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Segregação urbana
A dinâmica da urbanização sempre contou com a participação do Estado, e este sempre foi representante dos interesses da elite do país, incluindo esta representatividade na formulação das políticas públicas de urbanismo.
Como evidência, avançando pelo início do crescimento da metrópole de São Paulo, pode-se ver claramente como o Estado trazia benefícios às localizações escolhidas pela aristocracia.
Entre o final do século XIX e primeiras décadas do século XX, o Brás e a Lapa tornaram-se bairros ocupados pelos operários da cidade por dois motivos: as localidades eram propícias à instalação de indústrias pela proximidade com a linha férrea e eram zonas de várzeas dos rios Tamaduateí e Tietê, com possibilidade de alagamentos.
Devido a esses fatores, obviamente, a classe mais privilegiada nunca sonharia em habitar tais terras. Assim, os bairros nobres situavam-se nas proximidades da Av. Paulista, região alta da cidade, onde o setor público não economizou em benfeitorias como, por exemplo, o Viaduto do Chá, obra para permitir a ligação entre o “centro antigo” e a recém aberta avenida, e a infraestrutura implementada no bairro de Higienópolis.
No Brasil e, particularmente, na cidade de São Paulo, as ferramentas de ordenamento do espaço usadas pelo Estado (tais como zoneamento, benfeitorias urbanas, infraestutura) sempre foram manipuladas para atender aos interesses de grupos dominantes.
Há também outros fatores, um tanto quanto complexos, que estão presentes no desenvolvimento econômico do Brasil e que contribuem diretamente para a exclusão dos proletários e menos favorecidos das áreas mais privilegiadas do município, um deles é a industrialização que se instalou com a operacionalização de baixos salários.
Assim, mesmo antes das décadas de 1980 e 1990, as quais se denominam de décadas perdidas, a maioria dos trabalhadores do setor secundário brasileiro (incluindo aqui as indústrias automobilísticas) foi excluída do mercado imobiliário privado e teve que buscar outras formas de morar, como favelas e loteamentos clandestinos periféricos.
A segregação urbana, nada mais é que a conseqüência visível da desigualdade social e só faz contribuir para que esta seja contínua e se torne uma herança que passará de pai para filho. A exclusão social não é algo fácil de ser medido, mas é algo que se expressa fisicamente no espaço das cidades.
A dificuldade de acesso aos serviços e à infraestrutura (transporte precário, saneamento deficiente ou inexistente, falta de drenagem e captação das águas pluviais, exposição à ocorrência de enchentes e desmoronamentos, insuficiência dos serviços de saúde, falta de equipamentos para a educação e o lazer) antecede e propicia a falta de boas oportunidades de empregos e a maior exposição à violência.
Há, ainda, o ônus ambiental que vem para complementar todos os prejuízos sociais trazidos pela segregação urbana. É nas áreas indesejáveis para o mercado imobiliário privado e legal que a população pobre pode se instalar. Estas são, normalmente, encostas de morros, regiões alagadiças, beira de córregos, áreas contaminadas, zonas de proteção ambiental (sem fiscalização), e outras.
Não se pode mais aceitar a omissão do poder público, principalmente dos governos municipais, frente a essa situação de calamidade da habitação nas cidades brasileiras. O caos é visto em São Paulo e em tantas outras grandes do país.
O Brasil precisa, urgentemente, cuidar de suas cidades e a melhor forma de se fazer isto é cuidando de seus cidadãos. A complexidade do problema é inegável, mas as transformações para melhor precisam aparecer.
