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Resumo Teoria Geral do Processo Bibliografia = TGP – Ada Pellegrini / TGP contemporâneo – Umberto Dalla Introdução ao Estudo do Processo Civil Noções Gerais Tríade – Ação / Jurisdição / Processo Pedro empresta a quantia de 10.000,00 (dez mil reais) reais a Maria, e combina de passar na Universidade dia 18/02/2014 para receber a quantia. Entre Pedro e Maria existe uma relação jurídica onde uniu duas partes e dois direitos encontrando abrigo no ordenamento jurídico. Existe uma relação Creditícia, onde Pedro é o credor e Maria a devedora. A obrigação de Maria é pagar os 10.000,00 (dez mil reais) que deve. No dia atrasado do cumprimento da obrigação ela não pagou. No momento que ela negou a pagar o empréstimo, surgiu um conflito de interesses. Pedro tem a pretensão de receber o dinheiro. Maria está oferecendo resistência à pretensão de Pedro = Pretensão Resistida Houve então um conflito de interesses qualificado pela pretensão de uma parte e resistência de outra = Lide = Litígio = contenda Irresignado Pedro me procura no escritório, conta toda a história e pergunta, como o Sr. Pode me ajudar? R: A solução para Pedro será promover uma ação. Agora ele é o autor da ação e Maria a ré. Estado (juiz / jurisdição) Pedro Ação Processo Conflito de interesse Pedro /---------------------------------------------------------\ Maria (credor) Relação Jurídica (devedora) Para que o Estado exerça a atividade jurisdicional é preciso que alguém o provoque por meio do direito de ação, uma vez que o estado é provocado, ele exercerá a atividade jurisdicional por meio do processo. Direito é uma ciência social que regula a vida em sociedade. Direito Público = é aquele que guarda relação com o Estado Exemplos: Direito Constitucional = Regula o próprio Estado Direito Administrativo Promove Provocando Exercerá sua atividade jurisdicional por meio de um... Direito Penal = Somente o Estado tem o Ius Puniend Direito Tributário = É o Estado que tem o direito de cobrar tributos. Direito Processual = Regula a função do Estado. Direito Privado: Direito civil e Direito Empresarial Direito trabalhista é um ramo do direito misto, pois guarda aspectos tanto do direito público quanto do privado. Conceito de Direito Processual CivilÉ o ramo do direito público que tem por objetivo regular a função jurisdicional do Estado. Função JurisdicionalÉ o poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de monopólio do Estado. DenominaçãoDireito Processual CivilAntes era chamado Direito Judiciário, mas era vago, restrito, pois dava-se a entender que era só o judiciário, mas o objeto de estudo é mais amplo. Futuramente será chamado de Direito Jurisdicional. Características Autonomia e instrumentabilidade AutonomiaNossa disciplina é autônoma, tem regras própria no Código de Processo Civil, ou seja, é uma compilação das normas processuais. Desde que a disciplina tenha normas próprias, se torna ramo do Direito Autonomo, pois tem como característica a autonomia. Instrumentalidade / Efetividade / OperalidadeA preocupação do processualista hoje é que as normas do direito processual sejam instrumentais, que tragam efetividade ao direito material e também a operalidade, sejam efetivas, sejam úteis e sirvam de instrumentos de acesso à justiça. Fontes do direito Processual Fonte formal (primária) Lei / CPC / CF ATENÇÃO Súmula Vinculante Foi criada pela emenda constitucional n°45 em 2004 e regulamentada em 2006 pela lei 11.417. Esta súmula é editada somente pelo STF. Uma vez que o tema é tratado como Súmula Vinculante, vincula, obriga os tribunais inferiores e os órgãos administrativos a decidirem de acordo com a súmula vinculante. Obs.: Súmula vinculante não é lei, pois para ser lei, tem que ser editada pelo pode legislativo e tem que obedecer ao processo legislativo. Súmula vinculante tem força de lei, pois ela vincula, ela obriga. Por possuir efeito de lei, a Doutrina Majoritária entende que por possuir força de Lei, a Súmula Vinculante é uma fonte formal. Fonte material (secundária / subsidiária) Princípios gerais do direito / Costumes / Jurisprudência / AnalogiaSe aplica de fora subsidiária. Ex: Cheque é uma ordem de pagamento á vista, mas devido ao costume da sociedade em utiliza-lo como cheque á prazo, o STJ sumulou a favor do cheque a prazo, ou seja, se o comerciante depositar o cheque antes da data pré-estabelecida, terá que indenizar o consumidor, pois houve uma quebra na relação de confiança, na transparência que deve existir na relação de consumo. O STJ fez uma jurisprudência a partir de um costume, de uma fonte material do direito. STJ Súmula nº 370 Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. Fenômeno da IntegraçãoOcorre quando o juiz aplica as fontes materiais para solucionar o caso concreto diante de lacuna na lei ( artigo 126 CPC). Art. 126 - O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. 