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2012.02.27 - Modelo de Ricardo

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Produtividade do Trabalho e Vantagens 
Comparativas: O Modelo de Ricardo 
2/56 
Os países participam do comércio internacional por três 
razões: 
» O tamanho e a distância entre mercados determinam as 
exportações e importações. 
» Eles diferem entre si em termos de clima, solo, capital, 
mão de obra, qualificação da mão de obra e tecnologia. 
» Eles tentam alcançar economias de escala na produção. 
O Modelo Ricardiano é baseado nas diferenças 
tecnológicas entre os países. 
» Estas diferenças tecnológicas se refletem em diferenças 
na produtividade da mão de obra. 
Introdução 
3/56 
Custo de Oportunidade 
» O custo de oportunidade de produzir uma unidade 
a mais de alimentos (A) é a quantidade de 
produtos industriais (T) que terão que ser 
sacrificados para produzir esta unidade adicional 
de A. 
Vantagens Comparativas 
» Um país tem VC na produção de um bem se o seu 
custo de oportunidade em produzir tal bem (em 
termos do outro bem) é menor neste pais do que 
no resto do mundo. 
O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 
4/56 
Suponha que no Brasil 10 milhões de toneladas 
de A possam ser produzidas com a mesma 
quantidade de recursos que 100.000 unidades 
de T. 
Suponha que na Argentina esta mesma 
quantidade de A possa ser produzida com a 
mesma quantidade de recursos, mas produziria 
somente 30.000 T. 
Este exemplo assume que o trabalhador 
argentino tem uma produtividade menor que a 
do brasileiro na indústria. 
O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 
5/56 
Se cada país se especializar na produção do 
bem com o menor custo de oportunidade , o 
comércio poderá ser vantajoso para ambos. 
» Alimentos tem o menor custo de oportunidade na 
Argentina. 
» Produtos industriais tem o menor custo de 
oportunidade no Brasil. 
Os ganhos do comércio podem ser vistos pela 
variação da produção nos dois países. 
O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 
6/56 
 Mudanças Hipotéticas na Produção 
O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 
Alimentos Tecidos
Milhões Mil
Brasil -10 +100
Argentina +10 -30
Total 0 +70
7/56 
 O princípio das vantagens comparativas: 
» Se cada país exportar os bens nos quais tem 
vantagens comparativas (custos de oportunidade 
menores), então todos os países podem, em 
princípio, ter ganhos do comércio. 
 
O Que determina as vantagens comparativas? 
» As diferenças entre países determinam o padrão do 
comércio internacional (que bens cada país irá 
exportar). 
O Conceito de Vantagens Comparativas (VC) 
8/56 
Existe um país (denominado Local, ou economia 
doméstica). Nesta economia: 
» A mão de obra é o único fator de produção. 
» Somente dois bens (queijo e vinho) são 
produzidos. 
» A oferta de mão de obra é fixa em cada país. 
» A produtividade do trabalho em cada bem é fixa. 
» Há concorrência perfeita em todos os mercados. 
Uma Economia de um Fator de Produção 
9/56 
A produtividade constante é explicitada pelo 
coeficiente unitário de mão de obra: 
» O coeficiente de mão de obra é o número de horas 
necessárias para produzir uma unidade de produto. 
– Seja aLV a quantidade de mão de obra por unidade de 
vinho (ex. se aLV = 2, então são necessárias 2 horas de 
trabalho para obter um litro de vinho). 
– Seja aLQ o mesmo coeficiente para queijo (ex. se aLQ = 1, 
então é necessária uma hora de trabalho para produzir 
um quilo de queijo). 
A disponibilidade total de fatores é definida por L, a 
oferta total de mão de obra (ex. se L = 120, então 
esta economia tem 120 homens hora ou 120 
trabalhadores). 
Uma Economia de um Fator de Produção 
10/56 
Possibilidades de Produção 
» A Curva de possibilidades de produção (CPP) de uma 
economia mostra a produção máxima de um bem (por 
ex. vinho) que pode ser obtida para uma dada 
quantidade do outro bem (queijo) e vice-versa. 
» A CPP da economia é dada pela seguinte equação: 
 aLQQQ + aLVQV ≤ L 
 
» Utilizando-se o exemplo anterior, segue-se que: 
 
