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Produtividade do Trabalho e Vantagens Comparativas: O Modelo de Ricardo 2/56 Os países participam do comércio internacional por três razões: » O tamanho e a distância entre mercados determinam as exportações e importações. » Eles diferem entre si em termos de clima, solo, capital, mão de obra, qualificação da mão de obra e tecnologia. » Eles tentam alcançar economias de escala na produção. O Modelo Ricardiano é baseado nas diferenças tecnológicas entre os países. » Estas diferenças tecnológicas se refletem em diferenças na produtividade da mão de obra. Introdução 3/56 Custo de Oportunidade » O custo de oportunidade de produzir uma unidade a mais de alimentos (A) é a quantidade de produtos industriais (T) que terão que ser sacrificados para produzir esta unidade adicional de A. Vantagens Comparativas » Um país tem VC na produção de um bem se o seu custo de oportunidade em produzir tal bem (em termos do outro bem) é menor neste pais do que no resto do mundo. O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 4/56 Suponha que no Brasil 10 milhões de toneladas de A possam ser produzidas com a mesma quantidade de recursos que 100.000 unidades de T. Suponha que na Argentina esta mesma quantidade de A possa ser produzida com a mesma quantidade de recursos, mas produziria somente 30.000 T. Este exemplo assume que o trabalhador argentino tem uma produtividade menor que a do brasileiro na indústria. O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 5/56 Se cada país se especializar na produção do bem com o menor custo de oportunidade , o comércio poderá ser vantajoso para ambos. » Alimentos tem o menor custo de oportunidade na Argentina. » Produtos industriais tem o menor custo de oportunidade no Brasil. Os ganhos do comércio podem ser vistos pela variação da produção nos dois países. O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 6/56 Mudanças Hipotéticas na Produção O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) Alimentos Tecidos Milhões Mil Brasil -10 +100 Argentina +10 -30 Total 0 +70 7/56 O princípio das vantagens comparativas: » Se cada país exportar os bens nos quais tem vantagens comparativas (custos de oportunidade menores), então todos os países podem, em princípio, ter ganhos do comércio. O Que determina as vantagens comparativas? » As diferenças entre países determinam o padrão do comércio internacional (que bens cada país irá exportar). O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 8/56 Existe um país (denominado Local, ou economia doméstica). Nesta economia: » A mão de obra é o único fator de produção. » Somente dois bens (queijo e vinho) são produzidos. » A oferta de mão de obra é fixa em cada país. » A produtividade do trabalho em cada bem é fixa. » Há concorrência perfeita em todos os mercados. Uma Economia de um Fator de Produção 9/56 A produtividade constante é explicitada pelo coeficiente unitário de mão de obra: » O coeficiente de mão de obra é o número de horas necessárias para produzir uma unidade de produto. – Seja aLV a quantidade de mão de obra por unidade de vinho (ex. se aLV = 2, então são necessárias 2 horas de trabalho para obter um litro de vinho). – Seja aLQ o mesmo coeficiente para queijo (ex. se aLQ = 1, então é necessária uma hora de trabalho para produzir um quilo de queijo). A disponibilidade total de fatores é definida por L, a oferta total de mão de obra (ex. se L = 120, então esta economia tem 120 homens hora ou 120 trabalhadores). Uma Economia de um Fator de Produção 10/56 Possibilidades de Produção » A Curva de possibilidades de produção (CPP) de uma economia mostra a produção máxima de um bem (por ex. vinho) que pode ser obtida para uma dada quantidade do outro bem (queijo) e vice-versa. » A CPP da economia é dada pela seguinte equação: aLQQQ + aLVQV ≤ L » Utilizando-se o exemplo anterior, segue-se que: QQ + 2QV = 120 Uma Economia de um Fator de Produção 11/56 L/aLV L/aLQ Curva de Possibilidade de Produção Doméstica O valor absoluto da declividade é igual ao custo de oportunidade do queijo em termos de vinho. ( aLQ/aLV) F P Produção doméstica de vinho, QV , em litros Produção doméstica de queijo, QQ , em quilos Uma Economia de um Fator de Produção +1 12/56 Custo de Oportunidade de Uma Unidade Adicional de Q: aLQQQ + aLVQV = L; diferenciando