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1 LCT-EPUSP CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE MATÉRIAS PRIMAS MINERAIS AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS por Prof. Dr. Henrique Kahnpor Prof. Dr. Henrique Kahn LCT-EPUSP AMOSTRAGEM: Amostragem - conceitos; Amostragem em laboratório: • Objetivos • Granulação da amostra • Procedimentos de preparação • Fontes de erro • Controle e aferição de qualidade LCT-EPUSP AMOSTRAGEM - DEFINIÇÃO Ato ou processo de seleção de amostras para ser analisada como representativa de um todo. Inclui as etapas de coleta, manuseio, preparação e determinação dos parâmetros de interesse. LCT-EPUSP Universo: fonte total dos dados ou parâmetros de interesse para o programa de amostragem; Amostra: unidade de amostragem, parte distinta do universo, indivisível em unidades elementares, sobre a qual são feitas as medidas dos parâmetros do universo; População: conjunto de medidas de um dado parâmetro ou atributo obtidas em todas as unidades amostradas, ou unidades que foram selecionadas do universo de interesse. LCT-EPUSP AMOSTRAGEM - OBJETIVOS Obtenção de um incremento discreto que represente, o melhor possível, um universo heterogêneo, normalmente com variações contínuas de suas propriedades. LCT-EPUSP AMOSTRAGEM - ERROS Amostragem de materiais heterogêneos é um processo de seleseleçção ao acasoão ao acaso, e, portanto, contém um erro intrerro intríínseconseco advindo da heterogeneidade do universo heterogeneidade do universo amostradoamostrado. 2 LCT-EPUSP PLANEJAMENTO DA AMOSTRAGEM Clara definição dos objetivos da investigação Definição da população a ser amostrada Determinação de atributos a serem determinados Escolha da unidade de amostragem, método de medida e tamanho da amostra Controle de qualidade e avaliação dos resultados LCT-EPUSP MÉTODOS DE AMOSTRAGEM Amostragem aleatória: incrementos coletados sem padrão regular Amostragem sistemática: incrementos coletados a intervalos regulares, previamente estabelecidos; Amostragem estratificada: amostragem de populações com características distintas (estratos): • aleatória • sistemática LCT-EPUSP Amostragem aleatória Pontos: Linhas: Área: . . .. . . . . .. . . . . . . . . . .. . . LCT-EPUSP Amostragem sistemática Pontos: Linhas: Área: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LCT-EPUSP Amostragem estratificada Pontos Linhas Área Áleatória Sistemática . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . .. . . ... . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LCT-EPUSP AMOSTRAGEM EM LABORATÓRIO (Sub-amostragem) Retirada de uma porção da amostra primária, através de etapas de preparação, evolvendo redução de tamanho, homogeneização e fracionamento, até a obtenção de amostra final, com massa e granulometria adequadas para a realização de ensaios e/ou análises. 3 LCT-EPUSP VOLUME DA AMOSTRA Condicionantes principais: •• massa X granulamassa X granulaççãoão Tabelamentos empíricos Teoria de Pierre Gy LCT-EPUSP “Tamanho” da amostra Características da AmostraDiâmetro da maior partícula (mm) Muito pobre ou muito uniforme Pobre ou uniforme Médios Rico ou spotty Muito rico ou exclusivamente spotty Ouro 203 9.600 32.000 127 3.800 12.500 102 2.400 8.000 40.000 51 600 2.000 10.000 26.000 5.000 38 350 1.150 5.000 14.000 2.500 25 150 500 2.500 6.500 1.000 19 85 300 1.400 3.600 500 13 35 125 600 1.600 200 6,4 10 30 150 400 14.000 100 3,2 2,5 8,5 43 110 3.800 38 1,68 0,5 2,0 11 30 900 1,20 0,4 1,0 