 QQ + 2QV = 120 
Uma Economia de um Fator de Produção 
11/56 
L/aLV 
L/aLQ 
Curva de Possibilidade de Produção Doméstica 
O valor absoluto da declividade é igual 
ao custo de oportunidade do queijo em 
termos de vinho. ( aLQ/aLV) 
F 
P 
Produção doméstica 
 de vinho, QV , em litros 
Produção doméstica de 
queijo, QQ , em quilos 
Uma Economia de um Fator de Produção 
+1 
12/56 
Custo de Oportunidade de Uma Unidade 
Adicional de Q: 
 
aLQQQ + aLVQV = L; 
diferenciando esta relação, obtem-se: 
aLQ dQQ + aLV dQV = 0; 
fazendo dQQ = 1 
- dQV = aLQ /aLV 
Uma Economia de um Fator de Produção 
13/56 
Preços Relativos e Oferta 
 
» A curva de possibilidades de produção mostra o que a 
economia pode produzir. 
» A produção de cada bem é determinada pelos preços. 
» O preço relativo do bem X (queijo) em termos do bem 
Y (vinho) é a quantidade de Y (vinho) que deve ser 
trocada por uma unidade do bem X (queijo). 
Uma Economia de um Fator de Produção 
14/56 
Preço Relativo de Q: 
 
PQQQ + PVQV = Y; 
 
Y = valor da produção nacional; 
Diferenciando a relação anterior: 
PQ dQQ + PV dQV = 0; 
- dQV =(PQ / PV) dQQ 
fazendo dQQ = 1 
- dQV =(PQ / PV) 
Uma Economia de um Fator de Produção 
15/56 
 Sejam: PQ o preço em R$ do queijo e PV o preço em 
R$ do vinho. Sejam: wV o salário horário em R$ no 
setor de vinho e wQ o salário horário em R$ no setor 
de queijos. 
Em concorrência perfeita, a condição de lucro não 
negativo implica em: 
» Se PV / aLV < wV , então QV = 0. 
» Se PV / aLV = wV , então QV > 0. 
» Se PQ / aLQ < wQ , então QQ = 0. 
» Se PQ / aLQ = wQ , então QQ > 0. 
Uma Economia de um Fator de Produção 
16/56 
Produção, Preços e Salários 
Devido à concorrência: 
»O salário horário no setor Q é igual ao valor 
de mercado da produção por hora: PQ /aLQ 
Os trabalhadores produzirão no setor que pagar 
o maior salário horário. 
Se PQ / aLQ > PV / aLV os trabalhadores 
produzirão somente Q. 
17/56 
As relações anteriores implicam que se o preço relativo do 
queijo ( PQ / PV ) for maior que seu custo de oportunidade 
(aLQ / aLV ), então a economia Local se especializará na 
produção de queijo. O salário é maior em Q e ninguém 
trabalhará no setor V. 
Se a economia desejar consumir os dois bens (em autarquia) 
deverá pagar o mesmo salário nos dois setores e o preço 
relativo será igual ao custo de oportunidade. 
Na ausência de comércio internacional, os dois bens serão 
produzidos, e portanto: 
 PQ / PV = aLQ /aLV = W 
Uma Economia de um Fator de Produção 
18/56 
Hipóteses do modelo: 
» Existem dois países no mundo (Local e Resto do Mundo 
– RDM). 
» Cada país produz dois bens (vinho e queijo). 
» A Mão de obra é o único fator de produção. 
» A oferta de mão de obra é fixa em cada país. 
» A produtividade da mão de obra é fixa na produção de 
cada bem. 
» Não há mobilidade internacional de mão de obra, nem 
custo de transporte. 
» Há concorrência perfeita em todos os mercados. 
» Todas as variáveis com o símbolo (*) representam o 
RDM. 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
19/56 
Vantagens Absolutas 
» Um país tem uma vantagem absoluta na produção se 
ele tiver um menor custo unitário de mão de obra do 
que o resto do mundo, em todos os bens. 
» Suponha que: aLQ < a*LQ e aLV < a*LV 
– Esta hipótese implica que o país Local tem uma 
vantagem absoluta na produção dos dois bens. Ou seja, 
o país Local é mais produtivo na produção dos dois 
bens que o RDM. 
–Mesmo que Local tenha vantagem absoluta nos dois 
bens, há vantagens do comércio internacional. 
O
padrão do comércio será determinado pelo 
princípio das vantagens comparativas. 
 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
20/56 
 