1° parteO juiz não pode deixar de julgar alegando lacunas na lei. 2° parteNo julgamento do litígio deve aplicar a fonte formal (normas legais). 3° parteNão havendo as normas legais, deve recorrer à fonte material (analogia, costume, princípios gerais do direito). Métodos de Interpretação da Norma Processual: 1. Método literal ou gramaticalaplica-se o que está de fato inscrito no dispositivo. EX: Art. 513 - Da sentença caberá apelação (arts. 267 e 269). Professora Como o próprio nome já diz, leva em consideração o significado literal das palavras que formam a norma. O intérprete utiliza-se, tão somente, de sua sintaxe. Em virtude de sua precariedade, consiste em pressuposto interpretativo mais que um método propriamente dito. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. 2. Método lógico sistemáticoO dispositivo contempla a regra geral e as exceções. EX: Art. 155 - Os atos processuais são públicos./ Correm, todavia, em segredo de justiça os processos: Regra Geral Exceções I - em que o exigir o interesse público;Quando prevalece o interesse público. II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. As ações que tramitam frente ao juízo de família (para preservar a intimidade das partes). Se cair um caso concreto, temos que observar se a situação está na regra ou na exceção. Professora A norma é interpretada em conformidade com as demais regras do ordenamento jurídico, que devem compor um sistema lógico e coerente. O intérprete jamais pode se esquecer de que a norma objeto da atividade interpretativa não é algo isolado do restante do ordenamento jurídico, devendo ser interpretada de acordo com o sistema, evitando-se paradoxos. Um dos aspectos mais importantes desse método reside na relação entre a Constituição e as leis infraconstitucionais. A coerência do sistema estabelece-se a partir da Constituição. Isso significa que a interpretação da lei infraconstitucional está condicionada pela interpretação da Constituição. Assim, adquire especial importância para a atividade hermenêutica o reconhecimento do fenômeno de constitucionalização do direito infraconstitucional. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. 3. Método HistóricoCompara-se a Lei nova com a Lei antiga. Obs.: O direito surgiudos fatos sociais, logo, temos que analisar a história para compreender melhor o caso. Professora A norma é interpretada em consonância com os seus antecedentes históricos, resgatando as causas que a determinaram. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. 4. Método ComparadoBusca na Lei estrangeira e procura adequá-la ao ordenamento jurídico pátrio. Ao buscar métodos do exterior, temos que verificar se é possível adequá-la ao ordenamento jurídico pátrio, caso contrário, essa lei estrangeira padece de vício. Ex: Art. 1.102-A do CPC- A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel. O que é ação monitória? A ação monitória introduzida ao Código de Processo Civil, por força da Lei n. 9.079, de 14-07-95, criando um procedimento intermediário, que na realidade e a princípio têm características sumárias, viabiliza a antecipação dos efeitos da execução, eis que permite que alguém com base em prova escrita, sem eficácia de título executivo, obtenha de plano, um mandado de pagamento ou de entrega da coisa objeto do pedido, sem ter que aguardar uma sentença que reconheceria seu direito. Origem da Ação Monitória: O primeiro modelo de ação monitória que o Brasil teve em seu ordenamento jurídico, foi o advindo da ação decendiária, herdada do direito português, assemelhando-se aos monitórios documentais e tendo por finalidade prestações de dar dinheiro ou coisa certa, desde que demonstrada a obrigação por prova escrita. Professora Baseia-se na