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COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br AULA 01: O CONTROLE ADMINISTRATIVO E aí pessoal, como vão os estudos? Espero que estejam animados e confiantes de que a aprovação está próxima. Para isso, vamos dar continuidade às nossas aulas de comércio internacional! No dia de hoje, iremos tratar de um tema bem específico da legislação aduaneira, que sempre foi cobrado em provas da Receita Federal do Brasil, mas que no concurso de 2005, contrariando todas as expectativas, não esteve presente no edital. No entanto, a expectativa é que esse ano ele possa vir a ser cobrado, considerando principalmente que boa parte das vagas de AFRFB e ATRFB deve ser para regiões de fronteira. Trata-se do controle administrativo no comércio exterior brasileiro, atividade de responsabilidade da Secretaria de Comércio Exterior. Mas o que vem a ser esse tal de controle administrativo? Qual a sua finalidade? Como ele é realizado? Quais são os órgãos competentes? Bem, com nós já sabemos, uma operação de comércio exterior tem implicações tributárias, através da aplicação das tarifas protecionistas e reguladoras das fronteiras econômicas nacionais. Por outro lado, por força do que estipulam as políticas econômica, industrial, sanitária e agrícola, ela também fica subordinada ao atendimento de regulamentações administrativas, corporificadas nos procedimentos de controles não-tarifários. Assim, efetivar uma importação ou exportação significa, além dos aspectos comerciais e fiscais, atender às exigências legais formuladas por diversos órgãos em suas áreas de competência. Assim, a importação de medicamentos por uma empresa brasileira, estará sujeita, por exemplo, a uma série de normas estabelecidas pela ANVISA. Uma importação de armamentos e munições se sujeitará à fiscalização pelo Exército Brasileiro. Da mesma forma, a importação de animais deverá atender a certas normas sanitárias. Tudo isso faz parte do controle administrativo do comércio exterior, que podemos definir como o conjunto de procedimentos realizados ante uma operação de comércio exterior tendentes a verificar o cumprimento de normas e exigências legais internas com a finalidade de tutelar bens COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br jurídicos importantes para o Estado, tais como a segurança nacional, a proteção ao consumidor e a saúde de pessoas, plantas e animais. O controle administrativo das operações de comércio exterior no Brasil é de responsabilidade da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC (SECEX), que o realiza em conjunto com diversos outros órgãos da administração pública federal, cada um dentro de sua esfera de competências. Para fins de concurso, não nos interessa aqui saber cada detalhe do controle administrativo, já que isso seria praticamente impossível. Imagine só você decorando normas da ANVISA ou do INMETRO! Com certeza não chegaremos a esse nível de detalhamento. O normativo legal que nos interessa de verdade é a Portaria SECEX nº 25/2008, complementada pelo Decreto nº 6759/2009 – Novo Regulamento Aduaneiro. Gostaria de sugerir aqui um método de estudo para que você aproveite nosso curso da melhor forma possível. Aqueles que já estudaram essa matéria em outra oportunidade, recomendo que tentem resolver as questões sem ler os comentários. Depois de resolvidas, confiram as suas respostas com os gabaritos e somente aí leiam os comentários, dedicando a máxima atenção possível. Já para aqueles que não têm um conhecimento prévio do assunto, sugiro que leiam as questões juntamente com os comentários e depois voltem refazendo as questões sem ver as respostas. Seguindo essa metodologia, acredito que todos terão condições de desfrutar o máximo possível do nosso curso. Então o que posso dizer agora é boa sorte! Feita essa rápida introdução vamos partir agora para as nossas questões! COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES COMENTADAS 1-(ACE – 2008) - No Brasil, como regra geral, as importações são sujeitas a licenciamento (automático e não-automático), estando deste dispensadas somente as importações amparadas em acordos preferenciais ou sujeitas a regimes aduaneiros especiais. ERRADA. Essa foi uma questão bastante tranqüila do último concurso de Analista de Comércio Exterior. No entanto, ela é ideal para começarmos o assunto. O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes modalidades: - Importações dispensadas de licenciamento; - Importações sujeitas a licenciamento automático; - Importações sujeitas a licenciamento não-automático. Em sua maioria, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento. Uma pequena parcela destas é que está sujeita a licenciamento, que pode ser automático ou não-automático. Como o próprio nome já nos indica, quando uma importação é dispensada de licenciamento, não há necessidade de que o importador registre uma L.I (Licença de Importação) no SISCOMEX. Mas o que vem a ser Licenciamento automático e não-automático? Qual a diferença entre eles? Licenciamento Automático é aquele que se procede com relação a certas mercadorias que não estão sujeitas a controle prévio ou ao cumprimento de condições especiais. Segundo o Acordo sobre Procedimentos para Licenciamento de Importações o licenciamento automático é aquele cujo pedido de licenciamento é aprovado em todos os casos. Estão sujeitas a licenciamento automático no sistema de controle administrativo brasileiro: - produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX; também disponíveis no endereço eletrônico do Ministério do Desenvolvimento, COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br Indústria e Comércio Exterior - MDIC, para simples consulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo; e - importações efetuadas ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback. O licenciamento automático será efetivado no prazo máximo de 10 dias úteis contados a partir da data do registro no SISCOMEX, isso é claro se forem prestadas informações adequadas e completas pelo importador. Com relação ao licenciamento não-automático, ele é devido aos produtos que estão sujeitos à anuência prévia ou cumprimento de condições especiais, conforme art.10 da Portaria nº 25/ SECEX: I – de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX e também disponíveis no endereço eletrônico do Mdic para simples consulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo; onde estão indicados os órgãos responsáveis pelo exame prévio do licenciamento não automático, por produto; II – as efetuadas nas situações abaixo relacionadas: a) sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária; b) ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio; c) sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq; d) sujeitas ao exame de similaridade; e) de material usado, salvo a exceção estabelecida no §2º do art. 36 desta Portaria; f) originárias de países com restrições constantes de Resoluções da ONU; g) substituição de mercadoria, nos termos da Portaria MF n.º 150, de 26 de julho de 1982; h) sujeitas a medidas de defesa comercial; e i) operações que contenham indícios de fraude. §1º Na hipótese da alínea “h”, o licenciamento amparando a importação de mercadorias originárias de países não gravados com direitos deverá ser instruído com Certificado de Origem emitido por Órgão Governamental ou por Entidade por ele autorizada ou, na sua ausência, documento emitido por entidade de classe do país de origem atestando a produção da mercadoria no país, sendo que este último documento deverá ser chancelado por uma câmara de comércio brasileira. Se assustaram com a quantidade de produtos sujeitos a licenciamento não-automático? Calma, mais à frente teremos oportunidade de esmiuçar um pouco mais cada um dos casos. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br Por tudo o que comentamos acima, cabe-nos concluir que a maioria das importações brasileiras está dispensada de licenciamento, bastando ao importador registrar a D.I (Declaração de Importação) e proceder ao despacho aduaneiro. A regra geral é, portanto, a dispensa de licenciamento e não o licenciamento automático e não-automático. Fugindo um pouco da questão e aproveitando o ensejo, vamos aqui comentar um fato bastante atual que poderá até mesmo vir a ser cobrado em prova. Recentemente, uma medida tomada pelo governo com relação ao licenciamento de importações causou grande repercussão na opinião pública. Cerca de 60% da pauta de importações brasileiras, que estava toda dispensada de licenciamento, passou do dia para a noite a estar sujeita a licenciamento automático. As críticas da imprensa e do setor privado foram fortíssimas, o que acabou fazendo com que rapidamente se voltasse ao status anterior. Os argumentos em desfavor da medida foram o de que esta consistiria em uma prática protecionista, uma verdadeira barreira comercial, que representaria um retrocesso na abertura do país ao mercado internacional. 