esta relação, obtem-se: aLQ dQQ + aLV dQV = 0; fazendo dQQ = 1 - dQV = aLQ /aLV Uma Economia de um Fator de Produção 13/56 Preços Relativos e Oferta » A curva de possibilidades de produção mostra o que a economia pode produzir. » A produção de cada bem é determinada pelos preços. » O preço relativo do bem X (queijo) em termos do bem Y (vinho) é a quantidade de Y (vinho) que deve ser trocada por uma unidade do bem X (queijo). Uma Economia de um Fator de Produção 14/56 Preço Relativo de Q: PQQQ + PVQV = Y; Y = valor da produção nacional; Diferenciando a relação anterior: PQ dQQ + PV dQV = 0; - dQV =(PQ / PV) dQQ fazendo dQQ = 1 - dQV =(PQ / PV) Uma Economia de um Fator de Produção 15/56 Sejam: PQ o preço em R$ do queijo e PV o preço em R$ do vinho. Sejam: wV o salário horário em R$ no setor de vinho e wQ o salário horário em R$ no setor de queijos. Em concorrência perfeita, a condição de lucro não negativo implica em: » Se PV / aLV < wV , então QV = 0. » Se PV / aLV = wV , então QV > 0. » Se PQ / aLQ < wQ , então QQ = 0. » Se PQ / aLQ = wQ , então QQ > 0. Uma Economia de um Fator de Produção 16/56 Produção, Preços e Salários Devido à concorrência: »O salário horário no setor Q é igual ao valor de mercado da produção por hora: PQ /aLQ Os trabalhadores produzirão no setor que pagar o maior salário horário. Se PQ / aLQ > PV / aLV os trabalhadores produzirão somente Q. 17/56 As relações anteriores implicam que se o preço relativo do queijo ( PQ / PV ) for maior que seu custo de oportunidade (aLQ / aLV ), então a economia Local se especializará na produção de queijo. O salário é maior em Q e ninguém trabalhará no setor V. Se a economia desejar consumir os dois bens (em autarquia) deverá pagar o mesmo salário nos dois setores e o preço relativo será igual ao custo de oportunidade. Na ausência de comércio internacional, os dois bens serão produzidos, e portanto: PQ / PV = aLQ /aLV = W Uma Economia de um Fator de Produção 18/56 Hipóteses do modelo: » Existem dois países no mundo (Local e Resto do Mundo – RDM). » Cada país produz dois bens (vinho e queijo). » A Mão de obra é o único fator de produção. » A oferta de mão de obra é fixa em cada país. » A produtividade da mão de obra é fixa na produção de cada bem. » Não há mobilidade internacional de mão de obra, nem custo de transporte. » Há concorrência perfeita em todos os mercados. » Todas as variáveis com o símbolo (*) representam o RDM. O Comércio em um Mundo de Um Fator 19/56 Vantagens Absolutas » Um país tem uma vantagem absoluta na produção se ele tiver um menor custo unitário de mão de obra do que o resto do mundo, em todos os bens. » Suponha que: aLQ < a*LQ e aLV < a*LV – Esta hipótese implica que o país Local tem uma vantagem absoluta na produção dos dois bens. Ou seja, o país Local é mais produtivo na produção dos dois bens que o RDM. –Mesmo que Local tenha vantagem absoluta nos dois bens, há vantagens do comércio internacional. O padrão do comércio será determinado pelo princípio das vantagens comparativas. O Comércio em um Mundo de Um Fator 20/56 Um dos países pode ser mais eficiente na produção dos dois bens, mas terá uma vantagem comparativa somente em um único bem: aquele que usa de forma mais eficiente os recursos do país (menor custo de oportunidade), comparado com o uso alternativo em outro setor. O Comércio em um Mundo de Um Fator 21/56 Vantagem Comparativa » Assuma que: aLQ /aLV < a * LQ /a * LV –Esta hipótese implica que o custo de oportunidade do queijo em termos de vinho é menor na economia Local do que no RDM. A economia local pode aumentar a produção de Q sacrificando pouca produção de V, quando comparado com o RDM. –Em outras palavras, na ausência de comércio, o preço relativo do queijo é menor na economia Local do que no RDM. O país local tem vantagens comparativas em queijo e exportará queijo em troca por vinho. 