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GEOLOGIA PRONTO1 trabalho de campo do marllon

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Enviado por Leonardo Freire em

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1 - INTRODUÇÃO
Segundo ROCHA (2006), a formação rochosa que ocorre no município de Juiz de Fora é geologicamente antiga e engloba uma grande variedade de rochas metamórficas de idade Arqueana, que sofreram intensas atividades tectônicas originando assim fraturas e falhamentos de empurrão.
No dia 18/04/09, foi realizado um trabalho de campo na Garganta do Dilermando, que se localiza na Avenida Barão do Rio Branco, na cidade de Juiz de Fora, com a finalidade de identificar o tipo de rocha do afloramento, sua composição mineralógica e estruturas presentes no local, tais como fraturas, falhas e dobras. 
A geologia do município é composta por dois grandes domínios geológicos: um denominado de complexo Juiz de Fora e outro chamado complexo Piedade. Essas unidades são compostas por uma grande variedade de rochas metamórficas que “são formadas pela transformação de outras rochas preexistentes, sobre condições de pressão e temperatura elevadas” (Guerra & Guerra, 1997). O afloramento é consequência do corte feito para a ampliação da avenida, que facilitaria o acesso do Bairro Bandeirantes e adjacentes ao centro da cidade, além de facilitar também o acesso de veículos de cidades da região ao centro de Juiz de Fora.
2- METODOLOGIA 
Para o estudo da área em questão, utilizamos os seguintes materiais: bússola geológica, martelo geológico, uma caneta, régua, faca, câmera digital fotográfica.
No primeiro momento tivemos uma apresentação da área estudada através das explicações do professor. Depois partimos para a confecção do croqui da área (anexo1),adequando a escala espacial.
Em um segundo momento, fizemos uma observação de caráter especulativo em que determinamos quais planos de fraturas seriam medidos na rocha e quais planos de falhas seriam medidos na área intemperizada. Para essas medições (ângulo, sentido e mergulho) utilizamos uma bússola. Com o martelo foi retirada uma amostra de rocha e do material intemperizado. Uma caneta de 14,5 cm de tamanho foi utilizada como medida de referência para escala. A câmera fotográfica serviu de auxílio para os registros de imagens do local.
3- DADOS OBTIDOS/DISCUSSÃO
O grupo identificou linhas na rocha, que é estruturada verticalmente, a partir da rocha fresca na base, sobre a qual forma-se o Saprolito e o solum (Foto1).
 Foto 1.
Após análise, constatou-se que se tratava de planos de fraturas. A partir disso foram escolhidos três planos para a obtenção de suas respectivas medidas, tais como: direção, sentido e ângulo de mergulho dos planos.
3.1 - FRATURA 1(Foto 2):
 Foto 2.
Nessa fratura obtivemos as seguintes medidas:
Direção do plano: N 123°
Ângulo de mergulho: 68°
Sentido do mergulho: 33°
3.2 - FRATURA 2 (Foto 3):
 Foto 3
Direção do plano: N 99	°
Ângulo de mergulho: 9°
Sentido do mergulho: 189°
3.3 - FRATURA 3 (Foto 4):
 Foto 4.
Direção do plano: N 48°
Obs: por se tratar de uma fratura sub horizontal, apresentam ângulo e sentido de mergulho irrelevantes.
3.4 - ÁREA INTEMPERIZADA:
Foi nesta área, num segundo momento do trabalho, que identificamos um material alterado pela ação do intemperismo, que é o conjunto de modificações de ordem física e química que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra. Os produtos do intemperismo, rocha alterada e solo, estão sujeitos aos outros processos do ciclo supérgeno – erosão, transporte e sedimentação – os quais acabam levando á denudação continental com o conseqüente aplainamento do relevo. Esse material intemperizado se formou a partir de transformações químicas ocorridas na rocha, possibilitadas principalmente da penetração de água nos planos de fratura. Não houve intemperismo físico porque o material intemperizado não sofreu erosão. 
Nesse material, alterita ou saprolito identificamos diferentes cores, provenientes dos minerais ali presentes (foto 5):
 Foto 5.
Fe oxidado (vermelho)
Ni (verde)
Al (amarelo)
Constatamos também nesta área planos de fraturas mais detalhados, facilitando a identificação de falhas, que são originadas a partir de deformações rúpteis nas rochas da crosta terrestre. No caso da área observada trata-se de uma falha discreta de pequena expressão (fotos 6 e 7).
 Foto 6. Foto 7. (Ampliação feita a partir da Foto 6).
3.5 - MEDIDAS DA FALHA:
Direção do plano: N 83°
Ângulo do mergulho: 75°
Sentido do mergulho: 353° 
Rejeito: 0,9 cm 
 Foto 8: Medida da Falha.
O local onde é hoje a Garganta do Dilermando, no passado era um imenso bloco rochoso metamórfico. Este bloco rochoso foi implodido com dinamites para facilitar o acesso do Bairro Bandeirantes e adjacentes ao Centro da cidade a partir do prolongamento da Avenida Barão do Rio Branco. Estas implosões deixaram marcas e ocasionaram algumas fraturas. Dessa forma a ação antrópica foi responsável pela exposição da rocha que pode ser vista em ambos os lados da avenida.
 
Foto 9: Visão panorâmica da área em estudo.
Sobre a rocha encontra-se material intemperizado e solo pedológico em superfície, com vegetação. Há, ao lado oposto do perfil analisado, uma cicatriz de escorregamento, que caracteriza um risco geológico visível, pois acima de tal cicatriz existem casas e uma torre .
Através da construção da Garganta do Dilermando foram também construídas ruas de acesso aos bairros Bairu e Manoel Honório. Portanto, a implosão do bloco rochoso e a ampliação da avenida proporcionaram facilidade no acesso a esta região da cidade.
4 - BIBLIOGRAFIA:
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de textos. 2002.
ROCHA, G. C. Riscos Ambientais: Análise e Mapeamento em Minas Gerais. Juiz de Fora: Editora da Universidade Federal de Juiz de Fora, 2006
GUERRA, A. T. & GUERRA, A. J. T. Novo dicionário geológico geomorfológico, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.
http://earth.google.com/ [Consultado em 5 de Maio de 2009].
 
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