2- (ACE-2008) - Os procedimentos administrativos das exportações efetuados junto ao SISCOMEX envolvem, no que toca à empresa exportadora, o credenciamento no Registro de Exportadores e Importadores (quando da realização da primeira operação), o preenchimento do Registro de Operação de Crédito e do Registro de Exportação e, nos casos de produtos sujeitos a procedimentos especiais, o preenchimento do Registro de Venda e o processamento do Despacho Aduaneiro de Exportação. CERTA. Questão bastante polêmica esta! Como já sabemos, existem no âmbito do comércio exterior brasileiro três tipos de controle diferentes: o controle administrativo, o controle aduaneiro e o controle cambial. O controle administrativo, de responsabilidade da SECEX, engloba vários procedimentos em uma exportação, dentre os quais: o credenciamento no R.E.I, o preenchimento do Registro de Operação de Crédito (RC), do Registro de Exportação (RE) e do COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br Registro de Venda, no caso de produtos sujeitos a procedimentos especiais. O processamento do despacho aduaneiro de exportação faz parte, entretanto, do controle aduaneiro e não do controle administrativo. No entanto, o entendimento do CESPE foi no sentido de considerá-lo um procedimento administrativo efetuado pelo importador no SISCOMEX. Essa não é nossa posição, de forma que entendemos que a questão deveria ter tido o gabarito alterado. Para provas da ESAF, devemos manter o entendimento segundo o qual há uma separação clara entre procedimentos administrativos e procedimentos aduaneiros. “Ricardo, a questão fala em R.E.I, Registro de Operação de Crédito (RC), Registro de Exportação (RE) e Registro de Venda (RV). O que vem a ser tudo isso?” Muito bem lembrado, companheiro! Vamos aos conceitos de cada um! Bom, em primeiro lugar, para poder operar no comércio exterior brasileiro, a empresa deverá ter acesso ao SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior). Para ter acesso ao SISCOMEX é necessária uma habilitação prévia, de responsabilidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil. As operações no SISCOMEX poderão ser efetuadas diretamente pelo importador, por conta própria ou por meio de representantes devidamente credenciados. Também os bancos autorizados a operar em câmbio e as sociedades corretoras que atuam na intermediação de operações cambiais serão credenciados a elaborar e transmitir para o Sistema operações sujeitas a licenciamento, por conta de importadores, desde que sejam por eles expressamente autorizados. Com a finalidade de ter um controle das empresas que operam no comércio exterior brasileiro, existe um cadastro de importadores e exportadores – o R.E.I (Registro de Exportadores e Importadores). No ato da primeira operação de comércio exterior realizada no SISCOMEX, a empresa fica registrada no R.E.I (Registro de Importadores e Exportadores) da SECEX automaticamente. Aqueles que já estiverem inscritos no R.E.I, terão sua inscrição mantida, não sendo necessária qualquer providência adicional. A inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada nos casos de punição em decisão administrativa final, COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br aplicada em razão de infrações de natureza fiscal, cambial e de comércio exterior, ou em caso de abuso de poder econômico. O Registro de Exportação (RE) compreende o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação de exportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento, devendo ser efetuado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Comércio Exterior. Configura-se este, nos casos em que expressamente previsto pela SECEX, um requisito essencial para o despacho de exportação de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, ou de reexportação. Em linhas gerais, podemos afirmar que o R.E é um documento análogo à L.I (Licenciamento de Importação), aplicável, no entanto, às exportações. Sempre que uma operação de exportação é financiada, deve instruir o despacho aduaneiro um documento eletrônico a ser preenchido anteriormente ao Registro de Exportação – o Registro de Operação de Crédito (RC). De acordo com a legislação brasileira, as exportações que tenham prazo de pagamento superior a 360 dias são consideradas operações financiadas. Nada impede, entretanto, que aquelas que tenham prazo de pagamento inferior também sejam objeto de financiamento. Veja o que diz o art.198 da Portaria nº 25/SECEX : Art. 198. As exportações com prazo de pagamento acima de 360 (trezentos e sessenta dias) são consideradas financiadas, consoante regulamentação específica. Facultativamente, podem ser financiadas exportações com prazo igual ou inferior a 360 (trezentos e sessenta) dias. O Registro de Venda é algo que não existe mais no ordenamento jurídico brasileiro com a edição da Portaria nº 25/SECEX. Consistia este no conjunto de informações que caracterizam a operação de exportação de produtos negociados em bolsas internacionais de mercadorias ou de "commodities", por meio de enquadramento específico. Os produtos sujeitos a R.V eram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior e normalmente eram as tais das “commodities”. O R.V era preenchido anteriormente ao registro do R.E e tinha como objetivo evitar que o COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br preço de exportação das mercadorias que a ele se sujeitavam fosse diferente do valor negociado nas principais bolsas de valores internacionais. Uma mercadoria que até pouco tempo atrás se sujeitava a Registro de Venda na exportação era o café. O café tipo conillon, se sujeitava, por exemplo, a RV, observando em sua venda o valor negociado na Bolsa de Londres. Assim, se na Bolsa de Londres o preço negociado da saca de café fosse de US$100,00, o exportador brasileiro deveria vendê-lo exatamente por esse preço. O documento que assegurava que isso viesse a ocorrer era o R.V. 3- (AFRF-2003) - O licenciamento não-automático, quando exigível, deve ser providenciado, em regra, anteriormente ao embarque da mercadoria no exterior. Em determinadas hipóteses, pode ser providenciado após o embarque e anteriormente ao despacho aduaneiro. CERTO. Em regra, tanto o licenciamento automático quanto o licenciamento não- automático, são exigíveis anteriormente ao embarque da mercadoria no exterior, conforme art.19 da Portaria SECEX nº 25/2008. Art. 19. Ambos os licenciamentos terão prazo de validade de 90 (noventa) dias para fins de embarque da mercadoria no exterior, exceto os casos previstos nos § 1º a 4º do art. 11, que possuem tratamento distinto no tocante ao embarque prévio no exterior. No entanto, existem certas situações, descritas pela Portaria 25/SECEX, em que é permitido que o licenciamento ocorra posteriomente ao embarque da mercadoria no exterior. São as seguintes : - importações efetuadas ao amparo dos benefícios do drawback; - importações sujeitas à anuência do CNPq; - importações destinadas à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio; - importações de brinquedos; - importações destinadas a entreposto aduaneiro ou industrial. Quando uma importação é efetuada posteriormente ao embarque, nós costumamos dizer que ela foi feita sem restrição da data de embarque. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 4- (AFRF-2003) - Todas as mercadorias importadas estão sujeitas a licenciamento, que ocorre, por meio do Siscomex, de forma automática ou não-automática, o que significa que a mercadoria está com a importação proibida ou suspensa, ou depende da manifestação de órgão anuente. ERRADA. A questão possui erros gritantes. Em primeiro lugar, não são todas as mercadorias importadas que estão sujeitas a licenciamento. Pelo contrário, a regra geral é a dispensa de licenciamento. Em segundo lugar, se uma mercadoria está sujeita a licenciamento automático ou não-automático, isso não significa que ela está com a importação proibida ou suspensa. 5-(AFRF-2003) - As mercadorias importadas sem licença de importação ficam sujeitas à pena de perdimento, que poderá ser aplicada cumulativamente com a multa por infração ao controle administrativo das importações. ERRADA. As mercadorias importadas sem licença de importação e que estejam sujeitas a esse tratamento administrativo estarão sujeitas à multa de 30% do valor aduaneiro. O importador também estará sujeito à multa de 30% do valor aduaneiro das mercadorias quando houver embarcado a mercadoria antes do licenciamento da importação. Veja o que estabelece o Novo Regulamento Aduaneiro, Decreto no 6759/2009: Art. 706. Aplicam-se, na ocorrência das hipóteses abaixo tipificadas, por constituírem infrações administrativas ao controle das importações, as seguintes multas: I – de trinta por cento sobre o valor aduaneiro: a) pela importação de mercadoria sem licença de importação ou documento de efeito equivalente, inclusive no caso de remessa postal internacional e de bens conduzidos por viajante, desembaraçados no regime comum de importação (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 169, inciso I, alínea “b”, e § 6o, com a redação dada pela Lei no 6.562, de 1978, art. 2o); e COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br b) pelo embarque de mercadoria antes de emitida a licença de importação ou documento de efeito equivalente (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 169, inciso III, alínea “b”, e § 6o, com a redação dada pela Lei no 6.562, de 1978, art. 2o); 6- (AFRF-2003) - O licenciamento das importações deve ser requerido antes do embarque da mercadoria, nas hipóteses de licenciamento automático, ou até o início do exame documental, nas hipóteses de licenciamento não- automático. ERRADA. Como já vimos em questão anterior, com algumas exceções, o licenciamento de importação, seja ele automático ou não automático, deve ocorrer previamente ao embarque da mercadoria no exterior. A partir do deferimento da licença de importação, a mercadoria deverá ser embarcada no prazo de 90 dias, que poderá ser prorrogado por igual período, a requerimento do importador. 7-(AFRF-2003) - Exige-se o licenciamento não-automático para as mercadorias sujeitas ao regime comum de importação e o licenciamento automático para as sujeitas aos regimes aduaneiros especiais, suspensivos ou isentivos. ERRADA. O examinador falou, falou e não falou nada! A relação entre regime aduaneiro especial, regime suspensivo ou isentivo e licenciamento automático não existe. As mercadorias sujeitas a licenciamento automático são somente aquelas registradas no Tratamento Administrativo do SISCOMEX e as amparadas pelos benefícios do regime aduaneiro do drawback. Segundo o Acordo sobre Procedimentos para o Licenciamento das Importações, o licenciamento automático será definido como aquele cujo pedido de licença é aprovado em todos os casos. A questão estabeleceu também relação entre licenciamento não- automático e regime comum de importação, o que de fato é totalmente COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br incongruente. As importações sujeitas a licenciamento não-automático são as relacionadas no Tratamento Administrativo do SISCOMEX e outras, sujeitas a verificações especiais. Vejamos o que estabelece a Portaria no 25/SECEX: Art. 10. Estão sujeitas a Licenciamento Não Automático as importações: I – de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX e também disponíveis no endereço eletrônico do Mdic para simples consulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo; onde estão indicados os órgãos responsáveis pelo exame prévio do licenciamento não automático, por produto; II – as efetuadas nas situações abaixo relacionadas: a) sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária; b) ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio; c) sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq; d) sujeitas ao exame de similaridade; e) de material usado, salvo a exceção estabelecida no §2º do art. 36 desta Portaria; f) originárias de países com restrições constantes de Resoluções da ONU; g) substituição de mercadoria, nos termos da Portaria MF n.