Prévia do material em texto
Caio Prado Junior, Formação Social do Brasil Contemporâneo. Parte 1 – Sentido da Colonização Até fins do séc XIV, e desde a constituição da monarquia, a história portuguesa se define pela formação de uma nova nação européia e articula-se na evolução geral da civilização do Ocidente de que fez parte, na luta que teve que sustentar para se constituir contra a invasão árabe que ameaçou o continente e sua civilização. Séc XV: Mudança de rumo. Portugal tinha constituído territorialmente um Reino e iria se transformar num país marítimo. Não tarda, com suas empresas e conquistas no ultramar, a se tornar uma grande potência colonial. Colonização brasileira sua síntese, seu sentido: resultado de antecedentes de 3 séculos de atividades colonizadoras que caracterizaram a história dos países europeus a partir do séc XV. Processos que acabam por integrar o Universo em toda a sua nova ordem que é a do mundo moderno, em que a Europa, ou antes, sua civilização, se estenderia dominadora por toda parte. A colonização Portuguesa na América não é um fato isolado sem precedente, mas uma parte de um todo. A colonização do Brasil, por estarmos acostumados com esse fato, aparece como conseqüência do descobrimento. A iniciativa, os motivos que inspiraram e determinaram a colonização do Brasil, os rumos que tomou em virtude dos impulsos iniciais se perderam de vista. Porém a consideração de todas aquelas circunstâncias, do caráter que Portugal, impelido por elas dará à sua obra colonizadora, se gravarão profunda e indelevelmente na formação e evolução do país. Expansão Marítima na Europa depois do séc XV descobrimento e colonização da América se origina de simples empresas comerciais levadas a efeito pelos navegadores daqueles países. Deriva do desenvolvimento do comércio continental europeu. No séc XIV outra rota ligará os pólos de comércio do Mediterrâneo e do Mar do Norte: será a marítima que contorna o continente pelo Gibraltar. O primeiro reflexo disso foi deslocar a primazia comercial dos territórios centrais do continente (por onde passava a antiga rota), para aqueles que formam sua fachada oceânica: Holanda, Inglaterra, Normândia, Bretanha e Península Ibérica. Disso, derivará o novo sistema de relações internas do continente e posteriormente, a expansão marítima. Papel pioneiro: Portugal Melhores situados geograficamente. Procurando empresas que não encontrassem concorrentes mais antigos e já instalados, e para que contava com vantagens geográficas apreciáveis: Costa ocidental da África (traficavam com os mouros que dominavam populações indígenas), Ilhas (Cabo Verde, Madeira, Açôres), e seguem para o Sul da África, isso até a primeira metade do séc. XV. Queriam atingir o Oriente contornando a África, para o contato direto com as Índias das preciosas especiarias, cujo comércio fazia a riqueza das repúblicas italianas e dos mouros. Espanhóis lançam-se ao mar depois dos portugueses e escolhem a rota do Ocidente para atingir o Oriente. Descobrem a América. Só ficarão de fora da grande navegação oceânica aqueles que dominavam o antigo sistema comercial terrestre ou mediterrâneo e cujas rotas iam passando para o segundo plano: mal situados, geograficamente, com relação às novas rotas, e presos a um passado que ainda pesava sobre eles, serão retardatários da nova ordem. Alemanha, Itália. Tudo que ocorre são incidências da imensa empresa comercial a que se dedicam os europeus a partir do séc. XV. É sempre como traficantes que os vários povos da Europa abordarão cada uma daquelas empresas que lhes proporcionarão sua iniciativa, seus esforços, o acaso e as circunstâncias do momento em que se achavam. No início, América era um obstáculo oposto à realização de seus planos e que deveria ser contornado. Inicialmente, não havia a idéia de povoar. Como o comércio era o interesse, o continente americano vazio foi desprezado. Por outro lado, o Oriente era prestigiado, onde não faltava objeto para atividades mercantis. Até então a idéia de ocupar era feita com agentes comerciais, funcionários e militares para a defesa, organizados em feitorias destinadas a mercadejar com os nativos e servir de articulação entre as rotas marítimas e os territórios ocupados. Ocupar com povoamento efetivo só surgiu como contingência, necessidade imposta por circunstâncias novas e imprevistas. América: território primitivo habitado por rala população indígena uncapaz de fornecer qualquer coisas realmente aproveitável. Para os fins mercantis, a ocupação não poderia ser feita como nas simples feitorias, com um reduzido pessoal incumbido apenas do negócio, sua administração e defesa armada; era preciso ampliar estas bases, criar um povoamento capaz de abastecer e manter as feitorias que se fundassem e organizar a produção dos gêneros que interessassem ao seu comércio. A idéia de povoar surge daí, e só daí. Nisso, Portugal também foi um pioneiro. Primeiros passos: nas Ilhas do Atlântico. Era preciso povoar e organizar a produção: Portugal realizou esses objetivos brilhantemente. Problemas do novo sistema de colonização envolvendo a ocupação te territórios quase