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CEM-Joinville 2010-2 EMB5017 Prova 1 01/10/2010 Gabarito Observac¸a˜o: Ao entregar as respostas, inclua esta folha no caderno de avaliac¸a˜o. Cada questa˜o vale 2,5 pontos. 1. A comporta mostrada na figura tem largura w (perpendicular ao plano da folha) e, para fins de ana´lise, pode ser considerada sem peso. Para qual profundidade de a´gua d esta comporta retangular ficara´ em equil´ıbrio como mostrado? Expresse o resultado em termos de ρ, g, L, m e θ. d L m θ y O P T p dA l Para que a comporta fique na posic¸a˜o mostrada, e´ necessa´rio que o somato´rio dos mo- mentos de todas as forc¸as em relac¸a˜o ao ponto “O” mostrado seja igual a zero. Um sistema de coordenadas conveniente para esse problema e´ com o eixo y originando na superf´ıcie livre e orientado para baixo, na direc¸a˜o da comporta. Como a pressa˜o at- mosfe´rica atua sobre ambos os lados da comporta, os seus efeitos se cancelam e a pressa˜o pode ser tomada como a pressa˜o manome´trica pman = ρgh. Dessa forma, ΣMO = 0 − ∫ l 0 (l − y) pmanw dy + TL = 0 onde a trac¸a˜o T e´ igual ao peso do bloco P = mg. Ainda, temos que h = y sin θ, l = d/sinθ. Assim, − ∫ d/ sin θ 0 ( d sin θ y − y2 ) ρg sin θw dy + TL = 0 − ρgwd3 sin2 θ ( 1 2 − 1 3 ) +mgL = 0 d = [ 6mL sin2 θ ρw ]1/3 . 2. O cubo de aresta amostrado na figura e´ feito de material com densidade relativa SG e esta´ submerso em um tanque com a´gua. O cubo repousa sobre um orif´ıcio, de diaˆmetro d, no fundo do tanque. 1 CEM-Joinville 2010-2 EMB5017 Desenvolva uma expressa˜o geral para a faixa de densidades relativas para os quais o cubo na˜o subira´ a` tona. a H d z P pS pIH2O pIatm O cubo na˜o subira´ a` tona desde que a forc¸a peso P = mg, atuando verticalmente para baixo, seja maior ou igual a` forc¸a vertical resultante devido a` distribuic¸a˜o de pressa˜o sobre o objeto. Uma maneira de resolver o problema e´ reconhecer que sobre a face superior (S) do cubo a pressa˜o atuante sera´ igual a` pS = patm + ρg(H − a), onde ρ = ρH2O e que na face inferior do cubo em contato com a a´gua (IH2O) teremos uma pressa˜o igual a pIH2O = patm + ρgH e na face inferior do cubo exposto a` atmosfera (Iatm) a pressa˜o e´ dada por pIatm = patm. Assim, P + pSAS − pIH20AIH2O − pIatmAIatm ≥ 0 . Note que AS = AIH2O +AIatm e podemos escrever, P + [patm + ρg(H − a)] (AIH2O +AIatm)− (patm + ρgH)AIH2O − patmAIatm ≥ 0 P + [ρg(H − a)− ρgH ]AIH2O + ρg(H − a)AIatm ≥ 0 onde AS = a 2, AIH2O = a 2 − πd2/4 e AIatm = πd 2/4. Substituindo esses resultados na equac¸a˜o acima obtemos, P − ρg ( a3 − πd2a 4 ) ︸ ︷︷ ︸ E +ρg(H − a) πd2 4 ≥ 0 Note que nesse caso a forc¸a empuxo E na˜o e´ igual ao peso do volume de l´ıquido deslocado uma vez que parte da face inferior do cubo esta´ exposto a` atmosfera. Vemos tambe´m que o efeito da pressa˜o atmosfe´rica e´ cancelada pois ela atua em todas as faces do objeto. A equac¸a˜o acima poderia ter sido escrita diretamente. Sabendo quem = ρcuboa 3 e dividindo por ρga3 temos, ρcubo ρ − 1 + 1 4 πd2H a3 ≥ 0 SG = ρcubo ρ ≥ 1− 1 4 πd2H a3 3. O´leo escoa em regime permanente formando uma fina camada de largura w (perpendicular ao plano da folha) em um plano inclinado para baixo como mostrado na figura. O perfil de velocidade e´ dado por u = ρg sin θ µ [ hy − y2 2 ] Expresse a vaza˜o em massa em termos de ρ, µ, g, θ, w, e h. 2 CEM-Joinville 2010-2 EMB5017 u h θ x y A vaza˜o em massa na fina camada de o´leo e´ dada por, m˙ = ∫ h 0 ρuw dy = ∫ h 0 ρ2g sin θ µ [ hy − y2 2 ] w dy = wρ2g sin θ µ [ h y2 2 − y3 6 ] ∣∣∣∣ h 0 m˙ = ρ2g sin θh3w 3µ . 