º 150, de 26 de julho de 1982; h) sujeitas a medidas de defesa comercial; e i) operações que contenham indícios de fraude. Observando as hipóteses em que ocorre o licenciamento não- automático, verificamos que todas elas se sujeitam a procedimentos especiais. A primeira situação, descrita no inciso II, alínea a da Portaria nº 25/SECEX, representa uma situação de contingenciamento das importações. São as cotas tarifárias e não-tarifárias. Importações sujeitas a cotas tarifárias são aquelas tributadas por uma determinada alíquota do imposto de importação até determinada quantidade de produtos que entrem no país. A partir dessa quantidade, a alíquota incidente será maior. Acredito que um exemplo vai clarear mais como isso funciona. Vamos lá! No Brasil, chapas de aço ao níquel, com um teor de níquel igual ou superior a 8%, em peso, com espessura nominal não inferior a 13,3 mm (que nome grande!), estão sujeitas à alíquota de 2% do I.I até o limite de 375 toneladas dentro do período de 16 de abril de 2008 até 15 de abril de 2009. Acima de 375 toneladas, a alíquota cobrada será de 14%. Perceberam a necessidade de se proceder a um licenciamento não-automático? É imprescindível que se faça o COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br controle da quantidade importada para fins de aplicação correta da alíquota do Imposto de importação! Caberá ao DECEX estabelecer critérios para distribuição da cota entre os importadores. Sobre a cota não-tarifária, esta representa forte restrição quantitativa às importações, ficando caracterizada pela impossibilidade de emissão de licenças de importação a partir do momento em que tiver adentrado no país certa quantidade do produto. No Brasil, por exemplo, a importação de cocos secos sem casca, está sujeita à cota não tarifária. No período de 1º de março de 2009 a 31 de maio de 2009, só poderão entrar no Brasil 1314 toneladas de coco seco. Nesse caso em particular, a cota não-tarifária é resultante de uma aplicação de salvaguardas, medida de defesa comercial que veremos em aula posterior. Acho que esgotamos o assunto contingenciamento de importação. Continuemos então falando dos outros casos de licenciamento não-automático! As importações efetuadas ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio também estão sujeitas ao licenciamento não-automático. Os produtos que entram nessas regiões ganham o benefício da isenção do imposto de importação como forma de incentivar seu desenvolvimento econômico. Também estão submetidos ao licenciamento não-automático os produtos sujeitos à anuência prévia do CNPq. Já que falamos em isenção do imposto de importação, sobre elas ainda há um ponto muito importante. As isenções do imposto de importação - isso não vale para as isenções concedidas para as importações para a ZFM ou Áreas de Livre Comércio – estão sujeitas, antes de serem concedidas, ao prévio exame de similaridade. Mas o que vem a ser esse tal de exame de similaridade? O instituto jurídico da similaridade é completamente descrito no Decreto nº 6759/2009 – Regulamento Aduaneiro - e representa condição sine qua non para a concessão da isenção do imposto de importação. Para explicar como ele funciona, vou exemplificar com uma situação que acontece muito no Brasil e que diariamente eu tenho contato lá no DECEX. A Lei nº 8032/90, em seu art. 2º, inciso I, alínea b, concede isenções do imposto de importação às instituições de educação ou assistência social. No entanto, para que essa isenção seja concedida COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br para a compra de um aparelho de raio-X ou de um aparelho de ultrassonografia, por exemplo, há necessidade de se proceder ao exame de similaridade, de competência da Secretaria de Comércio Exterior, mais especificamente do DECEX. Vejamos o que o art. 190 do Decreto nº 6759/2009 fala sobre o exame da similaridade: Art. 190. Considera-se similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de substituir o importado, observadas as seguintes normas básicas (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 18, caput): I - qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destine; II - preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da mercadoria estrangeira, calculado o custo com base no preço Cost, Insurance and Freight - CIF, acrescido dos tributos que incidem sobre a importação e de outros encargos de efeito equivalente; e III - prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de mercadoria. O DECEX, como responsável por proceder ao exame de similaridade, realiza então a consulta de produção nacional com o auxílio de entidades de classe. Caso na consulta haja indicação de empresa que produza o produto objeto da importação e que atenda aos três requisitos do art.190, a interessada não fará jus à isenção. Como se vê, as situações em que há exame de similaridade são especiais e que, portanto, sujeitam-se ao licenciamento não-automático. As importações de material usado, as originárias de países com restrições das Resoluções da ONU, as destinadas a substituir mercadorias, as sujeitas a medida de defesa comercial e as operações que contenham indício de fraudes estão sujeitas também ao licenciamento não-automático. O pedido de licenciamento não-automático tem como característica ter tramitação de no máximo 60 dias corridos, podendo este período ser prorrogado por igual período. Esse prazo ainda poderá ser majorado por motivos de força maior. 8- (AFRF-2002.2) - As peças sobressalentes que acompanham as máquinas e/ou equipamentos importados sujeitam-se ao tratamento fiscal e administrativo (dados da importação informados no SISCOMEX) a seguir descrito: COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br a) são licenciadas separadamente da licença referente às máquinas e/ou equipamentos, sendo classificadas na NCM separadamente, quando com elas despachadas. b) são licenciadas conjuntamente com as máquinas e/ou equipamentos, independentemente do valor das mesmas porém classificam- se na posição das máquinas e/ou equipamentos quando o seu peso não ultrapassar 5% (cinco por cento) do peso total da mercadoria licenciada. c) desde que detalhadamente descritas e seu valor não ultrapasse 5% (cinco por cento) do valor da máquina e/ou equipamento, podem figurar na mesma licença de importação e no mesmo código da NCM. d) sendo detalhadamente descritas, podem figurar na mesma licença de importação das máquinas e/ou equipamentos e no mesmo código da NCM, desde que seu valor, seja qual for, esteja previsto na documentação relativa à importação (fatura, contrato etc.). e) é dispensada a descrição detalhada das peças sobressalentes, desde que elas figurem na mesma licença de importação e no mesmo despacho aduaneiro das máquinas e/ou equipamentos, com o mesmo código de Nomenclatura Comum do MERCOSUL- NCM, desde que seu valor não ultrapasse 10% (dez porcento) do valor da máquina e/ou equipamento e esteja previsto na documentação relativa à importação (contrato, fatura, projeto etc.). LETRA E . Essa não é uma questão fácil de ser respondida, exigindo um conhecimento mais detalhado. Vamos supor que um hospital vá importar um equipamento de ultrassonografia e junto com esse equipamento também algumas peças sobressalentes. E aí, como o importador vai eleborar sua L.I? Bom, em primeiro lugar devemos verificar qual o valor dessas peças sobressalentes. Se o valor delas for alto – maior que 10% do valor da máquina – o importador deverá providenciar a descrição detalhada destas peças. No entanto, se o valor das mesmas for menor que 10% do valor do equipamento de ultrassonografia, será COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br dispensada a descrição detalhada e elas irão figurar na mesma L.I e com o mesmo código NCM. Entendido isso? Então dê uma olhada no que diz o art.12, parágrafo 2º da Portaria SECEX nº 25/2008: Art 12, § 2º É dispensada a descrição detalhada das peças sobressalentes que acompanham as máquinas e/ou equipamentos importados, desde que observadas as seguintes condições: I – as peças sobressalentes devem figurar na mesma licença de importação que cobre a trazida das máquinas e/ou equipamentos, inclusive com o mesmo código da Nomenclatura Comum do MERCOSUL -NCM, não podendo seu valor ultrapassar 10% (dez por cento) do valor da máquina e/ou do equipamento; e II – o valor das peças sobressalentes deve estar previsto na documentação relativa à importação - contrato, projeto, fatura, e outros. 9- (AFRF-2002.2) - O licenciamento não-automático previamente ao embarque das mercadorias no exterior é exigível para as importações a) sujeitas à obtenção de cota tarifária amparadas em acordos bilaterais no âmbito da União Européia, excluídas aquelas sujeitas à cota não-tarifária. b) objeto de arrendamento operacional simples e as sujeitas a exame de similaridade. c) a serem submetidas ao regime aduaneiro especial de entreposto aduaneiro na modalidade de não-vinculado. d) objeto de medidas compensatórias em decorrência de subsídios concedidos por governos estrangeiros. e) objeto de obrigatoriedade de transporte em navio ou aeronave de bandeira brasileira. LETRA D. Quando essa questão foi elaborada, a resposta era outra. No entanto, a letra D está totalmente compatível com a legislação atual – Portaria no 25/SECEX. Vamos comentar então item a item da questão: a)ERRADA. O licenciamento não-automático previamente ao embarque é exigível para as importações sujeitas à cota tarifária e também para aquelas sujeitas à cota não-tarifária . COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br b)ERRADA. As importações sujeitas a exame de similaridade são aquelas para as quais se pleiteia um determinado benefício fiscal, estando realmente sujeitas a licenciamento não-automático. No entanto, as importações sujeitas a arrendamento mercantil estão dispensadas de licenciamento, segundo o que reza a Portaria no 25/SECEX. Aproveitemos para listar outras operações dispensadas de licenciamento: Art. 8º Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo os importadores tão-somente providenciar o registro da Declaração de Importação – DI - no SISCOMEX,com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à unidade local da RFB. Parágrafo único. São dispensadas de licenciamento as seguintes importações: I – sob os regimes de entrepostos aduaneiro e industrial, inclusive sob controle aduaneiro informatizado; II – sob o regime de admissão temporária, inclusive de bens amparados pelo Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural - REPETRO; III – sob os regimes aduaneiros especiais nas modalidades de loja franca, depósito afiançado, depósito franco e depósito especial; IV – com redução da alíquota de imposto de importação decorrente da aplicação de “ex-tarifário”; V – mercadorias industrializadas, destinadas a consumo no recinto de congressos, feiras e exposições internacionais e eventos assemelhados, observado o contido no art. 70 da Lei n.