desertos e primitivos, terão feição variada, dependendo em cada caso das circunstâncias particulares com que se apresentam. A primeira delas será a natureza dos gêneros aproveitáveis que cada um daqueles territórios proporcionará. A princípio: produtos espontâneos, extrativos. Madeiras de construção ou tinturarias (pau-brasil), peles de animais e pesca no Extremo-Norte. Espanhóis encontram metais preciosos, ouro e prata no México e no Peru. Os metais, base suficiente para o sucesso de qualquer empresa colonizadora, ocupam, na formação da América senão um lugar relativamente pequeno. Impulsionarão o estabelecimento e ocupação das colônias espanholas citadas, mais tarde, já no séc. XVIII, intensificação a colonização na América do Sul e a levarão para o centro do continente. Depois, em substituição, viria uma base econômica mais estável, mais ampla: a agricultura. Duas áreas diversas da América: zona temperada, tropical e a subtropical. A primeira, compreende o território americano não ofereceu nada de muito interessante e por muito tempo permanece adstrita à exploração de produtos espontâneos: madeiras, peles, pesca. Se povoou esta área por circunstâncias especiais: situação interna da Europa, em particular da Inglaterra, as suas lutas político-religiosas, que desviam para a América as atenções de populações que não se sentem à vontade e vão procurar ali abrigo e paz para as suas convicções. Região preferida por quem não buscava “fazer a América”, mas abrigar-se. Fator econômico para esse tipo de emigração: transformação econômica sofrida pela Inglaterra no séc. XVI. É a deslocada em massa dos campos, que de cultivados se transformam em pastagens para carneiros cuja lã iria abastecer a nascente indústria têxtil capitalista. Essa colonização toma um caráter totalmente apartado dos objetivos comerciais. Os colonos dessa categoria têm em vista construir um novo mundo, uma sociedade que lhes ofereça garantias que no continente de origem já não lhes eram dadas. Seja por motivos religiosos ou econômicos. Desse povoamento resultará uma sociedade que embora com caracteres próprios, terá semelhança pronunciada à da Europa. Área subtropical e tropical: Condições naturais diferentes do habitat dos povos colonizadores, repelem o colono que vem como simples povoador, da categoria daquele que procura a zona temperada. A explicação para isso é as circunstâncias que os primeiros povoadores vieram a encontrar a América. São trópicos brutos, e indevassados que apresentam uma natureza hostil, semeada de obstáculos imprevisíveis sem conta para que o colono europeu não estava preparado e contra que não contava com nenhuma defesa. Falta de predisposição de adaptação dos primeiros colonos. Para se estabelecer nos trópicos, o colono precisava de um incentivo maior que os que o impelem para a zona temperada. A diversidade de condições naturais, em comparação com a Europa, que poderiaser um empecilho ao povoamento, se revelou como um forte estímulo. Tais condições proporcionarão aos países da Europa a obtenção de gêneros que lá fazem falta, como o açúcar, que era artigo de grande raridade e grande procura. A América poria à disposição da Europa, em tratos imensos, territórios que só esperavam a iniciativa e o esforço do Homem. É isto que estimulará a ocupação dos trópicos americanos. Mas trazendo este agudo interesse, o colono europeu não traria com ele a disposição de pôr-lhe a serviço, neste meio tão difícil e estranho, a energia do seu trabalho físico. Viria como dirigente da produção de gêneros de grande valor comercial. Outros trabalhariam para ele. O europeu só virá, de livre e espontânea vontade, se puder ser um dirigente. Mais uma circunstância dessa discriminação: caráter da exploração agrária nos trópicos. Será em larga escala; grandes unidades produtoras – engenhos, fazendas, plantações - que reunirão um número relativamente avantajado de trabalhadores. Para cada proprietário haveria muitos trabalhadores subordinados e sem propriedade. A grande maioria dos colonos estava assim nos trópicos condenada a uma posição dependente e de baixo nível; ao trabalho em proveito de outros e unicamente para existência própria de cada dia. Até que se adotasse a mão de obra escrava, muitos colonos tiveram que se sujeitar, à contragosto, à condição de trabalhadores, pois estavam ávidos de partir para a América, ignorando muitas vezes seu destino certo, ou decididos a um sacrifício temporário. Em troca do transporte vendiam seu serviço por um certo tempo. Outros eram deportados ou menores abandonados. Tipo e trabalho que ocorreu em algumas colônias inglesas. É uma escravidão temporária que será substituída inteiramente, em meados do séc. XVII, pela definitiva de negros importados. Se não se libertavam da condição de trabalhadores, os colonos emigravam para as áreas temperadas. Nas colônias do Brasil e nas demais tropicais, não houve trabalhador branco. Em Portugal ou na Espanha, não havia braços disponíveis dispostos a emigrar a qualquer preço. Portugal: empregava-se mão de obra escrava primeiro dos mouros, depois dos prisioneiros de guerras do domínio do Norte da