. 
 
 
 
26 
Spools de fabricação 
 
 
 
 
27 
Componentes das Redes de Distribuição 
 
 
 
Válvula Gaveta indicada para condições operacionais ON-OFF. Não tem restrição diametral. 
Permite uma passagem do fluxo totalmente livre. 
 
Válvula Esfera indicada em alternativa à válvula gaveta, porém limitada a 4”. 
 
Válvula Globo indicada para controle de vazão do fluido. 
 
Válvula de Retenção indicada para reter o refluxo do ar comprimido. 
 
Válvula de Segurança é um dispositivo de alívio de pressão caracterizado pela abertura total e 
imediata. 
 
Válvula de Alívio idêntica à de segurança, porém a abertura é proporcional à pressão. 
 
Válvula Direcional de Duas Vias: indicada para acionamento de cilindros pneumáticos. Possui duas 
posições, permitindo ou não a passagem de ar. 
 
Válvula Direcional de Três Vias: indicada para acionamento de cilindros pneumáticos. Possui uma 
entrada de ar, uma saída e um escape para a atmosfera. 
Estas válvulas direcionais para serem acionadas requerem um atuador mecânico, elétrico ou 
pneumático. 
 
Purgadores: previstos para drenagem do condensado formado. O condensado é admitido no 
corpo do purgador pela conexão de entrada e acumula no fundo forçando a bóia no sentido 
ascendente com o que ocorre a abertura de descarga. Uma vez descarregado o condensado, o 
purgador tende a ficar pressurizado bloqueando o fluxo do condensado. Para eliminar tal bloqueio 
é previsto uma conexão de equilíbrio que deve ser ligada à rede, ver página 10. 
 
Lubrificadores: previstos para ajustar a vazão de óleo lubrificante conforme requerido pelo 
equipamento a ser lubrificado, possibilitando ainda suspender momentaneamente o fluxo 
lubrificante para recarga de óleo, sem interrupção do fluxo de ar. 
 
Cilindros: podem ser de simples ação quando a força desenvolvida for apenas em uma direção. 
Quando esta for desenvolvida tanto no avanço como no retorno do cilindro este é dito de dupla 
ação. Podem ser de eixo simples ou passante com ou sem regulagem de curso e com ou sem 
tubo de parada, ver página 29. 
 
Filtros: previstos para processar a separação das impurezas pela ação de força centrífuga, 
partículas maiores e pela passagem do ar em um elemento filtrante. Podem ainda ser usados 
para remoção de óleo, vapores ou odores de hidrocarbonetos do ar comprimido, ver página 18. 
 
Mangueiras: podem ser de dois tipos: borracha sintética com reforço de trançado têxtil e 
cobertura de borracha sintética ou borracha sintética com trançado interno de fio têxtil, reforço 
com trançado de aço e cobertura têxtil impregnado com borracha sintética. Em ambos os casos 
os terminais das mangueiras poderão ser fixos ou giratórios, reusáveis ou não. 
 
Tubos e conexões: conforme especificação apresentada a seguir. 
28 
Especificação de materiais dos componentes das redes de ar comprimido 
 
FLUIDO: Ar Comprimido NORMA BÁSICA: ANSI B31.3 TEMPERATURA (ºC): 65 
CLASSE: 150 AQUECIMENTO: NÃO PRESSÃO (MPA): 1.05 CORROSÃO: 1.27mm ISOLAMENTO:NÃO 
DIÂMETRO NOMINAL - mm 
ITEM CARACTERÍSTICA 
15 a 50 65 a 250 300 a 600 650 a 1200 > 1200 
DIMENSIONAL NBR 5587 
ESPESSURA CLASSE R CLASSE N 
ACABAMENTO PRETO OU GALV. 
MATERIAL NBR 5590 GR A ou B 
EXTREMIDADES PLANA BISELADA 
 
 
TUBO 
FABRICAÇÃO COM COSTURA 
DIMENSIONAL NBR 6943 ABNT PB 157 
ESPESSURA CLASSE 10 IGUAL A DO TUBO 
ACABAMENTO PRETO 
MATERIAL NBR 6590 ASTM A 234 WPB NBR 5590 (1) 
CONEXÕES 
EXTREMIDADES ROSCA NBR 6414 BISELADA 
DIMENSIONAL ANSI B 16.5 (2) 
CLASSE CL 150 
TIPO/FACE SOBREPOSTO – COM RESSALTO 
FLANGE 
MATERIAL ASTM A 105 GR B 
CORPO NBR 6314 ASTM A 216 GR WCB 
INTERNOS AÇO INOX 
EXTREMIDADES ROSCA NBR 6414 FLANGE ANSI B 16.5 
GERAL 
CLASSE PN 16 CL 150 
CASTELO CPPU PARAFUSADO AO CORPO 
HASTE HARI HARE 
 
V 
 G 
A DIMENSIONAL NBR 8465 ABNT EB 141 / I 
TIPO DE CORPO TRIPARTIDO BIPARTIDO 
DIMENSIONAL NBR 10284 ABNT EB 141 / II 
V 
E 
S 
VEDAÇÃO PTFE 
DIMENSIONAL 
 
B 
L 
O 
Q 
U 
E 
I 
O V 
B 
L VEDAÇÃO 
- 
- 
 
CASTELO CPPU PARAFUSADO AO CORPO 
HASTE HARI HARE 
CO
N
TR
.
 
V 
 G 
L 
DIMENSIONAL NBR 8466 ABNT EB 141 / V 
TIPO PORTINHOLA 
DIMENSIONAL 
V 
Á 
L 
V 
U 
L 
A 
V 
R 
E 
TAMPA 
TIPO MÁQUINA ANSI B 18.2.1/2 SEXTAVADA SÉRIE PESADA 
MATERIAL ASTM A 307 GR B 
ROSCA ANSI B 1.1 
 
PARAFUSOS 
E 
PORCAS 
ACABAMENTO GALVANIZADO 
TIPO PRÉ CORTADA PARA FLANGE COM RESSALTO 
JUNTA 
MATERIAL PAPELÃO HIDRÁULICO NBR 5893 ESPESSURA: 1,6 mm 
NOTAS 1 - CONEXÕES GOMADAS FABRICADAS DE TUBO OU CHAPA SOLDADOS, VER PÁGINA 14.8. 
 2– FLANGES DN<65 SÃO USADOS SÓ EM CASOS ONDE A ROSCA NÃO É INDICADA; NESTE CASO USAR FLANGES DE 
 ENCAIXE. 
29 
1.11 PARÂMETROS DIMENSIONAIS 
Velocidades de escoamento nas tubulações: 
admissão 5 a 6 m/s 
distribuição principal 6 a 8 m/s 
distribuição secundária 8 a 10 m/s 
mangueiras 15 a 30 m/s 
Perda de carga entre o ponto de referência e o ponto mais afastado: 0,30 kgf/cm2. 
Vazamento máximo de 10% da vazão máxima simultânea. 
Declividade das linhas 0,5% a 1,0%. 
Referente ao consumo de ferramentas pneumáticas, segundo Atlas Copco com valores 
expressos em m3 / min referidos a 7,0 kgf / cm2 e 20°C. 
Tipo Consumo Mínimo Consumo Máximo 
soprador 0,65 1,95 
secador 0,30 0,60 
rebarbador 0,37 0,74 
bico de limpeza 0,50 0,50 
esmerilhadeira 0,50 0,50 
furadeira 0,30 0,40 
rosqueadeira 0,90 1,10 
rebitador 0,34 1,30 
chave de impacto 0,25 0,34 
pistola de pintura 0,50 1,55 
jato de areia 1,55 1,55 
Referente ao consumo de cilindros pneumáticos 
 
Diâmetro Consumo de ar em dm3 por ciclo Avanço e Retorno por milímetro de curso sob várias pressões em kgf/cm²
Cilindro haste 1.5 4.0 7.0 10.0 12.0 15.0 18.0 21.0 
1 ½” 5/8” 0,005 0,010 0,016 0,022 0,026 0,032 0,038 0,044 
2” 5/8” 0,009 0,019 0,030 0,041 0,049 0,060 0,071 0,082 
2 ½” 5/8'” 0,015 0,031 0,049 0,067 0,080 0,098 0,116 0,135 
1” 0,025 0,050 0,081 0,111 0,132 0,162 0,192 0,223 3 ¼” 1 3/8” 0,024 0,048 0,077 0,105 0,125 0,154 0,193 0,212 
1” 0,039 0,078 0,125 0,172 0,203 0,250 0,297 0.344 4” 1 3/8” 0,039 0,078 0,125 0,172 0,203 0,250 0,297 0.332 
1” 0,062 0,124 0,198 0,272 0,322 0,396 0,470 0.544 5” 1 3/8” 0,061 0,121 0,194 0,267 0,315 0,388 0,461 0,533 
1 3/8” 0,089 0.177 0,284 0,390 0,461 0.568 0,674 0.781 6” 1 ¾” 0,087 0,174 0,279 0,384 0,453 0,558 0,562 0,767 
1 3/8” 0,159 0,318 0,510 0,701 0,829 1,020 1,211 1,402 8” 1 ¾” 0,158 0,316 0,506 0,696 0,822 1,012 1,201 1,391 
1 ¾” 0,249 0,498 0,797 1,096 1,295 1,594 10” 2” 0,248 0,496 0,794 1,092 1,290 1,588 
2” 0,359 0,719 1,150 1,581 1,869 2,300 12” 2 ½” 0,359 0,719 1,150 1,581 1,869 2,300 
 
Referente à força exercida pelos cilindros pneumáticos 
 
kgf/cm² 1.4 2.8 4.2 5.6 7.0 8.4 9.8 11.2 12.6 14.0 15.4
16.8 18.2 19.6 21.0 Diâmetro 
Cilindro Psi 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 
1 ½” 16 
255 
32 48 64 80 96 112 128 144 160 176 192 208 224 240 
2” 28 56 84 112 140 166 196 224 252 280 308 336 364 392 420 
2 ½” 44 88 132 176 220 264 308 352 396 440 484 528 572 616 660 
3 ¼” 75 150 225 300 375 450 525 600 675 750 825 900 975 1050 1125 
4” 113 226 339 452 565 678 791 904 1017 1130 1243 1356 1469 1582 1695 
5” 179 358 537 716 895 1074 1253 1432 1611 1790 1969 2148 2327 2506 2685 
6” 255 510 765 1020 1275 1530 1785 2040 2295 2550 2805 3060 3315 3570 3825 
8” 454 1908 1362 1816 2270 2724 3178 3632 4086 4540 4994 5448 5902 6356 6810 
10” 709 1418 2127 2836 3545 4254 4963 5672 6381 7090 7799 8508 
12 
Força 
em kgf 
1021 2042 3063 4084 5105 6126 7147 8168 9189 10210 11231 12252 
30 
1.12 CIRCUITOS PNEUMÁTICOS 
 
Painéis Pneumáticos / Válvulas Direcionais 
 
Fluxograma Pneumático 
 
 
Cálculo da vazão de ar requerida para o acionamento de cilindros 
 
Exemplo numérico 
 
Determinar a vazão de ar comprimido em m3/h, para suprir o consumo de ar comprimido de um cilindro 
de 2 ½” com haste de 5/8”, necessária para promover um deslocamento de 10cm (5+5) em 30s. 
Considerar a pressão na entrada do cilindro equivalente a 4,0 bar. 
 
Solução: 
- consumo unitário, conforme tabela página anterior 0,031 dm3/mm 
- consumo total 0,031 x 100 = 3,1 litros 
- vazão 
100030
360013
×
×,
=0,372 m3/h a 4,0 bar. 
31 
Folha de dados para dilindros pneumáticos 
 
ITEM DESCRIÇÃO 
1 Cilindro pneumático: 8 Garfo ponteira fêmea 1 peça 
Fabricante de Referência : Parker Rosca 16unf: ø 3/4" 
Código de referência: 3520M0510-137-0450 Material: aço 
Local: Silo de Bolas SI-144A-9507 Código de referência: 3520-0020 
Serviço: Acionamento da comporta Fabricante: Parker 
Modelo: Informar Pino com anéis elástico p/ garfo: 1 peça 
Item: Informar Material: aço 
TAG: CP-144A-9507 Código de referência: 3520.3346 D
ES
CR
IÇ
ÃO
 
Quantidade: 1 peça 
AR
TI
CU
LA
ÇÃ
O
 
Fabricante: Parker 
2 Período de trabalho 24 h/dia ; 365 dias/ano 
Ciclo de trabalho: a cada 10 minutos 
Serviço (pesado; médio; leve): Pesado 
Ambiente (poeirento; úmido; corrosivo): Poeirento / Úmido 
Fluido ar comprimido filtrado e lubrificado 
Temperatura ambiente: 10 a 40 °C 
Temperatura de trabalho: -10 a 80 °C 
Altitude: 840 m 
Força desenvolvida (avanço/retorno): 445 / 427 kgf 
Pressão de serviço: 3,60 kgf/cm² 
Pressão de projeto: 10 kgf/cm² 
CO
ND
IÇ
AÕ
 
DE
 
O
PE
RA
ÇÃ
O
 
Curso: 450 mm 
3 Tipo de cilindro: Dupla ação 
Diâmetro do cilindro: 5” 
Extremidade da haste: Rosca externa ø3/4” 16-UNF-2 A 
Diâmetro da haste: 1” 
Curso máximo : 450 mm 
Tipo de fixação: Munhão central 
Conexões : ø1/2” NPT 
Materiais: camisa Alumínio / Latão 
 cabeçote Alumínio / Ferro fundido 
 haste Aço inox. 
 mancal da haste Bronze 
 êmbolo Alumínio / Ferro 
 guarnições Buna-N 
Proteção para a haste (sanfona): Sim 
Material da sanfona : Neoprene 
Código da sanfona: 1923-211X 
fabricante: Paker 
Ação: Ar para abrir e fechar 
Posição de Falha elétrica: Fechado 
CA
RA
TE
RI
ST
IC
AS
 
CO
NS
TR
UT
IV
AS
 
Posição de Falta de Ar: manter fechado 
4 Válvula direcionadora com Solenóide simples: Sim 
Tipo : 5 vias 
Alimentação elétrica: 120V – CA - ± 10%, 60Hz 
Conexão elétrica : 3/4” NPT. 
Invólucro ( IEC / 44 ) : IP65 
Conexão pneumática : 1/2” NPT. 
Pressão do ar de suprimento: 5,0 kgf/ cm² 
Filtro regulador e lubrificador de linha Sim 
Sensores magnético para indicação do posicionamento: Sim 
Placa de identificação: Sim 
Material da placa: Aço Inox 
AC
ES
SO
RI
O
S 
Caracteres: Em baixo relevo 
5 Espigões serrilhados roscado : ø 1/2" NPT 
quantidade 
Niples duplos roscado: 1/2" NPT 
Quantidade: 
Mangueira de borracha com uma trama de rayon: 10 kgf/cm² 
Quantidade: 
Braçadeira em Aço inox: rosca sem fim CO
NE
XÕ
ES
 
Quantidade: : 
Válvulas reguladoras de vazão - ref. 3250: corpo latão - C vedação em buna-N. 6 Quantidade : 
Silenciadores : tipo / material simples /alumínio 
Diâmetro: compatível com a válvula direcional 7 
Quantidade: 
 
Nota: outros fornecedores SMC, FESTO. 
32 
P pressão absoluta de projeto em kgf / cm2 
Pn pressão absoluta normal em kgf / cm2 
T temperatura de projeto em K 
Tn temperatura normal em K 
Q vazão de projeto em m3/min 
Qn vazão normal em Nm3/min 
 
Q vazão de projeto em m3 / h 
V velocidade em m / s 
d
 
diâmetro nominal em polegada 
di diâmetro interno em m 
a coeficiente em m 
 
V velocidade em m/s 
Q vazão de projeto em m3/h 
di diâmetro interno em m 
 
1.13 DIMENSIONAMENTO DE REDES 
 
Considerando a possibilidade da rede de distribuição operar com fluxos em condições de pressão 
e/ou temperatura distintos, há de se promover a correspondência destes parâmetros às 
condições normais para que seja viável a soma destes fluxos. 
1.13.1 Seqüência de Cálculo 
 
- determinar a vazão em Nm3 / min; 
- corrigir a vazão normal para as condições de projeto; 
- determinar a velocidade de escoamento, limitada a 20m/s; 
- calcular o diâmetro em polegadas; 
- verificar a velocidade em m/s; 
- calcular a perda em Kgf/cm2. 
 
Correção de vazão normal às condições do projeto P x Q / T= Pn x Qn / Tn, (equação 7) 
onde: 
 
 
 
 
 
 
Cálculo do diâmetro d= [(4 x Q) / (pi x v x 3600)]0,5 x (100 / 2,54), (equação 8) 
onde: 
 
 
 
Velocidade real de escoamento v= (4 x Q) / (3600 x pi x di2), (equação 9) 
onde: 
 
 
 
Cálculo do coeficiente ”a”= 0,000507 + (0,00001294 / di), (equação 10) 
onde: 
 
 
Correção do peso específico do gás, arρ = Nρ x P xTN / Z x PN x T (equação 11) 
 
onde - arρ peso específico do ar na temperatura e pressão do escoamento em kgf/ m3 
 - Nρ peso específico do ar nas condições normais em kgf / Nm3 . 
- P pressão de escoamento no trecho em kgf / cm2 
- PN pressão normal em kgf / cm2. 
- T temperatura de escoamento em K 
- Tn temperatura normal em K 
- Z fator de compressibilidade 
 
Cálculo da perda de carga ∆ P = (3,25 x a x Q2 x Lx arρ ) / (di5 x 36002), (equação 12) 
onde: Q vazão de projeto em m3/h 
L comprimento virtual do trecho em m, conforme tabela 1.13.2 
arρ peso específico do ar na pressão de escoamento em kg/m3 
di diâmetro interno em m 
∆ P perda de carga em kgf/m2 
 
33 
1.13.2 Comprimentos Equivalentes das Conexões 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: o comprimento virtual é obtido somando-se ao comprimento real do trecho o comprimento 
equivalente correspondente às conexões, válvulas e acessórios. 
 
34 
1.13.3 Cálculo de Diâmetros e Perda de Carga 
 
Considerando: 
 
 
vazão de ar : 210 Nm3 / h 
pressão no início do trecho: 7,0 kgf /cm2 
velocidade de escoamento: 8,0 m / s 
temperatura de escoamento: 20°C Ξ 293 K 
comprimento: 100 m, vide nota 1 
pressão barométrica 1,03 kgf/cm2 Ξ 760 mmHg 
temperatura normal 15oC Ξ 298 K 
peso específico do ar 1,243 kg/Nm3 
 
 
Nota 1: considerado o virtual correspondente à soma do real com os equivalentes das 
conexões. 
 2: condições normais: PN = 1,03 kgf / cm2, TN = 15oC 
 
Correção da vazão 
298 7,0) + (1,03
293 1,03 210
 : Q =
×
××
 27,3 m3/ h 
 
 
Cálculo do diâmetro nominal: 
2,54
100
3600 8 
27,3 4d =×
××
×
pi
: 
"1,3 
 
 
Como o valor nominal 1,3” não é comercial, adotar 1 1/2” e recalcular a velocidade em função do 
novo diâmetro interno, neste caso 0,0381 m, considerando a parede do tubo Sch 80. 
 
Cálculo da velocidade real de escoamento 
0,0381 3600
27,3 4
 :V =
××
×
2pi
 6,69 m / s 
 
Correção do peso específico do ar para a pressão e temperatura do escoamento, considerando o 
fator de compressibilidade “Z” = 1. 
 
arρ = 1,243 x ( 7+1,03) x(273+15) / 1 x 1,03 x (273 + 20) = 9,39 kg / m3 
 
Cálculo do coeficiente “a”. 
 
 
0,0381
0,00001294
 + 0,000507a = : . m 0,0008464 
 
Cálculo da perda de carga no trecho 
 
2
m / kgf : 1867 = 2360050,0381
9,39 100 227,3 0,0008464 3,25
p
×
××××
∆ ou 0,1867kgf / cm2 
 
Cálculo da pressão no final do trecho: 7,00 – 0,1867 = 6,81 kgf / cm2. 
 
 
 
 
CAPÍTULO II 
 
 
BOMBEAMENTO DE FLUIDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Central de Bombeamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
2.1 CONCEITUAÇÃO INTRODUTÓRIA 
 
 
Os sistemas de bombeamento industrial requerem: 
- área destinada à “casa de máquinas” para abrigar os conjuntos moto bombas, além dos 
quadros de comando, controle elétrico e monoviga de manutenção. 
- tanque de acumulação do fluido a ser bombeado, projetado de modo que a lâmina do fluido fique 
estável. 
- controles de nível para quatro condições operacionais: muito alto, alto, baixo e muito baixo. 
 
Bombas Escorvadas e Bombas não Escorvadas 
 
O sistema de bombeamento é projetado com duas redes: a de sucção que interliga o tanque de 
acumulação do fluido com a conexão de entrada na bomba, e a de recalque que conecta a 
descarga da bomba ao usuário do fluido bombeado. 
Existem dois níveis referenciais: o primeiro da lâmina do fluido, o segundo do eixo da bomba. 
Considerando o nível igual a zero, a bomba estará escorvada (afogada) sempre que o o nível do 
fluido estiver acima do eixo da bomba; será não escorvada em caso contrário. 
 
Referenciais para projeto 
 
Nos casos em que a bomba for instalada na condição de “não escorvada”, a tubulação de sucção 
deverá ser projetada com caimento no sentido da bomba para o tanque, a fim de evitar a 
formação de bolhas. Deverá também dispor de uma tubulação derivada da rede de recalque e 
equipada com válvula de bloqueio manual, para escorva da bomba quando necessário. 
Se for necessário para as condições operacionais do bombeamento mais de um conjunto moto 
bomba, cada um deles deverá ser projetado com redes de sucção independente. 
Cada rede de sucção, por sua vez, deverá conter no ponto de tomada do fluido, um conjunto de 
válvulas de pé com crivo, e na conexão de entrada da bomba, uma redução excêntrica e um 
amortecedor de vibração. 
 
Considerações técnicas 
 
Referentes às tubulações de sucção: 
 
- evitar pontos altos para não favorecer o acúmulo de bolhas; 
- ter a menor perda de carga possível (usar diâmetro maior que o do bocal de sucção); 
- utilizar filtros e quando houver sucção dupla, os ramais devem ser exatamente simétricos; 
- observar para que o peso da tubulação não atue sobre a bomba; 
- instalar vacuômetros. 
 
Referentes às tubulações de recalque: 
 
- Instalar juntas de expansão. 
- instalar manômetros antes das válvulas de bloqueio; 
- observar para que o peso da tubulação não atue sobre a bomba. 
 
Referentes aos sistemas de bombeamento de fluidos aquecidos: 
 
- projetar dispositivos de aquecimento para o conjunto moto bomba em standy-by quando a 
operação ocorrer em temperatura maior que 100oC. 
 
 38 
2.2 CASA DE BOMBAS 
Arranjo sugerido para casa de bombas não escorvadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
Arranjo sugerido para casa de bombas escorvadas 
 
 
 
 
 40 
2.3 FLUXOGRAMA - SISTEMA USUÁRIO 
 
 
 
 41 
2.4 TIPOS DE BOMBA 
 
As bombas podem ser classificadas em volumétricas ou em turbo bombas: 
 
As bombas volumétricas também chamadas de deslocamento positivo: quando o deslocamento 
do fluido ocorrer na mesma velocidade, direção e sentido do elemento propulsor. 
As turbo bombas também chamadas de hidrodinâmicas: quando o deslocamento do fluido é 
decorrente da ação centrifuga imposta pelo giro deste elemento propulsor. 
 
Como exemplos construtivos destas bombas, podemos citar: 
 
- bombas volumétricas: - de diafragma alternativa pneumática 
- de engrenagem rotativa 
- de parafuso ou fuso rotativa 
- de rolo rotativa 
- peristáltica rotativa 
- turbo bombas: - centrífuga rotativa 
- axial rotativa 
 
Se desejarmos um quadro comparativo que sugira a aplicabilidade de um ou outro tipo, podermos 
considerar o que se segue: 
 
Tipo 
Turbo Bombas Bombas Volumétricas 
 
 
 
Parâmetro 
Centrifuga Axial Rotativa Alternativa 
Altura de 
sucção 
em metros 
4,50 4,50 6,50 6,50 
Fluidos 
bombeados 
limpos ou 
abrasivos 
limpos ou 
abrasivos 
viscosos 
e não abrasivos 
limpos 
e puros 
Pressão 
de recalque baixa a alta baixa a alta média 
conforme pressão 
 do ar comprimido 
Vazão de 
recalque alta muito alta média pequena 
Se a pressão 
demandada 
aumentar, a vazão 
decrescerá decrescerá não se altera não se altera 
Se a pressão 
demandada 
aumentar, 
a potência 
decrescerá decrescerá crescerá crescerá 
 
Bombas Volumétricas de Diafragma 
 
O funcionamento deste tipo de bomba é pneumático baseado na ação conjunta de quatro 
elementos: um par de diafragmas, um eixo que os une, uma válvula direcional para o fluxo de ar 
e quatro válvulas de esfera. 
O movimento alternativo dos diafragmas gera a sucção e o recalque do fluido, através das 
válvulas esferas 
 
 
 42 
Bombas Volumétricas de Engrenagem, de Rolo, de Fuso e Peristáltica 
 
 
Bomba de engrenagem – figura 2 Bomba de rolo – figura 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bomba de fuso – figura 4 Bomba peristáltica – figura 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Válvulas requeridas na montagem de bombas volumétricas: 
 
- válvula de alívio na tubulação de recalque; 
- válvulas de bloqueio nas tubulções de sucção e de recalque. 
Aplicação: transferência de fluidos com 
até 22.000 centipoases óleos 
lubrificantes, combustíveis e vegetais, 
adesivos. Aditivos, polióis, solventes, 
melaço e glicose. 
Aplicação: transferência de fermentos, 
leveduras, cremes, xampus, detergentes, 
xaropes, mel, massa de carne, iogurtes, 
requeijão. 
Aplicação: lubrificação de motores de turbinas a 
gás e vapor, de redutores de velocidade, de 
grandes bombas centrífugas. 
Carga e descarga de óleos lubrificantes, óleos 
combustíveis, petróleo, produtos químicos em 
refinarias; 
Alimentação de queimadores, selagem, 
circuitos hidráulicos. 
Aplicação: transferências de lodos, polpas 
ou borras: dosagem de aditivos viscosos, 
com sólidos ou com tendência a liberar 
gases. 
 
 43 
Turbo Bombas 
 
Bomba centrífuga – figura 6 
 
 
 
 
 
Bombas centrifugas “On Line” – figura 7 
 
 
 Horizontal Vertical 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bomba axial – figura 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Válvulas requeridas na montagem de turbo bombas: 
 
- válvula de bloqueio nas tubulações de sucção e de recalque; 
- válvula de retenção nas tubulações de sucção. 
 
 44 
2.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE BOMBAS DE POLPA 
 
As bombas de lama / polpa, 
conforme figura ao lado 
deverão ser especificadas com 
revestimento em borracha para 
o manuseio de fluidos com alta 
concentração de sólidos finos 
em suspensão
ou mistura 
abrasivo-corrosiva. 
No caso de manuseio de fluidos 
com alta concentração de 
sólidos abrasivos, a bomba 
deverá ser fabricada com liga 
de metal duro com dureza 
especificada, conforme a 
característica dos fluidos. 
 
Conjunto motor redutor e bomba de polpa acoplados figura 9 
 
Dados para especificação 
 
1. vazão /altura manométrica; 
2. caracterização da polpa; 
3. concentração do sólido em suspensão em volume ou em peso; 
4. temperatura máxima do bombeamento; 
5. peso específico da polpa/lama; 
6. peso específico do fluido diluidor, caso não seja água; 
7. dimensão máxima do particulado sólido; 
8. distribuição das partículas de acordo com escala Mesh; 
9. dureza de partícula; 
10. ph da polpa; 
11. viscosidade da polpa; 
12. altura estática de sucção e de elevação; 
13. NPSH disponível. 
 
Recomendações para utilização de “bombas revestidas” 
 
Operando com fluidos com sólidos finos em suspensão e ph na faixa ≥ 4,5 ≤ 5,5. 
Rotação máxima 1900 rpm, se o revestimento for com borracha. 
Rotação máxima 2250 rpm, se o revestimento for com neoprene. 
 
Operando com fluidos abrasivos e ph na faixa ≥ 4,5 ≤ 5,5. 
Rotação máxima 1900 rpm⇒ abrasivo com mesh ≤ 60. 
Rotação máxima 1650 rpm⇒ abrasivo com mesh ≤ 20. 
Rotação máxima 1480 rpm⇒ abrasivo com mesh ≤ 8. 
 
Recomendações para utilização de “bombas em metal duro” 
 
Operando com fluidos com sólidos finos em suspensão e ph na faixa ≥ 4,5 ≤ 5,5. 
Rotação máxima 2250 rpm. 
 
Operando com fluidos abrasivos e ph na faixa ≥ 4,5 ≤ 5,5 
Rotação máxima 2250 rpm ⇒ fluido pouco abrasivo com concentração em peso < 10%. 
Rotação máxima 1900 rpm ⇒ fluido abrasivo com concentração em peso >10% ≤40%. 
Rotação máxima 1480 rpm ⇒ fluido muito abrasivo com concentração em peso > 40%. 
 
 45 
2.6 FOLHA DE DADOS 
Para turbo bombas centrífugas e axiais 
 
1 
 Identificação (TAG) : Quantidade : 13 Motor elétrico 
2 
 Fabricante : Fabricante:. Tipo/modelo : 
3 
 Tipo/Modelo : Potência.(HP): Rotação (rpm): 
4 
 Aplicação : Circuito Volts/ciclos/fases: Carcaça.: 
5 
 Serviço : Local : Fator de Serviço : Forma construtiva.: 
6 
 Peso motor (kgf): Bomba (kgf): 
A
ci
o
n
ad
o
r 
 Proteção IP : Prova de explosão 
7 
 Desenho nº.: 14 Curva proposta 
8 
 Normas aplicáveis : Rotação (rpm) : NPSH req.(mca) 
9 
 Líquido : PH Rendimento (%) nominal Corrigido : 
 Temperatura de bombeamento - TB (°C) B.H.P. Hidráulico : Proj.: 
 Vapor à TB : Rotação vista do lado do acoplamento: Horário. Anti-Horário. 
 Pressão (kgf/cm2) Sucção: Descarga: Vazão mínima (m3/h): 
 Diferencial: Local da instalação Interna Externa 
 Vazão à TB (m3/h) Normal: Projeto: Diâm. do rotor (mm): min.: proj.: max. 
 Altura. Manométrica . (mca): Max. rotor de projeto: Serviço : Contínuo Intermitente 
 NPSH disponível (mca): 
Pe
rfo
rm
an
ce
 
 BHP: máximo com rotor de projeto: 
 Viscosidade à TB (cp) : Peso especif.ico (kg/m3) : 15 Carcaça/Tampa: 
Co
n
di
çã
o
 
de
 
O
pe
ra
çã
o
 
 Corrosão/erosão por : Partículas susp (ppm): Rotor: 
10 
 Montagem: Horizontal Vertical Centerline Inline Eixo: Bucha do eixo 
 Bipartida : Radialmente Axialmente Anéis de desgaste: 
 Voluta : Simples Dupla Junta da carcaça: 
 Dreno : Sim Não Diâmetro (mm): Mancais: inferior e intermediário. : 
 Conexão sucção : Rosca Flange Diâm. (mm): 
M
at
er
ia
is
 
 Base bomba/motor: 
 Conexão recalque : Rosca Flange Diâm. (mm): 16 Profundidade do poço/tanque (m) : 
 Flanges : FF RF Roscas : NPT BSP Submergência mínima requer. (m) : 
 Rotor : Aberto Vortex Fechado Colunas : Flangeadas Roscadas 
 Montagem do rotor : Ponta do eixo Entre rolamento Fechada lubrificação óleo Aberta 
 Tipo de rolamento : Radial Axial Fechada lubrificação água 
 Lubrificação. dos mancais : óleo graxa Diâmetro (mm) coluna : Eixo da coluna : 
 Direto Polias (correias) Cabeçote tipo : 
 Acoplamento Marca: Modelo: Placa de fundação : Sim Não 
Co
n
st
ru
çã
o
 
 Protetor : Sim Não Empuxo (kg) : Para cima : Para baixo : 
11 
 Caixa da gaxeta D.I.(mm): D.E.(mm): Comp.(mm): Mancal de escora na bomba Sim Não 
 Tipo: Tipo : 
 Gaxeta Fabricante: Ajuste (m) : 
 Tamanho / nº de anéis: Coluna/eixo : 
 Tipo / código: Mancal : Bomba : Coluna : 
 Selo mecânico Fabricante: Tanque : 
 Modelo: Código API: 
B
o
m
ba
s 
 
 
 
A
x
ia
is
 
M
at
er
ia
is
 
 Cabeçote : Ralo : 
 Sede tipo: 17 Bomba 
 Lubrificação : Liquido próprio Fonte externa Hidrostático Sim Não Testemunhado 
Ve
da
çã
o
 
do
 
ei
x
o
 
/ e
n
ga
x
et
am
en
to
 
 Lubrificação conforme API - 610 - Plano Nº Performance Sim Não Testemunhado 
12 
 Refrigeração / Aquecimento Desmontagem (após teste) Sim Não 
 água (m3/h) 
 φ entrada φ saída NPSH requerido Sim Não Testemunhado 
 Carcaça Motor Elétrico: 
 Tampa traseira . 
 
 Caixa dos mancais 
Te
st
es
 
 
Notas: 
 
 
 46 
Para bombas volumétricas peristálticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AFOGADA NÃO AFOGADA 
 
 
 
1) Comprimento da linha de sucção: ______ m. comprimento da linha de descarga:_______m 
 
2) Diâmetro da linha de sucção:_________mm. diâmetro da linha de descarga___________mm 
 
3) Acessórios nas linhas de sucção e descarga : 
 
3.1) Curva 90º sucção (_) descarga (_) curva 45º sucção (_) descarga (_) 
 
3.2) Tee sucção (_) descarga (_) 
 
3.3) Filtros sucção (_) descarga (_) 
 
3.4) Válvulas sucção (_) tipos: _________________________________________ 
 
3.5) Válvulas descarga (_) tipos:_________________________________________ 
 
4) Fluido: _____________densidade:_____________Kg/m3 viscosidade:__________Cp 
 
4.1) Características do fluido:  abrasivo  corrosivo  pastoso / gelatinoso 
 
4.2) Temperatura do fluido:___ºC 
 
4.2) Temperatura ambiente: __ºC  sólidos ___ %. tamanho máximo dos sólidos:_____mm 
 
5) Vazão:  fixa = _______ l/h  variável máxima = _______l/h mínima = _____________l/h 
 
6) Operação:  contínua  intermitente 
 
7) Utilização:  para transferência  para dosagem 
 
8) Acionamento:  motoredutor  monofásico  trifásico 
 
9) Acionamento:  com inversor ( faixa de variação 1 : 4 )  sem inversor de freqüência 
 
10) Tensão:  110 v  220 v  380 v  440 v 
 
11) Freqüência :  50 Hz  60 Hz 
 
12) Motor  a prova de explosão  proteção IP 
 
 47 
2.7 PROCEDIMENTOS PARA PARTIDA E PARADA DE CONJUNTOS MOTO BOMBAS 
Partida 
 
- Verificar se a bomba está escorvada. 
- Fechar o registro de recalque (no caso da bomba ser do tipo centrífuga) até que a rotação 
nominal seja alcançada. Ao abri-lo, faça-o lenta e gradualmente. 
- Verificar a intensidade do gotejamento do fluido pelo “preme-gaxeta”, quando aplicável. 
- Proceder a leitura do manômetro, do vacuômetro, do amperímetro, e do voltímetro, verificando 
os parâmetros de conformidade, nos termos da norma API – 10. 
 
Parada 
 
- Fechar lenta e gradualmente o registro de recalque, no caso de bomba centrífuga. 
 
2.8 PROBLEMAS OPERACIONAIS 
 
Na operação de um sistema de bombeamento, problemas com a não obtenção dos valores 
previstos de pressão e vazão, perda do fluxo recalcado e até mesmo queima do motor elétrico 
podem ocorrer. Considere o quadro seguinte com citações de causas que podem provocar estes
defeitos. 
 
defeito: perda pressão de recalque 
causas 
entrada de ar na sucção ou no corpo da bomba; 
entupimento do rotor ou da válvula de pé; 
travamento das válvulas de pé na rede de sucção, de bloqueio ou de retenção na 
rede de recalque; 
rotação inferior à nominal; 
sentido da rotação do motor invertida; 
altura de sucção e/ou altura manométrica não conforme com a nominal. 
defeito: alteração na vazão recalcada 
causas 
entrada de ar na sucção ou no corpo da bomba; 
entupimento parcial do rotor ou da válvula de pé; 
rotação inferior à nominal; 
alteração da altura manométrica em relação à nominal. 
defeito: pressão do recalque não atingida 
causas 
rotor desgastado / ou com diâmetro inferior ao nominal; 
rotação inferior à nominal. 
defeito: motor superaquece ou queima 
causas 
relé térmico de proteção mal regulado ou com defeito; 
sob tensão provocado por falta de fase; 
altura manométrica inferior à nominal; 
defeito mecânico principalmente empeno do eixo. 
nota: caso as condições de vazão / pressão não sejam constantes aconselha-se a 
utilização de motores com fator de serviço. 
 
 48 
2.9 CURVAS CARACTERÍSTICAS À ROTAÇÃO CONSTANTE 
 
Estas curvas representam as condições operacionais das bombas em pares de eixos cartesianos. 
A mais importante é a curva H x Q (pressão x vazão) obtida a partir do lançamento no eixo das 
ordenadas os valores das vazões e no eixo das abscissas os valores das pressões. As demais 
curvas são as de potência x vazão e as de rendimento x vazão. 
Curva H x Q das bombas volumétricas e turbo bombas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curva do Sistema de Bombeamento 
 
No entanto para se ter condições de 
interpretação da condição operacional da turbo 
bomba segundo o plano H x Q, é 
indispensável lançar no mesmo plano 
H x Q a Curva do Sistema de bombeamento, 
que é uma função parabólica definida pela 
equação de Bernoulli. 
 
A curva do sistema, será traçada aplicando-se 
a expressão ∆H = Kr x Q2, onde 
Kr: constante da rede; 
∆H: perda de carga na rede; 
Q: vazão circulada. 
 
Supondo Q1 = 150m3/h e ∆H1 = 60 mca, teremos K = 60 ÷1502 = 2,66 x 10-3. 
Para 100 m3/h, teremos: ∆H = 2,66 x 10-3 x 1002 = 26,6m 
Para 200 m3/h, teremos: ∆H = 2,66 x 10-3 x 2002 = 106,4m, 
logo a curva do sistema, contemplando os três pares, será a indicada acima. 
 
Lançando as duas curvas em um mesmo par de eixos H x Q ter-se-á na interseção das duas o 
Ponto de Trabalho da bomba, conforme indicado abaixo. 
 
 
 
turbo bombas 
 
Neste caso a 
função matemática 
geradora da curva 
é a Equação de 
Euler, que resulta 
na forma seguinte: 
volumétricas 
 
Como a vazão 
teoricamente 
independe da 
pressão, a curva 
se resume numa 
reta paralela ao 
eixo das pressões: 
 
 49 
Curvas características de uma bomba centrifuga - 3500 rpm 
 
Notas: 
 
Dados válidos para massa específica de 1 kg/ dm3 e viscosidade cinemática até 20 mm2/s. 
Tolerância de performance conforme ISO 9906. 
Os parâmetros vazão, pressão e potência são características para uma determinada 
rotação do motor (n). Caso esta rotação passe a um outro valor (n1), estes parâmetros irão 
variar segundo as equações de Rateaux, conforme indicado. 
 
correção da vazão Q / Q1 = n / n1 
 
correção da altura manométrica H/ H1 = n2 / n12 
 
correção da potência P / P1 = n3 / n13 
 
 50 
2.10 CURVAS DE TORQUE PARA TURBO BOMBAS 
 
O torque MR de uma turbo bomba é determinado em função da potência e da rotação, pela 
expressão: 
 
MR = (5250 x HP ÷ rpm) x 0,141, em Kgf x m (equação 13) 
 
Para se obter a curva de torque a partir do instante “0” até a rotação nominal, há de se considerar 
a Constante do Conjunto Moto Bomba (Ki), que relaciona a variação da rotação da bomba com a 
variação do torque. Esta constante é obtida pela expressão: 
 
Ki = (450 x g x HR x Q) ÷ (I x MR x rpm2), (equação 14) 
onde: 
 
g aceleração da gravidade em m/s2 
HR altura total de recalque em mca 
Q vazão em m3 / h 
I momento de inércia das partes girantes em kgf / m2 
MR torque em kgf / m 
rpm número de rotações por minuto 
 
 
Obtida esta constante na condição do torque máximo, os valores 
de torques intermediários serão definidos em função da rotação, 
fazendo: 
MR = (450 x g x HR x Q) ÷ (I x Ki x rpm2). 
 
Desta forma, no par de eixos Torque x Rotação será traçada 
a curva como indicado ao lado. 
 
 
 
 
2.11 POTÊNCIA REQUERIDA PARA TURBO BOMBAS - BHP 
 
É calculada aplicando a expressão N = ( ρ x Q x Hman) ÷ ( η x 74,6), em HP (equação 15) 
onde: 
 
N potência em Hp 
ρ peso específico do fluído em Kg / m3 
Q vazão em m3/s 
Hman altura manométrica em mca 
η rendimento 
2.12 CORRENTE NOMINAL DO MOTOR (In) 
É calculada pela expressão In = (N x 746)÷(V x 3 x cos φ x η), em A (equação 16) 
 
Exemplo: considerando uma bomba acionada por um motor elétrico de indução trifásico de 20 Hp, 
220V, 60Hz, cos φ= 0,80, código F, calcular a corrente nominal In, assumindo o rendimento do 
motor de 96%. 
Substituindo vem: 
 
In = (20 x 746) ÷ (220 x 3 x 0,80 x 0,96) = 50,9 A. 
 
 51 
LETRA-CÓDIGO KVA /cv (com rotor 
bloqueado 
A 0,00 a 3,14 
B 3,15 a 3,54 
C 3,55 a 3,99 
D 4,00 a 4,49 
E 4,50 a 4,99 
F 5,00 a 5,99 
G 5,60 a 6,29 
H ,30 a 7,09 
J 7,10 a 7,99 
K 8,00 a 8,99 
L 9,00 a 9,99 
M 10,00 a 11,19 
N 11,20 a 12,49 
P 12,50 a 13,99 
R 14,00 e maiores 
2.13 CORRENTE DE PARTIDA DO MOTOR (Ip) 
É obtida pela expressão: 
Ip = [(kVA/cv) x N x 1000]÷ (V x 3 ), em A (equação 17) 
 
Para este cálculo deverá ser considerada a letra-código do 
motor, conforme tabela ao lado, o respectivo valor numérico 
do kVA /cv. 
Substituindo, vem: 
Ip = (5 x 20 x 1000) ÷ ( 220 x 3 ) = 262,4 A 
 
Nota: nesse exemplo o valor 5 do kVA /Cv foi escolhido na 
faixa de 5 a 5,99 correspondente à letra-código F. 
 
2.14 SELEÇAO DE BOMBAS 
Bombas peristálticas 
 
1 - Vazão necessária, em l / s 
2 - Pressão de descarga, em bar. 
3 - Potência do motor, em KW 
4 -Temperatura do produto, em oC 
5 - Limites para operação contínua 
6 - Rotação máxima recomendada 
 
 
 
Bombas centrífugas 
 
1 – Escolher a rotação 3500 ou 1750 rpm 
2 – Selecionar a vazão 
3 – Selecionar a Hman 
4 – Determinar a interseção das coordenadas 
5 – Ler o modelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
2.15 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS 
Em paralelo 
 
Em instalações de bombeamento 
promove-se a associação em 
paralelo de duas ou mais bombas, 
para se obter um incremento de 
vazão, correspondente à 
somatória das vazões das 
bombas associadas. Para se 
traçar a curva correspondente à 
associação de duas ou mais 
bombas em paralelo, basta 
marcar o valor do somatório das 
vazões das bombas para cada 
altura. As duas bombas funcionando em paralelo, reproduzirão o ponto P2, interseção da curva 
característica das bombas com a curva característica do sistema, fornecendo a altura 
manométrica total H2 e vazão Q2. A bomba isolada trabalhará com a altura manométrica H1 e 
vazão Q1. Como Q1> Q2 e H1<H2, conclui-se que na seleção de bombas para operação em 
paralelo, deve-se tomar cuidado quando do funcionamento de uma só bomba, pois neste caso a 
potência consumida e o NPSH requerido serão maiores. 
 
Em série 
 
Esta associação é indicada para atender alturas manométricas 
elevadas. Para se obter a curva característica resultante de duas 
bombas em série, basta somar as alturas manométricas, 
correspondentes aos mesmos valores de vazão, em cada bomba. 
Quando da associação em série torna-se necessário verificar se o 
flange de sucção da segunda bomba é capaz de suportar a pressão 
de descarga da primeira, e, se a carcaça da
segunda suporta a 
pressão total da descarga. 
 
 
Manobra de válvulas requerida para associação de bombas 
 
Em paralelo: 
 
Válvulas Posição 
 
3, 4, 9, 10 fechada 
1,2, 5,6,7,8,11,12,13 aberta 
14 regulada para o ∆P 
 
Em série - bomba B2 com bomba B1: 
2, 3, 10, 11 fechada 
1,4,5,6,7,8,9,12,13,14 aberta 
 
Em série - bomba B1 com bomba B2: 
1 ,4, 9,12 fechada 
2, 3,5,6,7,8,10,11,13,14 aberta 
Recalque 
 
 53 
2.16 GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao se projetar o sistema de 
bombeamento há de se 
considerar grandezas de 
características geométricas 
identificadas pela letra “h” e 
as dinâmicas pela letra “H”. 
Conforme mostrado na figura 
10 ao lado. 
 
 Figura 10 – Grandezas Características 
Grandezas estáticas 
 
Altura Geométrica de Aspiração, ha é a diferença entre o nível do eixo da bomba e o nível da 
superfície livre fluido no tanque de acumulação. Este valor deve ser comparado com o da Altura 
Estática Máxima de Aspiração, AMS, suportado pelo conjunto moto bomba. 
 
Altura Geométrica de Recalque, hr é a diferença entre o nível onde o fluido é liberado pela rede 
de recalque, e o nível do eixo da bomba. Aqui também convém sugerir que esta rede de recalque 
em sua extremidade de transbordo, fique sempre “protegida” pelo fluido recalcado. Com isto fica 
assegurada a não entrada de ar nesta tubulação. 
 
Altura Geométrica de Elevação, he é a diferença de cotas entre o nível do fluido no tanque de 
acumulação e o nível em que o fluido é descarregado, he = ha + hr. 
Grandezas dinâmicas 
 
Altura Total de Aspiração, Ha é a diferença da pressão atmosférica local e a pressão na sucção 
da bomba Ha = ha + (v2 ÷ 2g) + Ja. 
 
Altura Total de Recalque, Hr é a diferença entre a pressão na saída da bomba e a atmosférica
 Hr = hr + Jr. 
 
Altura Manométrica, Hman é a soma das alturas totais de aspiração e recalque. 
 Hman = Ha + Hr = he + Ja + Jr +(v2 ÷ 2g). 
 
Nestas equações: 
ha altura estática de aspiração em m 
Ja perda de carga no trecho de aspiração em mca 
V2÷2g energia cinética cedida ao fluido em mca 
V velocidade do fluido em m/s 
g aceleração da gravidade em m2/s 
hr altura estática de recalque em m 
Jr perda de carga no trecho de recalque em mca 
he altura estática de elevação em m 
 
 54 
2.17 CAVITAÇÃO 
 
A cavitação é um fenômeno hidráulico que ocorre quando a pressão absoluta do fluido no rotor da 
bomba atinge um valor que coincide com a pressão de vapor do líquido na temperatura, iniciando 
o processo de vaporização do mesmo. É importante conhecer a diferença entre o valor da 
pressão de estagnação e da pressão de vapor do líquido na temperatura em que o mesmo estiver 
sendo bombeado. Esse parâmetro que representa a disponibilidade energética com a qual o fluido 
chega ao rotor, chama-se Net Positive Suction Head, NPSH. 
 
A energia hidráulica característica do arranjo construtivo da sucção é designada por NPSH 
disponível. Aquela com a qual o fluido é admitido no rotor da bomba é designada por NPSH 
requerido. Para não ocorrer cavitação o NPSH disponível deve ser maior que o NPSH requerido
 
 
Cálculo do NPSHd, NPSHr, AMS 
 
Exemplo numérico, considerando: 
 
vazão Q 0,04 m3 / s 
altura manométrica Hman 20 mca 
temperatura do fluido T 60 ºC 
pressão de vapor a 60 ºC hv 0,2031 kgf / cm2 
peso especifico do fluido ρ 983 kgf / m3 
rotação da bomba n 1150 rpm 
perda de carga na sucção ∆Ρ 1,30 mca (assumido) 
velocidade de escoamento v 1,50 m / s (recomendado) 
pressão atmosférica local Pb 0,980 kgf / cm2 
altura estática de aspiração ha 0,70 mca (referente ao nível máximo) 
aceleração da gravidade g 9,81 m/s2 
montagem da bomba não escorvada 
tipo da bomba centrífuga 
fator de cavitação φ 0,0011 para bombas centrífugas 
 φ 0,0013 para bombas helicoidais 
 φ 0,0014 para bombas axiais 
 
Conversões 0,2031 kgf / cm2 x 10.000 / 983 kgf / m3 = 2,06 mca 
 0,980 kgf / cm2 x 10.000 / 983 kgf / m3 = 9,97 mca 
 
Cálculo do NPSH disponível, em função do arranjo construtivo local 
 
NPSHd: Pb – [ha + ∆P + hv + (v2 / 2g)] (equação 18) 
Aplicando, vem: NPSHd = 9,97– [0,7 + 1,30 + 2,06 + (1,52 / 2 x 9,81)] = 5,78 mca 
 
Cálculo do NPSH requerido, em função da bomba selecionada 
NPSHr = φ x ( n x Q ÷ 4 3H ) 4/3 x H (equação 19) 
Aplicando, vem: NPSHr = 0,0011 x (1150 x 040, ÷ 4 320 )4/3 x 20 = 1,55 mca 
 
Cálculo da altura máxima da sucção, AMS 
 
AMS = Pb – [∆P + hv + (v2 ÷2g) + NPSHr] (equação 20) 
Aplicando, vem: AMS = 9,97-[1,30 + 2,06+(1,52/2x9,81)+1,55]=4,95 mca 
 
Nota: conforme as condições do fluxo de make-up, o nível da superfície livre do fluido pode variar 
em relação à linha de centro da bomba. 
Nesse contexto definem-se os níveis: “muito alto”, “alto”, “baixo” e “muito baixo”. 
 
 
 55 
2.18 COMPONENTES DA REDE 
 
Todo sistema de bombeamento, conforme visto na figura 11 abaixo, contempla uma rede de 
sucção e outra de recalque do fluido, com os seguintes componentes principais: 
 
TUBOS 
 
 
 
Figura 11 – Sistema de Bombeamento 
 
As especificações dos materiais dos tubos, das conexões e das válvulas estão indicadas a seguir. 
 