22/56 F* P* L*/a*LV L*/a*LQ Produção do RDM de vinho, Q*V , em litros Produção do RDM de queijo, Q*Q , em quilos +1 Fronteira de possibilidades de produção do RDM O Comércio em um Mundo de Um Fator 23/56 Determinação do Preço Relativo com Comércio » O preço relativo ( PQ / PV ) com comércio depende da: – Oferta e a demanda relativa por queijo no mundo como um todo. – A Oferta relativa de queijo é a quantidade de queijo ofertada pelos dois países, a cada nível de preço, dividida pela quantidade de vinho ofertada: (QQ + Q * Q )/(QV + Q * V). – A demanda relativa de queijo é um conceito semelhante: a demanda relativa de queijo diminui com o aumento do preço relativo do produto. O Comércio em um Mundo de Um Fator 24/56 A Oferta Relativa Não há oferta de Q se o preço relativo de Q for menor que aLQ / aLV »Os dois países se especializarão em V, por que o preço relativo de Q é menor que o custo de oportunidade. Quando PQ / PV = aLQ / aLV os trabalhadores do país local recebem o mesmo salário nos dois setores e produzirão os dois bens. O RDM produzirá somente V. 25/56 Quando PQ / PV > aLQ / aLV o país Local se especializa em Q e o RDM em V (segmento vertical). Quando PQ / PV > a*LQ/ a*LV , os dois países se especializarão na produção de Q. A Oferta Relativa 26/56 2 DR' DR 1 Q' aLQ/aLV a*LQ/a * LV OR Oferta e Demanda Relativa Mundial Preço Relativo do queijo, PQ /PV Quantidade Relativa De queijo, QQ + Q * Q QV + Q * V L/aLQ L*/a*LV O Comércio em um Mundo de Um Fator 27/56 Os Ganhos do Comércio Internacional »Se os países se especializarem de acordo com suas vantagens comparativas, ambos ganharão com o comércio internacional. Cada país se especializa no produto que usa os fatores de produção de forma mais eficiente e se usa a renda para comprar bens. »No país local, os trabalhadores tem aumento de renda, pois PQ sobe com o comércio internacional. O mesmo acontece com o RDM. » Isto pode ser visto de duas maneiras: comércio pode ser entendido como uma nova maneira de produzir bens e serviços ou como uma forma de ampliar as opções de consumo do país (o comércio aumenta as possibilidades de consumo dos países). 28/56 »Uma maneira de explicitar os ganhos do comércio pode ser visto pela forma que o comércio afeta o consumo em cada um dos países. »A fronteira de possibilidades de consumo explicita o máximo de consumo que um país atinge de um dos bens, fixada a quantidade do outro bem. »Na ausência de comércio, a curva de possibilidades de consumo coincide com a curva de possibilidades de produção. »O comércio amplia as possibilidades de consumo nos dois países, porque aumenta a produção mundial. O mundo usa os recursos de forma mais eficiente. O Comércio em um Mundo de Um Fator 29/56 O Comércio amplia as Possibilidade de Consumo T F P T* P* F* (a) Local (b) RDM Quantidade de vinho, QV Quantidade queijo, QQ Quantidade de vinho, Q*V Quantidade queijo, Q*V O Comércio em um Mundo de Um Fator 30/56 O país Local é mais eficiente nos dois bens, mesmo assim existem vantagens do comércio internacional Necessidades de Mão de Obra por Unidade de Produto Queijo Vinho Economia Doméstica aLQ = 1 hora por quilo aLV = 2 horas por litro Economia Estrangeira a * LQ = 6 horas por quilo a * LV = 3 horas por litro O Comércio em um Mundo de Um Fator aLQ / aLV = 1/2 < a*LQ / a*LV= 2 Em equilíbrio, o preço relativo do queijo precisa estar entre estes dois valores. Assuma que PQ /PV = 1 31/56 O exemplo anterior implica que: aLQ / aLV = 1/2 < a * LQ / a * LV = 2 » Em equilíbrio, o preço relativo do queijo precisa estar entre estes dois valores. Assuma que PQ /PV = 1 litro de vinho por quilo de queijo. Os dois países irão se especializar a ter ganhos decorrentes desta especialização. » Considere o pais local, que pode obter mais vinho através da produção doméstica ou produzindo queijo e trocando por vinho. O Comércio em um Mundo de Um Fator 32/56 »Na economia doméstica pode se utilizar uma hora de trabalho para produzir 1/aLV = 1/2 litro de vinho – na ausência de comércio. »Alternativamente, ele pode usar uma hora de trabalho para produzir 1/aLQ = 1 quilo de queijo, vender esta quantidade para o RDM, e obter 1 litro de vinho. O Comércio em um Mundo de Um Fator 33/56 » Na ausência de comércio, o RDM pode utilizar uma unidade de mão de obra para produzir 1/a*LQ = 1/6 de quilo de queijo usando sua própria tecnologia. » Com comércio, o RDM pode usar uma unidade de mão de obra para obter 1/a*LV = 1/3 de litro de vinho. » Como o preço mundial de vinho é PV / PQ = 1 quilo de queijo por litro de vinho, o RDM pode obter 1/3 de quilo de queijo que é maior que 1/6 de quilo. O Comércio em um Mundo de Um Fator 34/56 Salários Relativos »Como existem diferenças tecnológicas entre os países, o comércio internacional não equalizará os salários dos dois países. »O país que tiver vantagens absolutas nos dois