comparação com os ordenamentos estrangeiros, buscando no direito comparado subsídios à interpretação da norma. Tais métodos, de forma isolada, são insuficientes para permitir a completa e adequada exegese da norma, sendo necessária, portanto, a sua utilização em conjunto. Conforme o resultado alcançado, a atividade interpretativa pode ser classificada em: a) declarativa: atribuindo à norma o significado de sua expressão literal; b) restritiva: limitando a aplicação da lei a um âmbito mais estrito, quando o legislador disse mais do que pretendia; c) extensiva: conferindo-se uma interpretação mais ampla que a obtida pelo seu teor literal, hipótese em que o legislador expressou menos do que pretendia; d) ab-rogante: quando conclui pela inaplicabilidade da norma, em razão de incompatibilidade absoluta com outra regra ou princípio geral do ordenamento. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. 5. Método Teleológico O Juiz busca o fim social da norma para obter justiça, ou seja, se preocupa com a finalidade da norma. Professora Objetiva buscar o fim social da norma, a “ mens legis”, conforme determina o art. 5º, LICC. Diante de duas interpretações possíveis, o intérprete deve optar por aquela que melhor atenda às necessidades da sociedade. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. Lei Processual no Espaço A eficácia espacial das normas processuais é determinada pelo princípio da territorialidade, conforme expressam os arts. 1º e 1.211, 1ª parte, CPC. Art. 1° A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece. Art. 1.211 - Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes. O princípio, com fundamento na soberania nacional, determina que a lei processual pátria é aplicada em todo o território brasileiro (não sendo proibida a aplicação da lei processual brasileira fora dos limites nacionais), ficando excluída a possibilidade de aplicação de normas processuais estrangeiras diretamente pelo juiz nacional. No tocante à eficácia temporal, aplica-se o art. 1.211, 2ª parte, CPC, segundo o qual a lei processual tem aplicação imediata (princípio da imediatidade), alcançando os atos a serem realizados e sendo vedada a atribuição de efeito retroativo. Art. 1.211 - Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes. Obs.: podemos citar a audiência de instrução e julgamento; imagine que o Juiz inicia o ato, colhe os esclarecimentos do perito, facultando indagações aos assistentes técnicos (art. 452, I, CPC). Em razão do adiantado da hora, suspende o ato e designa a continuação para a semana seguinte, oportunidade em que ouvirá as testemunhas arroladas pelas partes (art. 452, II). Nesse meio tempo, surge nova lei, alterando a ordem e a mecânica dos atos na audiência. Uma vez que o ato complexo se iniciou sob a vigência da primeira lei, deve ser finalizado dessa forma, pois caso contrário haveria a combinação de leis, o que, inexoravelmente, levaria à aplicação involuntária de uma terceira, não prevista pelo legislador, bem como surpreenderia as partes e seus advogados que não haviam se preparado para aquela situação. Se confunde também com o princípio tempus regit actum = tempo rege o ato, no sentido de que os atos jurídicos se regem pela lei da época em que ocorreram. Competência para Legislar sobre matéria processual Devido ao sistema federativo por nós adotado, compete privativamente à União legislar sobre matéria processual, conforme determina o art. 22, I, da CF. Não ocorre, pois, como nos EUA, em que as leis processuais divergem de um Estado para outro. Não obstante, as normas procedimentais estaduais brasileiras podem variar de Estado para Estado, uma vez que o art. 24, XI, da CF, outorgou competência concorrente à União, aos Estados-membros e ao Distrito Federal, para legislar sobre “procedimentos em matéria processual” que, segundo Vicente Greco Filho, seriam os procedimentos de apoio ao processo, e não o procedimento judicial. Ex: A assembleia legislativa do Rio de Janeiro elaborou um projeto de lei alterando o prazo de recurso de apelação para 10 dias no intuito de atender os princípios da celeridade e efetividade. Este projeto de lei é constitucional? R: É inconstitucional, pois o artigo 22, I da CF. diz que a competência de legislar sobre matéria processual é privativa da União. Princípios constitucionais