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2641 ParaEntender a Terra Ínfimasdeátomos-filhosencontradosnasrochas.As técnicas atuaisavançaramdemodoapossibilitarqueo chumbodeum únicocristaldezircãopossaserusadoparadatarumarocha.De fato,aexatidãotemmelhoradomuitonosúltimosanos,desor- tequeasrochaspaleozóicasepré-cambrianaspodemserdata- dascomumerronãosuperiora algumascentenasdemilhares deanos- umamelhorasignificativaquandocomparadacomos errosdemaisde50milhõesdeanospraticadoshápoucasdéca- dasatrás. Um doslimitesdaescaladotempogeológicoqueteveuma grandemudançagraçasaoaumentodaexatidãodasdatações isotópicase àobtençãodenovasamostrasdeterritóriosante- riormenteinexploradosé aqueleentreo PeríodoCambrianoe o tempoPré-Cambriano(quereúneoséonsArqueanoeProte- rozóico).Nos últimosanos,esselimitetemmudadoinúmeras vezes,desdea idadeinicialde570milhõesdeanosatéa idade atual,quetemumvalormuitomaisacurado,de543milhões deanos.Essaidadeéparticularmenteimportanteporqueestá relacionadacomumdosmaissignificativosdesenvolvimentos daevoluçãodeorganismosmulticelulares. A escaladotempogeológicotemmuitosusos,alémdeser valiosaparaosgeólogos.Os antropólogosquereconstroemos passosdaevoluçãohumanaeosarqueólogosquedatamosvá- riosassentamentoshumanosutilizamosintervalosmaisrecen- tesdaescaladotempo,abrangendoosúltimos5 a 10milhões de anos.Os sismólogosqueestudamasregiõespropensasà ocorrênciadeterremotosutilizamaescaladotempoeaestrati- grafiadopassadorecenteparamapearosmovimentosdasfa- lhasqueoriginamasondassísmicas. Outros relógios geológicos otempoé tãofundamentalnoestudodaTenaqueosgeólogos continuama procurarmaneirasadicionaisdemediro tempo geológico.A estratigrafiapaleomagnética,porexemplo,está obtendoumnotáveldesenvolvimentocomoauxiliarnadatação isotópica.ComoabordamosnoCapítulo2, areversãodocam- po magnéticoterrestreocorreaproximadamentea cadameio milhãodeanos.Essasreversõesperiódicasestãoregistradasna orientaçãodemineraismagnéticosnasrochas,especialmente aquelesdoassoalhooceânico.A escaladotempomagnéticofoi calibradatantopelasdeterminaçõesdasidadesradioativasco- mopelasidadesestratigráficasdeformaçõesfossilíferassobre e sotopostas. ~ões confiáveis:utilizando~inhas de evidências Quandoosgeólogosdeterminaramasidadesisotópicasecorre- lacionaram-nasaosseusestudospaleontológicoseestratigráfi- cosanteriores,puderamacrescentaressasidadesabsolutasàes- calado tempogeológico(verFigura 10.11).Com essastrês fontesdeinformação,puderamentãodeduzirasidadesaproxi- madasdasformaçõesrochosas,mesmodaquelasquenãocon- tinhammaterialfavorávelàsanálisesradiométricas.Por exem- plo,sesoubermos,apartirdadataçãoisotópica,queumaintru- sãoígneaocorreuhá500milhõesdeanos,entãoascamadasse- dimentaresseccionadaspelaintrusãodevemsermaisan-. queessaidade.E seessasmesmascamadasestiveremso::r postasa rochasmetamórficasdatadasradiometricamente-;:- 500milhõesdeanos,entãosaberemosqueascamadas_~ mentaresforamformadasentre500 a 550 milhõesde atrás.Se, alémdisso,essasrochassedimentarescontiy fósseisindicandoidadesestratigráficasdoCambrianoouO::: vicianotardio,saberemosasidadesabsolutasdepartesd - períodosgeológicos.A partirdessetipodecontroledeida:.i::- osgeólogosajustamtodaaescaladotempogeológico.De". dequaseumséculodedataçõesisotópicase trabalhosc nuadosnaestratigrafiadomundointeiro,essaescaladote encontra-seconsolidadanosseusaspectosprincipais. Estimando as taxas de processos geológicos muito lentos Agoraquejá temoso controledosmétodosparaa dataçãc rochas,veremoso quea escaladotempopodenosdizer astaxasdealgunsprocessosgeológicosmuitolentos.Co -- reaaberturadeumoceano,ondeasplacasdoassoalhosea.:::.. temumadaoutraa partirda dorsalmesoceânica.O Oc AtlânticoSul temumalargurade maisde 5 mil km ene: AméricadoSuleaÁfrica,sendoessadistânciaamedidada - paraçãodosdoiscontinentes.Nosbordosdessesdoiscon. tesencontraremosasporçõesmaisantigasdesseassoalho,1- seformaramnoprincípiodaexpansão.A partirdosfósseis. bemosqueessessedimentossãode,aproximadamente,100- lhõesdeanos(queéaidadedoCretáceoMédio).Dessem - avelocidademédiadeexpansãodessaregiãodoassoalho nico é de5 mil km acada100milhõesdeanos,oucerca-~ em/ano.Em outrasregiõesdosoceanos,asvelocidadesde_ pansãopodemsermaisbaixas,de 2 a 4 em/ano(Dorsa:. Atlântico),oumaisaltas,chegandoaté10a 17cm/ano(D doPacíficoOriental). Essetipo decálculogenéricoforneceumasurpreende:: estimativada velocidadede expansãodo assoalhooceâni: Ele foi testadoem 1987,quandoos cientistas,pelaprim~ vez,foramcapazesdemediravelocidadedeexpansãodirc_ mentenoassoalhodoAtlântico,utilizandotecnologiader .. çãolaserdelongoalcanceesatélites.Osresultadosconcore:: comasvelocidadesdeexpansãoqueosgeólogosmarinhos cularamapartirdaidadeedaposiçãodoassoalhooceânico_ Os métodosde dataçãodescritosnestecapítulotam nosajudamaentenderoutrosprocessoslentos,umdelesre- cionadoaoshabitantesdaCalifórnia(EUA): o movimento blocoscrustaisaolongodaFalhadeSantoAndrée deou falhaspróximas,quetêmsidoresponsáveispelosprincip terremotosdaregião.A Figura 10.15mostracomoaPlaca~_ cíficadeslizaemrelaçãoàPlacaNorte-Americanaaolongo umlimitetransformante.Umamaneiradedeterminaravel dadedessemovimentoémedindoasdistânciasdascontra_ tesdasdistintasformaçõesgeológicasdeváriasidadesque-: ramseparadaspelasfalhasdabordadaplaca.Dividindo-~~_ distânciaqueagoraseparaessasformaçõespelotempod ridodesdequeseformarame sesepararam,teremosa velO'. dadedomovimento.As velocidadesdeexpansãodoasso - oceânicoeasmedidasdesatélitesfornecemoutrasestimatÍ'_ dedeslocamentosaolongodasbordasdasplacas.Utiliz~