bens terá o maior salário depois do comércio. O Comércio em um Mundo de Um Fator 35/56 » Isto pode ser visto por um exemplo numérico: – Suponha que PQ = R$12 e PV = R$12. Portanto, PQ / PV = 1 como no exemplo anterior. – Como o país Local se especializa em queijo, seu salário será (1/aLQ)PQ = ( 1/1)R$12 = R$12. – Como o RDM se especializa em vinho, seu salário será dado por (1/a*LV) PV = (1/3)R$12 = R$4. – Portanto, o salário relativo do país local será R$12/R$4 = 3. – Portanto, o país com a maior vantagem absoluta terá o maior salário depois do comércio. Salários Relativos 36/56 Salários Relativos O salário relativo está entre a relação de produtividade de cada indústria. » O país local é 6/1 = 6 vezes mais produtivo na produção de Q, mas somente 3/2 = 1.5 vezes mais produtivo na produção de vinho. » O país local tem um salário 3 vezes maior do que o RDM. Cada país tem uma vantagem de custo na produção. » Os salários altos podem ser compensados por alta produtividade. » O custo da baixa produtividade é compensado por baixos salários. 37/56 Salários Relativos 38/56 Produtividade e Competitividade » Mito 1: O livre comércio é benéfico somente se o país é suficientemente forte para enfrentar a concorrência externa. – Este argumento desconsidera que o comércio é baseado no conceito de vantagens comparativas e não absolutas. O Argumento do Empobrecimento do Trabalho » Mito 2: A concorrência externa é desleal e prejudica outros países, quando baseada em salários baixos. –O exemplo indica que o RDM tem salários menores, mas mesmo assim ambos ganham com o comércio. O relevante é a vantagem comparativa. (argumento utilizado por sindicatos em países ricos). Concepções Equivocadas sobre Vantagens Comparativas 39/56 Exploração » Mito 3: O comércio piora a situação dos trabalhadores em países com salários mais baixos. – Na ausência de comércio, estes trabalhadores estarão em uma situação pior. – Excluir o comércio significa condenar os pobres a continuar no mesmo nível de renda. Concepções Equivocadas sobre Vantagens Comparativas 40/56 Construção do Modelo » Os dois países consomem e podem produzir um grande número, N, de bens. Ordenam-se os bens de acordo com a produtividade relativa da mão de obra. Salários Relativos e Especialização » O padrão de comércio depende da relação de salários entre o país Local e o RDM. » Os bens serão sempre produzidos no país com o menor custo. – Será mais barato produzir o bem i no país Local se w aLi < w*a*Li , ou rearranjando termos, se: a*Li /aLi > w /w * Vantagens Comparativas com Muitos Bens 41/56 Necessidade de Trabalho por Unidade de Produto Bem Necessidade de Trabalho Necessidade de Trabalho Vantagem da produtividade País Local (aLi) País RDM (a*Li) doméstica relativa (a*L / aL) Maçã 1 10 10 Banana 5 40 8 Caviar 3 12 4 Damasco 6 12 2 Espinafre 12 9 0,75 Vantagens Comparativas com Muitos Bens 42/56 Que bens cada país produzirá? » Um país terá uma vantagem de custo em qualquer bem para o qual sua produtividade relativa seja maior que o salário relativo, e o outro país terá vantagens nos outros bens. – se, por exemplo, w/w* = 3, o país Local produzirá maça, banana e caviar e o RDM produzirá damasco e espinafre. –Os dois países ganham com o comércio internacional. Vantagens Comparativas com Muitos Bens 43/56 O salário local é 3 vezes o do RDM (ou o do RDM é 1/3 do local). Uma unidade de damasco requer 12 horas no RDM, mas seu custo em termos de trabalho local (dada a relação 3 para 1) é de apenas 4 horas de um trabalhador (12/3); o custo para produzir no país local é de 6 horas. O país Local deve importar damasco. O RDM também ganha: produzir uma maça exige 10 horas; mesmo com um salário de 1/3 do país local, são necessárias somente 3 horas do trabalhador do RDM para comprar uma maça do país local (W = 3 W*). Vantagens Comparativas com Muitos Bens 44/56 Determinação do Salário Relativo no Modelo com muitos bens » Para determinar o salário relativo em um mundo com muitos bens é necessário examinar o que está por trás da demanda relativa por bens (i.e., a demanda derivada relativa por trabalho). » A demanda derivada relativa pelo trabalho do país Local depende negativamente da relação entre o salário Local e do RDM. A medida em que a mão de obra local fica relativamente mais cara: –Os produtos locais ficam mais caros e a demanda por esses