CONEXÕES curvas 
 têes 
 reduções 
 niples 
 flanges 
 luvas 
 
VÁLVULAS 
 
ACESSÓRIOS 
 
 
 56 
Especificação de materiais dos componentes das redes de água 
FLUIDO: ÁGUA NORMA BÁSICA: ANSI B31.3 
TEMPERATURA(ºC): 65 CLASSE: 150 AQUECIMENTO: NÃO 
PRESSÃO (MPA): 1.05 CORROSÃO:1.27mm ISOLAMENTO: NÃO 
DIÂMETRO NOMINAL - mm 
ITEM CARACTERÍSTICA 
15 a 50 65 a 250 300 a 600 650 a 1200 > 1200 
DIMENSIONAL NBR 5587 AWWA C 201 
ESPESSURA CLASSE R CLASSE N 9.5 mm (1) 
ACABAMENTO PRETO OU GALV. PRETO 
MATERIAL NBR 5590 GR A ou B ASTM A 134 
EXTREMIDADES ROSCA NBR 6414 BISELADA 
 
 
TUBO 
FABRICAÇÃO COM COSTURA 
DIMENSIONAL NBR 6943 ABNT PB 157 AWWA C 208 
ESPESSURA CLASSE 10 IGUAL A DO TUBO 
ACABAMENTO GALVANIZADO PRETO 
MATERIAL NBR 6590 ASTM A 234 WPB NBR 5590 (2) ASTM A 134 (2) 
CONEXÕES 
EXTREMIDADES ROSCA NBR 6414 BISELADA 
DIMENSIONAL ANSI B 16.5 (3) AWWA C 207 
CLASSE CL 150 CLASSE D FLANGE 
MATERIAL ASTM A 105 GR II ASTM A 283 GR C 
CORPO NBR 6314 ASTM A 216 GR WCB 
INTERNOS AÇO INOX 
EXTREMIDADES ROSCA NBR 6414 FLANGE ANSI B 16.5 FLANGE AWWA C 207 
GERAL 
CLASSE PN 16 CL 150 CLASSE D 
CASTELO CPPU PARAFUSADO AO CORPO - 
HASTE HARI HARE - 
 
V 
G 
A DIMENSIONAL NBR 8465 ABNT EB 141 / I - 
TIPO DE CORPO TRIPARTIDO BIPARTIDO - 
DIMENSIONAL NBR 10284 ABNT EB 141 / II - 
V 
E 
S 
VEDAÇÃO PTFE - 
DIMENSIONAL - AWWA C 504 CORPO CURTO 
 
B 
L 
O 
Q 
U 
E 
I 
O V 
B 
O VEDAÇÃO - BUNA N 
CASTELO CPPU PARAFUSADO AO CORPO 
HASTE HARI HARE 
CO
NT
RO
LE
 
V 
G 
L 
DIMENSIONAL NBR 8466 ABNT EB 141 / V 
TIPO PORTINHOLA DUPLA PORTINHOLA (4) 
DIMENSIONAL ABNT EB 141 / IV 
V 
Á 
L 
V 
U 
L 
A 
R
ET
EN
ÇÃ
O
 V 
R 
E 
TAMPA PARAFUSADA 
TIPO MÁQUINA ANSI B 18.2.1/2 SEXTAVADA SÉRIE PESADA 
MATERIAL ASTM A 307 GR B 
ROSCA ANSI B 1.1 
 
PARAFUSOS 
E 
PORCAS 
ACABAMENTO GALVANIZADO 
TIPO PRÉ CORTADA PARA FLANGE COM RESSALTO 
MATERIAL PAPELÃO HIDRÁULICO NBR 5893 JUNTA 
ESPESSURA 1,6 mm 
NOTAS: 1) CALCULADA CONFORME ANSI B 31.3. - 2) CONEXÕES GOMADAS FABRICADAS DE TUBO OU CHAPA SOLDADOS. - 
3) FLANGES DN<65 SÃO USADOS SÓ EM CASOS ONDE A ROSCA NÃO É INDICADA; NESTE CASO USAR FLANGE C/ ENCAIXE. 
– 4) TIPO WAFER (SEM FLANGES). 5) HARI – HASTE ASCENDENTE ROSCA INTERNA, HARE – HASTE ASCENDENTE ROSCA 
EXTERNA. 
 
 
 57 
2.19 DIMENSIONAMENTO - PERDA DE CARGA 
Seqüencial
sugerida para o cálculo: 
- arbitrar velocidade na faixa de 0,5 a 3,00 m / s 
- calcular o diâmetro nominal 
- escolher o diâmetro nominal comercial 
- especificar o número de Schedule 
- verificar a espessura da parede 
- recalcular a velocidade de escoamento, em função do diâmetro interno escolhido 
- definir viscosidade cinemática do líquido na temperatura 
- calcular Reynolds 
- definir rugosidade relativa 
- calcular fator de fricção 
- definir comprimento equivalente 
- calcular perda de carga 
 
Diâmetro aplicar a expressão d [(4 x Q) / (pi x v x 3600)]0,5 x (100 / 2,54), (equação 8) 
onde: 
Q vazão de projeto em m3/h 
v velocidade em m/s 
d diâmetro nominal em polegada 
Velocidade real de escoamento aplicar a expressão v= (4 x Q) / (3600 x pi x di2), (equação 9) 
onde: 
v velcidade em m/s 
Q vazão de projeto em m3/h 
di diâmetro interno em m 
Espessura da parede aplicar a expressão t = (P x de) / 2 x [( Sh x E) + (P x Y)]+C, (equação 21) 
onde: 
de diâmetro externo em cm 
Sh tensão admissível do material em kgf/cm2 
P pressão interna de projeto em kgf/cm2 
C sobre espessura de corrosão em cm 
E eficiência de solda ver nota 
Y coeficiente de redução ver nota 
 
Nota: - a equação 21 não deve ser aplicada quando: P / Sh > 0,385 e t > de / 6. 
 - para os valores de E e Y ver página 179. 
 
Número de Reynolds aplicar a expressão Re = v x d i / ν , (equação 22) 
onde: ν = viscosidade cinemática em m2/s. 
Fator de fricção (f) 1 / f =-2 log[(Eq / di x 3,7) +(2,51 / Re x f )] (equação 23) 
onde: Eq: rugosidade equivalente em mm 
Perda de carga aplicar a expressão =∆P (f x L x v2 x ρ ) / (di x 2 x g), (equação 24) 
onde: 
f: fator de fricção 
L: comprimento virtual em m 
d i : diâmetro interno em m 
v: velocidade em m / s 
g: aceleração gravidade em m / s2 
ρ : peso específico em kg / m3 
 
O comprimento virtual L equivale à soma do comprimento real com o equivalente das conexões 
indicado na tabela página 59. Se o diâmetro ultrapassar 14”, a perda de carga nas conexões será 
obtida pelo fator “K”, indicado na página 59, 
aplicando-se a expressão: K x v2 x ρ ÷ 2g (equação 88), ver página 269.
 
 58 
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PERDAS DE CARGA 
 
Rugosidade relativa “E”: o valor é obtido dividindo-se a rugosidade equivalente “Eq” abaixo 
indicada, pelo diâmetro interno “di” do tubo. Supondo um tubo de ferro fundido de 10” (254 mm) 
de diâmetro interno começando a oxidar, Eq = 1,00mm, a rugosidade relativa será 1/254 = 0,004. 
 
material rugosidade equivalente “Eq” (mm) 
aço, revestimento asfalto quente 0,3 a 0,9 
aço, revestimento esmalte centrifugado 0,01 a 0,06 
aço enferrujado ligeiramente 0,15 a 0,30 
aço muito enferrujado 0,9 a 2,4 
aço comercial 0,06 
cobre 0,007 
ferro galvanizado novo 0,15 
ferro fundido revestido com asfalto 0,12 a 0,20 
ferro fundido com crostas 1,0 a 3,0 
tubo plástico 0,006 
 
Fator de fricção ”f”: obtido pelo diagrama de Moody abaixo, procedendo como indicado. 
 
- selecionar o número de Reynolds e o grau de rugosidade; 
- seguir a curva de rugosidade relativa até encontrar a reta que passa pelo número de Reynolds 
selecionado; 
- ler a partir deste ponto, seguindo a horizontal o valor de “f”. 
 
 
 59 
Comprimentos equivalentes em metros de tubulação / coeficientes K 
 
Diâmetro 
Curva 90º 
Raio longo 
Flangeado 
Curva 90º 
Raio médio 
Flangeado 
Curva 90º 
Raio curto 
Flangeado 
Curva 45º 
Flangeado 
Curva 
90º 
R/D=1½ 
Soldada 
Curva 90º 
R/D=1 
Soldada 
Curva 
45º 
Soldada 
Te 
passagem 
direta 
Soldado 
Te saída 
de lado 
Soldado 
Te saída 
bilateral 
Soldado 
mm Pol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 1/2 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 1,0 1,0 
19 3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,4 1,4 1,4 
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,5 1,7 1,7 
32 1 1/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,7 2,3 2,3 
38 1 1/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,9 2,8 2,8 
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 1,1 3,5 3,5 
63 2 1/2 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 1,3 4,3 4,3 
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,6 5,2 5,2 
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 2,1 6,7 6,7 
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,7 8,4 8,4 
150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 3,4 10,0 10,0 
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 4,3 13,0 13,0 
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 5,5 16,0 16,0 
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,6 2,2 6,1 19,0 19,0 
350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 7,3 22,0 22,0 
Válvula de Retenção 
Diâmetro 
Entrada 
normal 
Entrada de 
borda 
Saída da 
canalização 
Válvula 
gaveta 
aberto 
Válvula 
globo aberta 
Válvula angular 
aberto 
Válvula de 
pé e crivo 
leve Pesado 
mm pol 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 1/2 0,2 0,4 0,4 0,1 4,9 2,6 3,6 1,1 1,6 
19 3/4 0,2 0,5 0,5 0,1 6,7 3,6 5,6 1,6 2,4 
25 1 0,3 0,7 0,7 0,2 8,2 4,6 7,3 2,1 3,2 
32 1 1/4 0,4 0,9 0,9 0,2 11,3 5,6 10,0 2,7 4,0 
38 1 1/2 0,5 1,0 1,0 0,3 13,4 6,7 11,6 3,2 4,5 
50 2 0,7 1,5 1,5 0,4 17,4 8,5 14,0 4,2 6,4 
63 2 1/2 0,9 1,9 1,9 0,4 21,0 10,0 14,0 5,2 8,1 
75 3 1,1 2,2 2,2 0,5 26,0 13,0 20,0 6,3 9,7 
100 4 1,6 3,2 3,2 0,7 34,0 17,0 23,0 8,4 12,9 
125 5 2,0 4,0 4,0 0,9 43,0 21,0 30,0 10,4 16,1 
150 6 2,5 5,0 5,0 1,1 51,0 26,0 39,0 12,5 19,3 
200 8 3,5 6,0 6,0 1,4 67,0 34,0 52,0 16,0 25,0 
250 10 4,5 7,5 7,5 1,7 85,0 43,0 65,0 20,0 32,0 
300 12 5,5 9,0 9,0 2,1 102,0 51,0 78,0 24,0 38,0 
350 14 6,2 11,0 11,0 2,4 120,0 60,0 90,0 28,0 45,0 
 
Componentes Valores de K Componentes Valores de K 
 
curva de raio longo de 90º 0,25 a 0,40 redução gradual 0,15 
curva de raio curto de 90º 0,90 a 1,5 válvula gaveta aberta 0,20 
curva de 45o 0,20 válvula globo aberta 10.00 
cotovelo de 45o 0,40 válvula angular aberta 5,00 
curva de 22o 30’ 0,10 junção 45o 0,40 
crivo de sucção 0,75 te, passagem 0,60 
alargamento (bocal) 0,30, ver nota te, saída lateral 1,30 
válvula de retenção 2,50 te, saída bilateral 1,80 
válvula de pé 1,75 
 
Nota: a velocidade deve ser refernte à menor seção. 
 
 60 
2.20 CÁLCULOS DIMENSIONAIS 
 
Exemplo numérico 
Considerando, 
 
vazão 1320 m3 / h 
velocidade 2,0 m / s 
tensão admissível 1125 kgf / cm2 
pressão requerida 20 kgf / cm2, com FS=1,5 
fator de segurança 1,50 
temperatura do fluido 20oC 
viscosidade cinemática 1,007 x 10-6 m2 / s 
peso especifico do fluido 1000 kg / m3 
comprimento linear 50 m 
singularidades 01 válvula gaveta / 02 Tees 
rendimento da bomba 92% 
rugosidade equivalente 0,2 mm 
rotação 1750 rpm 
sobre espessura decorrosão 2,00mm 
Solução: 
Diâmetro nominal : 19
2,54
100
36002
4x1320
====××××
××××××××pi
” . adotado 18” (d i= 43,81, de = 45,70cm) 
Velocidade real de escoamento: 3600)0,43811320/(4 2 ××× pi = 2,43 m / s 
Espessura de parede: 20 x 1,5 x 45,70 / 2 x (1125 x 1 + 20 x 1,5 x 0,4) =0,8 cm → 8,00mm 
Número de Reynolds: 2,43 x 0,438 / 1,007 x 10-6 =1,057 x 10 6 
Rugosidade Relativa: Eq÷ di = 0,30 ÷ 438,1 =0,00068 
Fator de fricção: por Colebrook =0,02 
Perda de carga no tubo: 0,02 x ( 50,00÷0,438) x [2,432÷(2 x9,81)]x103 =687 kgf/m2 → 0,687mca 
Perda de carga na válvula: [0,2 x 2,432 / (2 x 9,81)]x103 =60 kgf/m2→ 0,06 mca 
Perda de carga no tee [ 0,6 x 2,432 / (2 x 9,81 )] x 2 x 103 =361 kgf/m2→ 0,36 mca 
Hman: 200 + 0,687 + 0,06 + 0,36 =201,107 mca 
Potência: 1000 x 1320 x 201,107 ÷ (0,92 x 3600 x 74,6 ) =1073 Hp 
Torque: (5250 x 1073 ÷ 1750) x 0,47 x 0,30 =453,87 Kgf x m 
 
2.21 INSPEÇÕES DE RECEBIMENTO DE MOTO-BOMBAS CENTRÍFUGAS 
A aceitação das bombas passa pela conformidade dos parâmetros conforme Norma API 10. 
Os valores das tolerâncias indicados são aplicáveis aos parâmetros do “Ponto de Trabalho” da 
bomba, sem cavitação. Demais características conforme Folha de
Dados indicados nas páginas 
45/46. 
 
- pressão de descarga + 2% 
- pressão de sucção + 3% 
- vazão + 2% 
- rotação + 3% 
- potência requerida + 1% 
- altura manométrica no ponto de trabalho: + 10% 
- altura manométrica fora do ponto de trabalho se < 150 mca + 5% 
- altura manométrica fora do ponto de trabalho se > 150 mca + 3% 
Calcular: 
 
diâmetro 
velocidade real 
espessura da parede 
número de Reynolds 
fator de fricção 
perdas de carga 
altura manométrica 
potência requerida 
torque 
 
 61 
2.22 GOLPE DE ARIETE 
 
Golpe de Ariete em tubulações de recalque é a variação de pressão ocorrida na tubulação 
quando as condições do escoamento são alteradas em virtude de uma atuação rápida na válvula 
de bloqueio ou por interrupção da corrente elétrica de alimentação do motor da bomba. 
Na hipótese de falha elétrica, esta variação de pressão ocorre em duas etapas; 
 
1a etapa: nos primeiros instantes após a interrupção da energia elétrica, a única energia que 
permite manter o rotor girando por algum tempo é a energia cinética dos elementos girantes do 
conjunto moto-bomba. Esta energia é pequena quando comparada à necessária para manter o 
fluxo bombeado sob a altura manométrica prevista para o recalque, de modo que a rotação do 
rotor decresce rapidamente. Esta redução diminui a vazão do fluxo bombeado que continua 
escoando com velocidade decrescente até que as forças de inércia das partes girantes sejam 
equilibradas com as do fluido na tubulação. Neste momento ocorrerá uma redução de pressão no 
interior da tubulação, maior junto à bomba e propagando-se ao longo da rede no sentido da saída 
do fluxo. É a fase do chamado golpe de ariete negativo. Cada componente da tubulação irá se 
contrair sucessivamente por uma diminuição elástica do diâmetro, enquanto a onda de depressão 
se propagar até o reservatório com uma velocidade “C” em m/s, denominada celeridade da onda. 
 
Se a distância entre a bomba e o reservatório é “L” em metros, o tempo que a onda levará para 
chegar ao reservatório, será L / C. Neste momento a tubulação em toda extensão, estará 
submetida a uma depressão, e o fluxo, imobilizado, velocidade nula. 
 
2a etapa: devido à elasticidade, a tubulação readquire o diâmetro primitivo em elementos 
sucessivos a partir do reservatório. A água retornará à bomba ao longo da tubulação e, ao fim de 
um novo tempo L / C, isto é no tempo total 2 x L / C a contar do início do fenômeno, a onda de 
pressão chegará à bomba. A massa do fluido encontrando a válvula de retenção fechada, 
provocará uma compressão do líquido dando origem a uma onda de sobrepressão, que é o golpe 
de ariete positivo. 
 
Se a válvula de retenção fechar no momento preciso, a sobrepressão junto à válvula poderá 
atingir valores de até 90% da altura estática de elevação. 
Caso contrário não deterá a coluna líquida em retorno e até a válvula se fechar, terá passado pela 
bomba um fluxo cuja velocidade poderá atingir valores elevados. Quando ocorrer o fechamento 
da válvula a sobrepressão poderá alcançar valores bem superiores ao acima mencionado. 
 
Os efeitos do golpe de ariete são oscilatórios, até que toda a energia do golpe seja absorvida 
pelas forças elásticas do tubo e componentes. 
 
Parâmetros Principais de Análise 
 
Celeridade 
 
É a velocidade de propagação da onda de sobrepressão ou subpressão. 
É definida pela equação de Allievi: C= 9900 / [48,3+(Kr x de / t)0,5], (equação 25) 
onde: 
 
Kr coeficiente de rigidez do tubo para o aço Kr =0,5 
C celeridade em m/s 
de diâmetro externo do tubo em mm 
t espessura da tubulação em mm 
 
 62 
Período da Linha - tempo crítico da tubulação 
 
É o tempo gasto pela onda, para fazer o percurso de ida e volta, de uma extremidade a outra da 
rede, com a celeridade C, sendo definido pela equação: 
 
T= 2 x L / C, (equação 26) 
onde: 
T período de linha em s 
L comprimento da rede em m 
C celeridade ou velocidade da onda em m/s 
Constante da Linha 
É o numero de “Períodos de Linha” que ocorre desde o instante do desligamento da energia, até 
o instante que a vazão se anular, sendo definido pela equação: 
 
a’= C x v / (2 x g x Hman), (equação 27) 
onde: 
a’ constante de linha 
C celeridade ou velocidade da onda em m/s 
v velocidade de escoamento em m/s 
Hman altura manométrica em mca 
g aceleração da gravidade em m/s2 
 
Tempo de parada do conjunto moto-bomba 
 
É o intervalo de tempo gasto pelo conjunto moto-bomba para atingir a rotação zero, a partir do 
momento de desligamento da energia, sendo definido pela equação : 
 
Tp = I x rpm2 / 67500 x N, (equação 28) 
onde: 
Tp tempo de parada da bomba em s 
I momento de inércia das partes girantes em kg x m2 
N potência no instante To em hp 
rpm número de rotações em min. 
2.23 CÁLCULO DO GOLPE DE ARIETE 
 
Este estudo contempla a avaliação numérica dos valores da sobrepressão e subpressão, aos 
quais a rede será submetida quando do desligamento do conjunto moto bomba. 
Para estes cálculos o fluido líquido será considerado homogêneo e elástico, as parede do tubo 
homogêneas elásticas e isotrópicas, a velocidade e a pressão de escoamento uniformemente 
distribuídas ao longo de qualquer secção transversal da tubulação. 
 
O valor da sobrepressão “h” admitido equivalente ao da subpressão será suposto constante ao 
longo do trecho de comprimento L= C x T / 2 a partir da bomba, decrescendo a zero junto à 
descarga no reservatório. Para o cálculo de “h” é necessário conhecer a relação entre o tempo de 
fechamento da válvula de retenção “t” e o período da linha “T”. 
 
A sobrepressão será calculada como a seguir. 
No caso de t < T, pela expressão: h= C x v / g. (equação 29a) 
No caso de t > T, pela expressão: h= 2 x L x v / g x t (equação 29b) 
Para ambos os casos a subpressão será calculada pela expressão: 
hmin = h-he (equação 30) 
onde he é a altura estática de elevação 
 
Exemplo numérico 
 
 63 
Considerando: 
 
material do tubo aço ASTM A 36 
comprimento da linha de recalque L = 950 m 
diâmetro externo do tubo d = 590 mm 
espessura do tubo e = 4,76 mm 
seção de escoamento S = 0,2742 m2 
pressão máxima na rede Pmax=120mca 
momento de inércia da bomba I = 2,84 kg x m2 
momento de inércia do motor da bomba I = 6,66 kg x m2 
momento de inércia do conjunto moto bomba I = 9,50 kg x m2 
altura manométrica da bomba Hman = 100 mca 
potência do motor N = 250 Hp 
velocidade de escoamento v = 2 m / s 
altura estática de elevação he = 80 m 
número de rotações rpm = 1750 
aceleração da gravidade g = 9,81 m/s2 
pressão barométrica local Pb = 10 mca, 
calcular: 
 
celeridade, período de linha, tempo de parada do conjunto moto bomba, sobrepressão e 
subpressão. 
 
Solução: 
celeridade da onda C: 9900 /
764
59050348
,
,
,
×
+ = 942,80 m/s 
período de linha T: 2 x 950 / 942,8= 2,0 s 
 
tempo de parada do conjunto moto-bomba Tp: ( 9,5 x 17502 ) ÷ 67500 x 250= 1,72 s 
 
 
No caso de: t = 1,00 s ⇒⇒⇒⇒ 1 < 1,72 ∴∴∴∴ h = C x v / g. 
 
Logo a sobrepressão será: 942,8 x 2,0 / 9,81= 192,21 m 
sendo he=80m, a subpressão será: (h – he): 192,21 – 80= 112,21 m 
 
No caso de: t = 3,0s ⇒⇒⇒⇒ 3,00 > 1,72∴∴∴∴h = 2 x L x v / g x t. 
 
Logo a sobrepressão será: 2 x 950 x 2 / 9,81 x 3= 129,12 m 
sendo he = 80m, a subpressão será: (h – he): 129,12 – 80= 49,12 m 
 
2.24 RECURSOS PARA REDUZIR OS EFEITOS DO GOLPE DE ARIETE 
 
A subpressão que ocorre na fase inicial do golpe de ariete pode provocar o esmagamento do 
tubo, se este não possuir espessura suficiente. 
Uma regra prática
indica que o esmagamento não se produzirá em tubo de aço se a espessura, 
expressa em mm, for igual ou superior a 8 vezes o diâmetro do tubo expresso em metros. 
Assim, para um tubo de 1,20m de diâmetro, a espessura mínima deverá ser de 9,6 mm ≅ 3/8” 
sem considerar a margem para atender aos efeitos da corrosão. 
 
Não é possível suprimir totalmente os efeitos do golpe de ariete; para reduzi-los a limites 
aceitáveis, sugere-se: 
 
 
 64 
- usar velocidade de escoamento reduzida e consequentemente aumentar o diâmetro; 
- adaptar volantes de grande inércia que reduzem o efeito da subpressão; 
- empregar válvulas de alívio anti-golpe de ariete que deverão limitar a sobrepressão; 
- empregar válvulas de retenção especiais com by-pass. Essas válvulas podem ser fechadas 
manual ou automaticamente, depois que a válvula de retenção houver fechado e o by-pass 
desempenhado sua função; 
- empregar válvulas de retenção com mola; por exemplo, ESCO, modelo PM. A mola é calculada 
para cada caso específico e produz o fechamento da válvula no instante da velocidade nula, 
eliminando os efeitos da reversão do escoamento. São usadas em diâmetros de 75mm a 
600mm. 
- utilizar reservatórios de ar comprimido denominados tanques de alimentação unidirecionais 
“TAU” para proteção contra a sobre e a subpressâo, instalando-os conforme figura 12 abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Montagem do Tanque de Alimentação Unidirecional 
 
2.25 DIMENSIONAMENTO DO TAU 
 
O volume geométrico do TAU é determinado a partir da expressão desenvolvida por M. Vibert, 
V0 = (v2 / 2 x g x H0) x [L x S / (H0 /Hmin) - 1 - log (Ho / Hmin)] em m3 (equação 31) 
onde: 
H0: altura manométrica da bomba + pressão atmosférica local em mca 
L: comprimento da rede em m 
S: área da seção de escoamento do tubo em m2 
Hmin: subpressão em mca 
 
Aplicando para os valores citados no item 2.24, teremos: 
 
V0: (22 / 2 x 9,81 x 100) x [950 x 0,2742 / (100 / 49) - 1 - log (100 / 49)]= 0,714 m3 
 
Como V0 x H0= Vmax x Hmin, teremos Vmax=0,714 x 100 / 49 = 1,45m3. Adotando como volume 
geométrico para o TAU o valor 3 x 0,714 = 2,142m3, observa-se que quando o volume de ar 
atingir o máximo de 1,45m3, ainda haverá um residual de água de 2,142 – 1,45 = 692 litros, 
definindo a conformidade do dimensionamento. 
 
Nota: como foi analisada a compressão do ar, ao valor de Hman 70 mca foi acrescido o valor de 
10mca correspondente à pressão atmosférica local. 
 
 65 
2.26 BOMBEAMENTO EM TERRENOS ACIDENTADOS 
 
Considerando a figura 13 abaixo, vê-se que se trata de um sistema de bombeamento com um 
ponto alto “M” seguido de um declive e de um aclive até o ponto de descarga do fluxo no 
reservatório. 
 
 
 
Figura 13 – Bombeamento em Terrenos Acidentads 
 
Neste caso segundo André Dupont (Hydraulique Urbaine – volume 1) podem ocorrer pressões 
negativas ocasionando ruptura da coluna bombeada, se h’ – (he – h) > 8 metros. 
Este fenômeno poderá também ser analisado com base na Constante de Linha. Se esta 
constante for menor que a unidade, o risco de quebra da coluna é pequeno. Caso contrário, se for 
maior que a unidade, o risco de quebra é elevado. 
Verificação da Quebra de Coluna 
 
Exemplo numérico, considerando os parâmetros: 
 
velocidade de escoamento - v 2,0 m/s 
altura estática de elevação - he 450 m 
celeridade - c 942,8 m/s 
altura de elevação analisada - h´ 260 m 
altura manométrica - Hman 500 m 
aceleração da gravidade - g 9,81 m/s2 
 
Nota: considerar o valor h´, conforme figura apresentada. 
 
Verificar a possibilidade da ruptura da coluna de bombeamento. 
 
Aplicando André Dupont: h’ – (he – h), sendo h = C x v / g 
 
260 – [450 – (942,8 x 2 / 9,81)]= 2,21 < 8 ok, risco pequeno. 
 
Aplicando a Constante de Linha a’
Hmang
VC
××
×
=
2
 
a’ = (942,8 x 2,0) ÷ (2 x 9,81 x 500)= 0,192 < 1 ok , risco pequeno. 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Queimador de Caldeira Flamo-Tubular 
CALDEIRAS 
 
DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ventilador de Caldeira Flamo-Tubular 
 
 
 
 
 69 
3.1 INTRODUÇÃO 
 
A instalação, a segurança e a manutenção de caldeiras é regulamentada no Brasil pela NR 13 do 
Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com esta Norma Regulamentadora os seguintes 
procedimentos deverão ser considerados: 
 
Relativo às disposições gerais 
 
Toda caldeira deve possuir no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte documentação, 
devidamente atualizada. 
 
- Prontuário da Caldeira, contendo as seguintes informações: código de projeto e ano de edição; 
especificação dos materiais; procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final 
e determinação da PMTA, pressão máxima de trabalho admissível, conjunto de desenhos e 
demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da caldeira; características 
funcionais; dados dos dispositivos de segurança; ano de fabricação; categoria da caldeira. 
- Registro de Segurança, em conformidade com o subitem 13.1.7. 
- Projeto de Instalação, em conformidade com o item 13.2. 
- Projetos de Alteração ou Reparo”, em conformidade com os subitens 13.4.2 e 13.4.3. 
- Relatórios de Inspeção, em conformidade com os subitens 13.5.11, 13.5.12 e 13.5.13. 
 
Relativo à instalação de caldeiras 
 
A autoria do “Projeto de Instalação” de caldeiras a vapor, no que concerne ao atendimento desta 
NR, é de responsabilidade de “Profissional Habilitado”, conforme citado no subitem 13.1.2, e deve 
obedecer os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas 
Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis. 
Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a “Área de Caldeiras” deverá atender aos 
seguintes requisitos: 
 
- estar afastada no mínimo três metros de outras instalações do estabelecimento, do limite de 
propriedade de terceiros e do limite das vias públicas e de depósitos de combustíveis, 
excetuando-se reservatórios para partida com até 2.000 litros de capacidade; 
- dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em 
direções opostas; 
- ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da 
combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes; 
- ter sistema de iluminação de emergência no caso de funcionamento no período noturno. 
 
Quando a caldeira for instalada em ambiente confinado, a “Casa de Caldeiras” deverá atender 
aos seguintes requisitos: 
 
- constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma 
parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes 
afastadas de, no mínimo três metros de outras instalações, do limite de propriedade de 
terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se 
reservatórios para partida com até 2.000 litros de capacidade; 
- dispor de pelo menos, duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em 
direções opostas; 
- dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas. 
 
Relativo à segurança 
 
Toda caldeira deve possuir “Manual de Operação” atualizado, em língua portuguesa em local de 
fácil acesso aos operadores contendo no mínimo: procedimentos de partidas e paradas, 
procedimentos e parâmetros operacionais de rotina, procedimentos para situações de emergência 
e procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente. 
 
os valores da TBS máxima e mínima. 
 
 70 
 
 
 
 
 71 
 
3.2 REQUISITOS OPERACIONAIS 
 
Toda
caldeira deve possuir “Manual de Operação” atualizado, contendo os procedimentos para 
situação de emergência e parâmetros operacionais de rotina para partidas e paradas da caldeira. 
 
3.3 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 
 
Os instrumentos de controle das caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas condições 
operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente, o emprego de artifícios que 
neutralizem os sistemas de controle e segurança da caldeira. 
 
3.4 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA 
 
Para fins de caracterização dos procedimentos de inspeção, as caldeiras são classificadas em 
três categorias: 
 
categoria “A” - aquelas cuja pressão de operação for maior ou igual a 19,98 kgf / cm2; 
categoria “B” - aquelas que não se enquadrarem nas categorias “A” e “C”; 
categoria “C” - aquelas cuja pressão de operação for menor ou igual a 5,99 kgf / cm2 e volume 
interno igual ou menor a 100 litros. 
 
As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial e periódica. 
 
A Inspeção de Segurança Inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em 
funcionamento, no local de operação, compreendendo exame interno e externo, teste hidrostático e de 
acumulação. 
A Inspeção de Segurança Periódica, compreendendo exame interno e externo, deve ser executada 
nos prazos máximos de: 
 
- doze meses para caldeiras de categoria “A”, “B”, “C”; 
 
- vinte e quatro meses para caldeiras de categoria “A”, desde que aos doze meses sejam 
testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança. 
 
 
As válvulas de segurança instaladas nas caldeiras de categoria “B” e “C” devem ser 
inspecionadas periodicamente pelo menos uma vez por mês, mediante o acionamento manual da 
alavanca. 
As válvulas de segurança instaladas nas caldeiras de categoria “A” devem ser inspecionadas 
numa freqüência compatível com exigência operacional da mesma, porém respeitando os prazos 
acima mencionados, desmontando e procedendo ao teste em bancada. 
 
Adicionalmente a estes testes, as válvulas de segurança devem ser submetidas a testes de 
acumulação, nas seguintes situações: 
 
na inspeção inicial da caldeira; 
quando forem modificadas ou submetidas à reforma; 
quando houverem modificações nos parâmetros operacionais da caldeira ou na PMTA; 
quando houverem modificações nas tubulações de admissão ou de descarga da caldeira. 
 
 
 72 
3.5 GERADORES DE VAPOR - CALDEIRAS 
 
O gerador de vapor mostrado na figura 3 abaixo é um vaso fechado com tubos em seu interior, 
onde os gases quentes da combustão escoam dentro destes tubos, cedendo calor à água em seu 
entorno externo. São as caldeiras flamo-tubulares. Essas caldeiras serão fornecidas com uma 
placa de identificação e documentação, conforme a seguir. 
Placa de Identificação 
 
Deverá conter os informes referentes a: 
fabricante; 
número de ordem dado pelo fabricante da caldeira; 
ano de fabricação; 
pressão máxima de trabalho admissível; 
pressão de teste hidrostático; 
capacidade de produção de vapor; 
area da superfície de aquecimento; 
código de projeto e ano de edição. 
 
Documentação 
 
Deverá conter os informes referentes a: 
registro de segurança; 
relatórios de inspeção; 
projetos de instalação e projetos de alterações ou reparos; 
manual da caldeira, incluindo: 
 
- procedimentos utilizados na fabricação; 
- montagem, inspeção final e determinação da PMTA; 
- características funcionais; 
- dados dos dispositivos de segurança 
- ano de fabricação; 
- categoria da caldeira; 
- código de projeto e ano de edição; 
- especificação dos materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Gerador de Vapor 
 
Características Construtivas das 
 
 73 
Caldeiras 
 
 
Costado: diâmetro externo a ser informado 
 material ASTM A 516/70 
 
Espelhos do costado: diâmetro a ser informado 
 material ASTM A 516/70 
 
Fornalha: tipo Lisa 
 diâmetro externo a ser informado 
 material ASTM A 516/70 
 
Anel da câmara de reversão: diâmetro interno a ser informado 
 material ASTM A 516/70 
 
Espelhos da câmara de reversão: diâmetro a ser informado 
 material ASTM A 516/70 
 
Tubos de gases: tipo Espiralados 
 diâmetro a ser informado 
 quantidade ser informado 
 material ASTM A 178 A 
 
Estes componentes construtivos estão mostrados na figura 4 abaixo. 
 
 
 
 
Figura 4 – Componentes Construtivos 
 
 
Conexões principais Diâmetro Qtd. Tipo 
 
- saída de vapor 3“ 01 flange ANSI 150# 
- entrada de água 1 “ 01 flange ANSI 150# 
- válvula de segurança 1 1/2 “ 02 flange ANSI 150# 
- descarga de fundo 2 “ 02 flange ANSI 150# 
- coluna de nível 1 1/2 “ 02 flange ANSI 150# 
Fornalha 
Co
st
ad
o
 
Anel de 
reversão 
Tu
bo
s 
de
 
G
ás
 
 
 74 
3.5.1 Componentes Construtivos 
Sistema Automático de Partida, Piloto Diesel 
 
- bomba de óleo 
- manômetro 
- filtro angular 
- válvula esfera para bloqueio manual 
- combustor piloto tipo pressão mecânica 
- bico atomizador 
- transformador de tensão para ignição 
Sistema Automático de Combustão, por Queima de Óleo Combustível 
 
- atomizador para óleo 
- ventilador 
- caixa de dosagem / distribuição de ar 
- damper de ar 
 
 
Componentes do Queimador, conforme figura 5 
 
Item Discriminação Item Discriminação 
 
1 corpo 6 volante regulador 
2 corpo intermediário 7 placa de retenção 
3 atomizador 8 tubo de óleo 
4 bico para óleo 9 encosto 
5 luva guia 10 parafuso borboleta 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Queimador 
 
 
 75 
Sistema Automático de Bombeamento e Aquecimento de Óleo Combustível 
 
- bomba de engrenagens para óleo combustível 
- termômetro para indicação da temperatura do óleo para o combustor 
- filtro vertical para linha de óleo do combustor 
- manômetro para indicação da pressão do óleo 
- válvula para bloqueio manual do óleo para o combustor 
- válvula para bloqueio automático do óleo para o combustor 
- aquecedor de óleo 
- controlador eletrônico de temperatura do óleo 
- válvula para dreno 
- purgador de alívio de pressão 
- resistência elétrica 
 
Fluxograma Básico do Sistema de Óleo Combustível 
 
 
 
 
 
Sistema Automático de Modulação de Chama 
 
- pressostato para modulação de chama 
- sistema de alavancas para ajuste da relação ar / combustível 
- servo motor para comando do damper de ar com faixa de modulação 1.3 
- válvula divergente três vias para modulação da vazão de óleo. 
 
Sistema Automático para Alimentação de Água 
 
- bomba de alimentação de água 
- filtro de água 
- válvula para bloqueio manual 
- válvula de retenção. 
 
 
Fluxograma Básico do Sistema de Água 
 
 
 76 
Sistema de Atomização 
 
Esse sistema é responsável pelo fornecimento de ar comprimido ou vapor para atomização do 
óleo no combustor. Na partida a frio, é utilizado ar comprimido da rede local, até a formação do 
vapor na pressão necessária à atomização, permanecendo a atomização a vapor durante a 
operação normal. 
 
Componentes 
 
- pulmão para remoção de condensado, com purgador 
- válvula reguladora de pressão auto-operada para vapor 
- válvula solenóide para bloqueio automático do vapor/ar comprimido 
- manômetro 
- válvulas para bloqueio manual necessárias. 
 
Sistema Automático de Segurança e Controle 
 
Componentes 
 
- foto-célula para supervisão de chama 
- pressostato para segurança de pressão máxima do vapor na caldeira 
- manômetro para indicação da pressão na caldeira 
- eletrodo de segurança suplementar de nível d'água no corpo da caldeira 
- visor de nível de água, instalado na coluna de nível
- válvula de alívio montada na câmara de gases 
- válvulas de segurança instaladas no corpo para alívio de pressão. 
Sistema Elétrico de Comando 
 
Componentes 
 
- fusíveis e disjuntores para o motor da bomba de oléo diesel 
- fusíveis e disjuntores para o motor da bomba de óleo pesado 
- fusíveis e disjuntores para as resistências do aquecedor de óleo 
- fusíveis e disjuntores para o motor da bomba de água 
- fusíveis e disjuntores para o motor do ventilador 
- controle de nível d'água eletrônico 
- programador de combustão eletrônico. 
- alarme sonoro 
Acessórios 
 
Componentes 
 
- válvula para tomada de vapor 
- válvulas de bloqueio manual da descarga de fundo, 
- visor de chama montado na traseira para a visualização da qualidade da chama 
- boca de visita no costado 
- fanges de inspeção no costado 
- flange de inspeção no espelho dianteiro 
- filtros verticais para sucção das bombas d'água 
- filtros verticais para sucção das bombas de óleo 
- coluna de nível para alojar os eletrodos de nível 
- termômetro para saída dos gases de combustão 
- escada / plataforma superior de acesso às válvulas de segurança e vapor. 
 
 77 
3.5.2 Instalação da Caldeira 
 
A caldeira deve ser colocada nivelada sobre base a 25 cm do piso, a fim de permitir o fácil acesso 
aos tampões de limpeza. 
O espaçamento entre a caldeira e a parede mais próxima deve obedecer às prescrições da NR 13 
de modo a permitir a limpeza dos tubos na parte traseira. 
 
A bomba de água deve sempre estar “escorvada”. 
 
Quando a alimentação de água para caldeira for por meio do tanque de condensado, este deverá 
estar localizado 4 metros acima da caldeira, no mínimo. O tubo alimentador de água deverá ter 
um diâmetro 1,5 vezes àquele dimensionado para alimentação com água fria. 
 
O fluxo de suprimento de água ao tanque de condensado deve ser dimensionado para o valor 
equivalente a 150% do consumo horário da caldeira. 
 
O volume geométrico desse tanque de condensado deve corresponder à vazão horária de vapor 
produzida. 
 
3.5.3 Instalação do Tanque de Óleo Pesado de Uso Diário 
 
O tanque de óleo pesado diário deve ser instalado o mais próximo da bomba de óleo. 
A bomba de óleo deve pressurizar esse tanque; nunca succionar o óleo. 
 
3.5.4 Instalação do Sistema de Descargas 
 
As ligações de dreno da coluna de nível devem ser independentes das demais, porém poderão 
ser interligadas com a da descarga da válvula de fundo da caldeira. 
Estes drenos deverão ser lançados para fora da casa de caldeira. 
 
As ligações de descarga das torneiras de prova da coluna de nível podem ser interligadas. 
 
Os purgadores devem ter as descargas visíveis lançadas no dreno através de funis. 
 
O dreno do aquecedor de óleo deve ser descarregado em um recipiente separado para não 
entupir a rede de esgoto. 
 
 
3.5.5 Ligação da Rede de Descarga de Vapor da Caldeira ao Distribuidor 
 
Deverá ser feita com tubo de diâmetro igual ou maior que o de saída de vapor da caldeira, com 
inclinação no sentido da caldeira. 
 
 
3.5.6 Suprimento de Energia Elétrica 
 
Deve-se proceder a ligação do fio terra no chassi da caldeira, a fim de protegê-la contra as 
descargas elétricas. 
 
 
 78 
3.5.7 Considerações Técnicas 
 
Chaminés 
 
As chaminés são previstas para eliminar os gases de combustão do recinto da Casa de Caldeira, 
por meio de tiragem natural ou forçada conforme discutido no item 3.9 página 87. 
 
A altura das chaminés deverá ultrapassar a dos prédios circunvizinhos. 
 
A temperatura de operação dos gases nas chaminés deverá oscilar entre 200 a 300oC. Caso esse 
valor máximo seja ultrapassado, torna-se necessária uma ação imediata de limpeza dos 
refratários da caldeira. Para controle deste valor deve ser instalado na chaminé um termômetro 
com escala na faixa de 0 a 500oC. 
 
A ligação dos tubos de descarga de gás das caldeiras com as chaminés deverá ser feita por meio 
de conexões flangeadas e se necessário, com juntas de expansão. 
Válvulas de Segurança 
 
A descarga dessas válvulas deve ser lançada para fora do ambiente da casa de caldeira, 
obedecendo as recomendações da NR 13. 
O tubo utilizado para esse fim deverá ter diâmetro igual ou maior que o da conexão de descarga 
dessas válvulas. 
 
 
3.6 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE VAPOR. 
 
 
Eficiência 
% Dimensões (mm) Peso (ton) 
Capacidade 
com água de 
alimentação 
a 20 oC kg/h nota 1 
Consumo 
óleo 1A 
kg/h 
Consumo 
de gás 
natural 
kg/h 
Consumo 
de GLP 
kg/h 
Consumo 
de diesel 
kg/h Comp. 
mm 
Larg. 
mm 
Alt 
mm 
Diâmetro 
chaminé Vazia 
Operaçã
o 
2000 86,6 152 158 130 144 5655 2540 2523 340 9 14,4 
2500 89,9 189 197 162 179 5847 2660 2629 340 9,5 16 
3200 90,2 241 252 207 228 6044 2860 2834 340 10,5 18,4 
4000 90,4 300 314 258 285 6412 2920 3099 500 12,5 11 
5000 89,9 378 395 325 378 6962 2970 3052 500 14,5 26 
6500 89,9 491 512 421 466 7130 3260 3380 500 16,5 30,2 
8000 89,7 606 632 520 575 7389 3340 3430 600 21 38,1 
10000 89,9 755 789 648 716 7594 3510 3645 600 26 46,9 
12000 90,1 905 944 776 857 8052 3850 3865 600 31 56,7 
15000 90,5 1.126 1.175 967 1.066 8780 1390 4010 750 33,6 66,2 
17000 90,9 1.270 1.326 1.090 1.202 9350 4370 4290 750 42 82,2 
20000 90,5 1.500 1.567 1.288 1.421 8090 5580 4610 1.160 50 97 
24000 90,5 1.801 1.880 1.546 1.706 8400 5780 4820 1.160 53 106 
30000 90,7 2.246 2.345 1.928 2.127 8900 6020 5140 1.500 66 128 
34000 91,1 2.534 2.646 2.175 2.397 9400 6260 5380 1.500 77 154 
 
 
 
 
 
 
Nota 1 - Eficiência conforme DIN 1942, usando óleo combustível 1 A com PCI = 9.750 kcal/ kg. 
 
 79 
3.7 COMBUSTÍVEIS 
3.7.1 Conceituação 
 
Combustíveis são todas substâncias capazes de reagir com o Oxigênio do ar, liberando calor. 
De seus componentes, o Carbono e o Hidrogênio fornecem a maior parcela de calor. O Enxofre 
contribui com uma pequena parcela. Tem-se para cada kg de massa, 
 
- de Carbono: C+ 02 CO2 8 100 kcal / kg 
- de Hidrogênio H2 + ½ 02 H2O 33 900 kcal / kg 
- de Enxofre S + 02 S02 2 210 kcal / kg 
 
3.7.2 Classificação 
 
Sólido 
- carvão C 47,50% H 6,00% O2 44,00% N21,50% cinzas 1,50% 
 
Líquido 
- óleo diesel C 81,60% H 12,70% S 1,07% 
- óleo tipo “A” C 86,85% H 12,69% S 0,41% 
- óleo tipo “B” C 85,89% H 11,66% S 2,40% 
 
Gasoso 
- gás natural Metano 80% Etano 7% N2 13% 
- gás liquefeito de petróleo Metano 40% Etano 30% N2 9% 
 
3.7.3 Poder Calorífico 
 
Poder Calorífico é a quantidade de calor liberada pela unidade de massa (ou de volume) de um 
combustível submetido à combustão completa, expresso em kcal / kg. 
 
No caso dessa quantidade de calor incluir a transformação da água presente no combustível em 
vapor, o poder calorífico será identificado como superior - PCS. 
Caso contrário, se não incluir será designado como inferior - PCI. 
 
No caso dos óleos combustíveis ter-se-ão os valores: 
 
óleo diesel PCS = 10833 kcal / kg PCI = 10 161 kcal / kg 
óleo tipo “A” PCS = 10750 kcal / kg PCI = 10 450 kcal / kg 
óleo tipo “B” PCS = 10160 kcal / kg PCI = 9 800 kcal / kg 
 
3.7.4 Água 
 
 
A água apresenta-se nos combustíveis de três formas: 
 
- acidental: função de chuvas; pode ser evitada; 
- higroscópica: incorporada ao combustível, só é eliminada durante a queima. 
- de constituição: combinada com os sais minerais; não pode ser eliminada. 
 
 
 
 80 
3.7.5 Combustão 
 
O início de uma combustão sempre ocorre mediante a introdução de um ignitor piloto. 
 
No caso de combustíveis gasosos, desde que se proporcione uma mistura adequada entre o gás 
e o ar, uma simples faísca é capaz de ignitar a combustão que se manterá pelo próprio calor 
gerado na queima, mediante as reações: 
 
CO + 1/2 O2 CO2
H2 + 1/2 O2 H2O 
 
CH4 + 2 O2 CO2 + H2O 
 
No caso dos combustíveis líquidos há duas teorias para a combustão. 
Teoria da hidroxilisação - Durante a queima de um combustível líquido pulverizado, os 
hidrocarbonetos, sob a ação do Oxigênio e de calor, se desdobram em frações menores, 
formando compostos hidroxilados do tipo formaldeídos. Porém, estas reações intermediárias 
continuam sofrendo alterações pela contínua ação do calor e do Oxigênio, desdobrando-se em 
frações mais simples do tipo CO e H2, até a queima total, formando CO2 e H2O. 
Esquematicamente a teoria pode ser representada como: 
 
Teoria do Craking - Quando o combustível pulverizado é submetido a aquecimento brusco, com 
uma mistura de ar, deixam de existir condições para a formação dos compostos hidroxilados. 
Estes hidroxilados se cindem diretamente em seus elementos constituintes, Carbono e 
Hidrogênio, para reagirem com o O2. O esquema se simplifica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
combustível líquido 
vapores do combustível 
compostos hidroxilados 
aldeídos 
forte calor 
O2 
CO2 + H2O 
combustível 
vapores do combustível forte calor 
C + O2 
O2 
H2 + 1/2 O2 CO2 H2O 
 
 81 
A teoria da hidroxilisação é usada no funcionamento dos bicos de queimadores. O combustível 
líquido é admitido nesse bico onde ocorre uma mistura com ar de combustão. 
 
Ao se ignitar o bico, inicia-se uma combustão irregular que se firma a medida que o bico se 
aquece e o ar de pulverização for aproveitado. No interior deste queimador ocorre a hidroxilização 
por coexistirem as condições “Calor + Ar + Combustível”, com formação de CO e H2 que ao 
saírem do bico entram também em combustão, gerando uma chama com a coloração azulada 
típica. 
 
A teoria do Craking é ilustrada no processo de quiema de uma vela. 
 
O combustível é a parfina, o pavio é o dispositivo que viabilza a ascenção, por capilaridade, da 
parafina derretida. 
 
Ao se aquecer o pavio com a chama de um ignitor, pequena massa de parafina é derretida e a 
combustão se inicia face à presença do ar atmosférico e do calor do ignitor. 
 
O calor gaseifica a parafina derretida, elevando sua temperatura para acendê-la e queimá-la. 
Este é um processo de Craking com formação direta de Carbono e H2. 
 
Se for encostada nessa chama uma superfície fria, a diminuição de sua temperatura impede o 
procedimento da combustão completa. 
 
Nesta condição o Carbono já dissociado se depositará sobre a superfície enegrecendo-a com 
fuligem. Fumos escuros são também gerados e dispersados na atmosfera. 
 
Na prática as duas possibilidades podem ocorrer simultaneamente. A predominância de uma 
sobre a outra dependerá do sistema de pulverisação do combustível. 
 
3.7.5.1 Ar para Combustão: 
 
Os cálculos da combustão baseiam-se nas reações dos elementos combustíveis: carbono, 
hidrogênio e enxofre com o oxigênio. 
Na definição do volume de ar necessário à combustão, deverá ser considerado o peso molecular 
e o volume molar dos elementos envolvidos: 
 
 
Elemento Peso Molecular Volume Molar 
 
Carbono 12,01 kg/kmol 
Hidrogênio
 
2,016 kg/kmol 22,43 Nm3 / kmol 
Enxofre 32,06 kg/kmol 
Oxigênio 32,00 kg/kmol 22,39 Nm3 / kmol 
 
 
A combustão será considerada completa quando toda a massa de Carbono, Hidrogênio e Enfofre 
reagirem com o ar, formando CO2, H2O e SO2. 
 
A combustão será considerada incompleta quando ocorrer a presença de CO. 
 
 
 
 
 
 
 
 82 
Considerando que, para queimar: 
 
1 kg de Carbono precisa de: 1,864 Nm3 de Oxigênio 
1 kg de Hidrogênio precisa de: 5,56 Nm3 de Oxigênio 
1 kg de Enxofre precisa de: 0,697 Nm3 de Oxigênio, teremos: 
 
volume teórico de Oxigênio = 1,864 C + 5,56 (H – O / 8) + 0,697 S em Nm3/kg (equação 32) 
 
Como o ar atmosférico possui em volume 20,9% de Oxigênio, teremos: 
 
volume teórico de ar = (100 / 20,9) x volume teórico de Oxigênio ou: 
 
volume teórico de ar = 8,909 C + 26,576 H – 3,332 O + 3,331 S em Nm3/kg (equação 33) 
 
Tecnicamente é impossível assegurar uma combustão completa apenas com o suprimento teórico 
de ar, sendo requerido um percentual adicional. 
 
