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* * * Dos clássicos da Política aos clássicos da Sociologia: Durkheim * * * Emergência da sociedade capitalista: era das revoluções e novas ideologias I. Contexto histórico : Revolução Industrial e Revolução Francesa . Impactos sociais destas revoluções (século XVIII e XIX) - Generalização das relações mercantis: terra e trabalho se tornam mercadorias (através do cercamento dos campos e abolição da servidão) - Constituição da sociedade de indivíduos: homens livres, iguais e proprietários II. Surgimento de novas ideologias ou correntes de pensamento social 1)De um lado, afirmam-se as idéias que dão sentido e legitimam tais transformações: liberalismo. 2)De outro, assiste-se à reação ou rejeição parcial ou total da nova ordem social e da visão de mundo que a legitima. Tem-se ai duas correntes distintas: o conservadorismo e o radicalismo. * * * Três correntes disputam a explicação sobre a sociedade moderna, industrial ou capitalista LIBERALISMO Afirmação do individuo e de sua liberdade; Rejeição de todas as “amarras“ que limitam sua liberdade, sejam elas vindas do Estado ou da sociedade (nega-se o “social”) ou seja, supõe-se a existência de um indivíduo isolado e autônomo (sem constrangimentos de qualquer ordem, pessoal ou moral). Dimensão ética é abolida no pensamento Ação individual: movida pelo interesse e pela racionalidade Categorias enfatizadas pelo pensamento liberal: Indivíduo, Liberdade e Racionalidade * * * RADICALISMO(Marxismo) Rejeição do individualismo burguês, tanto ideologicamente, quanto como categoria de análise: indivíduo como mera personificação da classe social. -Rejeição da sociedade capitalista, onde impera a desigualdade social e a exploração da classe trabalhadora. Valorização da luta de classe como instrumento político (secular) para a construção de nova ordem social. * * * CONSERVADORISMO: reação ao individualismo Preocupação com os efeitos sociais “destrutivos” da sociedade industrial moderna: anomia social Ordem social é inerentemente desigual. Nada se pode fazer para mudar este “dado natural”. Reafirma o peso da sociedade sobre o indivíduo, isto é, o peso das normas e constrangimentos morais Sem pretender destruir a ordem social (daí, sua rejeição parcial à ordem capitalista), o pensamento conservador procura restabelecer ou revalorizar a dimensão moral, os laços de solidariedade e a cooperação na sociedade industrial moderna ( individualista ) para torná-la mais coesa ou menos anômica. * * * Impactos destas três correntes nos paradigma da Economia e da Sociologia. I. Confronto de paradigmas: Paradigma econômico sustenta-se inteiramente nas premissas liberais: Indivíduo que busca de forma racional alcançar (maximizar) o seu interesse, utilidade ou bem estar. Paradigma da Sociologia: primado do social sobre o indivíduo tem suas raízes tanto no conservadorismo (peso das normas morais) quanto no pensamento radical (peso dos determinismos econômicos e da classe social) * * * Outros impactos das ideologias sobre o conceito de ciência 2. A dimensão histórica na análise econmica e na análise sociológica A Ciência Econômica fundamenta-se na idéia de uma natureza humana imutável (egoísta ou auto-interessada) que é igual em toda parte e em qualquer tempo e, portanto em uma concepção ahistórica ( não há história propriamente dita). A Sociologia, ao enfatizar o peso da sociedade sobre o indivíduo, afirma a historicidade da vida social ou do indivíduo. O que varia segundo os autores é a explicação das características históricas de cada sociedade e do processo de mudança ou do fator que a explica. * * * Qual é o fato privilegiado na análise? Normas ou valores sociais x determinismo econômico? Explicações sociológicas diversas: Para Durkheim, a tipologia social é definida pelo tipo de solidariedade ou consenso social existente em cada sociedade: nas tradicionais predomina a solidariedade mecânica; nas modernas sociedades industriais (onde há a divisão social do trabalho) predomina a solidariedade orgânica. Para Marx, as sociedades se diferenciam em : sociedades escravocratas, feudais e capitalistas, isto é, pela forma de extração do excedente econômico. E elas se tanto transformam tanto pelo desenvolvimento das forças produtivas quanto pela luta de classes(“os homens fazem a história , mas não fazem como querem, fazem nas condições dadas da história”).