Por Alexandra Lima*
Alexandra Lima é arquiteta, pós-graduada em Gerenciamento de Empreendimentos na Construção Civil, pelo Mackenzie, e atua no mercado imobiliário paulistano na incorporação de empreendimentos residenciais com foco no padrão econômico
http://www.focando.com.br/?p=3636
ana fani analisa neste livro o fenômeno urbano na metrópole paulista, tendo cotia como estudo de caso. a autora contrapõe-se às análises que entendem a cidade apenas como aglomerado-concentração, locus da produção, ou ainda como um cenário motivador dos movimentos sociais urbanos. para ela, as relações sociais que produzem o espaço urbano se situam além das relações de produção de mercadorias, e a idéia de conflito urbano, construída metodologicamente a partir da noção de movimento, está presente em toda obra, conduzindo à reflexão de que numa sociedade de classes o espaço não se (re)produz sem conflitos e contradições. inspirada nas reflexões de henri léfèbvre, a autora procura discutir que a produção do espaço tem também um lado estratégico e político e que é na vida cotidiana que as contradições se manifestam mais profundamente. 
A reprodução do espaço urbano- Ana Fani S. carlos
(Do livro: O que é cidade – Raquel Rolnik – Ed. Brasiliense – 1988 – pág. 40-43)
 Nas grandes Cidades hoje, é fácil identificar territórios diferenciados: ali é o bairro das mansões e palacetes, acolá o centro de negócios, adiante o bairro boêmio onde rola a vida noturna, mais à frente o distrito industrial, ou ainda o bairro proletário. Assim quando alguém, referindo-se ao Rio de Janeiro fala em Zona Sul Ou Baixada Fluminense, sabemos que se trata de dois Rios de Janeiro bastante diferentes; assim como pensando em Brasília lembramos do plano-piloto, das mansões do lago ou das cidades satélites. Podemos dizer que hoje nossas cidades têm sua zona sul e sua baixada, sua "zona", sua Wall Street e seu ABC. É corno se a cidade fosse um imenso quebra-cabeças, feito de peças diferenciadas, onde cada qual conhece seu lugar e se sente estrangeiro nos demais. É a este movimento de separação das classes sociais e funções no espaço urbano que os estudiosos da cidade chamam de segregação espacial.
Entre as torres envidraçadas e gestos tensos dos homens de terno e pasta de executivo, meninas pulando corda e jogando amarelinha estariam totalmente deslocadas; assim como não há travesti que faca michê na porta do Citibank às 3 horas da tarde. Não se vê vitrinas de mármore, aço escovado e neon na periferia, nem lama ou falta d'água no Leblon (Rio), Savassi (Belo Horizonte) ou Boa Viagem (Recife). É como se a cidade fosse demarcada por cercas, fronteiras imaginárias, que definem o lugar de cada coisa e de cada um dos moradores.
As meninas pulando corda e jogando amarelinha, fechadas no pátio da escola, se separam da rua por uma muralha de verdade, alta, inexpugnável; já a fronteira entre um bairro popular e um bairro chique pode ser uma rua, uma ponte, ou simplesmente não ser nada muito aparente, mas somente uma imagem, um ponto, uma esquina. Em algumas cidades, como em Joanesburgo, na África do Sul, placas sinalizam a segregação, indicando os territórios permitidos ou proibidos para os negros. As áreas restritas são protegidas por forças policiais que podem prender quem por ali circular sem autorização. Neste caso, a segregação é descarada e violenta.
A segregação é manifesta também no caso dos condomínios fechados – muros de verdade, além de controles eletrônicos zelam pela segurança dos moradores, o que significa o controle minucioso das trocas daquele lugar com O exterior. Além de um recorte de classe, raça ou faixa etária, a segregação também se expressa através da separação dos locais de trabalho em relação aos locais de moradia. A cena clássica cotidiana das grandes massas se deslocando nos transportes coletivos superlotados ou no trânsito engarrafado são a expressão mais acabada desta separação - diariamente ternos que percorrer grandes distâncias para ir trabalhar ou estudar. Com isto, bairros inteiros das cidades ficam completamente desertos de dia, os bairros-dormitórios, assim como algumas regiões comerciais e bancárias parecem cenários ou cidades-fantasmas para quem a percorre à noite. Finalmente, além dos territórios específicos e separados para cada grupo social, além da separação das funções morar e trabalhar, asegregação é patente na visibilidade da desigualdade de tratamento por parte das administrações locais. Existem por exemplo, setores da cidade onde o lixo é recolhido duas ou mais vezes por dia; outros, uma vez por semana; outros, ainda, onde o lixo, ao invés de recolhido, é despejado. As imensas periferias sem água, luz ou esgoto são evidências claras desta política discriminatória por parte do poder público, um dos fortes elementos produtores da segregação.