do processo civil Princípio da Isonomia ou igualdade entre as partesCorolário do princípio do devido processo legal e pilar da democracia, foi consagrado pelo constituinte de 1988, no art. 5º, caput, ao assegurar a todos a igualdade perante a lei. Os litigantes devem estar em combate com as mesmas armas, de modo a que possam lutar em pé de igualdade. Princípio do acesso à Justiça Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Princípio da Inafastabilidade do controle jurisdicional (poder judiciário) Com sede constitucional no art. 5º, XXXV, o referido princípio impede que o legislador restrinja o acesso à ordem jurídica ou ao ordenamento justo, bem como impõe ao juiz o dever de prestar a jurisdição, isto é, garantir a tutela efetiva, a quem detenha uma posição jurídica de vantagem. Corolário do princípio do acesso à justiça. Princípio do Juiz natural ou da vedação dos tribunais de exceção (artigo 5º, XXXVII e LIII CF). Com previsão constitucional no art. 5º, XXXVII e LIII, da Lei Maior, o princípio processual do juiz natural há de ser analisado sob duas vertentes: em relação ao órgão jurisdicional que julgará e à sua imparcialidade. Assim, quanto ao órgão julgador, subsiste a garantia de julgamento pelo juiz natural, isto é, pelo juiz competente segundo a Constituição, com o intuito de que sejam evitados os odiosos tribunais de exceção. Dessa forma, a competência para o julgamento deve ser predeterminada. Demais disso, o órgão julgador, representando o Estadona condução e julgamento da causa deve agir imparcialmente e com impessoalidade; isto é, o juiz não pode ter interesse na causa a ser apreciada, sob pena de ser afastado por impedimento ou suspeição (consoante os arts. 134 e 135, CPC, respectivamente). Princípio do Devido processo legal (artigo 5°, LIV CF) Sem dúvida um dos mais importantes princípios processuais foi introduzido em nosso ordenamento de forma expressa pela Constituição de 1988, em seu art. 5º, LIV, segundo o qual “ninguém será privado da liberdade ou dos seus bens sem o devido processo legal”. Artigo 5°, LIV da CF - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Princípio do Contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV, CF/88) Previsto no art. 5º, LV, CF/88, o referido princípio é tão importante no direito processual a ponto de renomados doutrinadores como Elio Fazzalari e Cândido Rangel Dinamarco afirmarem que “sem contraditório, não há processo”. Esse princípio impõe que, ao longo do procedimento, seja observado verdadeiro diálogo, com participação das partes, que é a garantia não apenas de ter ciência de todos os atos processuais, mas de ser ouvido, possibilitando a influência na decisão. Desse modo, permite que as partes, assim como eventuais interessados, participem ativamente da formação do convencimento do juiz, influindo, por conseguinte, no resultado do processo. Ampla defesaDefesa técnica e autodefesa. Defesa técnicaAdvogado / Defensor Público Autodefesa A própria parte fazendo a sua defesa, ou seja, na fase de interrogatório no processo penal. Princípio da Publicidade dos atos processuais (art. 5º, LX, e 93, IX, CF/88) Inserto nos art. 5º, LX, e 93, IX, CF/88, constitui projeção do direito constitucional à informação e suporte para a efetividade do contraditório, garantindo o controle da sociedade sobre a atividade jurisdicional desenvolvida. Significa que, em regra, o processo deve ser público e, apenas excepcionalmente, sigiloso – quando houver expressa previsão legal, notadamente, quando a defesa da intimidade ou do interesse público o exigirem. Art. 155 - Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos: I - em que o exigir o interesse público; II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. Obs.: A defensoria pública tem prazo em dobro para os atos processuais, pois eles não tem como dar conta de toda demanda – O STF decidiu a favor. Princípio da celeridade e duração razoável do processo (art. 5° LXXVIII da CF) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. O andamento do processo deve ser em tempo razoável e efetivo. Acesso a Justiça Celeridade Efetividade Princípio da fundamentação ou motivação das decisões judiciais (art. 93, IX) IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) As decisões judiciais precisam ser fundamentadas para responder as