3.7.5.2 Consumo de Ar 
O consumo de ar necessário à combustão corresponderá ao volume teórico de ar corrigido por 
um fator de excesso de ar (FE). O valor desse fator para o óleo combustível deve estar na faixa 
abaixo relacionada e em conformidade com o tipo do queimador. 
 
para queimadores com pulverização a vapor 1,05 – 1,15 
para queimadores com pulverização mecânica 1,20 – 1,25 
para queimadores com baixa pressão de ar 1,30 – 1,40 
3.7.5.3 Volume Teórico de Gases 
 
De acordo com as mesmas reações, o volume teórico de gases para cada quilo de combustível 
será dado pela expressão: 
 
1,864 C + 0,697 S + 0,8 N + 0,79 Var + (9 x H + w) 1,24 em Nm3/kg (equação 34) 
 
Nessa expressão, além dos gases da própria combustão, aparecem ainda: 
 
- o Nitrogênio do combustível com volume especifico (0,8 Nm3 / kg ), 
- o Nitrogênio do ar na proporção de 0,79 do volume de ar 
- o vapor de água com volume especifico 1,24 Nm3 / kg. 
 
Nota: admitindo que o combustível tenha um teor de umidade “w”, e sabendo que 1 kg de 
Hidrogênio gera 9 kg de água, a umidade total no volume de gás teórico poderá ser 
determinada por meio da expressão (9 x H + w) x 1,24. 
 
3.7.5.4 Volume de Gás Gerado 
 
Será definido aplicando o coeficiente de excesso de ar, conforme expressão: 
 
volume teórico de gás + (FE – 1) x volume teórico de ar em Nm3/kg (equação 34 a) 
 
 
 
 83 
3.7.5.5 Procedimentos Práticos para Determinação das Vazões de Ar e de Gás 
 
Através do diagrama para combustíveis líquidos 
 
 
 
Através das fórmulas práticas de Rosin e Fehling 
 
Para combustíveis líquidos 
 
volume teórico ar: (0,85 PCI / 1000 ) + 2 em Nm3 / kg (equação 33ª) 
volume teórico gás: 1,11 PCI / 1000 em Nm3 / kg (equação 34b) 
 
Para combustíveis gasosos com PCI > 3000 Kcal / Nm3. 
 
volume teórico ar: (1,09 PCI / 1000) – 0,25 em Nm3 / Nm3 (equação 33b) 
volume teórico gás: ( 1,14 PCI / 1000) + 0,25 em Nm3 / Nm3 (equação 34c) 
 
Para combustíveis gasosos com PCI < 3000 Kcal / Nm3 equação 34 
 
volume teórico ar: 0,875 PCI / 1000 em Nm3 / Nm3 (equação 33c) 
volume teórico gás: 0,725 PCI / 1000 em Nm3 / Nm3 (equação 34d) 
 
 84 
3.7.5.6 Consumo de Combustível, Vazão de Ar, Vazão de Gás 
 
Exemplo numérico, considerando: 
 
- queimador pulverização mecânica com Fe=1,20 
- produção de vapor 1600 kg / h 
- pressão de descarga 10,6 atm 
- pressão de descarga absoluta 11,5 ata 
- rendimento 66% 
- pressão atmosférica 0,90 atm 
- calor especifico do ar 0,13 kcal / kg x oC 
- peso especifico do ar 1,17 kg / Nm3 
- temperatura inicial da água 20 oC 
- poder calorífico inferior do combustível 10200 kcal / kg 
- composição do óleo combustível 85% C / 15% H / 0% S 
- relação massa de ar / massa de combustível 15 
 
Calcular: consumo de combustível, vazão de ar requerida, vazão de gás gerado. 
 
Pela tabela de vapor, teremos : entalpia do vapor a 11,5 ata: 664,5 kcal / kg (Iv) 
 entalpia da água a 20º C: 20,0 kcal / kg (Ia) 
 
Solução: 
 
O consumo de combustível será calculado fazendo o calor requerido para produzir 1600 kg / h de 
vapor (Qr) igual ao calor produzido (Qp) pela queima de uma massa de combustível (mc). 
 
Qr= mv x (Iv – Ia) ÷ η → 1600 x (664,5-20) ÷ 0,66 = 15,62 x 105 Kcal / h, 
Qp= mc x PCI + mar x cpar x tar ou mc (PCI + 
c
ar
m
m
x cpar x tar). Fazendo Qr = Qp, vem: 
mc=15,62 x 105 ÷ (10.200 +15 x 0,13 x 20) = 152,5 kg / h 
 
As vazões de ar e gás poderão agora ser obtidas por três critérios: 
 
Utilizando o diagrama
Volume teórico de ar: 11 x 152,5 = 1 677,5 Nm3/h 
Vazão de ar requerida: 1 677,5 x 1,2 = 2 013,0 Nm3/h 
Volume teórico de gás: 14,2 x 152,5 = 2 165,5 Nm3/h 
Volume de gás gerado: 2 165,5 + (1,2 – 1) x 1677,5 = 2 500,9 Nm3/h 
 
Aplicando Rosin / Fehling 
 
Volume teórico de ar: [(0,85 x 10.200 ÷1000)+2] x 152,5= 1 627,17 Nm3/h 
Vazão de ar requerida: 1627,17 x 1,2 = 1952,61 Nm3/h 
Volume teórico de gás : (1,11 x 10.200 ÷ 1000) x 152,5 = 1 726,6 Nm3/h 
Volume de gás gerado: 1726,6 + (1,2 – 1) x 1627,17 = 2 050,03 Nm3/h 
 
Aplicando as equações 32 e 33, vem: 
 
Volume teórico de ar: 8,909 x 0,85 + 26,576 x 0,15 + 0 - 0) x 152,5 = 1750,7 Nm3/h 
Vazão de ar requerida: 1750,7 x 1,20= 2 100,0 Nm3 / h 
Nota: o volume teórico de gás não poderá ser avaliado por esse critério, visto não ter sido 
informado a concentração de Nitrogênio e de água na composição do combustível. 
 
 
 85 
3.8 EMISSÕES GASOSAS - CONTROLE AMBIENTAL 
3.8.1 Conceituação 
 
O lançamento direto desta emissão gasosa na atmosfera é regulamentada por lei; não sendo 
possível fazê-lo, se não for assegurado o grau de opacidade padrão dois, na escala Ringelman. 
É tolerada a emissão gasosa no padrão três da escala Ringelman por um período máximo de seis 
minutos, em qualquer intervalo de uma hora e que é assumido como correspondente às 
operações de partida ou de limpeza das caldeiras. 
 
3.8.2 Escala Ringelman 
 
A escala Ringelman é constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidade entre o 
branco e o preto. Os padrões são apresentados por meio de quadros retangulares, com redes de 
linhas de espessura e espaçamentos definidos, sobre um fundo branco. 
Os padrões da Escala de Ringelman são numerados de zero a cinco assim definidos: 
 
 
 
- Inteiramente branco 
 
 
 
- Reticulado com linhas pretas de 1 mm de espessura, deixando 
intervalos, quadrados brancos de 9 mm de lado. 
 
 
 
- Reticulado com linhas pretas de 2,3 mm de espessura, 
deixando intervalos, quadrados brancos com 7,7 mm de lado. 
 
 
 
- Reticulado com linhas pretas de 3,7 mm de espessura, 
deixando intervalos, quadrados brancos com 6,3 mm de lado. 
 
 
 
- Reticulado com linhas pretas do 5,5 mm de espessura, 
deixando intervalos, quadrados brancos com 4,5 mm de lado. 
 
 
- Inteiramente preto. 
 
 
 
 
3.8.3 Opacímetros 
 
O controle da emissão gasosa na atmosfera deve ser monitorado por meio de opacímetros 
instalados junto ao topo da chaminé, ver página 278. 
 
 86 
3.8.4 Lavadores de Gás 
 
Descrição, ver também página 256. 
 
Os gases ao entrarem no lavador, mostrado na figura 6 passam primeiramente na região de bicos 
pulverizadores de solução neutralizante, onde as partículas poluentes impactam contra partículas 
de água com diâmetros da ordem de 20/50 micra. 
A seguir, a mistura de gás “lavado” e poluentes “molhados” passa por uma seção de inversão de 
fluxo a alta velocidade. As partículas “molhadas” se precipitam na lâmina da solução 
neutralizante, na parte inferior do lavador. 
 
A fim de eliminar as gotas de água remanescentes no fluxo de gás, bem como partículas 
poluentes ainda existentes, o gás passa por uma “chicana”, que deve ser retirada e limpa 
periodicamente. 
 
Dados referenciais 
 
tamanho das partículas serem retidas: 1 a 5 micra 
perda de carga no circuito de gás: 38 a 90 mmca 
velocidade do gás no lavador: 0,30 a 0,50 m/s 
vazão de neutralizante circulada: 1,85 m3 / min por 28,3 m3 / min de gás a 20º C 
 
Arranjo construtivo 
 
 
Figura 6 – Lavador de Gás 
 
Legenda: 
 
1 - tubo de admissão 
2 - mesa de apoio 
3 - moto bomba 
4 - reservatório de reagente 
 
 87 
3.9 TIRAGEM 
 
Uma vez processada a limpeza dos gases de combustão será necessário lançá-los à atmosfera. 
Isto se faz por meio de chaminés. No caso de se usar o próprio ventilador da caldeira para 
movimentar o fluxo de gás, a chaminé será designada “com tiragem forçada“. Caso contrário, 
quando o movimento dos gases for conseqüente da diferença de temperatura entre o gas e o ar 
atmosférico local, será designada “com tiragem natural”. 
3.9.1 Tiragem Natural 
 
Consideremos a figura 7 abaixo, 
 
 
Figura 7 – Chaminé 
 
onde: 
H altura da chaminé, acima da zona de combustão em m; 
P pressão atmosférica em mm Hg; 
S seção interna da chaminé em m2; 
t temperatura do ar exterior em oC; 
t1 temperatura dos gases da combustão em ºC; 
ρ peso específico do ar, na temperatura “t” e pressão “P” em kg / m3; 
0ρ peso específico do ar, nas condições normais em kg / Nm3; 
1ρ peso específico dos gases na temperatura e pressão da descarga em kg / m3. 
 
 
Pode-se admitir que o peso específico dos gases de combustão e do ar atmosférico, nas mesmas 
condições de pressão e temperatura sejam iguais. 
Com efeito, se o CO2 é mais denso que o ar, há compensação pela presença de hidrocarbonetos 
e vapor de água menos densos que o ar. 
 
A força motriz “f “ que produzirá o movimento ascensional da coluna de gases é definida 
pela expressão: f = H x S x ( ρ - 1ρ ), em Kgf (equação 35) 
 
Designando por “Z” o fator de compressibilidade dos gases da combustão, a tiragem causada 
será definida pela expressão: ho
( )
t
ttH 1
×+
−×
××=
Z
Z
11
ρ , em mmca (equação 36) 
onde, t e t1 são expressos em graus Kelvin. 
 
 88 
Do exposto, conclui-se que a tiragem é: 
 
- proporcional à altura da chaminé; 
- tanto maior quanto menor for a temperatura do ar exterior e quanto maior for a temperatura dos 
gases da combustão; 
- inversamente proporcional à altitude, visto que 1ρ decresce com a diminuição da pressão 
atmosférica. 
 
A tabela abaixo indica valores de tiragem expresa em mmca, para alturas de chaminés de 25, 50, 
75 e 100 m e temperaturas dos gases de combustão nos valores de 100, 200, 400, 600oC ou 
maiores. 
Nota: para os valores citados de tiragem, foi considerado para o ar externo na tempertura de 
15oC, o peso específico de 1,293 kg/Nm3. 
 
 
altura da chaminé em metros temperatura dos 
gases 25 50 75 100 
100 oC 
200 oC 
400 oC 
600 oC 
infinito 
7 
12 
17,5 
20,5 
30,7 
14 
24 
35 
41 
61,5 
21 
36 
52,5 
61,5 
92,5 
28 
48 
70 
82 
123 
 
 
Conhecendo-se a tiragem “ho”, pode-se determinar a velocidade e a vazão dos gases da 
combustão aplicando-se as expressões: 
 
velocidade de escoamento v , 
1ρ
hog2 ××= em m/s (equação 37) 
vazão escoada Q0 , 
1
o
ρ
hg2S ××= em m3/s (equação 38) 
 
3.9.2 Causas que Afetam a Tiragem Natural 
 
- Umidade do ar: influi indiretamente, pela diminuição do peso específico do ar. A tiragem será 
tanto menor quanto maior for essa umidade. 
 
- Umidade no combustível: causa o abaixamento da temperatura de regime na base da chaminé e 
diminui a densidade dos gases da combustão por conterem vapor de água; geralmente se 
compensam. 
 
- Direção e velocidade dos ventos: quando o vento na chaminé soprar de baixo para cima, 
aumenta a tiragem, quando de cima para baixo diminue, podendo anulá-la no caso de grande 
velocidade. 
 
- Torres de resfriamento; a presença de torres de resfriamento nas vizinhanças das chaminés 
afeta a tiragem natural de modo similar à umidade do ar. 
 
 89 
3.10 ÀGUA DE ALIMENTAÇÃO DAS CALDEIRAS 
 
A água de alimentação das caldeiras deve ser tratada de modo que fique eliminada a possibilidade da 
formação de incrustações decorrentes da presença de impurezas normalmente existentes, sólidos 
dissolvidos, sólidos em suspensão, óleos e gases, que afetarão a troca de calor entre os gases quentes 
da combustão e a água. 
 
3.10.1 Análise da Água 
 
É obrigatória a análise da qualidade da água
a ser destinada à produção de vapor, para 
determinação dos parâmetros: dureza, alcalinidade, cloretos e Ph. 
 
A dureza da água é expressa em DHG “Graus de Dureza Alemão”, em função da concentração 
de sais de cálcio e magnésio. 
Um DHG, conforme DIN 8103 e 8104 considera a concentração de 10 mg de CaO e 7,14 mg de 
MgO por litro de água. A dureza total será a soma das durezas de CaO e MgO. 
 
Segundo o DHG, tem-se a seguinte classificação das águas: 
 
Dureza total Qualidade 
DHG de 0o a 4o muito branda 
de 4o a 8o branda 
de 8o a 12o pouco dura 
de 12o a 18o semi dura 
de 18o a 30o dura 
maior que 30o muito dura 
 
Exemplo numérico 
 
Se um litro de água contiver 90mg de CaO e 43mg de MgO a dureza total será 15o DHG, pois: 
 
dureza de Cálcio 90 ÷÷÷÷ 10 = 9o dHG 
dureza de Magnésio 43 ÷÷÷÷ 7,14 = 6o dHG 
dureza total 15o dHG 
 
Alcalinidade 
 
Exprime a presença de íons dos sais de Carbonato, Bicarbonato, Hidróxidos, Fosfatos, Silicatos; sendo 
os Carbonatos, os Bicarbonatos e os Hidróxidos os mais relevantes. 
A alcalinidade é detectada pelos indicadores de dimetil orange (AM) e de fenolftaleína (AF). 
 
Cloretos 
 
Estes sais permitem estabelecer a percentagem de descarga da água da caldeira, aconselhando-
se não exceder a faixa de 10 a 12 vezes a concentração dos cloretos da água da caldeira em 
relação aos da água de alimentação, 
 
tem-se: descarga de %100
caldeira da água na Cloretos de ãoConcentraç
oalimentaçã de água na Cloretos de ãoConcentraç
=× 
Ph 
 
Indica a acidez ou a alcalinidade da água. Se o Ph for maior que sete a água estará ácida; 
Se menor que sete a água estará básica ou alcalina. 
 
 90 
3.10.2 Qualidade da Água para Caldeiras 
 
É recomendado o seguinte padrão 
 
- condição geral limpa, incolor 
- condutividade a 25 oC < 50 µs / cm 
- Ph a 25 oC >9 
- Oxigênio < 0.02 mg / kg 
- Ferro total < 0.02 mg / kg 
- Cobre total < 0.003 mg / kg 
- Si 02 < 0.03 mg / kg 
- consumo de KMnO4 < 5.0 mg / kg 
- óleo < 0.5 mg / kg 
 
3.10.3 Tratamento da Água 
 
A qualidade da água de alimentação das caldeiras é assegurada por tratamentos em leitos-misto 
 
Objetivo: controlar a dureza da água. 
 
Processo: consiste na troca de íons mediante a aplicação de resinas sintéticas. 
 
Tempo de saturação: variável conforme a qualidade da água de suprimento. 
 
Tempo de regeneração: de duas a quatro horas, limitado ao máximo de oito horas. 
 
Condições operacionais: contempla as etapas de regeneração, enchimento, mistura por 
borbulhamento de ar e enxague, processadas conforme o diagrama abaixo, 
 
 
Etapas 
 
operação 1 
retrolavagem 2 
regeneração catiônica 3 
regeneração aniônica 4 
enxágüe inicial 5 
drenagem 6 
mistura das resinas 7 
refil 8 
enxágüe final 9 
 
 91 
3.11 DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR 
 
O sistema de distribuição de vapor é importante elo de interligação da caldeira com os usuários. 
O vapor saturado oferece facilidades de geração e de utilização. 
A correlação entre pressão e temperatura é fundamental para a distribuição do vapor, bem como 
para o cálculo das perdas de calor. 
Cabe ao projeto assegurar que o vapor produzido na caldeira supra os usuários à pressão e 
temperatura requeridas. 
Tem-se como principais aplicações de vapor, como fluido de aquecimento ou como fluido motriz 
na geração de energia, através de turbinas 
O projetista deve estabelecer o interfaceamento dos diversos “sub-sistemas”, como tancagem de 
combustíveis e de água, motobombas de água e óleo, sistemas de tratamento de água e de 
lavagem dos gases de combustão, por meio de um fluxograma de processo, conforme discutido 
no item abaixo. 
 
Pontos de consumo de vapor e de condensado 
 
Deverão estar dentro das possibilidades, o mais próximo possível da casa de caldeiras, obtendo-
se rotas mais curtas para as tubulações de vapor e condensado. 
 
Tanque de acumulação de combustível 
 
Considerar o volume dos trocadores de calor para aquecimento do óleo no tanque quando da 
determinação do volume geométrico. Aconselha-se uma capacidade mínima de estocagem 
correspondente a 15 dias de consumo. 
 
Tanque de condensado 
 
Projetar este tanque isolado termicamente.Observar as prescrições da norma regulamentadora 
NR 13.Considerar sua elevação de modo a garantir que a bomba de água da caldeira fique 
escorvada 
 
Bomba de alimentação de água da caldeira 
 
Especificar o NPSH dessa bomba em função da temperatura da água de suprimento. 
Recomenda-se a temperatura de 80ºC. 
 
Redes de drenagem 
 
Prever duas redes, uma fechada para trabalhar sob pressão , outra aberta sujeita apenas à 
pressão atmosférica. 
Estas redes deverão ser independentes para evitar problemas de retorno e deverão desaguar em 
tanque coletor externo às casas de caldeira. 
 
Chaminés de descarga 
 
Deverão ser projetadas conforme legislação em vigor,com tiragem compatível com a pressão do 
ventilador de ar de combustão 
 
Local de instalação das caldeiras 
 
Deverá atender aos requisitos da NR 13. 
A área de instalação destas caldeiras deverá estar circundada por uma canaleta de drenagem no 
piso desaguando no mesmo tanque coletor acima citado. 
 
 
 
 
 
 
 
 93 
3.11.1 Redes de Distribuição de Vapor 
 
Dimensionamento da Rede 
 
Para o cálculo do diâmetro pelo critério de perda de carga, aplicar a expressão 
 
d: 5,1
1,95
P
0,9Q0,029
∆
××× 5ev
, em cm (equação 39) 
onde: 
 
∆P: perda de carga em kgf / cm2 por 100 m 
Q: vazão mássica em kg / h 
ve: volume específico em m3 / kg 
d: diâmetro nominal em cm 
 
Exemplo numérico considerando: 
 
vazão 470 kg / h 
comprimento da rede 150 m 
conexões 7 C 90º + 1 têe de derivação 
pressão manométrica no inicio do trecho 7,0 kgf / cm2 
pressão manométrica no fim do trecho 6,5 kgf / cm2 
diferencial de pressão no trecho 0,5 kgf/cm2 
 
Calcular o diâmetro 
 
Solução: arbitrar o diâmetro e estimar um acréscimo de 15 a 20% no comprimento da rede para 
cobrir os comprimentos equivalentes das conexões. 
 
 
- comprimento virtual: 150 + ( 150 x 0,15 )= 172,5 m 
- ∆Ρ: ( 7,0 – 6,5 ) x (100 / 172,50)= 0,29 kg / cm2 
- pela tabela de vapor: volume específico a 7 kgf / cm2= 0,2448 m3 / kg 
Cálculo do diâmetro 5,1
1,95
0,29
0,90,2448040,029 57 ×××
= 5,25 cm 
O valor do diâmetro calculado deve ser tal que a velocidade de escoamento não ultrapasse o 
limite de 15 m / s. 
 
Verificação da velocidade 
 
Adotando o diâmetro comercial de 2”, di = 5,25 cm, a velocidade será: 
 
V: (4 x 0,2448 x 470) / (pi x 3 600 x 0,05252)= 14,76 m/s→ok 
 
Verificação do comprimento virtual 
 
Conforme tabela página 33 o comprimento equivalente para as conexões na bitola de 2” será de 7 
X 2,6 + 1 x3,7 = 21,9. e o comprimento virtual da rede, de 150+ 21,9=171,9 m, o que confirma a 
condição de conformidade dos cálculos. 
 
 94 
3.12 CONDENSADO FORMADO NO AQUECIMENTO DA TUBULAÇÃO. 
 
É calculado aplicando a expressão: Q = Cp aço x m x L ( tf – ti ) (equação 40) 
onde: 
Q calor trocado em kcal 
Cp aço calor específico do aço do tubo em kcal / kg x oC 
.
m massa (peso) do tubo a ser aquecido em kg 
tf temperatura final do tubo em oC 
ti temperatura inicial do tubo em oC 
L comprimento da rede em m 
 
Exemplo numérico, considerando os dados abaixo, calcular o condensado formado. 
peso (massa) da tubulação: 16,1 kg /m 
comprimento da rede 120 m 
pressão absoluta de vapor na rede 11,0 kgf/cm2 
pressão manométrica na rede de condensado 0,35 Kgf/cm2 
temperatura final (assumida equivalente a do vapor) 183,2oC 
temperatura
inicial 25oC 
calor específico do aço (valor médio) 0,063kcal / kg x oC 
tempo de aquecimento da rede uma hora 
 
Solução 
Calor trocado Q: 16,1 x 0,063 x 120 x (183,2 – 25 ) = 19255 kcal 
Como Q = 
.
m / cℓ e sendo cℓ da da água a 0,35 kgf/cm2= 534 kcal / kg, vem: 
Massa de condensado 
.
m = 19255 kcal / 534 kcal / kg = 36,0 kg. 
Como o tempo de aquecimento é de uma hora, teremos 36,0 kg / h. 
3.12.1 Cálculo do Diâmetro das Redes de Condensado 
 
É calculado pela expressão: d = {4 x .m x ve x (ii - if) / pi x v x cl x 3600}0,5em m (equação 41) 
onde: 
.
m : vazão mássica de condensado kg / h 
ve: volume específico do vapor m3 / kg 
ii: entalpia do condensado na pressão inicial kcal / kg 
if: entalpia do condensado na pressão final kcal / kg 
v: velocidade de escoamento m / s 
cl calor latente do vapor na pressão do retorno (final) kcal / kg 
 
Exemplo numérico, considerando os dados calcular: o diâmetro da rede de condensado. 
vazão de condensado 57,7 kg / h 
pressão inicial 11 kgf / cm2 
pressão final 1,35 kgf / cm2 
velocidade 5 m / s 
Solução: pela tabela de vapor ii(na pressão absoluta de 11,0 kgf / cm2)= 664,1 kcal / kg 
 if(na pressão absoluta de 0,35 kgf / cm2)= 534,0 kcal / kg 
 ve( a 1,35 kgf / cm2) = 1,310 m3 / kg 
 cℓ ( a 1,35 kgf / cm2) = 554 kcal / kg 
 
Cálculo do diâmetro 
 
d : 3600 1 36 ×××−××× 5545/ ) 641 664,1 (,3104 pi = 0,015 m→ 1/2”. 
 
 95 
3.12.2 Bombas de Condensado 
Descrição Funcional, conforme figura 7 
1 O condensado escoa por gravidade para o interior da bomba 
através da válvula de retenção A enchendo seu volume interno. A 
bóia B movimenta-se para cima através do braço C da válvula de 
exaustão. O condensado não pode passar pela válvula de retenção 
da saída D, pois a contrapressão a mantém fechada. A válvula de 
exaustão E permanece aberta e a válvula de admissão F fechada 
pela força de C. A bóia B continua subindo até pressionar a sede 
G, levantando o eixo, abrindo a válvula de admissão F e fechando 
a válvula de exaustão E. 
 
2 O vapor sob pressão, entrando pela válvula de admissão F, faz 
a válvula de exaustão E fechar rapidamente e F abrir totalmente. 
A pressão é transferida pelo líquido à válvula de retenção A (de 
entrada), fechando-a. A pressão na bomba aumenta até que seja 
suficiente para vencer a contrapressão da linha. 
 
 
 
3 O condensado sob pressão, no interior da bomba abre a válvula 
de retenção de saída D, e a descarga de condensado é 
processada. 
 
 
 
 
4 A bóia B acompanha o nível descendente de condensado até o 
ponto em que ocorre o fechamento da válvula de admissão F e 
abertura da de exaustão E, despressurizando o corpo da bomba. 
Sem pressão a válvula de retenção da saída se fecha, e a de 
admissão abrirá pelo escoamento do líquido por gravidade, re-
iniciando o ciclo. 
Figura 7 – Bomba de Condensado 
Diagrama de Montagem, conforme figura 8 
 
Figura 8 – Montagem Bomba de Condensado 
 
Notas 
1: coluna de alimentação “h” é a distãncia entre a geratriz inferior do coletor e a do tampo superior 
da bomba. 
2: coluna de recalque “H” é a distância entre as linhas de centro dos tubos de saída do 
condensado da bomba e de entrada da rede de retorno. 
 
 96 
Cálculo da Sobrepressão e Consumo de Vapor da Bombas de Condensado 
Exemplo numérico, considerando: 
 
- carga de condensado 1640 kg / h 
- pressão de vapor de alimenação 5,20 bar manométrica 
- coluna de recalque (H) 9,20 m 
- pressão na linha de retorno de condensado 1,70 bar manométrica 
- coluna de alimentação 0,60 m 
Calcular: sobre pressão e consumo de vapor. 
 
Solução: 
 
Cálculo da sobre pressão: 9,20 x 0,0981 + 1,7 = 2,6 bar 
Cálculo do consumo de vapor: 
Assumindo a relação de 3,0 kg de vapor consumidos para 1000 kg de condensado bombeado, 
vem: 3 x 1640 / 1000 = 4,92 Kg /h. 
3.13 ESTAÇÕES REDUTORAS DE PRESSÃO 
 
São previstas para adequar a pressão de vapor produzida pelo gerador à pressão requerida pelo 
usuário, contemplando doze componentes arranjados conforme figura 9 abaixo: 
 
- separador de umidade Item 1 
- válvulas esféricas Item 2 
- purgador termodinâmico Item 3 
- visor do fluxo Item 4 
- flanges, não itemizados no desenho Item 5 
- filtro Y Item 6 
 -válvula de bloqueio Item 7 
- válvula controladora de pressão, ver Item 3.13.1 Item 8 
 - válvula de by-pass manual Item 9 
- manômetro para a linha de alta pressão, com tubo expansor Item 10 
- manômetro para a linha de baixa pressão, com tubo expansor Item 11 
- válvula de segurança na linha de baixa pressão, ver Item 3.13.2 Item 12 
 
 
Figura 9 – Estação Redutora de Pressão 
 
 97 
3.13.1 Dimensionamento das Válvulas de Controle de Pressão 
 
Para se dimensionar válvulas de controle deverá ser calculado o coeficiente de vazão de válvula 
(CV), definido como a vazão em m3/s que cria uma perda de carga de um bar fluindo pela válvula 
totalmente aberta. 
Adotando-se os´procedimentos da Masoneilan Handbook for Control Valve Sizing Page 7, 
teremos: 
 
Se ∆P for menor que 0,5 x Cf2 x P1, o fluxo será “sub crítico” e o CV será calculado pelas 
expressões: 
 
no caso de vapor saturado CV = 72,4 x W / ( ) ΡΡ ∆Ρ 21 + (equação 42) 
no caso de vapor super aquecido CV = ( )( )
 ΡΡ ∆Ρ
W T 0,001261 72,4
21
sh
+
×+
 (equação 43) 
 
 
Se ∆P for igual ou maior que 0,5 x Cf2 x P1, o fluxo será “crítico” e o CV será calculado pelas 
expressões: 
 
vapor saturado CV = 83,7 x W / Cf x P1 (equação 44) 
 
vapor superaquecido CV = 
( )
1f
sh
Ρ C
 WT 0,00126183,7
×
×+ 
 (equação 45) 
 
Nessas equações: 
CV: coeficiente de vazão de válvula 
P1: pressão absoluta à montante de válvula em bar 
P2: pressão absoluta à jusante de válvula em bar 
Tsh: temperatura do vapor superaquecido em oC 
W: fluxo de vapor em 1000 kg / h 
C f : fator de fluxo crítico conforme tabela abaixo 
 
TIPO DE VÁLVULA TAMANHO OBTURADOR FLUXO PARA C f KC 
C f r 
d / D > 1,5 X T 
A 
→ abrir 
 fechar ← 
0,85 
0,90 
0,58 
0,65 
0,81 
0,86 
0,61 
0,68 Série 
2000 
B 
→ abrir 
 fechar ← 
0,85 
0,90 
0,52 
0,65 
0,80 
0,90 
0,54 
0,68 
A 
→ abrir 
 fechar ← 
 
0,68 
0,85 
0,35 
0,60 
0,65 
0,80 
0,39 
0,61 Válvula 
Camflex 
B 
→ abrir 
 fechar ← 
0,70 
0,88 
0,39 
0,62 
0,70 
0,87 
0,41 
0,65 
A Sede dupla em V 
0,90 
0,98 
0,70 
0,80 
0,86 
0,94 
0,68 
0,81 Série 
1000 
B Sede dupla em V 
0,80 
0,95 
0,31 
0,73 
0,80 
0,94 
0,54 
0,76 
A 
← Fechar 
abrir → 
0,80 
0,75 
0,51 
0,46 
0,77 
0,72 
0,54 
0,47 
Globo 
B 
← Fechar 
abrir → 
0,80 
0,90 
0,52 
0,65 
0,80 
0,89 
0,54 
0,68 
 
 
 
 98 
3.13.2 Dimensionamento de Válvulas de Segurança / Alívio 
 
Válvulas de segurança são dispositivos automáticos de alívio de pressão caracterizados pela 
abertura total e imediata; as de de alívio se caracterizam pela abertura proporcional ao aumento 
de pressão, acima da pressão de ajuste. 
No dimensionamento dessas válvulas os conceitos abaixo deverão ser considrados: 
 
- pressão de trabalho é a pressão na tubulação sob as condições de operação; 
- pressão de ajuste é a pressão na qual a válvula inicia a abertura; 
- pressão de projeto é a máxima pressão suportada pela tubulação; 
- sobre-pressão é o acréscimo de pressão acima da pressão de ajuste até a completa abertura da 
válvula expressa normalmente em percentagem; 
- acumulação é o incremento da pressão de trabalho suportado pela tubulação durante a 
descarga da válvula;
- contra-pressão é a pressão junto à descarga da válvula devido às perdas de carga na tubulação 
de descarga da válvula. 
 
Dimensionar uma válvula de segurança ou de alívio significa calcular um orifício que corresponda 
a uma bitola de admissão e outra de saída da válvula, conforme normatização da API-RP 526, 
indicada na tabela abaixo, segundo W. Burger: 
 
BITOLA 1x2” 
1 1/2 
x 
2” 
1 1/2 
x 
2 1/2” 
1 1/2 
x 
3” 
2x3” 
2 1/2 
x 
4” 
3x4” 4x6” 6x8” 6x10” 8x10” 
ORIFÍCI
O 
D E F G H H J J K L L M N P Q R R T 
ÁREA 
em pol2 
0,110 0,196 0,307 0,503 0,785 1,287 1,838 2,853 3,60 4,34 6,38 11,05 16,0 26,0 
ÁREA 
em cm2 
0,71 1,76 1,98 3,24 5,06 8,30 11,0 18,41 23,23 28,00 41,16 71,29 103,23 167,74 
 
No caso de vapor saturado, sobre pressão de 10% e estando a válvula instalada em redes, o 
orifício é calculado pela expressão: A= W / 50 x P1 (equação 46) 
onde: 
A: área do orifício em pol2; 
W: vazão em lb / hora; 
P1: pressão de alívio (pressão de ajuste+sobre-pressão + 14,7), em psi. 
Nota: quando a sobre pressão for 3%, substituir o valor 50 por 45. 
Exemplo numérico, considerando: 
 
- vazão de vapor 184 kg / h 405 lb / h 
- pressão de entrada 10,9 kgf / cm2 154,78 psi 
- pressão de saída 4,0 kgf / cm2 56,80 psi 
- pressão de alívio 5,0 kgf / cm2 71,00 psi 
- fator Cf da válvula redutora 0,85 
Calcular o orifício da válvula de alívio e o CV da válvula redutora de pressão, instaladas em rede. 
Orifício da válvula de alívio: 405 ÷ 50 x 71 = 0,11 pol2⇒ orifício,”D”, válvula 1” x 2” 
CV da válvula redutora 
Caracterização do fluxo: 
Sendo ∆Ρ 10,9 - 4,0= 6,9 kgf / cm2 e 0,5 x 2FC x Pentrada = 0,5 x 0,852 x 10,9 = 3,93 kgf / cm2, 
teremos: 6,9 > 3,93⇒ fluxo crítico. 
Logo, CV = 83,7 x (184 ÷ 1000 ) / ( 0,85 x 10,9 ) = 1,66 
 
 99 
3.14 ISOLAMENTOS TÉRMICOS 
 
A montagem dos isolantes deve ser executada, conforme figura 10 abaixo. 
 
 
Isolamento interno Figura 10 Isolamento Externo 
 
Para seleção dos materiais isolantes, considerar os valores referenciais da tabela: 
 
 
Observações quanto aos materiais 
1. mais usado para tubulação quente 
2. especificado nas normas PNB-141 e PEB-221 da ABNT, e C-345 da ASTM 
3. de emprego tradicional antes do aparecimento do hidrossilicato de cálcio 
4. especificado na norma C-320 da ASTM 
5. custo elevado, podendo ser mais econômico devido à menor condutividade térmica 
6. flexível e capaz de absorver grandes dilatações dos tubos 
7. não recomendado quando existem cargas externas na tubulação 
8. de custo elevado e de alta condutividade térmica. Indicado para T> 650°C 
9. macio, flexível e leve 
10. muito usado para tubulações de baixas temperaturas 
11. para uso em baixas temperaturas 
12. moldado ou granulado aglutinado 
13. de boa resistência a choques e vibrações 
14. empregado como segunda camada para recobrimento. 
Resistência à Condutividade Térmica Média BTU (h 
oF pé2/ 
pol Material Limite de temp. oC Água ou 
Umidade Fogo 
Danos 
Mecânicos a 40
oC a 100oC a 200oC a 300oC a 400
oC 
Obs 
Isolamentos térmicos rígidos - Materiais em forma de calha ou segmentos pré-moldados 
Hidrossilicato de Ca até 1000 Boa Boa Fraco à tração 0,38 0,40 0,47 0,57 1 e 2 
Composição de Mg 
85% Até 320 Fraca Boa 
Fraco à 
tração 0,40 0,43 0,51 0,59 3 e 4 
Lã mineral 
 (Lã de rocha) até 900 Boa Excelente Fraca 0,32 0,37 0,50 0,64 0,77 5,6 e 7 
Sílica diatomácea 
(Terra diatomácea) até 1000 Fraca Regular Fraca 0,58 0,60 0,68 0,78 0,86 7 e 8 
Lã de vidro -180 a 540 Excelente Excelente Fraca 0,25 0,28 0,30 9 
Espuma de plástico 
(poliestireno expan.) -50 a 80 Excelente Não resiste Regular 0,40 10 e 11 
Cortiça -50 a 80 Boa Não resiste Regular 0,25 0,26 11,12 e 13 
Isolantes térmicos flexíveis materiais em forma de mantas (tecidos) 
Amianto até 400 Boa Excelente Regular 0,47 0,50 0,57 0,65 14 
Lã de vidro 
Lã mineral 
Idem acima 
Materiais aplicados por “spray” 
Poliuretanos -240 a 100 Boa Não resiste Regular 0,14 11 
 
 100 
3.14.1 Espessura do Isolamento 
 
A espessura do isolamento a ser adotada será aquela que determinar um valor de Q t inferior ao 
de Q, calculados pelas equações abaixo. 
 
Q= m x cp x ∆t (equação 47), onde: 
Q: quantidade de calor gerada pelo fluido em Kcal/h 
m: vazão mássica do fluido em kg / h 
cp: calor específico do fluido na temperatura considerada em kcal / kg x oC 
∆t: diferença de temperatura em oC entre o fluido entrando na tubulação e em escoamento 
 
Qt =
( ) r 
 
e r
c
i
e
asc
0,9hh
k
r
r2,3log
)TT ( LK2
+
+
−×××pi
 (equação 48), onde: 
Qt = quantidade de calor trocada na unidade de tempo em BTU / hora 
L = comprimento do tubo em pés 
Ts = temperatura do tubo em oF 
Ta = temperatura ambiente em oF 
re = raio externo do isolamento em pés 
ri = raio interno do isolamento em pés 
h = coeficiente de convecção em BTU / pe2 x hora x oF 
hr = coeficiente de radiação em BTU / pe2 x hora x oF 
Kc = coeficiente de condutividade térmica na temperatura em BTU / pé x hora x oF 
 
Coeficiente Kc em BTU / pé x hora x oF 
Temperatura da tubulação 40o C 100o C 200o C 300o C 
Lã de vidro 0,47 0,50 0,57 0,69 
Lã de rocha 0,32 0,37 0,50 0,64 
 
 
Na maioria dos casos, utilizam-se espessuras já consagradas pelo uso, conforme tabela: 
 
 
Espessura do isolamento térmico da tubulação (mm) Hidrossilicato de Cálcio 
Temperatura de operação da tubulação em grau Celsius Diâmetro 
Nominal 
(pol) 75 100 125 150 175 200 250 300 350 400 450 500 550 600 
3/4 25 25 38 38 51 51 63 63 63 63 63 63 63 63 
1 25 25 38 38 51 51 63 63 63 63 63 63 63 63 
2 25 25 38 38 51 51 63 63 63 63 63 63 76 76 
3 25 25 38 38 51 51 63 63 63 63 63 76 76 89 
4 25 25 38 38 51 51 63 63 63 63 76 76 89 89 
6 25 25 38 38 51 51 63 63 76 76 89 102 102 114 
8 25 25 38 38 51 51 63 76 76 89 102 114 114 126 
10 25 38 38 51 51 63 63 76 89 102 102 114 126 126 
12 25 38 38 51 63 63 76 76 89 102 114 126 126 126 
14 25 38 38 51 63 63 76 89 89 102 114 126 126 126 
16 25 38 51 51 63 63 76 89 102 102 114 126 126 126 
20 25 38 51 51 63 63 76 89 102 114 126 126 126 126 
24 25 38 51 51 63 63 76 89 102 114 126 126 126 126 
 
 
 101 
Considerações sobre a Espessura do Isolamento Térmico 
 
A eficiência do isolamento térmico varia com fatores locais como:a localização da tubulação, a 
temperatura ambiente, a umidade do ar e a velocidade do vento. 
 
Custo do isolamento térmico 
 
A espessura ideal para o isolamento é resultante da 
comparação econômica entre o custo do isolamento e o 
custo da energia perdida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – custo das perdas de calor 
2 – custo amortizado anual do isolamento 
3 – custo total 
 
Exemplo Numérico 
 
Verificar se a espessura do isolamento de 2” de lã de vidro, previsto para uma rede de vapor de 4” 
com extensão de 33m (100 pés) é ou não adequada. 
 
Considerar 
 
temperatura de superfície Ts 180ºC (356ºF) 
temperatura ambiente Ta 20ºC (68ºF) 
carga térmica dissipada pela rede de vapor “Q” 55000 kcal/h 
 
Solução, desprezando-se as parcelas de calor trocado por convecção e radiação, teremos: 
 
Qt : 
( )
4"
6"log2,3
683561000,552
×
−×××pi
 = 245736 BTU/h Ξ 55880 kcal/h. 
 
Como “Q” é > “Qt”, a espessura deve ser aumentada; refazendo para 21/2”, teremos: 
 
Qt:= 2 x л x 0,55 x 100 x (356-68) / 2,3 x log (6”÷ 4”) 205523 BTU/h Ξ 51301 kcal/h. ⇒ Ok. 
 
Informes Gerais 
 
As fibras de lã de vidro são fabricadas a partir da escória de altos fornos, adicionando-se no 
momento da fusão da escória rochas selecionadas para obteção do produto final. 
As fibras cerâmicas são obtidas por grãos de alumina e de
sílica. 
As fibras de vidro são obtidas pela fusão de uma composição vítrea específica. 
 
Todos esses produtos são disponibilixados em painéis, calhas, blocos e flocos. 
 
Espessura do isolamento (pol) 
Cu
st
o
s 
( R
$ /
 
AN
O
 
x 
m
 
de
 
co
m
pr
im
en
to
) 
 
 
 
 
CAPÍTULO IV 
 
RESFRIAMENTO DE ÁGUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Torres de Arrefecimento com Tiragem Induzida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 105 
4.1 INTRODUÇÃO 
 
As torres de resfriamento de água são equipamentos que utilizam transferência de massa e de 
energia para resfriar a água. Como as transferências de massa e calor processam-se através de 
superfícies, é desejável que nas torres ocorram a máxima formação de superfícies de água, 
expostas ao fluxo de ar. 
Isto é possível pela aspersão de água criando gotículas e de um “enchimento” gerando um filme 
de água em consequencia dos respingos. O ar necessário para este processo pode ser suprido 
por correntes de convecção ou por meio de conjuntos moto ventiladores. 
Os componentes construtivos principais dessas torres estão mostrados na figura 2 abaixo. 
 
Figura 2 – Componentes Construtivos 
 
1 - escada 9 - entrada de água quente 
2 - base do motor 10 - entrada de ar 
3 - motor do ventilador 11 - enchimento 
4 - eixo de acionamento 12 - canal secundário 
5 - ventilador axial 13 - eliminador de gotas 
6 - redutor 14 - bico aspersor 
7 - corrimão 15 - canal principal 
8 - cilindro de descarga 16 - bacia de água fria 
 
O estudo das torres se fará com base na terminologia indicada a seguir. 
 
 106 
4.2 TERMOS TÉCNICOS 
 
O estudo das torres se faz com base na terminologia citad a seguir: 
 
Água de Circulação - Circulating Water Flow:quantidade de água quente entrando na torre. 
 
Água Adicionada - Make up: água adicionada à água de circulação a fim de repor a água perdida 
no sistema devido à evaporação, arraste e vazamentos. 
 
Altura Manométrica Total - Total Pumping Head: altura manométrica da bomba, necessária para elevar a 
água até o nível do sistema de distribuição. 
 
Altura Manométrica da Torre - Tower Pumping Head: aquela parcela da “Altura Manométrica 
Total” referente à distância entre a borda de água fria da torre e o centro de flange de conexão do 
sistema de distribuição de água quente. Expressa em metros de coluna de água. 
 
Aproximação ao Bulbo Úmido - Approach: diferença de temperatura entre a água fria e a 
temperatura de bulbo úmido. 
 
Arraste - Drift: perda de água da torre em forma de gotículas misturadas no ar de saída. 
 
Ar de Entrada - Entering Air: ar entrando na torre. 
Ar de Exaustão - Exhaust Air: mistura de ar e vapor de água deixando a torre. 
 
Bacia de Coleta de Água Fria - Cold Water Basin: dispositivo debaixo da torre com finalidade de 
coletar a água fria da torre e direcionar esta água para a linha ou caixa de sucção. 
 
Bacia de Distribuição - Distribution Basin: bacia rasa e elevada, situada acima do enchimento a 
fim de distribuir água dentro da torre. 
 
Bacia de Redistribuição - Redistribution Basin: bacia elevada usada para redistribuir água dentro 
da torre. 
 
Bico Borrifador - Spray Nozzle: dispositivo empregado para conformar a água em minúsculas 
partículas e efetuar uma distribuição uniforme da água através da área molhada da torre em 
sistemas de distribuição pressurizada. 
 
Borda da Bacia - Basin Curb : parte superior da parede lateral da bacia de coleta de água fria, geralmente é 
a referência para indicação das cotas da torre. 
 
Caixa de Sucção - Sump: parte mais baixa da bacia de coleta de água fria, usualmente o ponto de 
conexão de sucção. 
 
Carga Térmica - Heat Load: calor removido da água circulante na torre. 
 
Célula - Cell: menor subdivisão de uma torre a qual poderá funcionar como unidade independente 
com respeito aos fluxos de ar e água; as células estão ligadas umas às outras ou por paredes de 
fechamento ou por paredes divisórias. Cada célula poderá possuir um ou mais ventiladores e 
cilindros e um ou mais sistemas de distribuição. 
 
Cilindro de Descarga - Discharge Stack: extensão direcionada para cima, fechada por paredes 
laterais acima do nível dos eliminadores a fim de direcionar o ar de saída dos ventiladores em 
direção vertical; em torres de indução. 
 
Cilindro do Ventilador - Fan Stack: estrutura envolvendo a descarga do ventilador em torres de 
tiragem induzida com o formato de cilindro ou cilindro modificado. 
 
 
 107 
Conexão de Entrada - Inlet Connection : flange ao qual se ligará o tubo de alimentação de água quente. 
 
Largura das Células: dimensão perpendicular ao eixo longitudinal da torre e normalmente em 
ângulo reto com o lado das venezianas. 
 
Comprimento das células: dimensão paralela ao eixo longitudinal da torre no plano em que as 
venezianas se situam. 
 
Altura das células: distância medida da borda da bacia ao topo da plataforma do ventilador porém 
não incluindo o cilindro do ventilador. As medidas nominais são medidas entre as linhas de centro 
das colunas. 
 
Eliminador de gotas: dispositivo destinado a promover as gotículas de água contida no fluxo de ar. 
 
Redutor de Velocidade - Speed Reducer: equipamento que permite variar a velocidade do eixo de 
acoplamento para a velocidade definida para o ventilador. 
 
Resfriamento-Range: diferença entre as temperaturas de água quente e água fria. 
 
Sangria - Blow-Down: descarga de água do sistema, a fim de controlar o nível de sais ou 
impurezas na água de circulação. 
 
Temperatura de Água Fria - Cold Water Temperature: temperatura de água em circulação saindo 
da torre. 
 
Temperatura de Água Quente Hot Water Temperature: temperatura da água em circulação 
entrando no sistema de distribuição 
 
Temperatura do Bulbo Úmido - Wet Bulb Temperature: temperatura indicada pelo psicrômetro. 
Também conhecida como a temperatura de bulbo úmido termodinâmico ou temperatura de 
saturação adiabática. 
 
Temperatura de Bulbo Úmido Ambiente - Ambient Wet Bulb Temperature: temperatura de bulbo 
úmido barlavento (do lado onde sopram os ventos) em relação à torre e livre de interferência da 
mesma. 
 
Temperatura de Bulbo Úmido de Entrada - Entering Wet Bulb Temperature: média das 
temperaturas de bulbo úmido do ar de entrada; incluindo a parcela relativa ao efeito da 
recirculação. 
 
Torre de Resfriamento de Água de Tiragem Mecânica - Mechanical Draft Water-Cooling Tower: torre na 
qual a movimentação do ar é processada por ventiladores. Podem ser de dois tipos: 
 
- com tiragem forçada, quando os ventiladores do tipo centrífugos forem montados na zona de 
entrada do ar; 
 
- com tiragem induzida, quando os ventiladores do tipo axiais forem montados na zona de 
descarga do ar. 
 
Venezianas – Louvers: componentes instalados horizontalmente na torre a fim de dar passagem 
ao ar de entrada; usualmente instalados inclinados a fim de direcionar o ar que entra na torre. 
 
 
 
 108 
 
4.3 COMPONENTES DAS TORRES 
 
4.3.1 Ventiladores 
 
Aplicados em torres com tiragem mecânica induzida 
 
Neste caso os ventiladores são do tipo axiais fabricados com pás de alumínio extrudado, e cubo 
de aço ligado diretamente ao eixo vertical do redutor. 
O cilindro de descarga do ventilador é de altura elevada, a fim de garantir menor potência. Este 
aumento de altura reduz consideravelmente a possibilidade de recirculação de ar quente. 
Um dos cuidados que se deva ter com este tipo ventilador é referente às vibrações, que ocorrerão 
no caso de: 
 
 
- balanceamento defeituoso das pás e dos cubos; 
- fixação defeituosa das pás e dos cubos; 
- diferenças dos ângulos de inclinação das pás; 
- desnível das pás; 
- elemento
externo que interfira na passagem do fluxo de ar; 
- sujeiras nos rasgos de retenção das pás nos cubos; 
- perdas de porcas de fixação das pás nos cubos; 
- defeitos na fixação do redutor e do chassi; 
- sentidos de rotação invertido; 
- inclinações das pás invertidas; 
- ventos de grande velocidade causando turbulência no interior do cilindro; 
- velocidade de ponta periférica das pás acima de 6,0 m/s. 
 
Aplicado em torres com tiragem mecânica forçada 
 
Neste caso os ventiladores são do tipo centrifugo, com simples ou dupla aspiração, equipados 
com flanges circulares nas conexões de entrada, permitindo ligação com os filtros de ar. 
O acoplamento do ventilador com o motor elétrico deve ser feito por meio de conjuntos polia / 
correia ou redutores engrenados. 
 
 
 109 
4.3.2 Enchimento 
 
Objetivo: possibilitar as trocas de massa e calor entre a água e o ar, conforme figura 3. 
 
 
Sugerido para o resfriamento de Ideal para circuitos com água 
água com sólidos em suspensão Figura 3 na temperatura limitada a 60ºC. 
 
4.3.3 Eliminador de Gotas 
 
Objetivo: promover a retenão de gotículas de água misturadas com o ar, conforme figura 4. 
É composto por um conjunto de lâminas configuradas horizontal ou verticalmente e instaladas 
próximo à saída de exaustão das torres. Se o ar estiver na velocidade de 4m/s na temperatura de 
35º C, pesando 1,15 kg/m3, a retenção será de 99,7% e a perda de carga de 25 ou 40 mmca, se 
o espaçamento entre as lâminas for de 35 ou 25 mm, respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Arranjo horizontal Figura 4 Arranjo vertical 
 
4.3.4 Distribuidor de Água: 
 
Objetivo: promover a aspersão do fluxo de água quente sobre o enchimento, conforme figura 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Distribuidor de Água 
 
 110 
4.4 TIPOS DE TORRE 
 
TORRE DE RESFRIAMENTO DE BORRIFAMENTO COM TIRAGEM NATURAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TORRE DE RESFRIAMENTO HIPERBÓLICA COM TIRAGEM NATURAL 
 
Nessas torres, a movimentação do ar depende do “efeito chaminé” o qual por meio de diferença 
de densidades, movimentam o ar. 
Estas torres são por tiragem natural, construídas no formato hiperbólico em concreto e para 
grandes capacidades térmicas. 
 
 
 
 
Consultar bibliografia específica: 
 
1) Air-Cooled Heat Exchangers and Cooling Towers: Thermal-Flow Performance Evaluation 
and Design. Vol. 1 by Detlev G. Kroger (Hardcover – April 1, 2004). 
 