5 14 500 13 0,84 0,2 0,5 3 7 250 5 0,60 0,08 0,3 1,5 3,5 120 2 0,42 0,04 0,2 0,7 1,7 60 0,5 0,30 0,02 0,1 0,3 0,9 30 0,21 0,01 0,03 0,2 0,4 15 0,15 0,005 0,02 0,1 0,2 7,5 0,10 0,003 0,01 0,05 0,1 4 0,074 0,002 0,005 0,02 0,05 Spotty – grande concentração do mineral útil em pontos preferenciais Determinação da massa mínima de amostra (kg) - Richards LCT-EPUSP Amostragem de materiais particulados - Teoria de Pierre Gy M = m.l.f.h.d3 / (Sa)2 onde: • M = massa em gramas • m = fator de composição mineralógica, em g/cm3; • l = fator liberação; • f = fator forma de partículas; • h = fator de distribuição de tamanho de partículas; • d = diâmetro da maior partícula, 90 a 95% passante (cm); • Sa = estimativa do erro total de amostragem, expresso como desvio padrão LCT-EPUSP Teoria de Pierre Gy m, fator de composição mineralógica: m = x.(100-x) ρ m = x.(100-x).[(x/100).ρa + (100-x).ρb /100] onde: ρ = peso específico da amostra; x = teor do mineral útil (%) ρa = peso específico do mineral útil; ρb = peso específico dom minerais de ganga. LCT-EPUSP Teoria de Pierre Gy l, fator de liberação mineral: se d ≤ dL ⇒ l = 1 ou se d > dL ⇒ l = √ dL/d sendo que I ≥ 0,03; onde: d = diâmetro da maior partícula na amostra (cm) dL = diâmetro de liberação do mineral útil (cm) LCT-EPUSP Teoria de Pierre Gy f, fator forma das partículas: f = 1,0 (cubo perfeito); f = 0,5 ( ≅ constante, valor prático adotado) h, fator de distribuição de tamanho das partículas: h = 0,25 material cominuído, sem remoção de finos; h = 0,50 material com remoção de fração fina; h = 1,00 todas as partículas com a mesma dimensão; 4 LCT-EPUSP Teoria de Pierre Gy m, f e h são constantes m.f.h = C Se: d > dL ⇒ l = √ dL/d M = C √ dL/d .d3/ (Sa)2 Se: d ≤ dL ⇒ l = 1 M = C d3/ (Sa)2 ⇒ (Sa)2 = ƒ d3 ⇒ (Sa)2 = ƒ d5/2 LCT-EPUSP Sub-amostragem (Gy) massa inicial = 1t d = 50mm 0.001 0.01 0.1 1 10 100 1000 10000 100000 1000000 0.01 0.1 1 10 100 Diâmetro de partículas (mm) m as sa d e am os tra (g ) Lib. 25mm Lib. 2,5mm Lib. 0,2mm Sa = constante LCT-EPUSP Sub-amostragem (Gy) massa inicial = 100 kg d = 30mm liber.=2,5mm 0.001 0.01 0.1 1 10 100 1000 10000 100000 0.01 0.1 1 10 100 Diâmetro de partículas (mm) m as sa d e am os tr a (g ) Sa = constante A.Q Ensaios LCT-EPUSP Planejamento da amostragem em laboratório (sub-amostragem) Objetivos Granulação da amostra • representatividade de amostra • massa mínima requerida para análise Procedimentos de preparação Fontes de erro Controle e aferição de qualidade LCT-EPUSP Sub-amostragem Procedimentos de preparação Redução da massa de amostra (amostradores): • operações de homogeneização e sub-amostragem Redução de granulação da amostra: • britagem: > 1/4” ou 6,3mm • moagem: < 1/4” ou 6,3mm • pulverização: < 0,1mm (análises químicas, etc) LCT-EPUSP Amostragem secundária - Granulação da amostra Determinação direta de parâmetros: • representatividade de amostra • massa mínima requerida para análise Ensaios tecnológicos: • textura e estrutura da amostra • liberação do mineral útil • natureza dos ensaios a serem realizados 5 LCT-EPUSP Granulação da amostra - Ensaios tecnológicos Textura e estrutura da amostra: • grau de coesão • grau de alteração • cristalinidade • tamanho de grãos / partículas • hábito cristalino • associações minerais / intercrescimento Definição da granulação de cominuição LCT-EPUSP Procedimentos de preparação - Redução de tamanho Britagem: • mandíbulas • cônico LCT-EPUSP Britadores de mandíbulas vista superior 20cm 8cm LCT-EPUSP