º 8.383, de 30 de dezembro de 1991; VI – peças e acessórios, abrangidas por contrato de garantia; VII – doações, exceto de bens usados; VIII – filmes cinematográficos; IX – retorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou pesquisas, com finalidade industrial ou científica; X – amostras; XI – arrendamento mercantil -leasing-, arrendamento simples, aluguel ou afretamento; XII – investimento de capital estrangeiro; XIII – produtos e situações que não estejam sujeitos a licenciamento automático e não automático; e XIV – sob o regime de admissão temporária ou reimportação, quando usados, reutilizáveis e não destinados à comercialização, de recipientes, embalagens, envoltórios, carretéis, separadores, racks, cliplocks, termógrafos e outros bens retornáveis com finalidade semelhante destes, destinados ao transporte, acondicionamento, preservação, manuseio ou registro de variações de temperatura de mercadoria importada, exportada, a importar ou a exportar. c)ERRADA. Importações sujeitas ao regime aduaneiro especial de entreposto aduaneiro estão dispensadas de licenciamento. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br d)CERTA. Responder a essa questão exigia alguns conhecimentos a mais do concurseiro, particularmente relacionados ao assunto defesa comercial, que estudaremos mais adiante no nosso curso. Dois conhecimentos eram importantes para se resolver a questão: - As importações sujeitas a medidas de defesa comercial estão sujeitas a licenciamento não-automático; - Medidas compensatórias aplicadas em razão de subsídios concedidos por governos estrangeiros são uma espécie de medida de defesa comercial. Logo, importações que a ela sujeitas submetem-se a licenciamento não-automático. e)ERRADA. Alternativa completamente incongruente com a questão. 10- (AFRF-2002,2) - O regime de licença prévia na importação, configurando uma restrição quantitativa, pode ser instituído pelos países, sendo tolerado pela Organização Mundial de Comércio (OMC) principalmente a) visando selecionar aquelas mercadorias cuja produção interna seja incipiente e de qualidade inferior e, neste sentido, restringindo a importação que seria danosa pela concorrência, promove o desenvolvimento industrial. b) visando selecionar aquelas mercadorias tributadas com alíquotas mais elevadas e, assim, incrementando a arrecadação tributária, evita a emissão de moeda e conseqüentemente a inflação, promovendo o desenvolvimento do país. c) como medida de proteção à industria doméstica, e, assim, promovendo o seu desenvolvimento, impedindo ou restringindo a entrada do concorrente estrangeiro. d) visando evitar a formação de estoques especulativos de produtos aguardando a cotação no mercado nacional em alta, bem como impedir a importação de mercadorias originárias de países que discriminem as importações de outro país. e) como mecanismo de controle cambial exclusivamente para os países com dificuldades em seu balanço de pagamentos, além da necessidade de COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br controlar a entrada de produtos afetos à autorização de órgãos governamentais específicos. LETRA E. Existe no âmbito da OMC um acordo denominado “Acordo sobre Procedimentos para o Licenciamento de Importações” – do qual o Brasil é signatário -, que estabelece as principais diretrizes para essa prática. Ele foi firmado com o objetivo de promover a simplificação e a transparência dos procedimentos empregados, de garantir a não-discriminação de fornecedores e evitar a utilização dos procedimentos de licenciamento de importação como barreira ao comércio. São definidos neste acordo procedimentos aplicáveis ao licenciamento automático e não-automático de importações. O “Acordo sobre Procedimentos para o Licenciamento de Importações” reconhece a possibilidade de utilização do mecanismo de licenciamento como uma restrição quantitativa. No entanto, os procedimentos de licenciamento de importação não devem ser utilizados de maneira contrária aos princípios e obrigações do GATT 94, não podendo gerar distorções ao comércio. O licenciamento de importações será utilizado excepcionalmente como maneira de controle cambial quando um país apresentar dificuldades em seu balanço de pagamentos. Mas como assim utilizá-lo como forma de controle cambial? Se for restringida a entrada de produtos no território nacional, isso permitirá ao país ter saldo positivo em sua balança comercial, o que proporcionará equilíbrio ao seu balanço de pagamentos. O licenciamento de importações também se presta a controlar a entrada de produtos afetos à autorização governamental. Quanto à essa autorização, o acordo estabelece que os países deverão publicar informações suficientes para que os outros tenham conhecimento sobre as bases necessárias para a concessão e obtenção de licenças – princípio da transparência. 11- (AFRF 2002.1) - Por licenciamento entende-se o regime administrativo que faz valer a necessidade de uma licença como condição para importar COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br mercadorias. Pode ser automático e não-automático. Em face do enunciado, assinale a opção correta. a) O licenciamento não-automático implica na proibição da importação. b) O licenciamento não-automático prescinde de exame por parte da autoridade administrativa. c) O licenciamento automático dá-se através da emissão de uma Guia de Importação. d) O licenciamento não-automático condiciona a importação ao exame de certos requisitos e condições elencados na norma administrativa. e) O licenciamento automático precede o licenciamento não-automático. LETRA D. a) ERRADO. O procedimento de licenciamento de importação encontra- se no âmbito do controle administrativo do comércio exterior brasileiro. De forma alguma, ele consiste numa proibição às importações, já que isso contraria em uma primeira análise o Acordo sobre Procedimentos para o Licenciamento de Importação, além de ser contrário ao princípio do livre comércio, tão aclamado na OMC. b)ERRADO. O que ocorre, amigo concurseiro, é exatamente o oposto. As importações sujeitas a licenciamento não-automático são justamente aquelas que precisam de um exame mais apurado das autoridades governamentais. Aqui queria chamar a atenção para uma palavra que a ESAF adora usar em suas questões e que acaba derrubando muito candidato preparado: é a palavra “prescinde”, que significa “não necessita”. Guarde isso, meu amigo! c)ERRADO. Não há a emissão de qualquer documento quando do licenciamento. d)CERTO. Perfeita a definição da alternativa. No licenciamento não- automático, a importação fica sujeita ao exame de certos requisitos e condições elencados na norma administrativa. Assim, se uma instituição de assistência social deseja importar um equipamento médico com isenção do imposto de importação, deverá ser verificado se há ou não similar nacional do referido produto. Do mesmo COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br modo, se uma determinada indústria quiser importar uma máquina usada, deverá ser feito o exame de produção nacional. e)ERRADO. O licenciamento automático e o licenciamento não- automático são procedimentos completamente independentes um do outro. Determinadas operações estão sujeitas a licenciamento automático e outras estão sujeitas ao licenciamento não-automático. 12- (AFRF-2000)- Sujeitam-se ao licenciamento não-automático previamente ao embarque as importações: a) de materiais de reposição e conserto para uso de embarcações ou aeronaves estrangeiras. b) sob regime de admissão temporária, exceto quando se tratar de obras audiovisuais condicionadas à manifestação de Secretaria do Desenvolvimento Audiovisual do Ministério da Cultura. c) sujeitas à obtenção de cota tarifária. d) sob regimes aduaneiros especiais de entreposto aduaneiro e entreposto industrial. e) sob regimes aduaneiros atípicos de loja franca, depósito franco, depósito afiançado e depósito especial alfandegado. LETRA D. As operações sujeitas à obtenção de cota tarifária estão sujeitas a licenciamento não automático. Mais uma vez aproveitamos para relembrar o conceito de cota tarifária e cota não tarifária. Importações sujeitas a cotas tarifárias são aquelas tributadas por uma determinada alíquota do imposto de importação até determinada quantidade de produtos que entrem no país. A partir dessa quantidade, a alíquota incidente será maior. Por sua vez a cota não-tarifária caracteriza-se pela impossibilidade de emissão de licenças de importação a partir do momento em que tiver adentrado no país uma certa quantidade do produto. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 13- (AFTN/1998) – O registro do exportador é condição básica para operações de exportação. Sobre o mesmo é correto afirmar-se que: a) Requer o envio prévio de documentação e a comprovação posterior de realização da exportação junto à Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. b) Obedece aos mesmos critérios e procedimentos para pessoas físicas e jurídicas. c) Se dá de forma automática e gratuita, quando da realização da primeira operação. d) É concedido apenas a pessoas jurídicas, mediante informação do número de inscrição no Conselho Nacional das Pessoas Jurídicas. e) É concedido pela Divisão de Informações Comerciais do Ministério das Relações Exteriores a pessoas físicas e jurídicas, mediante requerimento. LETRA C. Quando a questão fala em registro de exportador, ela quer se referir ao R.E.I (Registro de Exportadores e Importadores). Sobre o R.E.I, conforme dissemos anteriormente, a inscrição neste é automática e gratuita, sendo realizada no ato da primeira operação de comércio exterior realizada através do SISCOMEX. 