2) Air-Cooled Heat Exchangers and Cooling Towers: Thermal-Flow Performance Evaluation 
and Design. Vol. 2 by Detlev G. Kroger (Hardcover – July 30, 2004). 
 
 
Nessas torres produz-se grande 
quantidade de minúsculas gotículas 
através dos bicos aspersores. O 
movimento do ar para o necessário 
resfriamento da água depende das 
condições atmosféricas e do efeito de 
aspiração dos bicos aspersores. 
 
 
 111 
TORRE DE RESFRIAMENTO COM TIRAGEM MECÂNICA 
 
Nessas torres a movimentação do ar é efetuada por intermédio de um ventilador. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À LOCALIZAÇÃO DO VENTILADOR 
 
 
 
 
Forçada - Na qual o ventilador situa-se junto à entrada do ar. 
 
 
 
 
 
Induzida - Na qual o ventilador situa-se junto à saída do ar. 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIREÇÃO RELATIVA ENTRE O AR E A ÁGUA 
 
 
 
 
 
 
 
Corrente Cruzada - Na qual a água em queda 
vertical é resfriada pelo ar em trajetória 
horizontal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contra Corrente - Na qual a água em queda vertical é 
resfriada pelo ar em trajetória vertical ascendente, 
podendo ser de fluxo duplo ou fluxo simples. 
 
 
 
 
 112 
4.5 IMPLANTAÇÃO DE TORRES 
 
A implantação de torres de resfriamento para uso em sistemas de recirculação de água com 
gradientes térmicos requer o conhecimento do lay-out da planta industrial e da previsão de futuras 
expansões. Analisando a direção dos ventos predominantes do local em função destes informes, 
pode-se prever a ocorrência ou não de impactos nas torres designados por interferências, figura 6 
e por recirculações, figura 7. 
OCORRÊNCIA DE INTERFERÊNCIAS 
 
 
Figura 6 – Interferência entre Torres 
 
A interferência ocorre quando o fluxo de ar quente e úmido lançado na atmosfera pelo exaustor 
de uma torre, for dirigido segundo a direção dos ventos predominantes as tomadas de ar de uma 
torre vizinha. Será evitada se o afastamento entre elas assegurar uma distancia “d” maior ou igual 
a semi soma dos comprimentos de cada uma. 
OCORRÊNCIA DE RECIRCULAÇÕES 
 
A recirculação ocorre quando a própria torre 
readmite o ar quente e úmido descarregado por 
seu exaustor, alterando o valor da temperatura de 
bulbo úmido do ar ambiente. Esta alteração influi 
no “Resfriamento” e em conseqüência na 
performance da torre. 
O efeito descrito desta recirculação é corrigido 
aplicando à temperatura de bulbo úmido do ar 
ambiente um valor adicional, calculado pela 
expressão abaixo: 
Tbu corrigido = Tbu + (F1 x F2). (equação 49) 
Os valores do fator de correção F1, função da 
aproximação e do resfriamento, e do fator F2 
função da recirculação, estão indicados nas 
tabelas que se seguem na página 113. 
 
Exemplo numérico Figura 7 - Recirculação na Torre 
Considerando Taf= 45oC (113ºF), Taq= 58,8oC (138ºF), Tbu= 35oC (95ºF), vazão = 5000m3 /h, 
teremos: 
aproximação (113-95)= 18º F, resfriamento (138-113)= 25ºF ⇒ F1 = 1,44, 
vazão de água 5000m3 /h ⇒ F2 = 1,5. 
Assim o fator de coreção do Tbu será 1,44 x 1,5 = 2,16ºF. 
Logo TBU corrigido será de 95+2,16 = 97,16ºF ou 36,13ºC. 
 
 113 
Fator F1 - Correção do Bulbo Úmido devido à aproximação (A), e ao resfriamento (R) em oF. 
 
 R 
A 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 
5 0.29 0.47 0.64 0.80 0.97 1.14 1.30 1.47 1.63 1.80 
6 0.31 0.49 0.68 0.85 1.03 1.20 1.37 1.56 1.73 1.91 
7 0.33 0.51 0.71 0.89 1.08 1.25 1.44 1.63 1.83 2.01 
8 0.35 0.53 0.74 0.93 1.12 1.30 1.50 1.70 1.91 2.10 
9 0.37 0.55 0.76 0.97 1.16 1.35 1.56 1.77 1.97 2.18 
10 0.39 0.57 0.78 1.00 1.20 1.40 1.62 1.83 2.04 2.25 
11 0.41 0.59 0.81 1.04 1.24 1.45 1.66 1.88 2.09 2.31 
12 0.43 0.61 0.84 1.07 1.27 1.49 1.70 1.92 2.13 2.36 
13 0.45 0.63 0.86 1.10 1.30 1.52 1.74 1.96 2.17 2.40 
14 0.46 0.65 0.88 1.13 1.33 1.55 1.77 1.99 2.21 2.44 
15 0.47 0.67 0.90 1.15 1.36 1.57 1.80 2.02 2.25 2.47 
16 0.49 0.69 0.93 1.18 1.39 1.61 1.83 2.06 2.29 2.52 
17 0.51 0.70 0.95 1.20 1.42 1.64 1.86 2.10 2.33 2.57 
18 0.52 0.72 0.97 1.22 1.44 1.66 1.89 2.13 2.37 2.61 
19 0.53 0.74 0.99 1.24 1.46 1.68 1.92 2.16 2.40 2.64 
20 0.54 0.75 1.00 1.26 1.48 1.70 1.95 2.19 2.43 2.67 
21 0.55 0.77 1.02 1.28 1.50 1.73 1.98 2.22 2.46 2.70 
22 0.56 0.79 1.04 1.30 1.52 1.76 2.00 2.25 2.49 2.73 
23 0.57 0.80 1.05 1.31 1.54 1.78 2.02 2.27 2.52 2.76 
24 0.58 0.81 1.06 1.32 1.56 1.80 2.04 2.29 2.54 2.79 
25 0.58 0.82 1.07 1.33 1.57 1.82 2.06 2.31 2.56 2.81 
 
 
Fator F2 - Correção do Bulbo Úmido devido à recirculação. 
 
 
 
 114 
4.6 BACIA DE ÁGUA FRIA 
 
A bacia de água fria das torres tem como objetivo garantir a drenagem e a imediata reposição de 
um fluxo de ar, a fim de que o teor de sólidos em suspensão na água fria circulada fique mantido 
em concentração pré-determinada. 
Isto porque quando o fluxo de água quente for lançado em gotículas sobre o enchimento, uma 
parte se vaporiza e outra será recolhida na bacia de água fria da torre, tornando crescente a 
concentração de sólidos neste volume, exceto se, parte deste volume for ciclicamente drenado e 
reposto pela água de make-up. 
Este procedimento deverá ser adotado toda vez que o
“ciclo de concentração”, relação entre o 
teor de sólidos (cloretos) existente na água fria contida na bacia da torre e na água de make-up 
for igual a 5. 
Em função do exposto conclue-se que o fundo da bacia de água fria deverá ser projetado com 
inclinação, dirigindo o conteúdo de sólidos sedimentados a um poço de decantação, de onde será 
drenado à destinação final, conforme figura 8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A qualidade físico química da água neste circuito deverá ser 
 
pH 7 a 8 
Sílica 40 mg / l 
Cloretos 50 mg / l (máximo) 
Sulfatos 150 mg / l 
Salinidade 400 mg / l 
 
4.7 ARRANJO CONSTRUTIVO 
 
O arranjo construtivo desses sistemas deve ser estudado com base no fluxograma que se segue 
contemplando os tópicos referentes: 
 
- às condições operacionais dos trocadores de calor em emergência quando da parada não programada 
das bombas de circulação de água; 
- à simultaneidade de operação dos trocadores de calor; 
- à elevação das torres em relação aos trocadores de calor; 
- à possibilidade de mistura dos fluxos de retorno de água quente. 
 Figura 8 - Corte AA 
 Planta 
 
 115 
FLUXOGRAMA BÁSICO 
 
 
 116 
4.8 PARÂMETROS DIMENSIONAIS 
 
TEMPERATURA MÉDIA DA ÁGUA QUENTE 
Calculada pela expressão: 
n21
qnnq22q11
m
vvv
tvtvtv
t
++
×+×+×
= (equação 50) 
onde: 
v1 a vn vazão de água em m3 / h 
tq1 a tqn temperatura da água quente em ºC 
CARGA TÉRMICA NA TORRE 
Calculada pela expressão: Q = m x cp x T∆ , (equação 51) 
 
onde: 
Q carga térmica em kcal / h 
m vazão mássica de água em kg / h 
cp calor específico de água em kcal/ºC x kg 
T∆ diferencial de temperatura em ºC 
VAZÃO DE AR DO VENTILADOR. 
 
Calculada pela expressão: ma r= m x cpágua x (tq-tf) / (Hs-He) (equação 52) 
onde: 
m a r vazão mássica do ar em kg / h 
m vazão mássica de água em kg / h 
cp água calor específico de água em kcal / kg x ºC 
tq temperatura da água quente em ºC 
tf temperatura da água fria em ºC 
Hs entalpia do ar saturado na saída da torre em kcal / kg 
He entalpia do ar na entrada da torre em kcal / kg 
 
VAZÃO DE ÁGUA VAPORIZADA 
 
Calculada pela expressão: Vv = Q / (h x águaρ ) (equação 53) 
 
onde: 
Q carga térmica em kcal / h 
h calor latente de vaporização de água em kcal / kg 
águaρ peso específico de água em kg / m3 
Vv vazão de água vaporizada em m3 /h 
 
 
A seguir serão mostrados os critérios para o dimensionamento termo hidráulico. 
 
 117 
4.9 DIMENSIONAMENTO TERMO-HIDRÁULICO 
 
Exemplo numérico, com base no fluxograma do Item 7 e no quadro abaixo: 
 
EQUIPAMENTO TC-1 TC-1 TC-2 TC-2 
PARÂMETRO ENTRADA SAÍDA ENTRADA SAÍDA 
vazão m3/h 45 45 150 150 
pressão kgf/cm2 2,2 2,0 10,0 10,0 
temperatura ºC 35 40 35 55 
nível + 08.000 + 32.000 
volume hidráulico circuito fechado do TC-2 - 12,04 m3 
operação dos trocadores simultânea 
 
Calcular: 
- temperatura média 
- carga térmica 
- vazão vaporizada 
- vazão de arraste 
- vazão de blow down 
- vazão de make-up 
 
Solução 
 
Temperatura média: (45 x 40 +150 x 55) ÷ (45 +150)= 51,53 ºC 
 
Carga térmica: (45 + 150) x 987 x 1 x (51,53-35)= 3181,44 x 103 kcal / h, 
 
sendo: 
peso especifico da água na temperatura 51,53ºC: 987 kg/m3 
calor especifico da água na temperatura 51,53ºC: 1,0 kcal / oC x Kg 
calor latente de vaporização da água na temperatura 51,53oC 568,4 kcal / kg, teremos: 
 
- vazão vaporizada V1: (3181,44 x 103 / 568,4 x 987)= 5,67 m3 / h 
 
- vazão de arraste, 25% da vaporizada V2 : 5,67 x 0,25= 1,41m3/h 
 
- vazão de blow-down V3: 1,26 m3/h 
 
A vazão de 1,26 m3/h foi obtida pelo diagrama da Drew, tabela 3, página 118, considerando: 
 
ciclo de concentração (CC) 5, 
temperatura de água quente 51,53ºC (124,7º F), 
temperatura de água fria 35ºC (95ºF), 
∆T 29,7ºF 
vazão 195m3/h (858,5 gpm), 
 
fazendo: 858,5 x 0,0065 = 5,58 gpm ou 1,26m3/h. 
Logo a vazão de make-up V4 : 5,67 + 1,41 + 1,26= 8,34 m3/h 
Pode-se também estimar a vazão de make-up pelo diagrama da Drew, aplicando a relação: 
858,5 x 0,0375 = 32,19 gpm ou 7,30 m3/h 
 
 118 
TABELA 3 – VAZÃO DE BLOW- DOWN 
 
Fonte original: “Drew Principles of Industrial Water Tratment” - pág. 255 - Edição 1977. 
 
 
 
Exemplo: 
Sendo - vazão de água na torre 195 m3/h ou 858,5gpm 
 - temperatura água quente 51,53º C ou 124,7ºF 
 - temperatura água fria 35,00ºC ou 95º F 
 - ciclo de concentração 5 
determinar - a vazão de make up e a de blow down. 
 
Procedimento 
Alinhar o diferencial de temperatura 29,7º F com CC 5. 
Ler o valor de B= 0,65 e o valor de M= 3,75 e calcular: 
blow down 858,5 x 0,0065= 5,58 gpm ou 1,26 m3/h 
make-up 858 x 0,0375= 31,76 gpm ou 7,2 m3/h. 
 
Lembrar que: OC X 1,8 + 32 = OF 
 
 119 
4.10 DIMENSIONAMENTO DO VENTILADOR 
Vazão de Ar pelo Balanço Entálpico – Exemplo Numérico 
 
Considerando os referenciais: 
 
- vazão de água fria 195 m3 / h 
- temperatura de água fria 35ºC 
- temperatura de água quente 51,53ºC 
- calor especifico da água 1,00 kcal / kg x oC 
- temperatura de bulbo úmido do ar ( na entrada da torre) 32ºC (89,6ºF) 
- temperatura de bulbo úmido (ar saturado na saída da torre) 51,53ºC (124,7ºF) 
- peso específico da água a 51,53°C 987 kg / m3 
 
Calcular a vazão de ar e a potência do ventilador. 
 
Solução: 
 
Cálculo das entalpias do ar conforme página 129 e tabelas 4 / 5 páginas 130 a 132. 
 
Aplicando H= cp x t + W x hg, vem: 
 
na entrada He: 0,24 x 89,6 + 0,03078 x 1100,3= 55,36 Btu / lb → (30,75 kcal / kg) 
na saída Hs: 0,24 x 124,7 + 0,09200 x 1115,6= 132,55 Btu / lb → (73,63 kcal / kg) 
 
Cálculo da vazão de ar conforme o Item 8.3, página 1.1.6. 
 
mar: 195 x 987 x 1,00 x (51,53 – 35) / (73,63 – 30,75) = 74194 kg / h. 
 
 
Potência do Ventilador 
 
A potência do ventilador é definida pela expressão: N = mar x P ÷ η x 74,6 (equação 54) 
onde: 
 
 
N: potência, em Hp 
mar vazão másica de ar, em kg/s 
P: pressão diferencial, em mca 
A pressão “P” é função da tiragem da torre, 
se forçada ou induzida. 
 
No caso de torres com tiragem forçada a 
pressão do ventilador será determinada, 
calculando-se as perdas de carga na sucção 
(S) e na descarga ( I ) do ventilador, no bocal 
(D) de saída da torre e considerando uma 
pressão positiva no interior da torre no valor 
de 30 mmca. 
 
 
 120 
No caso de torres com tiragem induzida, a 
pressão do ventilador será determinada 
calculado-se as perdas de carga nas 
entradas de ar (E), no bocal (D) de saída da 
torre, e considerando uma pressão negativa 
no interior da torre no valor de 30 mmca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para ambos os casos a perda de carga nos eliminadores de 
gotas será obtida através do diagrama ao lado, que 
considera a velocidade do fluxo de ar, na faixa de 2,0 a 5,0 
m/s, e o espaçamento entre perfis de 25 ou 35 mm. 
Os demais cálculos para determinação das perdas deverão 
seguir os referenciais citados no Item 9.4, página 263. 
 
Cálculo da potência - Exemplo numérico 
 
Assumindo P = 100 mca, η = 85% arδ = 1,1 kg / m3, e Q = 74194 m3/h, vem: 
Potência: (74194 ÷3600) x 100 x 1,1 / 0,85 x 75 = 35,5Hp ou 26,6 kw 
 
4.11 CÁLCULO DA ELEVAÇÃO DO TANQUE COLETOR DE ÁGUA QUENTE 
 
Exemplo numérico, calcular a altura “h“ entre o tanque coletor e a torre, de modo a assegurar no 
ponto “2” a vazão de 195 m3 / h a 5 mca, conforme fluxograma (Item 7). 
 
Solução: 
 
Aplicando Bernoulli 
( J Z 
2g
v
 g) ρ / PZ 
2g
v
 ) g ρ / P
2
2
2
21
2
1
1 +++=++ ( , 
tem-se: 
v1= 0 
h= Z1 - Z2 
Q= 195 m3 / h = 0,05417 m3 / s 
J= 0 (suposto não ter perda de carga) 
P1= atmosférica ( “zero” manométrica) 
P2 / g ρ = 5,0 mca (manométrica) 
 
2g / vg /Ph 
2g
v
 
g ρ
Ph 
gρ
patm 2
2
2
2 +ρ=∴+=+ , 
Para a velocidade de 2,0 m / s, vem: h= 5 + m5,2
9,812
22
 
 
====
××××
 
 
 121 
4.12 TANQUE DE EXPANSÃO PARA CIRCUITOS FECHADOS 
 
Nas instalações em que o arrefecimento da água se processar em circuito fechado, há de se 
prever um tanque de equalização, a fim de permitir as variações do volume líquido contido no 
circuito fechado, bem como possibilitar sua pressurização. O volume do tanque de expansão far-
se-á equivalente a três vezes a variação volumétrica ocorrida. 
Um terço deste volume será ocupado pelo gás inerte. 
 
Como a pressão mínima no sistema ocorrerá quando o gás ocupar um volume correspondente a 
dois terços do volume do tanque, podemos concluir que o volume de gás inerte necessário para 
garantir a pressão máxima será obtido pela relação: 
 
Volume de gás = volume do tanque x pressão máxima / 3 
 
Cálculo do Volume do Tanque de Expansão 
Exemplo Numérico 
 
Com base nos dados abaixo, referentes ao trocador de calor TC-3 do fluxograma do Item 7, 
- temperatura mínima da água= 30ºc 
- temperatura máxima da água= 100ºc 
- volume hidráulico= 12000 litros 
 
Determinar o volume do tanque de expansão e o volume do gás inerte. 
 
Solução: 
 
Da tabela de vapor tiramos: 
 
- volume específico da água na temperatura mínima de
 
0ºC→ 0,0010001 m3 / kg 
- volume específico da água na temperatura máxima de 100ºC→ 0,0010435 m3 / kg 
- volume específico da água na temperatura ambiente de 30ºC→ 0,0010444 m3 / kg 
 
Cálculo da massa de água 
 
12,00 m3 = m x 0,001044 m3 / kg∴ m= 11 489,85 kg 
 
Cálculo da variação volumétrica 
 
volume mínimo 
 
11489,85 x 0,0010001= 11,49 m3 
volume máximo
 
11489,85 x 0,0010453= 12,01 m3 
variação volumétrica 12,01 - 11,49= 0, 52 m3 
 
Cálculo do volume do tanque de expansão 
 
Volume 0,52 x 3= 1,56 m3 
 
Cálculo do volume de gás inerte 
 
Volume de gás 1,56 x 7 / 3 = 3,64 m3 a 7,0 kgf/cm2 
 
 
 
 
 122 
4.13 SELEÇÃO DE TORRES 
 
A escolha de torres de arrefecimento poderá ser feita por meio do “Diagrama de Seleção” do 
fabricante. Nesse diagrama existem três famílias de curvas: 
 
- primeira com as temperaturas de água fria, 
- segunda com as diferenças de temperatura entre água quente e fria e 
- terceira com os modelos codificados de acordo com o fabricante. 
 
Para a seleção do modelo da torre, proceder como indicado: 
 
- primeiro: marcar a temperatura de bulbo úmido local. 
 
- segundo: a partir da temperatura de bulbo úmido traçar reta paralela ao eixo das abscissas até a 
interseção com a curva de temperatura de água fria ( ponto 1 ). 
 
- terceiro: a partir do ponto 1 paralelamente ao eixo das ordenadas, traçar uma reta até a 
interseção com a curva ( ponto 2 ) com o diferencial de temperatura. 
 
- quarto: marcar a vazão de água a ser resfriada; por este ponto traçar uma reta paralela ao eixo 
das ordenadas. 
 
- quinto: traçar uma reta a partir do ponto 2 paralelamente ao eixo das abscissas. A interseção no 
ponto 3, determinará o modelo da torre . 
 
 
 
Nota: o uso desse diagrama não possibilita avaliar os impactos na performance da torre quando 
desvios ocorrerem nos parâmetros indutores, como também não determina o fluxo de ar 
envolvido. 
 
 
 123 
FOLHA DE DADOS PARA TORRES DE ARREFECIMENTO 
 
1 Identificação: 8 Motor elétrico do ventilador 
2 Quantidade: Fabricante: 
3 Aplicação: Modelo: 
4 Fabricante Carcaça: 
5 Dados de Projeto Rotação 
 
 Vazão de água circulante m3/h 
 
 Potência 
 
 Vazão de “Make Up” m3/h 
 
 Tensão 
 
 Temperatura da água quente °C 
 
 Fases: 
 
 Temperatura da água fria °C 
 
 Freqüência: 
 
 Temperatura de bulbo úmido °C 
 
 Proteção IP: 
 
 Carga térmica kcal/h 
 
 Fator serviço: 
 
 Perdas por respingo % 
 
 Classe isolamento: 
 
 Perdas por evaporação % 
 
 Sobre-elevação de temperatura: 
 
 Pressão no flange de água 
quente 
 mca 
 
 
 
 Ambiente Salino não salino 9 Materiais 
Dados da torre: 
 
 Pás ventilador: 
Pressão do ventilador: 
 
 Cubo do ventilador: 6 
 Vazão do ventilador: 
 
 Eliminador de respingos: 
 
 Tipo: Forçada induzida 
 
 Venezianas: 
 
 Modelo: C. corrente C.cruzada 
 
 Enchimento: 
 
 Entrada de ar: 
 
 
 
 Venezianas Sim Não 10 Pintura (costado) cor: 
 
 Corrimão de proteção Sim Não 11 Acessórios 
 
 Diâmetro do bico ejetor: 
 
 Chumbadores 
 
 Diâmetro flange de entrada: 
 
 Manômetro 
 
 Diâmetro flange saída: 
 
 Termômetro 
 
 Tipo dos flanges : 
 
 
 
 Classe de pressão dos flanges: 
 
 
 
 Volume da bacia de água fria m3 12 Ensaios 
 
 Carga fundação: Nota 1 
 
 Performance 
 
 Altura mm 
 
 Balanceamento Estático 
 Dinâmico 
 
 Largura mm 
 
 Motor 
 
Dimensões da torre 
Compriment
o 
 mm 
 
 Rotina 
 
 Dimensão da peça maior: nota 1 mm 
 
 
 
Transporte 
 Peso total:: nota 1 Kg 13 Notas 
7 Acionamento motor-ventilador 
 
 Redutor (de engrenagens) 1) pelo fabricante 
 Redutor (de polias) 
 
Tipo 
 Correia polia 
 Fabricante redutor 
 Fator serviço redutor 
 
 Diâmetro polia 
 
 
 Quantidade de correias 
 
 
 
 
 124 
4.14 PROCEDIMENTOS PARA OPERAÇÃO DE TORRES 
PRÉ - OPERAÇÃO 
 
LIMPEZA INICIAL 
 
Proceder à completa limpeza da torre e da bacia de água fria. 
Inspeção 
 
Verificar: 
 
- se os redutores estão cheios de óleo de lubrificação até a marca de nível do visor; 
- se os parafusos de fixação do suporte, do motor, do redutor e do ventilador estão devidamente 
apertados; 
- o aperto dos parafusos das pás dos ventiladores nos cubos, utilizando torquímetro com 
indicador de torque; 
- a ligação dos cubos com o eixo do redutor; 
- a possível existência de água de condensação no óleo do redutor e drenar se necessário, pela 
marca feita no visor. 
 
Inspecionar 
 
- o tubo de alimentação de água quente; 
- as ligações de força e de controle dos motores, o isolamento e a lubrificação dos mesmos, 
segundo as instruções do fabricante. 
 
Movimentar 
 
- o ventilador, observando o sentido de rotação indicado a fim de possibilitar uma prévia 
lubrificação das engrenagens superiores do redutor. 
 
CIRCULAR 
 
- a água através da torre continuamente por um dia no mínimo, célula por célula, eliminando-se o 
volume de água fria circulado. Esta circulação de água permitirá a limpeza final das bacias de 
água fria e dos enchimentos, removendo pequenos detritos restantes. Em seguida e após a 
paralisação da torre, drenar o sistema e repor o volume de água na bacia. 
OPERAÇÃO 
 
Abrir totalmente as válvulas de entrada de água. 
Partir as bombas de circulaçãoe os ventiladores observando as condições de controle. 
 
 
 125 
4.15 TESTES EM TORRES 
 
Os testes nas torres de resfriamento servem para estabelecer as condições de conformidade 
entre os dados de projeto e a performance efetiva da torre. 
 
Na maioria ds vezes os valores das temperaturas de água quente, de água fria, de bulbo úmido e 
de vazão de água na ocasião do teste, não correspondem
com os fixados em projeto, o teste é 
efetuado em condições específicas. 
Resulta portanto que o teste de aceitação seja desenvolvido com base na norma ATP105 do 
Cooling Tower Institute. 
 
O prazo limite para a execução do teste não poderá ser superior a doze meses após a montagem 
da torre. 
 
4.15.1 Condições da torre 
 
Na ocasião do teste, a torre deverá encontrar-se nas condições abaixo citadas: 
 
- o sistema de distribuição deverá estar limpo e isento de materiais estranhos que possam 
obstruir ou impedir a vazão normal da água; 
- os ventiladores deverão estar ajustados na rotação adequada e consumo especificado; 
- os eliminadores de gotas deverão estar limpos e isentos de algas e outros depósitos que 
possam impedir a vazão normal do ar; 
- os enchimentos deverão estar isentos de materiais como óleo, material betuminoso, 
incrustações e algas; 
- o nível da água na bacia de água fria deverá estar na altura máxima e ser mantido constante 
durante o teste. 
 
4.15.2 Condições operacionais para o teste 
 
O teste deverá ser conduzido observando as seguintes condições de conformidade:: 
 
- a temperatura de bulbo úmido deverá situar-se numa faixa entre 3ºF acima e 7ºF abaixo da 
temperatura de bulbo úmido de projeto; 
- a carga térmica deverá situar-se numa faixa de 20% acima e abaixo da especificada. Caso uma 
ou mais células estejam desligadas, esta limitação aplica-se somente às células em operação; 
- a faixa de resfriamento deverá situar-se 20% acima ou abaixo da especificada; 
- a vazão de água fria em circulação deverá situar-se numa faixa de 10% acima e/ou abaixo da 
especificada. No caso de torres multicelulares é permitido desligar uma ou mais células, caso não 
se consiga obter a vazão desejada. A vazão total não poderá ser inferior a 75% da vazão total 
especificado para a torre. 
- a água em circulação não poderá conter mais de 5000 ppm de sólidos totais dissolvidos 
determinados por evaporação, e não mais de 10 ppm de óleo, material betuminoso, ou 
substâncias graxas, salvo haja um acordo especificado entre o fabricante e o comprador; 
- a velocidade média dos ventos não deverá ultrapassar 16 km / h, leituras instantâneas de um 
minuto não deverão exceder 24 km / h. 
 
 
 126 
4.15.3 Constância das condições de teste 
 
Durante o teste a variação das condições estabilizadas deverá ser mantida nos limites: 
 
- vazão de água em circulação: não deverá variar mais de 5%; 
- carga térmica total: não deverá variar mais de 5%; 
- faixa de resfriamento: não deverá variar mais de 5%. 
 
As leituras instantâneas da temperatura de bulbo úmido poderão flutuar, porém as variações das 
médias não poderão exceder 2oF por hora. As temperaturas deverão ser arredondadas ao 0,1oF 
mais próximo. 
As leituras deverão ser processadas em intervalos regulares conforme tabela abaixo. 
 
PARÂMETRO A SER MEDIDO UNIDADE NÚMERO DE LEITURAS 
temperatura de bulbo úmido o F 6 
temperatura de água fria o F 6 
temperatura de água quente o F 6 
vazão de água em circulação gpm 3 
altura manométrica da torre pés 3 
potência do motor hp 1 
velocidade do vento mph registro gráfico 
teperatura da água de reposição o F 2 
vazão da água de reposição gpm 2 
temperatura da água de sangria oF 2 
vazão da água de sangria gpm 2 
4.15.4 Duração do teste 
 
Após atingir as condições estáveis, a duração do teste efetuado com o número de leituras citado 
será de uma hora. 
4.15.5 Medições 
 
DAS VAZÕES DE ÁGUA 
 
- As medições das vazões de água de circulação na entrada da torre, de make-up, e de blow-
down deverão ser efetuadas por meio de placas de orifício, medidores venturi. 
 
DAS TEMPERATURAS DA ÁGUA 
 
- As medições deverão ser efetuadas por meio de termômetros de mercúrio, com graduação de 2oF. O 
local dessas medições necessariamente seguirá as determinações abaixo: 
 
- temperatura de água quente: na tubulação vertical de entrada da torre. Em torres multicelulares 
na tubulação de distribuição, porém antes das saídas para a primeira célula.. 
 
- temperatura de água fria: na descarga da bomba de recirculação, levando em conta o acréscimo 
de temperatura devido ao atrito na mesma. 
 
- temperatura da água de make-up: na entrada da bacia de água fria da torre. 
 
- temperatura da água de blow down: na descarga da torre. 
 
 127 
DA TEMPERATURA DE BULBO ÚMIDO 
 
- A medição deverá ser efetuada com psicrômetros de aspiração mecânica. 
- A leitura em um determinado instante será a média de três leituras consecutivas efetuadas com 
intervalos de 10 segundos. A média aritmética de seis medidas cada uma com três leituras será o 
valor da temperatura de entrada na torre a ser considerado nos testes. 
- A graduação dos termômetros não deverá ultrapassar 0,25 oF. 
- O elemento sensível deverá ser protegido contra interferência de radiação solar. 
- Os termômetros deverão estar localizados a 1,60 m acima da borda da bacia de água fria e a 
1,30 m da entrada de ar na torre. 
- A velocidade do ar no psicômetro deverá ser de 4,85 a 5,35 m / s. O algodão que envolve o 
elemento sensível, deverá estar limpo e suprido de água destilada com temperatura do bulbo 
úmido a ser medida. 
- Os termômetros deverão ser colocados em três pontos de medição em cada entrada de ar da 
torre. 
 
DA VELOCIDADE DOS VENTOS 
 
- A medição deverá ser efetuada com um anemômetro. 
- O local da medição a barlavento, lado de onde vêm os ventos, da torre deverá ser aberto e 
desobstruído, 
- O anemômetro deverá ser posicionado na elevação de 1,6 metros acima da borda da bacia de 
água fria. 
 
DA POTÊNCIA CONSUMIDA PELO VENTILADOR 
 
- será determinada por meio da medição da voltagem, da amperagem e do fator de potência. 
 
QUALIDADE DA ÁGUA 
 
- A qualidade da água deverá ser obtida por uma amostra coletada durante o teste. Caso haja 
dúvidas quanto à contaminação da água, a amostra deverá ser enviada para exames 
laboratoriais. 
- O ciclo de concentração considerado no projeto não poderá ser alterado durante os testes. 
 
 
 128 
4.16 CURVAS 
 
4.16.1 Curva de Projeto 
 
É uma curva ascendente para a direita representando em um gráfico de coordenadas KaV/L e 
L/G o serviço térmico do sistema usuário da torre, nas condições de projeto, determinando os 
valores de KaV/L em função de L/G. 
Sabe-se que uma mesma troca térmica na torre, efetuada com maior fluxo de ar requer menor 
capacidade da torre. Isto em outras palavras significa que para um valor L/G menor, 
corresponderá um KaV/L menor e a um L/G maior, um KaV/L maior. 
Do exposto, concluí -se que a curva de projeto será ascendente para a direita como citado. Esta 
curva será determinada pela expressão: ∫
−
=
q
f
t
t hH
dt
L
KaV
 (equação 55) 
 
Nessa equação, conhecida como equação de Merkel, tem-se: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resolvendo esta integral ∫
−
q
f
t
t hH
dt
, teremos: =
L
KaV






+++
−
4321 ∆h
1
∆h
1
∆h
1
∆h
1
4
ftqt
, 
 
onde: 
 
∆h1: valor de (H1 – h1) na temperatura tf + 0,1 (tq – tf) 
 
∆h2: valor de (H2 – h2) na temperatura tf + 0,4 (tq – tf) 
 
∆h3: valor de (H3 – h3) na temperatura tq - 0,4 (tq – tf) 
 
∆h4: valor de (H4 – h4) na temperatura tq - 0,1 (tq – tf) 
 
 
 
 
 
A curva será traçada lançando-se em um par de eixos cartesianos, os valores de L/G e os 
correspondentes KaV/L calculados como indicado no exemplo numérico que se segue, para a 
temperatura de bulbo úmido de 76º F, temperatura de água fria de 86º F e temperatura de água 
quente 116º F. 
tq: temperatura da água quente. 
tf: temperatura da água fria. 
H: entalpia da mistura ar vapor de água, na temperatura. 
h: entalpia da mistura ar vapor de água, na temperatura de equilíbrio do
bulbo úmido. 
a: área do filme de ar envolvendo a gotícula de água. 
G: vazão mássica de ar seco. 
K: coeficiente de condutância global de transferência de massa entre o ar saturado na 
temperatura do fluxo de água, a água e o ar. 
L: vazão mássica de água. 
V: volume ativo de resfriamento por unidade de área. 
 
 129 
4.16.1.1 Traçado da Curva de Projeto 
 
Para traçar esta curva calculam-se os valores das entalpias: 
- o valor da entalpia “H” na temperatura de bulbo úmido; 
- os valores das entalpias “h” nas temperaturas intermediárias equivalentes a 10%, 40%, 60% e 
90% da relação (tq – tf ), para três valores de ”L / G” menor, igual e maior que a relação “L/G” de 
projeto. Nesse exemplo esse valores serão considerados 0,80, 1,00 e 1,20. 
O valor da entalpia “H” é determinado pela expressão: H= cp x t + W x hg (equação 56) 
onde: 
cp: calor específico do ar em BTU / lb x oF 
t: temperatura de bulbo úmido do ar em oF 
w: umidade absoluta do ar na temperatura em (lb / lb), ver tabela 4 
hg: entalpia do vapor saturado na temperatura em BTU / lb, ver tabela 5 
 
Resolvendo para t= 76oF, vem: H = 0,24 x 76 + 0,0196 x 1094,7= 39,57 BTU / lb 
Os valores de “h” nas temperaturas intermediarias para “L/G” = 0,80 estão calculados abaixo. 
 
Temperatura oF H h H-h 
temperatura bulbo úmido = 76,0 39,57 
temperatura água fria = 86,0 
Hbu + 0,1 L/G ( tq –tf ) tf + 0,1(tq - tf ) = 89,0 54,56 39,57 + 0,1 x 0,8 (116 – 86) = 41,97 12,59 
Hbu + 0,4 L/G ( tq –tf ) tf + 0,4(tq - tf) = 98,0 68,23 39,57 + 0,4 x 0,8 (116 – 86) = 49,17 19,06 
Hbu + 0,6 L / G ( tq –tf ) tq - 0,4(tq - tf ) = 104,0 79,32 39,57 + 0,6 x 0,8 (116 – 86) = 53,97 25,35 
Hbu + 0,9 L/G ( tq –tf ) tq - 0,1(tq - tf ) = 113,0 99,71 39,57 + 0,9 x 0,8 (116 – 86) = 61,17 38,54 
temperatura água quente
 
 = 116,0 
 
Assim o valor de KaV / L será: 
 
(116,0 – 86,0) / 4}x (1 / 12,59 + 1/19,06 + 1/25,35 + 1/38,54) = 1,480 
Analogamente para: 
L/G = 1,00; KaV / L= 1,647 
L/G =1,20 → KaV / L= 1,868 
Colocando estes pares de pontos no gráfico conforme figura 9, obteremos a curva de projeto. 
 
 
Figura 9 – Curva de Projeto 
 
 130 
TABELA 4 
 
Propriedades termodinâmicas do ar saturado na pressão atmosférica de 101.325 kPa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
t oC Pressão de 
vapor kPa 
Umidade absoluta 
kg / kg 
Volume específico 
m3 / kg 
Entalpia 
kJ / kg 
-40 
-35 
-30 
-25 
-20 
-18 
-16 
-14 
-12 
-10 
-8 
-6 
-4 
-2 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
20 
21 
22 
23 
24 
25 
26 
27 
28 
29 
0.01283 
0.02233 
0.03798 
0.06324 
0.10318 
0.12482 
0.15056 
0.18107 
0.21716 
0.25971 
0.30975 
0.36848 
0.43716 
0.51735 
0.61072 
0.6566 
0.7055 
0.7575 
0.8130 
0.8719 
0.9347 
1.0013 
1.0722 
1.1474 
1.2272 
1.3119 
1.4017 
1.4969 
1.5977 
1.7044 
1.8173 
1.9367 
2.0630 
2.1964 
2.3373 
2.4861 
2.6431 
2.8086 
2.9832 
3.1671 
3.3609 
3.5649 
3.7797 
4.0055 
0.000079 
0.000138 
0.000234 
0.000390 
0.000637 
0.000771 
0.000930 
0.001119 
0.001342 
0.001606 
0.001916 
0.002280 
0.002707 
0.003206 
0.003788 
0.00407 
0.00438 
0.00471 
0.00505 
0.00542 
0.00582 
0.00624 
0.00668 
0.00716 
0.00766 
0.00820 
0.00876 
0.00937 
0.01001 
0.01069 
0.01141 
0.01218 
0.01299 
0.01384 
0.1475 
0.01572 
0.01674 
0.01781 
0.01896 
0.02016 
0.02144 
0.02279 
0.02422 
0.02572 
0.6597 
0.6740 
0.6884 
0.7028 
0.7173 
0.7231 
0.7290 
0.7349 
0.7409 
0.7469 
0.7529 
0.7591 
0.7653 
0.7716 
0.7781 
0.7813 
0.7845 
0.7878 
0.7911 
0.7944 
0.7978 
0.8012 
0.8046 
0.8081 
0.8116 
0.8152 
0.8188 
0.8225 
0.8262 
0.8300 
0.8338 
0.8377 
0.8417 
0.8457 
0.8498 
0.8540 
0.8583 
0.8626 
0.8671 
0.8716 
0.8763 
0.8811 
0.8860 
0.8910 
-40,041 
-34,868 
-29,600 
-24,187 
-18,546 
-16,203 
-13,795 
-11,314 
-8,745 
-6,073 
-3,285 
-0,369 
2,724 
5,991 
9,470 
11.200 
12.978 
14.807 
16.692 
18.634 
20.639 
22.708 
24.848 
27.059 
29.348 
31.716 
34.172 
36.719 
39.362 
42.105 
44.955 
47.918 
50.998 
54.205 
57.544 
61.021 
64.646 
68.425 
72.366 
76.481 
80.777 
85.263 
89.952 
94.851 
 
 131 
(Tabela 4 continuação ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte original: Stoecker páginas 418 e 419. 
 
t oC 
Pressão de 
vapor kPa 
Umidade absoluta 
kg / kg 
Volume 
específico 
m3 / kg 
Entalpia 
kJ / kg 
30 
31 
32 
33 
34 
35 
36 
37 
38 
39 
40 
 41 
42 
43 
44 
45 
46 
47 
48 
49 
50 
52 
54 
56 
58 
60 
62 
64 
66 
68 
70 
75 
80 
85 
90 
4.2431 
4.4928 
4.7552 
5.0308 
5.3201 
5.6237 
5.9423 
6.2764 
6.6265 
6.9935 
7.3778 
7.7803 
8.2016 
8.6424 
9.1036 
9.5856 
10.0896 
10.6161 
11.1659 
11.7402 
12.3397 
13.6176 
15.0072 
16.5163 
18.1531 
19.9263 
21.8447 
23.9184 
26.1565 
28.5701 
31.1693 
38.5562 
47.3670 
57.8096 
70.1140 
0.02732 
0.02900 
0.03078 
0.03266 
0.03464 
0.03674 
0.03895 
0.04129 
0.04376 
0,04636 
0.04911 
0.05202 
0.05509 
0.05833 
0.06176 
0.06537 
0.06920 
0.07324 
0.07751 
0.08202 
0.08680 
0.09720 
0.10887 
012198 
0.13674 
0.15341 
0.17228 
0.19375 
0.21825 
0.24638 
0.27884 
0.38587 
0.55201 
0.83634 
1.41604 
0.8961 
0.9014 
0.9068 
0.9124 
0.9182 
0.9241 
0.9302 
0.9365 
0.9430 
0.9497 
0.9567 
0.9639 
0.9713 
0.9790 
0.9891 
0.9954 
1.0040 
1.0130 
1.0224 
1.0322 
1.0424 
1.0641 
1.0879 
1.1141 
1.1429 
1.1749 
1.2105 
1.2504 
1.2953 
1.3462 
1.4043 
1.5925 
1.8792 
2.3633 
3.3412 
99.977 
105.337 
110.946 
116.819 
122.968 
129.411 
136.161 
143.239 
150.660 
158.445 
166.615 
175.192 
184.200 
193.662 
203.610 
214.067 
225.068 
236.643 
248.828 
261.667 
275.198 
304.512 
337.182 
373.679 
414.572 
460.536 
512.391 
571.144 
638.003 
714.531 
802.643 
1092.010 
1539.414 
2302.878 
3856.547 
 
 132 
TABELA 5 
 
Propriedades da água saturada / líquido - vapor (Fonte -Shapiro página 617) 
 
Volume Específico 
ft3 / lb 
Energia Interna 
BTU / lb 
Entalpia 
 BTU / lb 
Entropia 
BTU / lb oR 
Te
m
pe
ra
tu
ra
 
o
F 
Pressão 
Lbf/in2 
vf 
Líquido 
saturado 
vf 
Vapor 
saturado 
vg 
Líquido 
saturado 
ut 
Vapor 
saturado 
ug 
Líquido 
saturado 
hf 
Evap. 
htg 
Vapor 
saturado 
hg 
Líquido 
saturado 
sf 
Vapor 
saturado 
sg 
32 
35 
40 
45 
50 
52 
54 
56 
58 
60 
62 
64 
66 
68 
70 
72 
74 
76 
78 
80 
82 
84 
86 
88 
90 
92 
94 
96 
98 
100 
110 
120 
130 
140 
150 
160 
170 
180 
190 
200 
0,0886 
0,0999 
0,1217 
0,1475 
0,1780 
0,1917 
0,2064 
0,2219 
0,2386 
0,2563 
0,2751 
0,2952 
0,3165 
0,3391 
0,3632 
0,3887 
0,4158 
0,4446 
0,4750 
0,5073 
0,5414 
0,5776 
0,6158 
0,6562 
0,6988 
0,7439 
0,7914 
0,8416 
0,8945 
0,9503 
1,276 
1,695 
2,225 
2,892 
3,722 
4,745 
5,996 
7,515 
9,343 
11,529 
0,01602 
0,01602 
0,01602 
0,01602 
0,01602 
0,01603 
0,01603 
0,01603 
0,01603 
0,01604 
0,01604 
0,01604 
0,01604 
0,01605 
0,01605 
0,01606 
0,01606 
0,01606 
0,01607 
0,01607 
0,01608 
0,01608 
0,01609 
0,01609 
0,01610 
0,01611 
0,01611 
0,01612 
0,01612 
0,01613 
0,01617 
0,01621 
0,01625 
0,01629 
0,01634 
0,01640 
0,01645 
0,01651 
0,01657 
0,01663 
3305 
2948 
2445 
2037
1704 
1589 
1482 
1383 
1292 
1207 
1129 
1056 
988,4 
925,8 
867,7 
813,7 
763,5 
716,8 
673,3 
632,8 
595,0 
559,8 
527,0 
496,3 
467,7 
440,9 
415,9 
392,4 
370,5 
350,0 
265,1 
203,0 
157,2 
122,9 
97,0 
77,2 
62,0 
50,2 
41,0 
33,6 
-0,01 
2,99 
8,02 
13,04 
18,06 
20,06 
22,07 
24,08 
26,08 
28,08 
30,09 
32,09 
34,09 
36,09 
38,09 
40,09 
42,09 
44,09 
46,09 
48,08 
50,08 
52,08 
54,08 
56,07 
58,07 
60,06 
62,06 
64,05 
66,05 
68,04 
78,02 
87,99 
97,97 
107,95 
117,95 
127,94 
137,95 
147,97 
158,00 
168,04 
1021,2 
1022,2 
1023,9 
1025,5 
1027,2 
1027,8 
1028,5 
1029,1 
1029,8 
1030,4 
1031,1 
1031,8 
1032,4 
1033,1 
1033,7 
1034,4 
1035,0 
1035,7 
1036,3 
1037,0 
1037,6 
1038,3 
1038,9 
1039,6 
1040,2 
1040,9 
1041,5 
1041,2 
1042,8 
1043,5 
1046,7 
1049,9 
1053,0 
1056,2 
1059,3 
1062,3 
1065,4 
1068,3 
1071,3 
1074,2 
-0,01 
3,00 
8,02 
13,04 
18,06 
20,07 
22,07 
24,08 
26,08 
28,08 
30,09 
32,09 
34,09 
36,09 
38,09 
40,09 
42,09 
44,09 
46,09 
48,09 
50,08 
52,08 
54,08 
56,07 
58,07 
60,06 
62,02 
64,06 
66,05 
68,05 
78,02 
88,00 
97,98 
107,96 
117,96 
127,96 
137,97 
147,99 
158,03 
168,07 
1075,4 
1073,7 
1070,9 
1068,1 
1065,2 
1064,1 
1063,0 
1061,9 
1060,7 
1059,6 
1058,5 
1057,3 
1056,2 
1055,1 
1054,0 
1052,8 
1051,7 
1050,6 
1049,4 
1048,3 
1047,2 
1046,0 
1044,9 
1043,8 
1042,7 
1041,5 
1040,4 
1039,2 
1038,1 
1037,0 
1031,3 
1025,5 
1019,8 
1014,0 
1008,1 
1002,2 
996,2 
990,2 
984,1 
977,9 
1075,4 
1076,7 
1078,9 
1081,1 
1083,3 
1084,2 
1085,1 
1085,9 
1086,8 
1087,7 
1088,6 
1089,4 
1090,3 
1091,2 
1092,0 
1092,9 
1093,8 
1094,7 
1095,5 
1096,4 
1097,3 
1098,1 
1099,0 
1099,9 
1100,7 
1101,6 
1102,4 
1103,3 
1104,2 
1105,0 
1109,3 
1113,5 
1117,8 
1121,9 
1126,1 
1130,1 
1134,2 
1138,2 
1142,1 
1145,9 
-0,00003 
0,00607 
0,01617 
0,02618 
0,03607 
0,04000 
0,04391 
0,04781 
0,05159 
0,05555 
0,05940 
0,06323 
0,06704 
0,07084 
0,07463 
0,07839 
0,08215 
0,08589 
0,08961 
0,09332 
0,09701 
0,1007 
0,1044 
0,1080 
0,1117 
0,1153 
0,1189 
0,1225 
0,1261 
0,1296 
0,1473 
0,1647 
0,1817 
0,1985 
0,2150 
0,2313 
0,2473 
0,2631 
0,2787 
0,2940 
2,1870 
2,1764 
2,1592 
2,1423 
2,1259 
2,1195 
2,1131 
2,1068 
2,1005 
2,0943 
2,0882 
2,0821 
2,0761 
2,0701 
2,0642 
2,0584 
2,0526 
2,0469 
2,0412 
2,0356 
2,0300 
2,0245 
2,0190 
2,0136 
2,0083 
2,0030 
1,9977 
1,9925 
1,9874 
1,9822 
1,9574 
1,9336 
1,9109 
1,8892 
1,8684 
1,8484 
1,8293 
1,8109 
1,7932 
1,7762 
 
 133 
4.16.2 Curva Característica 
 
É uma curva descendente à direita traçada em um gráfico de coordenadas KaV/L e L/G, 
representando a capacidade da torre, conforme figura 10. 
 
 
 
Figura 10 - Curva Característica de uma Torre 
 
4.16.3 Curvas de Performance. 
 
São curvas traçadas em um gráfico de coordenadas temperatura de bulbo úmido e temperatura de 
água fria, representando a performance da torre. Neste gráfico é usual representar-se “feixes de 
curvas” para faixas de aproximação nos limites de 90% a 110% da vazão de projeto, conforme figura 
11. 
 
 
 
 
Figura 11 - Curvas de Performance de uma Torre 
L / G 
KaV / L 
 
 134 
4.17 AVALIAÇÃO DO RESULTADO DO TESTE EM TORRES 
 
A condição de aceitação ou não do resultado dos testes, é feita por meio da curva de 
performance ou da curva característica. 
 
4.17.1 Avaliação por meio da Curva de Performance 
 
Neste caso a condição de aceitação passa por um processo de interpolação, a fim de permitir a 
comparação entre a capacidade efetiva da torre e a capacidade prevista nas curvas de 
performance. A solução das equações 57 e 58 citadas abaixo e a construção de dois gráficos irão 
determinar a capacidade da torre. 
 
Vazão de teste ajustada = vazão teste x (potência de projeto / potência teste)1/3 (equação 57) 
 
Esta equação determina a vazão de água que a torre poderia resfriar com as temperaturas 
medidas quando da realização do teste se, o ventilador fosse ajustado para a potência 
especificada em projeto. 
Esta equação 57 é baseada em duas hipóteses: 
Primeira 
- a capacidade de vazão de água da torre é diretamente proporcional à vazão de ar; 
Segunda 
- a vazão de ar é proporcional à raiz cúbica da potência consumida pelo ventilador. 
Ambas hipóteses não são totalmente válidas, porém como as condições operacionais de teste 
limitam faixas de desvios pequenas em relação aos dados de projeto, pode-se assumi-las como 
precisas. 
 
Capacidade efetiva da torre 100
preditada vazão
ajustada teste de vazão
×= (equação 58) 
 
Esta equação determinará um valor percentual em função do qual a performance da torre será 
avaliada. Se maior do que 100% a performance das torres estará conforme. 
Na hipótese desse percentual ser menor que 100%, tal fato caracterizará situações que 
necessariamente deverão ter sido previstas no contexto documental do Pedido de Compra dessa 
torre. Isto significa que este valor inferior a 100% deverá estar pré-fixado e os parâmetros termo 
fluidos dinâmicos que o determinaram, destacados como condicionantes de “não conformidade 
sazonal”. 
 
 135 
Exercício demonstrativo 
 
Relacionar os valores de projeto e os de teste em um quadro conforme abaixo: 
 
PARÂMETRO PROJETO TESTE 
vazão da água em gpm 14000 13100 
temperatura de água quente em oF 116,0 114,2 
temperatura de água fria em oF 86,0 82,7 
resfriamento em oF 30,0 31,5 
temperatura de bulbo úmido em oF 76,0 71,4 
aproximação em oF 10,0 11,3 
potência em Hp 230 218 
 
Considerar as “Curvas de Performance” fornecidas pelo fabricante da torre 
 
 
 
Executar os procedimentos indicados na seqüência de 1 a 6, a seguir. 
 