África, negros africanos. Além disso, encontraram nas suas colônias os indígenas que aproveitaram como trabalhadores. Logo, a zona temperada configurou colônias propriamente de povoamento, escoadouro para excessos demográficos da Europa que reconstituem no novo mundo uma organização e uma sociedade à semelhança do seu modelo e origem europeus. Nos trópicos, surgirá uma sociedade com um acentuado caráter mercantil, a empresa do colono branco, que reúne natureza pródiga em recursos aproveitáveis para a produção de gêneros de grande valor comercial, o trabalho recrutado entre raças inferiores que domina: indígenas ou negros africanos importados. No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada à explorar recursos naturais. Este é o sentido da colonização tropical, do qual o Brasil é uma das resultantes. Essência de nossa formação: nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros, mais tarde diamantes, depois algodão, em seguida café, para o comércio europeu. É com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para fora do país e sem atenção a considerações que não fossem o interesse daquele comércio, que se organizarão a sociedade e a economia brasileira. Parte 2 – Economia O “sentido” é o de uma colônia destinada a fornecer ao comércio europeu alguns gêneros tropicais ou minerais de grande importância: o açúcar, algodão, ouro... A nossa economia de subordina inteiramente a este fim, i. e., se organizará e funcionará para produzir e exportar aqueles gêneros. Tudo mais que nela existe será subsidiário e destinado unicamente a amparar e tornar possível a organização daquele fim especial. Organização da produção de tais gêneros: na agricultura, o elemento fundamental será a grande propriedade monocultural trabalhada por escravos. Esse tipo de organização não resulta de uma escolha, alternativa eleita entre outras que se apresentavam à colonização. A colonização portuguesa foi estritamente levada pelas circunstâncias em que se processou, e sofreu as contingências fatais criadas pelo conjunto das condições internas e externas que acompanham a obra aqui realizada por ela. A grande exploração agrária – o engenho, a fazenda – é conseqüência natural e necessária de tal conjunto: resulta de todas aquelas circunstâncias que concorrem para a ocupação e aproveitamento deste território que havia de ser o Brasil. Os três caracteres, a grande propriedade, monocultura, trabalho escravo, são formas que se combinam e completam. O colono europeu que procura os trópicos e nele permanece é o explorador, empresário de grande negócio. No início, grandes áreas de terra são concedidas. As “sesmarias”, nome dado às concessões, se alargaram por espaços muito grandes. Os emigrantes não aceitariam levar vida mesquinha de camponês, não receberiam outra coisa. Boa parte dos colonos era de origem nobre ou fidalga – ou influída por eles, uma vez que formam o contingente que o Reino dispõe para formar suas empresas ultramarinas, tal política se orienta desde o começo no sentido de construir um regime agrário de grandes propriedades. A grande propriedade lavrada por trabalhadores dependentes, sejam escravos ou assalariados, representa o sistema de organização agrária que sempre acaba dominando nos trópicos. Combinam-se as dificuldades que o meio natural oferece ao trabalho de indivíduos isolados, sobretudo quando se trata ainda de desbravamento, com as exigências técnicas da exploração tropical (aparelhamento necessário, organização das atividades), para fazer predominar aquele sistema. Nas colônias de clima temperado, estabelece-se a pequena propriedade do tipo camponês (há exceções, como Nova Iorque). Ao sul da baía de Delaware, nesta planície litorânea úmida e quente onde já nos encontramos num meio físico de natureza subtropical, estabelece-se pelo contrário a grande propriedade trabalhada por escravos, a plantation. A influência dos fatores naturais é tão sensível nesta discriminação de tipos agrários, que ela se acaba impondo mesmo quando o objetivo inicial e deliberado de seus promotores é outro. A monocultura acompanha necessariamente a grande propriedade tropical; os dois fatos são correlatos e derivam das mesmas causas. A agricultura tropical tem por objetivo único a produção de certos gêneros de grande valor comercial e por isso altamente lucrativos. É fatal portanto que todos os esforços sejam canalizados para aquela produção, mesmo porque o sistema de grande propriedade trabalhada por mão-de-obra inferior, como é a regra nos trópicos, não pode ser empregada numa exploração diversificada e de alto nível técnico. Instala-se no Brasil o trabalho escravo. Portugal não contava com população suficiente para abastecer sua colônia de mão-de-obra e o português não emigra para os trópicos, em princípio, para se engajar como simples trabalhador assalariado do campo. A escravidão torna-se assim necessidade: o problema e a solução foram idênticos em todas as colônias tropicais e subtropicais da América. Essa exigência que explica o renascimento da escravidão na civilização ocidental. A princípio, utilizaram-se os índios. No Brasil ele é mais