Um dos países pode ser mais eficiente na 
produção dos dois bens, mas terá uma 
vantagem comparativa somente em um 
único bem: aquele que usa de forma mais 
eficiente os recursos do país (menor custo 
de oportunidade), comparado com o uso 
alternativo em outro setor. 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
21/56 
Vantagem Comparativa 
» Assuma que: 
 aLQ /aLV < a
*
LQ /a
*
LV 
 
–Esta hipótese implica que o custo de oportunidade 
do queijo em termos de vinho é menor na economia 
Local do que no RDM. A economia local pode 
aumentar a produção de Q sacrificando pouca 
produção de V, quando comparado com o RDM. 
–Em outras palavras, na ausência de comércio, o 
preço relativo do queijo é menor na economia Local 
do que no RDM. 
 
O país local tem vantagens comparativas em queijo e 
exportará queijo em troca por vinho. 
22/56 
F* 
P* 
L*/a*LV 
L*/a*LQ 
Produção do RDM de vinho, 
Q*V , em litros 
Produção do RDM de 
queijo, Q*Q , em quilos 
+1 
Fronteira de possibilidades de produção do RDM 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
23/56 
Determinação do Preço Relativo com Comércio 
» O preço relativo ( PQ / PV ) com comércio depende da: 
– Oferta e a demanda relativa por queijo no mundo como 
um todo. 
– A Oferta relativa de queijo é a quantidade de queijo 
ofertada pelos dois países, a cada nível de preço, dividida 
pela quantidade de vinho ofertada: 
 (QQ + Q
*
Q )/(QV + Q
*
V).
 
– A demanda relativa de queijo é um conceito semelhante: 
a demanda relativa de queijo diminui com o aumento do 
preço relativo do produto. 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
24/56 
A Oferta Relativa 
Não há oferta de Q se o preço relativo de Q 
for menor que aLQ / aLV 
»Os dois países se especializarão em V, por 
que o preço relativo de Q é menor que o 
custo de oportunidade. 
Quando PQ / PV = aLQ / aLV os trabalhadores 
do país local recebem o mesmo salário nos 
dois setores e produzirão os dois bens. O 
RDM produzirá somente V. 
25/56 
Quando PQ / PV > aLQ / aLV o país Local se 
especializa em Q e o RDM em V (segmento 
vertical). 
Quando PQ / PV > a*LQ/ a*LV , os dois países 
se especializarão na produção de Q. 
A Oferta Relativa 
26/56 
2 
DR' 
DR 
1 
Q' 
aLQ/aLV 
a*LQ/a
*
LV OR 
Oferta e Demanda Relativa Mundial 
Preço 
Relativo do queijo, PQ /PV 
Quantidade Relativa 
 De queijo, QQ + Q
*
Q 
 QV + Q
*
V 
L/aLQ 
L*/a*LV 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
27/56 
Os Ganhos do Comércio Internacional 
»Se os países se especializarem de acordo com suas 
vantagens comparativas, ambos ganharão com o 
comércio internacional. Cada país se especializa no 
produto que usa os fatores de produção de forma 
mais eficiente e se usa a renda para comprar bens. 
»No país local, os trabalhadores tem aumento de 
renda, pois PQ sobe com o comércio internacional. 
O mesmo acontece com o RDM. 
» Isto pode ser visto de duas maneiras: comércio 
pode ser entendido como uma nova maneira de 
produzir bens e serviços ou como uma forma de 
ampliar as opções de consumo do país (o comércio 
aumenta as possibilidades de consumo dos países). 
28/56 
»Uma maneira de explicitar os ganhos do comércio 
pode ser visto pela forma que o comércio afeta o 
consumo em cada um dos países. 
»A fronteira de possibilidades de consumo explicita o 
máximo de consumo que um país atinge de um dos 
bens, fixada a quantidade do outro bem. 
»Na ausência de comércio, a curva de possibilidades 
de consumo coincide com a curva de possibilidades 
de produção. 
»O comércio amplia as possibilidades de consumo 
nos dois países, porque aumenta a produção 
mundial. O mundo usa os recursos de forma mais 
eficiente. 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
29/56 
O Comércio amplia as Possibilidade de Consumo 
T 
F 
P 
T* P* 
F* 
(a) Local (b) RDM 
Quantidade 
de vinho, QV 
Quantidade 
queijo, QQ 
Quantidade 
de vinho, Q*V 
Quantidade 
queijo, Q*V 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
30/56 
O país Local é mais eficiente nos dois bens, mesmo assim 
existem vantagens do comércio internacional 
Necessidades de Mão de Obra por Unidade de Produto 
Queijo Vinho
Economia Doméstica aLQ = 1 hora por quilo aLV = 2 horas por litro
Economia Estrangeira a
*
LQ = 6 horas por quilo a
*
LV = 3 horas por litro
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
aLQ / aLV = 1/2 < a*LQ / a*LV= 2 
 