 
No Brasil, este movimento é aparente no Rio de Janeiro - sede do poder imperial. O Paço de São Cristóvão e todo o bairro de elite que cresceu a seu redor, a Rua do Ouvidor com seu grande comércio e a zona portuária/popular compõem o cenário da cidade na primeira metade do século XIX.
Este movimento de segregação vai ser tremendamente impulsionado pela disseminação do trabalho assalariado. Se na relação- mestre/aprendiz ou senhor/escravo a convivência é um elemento essencial, na relação patrão/empregado esta é definida pelo salário. Com ele, o trabalhador paga seu sustento - seu teto, sua comida. Esta é a condição para que seu espaço se separe fisicamente do território do patrão. Isto se dá porque se rompe um vinculo e porque cada qual comprará no mercado imobiliário a localização que for possível com a quantidade de moeda que possuir.
Em algumas cidades brasileiras a crise da escravidão e a expansão do trabalho livre – isto é, o final do século XIX – vão marcar este impulso segregador. 
Em São Paulo, por exemplo, está e a história dos Campos Elíseos, Higienópolis e depois a Avenida Paulista, obras da burguesia paulistana enriquecida com o capital gerado pelo trabalho nos cafezais. Esta é também a história do Brás, da Barra Funda, da Lapa, bairros de mulatos e imigrantes, trabalhadores assalariados da cidade.
É interessante observar que a segregação se impõe a nível da constituição de territórios separados para cada grupo social, é também sob seu império que se reorganiza o espaço de moradia. O lar - domínio de vida privada do núcleo familiar e de sua vida social exclusiva - se organiza sob a égide da intimidade. Isto implica uma micropolítica familiar totalmente nova e ao mesmo tempo significa uma redefinição da relação espaço/privado público na cidade. Examinando o loteamento de Higienópolis em São Paulo ou Copacabana no Rio de Janeiro, é possível notar que a casa se afasta da rua e dos vizinhos, ganhando e murando seu lote ao redor. Dentro, há uma espécie de zoneamento dos cômodos segundo funções e ocupantes precisos - sala disto, sala daquilo, quarto disto, quarto daquilo. Dentre os cômodos da casa uma nova região é demarcada: a sala de visitas, lugar que se abre para receber um público previamente selecionado. A vida social burguesa se retira da rua para se organizar à parte, em um meio homogêneo de famílias iguais a ela.
A gênese desta arquitetura do isolamento fez parte da redefinição de noção de espaço privado e público que ocorre neste momento. Para a burguesia, o espaço público deixa de ser a rua - lugar das festas religiosas e cortejos que engloba a maior variedade possível de cidades e condições sociais - e passa a ser a sala de visitas, ou o salão. Do ponto de vista do modelo burguês de morar que se esboça com estas mudanças, "casa" e "rua" são dois termos em oposição: a rua é a terra-de-ninguém perigosa que mistura classes, sexos, idades, posições na hierarquia; a casa é território íntimo e exclusivo. Dentro da casa se estruturam locais cujas ainda mais privativos - a zona íntima, cujas paredes definem os contactos por sexo e idade. Assim, é fechado no quarto da casa isolada do bairro homogêneo e exclusivamente residencial, que o indivíduo está totalmente protegido da tensa diversidade da cidade.