bens e por mão de obra diminui. – A produção de alguns bens diminuirá, diminuindo a demanda por mão de obra. Vantagens Comparativas com Muitos Bens 45/56 Demanda Derivada de mão de obra Exemplo: se o salário local é 3,5 vezes o do RDM, o país Local produzirá maçãs, bananas e caviar. Se o salário relativo for para 3,99, o padrão de comércio não se alteraria, mas como os produtos locais estão mais caros, diminuiria a demanda por bens locais e por mão de obra. Se o salário relativo aumentasse para 4,01, mudaria o padrão de especialização e o RDM passaria a produzir caviar e haveria uma queda abrupta da demanda relativa de mão de obra (a produção de caviar cai a zero e o RDM ganha uma nova indústria) 46/56 3 10 Maça 8 Banana 4 Caviar 2 Damasco 0.75 Espinafre DR por mão de obra Determinação do Salário Relativo OR de mão de obra (fixa) Salário relativo, w/w* Quantidade Relativa De mão de obra, L/L* Vantagens Comparativas com Muitos Bens 47/56 Existem três razões para que a especialização internacional não seja completa : » A existência de mais do que um fator de produção. » Os países protegem algumas indústrias da concorrência estrangeira. » Existem custos de transporte. A introdução de custos de transporte pode transformar alguns bens em não comercializáveis. Em alguns casos o transporte é impossível, ou proibitivo. » Exemplos: Serviços como corte de cabelo e de oficinas mecânicas não podem ser comercializáveis internacionalmente. Custos de Transporte e Bens não Comercializáveis 48/56 No exemplo anterior, o salário relativo era igual a 3. Um custo de transporte de 100% do custo de produção, inviabilizará o comércio para alguns produtos. O damasco requer 6 horas de trabalho local e 12 horas no RDM. Com salário relativo de 3, 12 horas de trabalho do RDM equivalem a 4 horas de trabalho local. Com custo de transporte de 100%, importar damasco custaria 8 horas de trabalho local. O país Local produzirá o bem para consumo interno Custos de Transporte e Bens não Comercializáveis 49/56 O modelo de Ricardo prevê que os países exportarão bens para os quais a produtividade relativa é alta. A evidência empírica sugere que sim: a exportação relativa dos USA com relação à inglesa é explicada pela diferença de produtividade relativa entre os dois países. Os USA tinham vantagens absolutas em todos os 26 setores industriais, mas as exportações eram relativamente menores nos setores menos produtivos dos USA. O importante são as vantagens comparativas. Evidência Empírica do Modelo de Ricardo 50/56 Produtividade e Exportações – Balassa (1963) Evidência Empírica do Modelo de Ricardo Relação entre exportações dos USA/Inglaterra Relação entre produtividade dos USA/Inglaterra 51/56 China e Alemanha - Produtividade e Produção em 1995 Produtividade Chinesa Produção total % da Alemã % da Alemanha Todas as indústrias 5,2 71,6 Vestuário 19,7 802,2 Evidência Empírica do Modelo de Ricardo 52/56 Limitações do Modelo de Ricardo 1. Especialização total 2. Não há efeitos sobre a distribuição de renda 3. Não contempla a dotação de fatores influenciando os padrões de comércio internacional. 4.Não existe o efeito escala. 53/56 O modelo de Ricardo é o mais simples, mostrando que as diferenças entre países levam ao comércio e aos ganhos do comércio. Neste modelo, o trabalho é o único fator de produção e os países diferem apenas na produtividade do trabalho nas diferentes indústrias. Os países exportarão o bem no qual tem vantagem comparativa em termos de produtividade da mão de obra (e não vantagem absoluta). Resumo 54/56 Os ganhos do comércio podem ser vistos de duas maneiras : » Comércio é uma forma indireta de produção. » Comércio amplia as possibilidades de consumo de um país. A distribuição dos ganhos do comércio dependem do preço relativo dos bens que os países produzem. Resumo 55/56 Com muitos bens, é possível mostrar que os custos de transporte possibilitam o aparecimento de bens não transacionáveis internacionalmente. A previsão do modelo de Ricardo de que os países tenderão a exportar os bens nos quais eles tem uma produtividade relativa da mão de obra alta tem sido confirmada por muitos estudos empíricos. Resumo 56/56 Primeira pesquisa empírica Discussão da evolução do comércio mundial no período pós II Guerra Mundial/Participação do Brasil no Comércio Internacional. Incluir dados estatísticos