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ABADIA DE FOSSANOVA, na Itália, onde morreu Tomás de Aqulno plano pela tradição agostiniana. que privilegia a atual condição humana decaída em detrimento da perfeição da Natureza criada por Deus. É o suficiente para tomar possível e necessária uma ciência como a física, ciência da Natureza, e para obrigar a repensar a concepção de política, reafirmando o caráter social do homem. A recepção da obra de Tomás de Aquino por seus contemporâneos esteve longe de gerar entusiasmo unânime. Em muitos meios, causou escândalo e algumas de suas teses chegaram a ser condenadas por bispos. Os francisca-nos apressaram-se a proibir a leitura da Suma de teologia (exceto para alunos muito inteligentes...) e passaram o século seguinte combatendo as concepções de Tomás. Para Guilherme de Ockham, o grande filósofo franciscano do século XIV, a ideia de teologia como ciência subalterna ao conhecimento que Deus tem de si é simplesmente "pueril". Mas o grave é que Tomás teria aprisionado Deus e os homens em determinações naturais que impediam que tanto a vontade divina como a humana fossem livres. No entanto, o campo de disputa, este foi determinado com rigor por Tomás: o da teologia e o da filosofia de Aristóteles. Nos séculos seguintes, o enorme sucesso científico do aristotelismo medieval e as disputas que gerou criaram as condições para a revolução filosófica, científica e religiosa que está na origem da modernidade, que nasce justamente por contraposição à escolástica de feitio aristotélico. É então, tardiamente, que, no Concílio de Trento (1545-1563), em plena Contra-Reforma, Tomás de Aquino, canonizado em 1323, torna-se o doutor por excelência da Igreja Católica. Desde então, o grande inovador passou a ser visto como o bastião da tradição. Só recentemente, em meados do século XX, os historiadores da filosofia o resgataram da imobilidade do altar em que havia sido depositada a Suma teológica. • PARA CONHECER MAIS Iniciação a Santo Tomás de Aquino. Sua pessoa e sua obra. Jean-Pierre Torrei. Trad. de L. P. Rouanet. Loyola, 1999. Lê thomisme: introduction a Ia philosophie de saint Thomas d'Aquin. Étienne Gilson. Vrin, 1965. CRONOLOGIA c. 1225 NASCIMENTO DE TOMÁS DE AQUINO. c. 1230 INICIA SEUS ESTUDOS NO MOSTEIRO BENEDITINO DE MONTE CASSINO. 1239 DEIXA o MOSTEIRO E VAI, EM SEGUIDA, PARA A UNIVERSIDADE DE NÁPOLES. 1243 TORNA-SE DOMINICANO, APESAR DA OPOSIÇÃO FAMILIAR. DEPOIS DE PASSAR UM ANO INTEIRO DETIDO POR SUA FAMÍUA, DESCONTENTE COM SUA OPÇÃO PÊLOS DOMINICANOS, CHEGA A PARIS E ESTUDA NO CONVENTO DE SAINT-JACQUES, SOB A ORIENTAÇÃO DO DOMINICANO ALBERTO MAGNO. 1248 É ORDENADO SACERDOTE E SEGUE PARA COLÓNIA (ALEMANHA), NA COMPANHIA DE ALBERTO MAGNO, QUE ASSUMIRA A DIREÇÃO DA FACULDADE ESTABELECIDA NO CONVENTO DOMINICANO LOCAL. 1252 TOMÁS DE AQUINO REGRESSA A PARIS, ONDE SE TORNA MESTRE EM TEOLOGIA. 1256 INICIA SUAS ATIVIDADES DOCENTES, EM UM CONVENTO DOMINICANO LIGADO À UNIVERSIDADE DE PARIS 1258-1264 ESCREVE A SUMA CONTRA OS GENTIOS. 1259 SEGUE PARA ROMA COMO CONSELHEIRO TEOLÓGICO DA CÚRIA PAPAL. 1265 DÁ AULAS, ATÉ 1267, NO CONVENTO DE SANTA SABINA, EM ROMA. c. 1266- ESCREVE A SUMA DE TEOLOGIA. 1273 -ÃO CHEGOU A TERMINAR. 1268 REGRESSA A PARIS, ONDE COMBATE A DIFUSÃO DO AVERROÍSMO. 1270 LANÇA o LTVRO CO.\TRA A\~EKXÓIS. 1272 RETORNA À ITÁUA PARA ESTABELECER UM CENTRO DOMINICANO DE ESTUDOS, NA UNIVERSIDADE DE NÁPOLES. 1274 MORRE NA ABADIA DE FOSSANOVA, ITALIA. www.mentecerebro.com.br PENSADORES DA ALM A E DAS PAIXÕES