escasso, e sobretudo ineducado para o sistema de trabalho organizado que exige a agricultura colonial. O africano o substituirá sempre que possível. Completam-se assim, os três elementos constitutivos da organização agrária no Brasil colonial: a grande propriedade, a monocultura e o trabalho escravo. Estes três elementos se conjugam num sistema típico, a “grande exploração rural”, i.e., a reunião numa mesma unidade produtora de grande número de indivíduos; é isto que constitui a célula fundamental da economia agráriabrasileira. O que se dá no Brasil é a grande propriedade mais grande exploração. A mineração adotará uma organização idêntica a da agricultura (exceto pelas distinções de natureza técnica). É ainda exploração de larga escala que predomina: grandes unidades trabalhadas por escravos. O terceiro setor das atividades fundamentais da economia brasileira é o extrativo. Quase exclusivamente no vale do Amazonas, se organizará de forma diferente, porque não terá por base a propriedade territorial. Colheita de produtos espontâneos: os colhedores têm liberdade de se dirigir onde lhe convinha na floresta. Trata-se de uma exploração-primitiva e rudimentar, um primeiro esboço de organização econômica que não será ultrapassada até o fim da era colonial. Porém, ainda encontra-se aí o empresário (embora não dono de terras) que dirige e explora. Outras atividades, como a pecuária, pertencem a outra categoria, de segunda ordem. Trata-se de atividades subsidiárias destinadas a amparar e tornar possível a realização das primeiras. Não têm vida própria, autônoma. Organização econômica da colônia: grande unidade produtora, seja agrícola, mineradora ou extrativa (esta última móvel no espaço e instável no tempo) com um número relativamente avultado de trabalhadores subordinados sob as ordens e no interesse do empresário. É isto que precisamos sobretudo considerar, porque é nesse sistema de organização do trabalho e da propriedade que se origina a concentração extrema da riqueza que caracteriza a economia colonial. São estes, em suma, os característicos fundamentais da economia colonial brasileira: de um lado, esta organização da produção e do trabalho, e a concentração de riqueza que dela resulta; do outro, sua orientação, voltada para o exterior e simples fornecedora do comércio internacional. O fato elementar do crescimento da população já constitui por si só um fator de transformação, porque determina a constituição e desenvolvimento do mercado interno, e com ele, de um setor econômico propriamente nacional, i.e., orientado já não exclusivamente para a exportação, mas para as necessidades do país. Com o tempo, este setor ganha importância. Mas em substância, nas linhas gerais e fundamentais da sua organização econômica, o Brasil continuava, três séculos depois do início da colonização, aquela mesma colônia visceralmente ligada (já não subordinada política ou administrativamente) à economia da Europa; simples fornecedora de mercadorias para o seu comércio. Empresa de colonos brancos acionada pelo braço de raças estranhas, dominadas mas ainda não fundidas na sociedade colonial. As colônias existem e são estabelecidas em benefício exclusivo da metrópole; este benefício se realiza pela produção e exportação, para ela, de gêneros que necessita, não só para si própria, mas para comerciar com o supérfluo no estrangeiro; o povoamento e organização das colônias devem subordinar-se a tais objetivos, e não lhes compete se preocuparem com atividades que não interessem o comércio metropolitano. Conseqüência final: forma com que tomou a evolução econômica da colônia. Uma evolução cíclica, tanto no tempo como no espaço, em que se assiste sucessivamente a fases de prosperidade estritamente localizadas, seguidas, depois de um lapso de tempo, do aniquilamento total. A evolução cíclica tem origem no caráter da economia analisado. É em bases precárias que se assenta. Não constitui uma infra-estrutura própria de uma população que nela se apóia e a mantém, o sistema de colonização da produção e distribuição de recursos para a subsistência material dela; mas um “mecanismo”, de que aquela população não é senão o elemento propulsor, destinado a manter seu funcionamento em benefício de objetivos completamente estranhos. Basta que a conjuntura internacional se desloque, ou que se esgotem os recursos naturais disponíveis, para que aquela população decline e pereça, tornando impossível manter a vida que alimentava. Da economia brasileira, em suma, o que se destaca e lhe serve de característica fundamental é: de um lado, sua estrutura, um organismo meramente produtor, e constituído só para isto; um pequeno número de empresários e dirigentes que semeiam tudo, e a grande massa da população que lhe serve de mão-de-obra. Doutro lado, no funcionamento, um fornecedor do comércio internacional dos gêneros que este reclama e de que ela dispõe. Finalmente, sua evolução, e como conseqüência daquelas feições, a exploração extensiva e simplesmente especuladora, instável no tempo e no espaço, dos recursos naturais do país. É isto a economia brasileira nesse momento de sua história.