Em equilíbrio, o preço relativo do queijo precisa estar 
entre estes dois valores. Assuma que PQ /PV = 1 
31/56 
O exemplo anterior implica que: 
 aLQ / aLV = 1/2 < a
*
LQ / a
*
LV = 2 
» Em equilíbrio, o preço relativo do queijo precisa estar 
entre estes dois valores. Assuma que PQ /PV = 1 litro de 
vinho por quilo de queijo. 
 
Os dois países irão se especializar a ter ganhos 
decorrentes desta especialização. 
» Considere o pais local, que pode obter mais vinho 
através da produção doméstica ou produzindo queijo e 
trocando por vinho. 
 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
32/56 
»Na economia doméstica pode se utilizar 
uma hora de trabalho para produzir 1/aLV 
= 1/2 litro de vinho – na ausência de 
comércio. 
»Alternativamente, ele pode usar uma hora 
de trabalho para produzir 1/aLQ = 1 quilo 
de queijo, vender esta quantidade para o 
RDM, e obter 1 litro de vinho. 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
33/56 
» Na ausência de comércio, o RDM pode utilizar uma 
unidade de mão de obra para produzir 1/a*LQ = 1/6 
de quilo de queijo usando sua própria tecnologia. 
» Com comércio, o RDM pode usar uma unidade de 
mão de obra para obter 1/a*LV = 1/3 de litro de vinho. 
» Como o preço mundial de vinho é PV / PQ = 1 quilo de 
queijo por litro de vinho, o RDM pode obter 1/3 de 
quilo de queijo que é maior que 1/6 de quilo. 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
34/56 
Salários Relativos 
»Como existem diferenças tecnológicas 
entre os países, o comércio 
internacional não equalizará os salários 
dos dois países. 
»O país que tiver vantagens absolutas 
nos dois bens terá o maior salário 
depois do comércio. 
O Comércio em um Mundo de Um Fator 
35/56 
» Isto pode ser visto por um exemplo numérico: 
 
– Suponha que PQ = R$12 e PV = R$12. Portanto, 
PQ / PV = 1 como no exemplo anterior. 
– Como o país Local se especializa em queijo, seu 
salário será (1/aLQ)PQ = ( 1/1)R$12 = R$12. 
– Como o RDM se especializa em vinho, seu salário será 
dado por (1/a*LV) PV = (1/3)R$12 = R$4. 
– Portanto, o salário relativo do país local será 
R$12/R$4 = 3. 
– Portanto, o país com a maior vantagem absoluta terá 
o maior salário depois do comércio. 
Salários Relativos 
36/56 
Salários Relativos 
O salário relativo está entre a relação de 
produtividade de cada indústria. 
» O país local é 6/1 = 6 vezes mais produtivo na 
produção de Q, mas somente 3/2 = 1.5 vezes mais 
produtivo na produção de vinho. 
» O país local tem um salário 3 vezes maior do que o 
RDM. 
Cada país tem uma vantagem de custo na produção. 
» Os salários altos podem ser compensados por alta 
produtividade. 
» O custo da baixa produtividade é compensado por 
baixos salários. 
37/56 
Salários Relativos 
38/56 
Produtividade e Competitividade 
» Mito 1: O livre comércio é benéfico somente se o país é 
suficientemente forte para enfrentar a concorrência 
externa. 
– Este argumento desconsidera que o comércio é baseado 
no conceito de vantagens comparativas e não absolutas. 
O Argumento
do Empobrecimento do Trabalho 
» Mito 2: A concorrência externa é desleal e prejudica 
outros países, quando baseada em salários baixos. 
–O exemplo indica que o RDM tem salários menores, mas 
mesmo assim ambos ganham com o comércio. O 
relevante é a vantagem comparativa. (argumento 
utilizado por sindicatos em países ricos). 
Concepções Equivocadas sobre Vantagens 
Comparativas 
39/56 
Exploração 
» Mito 3: O comércio piora a situação dos 
trabalhadores em países com salários mais 
baixos. 
– Na ausência de comércio, estes trabalhadores 
estarão em uma situação pior. 
– Excluir o comércio significa condenar os pobres a 
continuar no mesmo nível de renda. 
 