Procedimentos de preparação - Redução de granulação da amostra Moagem em laboratório (< 1/4” ou 6,3mm): • moinho de rolos (seco) • moinho de martelos (seco) • moinho de impacto (seco) • moinho de bolas (seco ou úmido): carga de bolas de ferro carga de bolas de porcelana carga de seixos • moinho de barras (úmido) LCT-EPUSP Moinho de rolos vista superior LCT-EPUSP Moinho de rolos 6 LCT-EPUSP Moinhos de laboratório acionador de moinhos; barras bolas LCT-EPUSP Moinhos de laboratório barras bolas maior geração de finos mecanismos de moagem LCT-EPUSP Procedimentos de preparação - Redução de granulação da amostra Pulverização (análises químicas, etc): • Moinhos de disco • Moinhos de bolas - planetários e vibratórios • Moinhos oscilantes (panelas) • Almofarizes (mecânico e manual) LCT-EPUSP Moinho de disco Alimentação vista do interior LCT-EPUSP Moinho de bolas Planetário LCT-EPUSP Moinho de bolas Planetário Vibratório 7 LCT-EPUSP Moinhos oscilantes Amostras até 5kg Amostras até 0,25kg LCT-EPUSP Moinho oscilantes - Meios de moagem Adequação do meio face aos elementos de interesse LCT-EPUSP Procedimentos de preparação - Redução de massa da amostra Amostradores: • Amostrador Jones • Pilha cônica • Pilha alongada • Amostradores centrífugos • Amostradores de polpa LCT-EPUSP Amostrador Jones dmax. < A/6 A LCT-EPUSP Amostrador Jones LCT-EPUSP Amostrador Jones 1/2 1/4 1/8 1/2 1/4 + 1/2 1 1 Procedimento mais adequado1/16 8 LCT-EPUSP Amostragem por pilha cônica 1 2 3 4 LCT-EPUSP Amostragem por pilha cônica Pilha cônica achatada Divisão de pilha cônica LCT-EPUSP Amostragem por pilha alongada homogeneização retomada das extremidades redistribuição das extremidades retirada da alíquota final corte de porção da pilha caliquota > 1/10 cpilha LCT-EPUSP Amostradores centrífugos (incrementos) Equipamentos de bancada • reprodutibilidade em massa: desvio <1% LCT-EPUSP Equipamentos contínuos: • sólidos granulados; • polpas. Amostradores centrífugos LCT-EPUSP Amostradores de polpa (incrementos) 9 LCT-EPUSP AMOSTRAGEM EM LABORATÓRIO - Fontes de erros: PreparaPreparaççãoão Epreparação = E1 + E2 + E3 + E4 + E5 E1 = perdas por manuseio; E2 = contaminação por materiais estranhos; E3 = alteração de valores dos parâmetros a serem determinados (p.ex. segregação); E4 = erros aleatórios de manuseio (não intencionais); (troca de amostras, misturas de alíquotas diferentes, etc.) E5 = alteração intencional ⇒ viesamento LCT-EPUSP AMOSTRAGEM EM LABORATÓRIO - Fontes de erros: AnalAnalííticosticos Eanalíticos = Ea + Eb + Ec + Ed + Ee Ea = imperfeição intrínseca da alíquota a ser medida Eb = metodologia analítica não adequada; Ec = parâmetros fora dos limites de sensibilidade analítica; Ed = erros instrumentais de calibração; Ee = erros de manuseio / operacionais LCT-EPUSP Erros analíticos Erros aleatórios: variam em grandeza e sinal. São de difícil detecção, não havendo como introduzir meios de correção; Erros sistemáticos: apresentam grandeza e sinal definidos. Uma vez reconhecidos podem ser aplicados fatores de correção. LCT-EPUSP Erros analíticos Exatidão Precisão EXATIDÃO e PRECISÃO LCT-EPUSP SUB-AMOSTRAGEM Controle e aferição de qualidade: Balanço de massas; Balanço metalúrgico; Análises de duplicatas: • coleta de duas amostras (5 a 10% das amostras): ⇒ desvio de coleta + preparação + análise; • análise de duas alíquotas: ⇒ desvio de preparação + análise; • análise de uma alíquota em duplicata: ⇒ desvio de análise; Tratamento estatístico dos resultados.