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5-Roteiro Site-Financeiro-1ª p.2ª ed-2012

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Enviado por EDILENE SANTOS em

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Direito Financeiro Esquematizado 
Thatiane Piscitelli 
1ª para 2ª edição, 2012 
 
 
P. 50 – Atualizar o texto do item 2.2.3 pela redação abaixo: 
 
2.2.3. A natureza do orçamento: impositiva ou facultativa? 
Por fim, como último tópico desta parte mais geral sobre as leis orçamentárias, 
deve‐se  tratar do debate acerca da  impositividade, ou não, do orçamento público. A 
questão aqui é a de saber se as disposições relativas a receitas e despesas deverão ser 
necessariamente cumpridas pelo Poder Público ou, ao contrário, se se trata de mera 
sugestão de gastos, sem que haja o dever legal de implementá‐los. 
Sobre  isso  deve‐se  dizer  que,  no  Brasil,  o  orçamento  é,  via  de  regra, 
autorizativo e não  impositivo. Desse modo, o que se tem é mera previsão de gastos, 
que  serão  realizados  de  acordo  com  a  disponibilidade  das  receitas  arrecadadas  no 
exercício.  A  previsão  de  uma  dada  despesa  não  necessariamente  implica  sua 
realização,  já  que  o  Poder  Executivo  tem  a  discricionariedade  de  ajustar  os  gastos 
públicos diante das necessidades que se realizam ao longo do exercício. 
Contudo, mesmo que o orçamento não seja em geral impositivo, é importante 
destacar que grande parte das receitas do Estado tem destinação própria e, assim, está 
vinculada a finalidades específicas. Isso significa que, nesse aspecto, o orçamento é sim 
impositivo.  Como  exemplo,  cite‐se  os  casos  das  contribuições  destinadas  ao 
financiamento  da  Seguridade  Social:  todos  os  valores  arrecadados  em  função  do 
pagamento  de  tais  contribuições  necessariamente  serão  gastos  com  saúde, 
previdência  e  assistência  social,  que  são  as  necessidades  públicas  vinculadas  à 
Seguridade,  nos  termos  do  artigo  194  da  Constituição.  Sendo  assim,  reitere‐se:  do 
ponto  de  vista  das  receitas  das  contribuições,  o  orçamento  é  impositivo,  já  que  se 
verifica  vinculação  obrigatória  das  entradas;  não  há  grande  margem  para  a 
discricionariedade do Poder Público nesse aspecto. 
Nesse  sentido,  inclusive,  têm‐se  observado  manobras  legislativas  a  fim  de 
desvincular  parte  do  orçamento  das  contribuições  e,  desse  modo,  conferir  ao 
administrador  maior  liberdade  no  manejo  dessas  verbas.  Trata‐se  da  denominada 
“desvinculação  das  receitas  da  União”  (DRU),  cujo  início  se  deu  em  2000,  com  a 
publicação  da  Emenda Constitucional  nº  27,  que  acresceu  ao ADCT  o  artigo  76. De 
acordo com a redação original, tal desvinculação, que atingia 20% da arrecadação de 
impostos e contribuições sociais da União, já  instituídos ou não, deveria vigorar até o 
exercício de 2003,  sem que houvesse prejuízo às  transferências  constitucionalmente 
previstas,  decorrentes  da  repartição  da  arrecadação  de  impostos  entre  os  entes  da 
Federação.  Contudo,  o  que  se  viu  foram  prorrogações  sucessivas  de  referida 
desvinculação,  nos  termos  das  Emendas Constitucionais  42/2003,  56/2007  e  a mais 
recente 68/2011, que prorrogou a DRU até 31.12.2015. 
Nos  termos  da  Emenda  Constitucional  recém  aprovada,  permanecem 
desvinculados  de  órgão,  fundo  ou  despesa,  “20%  da  arrecadação  da  União  de 
impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos 
ou  que  vierem  a  ser  criados  até  a  referida  data,  seus  adicionais  e  respectivos 
acréscimos  legais”.  Na  mesma  linha  das  versões  anteriores,  a  repartição  da 
arrecadação de impostos não será afetada, nem sequer a arrecadação da contribuição 
social ao salário‐educação, prevista no artigo 212, § 5.o da Constituição Federal.  
Isso  posto,  podemos  concluir  que  a  criação  e  manutenção  da  DRU  apenas 
corrobora o fato de que o orçamento no Brasil, em que pese não impositivo, apresenta 
pouca margem de  liberdade para o administrador, já que uma parte considerável das 
receitas é vinculada. Não obstante,  isso não pode  ser visto  como uma  característica 
suficiente para alterar os efeitos das leis orçamentárias: mesmo com algumas receitas 
vinculadas, de um ponto de vista geral o orçamento é autorizativo e não  impositivo, 
embora, reitere‐se, haja impositividade em relação a algumas receitas. 
Feitas  essas  considerações,  cumpre  passar  para  a  análise  mais  específica  de 
cada  uma  das  leis  orçamentárias  e  do  respectivo  regramento  tanto  na Constituição 
quanto no texto da LRF. 
 
 
P. 100 – Substituir o segundo parágrafo pela atualização abaixo: 
 
Em  complementação,  o  §  4º  desse  mesmo  dispositivo  determina  que,  na 
hipótese de ausência da  lei complementar que regule as matérias definidas no artigo 
198 e, assim, prescreva as  regras e critérios de aplicação dos  recursos em  saúde, os 
mandamentos do artigo 77 do ADCT continuariam válidos, mesmo a partir de 2005.  
Recentemente, porém, foi aprovada no Congresso Nacional a regulamentação da 
EC 29/2000. Segundo o  texto, ainda pendente de sanção presidencial, a União deve 
direcionar para a saúde o montante de receitas aplicado no ano anterior, acrescido da 
variação nominal do PIB dos dois anos anteriores ao que se referir a lei orçamentária. 
Para Estados e Municípios, os percentuais mínimos de aplicação serão de 12% e 15%, 
como  já  previsto  no  ADCT,  e  para  o  Distrito  Federal,  12%  ou  15%,  a  depender  da 
natureza da receita – se tributo estadual ou municipal. 
 
P. 178 – Inserir ao final do último parágrafo: 
 
Vale  ressaltar que a Lei nº 12.431/2011, em  seus artigos 30 a 44, detalhou a 
disciplina da compensação de tributos federais com precatórios.

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