Do ponto de vista da micropolítica da família, algumas mudanças importantes ocorrem no território familiar. A mulher - afastada da produção e do contacto com os assuntos do mundo exterior – acaba virando "a rainha do lar", uma especialista em domesticidade. Por outro lado, as crianças que até então viviam desde pequenas no mundo dos adultos aprendendo na prática o que necessitariam para sobreviver, passam a ser separadas por grupos de idade e mandadas à escola.
O que acabamos de descrever é o padrão burguês de habitação; sabemos que, na verdade, tornou-se norma para o conjunto da sociedade, mas sabemos também que no território popular a superposição de funções e o uso coletivo do espaço é estratégia de sobrevivência. Portanto o que vai caracterizar esta cidade dividida é é, por um lado, a privatização da vida burguesa e, por outro, o contraste existente entre este território do poder e do dinheiro e o território popular. A questão da segregação ganha sob este ponto de vista um conteúdo político, de conflito: a luta pelo espaço urbano. Para os membros da classe dominante, a proximidade do território popular representa um risco permanente de contaminação, e desordem. Por isso deve ser, no mínimo, evitado. Por outro lado, o próprio processo de segregação acaba por criar a possibilidade de organização de um território popular, base da luta por trabalhadores pela apropriação do espaço da cidade.
Vimos como a história da segregação espacial se liga à história do confinamento da família na intimidade do lar, que, por sua vez, tem a ver com a história da morte do espaço da rua como lugar de trocas cotidianos, espaço de socialização. Vimos também como as ruas se redefinem em vias de passagem de pedestres e veículos, como a casa se volta para dentro de si e lá dentro se fecha e esquadrinha a família. Esta reorganização espacial, introduzida pela necessidade da segregação na cidade, tem uma base econômica e uma base política para sustentara. Do ponto de vista econômico ela está diretamente relacionada à mercantilização ou monetarização dos bens necessários para a produção da vida cotidiana. A moradia passa a não ser mais uma unidade de produção porque os bens que nela eram produzidos se compram no mercado. Por outro lado o bairro residencial exclusivo é possível e a superdensidade dos bairros dos trabalhadores é cada vez mais real exatamente porque a terra urbana é uma mercadoria - quem tem dinheiro se apodera de amplos setores da cidade, quem não tem precisa dividir um espaço pequeno com muitos.
Do ponto de vista político, a segregação é produto e produtora do conflito social. Separa-se porque a mistura é conflituosa e quanto mais separada é a cidade, mais visível é a diferença, mais acirrado poderá ser o confronto.
http://www.cefetsp.br/edu/eso/geografia/textossegregacao.html
Quais as semelhanças e diferenças entre loteamento e condomínio?
Pode-se dizer que o loteamento, a priori, funcionaria como uma espécie de condomínio, haja vista a convivência em comum dos adquirentes dos lotes. Contudo, esses dois fenômenos apresentam distinções fundamentais. 
 
No condomínio, regido pelas regras do Código Civil, além da Lei nº 4591/64 (Lei dos condomínios e incorporações imobiliárias), os condôminos são co-proprietários da coisa, sendo cada um dono de uma quota ideal sobre o terreno em sua totalidade.
 
Dessa forma, nos condomínios há propriedade exclusiva, perante a fração ideal, e propriedade comum sobre as demais áreas. Por isso, nos condomínios é permitido que, dentro dos limites da propriedade condominial, sejam instituídas áreas de uso comum, ainda que não apresentem especificação.
 
No loteamento, por sua vez, tais áreas com destinação comum não pertencem ao loteamento, mas sim ao poder público, o qual são transferidas as respectivas áreas tão somente pelo ato de registro, independente de doação.
http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=8913
À primeira vista, eles parecem iguais: cercados com muros ou grades, ninguém passa pela portaria sem ser identificado. Os condomínios horizontais e loteamentos fechados ganham cada vez mais espaço em diferentes localidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Só no Estado de São Paulo foramaprovados cerca de 3.500 empreendimentos desta natureza, segundo levantamento do GRAPROHAB (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo).