4. O fluido em contato direto com uma fronteira so´lida estaciona´ria tem velocidade zero; na˜o ha´ deslizamento na fronteira. Enta˜o, o escoamento sobre uma placa plana adere-se a` superf´ıcie da placa e forma uma camada-limite. O escoamento a` montante da placa e´ uniforme com velocidade ~V = Uıˆ. A distribuic¸a˜o de velocidade dentro da camada limite (0 ≤ y ≤ δ) ao longo de cd e´ dada por u = f(y/δ). Mostre que a forc¸a de arrasto devido ao atrito do fluido sobre a superf´ıcie e´ dada por Ff = ∫ δ 0 ρu(U − u)w dy . Dica: Voceˆ tera´ que usar a equac¸a˜o de conservac¸a˜o da massa para achar o fluxo de massa atrave´s da face bc. Este fluxo de massa transportara´ consigo uma quantidade de movimento na direc¸a˜o x. Leve isso em conta ao aplicar a equac¸a˜o da quantidade de movimento na direc¸a˜o x. a d b c VC U U δ x y Rx Seguindo a dica do problema, aplicamos a equac¸a˜o da conservac¸a˜o da massa ao volume de controle dado, � � � � � �* 0 ∂ ∂t ∫ V C ρ dV+ ∫ SC ρ~V · d ~A = 0 , onde o primeiro termo e´ nulo (regime permanente). Avaliando o segundo termo em todas as faces do volume de controle, ∫ ab ρ~V · d ~A+ ∫ bc ρ~V · d ~A+ ∫ cd ρ~V · d ~A+ � � � � ��* 0∫ ad ρ~V · d ~A = 0 3 CEM-Joinville 2010-2 EMB5017 onde o u´ltimo termo e´ nulo pois na superf´ıcie so´lida a velocidade e´ nula. Ainda, ∫ ab ρ~V · d ~A = − ∫ δ 0 ρUw dy , ∫ cd ρ~V · d ~A = ∫ δ 0 ρuw dy , e portanto, ∫ bc ρ~V · d ~A = m˙bc = ∫ δ 0 ρ(U − u)w dy . Agora precisamos aplicar o princ´ıpio da quantidade de movimento na direc¸a˜o x, Fsx +� �> 0 Fbx = � � � � � ��* 0 ∂ ∂t ∫ VC uρdV+ ∫ SC uρ~V · d ~A . Na˜o existem forc¸as de campo na direc¸a˜o x e a u´nica forc¸a de superf´ıcie atuando sobre o volume de controle e´ exercida pela parede como mostrada na figura. As forc¸as de pressa˜o nas faces ab e cd se cancelam pois ∂p/∂x = 0. Temos enta˜o, −Rx = ∫ ab ρu~V · d ~A+ ∫ bc ρu~V · d ~A+ ∫ cd ρu~V · d ~A+ � � � � � ��* 0∫ ad ρu~V · d ~A , onde, ∫ ab ρu~V · d ~A = − ∫ δ 0 ρU2w dy ∫ bc ρu~V · d ~A = U ∫ bc ρ~V · d ~A = U ∫ δ 0 ρ(U − u)w dy ∫ cd ρu~V · d ~A = ∫ δ 0 ρu2w dy . Note que usamos o resultado obtido para a vaza˜o ma´ssica atrave´s da superf´ıcie bc. Assim, −Rx = − ∫ δ 0 ρU2w dy + U ∫ δ 0 ρ(U − u)w dy + ∫ δ 0 ρu2w dy Rx = ∫ δ 0 ρu(U − u)w dy . O resultado obtido para Rx e´ positivo, portanto o sentido adotado esta´ correto (−ıˆ). A forc¸a de atrito exercida pelo fluido sobre a superf´ıcie sera´ enta˜o igual em mo´dulo e direc¸a˜o e oposto em sentido a Rx. Assim Ff e´ orientado na direc¸a˜o ıˆ e igual a, Ff = ∫ δ 0 ρu(U − u)w dy . 4 CEM-Joinville 2010-2 EMB5017 Formula´rio Coordenadas retangulares: ~X(x, y, z) e ~V (u, v, w) Esta´tica dos Fluidos FR = ∫ A p dA y′FR = ∫ A py dA p = p0 + ρgh Equac¸o˜es Ba´sicas na Forma Integral para um Volume de Controle: ∂ ∂t ∫ VC ρdV+ ∫ SC ρ~V · d ~A = 0 ~Fs + ~Fb = ∂ ∂t ∫ VC ~V ρdV+ ∫ SC ~V ρ~V · d ~A 5