Concepções Equivocadas sobre Vantagens 
Comparativas 
40/56 
Construção do Modelo 
» Os dois países consomem e podem produzir um grande 
número, N, de bens. Ordenam-se os bens de acordo 
com a produtividade relativa da mão de obra. 
Salários Relativos e Especialização 
» O padrão de comércio depende da relação de salários 
entre o país Local e o RDM. 
» Os bens serão sempre produzidos no país com o menor 
custo. 
– Será mais barato produzir o bem i no país Local se w aLi 
< w*a*Li , ou rearranjando termos, se: 
 a*Li /aLi > w /w
* 
Vantagens Comparativas com Muitos Bens 
41/56 
Necessidade de Trabalho por Unidade de Produto 
Bem Necessidade de Trabalho Necessidade de Trabalho Vantagem da produtividade
País Local (aLi) País RDM (a*Li) doméstica relativa (a*L / aL)
Maçã 1 10 10
Banana 5 40 8
Caviar 3 12 4
Damasco 6 12 2
Espinafre 12 9 0,75
Vantagens Comparativas com Muitos Bens 
42/56 
Que bens cada país produzirá? 
» Um país terá uma vantagem de custo em 
qualquer bem para o qual sua produtividade 
relativa seja maior que o salário relativo, e o 
outro país terá vantagens nos outros bens. 
– se, por exemplo, w/w* = 3, o país Local produzirá 
maça, banana e caviar e o RDM produzirá 
damasco e espinafre. 
–Os dois países ganham com o comércio 
internacional. 
Vantagens Comparativas com Muitos Bens 
43/56 
 O salário local é 3 vezes o do RDM (ou o do RDM é 
1/3 do local). 
Uma unidade de damasco requer 12 horas no RDM, 
mas seu custo em termos de trabalho local (dada a 
relação 3 para 1) é de apenas 4 horas de um 
trabalhador (12/3); o custo para produzir no país local 
é de 6 horas. O país Local deve importar damasco. 
O RDM também ganha: produzir uma maça exige 10 
horas; mesmo com um salário de 1/3 do país local, 
são necessárias somente 3 horas do trabalhador do 
RDM para comprar uma maça do país local (W = 3 
W*). 
Vantagens Comparativas com Muitos Bens 
44/56 
Determinação do Salário Relativo no Modelo com 
muitos bens 
» Para determinar o salário relativo em um mundo com 
muitos bens é necessário examinar o que está por trás 
da demanda relativa por bens (i.e., a demanda derivada 
relativa por trabalho). 
» A demanda derivada relativa pelo trabalho do país Local 
depende negativamente da relação entre o salário Local 
e do RDM. A medida em que a mão de obra local fica 
relativamente mais cara: 
–Os produtos locais ficam mais caros e a demanda por 
esses bens e por mão de obra diminui. 
– A produção de alguns bens diminuirá, diminuindo a 
demanda por mão de obra. 
Vantagens Comparativas com Muitos Bens 
45/56 
Demanda Derivada de mão de obra 
Exemplo: se o salário local é 3,5 vezes o do RDM, o 
país Local produzirá maçãs, bananas e caviar. Se o 
salário relativo for para 3,99, o padrão de comércio 
não se alteraria, mas como os produtos locais estão 
mais caros, diminuiria a demanda por bens locais e 
por mão de obra. 
Se o salário relativo aumentasse para 4,01, mudaria o 
padrão de especialização e o RDM passaria a produzir 
caviar e haveria uma queda abrupta da demanda 
relativa de mão de obra (a produção de caviar cai a 
zero e o RDM ganha uma nova indústria) 
46/56 
3 
10 
Maça 
8 
Banana 
4 
Caviar 
2 
Damasco 
0.75 
Espinafre 
DR por mão de obra 
Determinação do Salário Relativo 
OR de mão de obra (fixa) 
Salário relativo, 
 w/w* 
Quantidade Relativa 
De mão de obra, L/L* 
Vantagens Comparativas com Muitos Bens 
47/56 
Existem três razões para que a especialização 
internacional não seja completa : 
» A existência de mais do que um fator de produção. 
» Os países protegem algumas indústrias da 
concorrência estrangeira. 
» Existem custos de transporte. 
A introdução de custos de transporte pode 
transformar alguns bens em não comercializáveis. 
Em alguns casos o transporte é impossível, ou 
proibitivo. 
» Exemplos: Serviços como corte de cabelo e de oficinas 
mecânicas não podem ser comercializáveis 
internacionalmente. 
Custos de Transporte e Bens não Comercializáveis 
48/56 
No exemplo anterior, o salário relativo era igual a 3. 
Um custo de transporte de 100% do custo de 
produção, inviabilizará o comércio para alguns 
produtos. 
O damasco requer 6 horas de trabalho local e 12 
horas no RDM. Com salário relativo de 3, 12 horas de 
trabalho do RDM equivalem a 4 horas de trabalho 
local. 
Com custo de transporte de 100%, importar damasco 
custaria 8 horas de trabalho local. 
O país Local produzirá o bem para consumo interno 
Custos de Transporte e Bens não 
Comercializáveis 
49/56 
O modelo de Ricardo prevê que os países 
exportarão bens para os quais a produtividade 
relativa é alta. 
A evidência empírica sugere que sim: a 
exportação relativa dos USA com relação à 
inglesa é explicada pela diferença de 
produtividade relativa entre os dois países. 
Os USA tinham vantagens absolutas em todos os 
26 setores industriais, mas as exportações eram 
relativamente menores nos setores menos 
produtivos dos USA. O importante são as 
vantagens comparativas. 
Evidência Empírica do Modelo de Ricardo 
50/56 
Produtividade e Exportações – Balassa (1963) 
Evidência Empírica do Modelo de Ricardo 
Relação entre 
exportações 
dos USA/Inglaterra 
Relação entre produtividade 
dos USA/Inglaterra 
 