Na busca por status, segurança, proximidade com a natureza ou mesmo pela dificuldade de encontrar casas disponíveis nas grandes cidades com verticalização crescente, esses empreendimentos começaram a atrair interessados a partir dos anos 80. “Já existiam as vilas operárias, abertas, nas quais todo mundo podia entrar. Eram espaços de pequenas proporções, comparados aos condomínios”, explica Anália Amorim, arquiteta, urbanista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Para ela, esse tipo de construção reflete um ideal fictício de status e segurança, negativo para a cidade. “Os loteamentos antigos, por mais luxuosos que sejam, possuem ruas abertas. Isso faz um diferencial muito grande, porque você permeia a cidade dentro do conjunto residencial. Eles ocupam espaços muito grandes, e com o cercamento, você cria latifúndios que isolam o habitante da cidade e vice-versa, propondo uma vida absolutamente artificial”, critica.
Para o morador que busca esse estilo de vida, as preocupações estão mais voltadas para a possibilidade de estabelecer um modo de morar sem as amarras que costumam reger a vida em um edifício. É nesse momento em que enganos podem ocorrer. “A maior confusão refere-se à alteração arquitetônica. Acham que, porque estão morando em uma casa, podem mexer na fachada, tirar uma parede e colocar vidro, construir alguma coisa no jardim, tudo isso sem pedir autorização”, afirma Waldir do Carmo Guimarães Albieri, diretor administrativo da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo). Acompanhe abaixo as principais diferenças entre condomínios e loteamentos fechados para saber qual deles se encaixa melhor no seu perfil.
Administração
Em um condomínio horizontal, a administração é regida pelo atual código civil (artigos 1331 ao 1358) e pela lei federal 4591/64. Assim como em um prédio, a figura do síndico está presente, juntamente com a do sub-síndico e do conselho fiscal e/ou conselho consultivo, formado por proprietários (inquilinos caso tenham procuração do proprietário, estão autorizados a votar nas assembleias que tratem das questões relativas ao dia a dia no condomínio).
Os loteamentos são administrados por uma associação, entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, que é composta por uma diretoria executiva, na qual estão inclusos diretor presidente, vice-presidente, diretor tesoureiro, diretor secretário, etc., cujo corpo diretivo poderá ser constituído por um conselho fiscal e/ou consultivo/deliberativo. “Em um primeiro momento, quando o registro do loteamento é feito e ainda não há terrenos vendidos, o empreendedor assume a diretoria da administração, com mandato de até dois anos. Em geral, depois que as obras infra-estrutura estão prontas e começam a venda dos terrenos, constitui-se um misto entre proprietários de lotes (associados titulares) e empreendedores (associados fundadores), ou mesmo apenas com proprietários”, explica Mariangela Iamondi Machado, diretora da vice-presidência de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP junto à diretoria de associações em loteamentos fechados. No entanto, essa formação geralmente requer a contratação de uma administradora, que deverá oferecer o suporte administrativo, técnico e jurídico ao corpo diretivo, para administrar o empreendimento e seus processos técnicos e burocráticos.
Construção
Em condomínios horizontais, o morador recebe a casa pronta, vias internas pavimentadas e sinalizadas, áreas de lazer montadas e em condições imediatas de uso. O proprietário já sabe como são as construções vizinhas à sua. No entanto, há um padrão arquitetônico definido a ser seguido por todos, que não pode ser alterado sem que haja a aprovação dos demais proprietários, mediante um quorum específico de aprovação a ser obtido em assembleia geral convocada com o fim especial de promover uma alteração à convenção condominial. Para mudar a fachada ou construir uma complementação da área externa já edificada, ou mesmo mudar a função de uma área originalmente definida, por exemplo, é necessário ter a concordância expressa dos demais proprietários.