1 - calcular a vazão de teste ajustada ( ) 13.336230/21813100 31 =× gpm 
 
2 - gerar tabela com valores de temperatura de água fria referente ao Tbu de teste 71,4 ºF; 
 
 
Resfriamento ºF 12600 gpm 14000 gpm 15400 gpm 
20 79,90 80,87 81,82 
25 80,96 82,05 83,12 
30 81,90 83,10 84,20 
35 82,74 83,93 85,10 
40 83,50 84,70 85,92 
 
 
 136 
3 - lançar os valores no par de eixos Resfriamento / Temperatura de água fria e traçar as curvas; 
 
 
 
 
4 - gerar tabela com valores de temperatura de água fria para o resfriamento do teste(31,5 ºC.); 
 
Vazão gpm Temperatura da água fria o F 
12600 82,16 
14000 83,35 
15400 84,48 
 
 
5 - lançar os valores no par de eixos Vazão de água / Temperatura de água fria e obter a vazão 
pré-ditada; 
 
 
 
 
 
6 - calcular a capacidade da torre 13336 / 13220 x 100 = 100,9% 
 
Laudo do teste: torre conforme. 
 
 137 
4.17.2 Avaliação por meio de Curva Característica 
 
A avaliação das torres pela curva característica é efetuada por meio de uma curva efetiva, 
paralela à curva característica, passando por um ponto definido pelas coordenadas de teste “L/G” 
e “Kav/L”. 
A interseção desta Curva Efetiva com a Curva de Projeto determinará o “ponto de trabalho” da 
torre. Considerar as expreções abaixo para determinação do L/G de teste e capaidade da torre. 
 
L/G teste = L/G projeto x (vazão teste / vazão projeto) x (potência projeto / potência teste)1/3 
 (equação 59) 
 
 
Capacidade da torre = (L/G pré-ditada ÷ L/G projeto) x 100 (equação 60) 
 
 
O exemplo numérico para este caso será feito aplicando os mesmo valores de projeto e de teste 
considerados anteriormente para a Curva de Performance, relacinados abaixo. 
 
 
PARÂMETRO PROJETO TESTE
vazão da água em gpm 14000 13100 
temperatura de água quente em oF 116,0 114,2 
temperatura de água fria em oF 86,0 82,7 
resfriamento em oF 30,0 31,5 
temperatura de bulbo úmido em oF 76,0 71,4 
aproximação em oF 10,0 11,3 
potência em HP 230 218 
 
Executar os procedimentos indicados na sequencia de 1 a 6, a seguir 
1 - traçar a curva de projeto conforme no Item 4.16.1.1; 
 
 
2 - calcular o L/G do teste →0,992 x 9450
218
230
14000
13100 31
,
/
=





× ; 
 
 
3 - elaborar o quadro de entalpias para L/G 0,945 conforme seqüência indicada no Item 4.16.1.1; 
 
 
Temperatura oF H h H-h 
de bulbo úmido 71,40 35,32 
de água fria 82,70 
tf + 0,1 (tq -tf) 85,85 50,53 35,32 + 0,1 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 38,296 12,234 
tf + 0,4 (tq -tf) 95,30 63,79 35,32 + 0,4 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 47,227 16,563 
tq – 0,4 (tq -tf) 101,60 74,67 35,32 + 0,6 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 53,180 21,490 
tq – 0,1 (tq -tf) 111,05 94,72 35,32 + 0,9 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 62,110 32,610 
de água quente 114,20 
114,20 
 
 
 
 138 
4 - calcular o K a V / L do teste; 
 
 
K a V / L de teste: 





+++×




 −
61032
1
49021
1
56316
1
23412
1
4
7822114
,,,,
,,
= 1,727 
 
 
 
5 - obter o L/G pré-ditado; 
 
Lançar as coordenadas de teste: L/G = 0,945 e K a V / L = 1,727. 
Por este ponto traçar a Curva Efetiva paralela à Curva Característica. 
Na interseção desta Curva Efetiva com a Curva de Projeto ter-se-á o L/G pré-ditado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - calcular a capacidade da torre =×100
992,0
013,1 102,1%. 
 
 
 
 
 
7 - laudo do teste: torre conforme. 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO V 
 
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conjunto de Válvulas Remoto Operadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 141 
 
5.1 CONCEITUAÇÃO INTRODUTÓRIA 
 
As tubulações devem ser projetadas como um conjunto formado por tubos, conexões e 
acessórios para aplicação em sistemas de distribuição de: 
 
- vapor para força ou para aquecimento; 
- água ou fluidos industriais; 
- óleos combustíveis ou lubrificantes; 
- ar comprimido; 
- gases. 
 
5.2 FATORES DE SELEÇÃO PARA MATERIAIS DE TUBOS 
 
1 - Característica do fluido conduzido - a qualidade química do fluido e a concentração das 
impurezas. 
 
2 - Condições operacionais - temperatura, pressão de trabalho e pressão máxima. 
 
3 - Tensão admissível do material - o material deve ter resistência mecânica compatível com a 
grandeza dos esforços referentes à pressão do fluido, peso, ação do vento, reação de dilatações 
térmicas, sobrecarga. 
 
4 - Esforços mecânicos - o material deve ser adequado aos esforços de tração, compressão, 
flexão, choques, vibração, esforços cíclicos, estáticos ou dinâmicos. 
 
 
MATERIAIS PARA TUBOS 
 
Metálicos (ferrosos) 
 
- aço carbono 
- aço liga 
- aço inoxidável 
- ferro fundido 
- ferro forjado 
- ferro ligado 
- ferro nodular 
 
Metálicos (não ferrosos) 
 
- latâo 
- cobre níquel 
- níquel e ligas 
- metal Monel 
 
Não Metálicos (materiais plásticos) 
 
- cloreto de polivinil (PVC) 
- polietileno 
- acrílico 
- acetato de celulose 
- epóxi 
 
 
 142 
 
5.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS TUBOS 
5.3.1 Normas de Materiais para Tubos de Aço Carbono 
 
- para tubos de aço carbono ASTM A 53 
- para tubos de aço carbono preto ASTM-A106 
- para tubos de aço carbono galvanizados ASTM A-120 
- para tubos de aço noxidável ASTM-A 312 
No caso de tubos de aço carbono deve-se especificar o teor de carbono conforme os graus: baixo 
teor grau A, teor médio grau B, alto teor grau C. 
 
5.3.2 Normas de Materiais para Tubos de Metais não-Ferrosos / Cobre e suas Ligas 
 
São fabricados segundo as especificações das normas: 
- para tubos de cobre ASTM B.68, B.75, B.88; 
- para tubos de latão ASTM B 111; 
- para tubos de cobre-níquel ASTM B 466. 
Possuem resistência à corrosão da atmosfera, de água salgada, de álcalis, de ácidos diluídos e 
de compostos orgânicos. 
 
COMPARAÇÃO DE TUBOS NÃO FERROSOS COM TUBOS DE AÇO CARBONO 
 
- melhor resistência à corrosão 
- preço mais elevado 
- menor resistência mecânica 
- menor resistência a altas temperaturas 
- melhor comportamento em baixas temperaturas 
5.3.3 Parãmetros para Especificação de Tubos 
 
- quantidade em metros ou em kg 
- P. Number (mesma soldadibilidade), ver tabela página 144 
- tipo de extremidade: ponta lisa, chanfrada ou roscada 
- tubo com ou sem costura, galvanizado ou preto 
- norma do material 
- tipo de acabamento (preto ou galvanizado) ou do revestimento 
- diâmetro nominal 
- número de Schedule, salvo solicitações estruturais pode-se adotar os referencias: 
 
- para diâmetros nominais até 1 ½” inclusive Schedule 80 
- para diametros nominais entre 2” e12” inclusive Schedule 40 
- para diametros nominais iguias ou maiores que 12” 9,52 mm 
5.3.4 Normas Dimensionais para tubos de Aço 
 
- para tubos de aço carbono e aços liga ANSI B.36.10 
- para tubos de aço inoxidável ANSI B.36.19. 
 
Estas dimensões estão mostradas na tabela a seguir. Até a bitola de 12” o diâmetro nominal não 
corresponde a nenhuma dimensão física do tubo; a partir de 14” o diâmetro nominal coincide com 
o diâmetro externo do tubo. 
 
 
 143 
DIMENSÕES NORMATIZADAS PARA TUBOS DE AÇO 
 
 
Peso aprox. 
(kg / m) Seção transversal 
Diâmetro 
nominal 
(pol) 
- 
Diâmetro 
externo 
(mm) 
Designação 
de espessura 
 
(v. Nota 2) 
Espessura 
de parede 
 
(v. Nota 3) 
Diâmetro 
interno 
(mm) 
Área 
de 
secção 
livre 
(cm2) 
Área 
de 
secção 
de 
metal 
(cm2) 
Superfíc
ie 
externa 
(m2/m) 
Tubo 
vazio 
(v Nota 5) 
Conteúdo 
de água 
(v. Nota 6) 
Momento 
de 
inércia 
(cm4) 
Momento 
resistente 
(cm3) 
Raio 
de 
giraçã
o 
1/4 
- 
13,7 
10S 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
1,65 
2,23 
3,02 
10,4 
9,2 
7,7 
0,85 
0,67 
0,46 
0,62 
0,81 
1,01 
0,043 
0,49 
0,62 
0,79 
0,085 
0,067 
0,046 
0,116 
0,138 
0,157 
0,169 
0,202 
0,229 
0,430 
0,413 
0,393 
3/8 
- 
17,1 
10S 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
1,65 
2,31 
3,20 
13,8 
12,5 
10,7 
1,50 
1,23 
0,91 
0,81 
1,08 
1,40 
0,054 
0,63 
0,84 
1,10 
0,150 
0,123 
0,090 
0,236 
0,304 
0,359 
0,285 
0,354 
0,419 
0,551 
0,531 
0,506 
1/2 
- 
21 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
2,77 
3,73 
4,75 
7,47 
15,8 
13,8 
11,8 
6,4 
1,96 
1,51 
1,10 
0,32 
1,61 
2,06 
2,47 
3,52 
0,071 
0,42 
1,62 
1,94 
2,55 
0,20 
0,15 
0,11 
0,03 
0,71 
0,84 
0,92 
1,01 
0,67 
0,78 
0,86 
0,95 
0,66 
0,64 
0,61 
0,56 
3/4 
- 
27 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
2,87 
3,91 
5,54 
7,82 
20,9 
18,8 
15,6 
11,0 
3,44 
2,79 
1,91 
0,95 
2,15 
2,80 
3,68 
4,63 
0,083 
1,68 
2,19 
2,88 
3,63 
0,34 
0,28 
0,19 
0,10 
1,54 
1,86 
2,19 
2,41 
1,16 
1,40 
1,65 
1,81 
0,85 
0,82 
0,77 
0,72 
1 
- 
33 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
2,87 
4,55 
6,35 
9,09 
26,6 
24,3 
20,7 
15,2
5,57 
4,64 
3,37 
1,82 
3,19 
4,12 
5,39 
6,94 
0,105 
2,50 
3,23 
4,23 
5,44 
0,56 
0,46 
0,34 
0,18 
2,64 
4,40 
5,21 
5,85 
2,18 
2,63 
3,12 
3,50 
1,07 
1,03 
0,98 
0,92 
1 ¼ 
- 
42 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
3,56 
4,85 
6,35 
9,70 
35,0 
32,5 
29,4 
22,7 
9,65 
8,28 
6,82 
4,07 
4,32 
5,68 
7,14 
9,90 
0,132 
3,38 
4,46 
5,60 
7,76 
0,96 
0,83 
0,68 
0,41 
8,11 
10,06 
11,82 
14,19 
3,85 
4,77 
5,61 
6,74 
1,37 
1,33 
1,29 
1,20 
1 1/2 
- 
48 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
3,68 
5,08 
7,14 
10,16 
40,8 
38,1 
33,9 
27,9 
13,1 
11,4 
9,07 
6,13 
5,15 
6,89 
9,22 
12,2 
0,151 
4,04 
5,40 
7,23 
9,53 
1,31 
1,14 
0,91 
0,61 
12,90 
16,27 
20,10 
23,64 
5,34 
6,75 
8,33 
9,80 
1,58 
1,54 
1,48 
1,39 
2 
- 
60 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
3,91 
5,54 
8,71 
11,07 
52,5 
49,2 
42,9 
38,2 
21,7 
19,0 
14,4 
11,4 
6,93 
9,53 
14,1 
17,1 
0,196 
5,44 
7,47 
11,08 
13,44 
2,17 
1,90 
1,44 
1,14 
27,72 
36,13 
48,41 
54,61 
9,20 
11,98 
16,05 
18,10 
2,00 
1,95 
1,85 
1,79 
2 1/2 
- 
73 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
5,16 
7,01 
9,52 
14,0 
62,7 
59,0 
54,0 
44,9 
30,9 
27,3 
22,9 
15,9 
11,0 
14,5 
19,0 
26,0 
0,235 
8,62 
11,40 
14,89 
20,39 
3,09 
2,73 
2,29 
1,59 
63,68 
80,12 
97,94 
119,5 
17,44 
21,95 
26,83 
32,75 
2,41 
2,35 
2,27 
2,14 
3 
- 
89 
10S 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
3,05 
5,48 
7,62 
11,1 
15,2 
82,8 
77,9 
73,6 
66,7 
58,4 
53,9 
47,7 
42,6 
34,9 
26,8 
8,22 
14,4 
19,5 
27,2 
35,3 
0,282 
6,44 
11,28 
15,25 
21,31 
27,65 
5,39 
4,77 
4,26 
3,49 
2,68 
75,84 
125,70 
162,33 
209,36 
249,32 
17,06 
28,26 
36,48 
47,14 
56,22 
3,04 
2,96 
2,89 
2,78 
2,66 
4 
- 
114 
10S 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
160 
XXS 
3,05 
6,02 
8,56 
13,5 
17,1 
108,2 
102,3 
97,2 
87,3 
80,1 
91,9 
82,1 
74,2 
59,9 
50,3 
10,6 
20,4 
28,4 
42,7 
52,3 
0,361 
8,35 
16,06 
22,29 
33,49 
40,98 
9,19 
8,21 
7,42 
5,99 
5,03 
164,83 
300,93 
399,99 
552,34 
636,42 
28,88 
52,61 
69,99 
96,70 
111,29 
3,93 
3,84 
3,75 
3,60 
3,49 
6 
- 
168 
10S 
Std 40, 40S 
XS, 80, 80S 
120 
160 
XXS 
3,40 
7,11 
10,97 
14,3 
18,2 
21,9 
161,4 
154,0 
146,3 
139,7 
131,8 
124,4 
204,5 
186,4 
168,2 
153,4 
136,4 
121,5 
17,6 
36,0 
54,2 
69,0 
86,0 
100,9 
0,535 
13,82 
28,23 
42,51 
54,15 
67,41 
79,10 
20,45 
18,64 
16,82 
15,34 
13,64 
12,15 
599,37 
1.171,3 
1.685,7 
2.064,5 
2.455,8 
2.759,6 
71,30 
139,32 
200,45 
245,52 
291,91 
328,29 
5,83 
5,70 
5,58 
5,47 
5,34 
5,23 
8 
- 
219 
10S 
Std 40, 40S 
60 
XS, 80, 80S 
120 
XXS 
160 
3,76 
8,18 
10,3 
12,7 
18,2 
22,2 
23,0 
211,5 
202,7 
198,4 
193,7 
182,6 
174,6 
173,1 
351,6 
322,6 
309,1 
294,8 
261,9 
239,4 
235,5 
25,4 
54,2 
67,6 
82,3 
115,1 
137,4 
141,7 
0,692 
19,93 
42,48 
53,03 
64,56 
90,22 
107,8 
111,1 
35,16 
32,26 
30,91 
29,48 
26,19 
23,94 
23,55 
1.473,4 
3.017,7 
3.696,1 
4.399,5 
5.852,2 
6.742,9 
6.905,3 
134,56 
275,52 
337,31 
401,88 
534,31 
616,26 
631,02 
7,62 
7,46 
7,39 
7,31 
7,13 
7,00 
6,98 
10 
- 
273 
5S 
10S 
Std 40, 40S 
XS, 60, 80S 
80 
120 
160 
3,40 
4,19 
9,27 
12,7 
15,1 
21,4 
28,6 
266,2 
264,7 
254,5 
247,6 
242,9 
230,2 
215,9 
556,8 
550,3 
509,1 
481,9 
463,2 
416,1 
365,8 
29,2 
35,4 
76,8 
103,9 
122,1 
169,3 
219,4 
0,858 
22,54 
27,83 
60,23 
81,45 
95,72 
132,7 
172,1 
55,68 
55,03 
50,91 
48,19 
46,32 
41,61 
36,58 
2.651,4 
3.200,8 
6.692,9 
8.824,1 
10.193 
13.486 
16.607 
194,22 
234,38 
490,06 
645,77 
747,38 
988,32 
1.217,8 
9,53 
9,50 
9,32 
9,22 
9,14 
8,94 
8,71 
12 
- 
324 
5S 
10S 
20 
Std 30 
40 40s 
XS 80S 
60 
80 
120 
4,19 
4,57 
6,35 
9,52 
10,3 
12,7 
14,3 
17,4 
25,4 
315,5 
314,7 
311,1 
304,8 
303,2 
298,4 
295,3 
288,9 
273,0 
782,0 
778,1 
760,7 
729,6 
722,0 
699,4 
685,2 
655,5 
585,8 
42,1 
45,9 
63,5 
94,1 
101,5 
124,1 
138,8 
168,0 
238,1 
1,018 
29,11 
36,00 
49,70 
73,74 
79,65 
97,34 
108,8 
131,7 
186,7 
78,20 
77,81 
76,07 
72,96 
72,20 
69,94 
68,52 
65,55 
58,58 
5.377,7 
5.848,0 
7.987,5 
11.675 
12.487 
15.067 
16.691 
19.771 
26.722 
332,23 
361,07 
493,34 
717,88 
771,97 
929,31 
1.029,3 
1.221,1 
1.650,5 
11,30 
11,28 
11,23 
11,13 
11,10 
11,00 
10,95 
10,85 
10,59 
14 
- 
356 
 10 
Std, 30 
 40 
XS 
 60 
 80 
 100 
6,35 
9,52 
11,1 
12,7 
15,1 
19,0 
23,8 
342,9 
336,5 
333,4 
330,2 
325,5 
317,5 
308,0 
923,3 
889,7 
872,9 
856,2 
832,3 
791,7 
745,2 
69,7 
103,5 
120,1 
136,8 
161,2 
201,3 
248,4 
1,118 
54,62 
81,20 
94,29 
107,3 
126,3 
157,9 
194,5 
92,33 
88,97 
87,29 
85,62 
83,23 
79,17 
74,52 
10.630 
15.525 
17.856 
20.145 
23.392 
28.595 
34.339 
598,24 
873,59 
1.003,1 
1.132,5 
1.316,1 
1.609,5 
1.930,7 
12,34 
12,24 
12,19 
12,14 
12,04 
11,91 
11,76 
 
 144 
(continuação) 
Peso aprox. 
(kg / m) Seção transversal 
Diâmetro 
nominal 
(pol) 
- 
Diâmetro 
externo 
(mm) 
Designação 
de espessura 
 
(v. Nota 2) 
Espessura de 
parede 
 
(v. Nota 3) 
Diâmetro 
interno 
(mm) 
Área 
de 
secção 
livre 
(cm2) 
Área 
de 
secção 
de 
metal 
(cm2) 
Superfície 
externa 
(m2/m) 
Tubo 
vazio 
(v Nota 5) 
Conteúdo de 
água 
(v. Nota 6) 
Momento 
de inércia 
(cm4) 
Momento 
resistente 
(cm3) 
Raio de 
giração 
16 
- 
406 
 10 
Std, 30 
 XS, 40 
 60 
 80 
 100 
6,35 
9,52 
12,7 
16,6 
21,4 
26,2 
393,7 
387,3 
381,0 
373,1 
363,6 
354,0 
1.217,5 
1.178,1 
1.140,1 
1.093,0 
1.038,1 
984,6 
79,8 
118,8 
157,1 
203,9 
258,7 
312,9 
1,277 
62,57 
93,12 
123,2 
159,9 
203,0 
245,3 
121,7 
117,8 
114,0 
109,3 
103,8 
98,46 
15.983 
23.392 
30.468 
38.834 
48.158 
56.815 
786,72 
1.152,2 
1.499,7 
1.911,1 
2.370,0 
2.796,1 
14,15 
14,05 
13,92 
13,79 
13,64 
13,46 
 18 
- 
457 
 10 
Std, 20 
 XS 
 40 
 60 
 80 
 100 
 
6,35 
9,52 
12,7 
14,3 
19,0 
23,8 
29,4 
444,5 
438,1 
431,8 
428,6 
419,1 
409,6 
398,5 
1.551,7 
1.507,8 
1.464,6 
1.443,3 
1.379.4 
1.317,5 
1.247,2 
 
89,9 
133,9 
177,4 
198,7 
261,9 
323,9 
394,8 
 
1,436 
70,52 
105,0 
139,0 
155,9 
205,6 
254,1 
309,4 
155,2 
150,8 
146,5 
144,3 
137,9 
131,7 
124,7 
22.851 
33.589 
43.829 
48.782 
63.059 
76.337 
90.738 
999,79 
1.468,5 
1.917,6 
2.133,9 
2.758.4 
3.340,3 
3.969,7 
15,95 
15,82 
15,72 
15,67 
15,49 
15,34 
15,16 
20 
- 
508 
 10 
Std, 20 
 XS, 30 
 40 
 60 
 80 
 100 
6,35 
9,52 
12,7 
15,1 
20,6 
26,2 
32,5 
495,3 
488,8 
482,6 
477,9 
466,7 
455,6 
442,9 
1.926,6 
1.877,5 
1.829,1 
1.793,6 
1.711,1 
1.630,4 
1.540,7 
100,1 
149,2
197,4 
233,5 
315,5 
396,1 
485,8 
1,597 
78,46 
116,9 
154,9 
182,9 
247,6 
310,8 
381,1 
192,7 
187,7 
182,9 
179,4 
171,1 
163,0 
154,1 
31.509 
46.368 
60.645 
70.926 
93.943 
115.379 
138.188 
1.240,7 
1.825,8 
2.388,0 
2.792.9 
3.699,2 
4.543,3 
5.441,5 
17,73 
17,63 
17,53 
17,42 
17,25 
17,07 
16,84 
24 
- 
610 
 10 
Std, 20 
 XS 
 40 
 60 
 80 
 100 
 
6,35 
9,52 
12,7 
17,4 
24,6 
30,9 
38,9 
596,9 
590,5 
584,2 
574,7 
560,4 
547,7 
531,8 
2.800,2 
2.742,1 
2.677.6 
2.593,7 
2.464,6 
2.355,0 
2.219,5 
120,3 
179,5 
238,1 
324,5 
451,6 
562,6 
697,5 
1,914 
94,35 
140,8 
186,7 
254,7 
354,3 
440,9 
546,7 
280,0 
274,2 
267,8 
259,4 
246,5 
235,5 
221,9 
54.776 
80.873 
106.139 
142.351 
193.547 
236.002 
285.118 
1.796,3 
2.482,8 
2.653,5 
4.674,4 
6.359,3 
7.752,5 
9.358,7 
21,34 
21,21 
21,11 
20,96 
20,70 
20,50 
20,22 
30 
- 
762 
 10 
 20 
 30 
7,92 
12,7 
15,9 
746,1 
736,6 
730,2 
4.374,4 
4.264,8 
4.187,3 
187,7 
298,7 
371,6 
2,393 
147,2 
234,4 
291,8 
437,4 
426,5 
418,7 
133.609 
209.779 
258.895 
3.507,5 
5.507,0 
6.801,8 
26,67 
26,49 
26,39 
 
Notas: 
1 - A norma ANSI B.36.19 só abrange tubos até o diâmetro nominal de 12”. 
2 - As designações “Std”, “XS” e “XXS” correspondem às espessuras denominadas “normal”, “extra forte”, e “duplo extra forte” da norma ANSI 
B.36.10. As designações 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 e 160 são os “números de série” (Schedule Number) dessa mesma norma. As 
designações 5S, 10S, 20S, 40S e 80S são da norma ANSI B.36.19. 
3 - As espessuras em mm indicadas na tabela são os valores nominais; as espessuras mínimas correspondentes dependerão das tolerâncias de 
fabricação, que variam com o processo de fabricação do tubo. Para tubos sem costura a tolerância usual é + 12,5% do valor nominal. 
4 - Nesta tabela estão omitidos alguns diâmetros e espessuras não usuais na prática. Para a tabela completa, contendo todos os diâmetros e 
espessuras, consulte as normas ANSI B.36.10 e B.36.19. 
5 - Os pesos indicados nesta tabela correspondem aos tubos de aço carbono ou de aços de baixa liga. Os tubos de aços inoxidáveis feríticos pesam 
cerca de 5% menos, e os de inoxidáveis austeníticos cerca de 2% mais. 
6 - Esses mesmos números representam também a vazão em I/seg. para a velocidade de 1 m/seg. 
 
P. Number – Grupos do Item QW – 420 ASME – Seção IX Div. 1 
P- No 1 Aços Carbono: C < 0,35% 
P- No 3 Aços de baixa liga: Cr < 0,5% 
 Total de elementos por liga < 2,0% 
 Este grupo inclui os aços C-M0; Mn-Mo e Cr-Mo. 
P- No 4 Aços de baixa liga: 0,5% < Cr < 2,0% 
 Total de elementos por liga < 2,75% 
 Este grupo inclui os aços Cr-M0 e aços de outras ligas 
P- No 5 Aços de baixa liga: 2,25% < Cr < 10,0% 
 Este grupo inclui os seguintes aços: 
 Baixo Cr (2-3%), Médio Cr (4-6%), Alto Cr (7-9%) 
P- No 6 Aços de alta liga (martensíticos): 12-15% Cr 
P- No 7 Aços de alta liga (ferríticos): 12-17% Cr 
P- No 8 Aços de alta liga (austeníticos): aços inox. da serie 300 
P- No 9 A Aços ao níquel: 2-3% Ni 
P- No 9 B Aços ao níquel: 3-4 N%i 
P- No 10 A até 10I Outras ligas 
P- No 11 A Aços ao níquel: 4-9% 
Aços e suas ligas 
P- No 11 B Outras ligas 
Alumínio e suas ligas P- Nos 21,22,23 e 25 
Cobre e suas ligas P- Nos 31,32,33,34,35 
Níquel e suas ligas P- Nos 41,42,43,44,45,46 
Titânio (não ligado) P- Nos 51 e 52 
Zircônio (não ligado) P- No 61 
 
 145 
5.4 CONEXÕES PARA TUBULAÇÕES 
 
Para seleção das conexões considerar os referenciais citados. 
 
 
Conexões utilizadas para Conexões indicadas 
 
1 - LIGAÇÃO ENTRE TUBOS Luvas: quando a rosca do tubo for externa. 
 Niple: quando a rosca do tubo for interna. 
 Uniões: quando houver possibilidade de giro. 
 Flange: quando não houver possibilidade de giro. 
 
 
2 - MUDANÇAS DE DIREÇÃO Curvas de raio longo 
 Curvas de raio curto 
 Curvas de redução 
 Joelhos de redução 
 Joelhos 
 
 
3 - DERIVAÇÕES Tês normais 90o 
 Tês de 45o 
 Tês de redução 
 Peças em Y 
 Cruzetas 
 Cruzetas de redução 
 Selas 
 Colares 
 Derivações soldadas 
 
 
4 - FECHAMENTO DE REDES Tampões 
 Bujões 
 Flange cego 
 
 
5 - DERIVAÇÕES ESPECIAIS Bocas de lobo: ver Item 5.4.4 
 
 
6 - MUDANÇAS DE DIAMETROS Reduções concêntricas. 
 Reduções excêntricas. 
 Buchas de redução (para tubos de diâmetros 
 pequenos com extremidades roscadas). 
 
 
 
 
 
Observações: 
1 – quanto às conexões para mudança de diâmetro, considerar as indicações apresentadas no 
item 5.4.5 página 152. 
2 – quanto às conexões roscadas, considerar as roscas padrão NPT, norma ANSI B 2.1 indicada 
na página 207. 
 
 
 
 146 
5.4.1 Ligações entre Tubos 
 
LIGAÇÕES ROSCADAS 
 
 Com luva Com união Com Niple 
 
 
LIGAÇÕES SOLDADAS 
 
 
 
 
 
 
LIGAÇÕES FLANGEADAS 
 
 
 
Ligações com solda de topo 
para diâmetros de 2” ou maiores. 
 
Ligações com solda de encaixe 
para diâmetros de até 1 1/2”. 
 
 147 
5.4.2 Identificação das Conexões 
 
CONEXÕES PARA SOLDA DE TOPO 
 
 
 
CONEXÕES PARA SOLDA DE ENCAIXE 
 
 
CONEXÕES ROSCADAS 
 
 
 
 148 
5.4.3 Conexões Pré-Fabricadas - Curvas de Gomo 
 
Cálculo da espessura da chapa para uso em curvas de gomo 
 
A espessura t será calculada pelas expressões abaixo, de modo que a pressão interna máxima Pm a qual 
a curva estará submetida seja igual ou menor que a tensão admissível Sh do material da tubulação. 
Sendo “α ” = ângulo da curva / 2 x n, onde: n= número de soldas, teremos: 
( ) ( )
( ) ( )cc
cc
−+−
−
×
−×
=
tRxtt
t
R
t x ESP
g
h
m
22 643,0 α
 
 
( ) ( )
( ) ( )cc
cc
−+−
−
×
−×
=
tRxtt
t
R
t x ESP
g2
h
m
2 250,1 α
 
 
“α ” > 22,5o e mais de uma solda, 
( )
21
21
2
h
m 0,5xRR
RR
R
t x ESP
−
−
×
−×
=
c (equação 61 b) 
onde: 
Pm: pressão interna máxima em kgf / cm2. 
Sh: tensão admissível do material em kgf / cm2, conforme tabela abaixo. 
E = 1,0 para tubos sem costura e tubos com costura totalmente radiografada. 
E = 0,9 para tubos com costura parcialmente radiografada 
E = 0,8 para tubos com costura sem radiografia 
 
 
Tipo de 
material 
Especificação de Material e Grau 
(de acordo com ASTM ou API) Tensão Admissível do aço ( Sh) em kgf / cm
2
 
A - 53 Gr A 
A - 106 Gr A 
API - 5L Gr A 
A - 135 Gr A 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.125 
1.040 
1.040 
1.040 
1.040 
1.019 
1.019 
1.019 
1.019 
1.012 
1.012 
1.012 
1.012 
752 
752 
752 
752 
654 
654 
654 
654 
555 
555 
555 
555 
457 
457 
457 
457 
316 
316 
316 
316 
176 
176 
176 
176 
112 
112 
112 
112 
70 
70 
70 
70 
A - 53 Gr A 
A - 106 Gr B 
API - 5L Gr B 
A - 135 Gr B 
A – 333 Gr 6 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.406 
1.329 
1.329 
1.329 
1.329 
1.329 
1.216 
1.216 
1.216 
1.216 
1.216 
1.195 
1.195 
1.195 
1.195 
1.195 
1.160 
1.160 
1.160 
1.160 
1.160 
914 
914 
914 
914 
914 
759 
759 
759 
759 
759 
611 
611 
611 
611 
611 
457 
457 
457 
457 
457 
316 
316 
316 
316 
316
176 
176 
176 
176 
176 
112 
112 
112 
112 
112 
70 
70 
70 
70 
70 
API 5L x 42 
API 5L x 42 
API 5L x 42 
1.406 
1.476 
1.547 
1.406 
1.476 
1.547 
1.406 
1.476 
1.547 
 
A – 134 (285 C) 
A – 134 (283 B) 
A – 120 
1.174 
963 
844 
1.153 
914 
801 
1.125 
872 1.083 1.026 935 921 914 787 675 569 457 
Aç
o 
Ca
rb
on
o 
(se
m
 
co
stu
ra
 
ou
 
co
m
 
co
stu
ra
) 
A – 671 – CA 55 
A – 672 – A 55,C 55 
A – 671 – CB 60,CC 60 
A – 672 B 60, C 60 
A – 671 – CB 70, CC 70 
A – 672 – B 70, C 70 
1.286 
1.286 
1.406 
1.406 
1.638 
1.638 
1.286 
1.286 
1.371 
1.371 
1.624 
1.624 
1.244 
1.244 
1.329 
1.329 
1.582 
1.582 
1.209 
1.209 
1.286 
1.286 
1.525 
1.525 
1.139 
1.139 
1.216 
1.216 
1.441 
1.441 
1.040 
1.040 
1.111 
1.111 
1.314 
1.314 
1.019 
1.019 
1.090 
1.090 
1.294 
1.294 
1.012 
1.012 
1.083 
1.08 
1.286 
1.286 
850 
850 
914 
914 
1.0
40 
1.0
717 
717 
759 
759 
844 
844 
590 
590 
611 
611 
654 
654 
457 
457 
457 
457 
457 
457 
316 
316 
316 
316 
316 
316 
176 
176 
176 
176 
176 
176 
112 
112 
112 
112 
112 
112 
70 
70 
70 
70 
70 
70 
Temperatura do metal oC 38 93 149 204 260 316 343 371 399 427 454 482 510 538 566 593 
“α ” < 22,5o com uma solda, 
(equação 61) 
“α ” > 22,5o com uma solda, 
(equação 61 a) 
Em qualquer caso deve-se ter R1 < (A / tgα ) x (R2-c). 
O coeficiente empírico A tem os seguintes valores: 
(t – c) polegadas A 
< 0,5 
0,5 < (t-c) < 0,88 
> 0,88 
1,0 
2 x (t-c) 
2x{(t-c)/3}+1,17 
R2: raio interno da curva em mm; 
t, c: espessura mínima e sobre-espessura para corrosão em mm; 
R1, R2, α : dimensões indicadas ao lado. 
Figura 2 – Curva em Gomos 
 
 149 
5.4.4 Conexões Pré-Fabricadas - Bocas de Lobo 
 
São fabricadas nas opções: tubo contra tubo, com anel de reforço e com ou sem nervuras 
 
 
 
TIPOS DE BOCA DE LOBO 
 
 
 
 
Cálculo do anel de reforço 
 
 
A espessura será calculada aplicando a expressão t1 = P x D / 2 x Sh (equação 62) 
onde: 
t1 = espessura da parede do anel de reforço em cm 
D = Raio do anel de reforço em cm 
P = pressão interna em kgf/cm2 
Sh = tensão admissível do material na temperatura em kgf/cm2 
 
Para o reforço consulte o normograma e a tabela indicados nas páginas 150 e 151. 
Para soldagem do anel de reforço considerar as restrições indicadas na página 225. 
Boca de lobo sobreposta 
 
Embora tenha menor resistência mecânica, são 
empregadas na maioria dos casos porque são mais 
baratas, mais fáceis de executar e dão menores 
tensões residuais de soldagem. 
Boca de lobo penetrante 
 
Tem maior resistência, porém resultando em maiores 
tensões residuais de soldagem. 
São utilizadas em tubulações de parede espessa, 
para pressões altas. 
 
 150 
NORMOGRAMA REFERENCIAL PARA O REFORÇO DA BOCA DE LOBO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 151 
TABELAS COM OS COEFICIENTES “R” E “C” DO NORMOGRAMA 
 
 
MATERIAIS COEFICIENTE “R” 
ASTM A-312 Gr TP 304L 1 
ASTM A-312 Gr TP 316L 2 
ASTM A-53 GrA, A-106 GrA, API-5L GrA 3 
ASTM A-335 Gr P1 4 
ASTM A-312 Gr TP 304 5 
ASTM A-335 Gr P5, Gr P-9 6 
ASTM A-335 Gr P11, Gr P12, Gr P 22 7 
ASTM A-312 Gr TP 310, 316, 321, 347 8 
ASTM A-53 Gr B, A-106 Gr B, API-5L GrB 9 
 
 
 
VALORES DO COEFICIENTE “C” 
AÇO CARBONO AÇOS-LIGA FERRÍTICOS AÇOS AUSTENÍTICOS 
ASTM A-335 ASTM A-312 TEMP. 
(°C) ASTMA-53 GrA 
A-106 GrA 
API-5L GrA 
ASTM 
A-53 GrB 
A-106 GrB 
API-5L GrB P1 P5 P9 P11 P12 P22 TP 310 
TP 
321 
& 347 
TP 
304 
TP 
304L 
TP 
316 
TP 
316L 
50 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 
100 0,959 0,959 0,965 0,958 0,959 0,975 0,975 0,975 0,998 0,988 0,899 0,967 0,995 0,991 
150 0,913 0,916 0,931 0,917 0,920 0,946 0,943 0,946 0,986 0,905 0,818 0,840 0,954 0,926 
200 0,874 0,875 0,899 0,877 0,879 0,922 0,917 0,922 0,972 0,848 0,751 0,718 0,935 0,782 
250 0,834 0,834 0,865 0,835 0,840 0,896 0,888 0,895 0,949 0,816 0,694 0,639 0,920 0,716 
300 0,793 0,794 0,829 0,794 0,799 0,889 0,861 0,869 0,925 0,799 0,647 0,592 0,913 0,665 
350 0,752 0,750 0,795 0,754 0,759 0,844 0,836 0,846 0,897 0,791 0,607 0,559 0,909 0,623 
400 0,675 0,654 0,761 0,713 0,718 0,821 0,807 0,821 0,866 0,784 0,567 0,533 0,901 0,582 
450 0,725 0,671 0,677 0,778 0,766 0,778 0,802 0,764 0,532 0,882 
500 0,599 0,588 0,605 0,630 0,630 0,630 0,692 0,743 0,503 0,822 
550 0,343 0,343 0,387 0,364 0,343 0,371 0,495 0,711 0,473 0,705 
600 0,163 0,163 0,195 0,134 0,210 0,240 0,609 0,387 0530 
 
 
 152 
5.4.5 Tabela para Seleção das Derivações 
 
TUBULAÇÃO RAMAL (mm) 
DN 15 20 25 32 40 50 65 80 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 800 900 1000 1050 
1050 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5 
1000 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 5 
900 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 5 
800 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 5 
700 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5 
650 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5 
600 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5 
550 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5 
500 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5 
450 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5 
400 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 7 5 
350 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 7 6 
300 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 4 5 
250 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 4 1 
200 3 3 3 3 3 3 6 6 6 4 1 
150 3 3 3 3 3 3 6 6 4 1 
100 3 3 3 3 3 3 4 4 1 
80 3 3 3 3 3 4 4 1 
65 3 3 3 3 4 4 1 
50 8/9 8/9 8/9 8/9 8/9 2 
40 8/9 8/9 8/9 8/9 2 
32 8/9 8/9 8/9 2 
25 8/9 8/9 2 
20 8/9 
15 2 
 
 
TUBULAÇÃO PRINCIPAL (mm) 
 
LEGENDAS REFERENCIAIS USADAS PARA INDICAÇÃO DAS CONEXÕES 
 
Tê biselado (forjado) 1 
Tê roscado ou de encaixe 2 
Meia luva roscada ou de encaixe 3 
Tê de redução biselado forjado 4 
Tê biselado soldado 5 
Boca de lobo 6 
Tê de redução biselado soldado 7 
Tê de redução ou tê + redução rosada 8 
Tê de redução ou tê + redução de encaixe 9 
 
 
 
 
 153 
5.4.6 Flanges 
TIPOS DE FLANGES 
 
TIPOS DE FACEAMENTO DE FLANGES 
 
 
 
 
 Plana Com ressalto Junta de anel Macho e fêmea 
DIMENSÕES DOS FLANGES SEGUNDO NORMA ANSI B.16.5 
 
 
Para materiais, dimensões, quantidade de porcas e parafusos, ver páginas 212 e 213. 
 
 
 
 154 
REFERENCIAIS NORMATIVOS DO ACABAMENTO DA FACE DE JUNÇÃO DOS FLANGES 
 
A face do ressalto dos flanges pode ser especificada com seis acabamentos, conforme figura 3: 
 
 
 
 
Figura 3 – Acabamento do Ressalto da Face dos Flanges 
 
 
1) RANHURA STANDARD - Espiral contínua com passo de 0,8 mm e raio de 1,6mm na ponta da 
ferramenta para os flanges até 12” de diâmetro nominal. Acima de 12” com passo de 1,2 mm e 
raio de 3,2 mm. 
 
2) RANHURA ESPIRAL - Espiral contínua em V de 90º com passo de 0,8 mm e profundidade de 
0,4 mm. 
 
3) RANHURA ESPIRAL - Conforme MSS-SP 6. 
 
4) LISO - Acabamento liso na superfície da junção. 
 
5) RANHURA CONCÊNTRICA - Ranhura concêntrica em V de 90º com a profundidade de 
0,4 mm e distância de 0,8 mm. 
 
6) RANHURA CONCÊNTRICA - conforme MSS-SP 6. 
 
 
 
 155 
PARÂMETROS PARA ESPECIFICAÇÃO DE FLANGES 
 
- material
do flange; 
- tipo de flange; 
- diâmetro nominal do tubo; 
- Schedule do tubo; 
- tipo de face; 
- acabamento da face de junção; 
- classe de pressão; 
- norma do flange. 
 
 
Notas: 
 
1 - A norma ANSI B.16.5 define sete classes de pressão para os flanges designadas pelos 
valores 150 PSI, 300 PSI, 400 PSI, 600 PSI, 900 PSI, 1500 PSI e 2500 PSI. 
 
Para cada uma dessas classes de pressão, tem-se uma curva de interdependência entre a 
pressão admissível e a temperatura de cada material, conforme Normograma indicado na página 
150. 
 
2 - A norma dimensional para os flanges de diâmetros < 24” de uso mais comum no Brasil é a 
ANSI B.16.5. 
 
3 – A norma AWWA é a especificada para flanges com diâmetros maiores que 24”. 
 
4 - A espessura da parede do tubo deve ser especificada quando o flange utilizado for do tipo “de 
pescoço” ou “de encaixe”. 
 
5 – A rosca de flanges roscados deve ser especificada conforme um dos padrões BSP ou NPT. 
 
6 - O diâmetro nominal do tubo e a classe de pressão selecionada definem as dimensões dos 
flanges. 
 
7 – O material dos flanges soldados deve ter soldabilidade adequada ao P Number do tubo. 
 
8 – Cordoalhas de cobre devem ser previstas para garantir a continuidade do potencial elétrico 
em junções flangeadas, quando a junta de vedação dessas junções não for metálica. 
 
 
NORMAS DE MATERIAL PARA OS FLANGES 
 
Estas normas são aplicáveis à flanges forjados. 
 
- temperatura quente moderada ASTM – A-105-73T; 
- temperatura ambiente ASTM-A-181-59T Grau I ou Grau II; 
- temperatura elevada ASTM-A-182-59T Grau F (vários); 
- temperatura baixa ASTM-A-350-59T Grau LF1 ou LF3. 
 
 
 156 
NORMOGRAMA DE PRESSÕES ADMISSÍVEIS NOS FLANGES VERSUS TEMPERATURA 
 
 
 
 
 
APERTO DOS PARAFUSOS NAS JUNÇÕES FLANGEADAS 
 
 
Aperto inicial - Visa adaptar as juntas às faces do flange, amoldando-se às imperfeições. 
 
Valores do Aperto Inicial: 
 
- conexões flangeadas com juntas de borracha: na faixa de 25 a 40 bar 
- conexões flangeadas com juntas de papelão hidráulico: na faixa de 80 a 120 bar 
- conexões flangeadas com juntas metálicas: na faixa de 200 a 400 bar 
 
Aperto Residual - Visa combater o efeito da pressão interna Pi na tubulação tendendo a separar 
os flanges. 
Valor do aperto residual: na faixa de 1,5 a 2 x Pi. 
 
Aperto Final – Visa compensar os efeitos de dilatação devido aos gradientes térmicos. 
Valor do aperto final: ajustado na montagem. 
Temperatura ºC 
Pr
e
ss
ão
 
a
dm
iss
ív
e
l 
Kg
 
2 
 
 157 
5.4.7 Juntas para Flanges 
 
 
 
5.4.8 Figura 8 / Válvulas Óculo 
 
São empregadas quando se deseja um bloqueio absoluto na tubulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As válvulas óculo tem emprego equivalente aos da figura 8, porém são aplicadas para diâmetro 
de rede maiores que 750 mm. 
JUNTAS NÃO METÁLICAS 
 
Borracha Natural – usada para água, ar e 
condensado até 60 ºC. 
 
Borracha Sintética – usada para óleos até 
80 oC. 
 
Materiais Plásticos – usados para fluidos 
corrosivos em baixas pressões e 
temperatura ambiente. 
 
Papelão Hidráulico - juntas de amianto 
comprimido, grafitado e com aglutinante 
 
Existem vários tipos normatizados para 
trabalhar em temperaturas até 500oC, e 
resistentes a ácidos, álcalis e 
hidrocarbonetos. 
“FIGURA 8” 
 
 158 
5.4.9 Juntas de Expansão 
 
 
 Tipo Axial Tipo Universal 
 
 1-Flange de chapa ASTM A 36 3-Fole AISI 316 L 5-Isolamento fibra cerâmica 
 2-Tubo terminal ASTM A 36 4-Luva interna AISI 316 L 
 
Casos em que se justifica o emprego de juntas de expansão: 
 
- no caso do espaço ser insuficiente para um traçado da tubulação com flexibilidade; 
- em tubulações retilíneas de diâmetro grande (acima de 20”) ou de material caro; 
- em tubulações sujeitas a vibrações de grande amplitude, ou ligadas a equipamentos que não possam 
sofrer esforços transmitidos pela tubulação. 
 
Movimento das juntas de expansão 
 
 
 
FORÇA DE REAÇÃO DOS FOLES DAS JUNTAS EM FUNÇÃO DA PRESSÃO INTERNA 
 
Esta força pode ser estimada aplicando a expressão F = (d + h)2 x pi x P, (equação 63) 
onde: 
 
F → força de reação expresa em kgf 
Afole→ área efetiva do foleexpressa em cm2 
d → diâmetro interno do fole expressa em cm 
h → altura do fole expressa em cm 
P → pressão interna expressa em kgf/cm2 
 
Exemplo: considerando uma junta de expansão axial de 20”, com fole de 2066 cm2 de 
área, sujeita a pressão interna de 1,5 kgf/cm2, pede-se calcular a força de reação “F”. 
 
Solução F → 1,5 x 2066 = 3099 kgf 
 
Esta força poderá ser anulada caso se substitua a junta axial por uma junta do tipo “axial 
auto compensada”. 
 
 159 
5.5 VÁLVULAS 
CONCEITUAÇÃO 
 
As válvulas usadas para bloqueio, retenção, alivio ou controle de fluidos, são fabricadas com um corpo 
abrigando um dispositivo de atuação no fluido circulante, e um castelo contendo o mecanismo de atuação 
deste dispositivo. Esse castelo pode ser roscado diretamente ao corpo ou preso a ele por porcas de 
união ou ainda aparafusado. As extemidades do corpo podem ser flangeadas, roscadas oupar asolda de 
encaixe ou de topo. 
A atuação das válvulas se faz por comando manual atrvés do uso de volantes ou alavancas, por uso de 
força motriz externa por meio de cilindros pneumáticos ou motores elétricos, ou ainda utilizando a força 
hidráulica do próprio fluido, como é o caso das válvulas de retenção. 
 
CARACTERIZAÇÃO DAS VÁLVULAS 
 
De bloqueio: a carcterização é feita em função do dispositivo de atuação no fluido: 
 
- válvula Gaveta “disco” que se movimenta segundo o plano do castelo 
- válvula Macho “tronco de cone vazado” com eixo de giro segundo a linha de centro do castelo 
- válvula Esfera variante da macho onde o tronco de cone foi substituído por esfera vazada 
- válvula Globo “cone” que se movimenta segundo o plano do castelo 
- válvula Angular variante da globo considerando castelo girado a 45o 
- válvula Agulha variante da globo limitada ao diâmetro de 2” 
- válvula Borboleta “disco” com eixo de giro segundo a linha de centro do castelo 
 
De retenção: estas válvulas permitem a passagem do fluxo em um só sentido. 
Podem ser do tipo: portinhola, bipartida ou de pistão indicado para fluidos pulsantes e redes sujeitas á 
vibração. 
 
De alívio: estas válvulas são angulares e usadas em sistemas de fluidos gasosos para alívio de pressão. 
São acionadas pela pressão à montante, que ao alcançar um valor ajustado, ultrapassa o valor da força 
calibrado por meio de uma mola de ajuste, descarregando o fluxo de gás, proporcionalmente aoaumento 
da pressão. A bitola de conexão de entrada do fluido é sempre menor que a de saída e são fabricadas na 
faixa de1” x 2” a 8” x 10”. O orifício de passagem do gás a ser descarregado é padronizado segundo a 
norma API – RP 526, conforme indicado na página 98. 
 
De segurança: idênticas às vávulas de alívio, porém usadas em sistemas de fluidos líquidos e de vapor. 
As válvulas de alívio ou de segurança podem ser instaladas em tubulações ou em vasos de pressão. 
 
De controle: vide página 164. 
 
REFERENCIAIS NORMATIVOS DE MATERIAIS USADOS NA FABRICAÇÃO DE VÁLVULAS 
 
Para o corpo das válvulas 
 
Aço carbono fundido ASTM A 216 
Aço carbono forjado ASTM A 105, ASTM A 181 
Aço inoxidável AISI 304, AISI 316, AISI 410 
Aço laminado SAE 1020 
Ferro fundido ASTM A 126 
Ferro maleável ASTM A 197 
Bronze ASTM B 61 
 
Para o dispositivo de atuação. 
 
Aço inoxidável AISI 304, AISI 316, AISI 410 
Bronze ASTM B – 62 
 
 160 
REFERENCIAIS NORMATIVOS PARA OS DIMENSIONAIS
DAS VÁLVULAS 
 
Estes referenciais normatizam as dimensões construtivas das válvulas, fixam as condições de trabalho e 
fixam também as condições dos testes de aceitação, conforme detalhado nas páginas 216 a 220. 
 
Norma ANSI B 16.10 aplicável às válvulas flangeadas do tipo gaveta, globo e retenção em aço carbono, 
aço forjado e ferro fundido nas classes de pressão de 150 PSI a 2500 PSI, com diâmetro até 24”. 
 
Norma API – 6D aplicável às válvulas do tipo gaveta, esfera, macho e retenção em aço para oleodutos 
nas classes de pressão de 150 PSI a 2500 PSI. 
 
Norma API – 526 aplicável às válvulas de segurança, em aço, flangeadas nas classes de pressão de 150 
PSI a 2500 PSI. 
 
Norma API – 594 aplicável às válvulas de retenção do tipo wafer em ferro fundido nas classes de pressão 
de 125 PSI a 250 PSI e em aço fundido nas classes de 150 PSI a 2500 PSI. 
 
Norma API – 599 aplicável às válvulas do tipo macho, em aço, flangeadas ou para soldas de topo nas 
classes de pressão de 150 PSI a 2500 PSI. 
 
Norma API – 600 aplicável às válvulas do tipo gaveta, em aço, flangeadas ou para soldas de topo nas 
classes de pressão de 150 PSI a 2500 PSI. 
 
Norma API – 602 aplicável às válvulas do tipo gaveta, em aço de pequenos diâmetros. 
 
Norma API – 604 aplicável às válvulas do tipo gaveta e macho, em ferro nodular, nas classes de pressão 
de 150 PSI a 300 PSI. 
 
Norma API – 609 aplicável às válvulas do tipo borboleta, em ferro fundido, na classe de pressão de 125 
PSI e em aço fundido na classe 150 PSI. 
 
Norma API – 598 aplicável às inspeções e testes de conformidade das válvulas. 
 
Norma ISA – RP – 4.1 referente à padronização dimensional das válvulas de controle. 
 
 
CLASSES DE PRESSÃO DAS VÁLVULAS 
 
As mais usuais no Brasil são 150 PSI, 300 PSI, 400 PSI, 900 PSI, 1500 PSI e 2500 PSI. 
 