51/56 
China e Alemanha - Produtividade e Produção em 1995
Produtividade Chinesa Produção total 
% da Alemã % da Alemanha
Todas as indústrias 5,2 71,6
Vestuário 19,7 802,2
Evidência Empírica do Modelo de Ricardo 
52/56 
Limitações do Modelo de Ricardo 
1. Especialização total 
2. Não há efeitos sobre a distribuição de renda 
3. Não contempla a dotação de fatores 
influenciando os padrões de comércio 
internacional. 
4.Não existe o efeito escala. 
53/56 
O modelo de Ricardo é o mais simples, mostrando 
que as diferenças entre países levam ao comércio e 
aos ganhos do comércio. 
 
Neste modelo, o trabalho é o único fator de produção 
e os países diferem apenas na produtividade do 
trabalho nas diferentes indústrias. 
 
Os países exportarão o bem no qual tem vantagem 
comparativa em termos de produtividade da mão de 
obra (e não vantagem absoluta). 
 
Resumo 
54/56 
Os ganhos do comércio podem ser vistos de duas 
maneiras : 
» Comércio é uma forma indireta de produção. 
» Comércio amplia as possibilidades de consumo de um 
país. 
 
A distribuição dos ganhos do comércio dependem do 
preço relativo dos bens que os países produzem. 
 
 
 
Resumo 
55/56 
Com muitos bens, é possível mostrar que os custos 
de transporte possibilitam o aparecimento de bens 
não transacionáveis internacionalmente. 
 
A previsão do modelo de Ricardo de que os países 
tenderão a exportar os bens nos quais eles tem uma 
produtividade relativa da mão de obra alta tem sido 
confirmada por muitos estudos empíricos. 
Resumo 
56/56 
Primeira pesquisa empírica 
 Discussão da evolução
do comércio 
mundial no período pós II Guerra 
Mundial/Participação do Brasil no 
Comércio Internacional. 
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