Por outro lado, quem pretende viver em um loteamento fechado, recebe apenas seu terreno demarcado, sem edificação, servido por sistema viário, além das obras de infraestrutura básica definidas no cronograma físico financeiro aprovado pela prefeitura municipal, como redes de água, luz, drenagem e esgoto. O proprietário poderá construir ou modificar a sua casa a qualquer tempo, com um projeto residencial personalizado, necessitando apenas que ele seja aprovado pela associação de proprietários e pela municipalidade, no entanto sem a necessidade de submetê-lo a aprovação dos demais proprietários do loteamento.
Gastos
O custo da manutenção das áreas comuns em condomínios horizontais é rateado entre os moradores do mesmo modo em que ocorreria em um edifício. O pagamento do IPTU incide sobre a sua unidade autônoma (casa/apartamento), somado a uma fração ideal de área comum.
Já o proprietário de um lote é responsável apenas pelo imposto do seu terreno ou imóvel, pois as áreas comuns são públicas, não havendo fração ideal sobre áreas comuns. Além disso, há uma taxa de contribuição associativa similar à taxa do condomínio. Ela é aprovada, assim como nos condomínios, por meio de uma assembleia geral ordinária, que ocorre, no mínimo, uma vez ao ano, e quando necessário, em assembleias gerais Extraordinárias. Essa contribuição tem como objetivo custear os serviços, os investimentos e as obras complementares que são colocados à disposição de todos os associados, como a coleta de lixo, a conservação das áreas comuns, a execução de obras de caráter social e recreativo, despesas e investimentos relativos à segurança e a administração da comunidade.
Regulamentação
O condomínio horizontal é regido pela mesma norma do chamado condomínio edilício, a lei federal 4.591/64. Os proprietários são donos de uma unidade autônoma privativa (neste caso, representada pela casa, ao invés do apartamento), além de uma fração referente ao espaço comum, como áreas de lazer e ruas internas. Todo o espaço em um condomínio horizontal é privativo, por isso, não é ilegal o impedimento da entrada de pessoas não autorizadas pelo condomínio, como também aconteceria em um edifício.
Nos loteamentos, regidos pela lei federal 6766/79, cada proprietário é dono apenas de seu terreno, com registro próprio na prefeitura e no registro de imóveis. As áreas comuns, como ruas e praças, são de propriedade do município, que pode ceder provisoriamente, o uso e a obrigação de conservação aos proprietários do local. Mesmo neste caso, essas áreas continuam a ser consideradas públicas, sendo inconstitucional o impedimento de acesso de pessoas as suas vias internas, ainda que possa ser exigida uma identificação prévia. Em alguns casos, há áreas internas que podem ter sido doadas pelo empreendedor do loteamento para a associação de proprietários, com o objetivo de criar espaços para uso específico da comunidade, como sede administrativa, quadras ou piscinas, sendo assim, considerados como propriedades da associação e, portanto, nesse caso específico, com direito legal de vetar o acesso a pessoas estranhas à associação ou não autorizadas.
http://casaimoveiseconstrucao.com.br/entenda-diferencas-entre-condominio-horizontal-loteamento-fechado.html
Poucos municípios no país não têm projetos
habitacionais do governo federal, diz Lula
Seja por financiamento através do FGTS via caixa econômica federal
Seja do PAR [Programa de Arrendamento Familiar
Ou pelo Minha Casa Minha Vida!
ROBERTO LOBATO CORRÊA – O ESPAÇO URBANO
	Esquemas clássicos de segregação residencial 
A)Esquema de Khol (simplificado)
Proposto em 1841
Generalização da distribuiçãodos grupos sociais nas cidades da Europa em uma época que o capitalismo não agia tão fortemente sobre o espaço.
A elite no centro pode ser justificada pela localização das mais importantes instituições urbanas como: governo, a igreja, instituições financeiras e o comércio. A localização da elite se devia a uma questão de acessibilidade.