14- (AFTN 1996) – O Sistema Geral de Preferências (SGP) foi criado no seio da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD, com o objetivo de fomentar o comércio internacional, especialmente em benefício dos países em desenvolvimento, que há muito vinham observando dificuldades cada vez maiores para sustentar seus programas de desenvolvimento e industrialização, face ao declínio da importância relativa dos bens primários tradicionais no comércio internacional. A principal característica do Sistema Geral de Preferências é a (o): a) abertura de linhas especiais de crédito à exportação originária dos países em desenvolvimento. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br b) estabelecimento de quotas preferenciais aos países em desenvolvimento. c) estabelecimento de padrões menos rígidos para concessão de subsídios à exportação por parte dos governos dos países em desenvolvimento. d) importação, pelos países industrializados, de produtos manufaturados e serviços preferencialmente produzidos nos países em desenvolvimento. e) eliminação total ou parcial, pelos países industrializados, de tarifas que incidem sobre produtos originários de países em desenvolvimento, sem exigência de reciprocidade. LETRA E. Essa é uma excelente questão para falarmos sobre o SGP (Sistema Geral de Preferências). Em 1970, com o objetivo de facilitar o acesso de produtos originários de países em desenvolvimento ao mercado de países industrializados, foi criado, no âmbito da UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development), o Sistema Geral de Preferências (SGP). O Sistema Geral de Preferências consiste em uma exceção ao princípio da cláusula da nação mais favorecida. A cláusula da nação mais favorecida é um princípio estabelecido pelo GATT 94, segundo o qual, sempre que um país outorgar tratamento favorável a produtos originários de um determinado país, deverá estendê-lo imediata e incondicionalmente a produtos similares de origem nos outros países signatários do referido acordo. Assim, se o Brasil estabelecer uma alíquota de 3% do imposto de importação sobre calçados originários da Alemanha, essa mesma tarifa deverá ser estendida à França, Japão e todos os outros signatários do GATT. Entendido isso aí? “Mas Ricardo, por que o SGP representa uma exceção à cláusula da nação mais favorecida?” Simples! Através do Sistema Geral de Preferências, os países desenvolvidos outorgam preferências tarifárias aos países em desenvolvimento de forma unilateral, não necessitando estendê-las a terceiros países. É o que se chama de cláusula de habilitação (Enabling Clause). COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br Através do SGP, os países desenvolvidos concedem reduções totais ou parciais do imposto de importação incidente sobre determinados produtos originários e procedentes de países em desenvolvimento. Atualmente, o SGP é outorgado por 12 países e a União Européia: Austrália, Belarus, Bulgária, Canadá, Estônia, União Européia, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Federação Russa, Suíça, Turquia e Estados Unidos. 15- (ACE 2002)- Sobre o Registro de Exportação (RE), é correto afirmar-se que: a) É realizado anteriormente ao Registro de Venda e reúne as informações comerciais e cambiais relativas à operação de exportação. b) É emitido ao final da operação de exportação e reúne todos os registros feitos em etapas prévias. c) Reúne as informações financeiras necessárias à emissão posterior do Comprovante de Exportação. d) Contém todas as informações sobre a operação de exportação e é expedido após o embarque da mercadoria exportada. e) É realizado previamente à declaração para despacho aduaneiro e ao embarque da mercadoria contendo informações comerciais, fiscais e cambiais relativas à operação de exportação. LETRA E. O Registro de Exportação (RE) compreende o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação de exportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento, devendo ser efetuado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Comércio Exterior. Configura-se este, nos casos em que expressamente previsto pela SECEX, um requisito essencial para o despacho de exportação de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, ou de reexportação. O Registro de Exportação será efetivado no prazo máximo de 30 dias corridos, contados a partir da data de seu registro no SISCOMEX, desde que apresentado de forma adequada e completa. Esse prazo poderá ser objeto de COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br prorrogação por igual período, desde que expressamente motivado. Ainda falando em números, o prazo de validade para embarque das mercadorias para o exterior é de 60 dias da data de efetivação do R.E. No entanto, se o R.E não for utilizado dentro desse prazo de validade para embarque, o prazo poderá ser prorrogado, diferente do que ocorria com uma L.I, que perdia o prazo para embarque. Logicamente isso ocorre porque é interesse do Brasil exportar, a fim de obter saldos positivos em sua balança comercial. O R.E poderá sofrer alterações até o início do despacho aduaneiro. No entanto, durante o curso dos procedimentos para despacho aduaneiro, estas não serão permitidas. a) ERRADO. O Registro de Venda não encontra mais previsão na legislação brasileira, mas ainda, assim, quando este existia, era realizado anteriormente ao R.E. b) ERRADO. Nos casos em que exigido, o R.E deve ser registrado antes mesmo do embarque da mercadoria destinada ao exterior. Não há cabimento, portanto, em dizer que ele é emitido ao final da operação de exportação. c) ERRADO. O comprovante de exportação será emitido após o desembaraço aduaneiro da mercadoria. d) ERRADO. O R.E deve ser realizado previamente ao embarque da mercadoria. e) CERTO. Está perfeita a assertiva. O R.E deve ser realizado previamente ao despacho aduaneiro de exportação e ao embarque da mercadoria com destino ao exterior. 16- (AFRF 2003)- A SECEX mantém um Cadastro de Exportadores e Importadores, do qual é parte integrante o REI – Registro de Exportadores e Importadores. A regra geral é que todas as exportações e importações somente podem ser efetuadas por pessoas e empresas inscritas no REI. São exceções: COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br a) as exportações efetuadas pela via postal, com ou sem cobertura cambial, realizadas por pessoas físicas ou jurídicas, até o limite de US$50.000,00 ou o equivalente em outra moeda, exceto donativos. b) as operações de exportação, com cobertura cambial e pra embarque imediato para o exterior, até o limite de US$20.000,00, conceituadas como “Operação Normal- Código 80” na Tabela de Enquadramento da Operação, não sujeitas ao imposto de exportação ou contingenciamento, nem vinculadas ao Regime Automotivo. c) as exportações e importações de mercadorias e bens destinados a feiras, exposições e eventos semelhantes, promovidas por instituições governamentais. d) os representantes de órgãos da administração pública direta, autarquia e fundação pública, organismo internacional ou outra instituição extraterritorial. e) as importações objeto de Despacho Simplificado de Importação (DSI) e Licença de Importação (LI) automática, sem cobertura cambial, e as exportações objeto de Despacho Simplificado de Exportação (DSE) e Registro de Exportação Simplificado (RES), até o valor de US$3.000,00 ou o equivalente em outra moeda. LETRA A. Essa é uma questão relativamente difícil, exigindo que o candidato tivesse um conhecimento mais aprofundado da Portaria SECEX nº 25/2008. Vejamos o que a referida Portaria nos diz em seu art. 158, parágrafo 6º : Art. 158. A inscrição no REI da SECEX é automática, sendo realizada no ato da primeira operação de exportação em qualquer ponto conectado ao SISCOMEX. ... § 6º Ficam dispensadas da obrigatoriedade de inscrição do exportador no REI as exportações via remessa postal, com ou sem cobertura cambial, exceto donativos, realizadas por pessoa física ou jurídica até o limite de US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda, exceto quando se tratar de: I – produto com exportação proibida ou suspensa; II – exportação com margem não sacada de câmbio; III – exportação vinculada a regimes aduaneiros especiais e atípicos; e IV – exportação sujeita a registro de operações de crédito - RC. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br Aliás, é interessante que você guarde esse valor- US$ 50.000,00 – já que ele também serve para nos dizer quando uma importação estará sujeita ao Registro de Exportação Simplificado. O Registro de Exportação Simplificado (RES) é aplicável a operações de exportação com cobertura cambial e para embarque imediato para o exterior, até o limite de US$50.000,00. Art. 173. O Registro de Exportação Simplificado – RES - no SISCOMEX é aplicável a operações de exportação, com cobertura cambial e para embarque imediato para o exterior, até o limite de US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares dos Estados Unidos), ou o equivalente em outras moedas. 17- (AFRF-2003)- No marco da cooperação para o desenvolvimento, os países indutrializados estabeleceram o Sistema Geral de Preferências (SGP), almejando facilitar o comércio com os países em desenvolvimento. O SGP consiste em: a) suspensão de tributos, em caráter definitivo, para importações de matérias-primas e manufaturas procedentes de países em desenvolvimento. b) negociações que objetivam concessões mútuas de preferências tarifárias para os produtos menos competitivos e que são tornadas permanentes uma vez definidas. c) concessões tarifárias, outorgadas em base de não-reciprocidade, para exportações de manufaturas originárias e procedentes de países em desenvolvimento, segundo quantidades, condições de preços e períodos pré-determinados. d) sistema de cotas e preços que beneficiam as importações de países em desenvolvimento e que é negociado no âmbito do Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT). e) concessões tarifárias condicionais estendidas somente aos países de menor desenvolvimento econômico relativo e que abrangem as exportações de matérias-primas e demais produtos primários deles procedentes. LETRA C. a) ERRADO.O SGP baseia-se na concessão de preferências tarifárias e não na suspensão de tributos. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br b)ERRADO.As preferências tarifárias, no âmbito do SGP, são outorgadas de forma unilateral, em base de não-reciprocidade. De forma alguma as concessões de preferências são mútuas. c) CERTO. As concessões tarifárias são outorgadas de forma unilateral segundo quantidades, condições de preços e períodos pré-determinados. É importante aqui ressaltarmos que o SGP não é um sistema homogêneo. Assim, existe o SGP do Japão, o SGP da União Européia, o SGP dos Estados Unidos... Cada um tem regras próprias, que são modificadas periodicamente. As regras de origem e as listas de produtos beneficiados são, portanto, específicas de cada país, o que dificulta sobremaneira para o exportador beneficiário do regime. Imagine a dificuldade para um exportador que vende mercadorias para os E.U.A e para a União Européia ter que se adaptar a cada sistema com suas regras próprias! O SGP é extremamente importante para o comércio exterior, consistindo em importante instrumento de preferência tarifária que o Brasil possui em suas relações comerciais com EUA e União Européia. d) ERRADO. O SGP baseia-se em preferências tarifárias e não em um sistema de cotas. e) ERRADO. As concessões tarifárias são outorgadas pelos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento de forma geral e não somente aos países de menor desenvolvimento econômico relativo. Vale ressaltar que países com menor grau de desenvolvimento que sejam beneficiários do SGP tem preferências maiores conferidas pelos outorgantes do sistema. 18- (TRF-2006) – Assinale a opção incorreta: a) Entre os países que participam do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) estão, por exemplo, o Brasil, Argentina, a Colômbia e o México. b) Com base no Sistema Geral de Preferências, o Brasil concede vantagens na importação de alguns produtos originários de países em desenvolvimento, ao reduzir o imposto de importação incidente sobre eles. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br c) Em regra, a prova documental necessária para que o produto se beneficie do tratamento tributário preferencial do Sistema Geral de Preferências (SGP) é o Formulário A. d) Para que um exportador brasileiro se beneficie do tratamento preferencial do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC), é necessário que obtenha um Certificado de Origem do SGPC, emitido pelas Federações de Indústrias credenciadas para tanto. e) Ao mesmo tempo em que certas importações feitas pelo Brasil podem se beneficiar do SGPC, certas exportações brasileiras também se beneficiam do mesmo regime. LETRA B. a) CERTO. Se no Sistema Geral de Preferências (SGP) as preferências tarifárias eram outorgadas dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, no SGPC são os países em desenvolvimento que outorgam entre si preferências tarifárias. Brasil, Argentina, Colômbia e México são países em desenvolvimento que participam do SGPC. b) ERRADO. O Brasil, através do Sistema Geral de Preferências, recebe concessões tarifárias e não as outorga. Quem outorga preferências tarifárias no âmbito do SGP são os países desenvolvidos. c) CERTO. Para que um produto possa ser exportado com o benefício do SGP, devem ser cumpridas determinadas exigências: - constar das listas positivas de mercadorias com direito ao SGP ou não estar expressamente mencionado em listas negativas divulgadas periodicamente pelos outorgantes; - ser originário do país beneficiário exportador, o que será comprovado através da apresentação de um documento intitulado Certificado de Origem Formulário A; - ser transportado diretamente do país beneficiário para o outorgante do SGP. No Brasil, o Certificado de Origem Formulário A é expedido por dependências do Banco do Brasil S.A devidamente autorizadas pela SECEX. A COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br administração do SGP no Brasil cabe ao DEINT (Departamento de Negociações Internacionais) da SECEX. d) CERTO. A assertiva está perfeita. Para fazerem jus às preferências do SGPC, os produtos importados deverão ser acompanhados do Certificado de Origem SGPC. As entidades credenciadas a emitir esse documento no Brasil são Federações de Indústrias de alguns estados. e) CERTO. Essa questão exigia o raciocínio do candidato de forma que ele percebesse que, como o SGPC baseia-se em concessões mútuas, o Brasil pode conceder preferências em suas importações como também recebê-las em suas exportações. 19- (Questão Inédita) – Leia cada uma das assertivas abaixo e assinale (V) ou (F) conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a alternativa que contenha a exata seqüência: ( ) O Sistema Geral de Preferências representa uma exceção à cláusula da nação mais favorecida, sendo concedido de forma homogênea pelos países desenvolvidos. ( ) O SGP foi criado no âmbito da UNCTAD e consiste em um sistema em que os países desenvolvidos outorgam preferências tarifárias aos países em desenvolvimento de forma unilateral, não necessitando estendê-las a terceiros países. ( ) O potencial do SGP é subaproveitado por muitos países em desenvolvimento, tendo em vista a complexidade de suas regras, particularmente as regras de origem. ( ) O SGPC (Sistema Global de Preferências Comerciais) baseia-se em concessões mútuas de preferências entre os participantes no intuito de trazer benefícios a todos, considerados seus níveis de desenvolvimento econômico e industrial, os padrões de seu comércio exterior, suas políticas e seus sistemas comerciais. Para fazerem jus ao SGPC, os produtos importados devem estar acompanhados do Certificado de Origem – Formulário A. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br a) VVFV b)VFFV c) VVVF d) FVVF e) FVVV LETRA D. I) FALSO. O Sistema Geral de Preferência realmente representa uma exceção à cláusula da nação mais favorecida. No entanto, ele não é concedido de forma homogênea pelos seus outorgantes. Cada um deles possui um sistema próprio, com regras próprias. II) VERDADEIRO. O Sistema Geral de Preferências foi criado no âmbito da UNCTAD na década de 1970, com o intuito de facilitar o acesso aos mercados dos países desenvolvidos. III) VERDADEIRO. Devido à heterogeneidade do SGP e à complexidade de suas regras, sem dúvida alguma este é um sistema subaproveitado, particularmente pelos micro e pequenos empresários. IV) FALSA. A assertiva está quase toda perfeita, mas no final dela eu coloquei uma casca de banana para pegar alguns de vocês! (rsrsrs...) Não sei se deu muito certo! É o seguinte, pessoal: para fazer jus ao SGPC os produtos importados deverão estar acompanhados do Certificado de Origem –SGPC. O Certificado de Origem Formulário A serve como prova documental para que um determinado produto se beneficie do SGP. 20- (Questão Inédita)- Leia cada uma das assertivas abaixo e assinale (V) ou (F) conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a alternativa que contenha a exata seqüência: ( ) O SGP da União Européia pode ser desdobrado em três regimes: regime geral, regime especial a favor dos países de menor desenvolvimento relativo e regime especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa governança. Para os produtos originários de países menos desenvolvidos, a União Européia concede suspensão total dos direitos aduaneiros. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br ( ) O SGP dos Estados Unidos consiste numa redução de 100% na tarifa alfandegária aplicável a produtos elegíveis dos países beneficiários. ( ) Para que um produto possa ser exportado com o benefício do SGP, basta que ele conste das listas positivas de mercadorias com direito ao SGP ou não esteja mencionado em listas negativas divulgadas periodicamente pelos outorgantes. ( ) Devido à complexidade das regras de origem do SGP dos Estados Unidos e da União Européia, não há grande benefício de fato às exportações brasileiras e uma possível exclusão do Brasil como beneficiário não afetaria substancialmente sua balança comercial. a) VVFV b) VVFF c) VFFV d) FVVF e) FVVV LETRA B. I) VERDADEIRO. O SGP da União Européia consiste num regime geral concedido a todos os países e territórios beneficiários, e dois regimes especiais que atendam às diversas necessidades de desenvolvimento de países em situações econômicas análogas. Esses dois regimes especiais são justamente os dois que a questão discrimina: regime especial a favor dos países de menor desenvolvimento relativo e regime especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa governança. O SGP concede uma redução ou suspensão de direitos aduaneiros, sem limites quantitativos, a produtos originários de países em desenvolvimento. Para os produtos originários dos países menos desenvolvidos, com exceção de armas e munições, a União Européia concede a suspensão total de direitos aduaneiros. O Brasil é beneficiário do Regime Geral. II) VERDADEIRO. No SGP dos Estados Unidos todos os produtos beneficiados contam com uma preferência de 100%, isto é, com tarifa zero. III) FALSA. Questão bastante interessante! O erro dela está em afirmar que para que um produto possa ser exportado com o benefício do SGP basta que COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br ele conste das listas positivas de mercadorias com direito ao SGP ou não esteja mencionado em listas negativas divulgadas periodicamente pelos outorgantes. Esse requisito, por si, só não é suficiente para que um produto possa gozar dos benefícios do SGP. Para que um produto possa ser exportado com o benefício do SGP, devem ser cumpridas três exigências: 1) Constar das listas positivas de mercadorias com direito ao SGP ou não estar expressamente mencionado em listas negativas divulgadas periodicamente pelos outorgantes; 2) Ser originário do país beneficiário exportador, o que será comprovado através da apresentação de um documento intitulado Certificado de Origem Formulário A; 3) Ser transportado diretamente do país beneficiário para o outorgante do SGP. IV) FALSA. Realmente, como vimos em questão anterior, a complexidade das regras do SGP tem como conseqüência, em certos casos, o subaproveitamento de seu potencial. Entretanto, a questão se engana ao afirmar que o SGP dos Estados Unidos e o SGP da União Européia não trazem benefício de fato às exportações brasileiras. Ao contrário, o SGP da União Européia e dos E.U.A representam uma parte significativa de nossas exportações para estes países e se porventura o Brasil fosse excluída desse sistema preferencial, haveria graves conseqüências à nossa Balança Comercial. 21-(Questão Inédita)- De acordo com a legislação brasileira aplicável ao controle administrativo no comércio exterior, a importação de material usado está sujeita ao licenciamento não-automático. A importação de bens de consumo usados, como regra geral, não é permitida. Assim, a importação de pneus remoldados do MERCOSUL não é permitida. Sobre isso inclusive tramita no STF Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental que objetiva declarar a constitucionalidade dessas normas impeditivas. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br ERRADA. Essa é uma questão bem atual e que coloquei aqui porque acredito que poderá ser objeto de cobrança em provas futuras. A assertiva acima é perfeita em muitos pontos, mas novamente há uma tentativa de puxar o tapete do concurseiro. Daí a necessidade de conhecer o caso por inteiro. Os seguintes pontos você pode memorizar: 1) As importações de material usado estão sujeitas ao licenciamento não-automático. 2) As importações de bens de consumo usados, exceto doações não é permitida. 3) É permitida a importação de pneus remoldados de países do MERCOSUL. (embora estes sejam bens de consumo usados) 4) Não é permitida a importação de pneus remoldados de outros países do mundo. “Ricardo, mas por que não é permitida, como regra geral, a importação de bens de consumo usados?” Interpretando-se essa regra segundo o sentido finalístico que almeja, podemos verificar que há restrições à entrada de material usado no país por motivos de adequação a normas técnicas, de proteção à indústria nacional e ainda por questões ambientais. Por sua vez, a proibição da entrada de bens de consumo usados, com exceção das operações efetuadas sob a forma de doação, baseia-se fundamentalmente em uma proteção ao direito constitucional do meio ambiente ecologicamente equilibrado. A inexistência do referido controle administrativo importaria em tornar o Brasil um depósito de produtos inservíveis aos países desenvolvidos e ainda, em permitir a concorrência predatória contra a indústria nacional de bens de consumo. Contrariando a regra geral, a legislação brasileira admite a possibilidade de importação de pneus remoldados de países do MERCOSUL, não admitindo a importação desse mesmo tipo de produto de qualquer outro país. Agora eu lhes pergunto: a que princípio da OMC esta norma estaria infringindo? Muito bom, isso mesmo! Esta norma estaria infringindo a cláusula da nação mais favorecida, o que motivou a União Européia a entrar na OMC contra o COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br Brasil, alegando ofensa ao princípio da não-discriminação. No processo de solução de controvérsias, o Órgão de Apelação chegou à conclusão de que seria justificável a medida adotada pelo Brasil quanto à proibição de pneus usados e reformados, para fins de proteger a vida e a saúde humanas, bem como a sua flora e fauna, mas que a isenção de proibição de importação de pneus usados dada ao MERCOSUL e as importações destes por meio de liminares configurariam uma injustificada e arbitrária discriminação. “Ricardo, mas por que o Brasil permite importação de pneus usados do MERCOSUL, mas não permite de outros países?” No ano de 2000 foi editada uma Portaria pela SECEX que proibiu a importação de pneumáticos recauchutados e usados, seja como bem de consumo, seja como matéria-prima. O Uruguai, considerando-se prejudicado, solicitou ao Brasil negociações diretas sobre a proibição de importações de pneus usados procedentes daquele país. Essa situação deu causa ao questionamento do Uruguai perante o Tribunal Arbitral ad hoc do MERCOSUL, que, em 2002, concluiu pela ilegalidade da proibição de importação de pneus remoldados de países integrantes do bloco econômico da América do Sul, o que obrigou o Brasil a adequar sua legislação àquela decisão, irrecorrível. Em decorrência disso, foi editada a Portaria SECEX 2/2002, que manteve a vedação de importação de pneus usados, à exceção dos pneus remoldados provenientes dos países-partes do MERCOSUL. Respondida a pergunta? Paralelo a tudo isso, uma série de decisões judiciais autorizou a importação de pneus usados não-originários do MERCOSUL, o que levou o Presidente da República a entrar com uma ADPF (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental) perante o STF, em que se discute se tais decisões judiciais que autorizam a importação de pneus usados ofendem os preceitos inscritos nos artigos 196 e 225 da CF- direito à saúde e ao meio-ambiente ecologicamente equilibrado. O julgamento não chegou ao final, já que o Ministro Eros Grau pediu vista dos autos, mas a inclinação da nossa Corte Suprema é no sentido de declarar constitucionais as normas que proíbem a importação de pneus usados; e COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br inconstitucionais as decisões judiciais que autorizaram a prática de atitudes contrárias a essa norma. O erro da questão está em afirmar que são proibidas as importações de pneus remoldados do MERCOSUL COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br LISTA DE QUESTÕES 1-(ACE – 2008)-No Brasil, como regra geral, as importações são sujeitas a licenciamento (automático e não-automático), estando deste dispensadas somente as importações amparadas em acordos preferenciais ou sujeitas a regimes aduaneiros especiais. 2- (ACE-2008) - Os procedimentos administrativos das exportações efetuados junto ao SISCOMEX envolvem, no que toca à empresa exportadora, o credenciamento no Registro de Exportadores e Importadores (quando da realização da primeira operação), o preenchimento do Registro de Operação de Crédito e do Registro de Exportação e, nos casos de produtos sujeitos a procedimentos especiais, o preenchimento do Registro de Venda e o processamento do Despacho Aduaneiro de Exportação. 3- (AFRF-2003) - O licenciamento não-automático, quando exigível, deve ser providenciado, em regra, anteriormente ao embarque da mercadoria no exterior. Em determinadas hipóteses, pode ser providenciado após o embarque e anteriormente ao despacho aduaneiro. 4- (AFRF-2003) - Todas as mercadorias importadas estão sujeitas a licenciamento, que ocorre, por meio do Siscomex, de forma automática ou não- automática, o que significa que a mercadoria está com a importação proibida ou suspensa, ou depende da manifestação de órgão anuente. 5-(AFRF-2003) - As mercadorias importadas sem licença de importação ficam sujeitas à pena de perdimento, que poderá ser aplicada cumulativamente com a multa por infração ao controle administrativo das importações. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 6- (AFRF-2003) - O licenciamento das importações deve ser requerido antes do embarque da mercadoria, nas hipóteses de licenciamento automático, ou até o início do exame documental, nas hipóteses de licenciamento não-automático. 7-(AFRF-2003) - Exige-se o licenciamento não-automático para as mercadorias sujeitas ao regime comum de importação e o licenciamento automático para as sujeitas aos regimes aduaneiros especiais, suspensivos ou isentivos. 8- (AFRF-2002.2) - As peças sobressalentes que acompanham as máquinas e/ou equipamentos importados sujeitam-se ao tratamento fiscal e administrativo (dados da importação informados no SISCOMEX) a seguir descrito: a) são licenciadas separadamente da licença referente às máquinas e/ou equipamentos, sendo classificadas na NCM separadamente, quando com elas despachadas. b) são licenciadas conjuntamente com as máquinas e/ou equipamentos, independentemente do valor das mesmas porém classificam- se na posição das máquinas e/ou equipamentos quando o seu peso não ultrapassar 5% (cinco por cento) do peso total da mercadoria licenciada. c) desde que detalhadamente descritas e seu valor não ultrapasse 5% (cinco por cento) do valor da máquina e/ou equipamento, podem figurar na mesma licença de importação e no mesmo código da NCM. d) sendo detalhadamente descritas, podem figurar na mesma licença de importação das máquinas e/ou equipamentos e no mesmo código da NCM, desde que seu valor, seja qual for, esteja previsto na documentação relativa à importação (fatura, contrato etc.). e) é dispensada a descrição detalhada das peças sobressalentes, desde que elas figurem na mesma licença de importação e no mesmo despacho aduaneiro das máquinas e/ou equipamentos, com o mesmo código de Nomenclatura Comum do MERCOSUL- NCM, desde que seu valor não ultrapasse 10% (dez porcento) do valor da máquina e/ou equipamento e esteja previsto na documentação relativa à importação (contrato, fatura, projeto etc.). COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 9- (AFRF-2002.2) - O licenciamento não-automático previamente ao embarque das mercadorias no exterior é exigível para as importações a) sujeitas à obtenção de cota tarifária amparadas em acordos bilaterais no âmbito da União Européia, excluídas aquelas sujeitas à cota não-tarifária. b) objeto de arrendamento operacional simples e as sujeitas a exame de similaridade. c) a serem submetidas ao regime aduaneiro especial de entreposto aduaneiro na modalidade de não-vinculado. d) objeto de medidas compensatórias em decorrência de subsídios concedidos por governos estrangeiros. e) objeto de obrigatoriedade de transporte em navio ou aeronave de bandeira brasileira. 10- (AFRF-2002,2) - O regime de licença prévia na importação, configurando uma restrição quantitativa, pode ser instituído pelos países, sendo tolerado pela Organização Mundial de Comércio (OMC) principalmente a) visando selecionar aquelas mercadorias cuja produção interna seja incipiente e de qualidade inferior e, neste sentido, restringindo a importação que seria danosa pela concorrência, promove o desenvolvimento industrial. b) visando selecionar aquelas mercadorias tributadas com alíquotas mais elevadas e, assim, incrementando a arrecadação tributária, evita a emissão de moeda e conseqüentemente a inflação, promovendo o desenvolvimento do país. c) como medida de proteção à industria doméstica, e, assim, promovendo o seu desenvolvimento, impedindo ou restringindo a entrada do concorrente estrangeiro. d) visando evitar a formação de estoques especulativos de produtos aguardando a cotação no mercado nacional em alta, bem como impedir a importação de mercadorias originárias de países que discriminem as importações de outro país. e) como mecanismo de controle cambial exclusivamente para os países com dificuldades em seu balanço de pagamentos, além da necessidade de controlar a entrada de produtos afetos à autorização de órgãos governamentais específicos. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 11- (AFRF 2002.1) - Por licenciamento entende-se o regime administrativo que faz valer a necessidade de uma licença como condição para importar mercadorias. Pode ser automático e não-automático. Em face do enunciado, assinale a opção correta. a) O licenciamento não-automático implica na proibição da importação. b) O licenciamento não-automático prescinde de exame por parte da autoridade administrativa. c) O licenciamento automático dá-se através da emissão de uma Guia de Importação. d) O licenciamento não-automático condiciona a importação ao exame de certos requisitos e condições elencados na norma administrativa. e) O licenciamento automático precede o licenciamento não-automático. 12- (AFRF-2000)- Sujeitam-se ao licenciamento não-automático previamente ao embarque as importações: a) de materiais de reposição e conserto para uso de embarcações ou aeronaves estrangeiras. b) sob regime de admissão temporária, exceto quando se tratar de obras audiovisuais condicionadas à manifestação de Secretaria do Desenvolvimento Audiovisual do Ministério da Cultura. c) sujeitas à obtenção de cota tarifária. d) sob regimes aduaneiros especiais de entreposto aduaneiro e entreposto industrial. e) sob regimes aduaneiros atípicos de loja franca, depósito franco, depósito afiançado e depósito especial alfandegado. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 13- (AFTN/1998) – O registro do exportador é condição básica para operações de exportação. Sobre o mesmo é correto afirmar-se que: a) Requer o envio prévio de documentação e a comprovação posterior de realização da exportação junto à Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. b) Obedece aos mesmos critérios e procedimentos para pessoas físicas e jurídicas. c) Se dá de forma automática e gratuita, quando da realização da primeira operação. d) É concedido apenas a pessoas jurídicas, mediante informação do número de inscrição no Conselho Nacional das Pessoas Jurídicas. e) É concedido pela Divisão de Informações Comerciais do Ministério das Relações Exteriores a pessoas físicas e jurídicas, mediante requerimento. 14- (AFTN 1996) – O Sistema Geral de Preferências (SGP) foi criado no seio da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD, com o objetivo de fomentar o comércio internacional, especialmente em benefício dos países em desenvolvimento, que há muito vinham observando dificuldades cada vez maiores para sustentar seus programas de desenvolvimento e industrialização, face ao declínio da importância relativa dos bens primários tradicionais no comércio internacional. A principal característica do Sistema Geral de Preferências é a (o): a) abertura de linhas especiais de crédito à exportação originária dos países em desenvolvimento. b) estabelecimento de quotas preferenciais aos países em desenvolvimento. c) estabelecimento de padrões menos rígidos para concessão de subsídios à exportação por parte dos governos dos países em desenvolvimento. d) importação, pelos países industrializados, de produtos manufaturados e serviços preferencialmente produzidos nos países em desenvolvimento. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br e) eliminação total ou parcial, pelos países industrializados, de tarifas que incidem sobre produtos originários de países em desenvolvimento, sem exigência de reciprocidade. 15- (ACE 2002)- Sobre o Registro de Exportação (RE), é correto afirmar-se que: a) É realizado anteriormente ao Registro de Venda e reúne as informações comerciais e cambiais relativas à operação de exportação. b) É emitido ao final da operação de exportação e reúne todos os registros feitos em etapas prévias. c) Reúne as informações financeiras necessárias à emissão posterior do Comprovante de Exportação. d) Contém todas as informações sobre a operação de exportação e é expedido após o embarque da mercadoria exportada. e) É realizado previamente à declaração para despacho aduaneiro e ao embarque da mercadoria contendo informações comerciais, fiscais e cambiais relativas à operação de exportação. 16- (AFRF 2003)- A SECEX mantém um Cadastro de Exportadores e Importadores, do qual é parte integrante o REI – Registro de Exportadores e Importadores. A regra geral é que todas as exportações e importações somente podem ser efetuadas por pessoas e empresas inscritas no REI. São exceções: a) as exportações efetuadas pela via postal, com ou sem cobertura cambial, realizadas por pessoas físicas ou jurídicas, até o limite de US$20.000,00 ou o equivalente em outra moeda, exceto donativos. b) as operações de exportação, com cobertura cambial e pra embarque imediato para o exterior, até o limite de US$20.000,00, conceituadas como “Operação Normal- Código 80” na Tabela de Enquadramento da Operação, não sujeitas ao imposto de exportação ou contingenciamento, nem vinculadas ao Regime Automotivo. c) as exportações e importações de mercadorias e bens destinados a feiras, exposições e eventos semelhantes, promovidas por instituições governamentais. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br d) os representantes de órgãos da administração pública direta, autarquia e fundação pública, organismo internacional ou outra instituição extraterritorial. e) as importações objeto de Despacho Simplificado de Importação (DSI) e Licença de Importação (LI) automática, sem cobertura cambial, e as exportações objeto de Despacho Simplificado de Exportação (DSE) e Registro de Exportação Simplificado (RES), até o valor de US$3.000,00 ou o equivalente em outra moeda. 17- (AFRF-2003)- No marco da cooperação para o desenvolvimento, os países indutrializados estabeleceram o Sistema Geral de Preferências (SGP), almejando facilitar o comércio com os países em desenvolvimento. O SGP consiste em: a) suspensão de tributos, em caráter definitivo, para importações de matérias- primas e manufaturas procedentes de países em desenvolvimento. b) negociações que objetivam concessões mútuas de preferências tarifárias para os produtos menos competitivos e que são tornadas permanentes uma vez definidas. c) concessões tarifárias, outorgadas em base de não-reciprocidade, para exportações de manufaturas originárias e procedentes de países em desenvolvimento, segundo quantidades, condições de preços e períodos pré- determinados. d) sistema de cotas e preços que beneficiam as importações de países em desenvolvimento e que é negociado no âmbito do Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT). e) concessões tarifárias condicionais estendidas somente aos países de menor desenvolvimento econômico relativo e que abrangem as exportações de matérias- primas e demais produtos primários deles procedentes. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 18- (TRF-2006) – Assinale a opção incorreta: a) Entre os países que participam do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) estão, por exemplo, o Brasil, Argentina, a Colômbia e o México. b) Com base no Sistema Geral de Preferências, o Brasil concede vantagens na importação de alguns produtos originários de países em desenvolvimento, ao reduzir o imposto de importação incidente sobre eles. c) Em regra, a prova documental necessária para que o produto se beneficie do tratamento tributário preferencial do Sistema Geral de Preferências (SGP) é o Formulário A. d) Para que um exportador brasileiro se beneficie do tratamento preferencial do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC), é necessário que obtenha um Certificado de Origem do SGPC, emitido pelas Federações de Indústrias credenciadas para tanto. e) Ao mesmo tempo em que certas importações feitas pelo Brasil podem se beneficiar do SGPC, certas exportações brasileiras também se beneficiam do mesmo regime. 19- (Questão Inédita) – Leia cada uma das assertivas abaixo e assinale (V) ou (F) conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a alternativa que contenha a exata seqüência: ( ) O Sistema Geral de Preferências representa uma exceção à cláusula da nação mais favorecida, sendo concedido de forma homogênea pelos países desenvolvidos. ( ) O SGP foi criado no âmbito da UNCTAD e consiste em um sistema em que os países desenvolvidos outorgam preferências tarifárias aos países em desenvolvimento de forma unilateral, não necessitando estendê-las a terceiros países. ( ) O potencial do SGP é subaproveitado por muitos países em desenvolvimento, tendo em vista a complexidade de suas regras, particularmente as regras de origem. COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br ( ) O SGPC (Sistema Global de Preferências Comerciais) baseia-se concessões mútuas de preferências entre os participantes no intuito de trazer benefícios a todos, considerados seus níveis de desenvolvimento econômico e industrial, os padrões de seu comércio exterior, suas políticas e seus sistemas comerciais. Para fazerem jus ao SGPC, os produtos importados devem estar acompanhados do Certificado de Origem –Formulário A. a) VVFV b)VFFV c) VVVF d) FVVF e) FVVV 20- (Questão Inédita)- Leia cada uma das assertivas abaixo e assinale (V) ou (F) conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a alternativa que contenha a exata seqüência: ( ) O SGP da União Européia pode ser desdobrado em três regimes: regime geral, regime especial a favor dos países de menor desenvolvimento relativo e regime especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa governança. Para os produtos originários de países menos desenvolvidos, a União Européia concede suspensão total dos direitos aduaneiros. ( ) O SGP dos Estados Unidos consiste numa redução de 100% na tarifa alfandegária aplicável a produtos elegíveis dos países beneficiários. ( ) Para que um produto possa ser exportado com o benefício do SGP, basta que ele conste das listas positivas de mercadorias com direito ao SGP ou não esteja mencionado em listas negativas divulgadas periodicamente pelos outorgantes. ( ) Devido à complexidade das regras de origem do SGP dos Estados Unidos e da União Européia, não há grande benefício de fato às exportações brasileiras e uma possível exclusão do Brasil como beneficiário não afetaria substancialmente sua balança comercial. a) VVFV COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERC. P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br b) VVFF c) VFFV d) FVVF e) FVVV 21- (Questão Inédita)- De acordo com a legislação brasileira aplicável ao controle administrativo no comércio exterior, a importação de material usado está sujeita ao licenciamento não-automático. A importação de bens de consumo usados, como regra geral, não é permitida. Assim, a importação de pneus remoldados do MERCOSUL não é permitida. Sobre isso inclusive tramita no STF Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental que objetiva declarar a constitucionalidade dessas normas impeditivas.