 
RECOMENDAÇÕES PARA COMPRA DE VÁLVULAS 
 
Os seguintes dados deverão ser informados: 
 
- quantidade / diâmetro; 
- tipo da válvula; 
- arranjo construtivo do castelo, roscado ou não; 
- tipo de haste ascendente, com rosa interna ou com rosca externa, ver página 56; 
- extremidade flangeada, roscada ou soldada; 
- tipo de vedação, da haste e do castelo; 
- norma dimensional e norma de material; 
- norma de inspeção e teste; 
- classe de pressão; 
- diâmetro. 
 
 161 
5.5.1 Recomendações para seleção de válvulas 
 
VÁLVULA DE BLOQUEIO 
 
Faixa de 
Tipo de 
Válvula 
Fl
u
id
os
 
a 
qu
e 
se
 
de
st
in
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Fl
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fo
go
? 
Pe
rd
a 
de
 
ca
rg
a 
ca
u
sa
da
 
Pe
rm
ite
 
co
m
an
do
 
re
m
ot
o?
 
Cu
st
o 
Es
pa
ço
 
oc
u
pa
do
 
Gaveta Líquidos 
em geral Não não Todos os valores Não Não 
Muito 
elevada 
dificil
mente Médio Médio 
Gaveta 
fecho rápido 
Líquidos 
em geral Não Pode ser Baixa Moderada Pequenos Não Sim Elevada 
dificil
mente Baixo Médio 
 
Globo em 
“y” 
Líquidos 
espesso
s ou 
sujos e 
pastas 
Não Pode ser Todos os valores Médios e grandes Não 
Geral
mente Média 
dificil
mente Médio Médio 
Agulha Gases 
em geral 
Pode 
ser 
Não Todos os valores Pequenos 
e médios 
Pode 
ser 
Sim 
 
Muito 
elevada 
dificil
mente Alto Pequeno 
Borboleta Líquido 
ou gases 
Pode 
ser 
Sim Baixa Moderada Todos os 
valores sim Sim 
Em 
geral 
não 
Muito 
baixa Sim Baixo Pequeno 
Diafragma Líquido 
ou gases Sim Sim Baixa Moderada 
Pequenos 
e médios Não Não Não Média Sim Alto pequeno 
 
VÁLVULAS DE REGULAGEM MANUAL 
 
Faixa de 
Tipo de 
Válvula 
Fl
u
id
os
 
a 
qu
e 
se
 
de
st
in
a 
Fl
u
id
os
 
m
u
ito
 
co
rr
os
iv
os
 
ou
 
m
u
ito
 
tó
xi
co
 
Fl
u
id
os
 
co
m
 
se
di
m
en
ta
çã
o 
ou
 
co
m
 
só
lid
os
 
Pressão Temperatura Diâmetro 
Te
m
 
fe
ch
am
en
to
 
de
 
es
ta
n
qu
e?
 
D
es
tin
a-
se
 
a 
op
er
aç
ão
 
fre
qü
en
te
? 
Po
de
 
se
r 
pr
ov
a 
de
 
fo
go
? 
Pe
rd
a 
de
 
ca
rg
a 
ca
u
sa
da
 
Pe
rm
ite
 
co
m
an
do
 
re
m
ot
o?
 
Cu
st
o 
Es
pa
ço
 
oc
u
pa
do
 
Globo Não não Todos os valores Pequeno 
e médio Sim Não 
Muito 
elevada 
dificil
mente Médio Médio 
Globo 
angular Não Pode ser Baixa Moderada 
Pequeno 
e médio Não Não Elevada 
dificil
mente Baixo Médio 
Globo em 
“y” Não Pode ser Todos os valores 
Pequeno 
e médio Sim Não Média 
dificil
mente Médio Médio 
Esfera Pode ser Não Todos os valores Pequeno Sim Não D
ep
en
de
 
do
s 
m
at
er
ia
is
 
Muito 
elevada 
dificil
mente Alto Pequeno 
Borboleta 
Lí
qu
id
os
 
e 
ga
se
s 
Pode ser Sim Baixa Moderada Todos os 
valores Não Sim 
Em 
geral 
não 
Muito 
baixa Sim Baixo Pequeno 
5.5.2 Cálculo da perda de carga em válvulas de regulagem manual 
Aplicar a expressão do Technische Strömungslehre, página 120: 2v
2
∆Ρ
ρζ= , (equação 64) 
onde: 
∆Ρ perda em N/m2 
v velocidade em m/s 
ρ peso específico em kg/m3, na condição do escoamento 
ζ fator de perda, conforme tabela abaixo 
 
 
Válvula Figura Fator de Perda 
ϕ 10º 20º 30º 40º 50º 60º 70º 
Borboleta 
 
ζ 0,52 1,54 3,91 10,8 32,6 118 251 
ϕ 10º 20º 30º 40º 50º 
Esfera 
 
ζ 0,31 1,84 6,15 20,7 95,3 
h/d 0,125 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 
Gaveta 
 
ζ 97,8 35 10 4,6 2,06 0,98 0,44 0,17 0,06 0 
 
 
 162 
5.5.3 Dimensionamento de válvulas de alívio instaladas em redes (conforme W. Burger ) 
 
PARA VAPOR SATURADO E SOBRE-PRESSÃO DE 10% 
Aplicar a equação 46, conforme página 98. 
 
PARA LÍQUIDOS E SOBRE-PRESSÃO DE 10% 
Aplicar a expressão A = 
l
V
 
x G / dP − x 16,32, (equação 65) 
onde: 
área requerida A em pol2; 
de vazão 
l
V em gpm; 
pressão ajuste P: em psi g; 
contra-pressão d: em psi g. 
gravidade específica G: em lb / pol3 
 
Nota: lembrar que 1,0 litro = 0,26 galão. 
 
PARA GASES, SOBRE-PRESSÃO DE 10% E CONTRA-PRESSÃO < 55% 
Aplicar a expressão A = /TGVg ×× 1,175 x C´ x P, (equação 66) 
onde: 
área requerida A em pol2 
vazão Vg em Scfm 
gravidade específica; G em lb / pol3 
temperatura absoluta T em oR (oF + 460) 
constante do gás C´ conforme Tabela 1, página 163 
pressão de alívio, P pressão de ajuste + sobre-pressão + 14,7, em psia 
5.5.3.1 Dimensionamento de válvulas de alívio instaladas em tanques 
 
Para este caso adotar o procedimento indicado no Item C.3 da norma API-RP520 que define a 
área do orifício “A” pela expressão A = 1S1 PAF /× , (equação 67) 
onde: 
 
área do orifício A: em pol2 
área exposta da superfície do vaso AS: em pe2 
pressão do alívio P1: pressão de ajuste + sobre-pressão + 14,7, em psia 
Nota: valor mínimo recomendado pela API-RP 520 par o fator F1 = 0,01. 
 
Exemplo numérico considerando: 
Vaso: cilíndrico com duas calotas torrisférícas 
Diâmetro externo do vaso = eixo maior do tampo: 1,811 m = 5,942 pe 
Comprimento do vaso: 6,700 m = 21,981 pe 
Pressão de ajuste: 44,0 bar ou 638 psi 
 
Calcular o orifício 
 
área
exposta das calotas: 2,61 x DE2 = 2,61 x 5,9422 = 92,138 pe2 
área exposta do cilindro: pi x DE x L =pi x 5,942 x 21,981= 410,426 pe2 
área exposta total: 92,138 + 410,126 = 502,264 pe2. 
 
Orifício: 14,763,8638502,2640,01 ++÷× =0,187 pol2 orifício “E”, válvula 1”x 2”. 
 
 163 
TABELA 1 CONSTANTE C’ PARA VAPORES E GASES 
 
Referência: 
dimensionamento e seleção de válvulas de segurança e alívio W.BURGER, página. 11. 
 
GÁS ou VAPOR K C’ M 
Acetaldeido 1,14 323 44,05 
Ácido Acético 1,15 324 60,05 
Acetileno 1,26 334 26,04 
Ar 1,40 347 28,97 
Amônia 1,31 339 17,03 
Argônio 1,67 369 39,94 
Benzeno 1,12 321 78,11 
Butadieno 1,12 321 54,09 
N-Butano 1,09 317 58,12 
Isso-Butano 1,11 320 58,12 
Dióxido de Carbono 1,29 337 44,01 
Dissulfeto de Carbono 1,21 330 76,13 
Monóxido de Carbono 1,40 347 28,00 
Cloro 1,36 343 70,91 
Etano 1,19 326 30,07 
Etileno 1,24 332 28,05 
Álcool Etílico 1,13 322 46,07 
Cloreto Etílico 1,19 328 64,50 
Freon II 1,14 323 137,37 
Freon 12 1,14 323 120,92 
Freon 114 1,09 317 170,93 
Hélio 1,66 368 4,00 
N-Heptano 1,05 313 100,00 
N-Hexano 1,06 314 86,17 
Hidrogênio 1,41 348 2,02 
Cloreto de Hidrogênio 1,41 348 36,47 
Sulfeto de Hidrogênio 1,32 340 34,08 
Metano 1,31 339 16,04 
Álcool Metílico 1,20 329 32,04 
Butano Metílico 1,08 316 72,15 
Cloreto Metílico 1,20 329 50,48 
Gás Natural 1,27 335 19,00* 
Nitrogênio 1,40 347 28,02 
N-Octano 1,05 313 114,22 
Oxigênio 1,40 347 32,00 
N-Pentano 1,07 315 72,15 
Fenol 1,30 338 94,00 
Propano 1,13 322 44,09 
Propileno 1,15 324 42,08 
Dióxido Sulfuroso 1,29 337 64,06 
Stireno 1,07 315 104,14 
Tolueno 1,09 317 92,13 
 
 
 
 164 
5.5.4 Válvulas de Controle 
 
Funcionamento 
 
O controle de pressão pela válvula baseia-se no 
equilíbrio entre duas forças atuantes em sentidos 
opostos no eixo que sustenta o obturador. 
Uma delas é exercida por uma mola calibrada 
localmente e que tende a “abrir” a válvula. 
 
A segunda gerada por um fluxo de ar comprimido 
ou nitrogênio ou do próprio fluido cuja a pressão se 
deseja controlar, atuando sobre um diafragma 
flexível solidário ao eixo e que tende a “fechar” a 
válvula. 
 
Conforme regulagem da mola ajusta-se a 
resultante ideal para o controle desejado. 
 
É importante conhecer as curvas de abertura das 
válvulas para se definir o controle desejado; essas 
curvas em número de quatro, conforme norma ISA 
75.11 estão indicadas no normograma abaixo.: 
 
 
 
curva 1 – válvula de gaveta comum 
curva 2 – igual percentagem 
curva 3 – abertura rápida 
curva 4 – linear 
 
A curva 2 não é indicada quando ocorrer no processo 
variações abruptas de: vazão e/ou pressão, com 
freqüência. 
As curvas 3 e 4 são indicadas para situações 
processuais não atendidas pela curva 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notas: 
 
1 – O projeto de instalção da válvula deverá ser feito, conforme figura 9 na página 96. 
2 – A conformidade destas válvulas deverá ser verificada segundo as normas: 
- nível de ruído da válvula, Normas ISA 75.17 e IEC-60534-8-4; 
- classe de vedação da válvula Norma ANSI / FCI 70-2; 
- dimensional da válvula Norma ISA – RP 4.1; 
- capacidade da válvula Norma ISA S75 – 01. 
 
 165 
DIMENSIONAMENTO VÁLVULAS DE CONTROLE CONFORME NORMA ISA 75.01 
 
Para o dimensionamento das válvulas de controle deverá ser calculado o coeficiente de vazão 
CV, definido como a vazão em m3/s que cria uma perda de carga de 1 bar atravessando a válvula 
totalmente aberta. 
 
Para válvulas operando com fluidos líquidos, o CV é calculado em função do ∆Ρ na válvula. 
 
Se ∆P for menor que Cf2 x ∆PS CV = 1,16 x q x PGf ∆÷ (equação 68) 
 
Se ∆P for maior ou igual que Cf2 x ∆PS CV = (1,16 x q ÷ Cf) x ∆ΡGf ÷ (equação 68a) 
 
∆Ρs = Ρ1 - 






−
c
v
Ρ
Ρ0,280,96 x Pv (equação 69) 
onde: 
 
Cf →fator de fluxo crítico conforme tabela 2, página 166 
∆Ρ→perda de pressão (Ρ1-Ρ2) em bar 
Ρ1→pressão à montante da válvula em bar absoluto 
Ρ2→pressão à jusante da válvula em bar absoluto 
Ρc→pressão crítica em bar absoluto, conforme tabela 3, página 166 
Ρv →pressão de vapor do líquido na temperatura em bar absoluto, conforme tabela 5, pág. 132 
Gf→gravidade específica do líquido na temperatura do escoamento 
q →vazão do liquido em m3/h 
 
CV para válvulas operando com fluidos gasosos 
 
se 1
2
f ΡC,5 ××<∆Ρ 0 →→→→ CV= ( )21 Ρ+Ρ∆Ρ
×
×
TG
295
Q
 (equação 68b) 
 
se 1
2
f ΡC,5 ××≥∆Ρ 0 →→→→ CV= 
1f ΡC257
TGQ
××
××
 (equação 68c) 
onde: 
 
Cf → fator de fluxo crítico, conforme tabela 2, página 166 
G→ gravidade específica do gás 
Ρ1→ pressão à jusante da válvula em bar absoluto 
Ρ2→ pressão à montante da válvula em bar absoluto 
∆Ρ→ perda de pressão (Ρ1-Ρ2) em bar 
Q→ vazão do gás em Nm3/h 
T→ temperatura do fluxo em K (273 + oC) 
 
 
 166 
TABELA 2 FATOR DE FLUXO CRÍTICO NA ABERTURA TOTAL 
Tipo de 
Válvula 
Tamanho do 
Obturador Fluxo C f KC 
C f r 
d / D > 1,5 X T 
A 
→ 
Para abrir 
Para fechar 
← 
0,85 
0,90 
0,58 
0,65 
0,81 
0,86 
0,61 
0,68 
Série 
2000 
B 
→ 
Para abrir 
Para fechar 
← 
0,80 
0,90 
0,52 
0,65 
0,80 
0,90 
0,54 
0,68 
A 
→ 
Para abrir 
Para fechar 
← 
0,68 
0,85 
0,35 
0,60 
0,65 
0,80 
0,39 
0,61 
Válvula 
Camflex 
B 
→ 
Para abrir 
Para fechar 
← 
0,70 
0,88 
0,39 
0,62 
0,70 
0,87 
0,41 
0,65 
A Sede dupla em V 0,90 0,98 
0,70 
0,80 
0,86 
0,94 
0,68 
0,81 Série 
1000 
B Sede dupla em V 0,80 0,95 
0,31 
0,73 
0,80 
0,94 
0,54 
0,76 
A 
← 
Para Fechar 
Para abrir 
→ 
0,80 
0,75 
0,51 
0,46 
0,77 
0,72 
0,54 
0,47 
Globo 
B 
← 
Para Fechar 
Para abrir 
 → 
0,80 
0,90 
0,52 
0,65 
0,80 
0,89 
0,54 
0,68 
REFERÊNCIA: Masoneilan Handbook for Control Valve Sizing Página 7. 
 
TABELA 3 CONSTANTES TERMODINÂMICAS CRÍTICAS E DENSIDADE 
Pressão Crítica Pc Temperatura Crítica - Tc Elemento ou Composto 
psi a bar a oF oC 
Densidade 
Ib/ft3 60 oF 
Acetileno C2H2 911 62,9 97 36 0.069 
Ar, O2 +N2 547 37,8 -222 -141 0,0764 
Amônia, NH3 1638 113,0 270 132 0,045 
Argônio, A 705 48,6 -188 -122 0,105 
Benzeno, C6H6 701 48,4 552 289 54,6 
Butano, C4H10 529 36,5 307 153 0,154 
Dióxido de Carbono, CO2 1072 74,0 88 31 0,117 
Monóxido de Carbono, CO 514 35,5 -218 -139 0,074 
Tetracloreto de carbono 661 45,6 541 283 99,5 
Cloro, CI2 1118 77,0 291 144 0,190 
Etano, C2H6 717 49,5 90 32 0,080 
Etileno, CH2 - CH2 742 51,2 50 10 0,074 
Eter Etil, C2H5- O-C2H5 522 36 383 195 44,9 
Flúor, F2 367 25,3 -*247 -155 0,097 
Helio, He 33.2 2,29 -450 -268 0,011 
Heptano, C7H16 394 27,2 513 267 42,6 
Hidrogênio, H2 188 13,0 -400 -240 0,005 
Isob, CH3) 2 CH-CH3 544 37,5 273 134 0,154 
Metano, CH4 673 46,4 -117 -83 0,042 
Nitrogênio, N2 492 34,0 -233 -147 0,074 
Oxigênio, O2 739 50,4 -182 -119 0,084 
Propano, C3H8 617 42,6 207 97 0,117 
Água, H2O 3206 221,0 705 374 62,34 
 
 167 
EXEMPLO NUMÉRICO - CÁLCULO DO CV DE VÁLVULAS CONTROLADORAS DE PRESSÃO 
Considerando: 
fluido oxigênio 
vazão 96.000 Nm3 / h 
pressão de entrada 18,35 bar absoluto 
pressão de saída 16,07 bar absoluto 
∆Ρ( P1 - P2) 2,28 bar 
temperatura 40 oC = 313 oK 
gravidade específica 1,105 
obturador tipo “A” - série 1000 
Calcular o CV 
 
da válvula 
 
Verificação do fluxo: 0,5x 2fC x P1= 0,5x0,92x18,35=7,43. Como ∆Ρ=2,28<7,43, o fluxo é subcrítico. 
Cálculo do CV: 
( ) 683,16,0718,352,28
1,105313
295
96.000
=
+×
×
× 
Verificação do CVi, instalado: 
Esta verificação é feita aplicando-se a expressão pi FCVCV ×= (equação 70) 
onde: 
CVi coeficiente de vazão
de válvula instalada 
Fp = [( K1 + K2) x (Cd2 / 890) + 1]-0,5 fator de correção devido às reduções 
Cd = CV ÷ d2 Cd: capacidade unitária da válvula 
d: diâmetro da válvula em polegadas 
K1=0,5 x [1- (d /Di)2]2 coeficiente de resistência devido a redução de entrada 
K2=1,0 x [1- (d /Di)2]2 coeficiente de resistência devido a redução de saída 
Di diâmetro interno do tubo em polegada 
 
Exemplo numérico 
 
Uma válvula de controle de diâmetro 10” com CV 581 instalada em rede de 16” e outra de 
diâmetro 4” com CV 195 instalada em rede de 8”, podem substituir uma válvula de 12” om CV 
683, instalada em rede de16”? 
 
1a. verificação: 
Quanto ao CV = 581 + 195= 776>683 OK. 
 
2a. verificação: 
Quanto à instalação da válvula de 10” 
 
Cd: 581 ÷ 102= 5,81 
K1: 0,5 x [1- (10 /16)2]2= 0,186 
K2: 1,0 x [1- (10 /16)2]2= 0,371 
Fp: [( 0,186 + 0,371) x (5,812 / 890) + 1]-0,5= 0,989 
CVi : CV x Fp = 581 x 0,989 = 574,9 
 
Quanto à instalação da válvula de 4” 
 
Cd: 195 ÷ 42 = 12,19 
K1: 0,5 x [1- (4 /8)2]2= 0,281 
K2: 1,0 x [1- (4 /8)2]2= 0,563 
Fp: [( 0,281 + 0,563) x (12,192 / 890) + 1]-0,5 0,936 
 
CVi : CV x Fp = 195 x 0,936 = 182,5 
 
Conclusão: como 574,9 + 182,5=757>683 OK. 
 
 168 
5.5.5 Válvulas Especiais - Tipo Selo d’Água 
Aplicáveis em tubulações de gases de diâmetros iguais ou maiores que 500 mm, figura 4. 
 
 
Figura 4 – Selo d´Água 
 
Tabela Dimensional do Selo d’Água para pressões até 1500 mm de coluna d’água. 
 
Diâmetro 
Nominal do 
Tubo 
Principal 
Diâmetro 
Externo 
(mm) 
Espessura 
“e” 
(mm) 
R 
(mm) 
L 
(mm) 
A 
(mm) 
B 
(mm) 
E 
(mm) 
d1 
(pol) 
d2 
(pol) 
500 508,0 6 750 2.300 2.194 1.147 400 2 3 
600 609,6 6 900 2.400 2.425 1.209 500 3 4 
700 711,2 6 700 2.500 2.252 1.065 550 3 4 
800 812,8 6 800 2.600 2.425 1.094 600 3 4 
900 914,4 6 900 2.700 2.598 1.122 650 3 4 
1.000 1.016,0 6 1.000 2.800 2.771 1.150 750 4 6 
1.200 1.220,0 6 1.200 3.000 3.118 1.207 850 4 6 
1.400 1.420,0 6 1.400 3.200 3.464 1.265 950 4 6 
1.500 1.524,0 6 1.500 3.300 3.637 1.292 1.000 4 6 
1.600 1.620,0 6 1.600 3.400 3.811 1.3.22 1.050 4 6 
1.800 1.828,8 6 1.800 3.600 4.157 1.378 1.150 4 6 
2.000 2.032,0 6 2.000 3.800 4.503 1.434 1.350 6 8 
2.200 2.235,2 6 2.200 4.000 4.850 1.491 1.450 6 8 
2.400 2.438,4 6 2.400 4.200 5.196 1.548 1.550 6 8 
2.600 2.620,0 8 2.600 4.400 5.543 1.611 1.650 6 8 
2.800 2.820,0 8 2.800 4.600 5.889 1.669 1.750 6 8 
3.000 3.020,0 8 3.000 4.800 6.235 1.726 1.900 8 10 
3.200 3.220,0 8 3.200 5.000 6.582 1.784 2.000 8 10 
3.400 3.420,0 8 3.400 5.200 6.928 1.842 2.100 8 10 
3.600 3.620,0 8 3.600 5.400 7.275 1.900 2.200 8 10 
3.800 3.820,0 8 3.800 5.600 7.621 1.958 2.300 8 10 
4.000 4.020,0 8 4.000 5.800 7.967 2.015 2.400 8 10 
 
Nota: estas dimensões são básicas e apenas referenciais para o projeto do selo. 
 
 169 
VÁLVULA ESPECIAIS PARA POLPAS 
 
- válvula tipo diafragma: nesta válvula o bloqueio do fluido é processado através de um diafragma 
flexível que é apertado contra a sede por meio de mecanismo externo resultando na compressão 
do fluido e conseqüente paralização do fluxo. 
- válvula tipo mangote: é uma variante da válvula diafragma tendo como mecanismo de atuação 
um fluxo de ar comprimido gerando uma compressão circunferencial de fora para dentro do 
mangote e consequentemente paralizando o fluxo. 
 
VÁLVULA ESPECIAIS PARA ADMISSÃO E EXPULSÃO DE AR 
 
São chamadas ventosas, de simples ou de duplo efeito. As de simples efeito são previstas para 
liberação de fluxos de ar e as de duplo efeito para liberação e admissão de ar. 
São providas de duas esferas de tamanhos distintos; a maior posicionada em uma câmara 
provida de grande abertura e comprimida contra ela; a menor em uma segunda câmara provida 
de um orifício. Esta esfera está levemente encostada neste orifício. Na hipótese de esvaziamento 
da rede cria-se uma depressão e ambas as esferas são deslocadas de sua posição de repouso 
permitindo a entrada de ar. Caso contrário durante o enchimento cria-se uma sobrepressão 
provocando o retorno dessas esferas às suas posições originais, permitindo nesse deslocamento 
a saída de ar até que o fluxo de água atinja o corpo da válvula quando então, cessa o movimento. 
 
 
5.5.6 Atuadores / Posicionadores de Válvulas Remoto Operadas 
 
 
Como já citado os atuadores das válvulas remoto operadas podem ser cilindros pneumáticos ou 
motores elétricos, ambos atuando nas válvulas por meio de posicionadores engrenados ou não, 
previstos para processar movimentos rotativos de até 90º ou retilíneos correspondentes ao curso 
total entre as posições de abertura total e fechamento pleno. Isto resulta nas posições 
operacionais de válvula aberta, válvula fechada ou regulação contínua. 
 
 
DADOS PARA ESPECIFICAÇÃO DOS POSICIONADORES 
 
Conforme o tipo do atuador os seguintes dados são necessários, quando aplicáveis: 
 
- tipo da válvula; 
- torque máximo; 
- tempo de fechamento / abertura; 
- curso total entre as posições aberta e fechada; 
- velocidade de operação; 
- número de operações por hora / por dia; 
- indicador de posição; 
- tensão de comando; 
- classe de proteção do motor; 
- resistência de aquecimento contra condensação; 
- pressão de ar comprimido; 
- diâmetro das conexões de ar comprimido; 
- conjunto lub-re-fil. 
 
 170 
5.6 PURGADORES 
PURGADORES MECÂNICOS 
 
São do tipo “de bóia” e de “panela invertida” e operam por diferença de densidade. 
 
PURGADOR DE BÓIA 
 
Descrição funcional 
 
O volume do liquido acumulado força um movimento ascendente da bóia; atingido o nível de 
descarga; a saída é liberada, e o volume do liquido condensado é lançado ao exterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação: para descargas de vapor nas saídas de trocadores de calor. 
PURGADOR DE PANELA INVERTIDA 
 
Descrição funcional: 
 
O vapor é dirigido à “panela invertida”, expulsando o volume de água nela contida, fazendo-a 
flutuar e fechando a válvula de saída. A continuidade do fluxo de vapor provoca por sua 
condensação o enchimento da panela, abrindo a válvula e liberando o fluxo decondensado. 
 
 
 
 
 
Aplicação: drenagem de tubulações de vapor para quaisquer valores de pressão e temperatura. 
 
Ressalvas quanto ao uso destes purgadores: 
 
- para entrar em operação o purgador precisa estar cheio de água, escorvado; 
- a eliminação do ar é moderada e só ocorre se a saída de condensado não for contínua. 
 
 
 171 
PURGADORES TERMOSTÁTICOS 
São do tipo de “expansão metálica” e “de fole” e operam por diferença de temperatura. 
PURGADOR DE EXPANSÃO METÁLICA 
 
Descrição funcional 
 
Funcionam pela diferença de temperatura que existe na mesma pressão, entre o vapor e o 
condensado. 
 
 
 
Aplicação: eliminação de ar e outros gases incondensáveis nas linhas de vapor de grande 
diâmetros. 
 
PURGADOR TERMOSTÁTICO DE FOLE 
 
Aplicação: utilizado em baixas pressões até 3,5 MPa, e 
principalmente quando existe grande volume de ar a 
eliminar. 
 
Ressalvas 
 
- não servem para operar com vapor superaquecido; 
- a descarga do condensado é intermitente e demorada; 
- a perda de vapor é grande. 
 
 172 
PURGADORES TERMODINÂMICOS 
 
Descrição funcional 
O fluxo de vapor chegando ao purgador, no primeiro momento levanta o disco e é liberado para o 
exterior. A seguir este fluxo provoca na parte inferior do disco baixa pressão, segundo Bernouilli 
causando o fechamento. Esta condição permanecerá até que o vapor se condense por 
resfriamento, quando então o fluxo de condensado será liberado.
Aplicação: drenagens de linhas de vapor e linhas de aquecimento desde que a quantidade de 
condensado não seja muito grande. 
 
Ressalva 
 
- não deve ser usado quando a contrapressão do condensado ultrapassar 50% da pressão do 
vapor. 
5.6.1 Fatores de Seleção e de Dimensionamento dos Purgadores de Vapor 
 
- pressão e temperatura do vapor na entrada do purgador; 
- tipo de descarga do condensado aberta ou fechada, pressão e temperatura do condensado, 
quando o sistema for fechado; 
- quantidade de condensado a ser eliminado; 
- perda admitida de vapor vivo; 
- possibilidade de golpes de ariete na tubulação. 
 
Notas: 
 
- para determinação da pressão do vapor na entrada do purgador deve-se considerar as perdas 
de cargas existentes a montante do purgador. O mesmo cuidado deve-se ter na determinação 
da pressão do condensado nos sistemas fechados. 
- se as condições de pressão do vapor ou do condensado forem variáveis, o purgador deverá ser 
selecionado para a mínima pressão de vapor e para a máxima pressão do condensado. 
- para determinação da vazão de condensado, ver página 94. 
 
Purgador aberto 
Descarga de condensado 
Purgador fechadondo 
Chegada de vapor 
 
 173 
 
5.6.2 Comparativo entre os Tipos de Purgadores 
 
 
Tipo 
Pressão 
máxima do 
vapor 
kgf/cm2 
Capacidade 
máxima 
kg/h 
Permite 
descarga 
continua 
Eliminação 
do ar 
Resistência a 
golpes de 
aríete 
Perda de 
vapor 
Necessidade 
de 
manutenção 
Bóia 35 50.000 Sim Pode ser Não Pouca Regular 
Panela invertida 180 15.000 Não Sim Sim Pouca Bastante 
Expansão metálica 50 4.000 Pode ser Sim Sim Bastante Regular 
Termodinâmico 100 3.000 Não Sim Sim Regular Quase 
nenhuma 
 
Nota: para qualquer purgador a capacidade de eliminação de condensado é sempre função 
da pressão diferencial através do purgador e da temperatura do condensado. 
 
5.6.3 Aplicações de Purgadores 
 
 
Serviço Condições de trabalho Tipos 
recomendados Coeficiente de segurança 
Alta pressão 
> 2Mpa B 2 
Média pressão = 2 
Mpa B – C 2 Vapor saturado 
Baixa pressão 
< 0,2 Mpa C – B 3 
Alta pressão 
> 2Mpa B – C 2 
Média pressão 
= 2 Mpa C – B 2 
Drenagem de 
tubulação de vapor 
com retorno de 
condensado 
Vapor 
superaquecido 
Baixa pressão 
< 0,2 Mpa C – B 3 
Pressões ≤ 0,1 MPa C 2 Drenagem de 
tubulação de vapor 
com descarga 
aberta 
Vapor 
superaquecido ou 
saturado Pressões > 0,1 Mpa D 3 
Aquecimento de 
tubulações - - D 2 
Vazão constante A – B 2 Altas vazões 
≥ 4.000 kg / h Vazão variável A – B 4 
Vazão constante A – B 2 
Serpentinas de 
tanques 
Médias e baixas 
vazões < 4000 kg / h Vazão variável C – A 4 
 
 
Legendas referenciais par aseleção dos purgadores 
 
- purgador de bóia A 
- purgador de panela invertida B 
- purgador termostático C 
- purgador termodinâmico D 
 
 
 
 174 
5.7 SUPORTES DE TUBULAÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO DOS SUPORTES QUANTO À LIMITAÇÃO DOS MOVIMENTOS 
 
Suportes Guia - dispositivos que permitem movimento em apenas uma direção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suportes de ancoragem - dispositivos que impedem movimentos em quaisquer direções. 
 
 
 
 
 
 
 175 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À SUSTENTAÇÃO DAS CARGAS 
 
Suportes de mola com carga fixa – dispositivos que permitem movimento vertical através da ação 
de alavancas. A capacidade do suporte é constante. 
 
 
 
 
 
Suportes de mola com carga variável – dispositivos em que a força de compressão da mola 
aumenta à medida que aumenta o deslocamento, o que acarreta alteraçãoes no caregamento de 
suportes vizinhos. Esta alteração deve ser limitada conforme discutido na análise funcional que se 
segue. 
 
 
 
Figura 5 - Suporte de Mola com Carga Variável 
APLICAÇÕES: 
 
- grandes deslocamentos ≥ 150 mm; 
- quando a carga suportada for muito grande; 
- quando a colocação de um suporte de carga 
variável resultar em variação de carga 
superior a 12%, conforme indicado na 
análise funcional. 
 
 176 
ANÁLISE FUNCIONAL DE UM SUPORTE DE MOLA 
 
Os suportes de mola são especificados pela relação entre a 
carga suportada e a deformação causada na mola, chamada de 
“Constante de Mola”. 
 
Suponhamos uma mola enrolada no diâmetro de 103mm, 
fabricada com um arame de aço de 1/2”, com comprimento livre 
de 407mm e quando totalmente comprimida (comprimento sólido) 
186mm. 
 
Considerando que para esta compressão foi necessária a 
aplicação de uma força de 466 kg, a constante de mola será 
466 ÷ (40,7 – 18,6) = 21,1 kgf/cm. 
 
Suponhamos uma tubulação pesando 185kg apoiada nesta mola. 
A compressão a que a mola ficará submetia será 
185 ÷ 21,1 = 8,8 cm e o comprimento da mola passará a ser 
40,7 – 8,8 = 31,9 cm. 
 
 
Em função deste “encurtamento” esta mola antes de ser instalada, 
deverá ser pré-comprimida por meio de calços até o comprimento 
31,9 cm. Estes calços só poderão ser removidos quando o suporte 
de mola estiver instalado. 
 
Admitindo-se que esta tubulação pesando 185 kg, quando for 
aquecida se desloque verticalmente 1,5cm. 
 
Esta ocorrência irá aliviar a carga atuante na mola em 
1,5 x 21,1 = 31,6 kg. 
 
Esta carga será então transmitida aos suportes vizinhos, e o 
esforço na mola passará a ser 
185 – 31,6 = 153,4 kg. 
 
 
 
 
A carga de 31,6 kg, transmitida aos apoios vizinhos, define um 
percentual de 17% maior que os 12% permitido. Torna-se 
necessário aumentar a pré-compressão a frio a fim de que o limite 
de 12% não seja ultrapassado. Assumindo uma compressão de 9,4 
cm o esforço conseqüente será : 
9,4 x 21,1 = 198,34 kg. 
 
Obviamente na condição a frio a mola estará suspendendo a 
tubulação. Porém a quente o esforço na mola será: 
198 – 31,6 = 166,74 kg 
 
A diferença 185 – 166,74 = 18,26 kg continuará sendo transmitida 
aos suportes vizinhos, porém o percentual será apenas de 10%. 
 
 
 
 
 
 177 
5.8 DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÕES 
CÁLCULO DE DIÂMETROS 
 
REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS LÍQUIDOS 
 
Aplicar a equação 8, página 57. onde: 
 
REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS GASOSOS 
 
Neste caso, aplica-se a mesma expressão para fluidos líquidos, equação 8 porém a vazão deverá ser 
previamente corrigida para as condições de pressão e temperatura do escoamento, aplicando a 
expressão: 
 
P x V /T = Pn x Vn / Tn, (equação 71) 
 
onde: 
 
P: pressão de escoamento absoluta em kgf / cm2 
Pn: pressão normal em kgf / cm2 
V: vazão escoada em m3 / s 
Vn: vazão normal em Nm3 / s 
T: temperatura de escoamento em K 
Tn: temperatura normal em K 
 
VELOCIDADES DE ESCOAMENTO RECOMENDADAS 
 
No cálculo dos diâmetros a velocidade, função do fluido escoado deve seguir os referenciais: 
 
Fluido em escoamento Velocidade recomendada 
 
água em instalações industriais 2,0 a 3,0 m / s 
água em alimentação de caldeiras 4,0 a 8,0 m / s 
água salgada 1,5 m / s máximo 
ar comprimido 15 a 20 m / s 
acido sulfúrico 1,0 a 1,2 m / s 
acetileno 20 a 25 m / s 
cloro líquido 1,5 a 2,0 m / s 
cloro gasoso 15 a 20 m / s 
tetra-cloreto de carbono 2,0 m / s 
hidrocarbonetos líquidos em sucção de bombas 1,0 a 2,0 m / s 
hidrocarbonetos líquidos em recalque de bombas 1,5 a 2,5 m / s 
hidrocarbonetos gasosos 25 a 30 m / s 
oxigênio gasoso 15 a 20 m /s 
soda cáustica com concentração de 0 a 30% 2,0 m / s 
soda cáustica com concentração de 30 a 50% 1,5 m / s 
soda cáustica com concentração de 50 a 75% 1,2 m / s 
vapor saturado até 2 kg / cm2 saturado 20 a 40 m / s 
vapor na faixa de pressão de10 a 20 kg / cm2
40 a 80 m / s 
vapor com pressão superior a 20 kg / cm2 60 a 100 m / s 
 
 178 
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DE DIÂMETROS DE TUBULAÇÕES DE LÍQUIDOS 
 
Considerando: 
 
fluido água potável 
vazão: 500 l / min (0,0083 m3 / s) 
velocidade: 2,0 m / s 
 
Calcular o diâmetro 
 
dn = "2,862,54
100
2,0
0,00834
=×
×
×
pi
 diâmetro comercial adotado 2 ½” com di = 59,2 mm 
 
Correção da velocidade: =→
×
×
v
0,0592pi
0,00834
2 3,03 m / s 
Como o valor calculado 3,03 m/s ultrapassa os 3,00 m/s sugerido como teto superior. o diâmetro 
comercial adotado deverá ser reconsiderado para 3” com di= 77,9 mm. 
EXEMPLO NUMÉRICO PAR AO CÁLCULO DE DIÂMETROS DE TUBULAÇÕES DE GASES 
 
Considerando: 
 
fluido Oxigênio 
pressão do escoamento 7,00 kgf / cm2 
temperatura de escoamento 30 ºC 
vazão 10000 Nm3 / h 
temperatura normal 20 ºC 
pressão barométrica local 1,00 kgf / cm2 
pressão normal 1,03 kgf / cm2 
velocidade 15,0 m / s 
 
Calcular o diâmetro 
 
Correção da vazão ( ) 1326,4
30273
1,007,00
20273
100001,03
→
+
×+
=
+
× V
 m3 / h 
 
Cálculo do diâmetro: 
 
dn : 6,96"2,54
100
360015
1326,44
=×
××
×
pi
 diâmetro comercial adotado 6” com di = 154,2 mm 
 
Correção da velocidade: =→
××
×
v
36000,1542pi
1326,44
2 19,78 m/s 
 
 
Como o valor 19,78 m/s é inferior aos 20 m/s sugerido como teto superior, o diâmetro comercial adotado 
de 6” fica aceito. 
 
 179 
CÁLCULO DA ESPESSURA DA PAREDE DOS TUBOS 
 
A espessura será calculada conforme norma referencial ANSI / ASME B 31, aplicando a equação 
21 citada na página 57. 
Nesta equação os valores do coeficiente de eficiência de solda E deverão ser escolhidos conforme 
abaixo: 
 
E=1,00 - para tubos sem costura e com costura por solda de topo, totalmente radiografada. 
E=0,90 - para tubos com costura por solda de topo, radiografia parcial. 
E=0,85 - idem, sem radiografa, solda pelos dois lados. 
E=0,80 - idem, idem, solda por um só lado. 
 
Da mesma forma nesta equação os valores do coeficiente de redução Y, de acordo com o material e 
temperatura, deverão ser escolhidos conforme abaixo. 
 
Y=0,40 - para tubos de aço carbono e aços ferríticos, em temperaturas até 485 ºC. 
Y=0,00 - para tubos de ferro fundido. 
 
Os valores da sobre-espessura de corrosão C deverão ser 
- 1,2 mm: valor mínimo para a sobre espessura de corrosão 
- 2,0 mm: valor recomendado para tubos em serviços de média corrosão 
 
Convém relembrar que a equação 21 não poderá ser aplicada quando a expessura calculada ultrapassar 
o valor do diâmetro externo do tubo dividido por 6 ou quando a pressão interna do projeto dividida pela 
tensão admissível da temperatura for maior que 0,385. 
 
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DE ESPESSURAS DE PAREDE DE TUBOS 
 
Considerando: 
 
diâmetro nominal do tubo 8” 
diâmetro externo do tubo 21,9 cm 
material ASTM A 106 Gr. A 
tensão admissível 1125 kgf / cm2 
pressão interna de projeto 56 kgf / cm2 
coeficiente “E” 1,0 
coeficiente “Y” 0,4 
sobre-espessura “C” 0,12 cm 
 
Calcular a espessura da parede 
 
t: ( )[ ] 0,6540,120,451112521,9/256 =+×+×× 6 cm. Considerando a tolerância de fabricação de 
12,5% a espessura “ t “ mínima será:0,654 x 1,125 cm = 0,735 cm. 
 
Verificações 
 
- como D/6 = 21,9 / 6=3,65 cm, tem-se:0,735 < 3,65 
- como P/Sh (21/1125= 0,005, tem-se 0,005< 0,385 
- a espessura calculada pode ser assumida. Está CONFORME. 
 
 180 
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA 
SEQÜÊNCIA DE CÁLCULO SUGERIDA PARA REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS LÍQUIDOS 
 
- determinar o limite inicial e o limite final do trecho 
- definir o comprimento do trecho 
- definir a velocidade de escoamento 
- definir o diâmetro interno 
- definir a viscosidade cinemática do fluido na temperatura. 
- calcular o número de Reynolds. 
- calcular a rugosidade relativa. 
- calcular o fator de fricção. 
- definir o comprimento equivalente. 
- calcular a perda de carga no trecho. 
 
Cálculo do Número de Reynolds aplicar a equação 22, Re = γ× /dv i . 
 
Cálculo da rugosidade relativa aplicar a expressão 
E = E q / id , (equação 72) 
onde: 
Eq: rugosidade equivalente em mm, ver página 58 
id : diâmetro interno em mm 
E: rugosidade relativa 
 
Cálculo do Fator de Fricção aplicar a equação 23, 2f1/ −= log ( ) ( ){ } fR / 2,513,7d/ E eiq ×+× 
 
Cálculo da Perda de Carga no trecho aplicar a equação 24 ×××=∆Ρ
2g
V
d
Lf
2
i
ρ , 
 
Resalvas 
 
O cálculo que define a perda de carga considera que: 
 
- o escoamento se processe em regime permanente; 
- o fluido seja homogêneo; 
- a seção transversal da tubulação seja constante e perfeitamente circular. 
- as perdas de cargas nas conexões e nos acessórios sejam fornecidas em comprimentos equivalentes 
de tubo reto no mesmo diâmetro 
- no caso do diâmetro da tubulação ser maior que 14”, a perda de carga nas conexões e nos 
acessórios será definida em função da constante do acessório. 
 
Notas: 
- paraos valores da rugosidade relativa E, ver página 58. 
- par aos valores da constante K, ver página 59. 
- para os valores dos comprimentos equivalentes, ver página 59. 
 
 
 181 
SEQÜÊNCIA DE CÁLCULO SUGERIDA PARA REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS 
GASOSOS 
 
- determinar o limite inicial e o limite final do trecho; 
- definir o comprimento do trecho; 
- definir o desnível geométrico; 
- definir a velocidade de escoamento; 
- definir o diâmetro interno; 
- obter o fator de compressibilidade do gás; 
- calcular o peso específico do gás nas condições do projeto; 
- definir o peso específico do ar atmosférico nas condições locais; 
- calcular o número de Reynolds; 
- definir a rugosidade relativa; 
- calcular o fator de fricção; 
- definir os comprimentos equivalentes; 
- calcular a pressão residual; 
- calcular a perda de carga. 
 
Corrigir o peso específico do gás, aplicando a equação 11 
TPZ
TP
N
NN
gas
××
××
=
ρρ 
 
Cálculo da pressão residual do gás. 
Aplicar a expressão: ( )
argasgas ρρρ −+××=
−
 H
2g
v
d
Lf
P
PP 2
ii
2
r
2
i
, (equação 73 ) 
onde: 
arρ : peso específico do ar na condição local em kgf/ m3 
gasρ : peso específico do gás na condição do escoamento em kgf/ m3 
H: desnível geométrico em m 
Pi: pressão absoluta inicial em kgf / m2 
Pr: pressão absoluta residual em kgf / m2 
L: comprimento da tubulação em m 
di: diâmetro interno do tubo em m 
v: velocidade de escoamento em m/s 
f: fator de fricção 
 
Cálculo da perda de carga 
Aplicar a expressão ∆Ρ = Pi – Pr em kgf / cm2 (equação 74) 
 
Observações: 
 
1 – Lembrar que no caso de escoamento de fluidos gasosos as propriedades termodinâmicas do 
gás variam em função da pressão e da temperatura. 
Isto cria um problema para o cálculo da perda de carga. Para respeitar essa propriedade dos 
gases e ao mesmo tempo viabilizar o cálculo, assume-se como “constante” estas proprieddades 
na faixa de variação de pressão de até 0,30 kgf/cm2. 
Assim toda vez que a perda de carga calculada ultrapassar esse limite, refaça o cálculo “dividindo 
o trecho” em módulos de ∆Ρ equivalentes a 0,30 kgf/cm2. 
 
2 – Sobre a viscosidade, lembrar que: 
µ = viscosidade dinâmica ou absoluta expressa em kg/m x s 
ν = viscosidade cinemática expressa em m2 / s 
 
 
 182 
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DA PERDA DE CARGA EM REDES DE LÍQUIDO 
 
Considerando: 
 
 
- comprimento da tubulação 50m 
- comprimento da tubulação 50m 
- viscosidade dinâmica 1,007 x 10 –6 m2 / s 
- rugosidade equivalente 0,36mm 
- diâmetro nominal 14” 
- diâmetro interno 0,3334m 
- schedule 40 
- conexões
2 tee de passagem 
- válvula 01 válvula gaveta aberta 
- velocidade de escoamento 2,43 m / s 
- peso específico do fluido 1000 kgf / m3 
 
Calcular a perda de carga 
 
 
 
Cálculo do Reynolds: 2,43 x 0,3334 / 1,007 x 10-6 = 8,05 x 105 
 
Cálculo da rugosidade relativa: 0,36 / 333,4 = 0,0010 
 
Cálculo do fator de fricção: 2f1/ −= LOG 





××
+
f108,05
2,51
3,7
0,0010
5
= 0,02 
 
Cálculo do comprimento equivalente, conforme tabela página 59. 
 
- para a conexão tee de passagem, diâmetro 14”, o comprimento equivalente é de 7,3m. 
 
- para a válvula gaveta, aberta, diâmetro 14 ”, o comprimento equivalente é de 2,4m. 
 
Logo, o comprimento equivalente total será: =+× 2,427,3 17 m. 
 
Cálculo da perda de carga 
 
∆P: 1209,61000
9,812
2,43
0,3334
17500,02
2
=×
×
×
+
× kgf /m2 ou 1,2096 mca 
 
 
Nota: o fator de fricção poderá também ser obtido através do Ábaco de Moody, indicado na 
página 58 procedendo conforme indicado. 
 
 
 
 183 
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DA PERDA DE CARGA EM REDES DE GÁS 
 
Considerando: 
 
- fluido oxigênio 
- vazão 100.000 Nm3 / h 
- pressão de projeto 18,0 kgf / cm2 manométrico 
- temperatura de escoamento 40 ºC 
- viscosidade dinâmica do oxigênio 2,16 x 10 –6 m2 / s 
- fator de compressibilidade 1,05 
- peso especifico do oxigênio 1,429 kg / Nm3 
- comprimento do trecho entre a e b 400m 
- diâmetro interno da rede 381mm 
- desnível geométrico entre a e b 40m 
- aceleração da gravidade 9,81 m / s2 
- material da tubulação ASTM A 106 Gr B 
- pressão barométrica local 1,036 kgf /cm2 
-rugosidade equivalente 0,40 mm 
- peso específico do ar 1,243 kg / N m3 
- temperatura de bulbo seco do ar 20 ºC 
- velocidade de escoamento 15,1 m / s 
- singularidade no trecho trecho retilíneo 
 
Calcular a perda de carga 
 
 
Correção do peso específico ( ) ( )( )402731,0361,05
202731,036181,429
+××
+×+×
= 23,40kgf / m3 
 
Cálculo do Reynolds: /2,161020,38115,1 6××× 40,3 = 6,23 x 107 
 
Cálculo da rugosidade relativa: 0,40 / 381 = 0,0010 
 
Cálculo do fator de fricção: 





×
+−=
f106,23
2,51
3,7
0,00102logf
7 x
/1 = 0,0198 
 
Cálculo da pressão residual: 
 
( ) 2r
22
r
2
m / kgf 189795,23P 1,2434032 40,4032
9,812
15,1
0,381
4000,0198
190360
Ρ190360
=∴−+×
×
××=
−
,
 
 
Pressão residual 189795,23 kgf / m2 = 18, 97 kgf / cm2 
 
Pressão residual manométrica 18,97-1,036 = 17,934 kgf / cm2g 
 
Cálculo da perda de carga 18,00 - 17,934 = 0,066 kgf / cm2 
 
 184 
5.9 CARGAS ATUANTES SOBRE AS TUBULAÇÕES 
 
No ponto de vista estrutural cada trecho das tubulações deverá ser analisado como vigas 
submetidas a vários carregamentos, a saber: 
CARGAS PREDOMINANTES 
 
Aquelas que decorem de: 
 
- pressões internas ou externas às quais a tubulação está submetida; 
- peso do tubo, do fluido, dos acessórios e dos materiais isolantes, quando aplicável; 
- dilatações térmicas devido às variações de temperatura. 
 
CARGAS DIVERSAS 
 
Aquelas que tem origem em: 
 
- sobrecargas evetuais; 
- movimentos nos pontos extremos do trecho analisado; 
- atrito nos suportes; 
- reações hidráulicas decorrentes da movimentação dos fluidos nas conexões; 
- reações de juntas de expansão; 
- tensões decorrentes da montagem; 
- desnivelamento entre suportes; 
- desnivelamento entre flanges de vasos ou equipamentos e os flanges nas tubulações. 
 
PROCEDIMENTOS SUGERIDOS PARA ATENUAÇÃO DAS CARGAS 
 
- adotar vãos adequados entre os suportes, conforme definido no item 5.10; 
- posicionar as cargas concentradas próximas dos suportes; 
- limitar as sobrecargas; 
- colocar os tubos enterrados na profundidade apropriada; 
- garantir a flexibilidade das tubulações, conforme página 191; 
- colocar guias; 
- diminuir o atrito nos suportes; 
- executar a montagem, observando as tolerâncias indicadas na página 222. 
 
 
Observações: 
 
Nas tubulações projetadas com diâmetros até 30” prevalecem as cargas decorrentes das 
pressões internas e das dilatações. 
No caso de diâmetros superiores geralmente conduzindo fluidos gasosos em baixa pressão, 
prevalecem as cargas decorrentes dos pesos próprios e das dilatações. 
 