Ex: Moscou no final do séc XX, cidades latino-americanas
b)Esquema de Burges (simplificado) 
Década de 1920
Burges se baseia nas cidades norte-americanas e coloca os pobres no centro enquanto a elite vive em aprazíveis subúrbios. Desvalorização do centro e evolução da organização espacial.
c) Esquema de Hoyte (simplificado)
Hoyte diz que a segregação não assume um padrão circular em torno do centro mas sim em setores. A área de alto status social se expande pelas melhores áreas da cidade e de maior amenidade.
Legenda: Status Social
Alto
Médio
Baixo
Dinâmica espacial da segregação 
a)Relativo ao grupo de alto status
b) Relativo ao grupo de baixo status social
Legenda
 Trajetória da mobilidade
1,2,3 : Etapas da Mobilidade
 área central e seu limite
 Limite da cidade
BC : Bairro Central
A1: Bairro de amenidades 1
A2: bairro de amenidades 2
F: Favela
P1: Periferia Imediata
P2: periferia Longínqua
R: Zona rural
Segregação e classes sociais ( segundo Marx, Porlantzas, Giddens, Harvey)
Força primária
Relações de trabalho ( proprietários dos meios de produção X os que vendem a força de trabalho)
Força Residual
Modo de produção dominante e um subordinado ( aristocrata rural X camponeses +/- incorporados ao capitalismo)
Força derivativa
Preservação do acúmulo de capital através de inovações tecnológicas e controle das mudanças na ordem social gerando fragmentação da classe capitalista e proletária.
Classes distintas de consumo
Aparecimento de uma classe média burocrata
Controle da mobilidade social
Quem produz a segregação?
A classe dominante controla o mercado de terras, incorporação imobiliária e a construção.
A segregação aparece com um duplo papel, o de manutenção de privilégios à classe dominante e o de controle social por parte desta sobre outros grupos sociais, especialmente a classe operária.
Mobilidade e segregação
A área em torno do centro antes denominada “ área de transição” hoje não pode ser assim chamada. Uma vez que essas área abrigavam residências que eram alugadas para pessoas com menor poder aquisitivo, porém na esperança de serem transformadas um dia em prédios comerciais devido a expansão da área central. Porém a área central estagnou e a antiga zona de transição ficou na mesma, contudo com ares de pobreza, devido a má conservação das residências. Cita os bairros da Lapa, Gamboa e Saúde na cidade do Rio de Janeiro como exemplos.
Enquanto isso a classe de alto status formava novos bairros seletivados pelo incentivo de interesses fundiários e mobiliários.
Pessoas da zona rural vão para a área central abandonada pela elite.
As favelas são resultado da expulsão de moradores da área central renovada.
A REPRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO – ANA FANI A. CARLOS
A cidade como lócus da concentração dos meios de produção, concentração de pessoas, divisão social e econômica do trabalho.
Calabi analisa toda essa concentração vinculada a concentração do capital puramente econômico.
Cita também o abandono das áreas centrais das cidades, no caso São Paulo, tanto das pessoas de classe média/alta que não querem viver incomodadas com o barulho,poluição da grande metrópole e vão morar nos jardins: Morumbi, Alphaville, tanto da classe baixa que não pode pagar pela renda da terra.
Movimentos sociais urbanos
Fortalecimento dos sindicatos e partidos políticos pela luta por melhores condições de vida e trabalho.
Tais conflitos questionam a cidade como valor de troca, formas de mercantilização e parcelamento do solo, como exercício do direito de cidadania. “humanização” do homem.
Manifestação por melhor qualidade de vida e pela contradição entre capital e trabalho, fundada na propriedade privada dos meios de produção e na desigualdade social.
“a dinâmica de acumulação capitalista impõe um tipo de trabalho, um modo de vida, uma forma de cidade e cria carências ( água, luz, esgoto, transporte, educação.)
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3
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P2
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