perguntas da decisão tomada. A ausência de fundamentação torna a decisão NULA. Aula 04 Conjunto de órgãos: Estrutura hierárquica do maior para o menor Supremo Tribunal Federal (STF) → Alta corte de justiça do país, guardião da CF. Conselho Nacional de Justiça (CNJ) → Órgão fiscalizador → Fiscaliza através da corregedoria Superior Tribunal de Justiça (STJ) → é o guardião da uniformidade da interpretação das leis federais. Desempenha esta tarefa ao julgar as causas, decididas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos estados, do Distrito Federal e dos territórios, que contrariem lei federal ou dêem a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal. Justiça Federal → São órgãos da Justiça Federal os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os juízes federais. A Justiça Federal julga, dentre outras, as causas em que for parte a União. Justiça do Trabalho → Os órgãos da Justiça do Trabalho são o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juízes do Trabalho. Compete-lhe julgar as causas oriundas das relações de trabalho. Justiça Eleitoral → São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas relativas à legislação eleitoral. Justiça Militar→ A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e juízes militares, com competência para julgar os crimes militares definidos em lei. Justiça Estadual→ A Constituição Federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual, observando os princípios constitucionais federais. Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de duas instâncias, o Tribunal de Justiça (TJ) e os Juízes Estaduais. Classificação dos órgãos do Poder Judiciário quanto à matéria e quanto ao número de julgadores. Especial→ Quanto a Matéria: Comum → Órgão colegiado Quanto ao número de julgadores: Órgão singular Justiça Especial Justiça Comum Justiça Comum Só os temas relacionados ao Direito Eleitoral, Trabalhista e Militar através dos respectivos órgãos TST e TRT- trabalho, TSE e TRE eleitoral, STM e TJM militar. Pode ser Federal ou Estadual que não cuide dos temas excepcionais. Exemplo civil, tributário e os demais ramos. Mais de um julgador – aqui temos um Acórdão. Um julgador, o juiz é um órgão – aqui temos sentença. Aula 05 – Jurisdição O autor exerce o direito de ação provocando o Estado Juiz para exercer a função Jurisdicional. O Juiz exerce a função por meio do processo. Ação + Jurisdição + Processo = Trilogia A função jurisdicional é exercida pelo Poder Judiciário (art. 2° CF) Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. ConceitoTrata-se do poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de um monopólio do Estado. Objetivo Alcançar a paz social colocando um fim nos conflitos. Características: Inércia O Estado Juiz só age se for devidamente provocado e esta provocação se dá por meio do exercício do direito de Ação. Art. 2º - Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. Art. 262 - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. Obs.: O artigo 262 parte B do CPC também fala do princípio do impulso oficial, ou seja, este princípio estabelece que embora o processo tenha início somente após a iniciativa da parte, seu desenvolvimento ocorrerá por impulso oficial, ou seja, do juiz. Obs.: Existe no Princípio da Inércia estabelecido no artigo 989 do CPC, que é a possibilidade de abertura do inventário de ofício pelo juiz. Art. 989 - O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal. Substitutividade O Estado Juiz substitui a vontade das partes. O que não podemos fazer sozinho, o Juiz assume e determina. Indeclinabilidade O Juiz não pode recusar o exame de um caso concreto. O Estado Juiz nãopode de recusar a examinar o caso concreto. Art. 126 - O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. Definitividade Quando não existem mais recursos, se torna definitiva. Obrigatoriedade A decisão tem que ser cumprida. Princípios da jurisdição Princípio da Indelegabilidade O Estado Juiz não pode delegar suas funções. Ex: Delegar a função para um estagiário, secretário. Obs.: Se for para outro Juiz, não se trata de delegar, pois os dois estão investidos da mesma autoridade. Princípio da Investidura Somente o magistrado poderá exercer a função jurisdicional, estando portanto investido (resolução 75 CNJ) – Ocorre quando toma posse. Princípio do