 
 
 185 
5.10 VÃO ENTRE SUPORTES 
 
O vão entre dois suportes estará adequado quando a tensão máxima de flexão no ponto de maior 
momento fletor, for inferior à tensão admissível do material da tubulação, conforme indicado na 
tabela da página 148, e a flecha máxima no meio desse vão for inferior à: 
 
5 mm: se o diâmetro do tubo for menor ou igual a 3” 
10mm: se o diâmetro do tubo for maior ou igual a 4” 
CÁLCULO DO VÃO ENTRE DOIS SUPORTES 
 
Aplicar as expressões 
- no caso de cargas concentradas e distribuídas ( )[ ]WQ2Lq
Z
L10S
R
v ++×
×
= (equação 75) 
- quando só existir cargas distribuídas 
R
2
v Z
Lq10S ××= , (equação 75a) 
onde: 
 
Sv = tensão máxima de flexão em kgf/cm2 
L = vão entre os suportes em m 
q = soma das cargas distribuídas em kg/m 
Q = soma das cargas concentradas em kg 
W = sobrecarga aplicada no meio do vão em kg 
ZR = momento resistente da seção transversal do tubo em cm3 
 
É usual considerar Sv igual ou meor que a relação LR /10, onde LR é o valor limite de resistência 
do material. Para os tubos de aço carbono operando no limite de ata 30oC, o valor máximo da 
tensão de flexão é de 350 kgf/cm2. 
CÁLCULO DA FLECHA MÁXIMA NO MEIO DO VÃO ENTRE SUPORTES 
 
Aplicar as expressões 
- no caso de cargas concentradas e distribuídas Fm 


 ×
+
+
×
×
=
4
Lq
3
W)(Q
IE
L24000
3
(equação 76) 
 
- quando só existirem cargas distribuídas Fm IE
Lq6000
4
×
××
= , (equação 76a) 
onde: 
 
Fm: flecha máxima em cm 
E: módulo de elasticidade do material na temperatura considerada em kgf / cm2 
I: momento de inércia da seção transversal do tubo em cm4 
 
Lembrar: 
- momento de inércia I = pi x (re4 – ri4) / 4 (equação 77) 
- momento resistente: ZR= I / re. (equação 78) 
 
 
 186 
EXEMPLO NUMÉRICO DE CÁLCULO DO VÃO ENTRE OS SUPORTES 
 
Considerando a figura 6 e os dados seguintes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 – Suportes Principais e Intermediários de Tubulações 
 
peso do tubo de 10” cheio de água q = 111 kgf/m 
momento resistente do tubo de 10” zr = 490,6 cm3 
momento de inércia do tubo de 10” i = 6692,9 cm4 
peso do tubo de 2”cheio de água q = 9,4 kgf/m 
peso da derivação,válvulas/acessórios q = 53 kg 
sobrecarga adicional considerada w =100 kg 
pressão de projeto p = 48 kgf / cm2 
vão entre os suportes (adotado) l = 10,5 m 
espessura da parede (Schedule 40) t = 9,3 mm 
diâmetro externo do tubo de 10” de = 273 mm 
temperatura de projeto t = 200 oC 
tensão admissível sh = 868 kgf/cm2 
modulo de elasticidade do material e = 1,86 x 106 kgf/cm2 
material do tubo aço carbono API-5L Gr. A, 
 
calcular o vão entre os suportes principais “A” e “B” e a flecha do vão entre eles. 
 
Considerando o peso do tubo de 2” como carga distribuída: q = 111 + 9,4 = 120,4 kg / m, 
 
a tensão Sv, no tubo de 10” será: ( )[ ] 10053210,5120,4
490
10,510
++×
×
= 323 kgf / cm2. 
 
Como Sv < 350 kgf/cm2 o valor de 10,5m para o vão está adequado, apesar do carregamento 
adicional gerado pelo tubo de 2”. 
Para a tensão combinada deveremos ter Sv + Sl < Sh, onde: t4
dPS eI
×
×
= kgf / cm2. 
Logo: 352
93,04
27,348SI =
×
×
= kgf / cm2∴ 675352323SS Iv =+=+ kgf / cm2. 
 
Primeira verificação: como Sv + Sl (675)< Sh,(868), o vão adotado está CONFORME. 
Cálculo da flecha cmmF 186,04
5,104,120
3
10053
9,66921086,1
5,10000.24
6
3
=




 ×
+
+
××
×
= . 
 
Segunda verificação: como 1,86 < 10mm, a flecha está satisfatória e o vão adotado, aceito. 
 
 187 
5.11 REAÇÕES HIDRÁULICAS 
 
A força F exercida pelo fluido sobre uma curva é a resultante da soma vetorial das forças 
decorrentes da pressão e da velocidade do fluido em escoamento. É calculada pela expressão 
 
F = 11 SP × + 2SP2 × + 1v×µ + 2v×µ , (equação 79) 
onde 
P1 / P2, pressões na entrada e na saída da curva em kgf /cm2 
S1 / S2 área na entrada e na saída da curva em cm2 
v1 / v2, velocidade na entrada e na saída da curva em m/s 
µ , unidade técnica de massa em kg x s /m 
Considerando os dados abaixo e a figura 7, calcular a reação hidráulica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figuta 7 – Curva 90º Diâmetro 20” 
CÁLCULO DAS FORÇAS DEVIDO A PRESSÕES 
Área da seção de escoamento =×===
4
50,83,14
4
d 22
21
pix
SS 2026 cm2 
 
Cálculo da força na seção1 P1 x S1 = 2,1 X 2026= 4255 kgf 
 
Cáculo da força na seção 2 
 
Chamando de ∆P a perda de carga de 1 a 2, pela equação da conservação da energia, temos: 
P
g
v ∆−++=++
2
12
γγ
1
1
2
22
2
Ph
2g
vPh , 
 
Como a seção é constante v1 = v2 e o plano de referência passa por 1 (h1=0), teremos: 
 
 
2
1
2 JPPh 12 −=+ γγ
 ou 2
12 hPP −∆−= P
γγ
. 
 
Sendo ∆P 60,0= com, h2 = 1,20 m e P1 = 2,1 kgf / cm2 ou ( ) 24,7
0,85
1
10
102,1
3
4
=×
×
mca, teremos: 
P2 = 24,7 – 0,60 – 1,20 = 22,90 mca ou 1,9410
100,8522,90
4
3
=
××
 kgf / cm2. 
Logo a força na seção 2 será: P2 x S2 = 1,94 x 2026 = 3930 kgf. 
diâmetro da curva 90o: 20” 
raio da curva: 1,20m 
vazão: 0,203 m3/s 
densidade do óleo: 0,85 
∆p na curva: 0,60 mca 
fluido: óleo 
montagem da curva: vertical 
pressão na entrada: 2,1 kgf /cm2 
 
 188 
CÁLCULO DA FORÇA DECORRENTE DA VELOCIDADE 
 
Como a seção da curva é constante, o valor da velocidade de escoamento será: 
 
 
=
×
=
×
==
4
0,5083,14
0,203
4
d
Q
vv 2221
pi
 1,01 m / s 
A força decorrente da velocidade vale: =µ=µ 21 v v 850 =×× 1,01
 9,81
 0,203
 17,6 kgf 
CÁLCULO DA FORÇA RESULTANTE 
 
Considerando a composição vetorial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
cujo ponto de origem corresponde com o centro do raio da curva indicado na figura 7, a resultante 
das forças: 
 
F1 = P1 x S1+ µ x v1 que ocorre na seção 1 na entrada da curva 
F2 = P2 x S2+ µ x v2 que ocorre na seção 2 na saída da curva 
será: 
 
F1, 4.255 + 17,6 = 4272,6 kgf 
 
F2, 3.930 +17,6 = 3947,6 kgf 
 
Resultante F: 22 3947,64272,6 + = 5817 kgf 
 
 
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA DA RESULTANTE 
 
Fazendo θ, o ângulo de incidência, teremos: 
 
tg θ 1,08
3947,6
4272,6
======== ∴ =θ 47o16` 
 
 
 
Conclusão: a resultante hidráulica atuando sobre a curva de 90º tem o valor de 5817 kg com o 
ângulo de incidência anti horário de 47º 16´. 
θ 
 
F 
 
 
 
F1 
F2 
 
 189 
5.12 DILATAÇÃO TÉRMICA 
 
Admitamos um trecho retilíneo de uma tubulação ancorada em seus dois extremos, 
consequentemente sem possibilidade de dilatação 
Se esse trecho for submetido a um aumento de temperatura, ocorrerá um empuxo sobre estes 
pontos. Esse empuxo é determinado pela lei de Hooke, conforme expressão. 
 
(P / A) / ( ∆ / L) = E, (equação 80), onde: 
 
P = empuxo sobre os pontos de fixação; 
A = área de material da seção transversal do tubo; 
∆ = dilatação linear do tubo; 
L = comprimento do tubo; 
E = módulo de elasticidades do material. 
 
A relação P / A (S) determina a tensão interna a qual o material estará submetido em consequência da 
dilatação contida. 
A relação ∆ / L (e) é designada como dilatação unitária. 
Assim teremos: 
 
Tensão interna (S) = E x e (equação 81) 
Empuxo sobre os pontos de fixaçaõ (P) = A x S (equação 82) 
EXEMPLO NUMÉRICO PARA DETERMINAÇÃO DA TENSÃO INTERNA E DO EMPUXO 
 
Considerando os dados abaixo, pede-se calcular a tensão interna e o empuxo: 
 
material do tubo aço carbono ASTM A 106 Gr A; 
diâmetro nominal do tubo 10”; 
schedule do tubo 40; 
diferencial de temperatura (∆t) 100 oC; 
módulo de elasticidade do aço (E) 2 x 106 kg /cm2; 
dilatação unitária do tubo (e) 0,001083 cm / cm; 
área da secção de metal do tubo (A) 76,8 cm2. 
 
CÁLCULO DA TENSÃO INTERNA 
 
S: 2 x 106 x 0,001083= 2166 kg / cm2 
 
CÁLCULO DO EMPUXO SOBRE OS PONTOS DE FIXAÇÃO 
 
P: 76,8 x 2166 = 166348 kg 
 
Observar que a tensão interna e o empuxo são independentes do comprimento do tubo. 
PROCEDIMENTOS PARA CONTROLE DE DILATAÇÕES TÉRMICAS 
 
- projetar a rota da tubulação evitando-se linhas retas; 
- usar liras de expansão na tubulação, conforme página 190; 
- instalar juntas de expansão, conforme página 158; 
- pré-tensionar eventuais suportes de mola. 
 
 190 
LIRAS DE EXPANSÃO NORMOGRAMA DIMENSIONAL 
 
 
 
 
 
Nota: esses referenciais são aplicáveis para aços com limite de resistência até 35 kgf/mm2. 
 
 191 
5.13 FLEXIBILIDADE DAS TUBULAÇÕES 
 
A flexibilidade das tubulações é definida em função da capacidade de absorsão das dilatações térmicas, 
as quais estarão submetiidas, por meio de deformações dos trechos que a compõem. 
As tubulações serão ditas flexíveis, quando as tensões resultantes das dilatações térmicas forem 
inferiores à tensão admissível do material especificado para atubulação. 
Considerando o isométrico da figura 8 e os dados abaxo, calcular as tensões nos trechos L1, L2, L3 e L4., 
 
 
 
Figura 8 - Isométrico 
 
Proceder conforme a seqüência indicada 
 
Elaborar quadro das dilatações 
 
Lado Direção Sentido Comprimento L (em pés) L
3
 
Dilatação 
∆ = e x L 
L1 
L2 
L3 
L4 
X 
Y 
Z 
X 
+ 
+ 
- 
+ 
15 
10 
20 
18 
3375 
1000 
8000 
5832 
0,84 
0,56 
1,12 
1,008 
 
Calcular as somatórias 
 
 
 
 
Calcular os pares 
 
 
 
Calcular as dilatações totais ∆x (0,84 + 1,008) = 1,848” 
 ∆y = 0,56” 
 ∆z = 1,12” 
 
Calcular as constantes ( ) 900048
1,84810,751029
ΣLΣL48
∆DE 6
3
z
3
y
xc
×
×××
=
+
××
=xK = 1335,0 
 
( ) 1720748
0,5610,751029
ΣLΣL48
∆DE 6
3
z
3
x
yc
×
×××
=
+
××
=yK = 211,0 
 
( ) 1020748
1,1210,751029 6
×
×××
=
+
××
= 
ΣLΣL48
∆DE
 3
y
3
x
zc
zK = 712,6. 
8000LΣL
1000LΣL
920758323375LLΣL
3
3
3
z
3
2
3
y
3
4
3
1
3
x
=
=
=+=+
:
:
:
 
900080001000ΣLΣL
17207 8000 9207ΣLΣL
102071000 9207ΣLΣL
3
z
3
y
3
z
3
x
3
y
3
x
=+=+
=+=+
=+=+
 
tubo: 10”série 40; 
material aço-carbono ASTM A-106 Gr. A; 
norma: ANSI B.31.3; 
temperatura de projeto t: 700 oF; 
dilatação unitária e: 0,056 pol/pé; 
diâmetro externo D: 10,75”; 
módulo de elasticidade, temperatura ambiente Ec: 29 x 106 psi; 
tensão admissível a 700ºF Sh: 22915 psi. 
 
 192 
Calcular as tensões máximas nos trechos L1, L2, L3 e L4. 
 
Trecho L1: S1y = Ky L1= 211 x 15= 3165 psi 
 S1z = KzL1= 712 x 15= 10680 psi 
 
Trecho L2: S2x = KxL2= 1333 x 10 = 13330 psi 
 S2z = KzL2= 712 x 10= 7210 psi 
 
Trecho L3: S3x = KxL3= 1333 x 20= 26660
psi 
 S3y = KyL3= 211 x 20= 4220 psi 
 
Trecho L4: S4y = KyL4= 211x 18= 3798 psi 
 S4z = KzL4= 712 x 18= 12816 psi 
 
Comparando os valores das tensões com o valor da tensão admissível 22955 psi, vê-se que a 
tensão S3x no trecho L3 é superior a 22955, significando que este trecho está submetido a um 
esforço acima do admissível. 
Este fato impõe seja reprojetada a rota da tubulação e recalculada as tensões. 
No novo arranjo indicado na figura 9, o comprimento total entre os extremos foi ampliado de 19,20 
m para 22,20 m. Verificar o impacto nas tensões. 
 
 
 
 
Figura 9 – Isométrico 
 
Quadro das dilatações com a nova configuração 
 
Lado Direção Sentido Comprimento L (em pés) L
3
 
Dilatação 
∆ = e x L 
L1 
L2 
L3 
L4 
L5 
x 
z 
y 
z 
x 
+ 
+ 
+ 
- 
+ 
15 
5 
10 
25 
18 
3375 
125 
1000 
15625 
5832 
0,84 
0,28 
0,56 
1,40 
1,008 
 
Cálculo dos somatórios: 
920758323375ΣL3x =+= 1000ΣL3y = 1575015625125ΣL3z =+= 
 
 193 
Cálculo dos pares 
710009207ΣLΣL 3y3x 1020=+=+ 
24957157509207ΣLΣL 3z3x =+=+ 
16750157501000ΣLΣL 3z3y =+=+ 
 
Cálculo das dilatações 
"848,1=∆ x "56,0=∆ y 1,12"0,281,40 =−=∆z 
 
Cálculo das constantes 
 
716
1075048
1,8410,751029 6
=
×
×××
=xK ; 
 
145
2496748
0,5610,751029 6
=
×
×××
=yK ; 
 
 712,6 
1020748
1,1210,751029 6
=
×
×××
= zK 
 
 
Cálculo das tensões máximas em cada trecho, ver Nota 1. 
 
trecho L1 S1z = KzL1 = 712 ×15 = 10680 psi 
trecho L2 S2x = KxL2 = 716 × 5 = 3580 psi 
trecho L3 S3x = KxL3 = 716 ×10 = 7160 psi 
trecho L4 S4x = KxL4 = 716 ×25 = 17900 psi, tensão máxima 
trecho L5 S5z = KxL5 = 712 ×18 = 12816 psi 
 
Nesta nova configuração todas as tensões máximas são menores que a tensão admissível, de 
onde se conclui que esta configuração está com flexibilidade adequada. 
Notas: 
 
1 - Na prática, não há necessidade de se calcular todas as tensões máximas; bastará calcular, 
para cada lado, a maior tensão, que será a correspondente ao maior dos dois valores de K 
relativos ao lado em questão, por exemplo para o lado L1 bastaria calcular S1z, porque se sabe 
antecipadamente que Kz > Ky. 
 
2 - Observar que, apesar de ter sido alterada a configuração, as dilatações totais permaneceram 
as mesmas. É fácil de comprovar que os valores das dilatações totais permanecem sempre os 
mesmos desde que não sejam alterados os pontos extremos de ancoragem, porque as dilatações 
dos diversos lados se compensam. 
 
3 - Para evitar engano nos sinais + ou - indicados no quadro das dilatações e necessários para os 
cálculos de yx ∆∆ , e z∆ convenciona-se um sentido geral para percurso dos trechos indicado 
pelas setas na figura 9. Serão positivas as dilatações dos lados cujos sentidos de percurso 
coincidirem com a orientação dos eixos coordenados e vice-versa. Na figura 9, são positivas as 
dilatações ∆1, ∆2, ∆3, e ∆5, é negativa a dilatação ∆4,. 
Como só interessam os valores absolutos das dilatações totais, pouco importa se o resultado da 
soma algébrica for positivo ou negativo. 
 
 
 194 
5.14 CÁLCULO DAS REAÇÕES NOS APOIOS DE ANCORAGEM 
 
Os momentos das reação são calculados, em 
função das tensões máximas desenvolvidas no 
primeiro e no último trecho. Vamos considerar o 
mesmo arranjo estudado anteriormente e 
mostrado na figura 10 ao lado. 
 
No ponto “A” temos três forças RAX , RAY e RAZ 
e dois momentos M1Z e M1Y. 
O primeiro momento age no plano XY e o 
segundo momento age no plano XZ. 
Os sentidos das forças e dos momentos são 
determinados considerando-se a posição 
deformada do sistema e os esforços que estão 
sendo feitos sobre os pontos de fixação. 
Figura 10 – Isométrico - Apoios A e F 
No cálculo da constante C, considerou-se: 
- momento de inércia I: 161 pol 4 
- módulo de elasticidade a 100ºF Eh: 21,5 x 106 psi 
- módulo de elasticidade na temperatura ambiente Ec Ec = 29 x 106 psi, resultando: 
C 1,8561029
61021,5
6x10,75
161
cE
hE
D6
I
=
×
×
×=×
×
= 
 
Cálculo dos Momentos no Trecho L1 Cálculo das Reações Correspondentes 
M1Y = C x S1z = 1,85 x 10680 = 19758 pol.x lb RAY 
15
4023 x 2
1L
1zM2
=
×
=
= 536 lb
 
M1Z = C x S1y = 1,85 x 2175 =4023 pol.x lb RAZ = 
15
197582
1L
1yM2 ×
=
×
= 2634 lb 
A reação RAX, na direção do próprio trecho L1, será calculada pela tensão máxima S2x, do trecho 
adjacente L2. Essa tensão corresponde ao momento M2y, no plano zx, teremos então: 
M2y = C x S2x = 1,85 x 3580 = 6623 pol.x lb RAX = 
5
66232
L2
2y
M2
×
=
×
= 2649 lb 
Calculando analogamente os momentos e as forças no ponto “F”, teremos: 
 
M5Y = C x S5z = 1,85 x 12816 = 23709 pol.x lb M5Z = C x S5Y = 1,85 x 2610 =4828 pol.x lb 
RFY = 
18
48282
L
zM2 ×
=
×
5
5
 =536 lb RFZ
18
237092
5L
5yM2 ×
=
×
= =2634 lb 
 
Da mesma forma a reação RFX na direção de L5, será calculada em função da tensão máxima S4Z 
do trecho L4, teremos: 
M4Y = C x S4X = 1,85 x 17.900 = 33115 pol.x lb RFX=
25
33.1152
4L
4yM2 ×
=
×
 = 2649 lb 
 
Observar que as igualdades RAX=RFX , RAY=RFY , RAZ=RFZ são necessárias para garantir a 
estabilidade do sistema. Notar também que os valores das reações e dos momentos nos 
extremos podem impor alterações na configuração do traçado da rede, como opção única para 
eventual redução de seus valores. 
 
 195 
 
5.15 TANCAGEM 
REFERENCIAIS NORMATIVOS 
 
Os vasos de pressão deverão ser projetados em conformidade com as prescições da norma 
ASME e da norma regulamentadora NR 13 quanto aos procedimentos de segurança requeridos 
na instalação, operação, manutenção e inspeção. Esta norma deve ser aplicada quando: 
- o produto “P x V” for maior que 8, considerando “P” pressão máxima de operação expressa 
em KPa e “V” volume geométrico interno expresso em m3. 
- o fluido contido for Classe “A”, mesmo que P x V seja igual ou menor que 8. 
- o diâmetro interno for inferior a 150mm e este contiver fluidos classe “B”, “C” e “D”. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO SEGUNDO NR 13 
 
São cinco grupos determinados em função do produto “P x V”, onde “P” deve ser expresso em 
“MPa” e “V” em m3. 
 
Grupo 1 - quando PV ≥ 100 
Grupo 2 - quando 100 > PV ≤ 30 
Grupo 3 - quando 30 > PV ≤ 2,5 
Grupo 4 - quando 2,5 > PV ≤ 1 
Grupo 5 - quando 1 > PV. 
 
Classificação dos fluidos nos vasos, segundo NR 13 
 
Classe A 
Fluidos inflamáveis ou combustiveis com temperatura ≥ 200ºC. 
Fluidos tóxicos com limite de tolerância ≤ 20 ppm. 
Hidrogênio e Acetileno. 
 
Classe B 
Fluidos combustiveis com temperatura < 200º C 
Fluidos tóxicos com limite de tolerância > 20 ppm. 
 
Classe C 
Vapor de água e ar comprimido. 
 
Classe D 
Água ou outros fluidos não enquadrados nas classes A, B ou com temperatura > 50ºC. 
VASO DE PRESSÃO - ANALISE ESTRUTURAL 
 
Considerando a figura 11 página 196, as normas AISC, API STD 650, ASME, e os dados: 
- volume geométrico do reservatório 20 m3; 
- pressão interna 6,2 kgf / cm2; 
- carga lateral 10 kgf a 2, 47m da base; 
- solda: com eletrodo E70XX, segundo ASME; 
- eficiencia da solda 1,00. 
Calcular: 
- dimensões construtivas; 
- volumes das partes componentes; 
- espessura das chapas dos tampos e do cilíndrico; 
- metragem das chapas; 
- base de apoio ; 
- peso do conjunto. 
 
 196 
 
Solução: 
 
Dimensões construtivas do Cilindro: 
 
- diâmetro interno D: 2500 mm 
- altura H1: 3450 mm 
 
Dimensões construtivas dos Tampos Torrisféricos: 
 
- diâmetro interno maior D 2500 mm 
- diâmetro interno menor d 980 mm 
- raio maior R 2500 mm 
- raio menor r 250 mm 
- cota “H” (980 ÷ 2 ) + 35= 525 mm
Nota: o valor h = 35 mm foi obtido pela tabela 
Figura 11 – Vaso de Pressão Vertical 
espessura (e ) h 
e < 4,76 mm 15 
4,76 < e < 7,93 mm 25 
7,93 < e < 12,7 mm 35 
e > 12,7 mm 50 
 
CÁLCULO DOS VOLUMES DAS PARTES COMPONENTES 
 
- cilindro: ( pi x D2 / 4 ) x H1 = ( pi x 2,52 / 4 ) x 3,45= 16,93 m3 
- tampo: 4 / 3 x pi x (Dmaior / 2 )2 x H = 4/3 x pi x 1,252 x 0,525= 3,20 m3 
 
Nota 1: no cálculo dos volumes considerou-se Dmaior / 2 = a e H = b (vide página 198). 
Nota 2: no cálculo da espessura usou-se chapas A-516 Gr. 70 com 9,53 e 12,5 mm de espessura, 
tensão admissível (Sh) de 1230 kgf/cm2, módulo de elasticidade 2,1 x 106 kgf/cm2. 
 
CÁLCULO DAS ESPESSURAS DAS CHAPAS 
 
- costado: (ec)= { P x Rint / ( Sh – 0,6 P ) } + C, em unidades métricas 
 (ec)= 6,2 x 1250 / (1230 – 0,6 x 6,2) + 2,5= 8,8 mm, adotado: 9,53 mm 
 
- tampo: (e t )= { P x Rmaior x M / ( 2 x Sh x E ) – (0,2 x P) } + C, em unidades métricas 
 (e t )=6,2x250 x 1,54 / ( 2 x 1250 x 1 – 0,2 x 6,2) +0,25 = 1,20 cm. Adotado 12,5mm 
 
Observações: 
1 - Considerou-se o fator de forma “M”= 1,54 calculado segundo o ASME, aplicando a expressão 
M= 0,25 (3+(R/r)0.5}. Para cálculo dos raios R e r, ver projeto do tampo na página 199. 
3 – Lembrar que no caso de tanques não pressurisados, a pressão interna é obtida multiplicando-
se o peso especifico do fluido pela altura do fluido no tanque. 
 
CÁLCULO DA METRAGEM DAS CHAPAS 
 
- do costado: 3450 x ( pi x 2500 ) → 3450 x 7853mm, # 9,53mm, com 74,48 kg / m2 
 
-do tampo: Deq = )r57,0h(d4d i2i +×+ = )25057,035(2500425002 ××××++++××××++++ = 2832 mm, 
logo: → 2832 x 2832mm, # 12,5mm, com 98,00 kg / m2. 
Detalhe 2 página 199 
Detalhe 1 página 197 
 
 197 
CÁLCULO DO PESO TOTAL DO TANQUE 
 
peso do cilindro / tampos: 3,450 x 7,853 x 74,48 + 2 x 2,8322 x 98,00= 3624,5 kg 
peso dos acessórios + base, assumido como 10% do peso do tanque 362 kg, ver Nota 1 
peso total do tanque 3986,5 kg 
 
CÁLCULO DO APOIO DO TANQUE 
 
peso total do tanque w 4000 kg 
espessura da chapa adotada 9,53mm 
raio externo da saia Re 1350 mm 
raio médio da saia Rm 987,50 mm 
raio interno da saia Ri 625 mm 
módulo de elasticidade E 2,1x106x kgf/cm2 
 
Cálculo do momento atuante: 10 x 247 2470 kgf x cm 
 
Cálculo da resistência à compressão e à tração 
eR
M
eR2
w
2
mm ××pi
+
××pi×
=τ 
 
953,075,98
2470
953,075,982
4000
2 x×
+
×××
=
pipi
τ = 6,84 kgf / cm2 << 1230 kgf/cm2 ⇒ ok 
 
Cálculo da flambagem 
 
135
953,0102,10,0625
 
R
e E0,0625 6
e
×××
=
××
=τ = 926,5kgf / cm2 < 1230 kgf/cm2 ⇒ ok 
 
DIMENSÕES DA BASE 
 
saia da base 
altura: 870 mm 
diâmetro: 1250 mm 
perímetro: pi x 1,250 x 0,870 = 3,416 m 
chapa: 870 x 3416mm, # 9,53mm, com 74,48 kg / m2 
peso: 0,87 x 3,416 x 74,48 = 221,24 kg 
Nota 1: como 221,24 kg é menor que 362 kg ⇒OK 
 
anel da base 
diâmetro externo: 2700 mm 
diâmetro interno: 1250 mm 
chapa: 2700 x 2700mm # 9,53mm, com 74,48 kgf / m2 
peso: ( pi x 2,702 ÷ 4 ) – ( pi x 1,252 ÷ 4 ) x 74,48 = 335 kg 
 
VERIFICAÇÃO QUANTO AO ARRANCAMENTO 
 
ΣMo = 0 ⇒ F1 x 1,975 = 10 x 2,470∴F1 = 12,5 kgf 
F2 = 4000 / 2 = 2000 kgf 
Como F2 >> F1 ⇒ não haverá arrancamento. 
 
Detalhe 1 
 
 198 
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DO NÍVEL DE FLUIDO EM VASOS HORIZONTAIS 
 
Considerando a figura 12 e os dados abaixo,: 
 
dimensões do tanque diâmetro 2.500mm x altura 3563mm 
volume do cilindro 10 m3 
volume de cada tampo 2,5 m3 
volume do tanque 15 m3 
calcular a cota entre a lâmina de água e a geratriz superior do 
tanque, quando este estiver na posição horizontal com 12 m3. 
 
 
Figura 12 – Tanque Horizontal 
 
Solução: 
dimensões construtivas 
- comprimento do cilindro V = ××pi 2r L∴L = 10 ÷ pi x 1,252 → 2,037 m 
 
- altura b do tampo ovóide V = ( 4 / 3 ) pi x a2 x b∴b = 5 x 3 ÷ (4 x pi x 1,252) → 0,763m 
 
tem-se a relação: 15m3 – 100 
10m3 - X % → X = 66,6 % . 
 
Com o volume de 12m3, o cilindro conterá 12 x 0,666 = 7,992 m3 
 
Como o comprimento do cilindro é de 2,037 m a área molhada será 7,992 ÷ 2,037 = 3,923 m2
 
 
Como a área da seção circular total do cilindro vale 4,908 m2 ( pi x 1,252 ), concluímos que a área 
seca será: 4,908 – 3,923 = 0,985 m2. 
 
 
Analisando a geometria 
 
 
 
 
a área “X” do setor circular ODB, será: 
 
2 pi - pi r2 
α - X ⇒ X = α x r2 / 2 
 
 
a área do triângulo OCB, será: 
 
 
BC x OC / 2 ⇒ ( r x sen α x r cos α ) ÷ 2 ⇒ (r2 x sen α x cos α ) ÷ 2 
 
Assim: )cossen(
2
r
2
cossenr
2
r 222
ααα
ααα
−−−−====−−−− = 
2
985,0
. Como sen α x cos α =sen 2 α ÷ 2, 
teremos: 
2
2
r
=
α
−α⇒=




 α
−α
2
2sen
2
9850
2
2sen , (0,985 ÷ 2) x ( 2 ÷ 1,252) = 0,63 
Por tentativa, α = 60,5o 
Cálculo da altura da lâmina do fluido: OCOD −−−− = m64,05,60cos25,125,1 =×−=→ CDCDCDCDCD . 
 
 
 199 
PROJETO DOS TAMPOS TORRISFÉRICOS 
 
Considerando a figura 13 e os dados abaixo 
 
 
 
eixo maior AB =2500 mm 
eixo menor CD =1526 mm, 
 
 
calcular os raios do tampo torrisférico: 
FD , raio maior e AC1 , raio menor. 
 
 
Figura 13 – Geometria do Tampo Torrisférico 
 
SEQÜÊNCIA DE CÁLCULO SUGERIDA PARA DETERMINAÇÃO DOS RAIOS: 
 
1 - calcular AD 
2 - calcular ( ) 2÷− CDAB 
3 - determinar o ponto “E” tal que 2)( ÷−−= CDABADAE 
4 - determinar o ponto “M” tal que MEAM = 
5 - por “M” traçar perpendicular à reta AD 
(esta reta vai interceptar o eixo AB em “C1”, e o eixo CD em “F”) 
6 - FD será o raio maior 
7 - AC1 será o raio menor. 
 
Solução: 
 
Calcular 22 7631250 +=AD 1464 mm. 
Calcular ED = ( ) 2/CDAB − 487 mm. 
Calcular AE = 1464 – 487 977 mm. 
Logo α = arc sen 1250 / 1464= 0,854 → α = 58,6º. 
Cálculo do raio maior FD = MD / cos α = [(97 / 2) +487] / 0,521 = 1872mm. 
Cálculo do raio menor AC1 = AM / cos α 1 
como α 1 = 90o – 58,6o = 31,4º, vem [(1464 – 487) / 2] x cos 31,4º = 572mm. 
 
Nota: à geratriz AB deverá ser acoplado o anel indicado no detalhe 2 com a dimensão h, 
mencionada na página 196. 
 
Detalhe 2 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO VI 
 
 
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS - MONTAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Solda de Topo entre Tubos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 203 
6.1 GERAL 
 
Este procedimento fixa as condições mínimas exigíveis para a pré-montagem e montagem de 
tubulações de utilidades. Não se aplicam às tubulações que pertençam a sistemas de 
instrumentação e controle, sistemas de despejos sanitários e sistemas de drenagem industrial. 
Aplica-se apenas à tubulações de: aços-carbono, aços carbono-molibdênio, aços cromo-
molibdênio, aços níquel e aços inoxidáveis. 
6.2 NORMAS REFERENCIAIS 
P-NB-309 Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e Certificação de Qualidade; 
P-NB-309/01 Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos; 
P-NB-309/02 Guia de Utilização da norma NB-309.1; 
ANSI B 31.3 Chemical Plant and Petroleum Refinery Piping; 
ANSI B 16.5 Steel Pipe Flanges, Flanged Valves and Fittings; 
API STD 598 Valve Inspection and Test; 
ASME Boiler and Pressure Vessel Code – Section VIII, Division 1 e Section IX; 
MSS SP-55 Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges and Fittings and 
 Other Piping Components. 
 
6.3 SERVIÇOS DE MONTAGEM DE TUBULAÇÕES 
 
VALORES DE H-H PARA SERVIÇO DIURNO EM HORÁRIO NORMAL 
Tubo corrido / metro Soldas de topo Ligações flangeadas Válvulas flangeadas Diâmetro 
Nominal Série 40 Série 80 Série 40 Série 80 150# 300# 150# 300# 
Ligações 
rosqueadas
¾” 0,21 0,24 - - - - - - 0,4 
1” 0,24 0,27 - - - - - - 0,5 
1 ½” 0,30 0,38 1,1 1,3 1,5 1,7 0,5 0,7 0,8 
2” 0,39 0,45 1,3 1,5 1,7 2,0 0,6 0,8 1,2 
3” 0,61 0,75 2,0 2,2 2,0 2,3 0,8 1,0 - 
4” 0,81 0,99 2,5 2,8 2,2 2,6 1,0 1,3 - 
6” 1,17 1,56 3,3 4,0 2,5 3,0 1,5 2,0 - 
8” 1,56 2,04 4,0 5,0 2,7 3,2 2,0 2,5 - 
10” 1,98 2,54 5,0 6,0 3,0 3,5 2,5 3,3 - 
12” 2,28 2,70 6,5 7,8 3,2 3,7 3,0 4,0 - 
14” 2,40 3,00 7,2 8,5 3,3 4,0 3,6 4,9 - 
16” 2,70 3,30 7,8 9,0 3,5 4,2 4,3 6,0 - 
18” 3,00 3,55 9,0 10,2 3,7 4,4 5,0 7,2 - 
20” 3,25 3,75 10,0 12,0 4,0 4,6 5,8 8,4 - 
24” 3,60 4,10 12,0 14,5 4,2 4,8 7,0 9,6 - 
6.4 FATORES QUE INTERFEREM NO TEMPO E NO CUSTO DA MONTAGEM 
- trabalho único ou feito em série. 
- trabalho na oficina ou no campo. 
- competência dos profissionais e qualidade da supervisão. 
- ferramentas e equipamentos adequados em qualidade e em quantidade. 
- facilidade de obtenção dos materiais e de transporte. 
- serviço feito de dia ou à noite, em horário normal ou em horas extras. 
- serviço feito em local abrigado ou sujeito a sol, chuva e vento. 
- instalação nova ou em operação. 
- local de fácil ou de difícil acesso. 
 
 
 204 
6.5 TERMOS TÉCNICOS 
 
- Diligenciadora: firma contratada pelo cliente para gerenciar compras e inspecionar materiais na 
fábrica do fornecedor. 
- Fábrica: oficina ou fábrica do fornecedor. 
- Fornecedor: fabricante e/ou fornecedor de materiais ou serviço de mão de obra. 
- Inspetora: firma contratada pelo cliente com intuito de exercer fiscalização e inspeção na obra. 
- Cliente: firma responsável pela contratação da montagem. 
- Montadora: firma responsável pela fabricação, pré-fabricação e montagem. 
- Sistema de Utilidades: tubulações de água, gases, ar comprimido, e incêndio. 
- Almoxarifado do Cliente: local de guarda de materiais sob a responsabilidade do cliente. 
- Almoxarifado da Montadora: idem, porém sob a responsabilidade da montadora. 
- Certificado de Qualidade de Material: registro dos resultados de ensaios, testes e exames, 
exigidos pelas normas e realizados pelo fabricante do material. 
- Chapas de Bloqueio: chapa de aço com a mesma especificação do material da tubulação, 
soldada na extremidade da tubulação, usada para bloquear o fluido no teste de pressão. 
- Contaminação: o fato de deixar em contato com as partes internas e faces dos flanges, 
poeiras, partículas, pingos de solda, marcas digitais, oleosidades, graxas, partículas de tinta, etc. 
- Cachorro: dispositivos soldados ou não à tubulação, usados temporariamente para se 
conseguir a ajustagem entre as diversas partes a serem soldadas, e fixação desta, durante a 
soldagem. 
- Grauteamento: enchimento do espaço entre as bases do suporte metálico e a de concreto após 
nivelamento da base dos suportes metálicos, com mistura de cimento, areia e aditivos. 
- Inspeção no Fabricante: realizada para verificação dimensional e de materiais dos componentes. 
- Inspeção de Embalagem: realizada para verificação dos quantitativos, conformidade de 
materiais e estado geral. 
- Inspeção de Recebimento: realizada segundo amostragem pré-estabelecida, para verificação 
das características principais dos diversos materiais de tubulação. 
- Spool: é o subconjunto de uma linha, formado pelo menos por uma conexão e um tubo, que é 
pré-montado em oficina de campo (pipe shop). 
- “Pipe-Shop”: oficina de campo da montadora nas instalações do cliente. 
- Pré-Montagem: montagem de subconjuntos (spools) do sistema de tubulações no “pipe-shop”. 
- Montagem: executada no local definitivo da tubulação. 
- Procedimentos da Executante: documentos emitidos pela montadora dos serviços definindo os 
parâmetros e as condições de execução de determinado serviço de construção, pré-montagem ou 
montagem. 
- Sobre-Comprimento: comprimento adicional deixado nas peças pré-fabricadas, visando 
permitir eventuais ajustes no campo. 
- Temperatura de Teste: temperatura do líquido de teste, obtida através da média de uma série 
de medições efetuadas no reservatório. Para teste pneumático, é a temperatura do metal da 
tubulação durante o teste. 
 
 205 
6.6 FLUXOGRAMA DE MONTAGEM 
 
 
 
 
 206 
6.7 INSPEÇÕES DE RECEBIMENTO 
6.7.1 Tubos 
 
A aceitação dos tubos passa pelas certificações de material e dimensional. 
 
CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL 
 
- devem ser informados os teores de carbono, manganês, silício, molibidênio e cromo; 
- deve ser adotado um código de cores para distinguir cada tipo de material, sendo a 
faixa-identificadora pintada ao longo do comprimento de cada tubo; 
- devem ser verificados os certificados de qualidade do material de todos os tubos, inclusive o 
laudo-radiográfico de tubos com costura, quando exigido, em confronto com a especificação 
ASTM ou API, aplicável. 
 
Deve ser informado o “P Number” do material, consultartabela página 144. 
Lembrar que o “P Number” da norma ANSI B 31 refere à soldabilidade do material. 
 
 
 
Exemplo: Material do tubo ASTM A 106 
 
Grau Carbono Manganês Silício P Number 
 % máxima faixa % % mínima 
A 0,25 0,27 a 0,93 0,10 1 
B 0,30 0,29 a 1,06 0,10 1 
C 0,35 0,29 a 1,06 0,10 1 
 
 
CERTIFICAÇÃO DIMENSIONAL 
 
As dimensões devem estar conformes normas ANSI B 36.10 / B 36.19 ou API. 
As seguintes características verificadas por amostragem, segundo Norma ABNT 309 devem estar 
conforme as especificações indicadas no projeto: 
 
- diâmetro; 
- circularidade em ambas as extremidades; 
- chanfro; 
- extremidades roscadas; 
- estado da superfície; 
- empenamento; 
- estado do revestimento; 
- perpendicularidade do plano de boca. 
 
 
 207 
6.7.1.1 Roscas 
 
Verificar o dimensional conforme o padrão. No caso da rosca NPT Norma ANSI B 2.1. 
 
CONDIÇÃO DE ACEITAÇÃO 
Eo = D - ( 0,05 D +1,1 ) P 
L2 = ( 0,80 D + 6,8 ) P 
t = 0,80 P 
onde: D - diâmetro externo do tubo em polegadas. 
 P - passo da rosca em polegadas 
Conicidade da rosca = 1:16 
 
 
 
Exemplo numérico - Rosca Φ1” 
 
E0: 1,315 – ( 0,05 x 1,315 + 1,1 ) x 0,08696= 1,21363 
L2: ( 0,8 x 1,315 + 6,8 ) x 0,08696= 0,6828 
t: 0,8 x 0,08696= 0,06957 
 
Comprimento 
de aperto 
manual ( L1 ) 
Comprimento útil 
da rosca ( L2 ) Diâmetro 
nominal do 
tubo (pol.) 
Diâmetro 
externo do 
tubo ( D ) 
(pol.) 
Número de 
fios por 
polegada 
Passo 
( P ) 
(pol.) 
Altura do 
filete ( t
 
) 
(pol.) 
Diâmetro 
médio da 
rosca (E0) 
(pol.) (pol.) fios (pol.) fios 
1/4 
3/8 
1/2 
3/4 
1 
0,540 
0,675 
0,840 
1,050 
1,315 
18 
18 
14 
14 
11 1/2 
0,05556 
0,05556 
0,07143 
0,07143 
0,08696 
0,04444 
0,04444 
0,05714 
0,05714 
0,06957 
0,47739 
0,61201 
0,75843 
0,96768 
1,21363 
0,228 
0,240 
0,320 
0,339 
0,400 
4,10 
4,32 
4,48 
4,75 
4,60 
0,4018 
0,4078 
0,5337 
0,5457 
0,6828 
7,23 
7,34 
7,47 
7,64 
7,85 
1 1/4 
1 1/2 
2 
2 1/2 
3 
4 
1,660 
1,900 
2,375 
2,875 
3,500 
4,500 
11 1/2 
11 1/2 
11 1/2 
8 
8 
8 
0,08696 
0,08696 
0,08696 
0,12500 
0,12500 
0,12500 
0,06957 
0,06957 
0,06957 
0,10000 
0,10000 
0,10000 
1,55713 
1,79609 
2,26902 
2,71953 
3,34062 
4,33438 
0,420 
0,420 
0,436 
0,682 
0,766 
0,844 
4,83 
4,83 
5,01 
5,46 
6,13 
6,75 
0,7068 
0,7235 
0,7565 
1,1375 
1,2000 
1,3000 
8,13 
8,32 
8,70 
9,10 
9,60 
10,40 
 
 208 
6.7.2 Conexões 
A aceitação das conexões passa pela certificação de material e dimensional. 
 
CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL 
- deve ser informado o teor de carbono, manganês, silício, molibidênIo e cromo; 
- deve ser adotado um código de cores para distinguir cada tipo de material, sendo a faixa-
identificadora pintada ao longo do comprimento de cada tubo; 
- deve ser informado o “P Number” do material. Lembrar que o “P Number” da Norma
ANSI B 31 
refere-se à soldabilidade do material; 
 
Verificar os certificados de qualidade do material, inclusive o laudo radiográfico, quando exigido, 
de todas as conexões, em confronto com as especificações ASTM ou ANSI aplicáveis. 
 
CERTIFICAÇÃO DIMENSIONAL 
As seguintes características devem estar conforme as especificações indicadas no projeto 
verificadas por amostragem segundo Norma ABNT 309: 
- diâmetro nas extremidades; 
- circularidade; 
- distância centro-face; 
- chanfro encaixe para solda, ou rosca (tipo e passo); 
- espessura; 
- angularidade das curvas 450 e 900; 
- estado da superfície quanto a amassamentos, corrosão e trincas; 
- estado geral da galvanização ou revestimento quanto à falhas ou falta de aderência. 
 
Verificar se todas as conexões estão identificadas com seguintes dados: tipo, especificação e 
grau do material, diâmetro, classe de pressão ou espessura. 
6.7.3 Flanges 
A aceitação dos flanges passa pela certificação de material e dimensional. 
 
CERTIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
- verificar se todos os flanges têm identificação estampada informando: tipo de flange, tipo de 
face, especificação do material, grau, diâmetro nominal, classe de pressão, espessura e placa 
(TAG) do instrumento (para flanges de orifício); 
- verificar se todos os flanges estão embalados e acondicionados. 
- verificar os certificados de qualidade de material de todos os flanges, em confronto com a norma 
ASTM aplicável; 
 
CERTIFICAÇÃO DIMENSIONAL 
Verificar: 
- o diâmetro interno; 
- a espessura do pescoço; 
- a altura e diâmetro externo do ressalto; 
- a profundidade, tipo e passo da ranhura; 
- a espessura da aba; 
- o chanfro ou encaixe para solda, ou o tipo e o passo da rosca; 
- o rebaixo para junta de anel. 
 
Esta verificação deverá estar de acordo com as tolerâncias conforme tabelas 3 e 4. páginas 210 e 211. 
Verificar o estado das roscas quanto a amassamentos, corrosão, rebarbas e proteção,o estado 
dos revestimentos quanto à falhas ou falta de aderência, e a existência de trincas, dobras, 
amassamentos bem como o estado geral da face quanto ao estado do ranhuramento, sem 
mossas, e proteção. 
 
 
 209 
6.7.3.1 Lotes de Flanges 
 
Os flanges a serem submetidos à inspeção devem ser agrupados em lotes com o mesmo 
diâmetro nominal e a mesma pressão. O tamanho do lote (quantidade de flanges) deve ser 
definido pelo inspetor. 
 
IDENTIFICAÇÃO DO CÓDIGO DA AMOSTRA 
 
Para se inspecionar um lote de flanges, seguir o roteiro: 
 
- identificar o código da amostra pelo tamanho do lote, ver tabela 1; 
 
- conhecendo-se o código da mostra, determinar os números de “Ac” e “Re”, ver tabela 2 em 
função do tamanho da amostra. 
 
ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO 
 
- se o número de unidades defeituosas encontradas na amostra for igual ou menor do que o 
número de aceitação “Ac”, o lote deve ser aceito; 
 
- se o número de unidades defeituosas encontradas na amostra for igual ou maior do que o 
número de rejeição “Re”, o lote deve ser rejeitado. 
 
Tabela 1 - Código da Amostra Tabela 2 - Tamanho da Amostra 
Tamanho do 
lote 
Código de 
Amostras 
Código de 
Amostras 
Tamanho 
da Amostra 
Aceitação 
Ac 
Rejeição 
Re 
2 a 8 A 
 
*A *2 0 1 
9 a 15 B 
 
B 3 0 1 
16 a 25 C 
 
C 5 0 1 
26 a 50 D 
 
D 8 1 2 
51 a 90 E 
 
E 13 1 2 
91 a 150 F 
 
F 20 2 3 
151 a 280 G 
 
G 32 3 4 
521 a 500 H 
 
H 50 5 6 
501 a 1200 J 
 
J 80 7 8 
 
Exemplo numérico: Inspecionar lote de 45 flanges 
Procedimento 
- definir código do lote conforme Tabela1. 
- definir tamanho da amostra conforme Tabela 2. 
- verificar condição de aceitação ou de rejeição conforme Tabela 2. 
 
Exemplo numérico: Inspecionar lote de 45 flanges 
Lote 45 →código D, amostra com 8 flanges 
- se o número de peças defeituosas for < 1, aceitar o lote; 
- se o número de peças defeituosas for > 2, rejeitar o lote. 
 
 
 210 
TABELA 3 – TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS DE FLANGES 
 
 
 
Esses referenciais de tolerância são aplicáveis aos flanges dos tipos: sobrepostos, roscados, 
soltos e cegos. 
 
 
 
 
24” ou menor + 1,6 mm 
Diâmetro externo 
26”ou maior + 3,2 mm 
10”ou menor + 0,8 mm 
- 0 mm 
12” ou maior + 1,6 mm 
- 0 mm Diâmetro interno 
Flanges Roscados Tolerância conforme 
calibre para roscas 
10” ou menor + 0,8 mm 
- 0 mm Diâmetro do encaixe na rosca 
12”ou mais + 1,6 mm 
- 0 mm 
Ressalto = 1,60 mm + 0,8 mm 
Ressalto = 6,35 mm + 0,4 mm 
Macho duplo e canal + 0,4 mm 
Diâmetro do ressalto 
Macho e fêmea + 0,4 mm 
12” ou menor + 2,4 mm 
- 1,6 mm Diâmetro externo do pescoço 
14” ou maior + 3.2 mm 
Círculo + 1,6 mm 
Distância entre furos adjacentes + 0,4 mm máximo Furação 
Excentricidade do círculo e do ressalto 0,4 mm máximo 
18” ou menor + 3.2 mm 
- 0,8 mm Altura total 
20”ou maior + 4,8 mm 
- 1,6 mm 
18” ou menor + 3,2 mm 
- 0 mm Espessura 
20” ou maior + 4,8 mm 
- 0 mm 
< 10” + 0,8 mm 
- 0 mm Diâmetro dos furos 
> 10” + 1,2 mm 
- 0 mm 
 
 
 
 
 
 
 
 211 
TABELA 4 – TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS DE FLANGES 
 
 
 
Esses referenciais de tolerâncias são aplicáveis aos flanges do tipo com pescoço. 
 
 
 
24” ou menor + 1,6 mm 
Diâmetro externo 
26”ou maior + 3,2 mm 
10”ou menor + 0,8 mm 
12” a 18 + 1,6 mm Diâmetro interno 
20” ou maior + 3,2 mm 
- 1,6 mm 
Ressalto = 1,60 mm + 0,8 mm 
Ressalto = 6,35 mm + 0,4 mm 
Macho duplo e canal + 0,4 mm 
Diâmetro do ressalto 
Macho e fêmea + 0,4 mm 
5” ou menor + 2,4 mm 
- 0,8 mm Diâmetro do pescoço no local da 
solda 
6” ou maior + 4,0 mm 
- 0,8 mm 
Diâmetro na base 24” ou menor + 1,6 mm 
Diâmetro do pescoço na base 
Diâmetro na base acima de 24” + 3,2 mm 
Círculo + 1,6 mm 
Distância entre furos adjacentes + 0,4 mm Furação 
Excentricidade do círculo e do 
ressalto 0,4 mm máximo 
Largura da face plana para solda Todos os tamanhos + 0,8 mm 
Ângulo do biselamento Todos os tamanhos + 2o 30’ 
10” ou menor + 1,6 mm 
Altura total 
12”ou maior + 3,2 mm 
18” ou menor + 3,2 mm 
- 0 mm 
Espessura 
20” ou maior + 4,8 mm 
- 0 mm 
< 10” + 0,8 mm 
- 0 mm 
Diâmetro dos furos 
> 10” + 1,2 mm 
- 0 mm 
 
 
 
 
 212 
6.7.4 Parafusos e Porcas 
 
A aceitação dos parafusos e porcas passa pela certificação de material e verificação dimensional. 
 
CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL 
 
Verificar os certificados de qualidade do material de todos os lotes de parafusos e porcas, em 
confronto com as especificações ASTM. 
 
parafuso: material ASTM A 307 limitado a 250 oC e pressão < 20 kgf/ cm2 
estojo: material ASTM A 193 Gr B7 limitado a 480oC 
estojo: material ASTM A 193 Gr B5 limitado a 590oC 
estojo: material ASTM A 193 Gr B6 para temperatura > 590oC 
estojo: material ASTM A 320 Gr L7 para temperatura < 0oC 
 
CERTIFICAÇÃO DIMENSIONAL 
 
Verificar se todos os lotes estão identificados com as seguintes características: especificação, tipo 
de rosca, tipo de porca, tipo de parafuso e dimensões conforme ANSI B 18.2.1. 
 
Verificar o estado geral quanto ao amassamento, trincas, corrosão e à proteção. 
 
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 309, em cada lote, se as seguintes 
características estão de acordo com as referências da Norma ANSI B 18.2.1: 
 
- símbolo ASTM estampado no parafuso e na porca, ver figura abaixo; 
- comprimento do estojo L’ 
- comprimento do parafuso L 
- diâmetro do parafuso, estojo e porca Dn 
- altura da porca do parafuso A e D 
- altura entre faces e arestas da porca B e E 
- distância entre faces e arestas da porca C e F 
- altura da porca G 
- tipo e passo da rosca.
Parafuso Quadrado Parafuso Sextavado 
 
 
 
 Porca Sextavada Estojo 
 
 
 213 
TABELA 5 – DIMENSÕES DE PORCAS E PARAFUSOS PARA FLANGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dimensões (pol.) de acordo com ANSI B 18.2.1 
Classe do 
flange 
Diâmetro do 
flange (pol) Quant. 
Diâmetro 
Nominal 
(pol) 
Parafusos 
flange RF 
L 
Estojos 
flange RF 
 L’ 
Estojos 
flange OR 
L’ 
1/2 
3/4 
1 
4 
4 
4 
1/2 
1/2 
1/2 
2 
2 1/4 
2 1/4 
2 1/2 
2 1/2 
2 3/4 
 
 
3 1/4 
1 1/4 
1 1/2 
2 
2 1/2 
3 
4 
4 
4 
4 
4 
1/2 
1/2 
5/8 
5/8 
5/8 
2 1/2 
2 1/2 
2 3/4 
3 
3 1/4 
2 3/4 
3 
3 1/4 
3 1/3 
3 3/4 
3 1/4 
3 1/2 
3 3/4 
4 
4 1/4 
4 
6 
8 
10 
12 
8 
8 
8 
12 
12 
5/8 
3/4 
3/4 
7/8 
7/8 
3 1/4 
3 1/2 
3 3/4 
4 
4 1/4 
3 3/4 
4 
4 1/4 
4 3/4 
4 3/4 
4 1/4 
4 1/2 
4 3/4 
5 1/4 
5 1/4 
150# 
14 
16 
18 
20 
24 
12 
16 
16 
20 
20 
1 
1 
1 1/8 
1 1/8 
1 1/4 
4 1/2 
4 3/4 
5 
5 1/2 
6 
5 1/4 
5 1/2 
6 
6 1/4 
7 
5 3/4 
6 
6 1/2 
6 3/4 
7 1/2 
1/2 
3/4 
1 
4 
4 
4 
1/2 
5/8 
5/8 
2 1/4 
2 1/2 
2 3/4 
2 3/4 
3 
3 1/4 
3 
3 1/2 
3 3/4 
1 1/4 
1 1/2 
2 
2 1/3 
3 
4 
4 
8 
8 
8 
5/8 
3/4 
5/8 
3/4 
¾ 
2 3/4 
3 
3 
3 1/2 
3 3/4 
3 1/4 
3 1/2 
3 3/4 
4 
4 1/4 
3 3/4 
4 1/4 
4 1/4 
4 3/4 
5 
4 
6 
8 
10 
12 
8 
12 
12 
16 
16 
3/4 
3/4 
7/8 
1 
1 1/8 
4 
4 1/4 
4 3/4 
5 1/2 
6 
4 1/2 
5 
5 1/2 
6 1/4 
6 3/4 
5 1/4 
5 3/4 
6 1/4 
7 
7 1/2 
300# 
14 
16 
18 
20 
24 
20 
20 
24 
24 
24 
1 1/8 
1 1/4 
1 1/4 
1 1/4 
1 1/2 
6 1/4 
6 1/2 
6 3/4 
7 1/4 
8 
7 
7 1/2 
7 3/4 
8 1/4 
9 1/4 
7 1/2 
8 1/4 
8 1/2 
9 
10 1/4 
 
Dimensões (mm) de acordo com ANSI B 18.2.1 Diâmetro 
nominal (pol.) A B C D E F G 
1/2 
5/8 
3/4 
8,3 
10,7 
12,7 
19,0 
23,8 
28,6 
25,8 
33,7 
40,4 
8,7 
10,7 
12,1 
22,2 
26,9 
31,8 
25,6 
31,2 
36,3 
12,3 
15,5 
18,6 
7/8 
1 
1 1/8 
1 1/4 
15,0 
16,6 
19,0 
21,4 
33,3 
38,1 
42,9 
47,6 
47,1 
53,9 
60,6 
67,4 
14,7 
17,1 
19,0 
21,4 
36,5 
41,3 
46,0 
50,8 
42,2 
47,2 
53,2 
58,6 
21,8 
25,0 
28,2 
30,9 
1 3/8 
1 1/2 
1 5/8 
1 3/4 
23,0 
25,4 
52,4 
57,1 
74,1 
80,8 
23,0 
25,4 
 
29,4 
55,6 
60,3 
65,1 
69,8 
64,2 
69,6 
75,1 
80,6 
34,1 
37,3 
40,5 
43,6 
1 7/8 
2 
2 1/4 
2 1/2 
 
 
34,1 
38,1 
42,1 
74,6 
79,4 
88,9 
98,4 
86,1 
91,6 
102,6 
113,6 
46,8 
50,0 
55,9 
62,3 
2 3/4 
3 
3 1/4 
3 1/2 
 
46,0 
50,8 
107,9 
117,5 
127,0 
136,5 
124,6 
135,6 
146,6 
157,6 
68,6 
75,0 
80,9 
87,3 
 
 214 
6.7.5 Filtros 
 
Verificar se todos os filtros estão identificados por plaqueta de acordo com a codificação do 
projeto. 
 
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 301, se as seguintes características estão de 
acordo com as normas adotadas pelo projeto: 
 
- distância entre as extremidades; 
- dimensões dos suportes; 
- extremidades flangeadas, roscadas e soldadas; 
- conformidade do “mesh” do elemento filtrante com as normas de projeto e o seu estado; 
- estado geral do filtro. 
 
6.7.6 Raquetes e “Figura 8” 
 
Verificar se todas as raquetes e “figuras 8” estão identificadas por puncionamento com a 
especificação do material, grau, classe de pressão e diâmetro. 
 
Verificar os certificados de qualidade do material de todas as “figuras 8”, em conformidade com a 
Norma ASTM aplicável. 
 
Verificar o estado geral da superfície principalmente das ranhuras, quanto à existência de mossa, 
corrosão e se estão devidamente protegidas. 
 
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 301, as seguintes características de acordo 
com as especificações adotadas pelo projeto: 
 
- diâmetro interno e externo na região da junta; 
- diâmetro externo do tubo; 
- profundidade, tipo e passo das ranhuras; 
- espessura; 
- rebaixo para junta tipo anel; 
- posição do furo de rotação; 
- diâmetro do furo de rotação; 
- dimensão do ressalto. 
 
 
 215 
6.7.7 Juntas de Vedação 
 
Verificar se as juntas de vedação estão identificadas, com material, tipo, material do enchimento, 
diâmetros, classe de pressão e padrão dimensional de fabricação. 
 
Verificar em todas as juntas de vedação tipo anel o estado da superfície, quanto à corrosão, 
amassamentos, avarias mecânicas e trincas. 
 
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 309, se as seguintes características da junta 
estão de acordo com as normas adotadas pelo projeto: 
 
- espessuras; 
- diâmetro interno e externo; 
- passo das juntas espiraladas ou corrugadas; 
- espaçadores das juntas metálicas, diâmetro externo e espessura; 
- todas as dimensões das juntas de vedação tipo anel e a dureza nas emendas, se houver. 
 
6.7.8 Juntas de Expansão 
 
Verificar se todas as juntas de expansão estão identificadas por plaqueta de acordo com a 
codificação do projeto. 
 
Verificar as seguintes características de acordo com as especificações adotadas pelo projeto: 
 
- distância entre extremidades; 
- extremidades (flanges, solda de topo); 
- tirantes; 
- travamento; 
- soldas; 
- estado geral das peças da junta quanto à trincas, amassamentos e corrosão, principalmente na 
região do fole, onde não são admitidos quaisquer defeitos; 
- alinhamento; 
- marcação do sentido de fluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Junta de Expansão com Travas 
Nota: as juntas de expansão são pré-estiradas, cerca de 
50% do curso total, mediante 2 varetas que devem ser 
retiradas quando as mesmas forem instaladas. O 
comprimento da junta “fria” é a medida certa para cortar 
a tubulação à temperatura de 20 oC. Se na ocasião do 
recebimento for efetuada prova hidráulica, deve-se 
colocar duas varetas roscadas conforme indicado na 
figura 2 para anular a ação axial. Estas varetas devem 
ser mantidas também durante a prova da tubulação. 
 
 
 216 
6.7.9 Válvulas 
 
A aceitação das válvulas manuais passa pelas inspeções tipo “A” e tipo “B” . 
 
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO TIPO “A” 
 
Feita com base em desenhos e documentos aprovados pelo cliente para certificar se a válvula 
está de acordo com a Especificação de Compra. Geralmente, são de fabricação em série, 
dispensando a presença na fábrica do inspetor do cliente. 
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO TIPO “B” 
 
Feita com base em desenhos e documentos aprovados pelo cliente para certificar se a válvula 
está de acordo com a Especificação de Compra. Esta válvula poderá ser ou não de fabricação em 
série. A presença do inspetor na fábrica para acompanhamento de inspeções e testes finais será 
definida pelo cliente. Estas inspeções de recebimento se aplicam às válvulas manuais de aço 
fundido e ao aço carbono forjado dos tipos: 
 
- bloqueio - gaveta e macho; 
- regulagem de fluxo - globo, agulha, borboleta e diafragma; 
- fluxo em um só sentido - retenção e de pé. 
 
DOCUMENTAÇÃO ENVOLVIDA NA INSPEÇÃO TIPO “A” 
Deverão estar disponibilizados 7 itens: 
1. desenhos e documentos aprovados; 
2. inspeção de quantidade; 
3. marcas de identificação; 
4. relatório dimensional; 
5. análise química e ensaios mecânicos; 
6. relatório de testes; 
7. relatório de pintura. 
 
DOCUMENTAÇÃO ENVOLVIDA NA INSPEÇÃO TIPO “B” 
Deverão estar disponibilizados 10 itens: 
1. desenhos e documentos aprovados; 
2. inspeção de quantidade; 
3. marcas de identificação; 
4. defeitos de fundição; 
5. acabamento;
6. relatório dimensional; 
7. inspeção de reparos; 
8. análise química e ensaios mecânicos; 
9. relatório de testes; 
10. relatório de pintura. 
 
 
 217 
PROCEDIMENTOS PARA INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO TIPO “A” 
 
Documentação 
- verificar se os desenhos e documentos enviados pelo fabricante e que servirão de base para a 
inspeção, estão aprovados pelo cliente; 
 
- relacionar os testes e inspeções aprovados para o equipamento, conforme o “Plano detalhado 
de Inspeções e Testes”; 
 
- fazer a análise dos relatórios e certificados enviados pelo fabricante, conforme descrito neste 
procedimento. 
 
Inspeção de quantidade 
- verificar se todas as válvulas constantes na lista de materiais foram fornecidas. 
 -verificar as marcas de Identificação 
- verificar se as marcações estão de acordo com o especificado. 
 
Relatório dimensional 
- verificar se as dimensões principais das válvulas constantes no relatório dimensional estão 
conforme os desenhos e documentos aprovados. 
 
Análise química e ensaios mecânicos 
- verificar se os certificados de análise química e ensaios mecânicos dos materiais e das válvulas 
estão conforme o especificado. 
 
Relatório de testes 
- verificar se os mesmos foram realizados conforme ensaios citados na inspeção tipo “B”. 
 
Relatório de pintura 
- verificar o relatório de pintura, conforme especificado pelo cliente. 
 
PROCEDIMENTOS PARA INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO TIPO “B” 
Documentação, : 
- verificar se os desenhos e documentos enviados pelo fabricante e que servirão de base para a 
inspeção estão aprovados pelo cliente; 
- verificar e relacionar os testes e inspeções aprovados para o equipamento conforme o “Plano 
Detalhado de Inspeções e Testes”; 
- fazer a inspeção das válvulas conforme descrito neste procedimento. 
 
Inspeção de quantidade 
Verificar, individualmente, se todas as válvulas constantes na lista de materiais foram fornecidas. 
Marcas de Identificação 
Verificar se as marcações na válvula estão de acordo com o especificado, observando: 
- no volante da válvula: indicação do sentido de abertura; 
- no corpo da válvula: indicação do sentido de fluxo, o diâmetro nominal, símbolo do fabricante e 
classe de pressão. 
 
Defeitos de Fundição 
Verificar a existência de trincas, inclusão de areia, rebarbas de fundição ou defeitos semelhantes 
nas peças fundidas. Não é permitido puncionamento, para sanar porosidades do corpo. 
 
Acabamento 
Verificar se existem defeitos de usinagem ou mau acabamento das peças de vedação, peças 
rosqueadas, buchas e faceamento dos flanges. 
Verificar se houve reparo de fabricação e em caso afirmativo checar a profundidade, a extensão e 
a qualidade dos materiais empregados 
As válvulas que tenham sofrido reparos por solda, não devem ser pintadas. 
 
 
 218 
6.7.9.1 Inspeção Dimensional 
 
TOLERÂNCIAS PARA AS DIMENSÕES “DE FACE A FACE” 
 
válvulas de DN < 250 mm +1,6 mm; 
válvulas de DN >300mm + 3,0 mm. 
 
TOLERÂNCIAS PARA O ÂNGULO DE PARALELISMO α E PARA O ÂNGULO DE 
PERPENDICULARISMO β DAS FACES 
 
 
Tolerâncias Diâmetro nominal das 
válvulas em mm Paralelismo (α ) Perpendicularismo ( β ) 
até 100 90o + 30´ 90o + 30´ 
de 150 até 250 90º + 20´ 90º + 20´ 
maior que 250 90o +15´ 90o +15´ 
 
 
 
 
 
 Paralelismo Perpendicularismo 
 
 
TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS DOS FLANGES, VER PÁGINAS 210 E 211 
 
6.7.9.2 Inspeção de funcionamento 
 
Verificar 
- se a operação do volante é suave e se sua ligação com a haste é segura. Na operação de 
abertura e fechamento verificar o sistema de vedação; 
 
- se a ligação da haste com o disco ou cunha está correta; 
 
- a concentricidade do disco ou do cone de vedação nas válvulas tipo globo ou angular. Nestas, o 
disco deve ser concêntrico em relação à sede e, quando totalmente fechadas, o disco deve 
assentar perfeitamente na sede; 
 
- se nas válvulas tipo gaveta o centro da cunha coincide com o centro da sede e se a área de 
passagem do fluxo fica totalmente livre, quando a válvula está totalmente aberta. Neste tipo de 
válvula, nenhuma parte do diâmetro de cunha deve ficar contida no diâmetro de passagem da 
sede, quando esta se encontrar totalmente aberta. 
 
 219 
6.7.9.3 Inspeção de reparos 
 
Todos os reparos por solda devem ser examinados por líquidos penetrantes, partículas 
magnéticas ou raios-X. 
 
Defeitos de fundição observados visualmente ou detectados por ensaios não destrutivos ou 
vazamentos ocorridos durante o teste hidrostático, podem ser reparados por solda, desde que 
atendidos os requisitos aplicáveis para cada tipo de material. 
 
Estes reparos são classificados segundo a norma Norma ABNT P-NB-230, como indicado. 
 
REPAROS SUPERFICIAIS 
 
São aqueles que podem ser eliminados por esmerilhamento, sem necessidade de reparo por 
solda, desde que seja mantida a espessura mínima especificada, conforme norma de fabricação 
e que o fundo da cavidade tenha um raio três vezes maior que sua profundidade. 
 
REPAROS MÉDIOS 
 
São aqueles em que após a remoção da parte defeituosa resulte numa espessura de parede no 
mínimo de 80% da espessura mínima especificada. 
Esses defeitos devem ser reparados por solda. 
 
REPAROS GRANDES 
 
São aqueles em que após a remoção da parte defeituosa resulte numa espessura inferior a 80% 
e superior a 20% da espessura mínima especificada. 
Esses defeitos devem ser reparados por solda sendo as válvulas tratadas termicamente para 
alívio de tensões. 
 
RESALVAS 
 
- Os reparos de aços austeníticos na clsse de pressão de 300 a 600 lbs, cujo tamanho ou 
localização possam afetar a resistência e a corrosão, devem ser reaustenizados após a solda. 
- Não devem ser aceitos reparos por martelamento. 
- Não são permitidos reparos com soldas em válvulas forjadas 
 
6.7.9.4 Certificados de análise química e ensaios mecânicos dos materiais 
 
Verificar os certificados de análise química e ensaios mecânicos dos materiais usados na 
fabricação das válvulas fornecidas pelo Contratante. 
Esses certificados devem estar de acordo com os materiais especificados em projeto. 
 
 
 220 
6.7.9.5 Teste hidrostático 
 
Condição: o fluido utilizado para o teste hidrostático deve ser água limpa, isenta de óleo e à 
temperatura ambiente. 
Teste do corpo e da tampa “Castelo”: o teste deve ser feito com a válvula totalmente aberta, com 
a pressão conforme tabela da norma P-NB-230, abaixo descrita. 
 
Classe de pressão (lbf / pol2) Pressão de teste (kgf / cm2) 
150 30,0 
300 77,0 
600 105,0 
 
Após a pressão atingir o valor indicado nesta tabela, manter por tempo suficiente para se 
proceder à inspeção de toda a superfície do corpo e da tampa castelo. O tempo mínimo de 
permanência da válvula sob a pressão de teste será de: 
- 5 minutos para válvulas com diâmetros menores ou iguais a 8” 
- 10 minutos para válvulas com diâmetros maiores ou iguais a 10”. 
6.7.9.6 Teste de vedação 
 
O teste deve ser feito com a válvula totalmente fechada e com uma das extremidades livre, para 
que se possa fazer a inspeção. O teste deve ser feito com ar ou gás inerte e com a pressão de 5 
kgf/cm2 conforme norma ABNT P-NB-230. Deve ser observado o lado correto em que se aplicará 
a pressão. Para válvulas com duas superfícies de vedação, ambas devem ser ensaiadas 
separadamente. As superfícies de assentamento devem estar limpas e isentas de óleo. Após 
atingir o valor indicado, manter a pressão por um tempo suficiente para se fazer a inspeção de 
toda a superfície de vedação. São tolerados os vazamentos, conforme indicado: 
 
 
Diâmetro nominal do orifício Vazamento permissível 
polegada milímetro ml /minuto bolhas/minuto 
1 2 0,15 1 
1 ½ 40 0,30 2 
2 50 0,45 3 
2 ½ 65 0,60 4 
3 80 0,90 5 
4 100 1,70 11 
6 150 4,00 27 
8 200 6,75 45 
≥ 10 250 7,50 50
Nota: esses testes e o tempo de duração podem também ser executados em conformidade com 
os referencias da norma API, especificação 6D, página 27 ano 2002. 
 
6.7.9.7 Teste de faiscamento 
 
Fazer o teste de faiscamento nas válvulas com revestimento interno de elastômeros ebonite, 
vidro, teflon, epóxi, borracha a fim de detectar trincas, bolhas, arranhões ou descontinuidade. 
Qualquer falha detectada deve ser reparada e após o reparo, executar novamente o teste. 
 
 221 
 
6.8 PRÉ-MONTAGEM 
 
6.8.1 Condições Gerais 
 
 
A pré-montagem executada a partir dos desenhos dos “spools”, isométricos e do manual de 
montagem só poderá ser iniciada se: 
 
 
- os equipamentos de montagem estiverem alocados; 
- os materiais de consumo estiverem disponibilizados; 
- os materiais para montagem estiverem identificados; 
- a seqüência de montagem por área e por sistema de utilidade, estiver estabelecida. 
- os processos de soldagem, ajustagem, fixação, limpeza, teste e aceitação das redes estiverem 
definidos; 
- o pessoal envolvido na soldagem e nos exames não destrutivos tiver qualificação; 
- os desenhos em planta e corte, isométricos, suporte e “spools” estiverem aprovados. 
 
6.8.2 Condições Específicas 
 
REFERENTE AOS MATERIAIS E AOS COMPONENTES 
 
- as dimensões das conexões deverão ser verificadas antes do corte dos tubos de modo que 
eventuais ajustes possam ser feitos; 
 
- as dimensões e os pesos das peças (spools) devem ser função da capacidade dos 
equipamentos de transporte e, de elevação de carga; 
 
- a dimensão linear de todos os tubos deve contemplar um sobre-comprimento de 100 mm, os 
alinhamentos e os ângulos de furação das diversas partes que compõem a peça (spool), devem 
atender as tolerâncias, indicadas na figura 3 página 222; 
 
RESSALVAS 
- na armazenagem e manuseio de tubos e peças, cuidar para que não haja entrada de terra nos 
tubos, e lesão nos revestimentos; 
 
- as válvulas devem estar fechadas e com os bocais tamponados. 
 
 
 222 
FIGURA 3 – REFERENCIAIS DE TOLERÂNCIA 
 
 
 
 
 
 223 
6.9 PREPARAÇÃO E MARCAÇÃO DOS TUBOS 
 
Preparação dos tubos: fazer sem desperdício, dando atenção à dimensão, material e espessura 
dos tubos. As sobras devem ser identificadas. 
 
SIMBOLOGIA DOS CHANFROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcações Dimensionais: incluir os acréscimos no caso de corte automático de 3 a 4 mm, para 
acabamento de 5 mm, além do comprimento final da barra do tubo (ver figura abaixo). 
 
Marcação de material : inserir o referencial “ASTM” do material do tubo. 
 
EXEMPLO DE MARCAÇÃO 
 
 
 
( sem escala ) 
6.10 CORTE, FOLGAS, CHANFROS E DOBRAMENTO DE TUBOS 
 
CORTE DE TUBOS 
 
São efetuados, mecanicamente ou por maçarico, passando por um acabamento por esmeril. No 
caso de corte por maçarico deve ser assegurada a remoção completa das carepas de solda da 
face dos chanfros e proximidades até que se perceba a exposição normal da superfície metálica 
do tubo. 
Chanfro “Tipo V” executado por maçarico 
após o corte do tubo 
Chanfro “Tipo V” 
executado por usinagem 
após o corte do tubo 
Chanfro “Tipo U ou V” 
(com arestas internas) 
executado por usinagem 
após o corte do tubo 
 
 224 
FOLGAS 
 
 
Figura 4 - Folgas para Ligações Sobrepostas Figura 5 - Folga para Ligações Penetrantes 
 
 
 
Figura 6 - Folga para Flanges de Encaixe Figura 7 - Folga para Flanges Sobrepostos 
 
FORMATO DOS CHANFROS 
 
 
 
Figura 8 - Chanfro V entre Tubos ou Conexões Figura 9 - Canfro V p/ Espessuras Diferentes 
 
 
DOBRAMENTO DE TUBOS 
 
: raio mínimo de dobramento igual a 2,5 x diâmetro nominal do tubo. 
 
Tolerâncias: relativa à redução de espessura: { ( t – tO ) / t } x 100 < 8% 
Tolerâncias: relativa à mudança de seção: { ( D – DO ) / D } x 100 < 5%, 
Nestas expressões 
t espessura nominal do tubo em mm 
to espessura do tubo depois de dobrado em mm 
D diâmetro interno do tubo antes de dobrado em mm 
D0 diâmetro interno do tubo depois de dobrado em mm 
 
 
 225 
6.11 MONTAGEM 
6.11.1 Condições Gerais 
 
O estado das superfícies das peças (spools), dos tubos e acessórios vindos da pré-montagem, 
devem ser inspecionados quanto a avarias no transporte. 
 
Os alinhamentos indicados na página 222 devem estar conforme ANSI B 31.3 figura 327.3.2. 
 
Os desalinhamentos iguais ou inferiores a 1,5mm, a ajustagem deve ser a frio não havendo 
necessidade de usinar ou esmerilhar a superfície interna para proporcionar a concordância. 
 
A ajustagem até 2,0mm dos desalinhamentos pode ser feita por dois métodos. O primeiro 
consiste em esmerilhar ou usinar a superfície interna de uma das extremidades ou de ambas, 
com uma inclinação de no mínimo 1 para 4, tomando-se cuidado para que a espessura final não 
seja inferior a 87,5% da espessura nominal do tubo ou acessório. Caso este recurso não possa 
ser aplicado, é aceitável um segundo método, que consiste no martelamento a quente tanto para 
aço-carbono como para aço-liga, sem necessidade de tratamento térmico desde que: 
 
- a diferença D inicial - D final for ≤ D inicial X 0.05 
- a temperatura de aquecimento para os aços carbono fique entre 620 a 680°C. 
- a temperatura de aquecimento para aços liga com teor de Cr até 1,25% fique entre 620 e 720°C. 
- para aços liga com teor de Cr de 1,25 % a 5% fique entre 680 e 720oC com martelamento 
executado sobre chapa intermediária. 
 
O desenvolvimento das chapas para as curvas em gomos deve atender à Norma ANSI B 31.3, 
Item 306.3. As soldas de fabricação das curvas de gomo devem ser examinadas por radiografia 
ou ultra-som, em toda sua extensão. 
 
Na fabricação das bocas de lobo, o anel de reforço caso previsto, só deve ser montado após 
conclusão e exame da solda executada entre os tubos de ligação, conforme “ANSI B 31.3 Figura 
327.4.4D”. 
 
O comprimento da derivação deve ser no máximo 150mm medidos a partir da geratriz superior do 
tubo principal. A penetração do passe de raiz da solda entre os tubos, deverá ser inspecionada 
visualmente. Após a conclusão da solda entre os tubos, deverá ser realizado novo exame com 
líquido penetrante e só então montado o anel de reforço. 
 
Não deve ser usado o aquecimento localizado em materiais especificados segundo ANSI B 31.3 
com “P-number” P3, P4, P5, P6, P10A e P10B. Se isto for absolutamente necessário após o 
aquecimento, esta área deve ser submetida a um tratamento térmico. 
 
A espessura do “cachorro” não deve ultrapassar o maior dos valores; a metade da espessura do 
tubo ou 5mm. 
Devem ser dispostos inclinados em relação à direção longitudinal dos tubos de pelo menos 300. 
 
Devem ser de material similar ao do tubo, mesmo “P-number”. Caso isto não seja possível, deve 
ser feito um revestimento, na região de contato com o tubo, com metal depositado e de 
composição química compatível com o material do tubo. A espessura do revestimento deve ser 
igual ou maior que a altura do cordão usado no ponteamento. 
A quantidade de “cachorros” por junta soldada deve ser: 
 
- duas peças se o diâmetro do tubo for < 4” 
- quatro peças se o diâmetro do tubo for < 14” 
- seis peças se o diâmetro do tubo for < 24” 
 
 226 
6.11.2 Flanges 
 
Os flanges disponibilizados para montagem, devem ter suas faces protegidas contra choques 
mecânicos e corrosão. Após a remoção desta proteção, devem ser examinadas criteriosamente e 
só então liberados para montagem. 
Salvo indicação em contrário, os flanges deverão
ser montados no tubo, de maneira que os 
planos vertical e horizontal que contém a linha de centro da tubulação dividam igualmente a 
distância entre os furos dos parafusos do flange. 
 
Quando usados flanges sobrepostos, devem ser soldados interna e externamente na tubulação, 
de maneira que a extremidade do tubo fique afastada da face do flange de uma distância igual à 
parede do tubo mais 3mm. A solda interna deve ser executada de maneira que a face do flange 
não exija re-usinagem. No caso de uso de flanges de encaixe, a folga entre o extremo do tubo e a 
face do encaixe deve ser de 1,5mm. 
Os flanges de orifício devem ser montados com as tomadas posicionadas na tubulação, conforme 
definido em projeto. 
A solda interna dos tubos com flanges de orifício deve ter o reforço interno esmerilhado rente ao 
tubo. 
Flanges de aço acoplados com flanges de ferro fundido, devem ser montados com cuidado para 
evitar que se danifique o flange de ferro fundido. 
Não é permitido o acoplamento de flange de ressalto com flange de face lisa. Caso haja esta 
necessidade, o ressalto deve ser removido por usinagem, e usada junta de face. 
Os furos dos parafusos devem estar alinhados, independente de qualquer esforço e sem que 
tenha sido inserido entre os flanges qualquer material que não seja a junta especificada; os 
parafusos devem passar pelos furos livremente, após a linha estar totalmente soldada. 
 
Os flanges devem ser apertados pelos parafusos de maneira uniforme e dentro dos limites 
especificados. O aperto deve ser feito gradativamente e numa seqüência em que sejam 
apertados parafusos diametralmente opostos. Não é permitido o uso de extensões nas chaves 
para aperto dos parafusos dos flanges. No aperto, as porcas devem ficar completamente 
roscadas no corpo do parafuso ou estojo. Quando se tratar de estojo, as porcas devem ficar a 
igual distância das extremidades. Em nenhuma hipótese é permitido o ponteamento com solda 
das porcas nos parafusos ou peças. 
A tensão de aperto do flange, deve ser processada por igual pelos parafusos diametralmente 
opostos, conforme indicado na figura, utilizando-se torquímetro ou medindo-se a extensão da 
rosca do parafuso. Os parafusos e as porcas devem ser grafitados quando do aperto. 
TENSÕES RECOMENDADAS PARA OS APERTOS DOS PARAFUSOS DOS FLANGES 
 
 
- inicial (PI) de 25 a 40 bar se a junta for de borracha 
- inicial (PI) de 80 a 120 bar se a junta for de papelão hidráulico 
- inicial (PI) de 200 a 400 bar se a junta for metálica 
- residual (PR) 1,5 a 2,0 vezes o valor do aperto inicial 
- final (PF) ajustado conforme efeito da dilatação 
6.11.3 Juntas de Vedação 
 
As juntas de vedação definitivas das ligações flangeadas, devem estar de acordo com as 
especificações de material do projeto de tubulação. No caso de juntas cortadas de lençóis, a 
identificação do material do lençol deve ser transferida para cada junta cortada. 
As juntas não metálicas devem estar limpas, sem sulcos, riscos, mossas ou quaisquer 
deformações visíveis. Caso o diâmetro externo das juntas de vedação não esteja de acordo com a 
ANSI B 16.5, Apêndice E, Figuras 3, 5 e 7, providenciar um anel de papelão com o diâmetro externo 
correto dentro dos quais se encaixará a junta de vedação. Montar o conjunto assim formado na ligação 
flangeada. 
 
 
 
 227 
6.11.4 Juntas de Expansão 
As juntas de expansão devem ser montadas de modo que não sejam submetidas a qualquer 
esforço para o qual não foram projetadas. 
6.11.5 Ligações Roscadas 
A abertura de roscas em tubos galvanizados ou com outros revestimentos externos, deverá ser 
acompanhada de recomposição similar desses revestimentos após a abertura da rosca. 
Nos tubos galvanizados aplicar a trincha, em duas demãos, tinta de fundo epóxi-pó de zinco amida 
curada de dois componentes, de modo a obter espessura seca de 35 mícrons por demão como mínimo. 
A aplicação da 1ª demão deve ser feita imediatamente após a abertura da rosca e execução da ligação 
roscada. O tempo de secagem para a aplicação da 2ª demão varia de 18 a 24 horas. 
Antes da aplicação do vedante, deve ser verificada a limpeza da rosca, que deve estar livre de 
rebarbas, limalhas e outros resíduos. Não é permitido usar qualquer material não especificado 
nas juntas roscadas, tais como: barbantes, estopas, zarcão, etc. 
O aperto das roscas deve ser feito com ferramentas adequadas, não se permitindo o uso de 
extensões. 
As soldas de selagem das ligações roscadas só podem ser executadas quando indicadas no 
projeto; e não poderão terminar na região da rosca. Neste caso não será permitida a aplicação de 
vedantes. Não é permitida a solda de selagem em tubos galvanizados. 
6.11.6 Suportes Metálicos 
Durante a montagem devem ser previstos suportes provisórios, de modo que a linha não sofra 
tensões exageradas, nem que esforços elevados não previstos no projeto, sejam transmitidos aos 
equipamentos, mesmo que por pouco tempo. 
O material dos apoios, na parte soldada com o tubo, deve ter o mesmo “P-number“ do tubo. 
Os berços fixados por solda descontínua, devem ser soldados após a conclusão da pintura, nas 
partes que serão encobertas pelo suporte. Os espaços entre os cordões de solda devem ser 
calafetados para impedir a penetração de água. 
As ancoragens só devem ser feitas após a conclusão dos trabalhos de montagem, alinhamento, 
nivelamento, e imediatamente antes do teste hidrostático. Somente podem ser executadas nos 
locais previstos pelo projeto, devendo ser retiradas as soldas provisórias usadas na montagem 
dos suportes deslizantes. 
6.11.7 Equipamentos Estáticos, bombas, compresspres, ventiladores, tanques, etc. 
Antes da montagem desses equipamentos na base de concreto, o nivelamento deve ser aferido e 
eventuais ajustes feitos com a utilização de calços de aço instalados em ambos os lados dos 
parafusos chumbadores, deixando espaço suficiente para execução do grauteamento. 
Observar: 
- o intervalo entre calços não deve exceder a 800mm; 
- o centro dos calços deve coincidir com a circunferência média da área de apoio; 
- a altura do calço não deve ultrapassar 5mm da altura da base prevista em projeto; 
- o comprimento dos calços deve ser 30 mm maior que a largura da base do equipamento. 
A pressão suportada pelos calços, avaliada pela expressão A=P/ (N x L x B) não deve exceder a 
30 kgf/cm2. Caso isso ocorra, o número de calços deve ser aumentado. Na expressão 
referenciada, considerar: 
 
- A: pressão suportada, em kgf/cm2. 
- P: peso de içamento do equipamento, em kgf. 
- N: número de calços. 
- L: comprimento do calço. 
- B: largura do calço, conforme tabela. 
 
Diâmetro Nominal do Chumbador Largura do Calço 
d ≤ 1” 50 mm 
1 ¼ ≤ d < 2” 75 mm 
d ≥ 2” 100 mm 
 
 
 228 
6.12 INSPEÇÃO VISUAL E DIMENSIONAL EM SOLDAS 
 
O controle da preparação das juntas e da qualidade da solda, deverá seguir as instruções 
estabelecidas nas classes A1, A2 e A3 da Norma DIN 8563 que determinam: 
 
CLASSE A1 PARA REDES DE OXIGÊNIO 
- controle visual e dimensional de chanfros e bordas: obrigatório; 
- controle visual e dimensional de ajustagem das partes a soldar: obrigatório; 
- controle de pré-aquecimento e temperatura de interpasse em função 
da temperatura ambiente, espessura e natureza do metal base: obrigatório; 
- qualificação do procedimento de soldagem: obrigatório; 
- qualificação do soldador: obrigatório; 
- controle por radiografia (solda de topo com penetração total) obrigatório 100%. 
 
Caberá ao montador: 
 
- responsabilizar-se pela elaboração da Caderneta de Controle de Soldas, em duas vias, 
indicando para cada solda: o número da solda; a identificação dos soldadores; as características 
dos eletrodos; a data de execução; os resultados dos exames de radiografia; 
- estruturar no canteiro um Órgão de Controle de Soldagem, o qual terá como escopo: aprovar o 
procedimento de solda;
aprovar o material de soldagem, os eletrodos, as regulagens de tensão e 
de intensidade; submeter os soldadores a testes, dando certificados de aprovação e indicando 
sua capacidade; controlar visualmente as soldas; realizar o controle radiográfico e interpretar os 
resultados; realizar ensaios destrutivos e definir a numeração das soldas. 
 
CLASSE A2 PARA REDES DE GASES E ACETILENO 
- controle visual e dimensional de chanfros e bordas: obrigatório; 
- controle visual e dimensional de ajustagem das partes a soldar: obrigatório; 
- controle de pré-aquecimento e temperatura de interpasse 
- em função da temperatura ambiente, espessura e natureza do 
- metal base: obrigatório; 
- qualificação do procedimento de soldagem: obrigatório; 
- qualificação de soldador: obrigatório; 
- controle de soldador: obrigatório; 
- controle por radiografia ou ultra-som: com amostragem mínima 
de 10% no caso de solda de topo ou junta T com penetração total: obrigatório; 
- controle por radiografia ou ultra-som nas soldas de filete: não obrigatório; 
- controle por líquido penetrante:(amostragem mínima de 10%): obrigatório. 
 
CLASSE A3:PARA REDES DE ÁGUA, AR COMPRIMIDO E NITROGÊNIO 
- qualificação de procedimento não obrigatório; 
- qualificação de soldador não obrigatório; 
- controle por radiografia, ultra-som ou líquido penetrante: não obrigatório; 
- controle visual e dimensional de chanfros e bordas: obrigatório; 
- controle visual e dimensional de ajustagem das partes a soldar: obrigatório; 
- emprego de eletrodos normalizados, de fabricantes idôneos: obrigatório. 
 
Nota: os critérios de execução e de aceitação de juntas soldadas serão feitos conforme Norma 
API 1104 ou ANSI B 31.3, última edição. 
 
 229 
 
6.12.1 Inspeção de Soldas 
INSPEÇÕES VISUAL INTERNA 
 
Serão inspecionados: 
- as condições do chanfro; 
- a preparação das máquinas e eletrodos; 
- o alinhamento de tubo com tubo e folga; 
- o término do passe da raiz; 
- o termino da solda; 
- a marcação das identificações do soldador e do inspetor interno. 
 
Observar os seguintes defeitos de solda: 
- mordedura; 
- porosidade; 
- fissura; 
- altura do cordão; 
- falta de cordão; 
- respingo. 
 
Todos os preparativos e trabalhos da soldagem, bem como os parâmetros principais devem ser 
anotados em ficha apropriada indicada na página 232 registrando: 
- número da máquina de solda 
- tipo e referência do eletrodo 
- corrente elétrica / polaridade 
- nome e número do soldador 
- posição da solda 
- espessura da parede 
- folga da raiz. 
INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA 
 
Serão inspecionadas somente as soldas de topo. As soldas de encaixe e de filete não serão 
inspecionadas. 
 
A inspeção será executada de acordo com a Norma ANSI B31.3 “SPOT EXAMINATION”. Os 
pontos para radiografia serão definidos por amostragem aleatória e indicados no isométrico. 
 
Serão examinados 10% das juntas soldadas. 
Deverá aparecer na imagem radiográfica: 
- data da execução da radiografia; 
- número da linha; 
- número da junta; 
- número do filme; 
- número do soldador; 
- a capa do filme deverá apresentar a identificação da junta, o laudo e a assinatura do inspetor. 
 
Os critérios para a interpretação do filme radiográfico deverão ser acordados considerando a 
extensão do ASME SEC. XIII UK-52 “SPOT EXAMINATION”. 
 
As soldas que apresentarem defeitos serão reparadas e novamente radiografadas. 
A aceitação das imperfeições de soldagem, deverão estar conforme a norma DIN 8563. 
 
 230 
INSPEÇÃO DIMENSIONAL - TOLERÂNCIAS CONFORME NORMA DIN 8563 
 
 
 
 
 231 
6.12.2 Defeitos de Solda 
TIPO DE DEFEITO - INCLUSÃO DE ESCÓRIA SUPERFICIAL - CRITÉRIOS PARA INSPEÇÃO 
 
Classe A1 - Inaceitável qualquer inclusão cuja maior dimensão for maior que: 
- para espessura menor que 10 mm 2,5 mm 
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm 5,0 mm 
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm 0,3 x espessura 
- para espessura maior que 60 mm. 20 mm 
 
Classe A2- Inaceitável qualquer inclusão cuja maior dimensão for maior que: 
- para espessura menor que 10 mm 4,0 mm 
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm, 6,0 mm 
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm 0,5 x espessura 
- para espessura maior que 60 mm. 30 mm 
 
Classe A3 - Inaceitável qualquer inclusão cuja maior dimensão for maior que: 
- para espessura menor que 10 mm 5,0 mm 
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm 7,0 mm 
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm 0,7 x espessura 
- para espessura maior que 60 mm 50 mm 
 
No caso de mais de uma inclusão, a soma de suas dimensões na extensão de soldagem de 
12 x a espessura, deverá ser menor que a espessura nas Classes A1 e A2 e menor que 1,5 x a 
espessura na Classe A3, exceto se a separação entre duas for maior que 6 x a maior delas na 
Classe A1, 4 x a maior delas na Classe A2 e 3 x a maior delas na Classe A3. 
TIPO DE DEFEITO: POROSIDADE SUPERFICIAL - CRITÉRIOS PARA INSPEÇÃO 
 
Classe A1 - Um poro isolado é inaceitável se seu diâmetro for maior que: 
- para espessura menor que 5 mm 1,0 mm 
- para espessura na faixa de 5 a 9 mm 1,5 mm 
- para espessura na faixa de 10 a 20 mm 2,0 mm 
- para espessura na faixa de 20 a 40mm 2,5 mm 
- para espessura maior que 40 mm 3,0 mm 
 
Classe A2 - Um poro isolado é inaceitável se seu diâmetro for maior que: 
- para espessura menor que 5 mm 1,5 mm 
- para espessura na faixa de 5 a 9 mm 2,0 mm 
- para espessura na faixa de 10 a 20 mm 2,5 mm 
- para espessura na faixa de 20 a 40mm 3,0 mm 
- para espessura maior que 40 mm 4,0 mm 
 
Classe A3 - Um poro isolado é inaceitável se seu diâmetro for maior que: 
- para espessura menor que 5 mm 2,0 mm 
- para espessura na faixa de 5 a 9 mm 2,5 mm 
- para espessura na faixa de 10 a 20 mm 3,0 mm 
- para espessura na faixa de 20 a 40mm 4,0 mm 
- para espessura maior que 40 mm 5,0 mm 
 
É inaceitável qualquer concentração de poros alinhados ou não se a soma dos diâmetros numa 
extensão de soldagem de 12 x a espessura for maior que a espessura nas Classes A1 e A2 e 
1,5 x a espessura na Classe A3, exceto se a separação entre dois poros for maior que 6 x o maior 
deles na Classe A1, 4 x o maior deles na Classe A2 e 3 x o maior deles na Classe A3. 
 
 232 
6.13 GUIA PARA SOLDAGEM COM ATMOSFERA PROTETORA 
 
Material Gás 
Aços não ligados e de baixa liga Argônio S 
Aços inoxidáveis austeníticos AGAMIX SH – 02 
Aços de alta liga não austeníticos Argônio S 
Alumínio e suas ligas Argônio S 
Cobre e suas ligas Argônio S 
Solda TIG 
Titânio Argônio SR 
Aços não ligados e de baixa liga AGAMIX SK 20 
Aços de alta liga AGAMIX SK 02 
Alumínio e suas ligas Argônio S 
Cobre e suas ligas Argônio S 
Solda MIG - MAG 
Titânio Argônio SR 
Aços não ligados e de baixa liga Argônio S 
Aços inoxidáveis austeníticos Argônio S 
Aços de alta liga não austeníticos Argônio S 
Alumínio e suas ligas Argônio S 
Cobre e suas ligas Argônio S 
Proteção de raiz 
Titânio Argônio SR 
6.14 ESPECIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM - EPS 
 
Formulário baseado parcialmente no Código ASME, Seção IX. 
Processo de soldagem: manual, semi-automático. 
Tipo: Data: 
 
JUNTAS: 
Projeto da Junta: 
Cobre Junta Sim ou Não: 
Tipo de material: 
TRATAMENTO TÉRMICO APÓS SOLDAGEM: 
Faixa de temperatura: 
Tempo de permanência: 
METAIS DE BASE: 
Tipo 
Análise química: 
Faixa de espessura: 
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS: 
Corrente CC ou CA: 
Polaridade: 
Faixa de corrente: 
Tensão: 
METAIS DE ADIÇÀO E FLUXOS 
Classificação AWS: 
Marca comercial: 
Dimensões: 
GÁS: 
Gás de proteção: 
Composição das misturas: 
Vazão: 
PRÉ-AQUECIMENTO: 
Temperatura: 
Temperatura entre passes: 
TÉCNICA: 
Dimensão do bocal:
Distância Bico de contato-peça: 
Limpeza inicial escovamento ou esmerilhamento 
Limpeza entre passes escovamento ou esmerilhamento: 
Cordão reto ou trançado: 
Oscilação: 
Método de goivagem: 
Número de passes por lado 
Eletrodo simples ou múltiplo: 
Faixa de velocidade de soldagem: 
Posição: 
DETALHES DA JUNTA 
Passe Metal de Adição Corrente 
Número Processo Classe Diâmetro Polaridade Faixa(A) 
Faixa de 
Tensão (V) 
Velocidade 
(mm/s) 
 
 
 233 
6.15 LIMPEZA DAS TUBULAÇÕES 
CONDIÇÕES GERAIS 
 
O local para execução dos serviços de limpeza deverá ser limpo, ventilado, com boa iluminação, 
protegido contra intempérie e entrada de estranhos. 
 
Deverá possuir tomadas de energia elétrica, vapor, nitrogênio, ar comprimido, água potável, 
bancadas apropriadas para limpeza dos tubos, tanques com dimensões suficientes para a 
completa imersão dos tubos e dos “spools”, instalações para higiene do pessoal e lava olhos para 
eventual emergência. 
 
Deverão estar disponíveis: equipamentos de segurança, ferramental, acessórios, plástico 
transparente com espessura mínima de 0,3mm, adesivo transparente e cordão de algodão. 
 
ETAPAS PROCESSUAIS 
 
Faz-se necessária à execução das etapas de 1 a 8 na seqüência apresentada, para se obter 
eficiência no processo de limpeza das redes de utilidades. 
 
Etapa 1 - Recebimento: consiste em receber os tubos em barras ou “spools”, vindos do “pipe 
shop” com todos os detalhes de fabricação já realizados. 
 
Etapa 2 - Inspeção e seleção: verificação da conformidade dos “spools” com os desenhos de 
fabricação, e seleção do processo de limpeza adequado. 
 
Etapa 3 - Limpeza inicial: efetuada por meio de processo químico ou simplesmente lavagem por 
meio de jato de água. Neste caso a limpeza será executada do ponto mais alto para o mais baixo, 
a fim de que o fluxo de água carregue todos os corpos estranhos existentes no interior das 
tubulações. 
 
Etapa 4 - Limpeza primária 
 
PARA TUBULAÇÕES GALVANIZADAS E ACESSÓRIOS 
 
Tubulação: - lavagem com jato de água limpa); 
- jateamento com vapor de processo a temperatura de 150o a 190o C; 
- secagem com ar comprimido seco ou nitrogênio; 
- proteção das extremidades dos tubos e spools; 
 
Acessórios: - inspeção visual para se constatar, se há ou não necessidade limpeza. Caso haja, 
desmontá-los totalmente e limpar os componentes com estopa embebida em 
tricloroetileno, para remoção de óleo ou graxa. 
 
Para tubulações e acessórios em aço carbono 
 
Tubulações com diâmetros < 2”: limpeza por meio de um processo químico análogo ao utilizado 
nas redes de oxigênio. 
 
Tubulações com diâmetros > 2”: jateamento interno com areia padrão SA 1 ½”, sopro com ar 
comprimido seco. 
 
Acessórios: conforme o procedimento para os acessórios galvanizados. 
 
 234 
PARA TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS PREVISTAS PARA REDES DE OXIGÊNIO 
 
a) Limpeza mecânica 
 
Os tubos retos, curvas, derivações, reduções e peças, com diâmetros de 100 a 400 mm, deverão 
ser limpos por jateamento abrasivo (com areia), o suficiente para que a superfície interna e 
externa atinja o metal quase branco, padrão SA 2 ½. 
Excluí-se aqueles componentes de aço inoxidável e metais não ferrosos. 
Para tubulações com diâmetro < 100 mm, a limpeza deverá ser feita manual ou mecanicamente 
com escovas metálicas, de aço inoxidável austenítico ou de bronze. 
 
b) Desengraxamento 
 
Imergir as peças por um período de 60 minutos em solução de hidróxido de sódio - NaOH, na 
concentração de 10% a 12% à temperatura de 50 a 60oC. 
 
Retirar as peças e lavá-las em jato de água limpa até que todo componente alcalino seja 
eliminado, e inspecioná-las. A operação deverá ser repetida, caso necessário. 
 
A concentração indicada no início da limpeza deverá permanecer constante no decorrer dos 
trabalhos de limpeza, devendo ser reforçada caso se note queda nos banhos sucessivos. 
Após o término do desengraxamento deve ser verificada a remoção da solução alcalina usando-
se papel de tornassol. 
 
Esta etapa será aplicada a todos os componentes das tubulações: tubos, peças, acessórios com 
exceção daqueles recebidos limpos e selados no fabricante: válvulas, filtros, instrumentos, juntas 
de expansão dos componentes de aço inoxidável ou de metais não ferrosos. 
 
c) Decapagem 
 
Imergir as peças, por um período de 2 horas, em solução de ácido sulfúrico - H2SO4 na 
concentração de 10 a 12% em volume à temperatura de 50 a 60oC, com até 0,6% de inibidor de 
corrosão. 
 
Retirar as peças e lavá-las em jato de água limpa até que todo componente ácido seja removido. 
Para manter a concentração constante, a densidade deverá ser verificada e reforçada conforme 
necessário. 
 
d) Neutralização 
 
Imergir as peças, por um período de 30 minutos, em solução de hidróxido de sódio - NaOH na 
concentração de 6% à temperatura ambiente. 
Retirar as peças e lavá-las em jato de água limpa (potável), até que todo componente alcalino 
seja removido. Comprovar a remoção da solução alcalina usando-se papel de tornassol. 
Esta etapa será realizada sempre que for feita a decapagem. 
 
e) Imersão em água 
 
Imergir as peças, por um período de 10 minutos, em água aquecida a 50o Celsius. 
Retirar as peças e lavá-las em jato de água potável. 
f) Sopro do vapor 
 
Soprar os componentes com jato de vapor para que carepas remanescentes nas paredes dos 
mesmos se soltem. 
 
 235 
g) Fosfatização 
 
Imergir as peças, por um período de 30 minutos, em solução de ácido fosfórico - H3PO4 na 
concentração de 5% em volume, à temperatura ambiente. 
 
Retirar as peças e deixar que estas se sequem naturalmente. 
 
h) Limpeza com solvente clorado 
 
A limpeza com solvente clorado deverá ser realizada em todos os componentes das tubulações, 
mesmos aqueles que tenham sido recebidos limpos e selados do fabricante. A limpeza com 
solvente clorado deverá ser realizada com 1,1/1 tricloroetano (metil clorofórmio). 
 
 
 
 
Observações - 
Antes da limpeza deverá ser feita a análise do solvente utilizado para imersão dos componentes, 
quanto à quantidade de hidrocarbonetos dissolvidos. 
Para tal, utilizar instrumento aferido e calibrado e selecionar a amostra representativa do solvente. 
Se a quantidade de hidrocarbonetos dissolvidos for maior ou igual a 20 ppm, o solvente será 
considerado inadequado e substituído totalmente por solvente novo. 
 
 236 
PROCEDIMENTO PARA LIMPEZA DE TUBOS E CONEXÕES COM SOLVENTE CLORADO 
 
 
 
EM DIÂMETROS MENORES QUE 100 MM 
 
- imergir os componentes pelo período de duas horas; 
- após a imersão lavar os mesmos com jatos de água limpa. Vedar uma das extremidades do 
componente e colocar o tricloroetano (solvente novo) no interior do mesmo, até um volume de 2/3 
do volume interno total do componente. Fazer movimentos para cima e para baixo girando o 
componente ao mesmo tempo; 
- retirar o solvente e proceder à inspeção quanto à concentração de hidrocarbonetos; 
- proceder a secagem do componente ao ar livre ou jato de nitrogênio seco; 
- inspecionar com luz negra. 
 
 
EM DIÂMETROS NA FAIXA DE 100 MM A 400 MM 
 
- imergir os componentes pelo período de duas horas; 
- após a imersão preparar um jato de solvente novo e jactá-lo na parte interna do componente; 
- proceder então à inspeção do solvente clorado quanto a concentração de hidrocarbonetos; 
- proceder a secagem do componente ao ar livre ou jato de nitrogênio seco; 
- inspecionar com luz negra. 
 
 
EM DIÂMETROS MAIORES QUE 400 MM 
 
- imergir os componentes pelo período de 2 horas; 
após a imersão fazer uma limpeza manual com pano embebido com solvente novo; 
- proceder a secagem do componente ao ar livre ou jato de nitrogênio seco; 
- inspecionar com luz negra. 
 
 
PROCEDIMENTO PARA LIMPEZA DE ACESSÓRIOS

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