Acesso a Justiça É também chamado de Inafastabilidade do poder judiciário (Art. 5°, XXXV) XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Princípio do duplo grau de jurisdição É o princípio que garante a revisão das decisões judiciais por meio do recurso. Princípio da aderência ao território Trata-se de princípio relacionado à competência. O Juiz vai exercer somente em sua competência nos limites determinados. Classificação Quanto à matéria Cuida da matéria Civil e todos os outros ramos do direito. Obs.: Direito do Trabalho tem forma especial. Penal Cuida somente da matéria penal. Quanto ao grau Superior – 1° grau de jurisdição Duplo grau de jurisdição Inferior – 2° grau de jurisdição Quanto à natureza da decisão De DireitoO Juiz se preocupa em aplicar tão somente a lei ao caso concreto. De equidadeO juiz se preocupa com a função social da norma (Método teleológico de interpretação). Quanto a presença ou não da Lide. Jurisdição contenciosa Jurisdição voluntária Há Lide Não há lide Partes (autor e réu) Interessados Processo Procedimento A Jurisdição é contenciosa quando há lide entre as partes (autor e réu), logo, para resolver o problema existe o processo. Na Jurisdição voluntária não há lide, ou seja, os interessados buscam o mesmo direito, como por exemplo o divórcio. Esse problema se resolve através do procedimento. Processo É o conjunto de atos que se desenvolvem para compor a lide. Os efeitos da responsabilidade penal na esfera cível Elementos da responsabilidade civil: Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Ação ou omissão Agente causador Dano Nexo de causalidade Culpa do agente (Exceto na responsabilidade objetiva – teoria do risco) Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal. Ex: Sentença penal condenatória transitada em julgado serve para a indenização do valor na esfera Civil – Título executivo judicial (Art. 475 CPC) Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: O Juízo Civil só determina o valor. Obs.: Alguns dispositivos do CPP permitem que o juiz criminal fixe o valor da indenização na esfera civil na própria sentença criminal com o intuito de atender os princípios da celeridade e efetividade. Discute-se na doutrina acerca da constitucionalidade do dispositivo Alexandre Câmara diz que é inconstitucional. Equivalentes Jurisdicionais. Distinção entre jurisdição e competência 1. Princípio de acesso à justiça Inafastabilidade do poder judiciário (Art. 5°, XXXV) XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Celeridade e efetividadeO andamento do processo deve ser em tempo razoável e efetivo. Acesso a Justiça Celeridade Efetividade CNJÉ um órgão que foi criado pela Emenda constitucional 45: FunçãoFiscaliza os tribunais para ver se o atendimento é efetivo e célere. (Quem compõe o CNJ são os membros do Poder Judiciário, logo, não existe controle externo). 2. Meios facilitadores de acesso à justiça. Juizados Especiais: Juizados estaduais (9.099/1995) Federais (10.259/2001) Fazendários (12.153/2009) Gratuidade de Justiça. Prioridade na tramitação de processos de idoso. Defensoria públicaQuem dela necessita (hipossuficiente). CDC (8.078/1990). 3. Meios alternativos de acesso à justiçaOs meios alternativos tem por objetivo à composição dos conflitos de forma a evitar a propositura de demandas judiciais. Estes meios foram privilegiados com o projeto de lei do novo CPC. Os mais importantes são: Arbitragem (campo patrimonial)Prevista na lei 9.307/1996, onde as partes elegem um árbitro para decidir um conflito. Essa decisão vale como título executivo judicial (475 N do CPC) e, portanto, não precisa ser homologado pelo poder judiciário. Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: IV – a sentença arbitral; Obs.: Se na celebração do contrato as partes incluírem uma Cláusula Arbitral ou Compromissória, no momento do conflito eles elegerão um árbitro para compor a lide. Se uma das partes não convocar o árbitro e for direto para o judiciário, a parte opositora pode mencionar a cláusula arbitral e consequentemente cancelar o processo. A arbitragem ofende o princípio do acesso à justiça? R: Não, pois a arbitragem é uma opção, portanto voluntária pelos envolvidos. Obs.: Se existir uma cláusula arbitral no contrato de adesão, essa clausula é NULA, pois só uma das partes teve ingerência à essa cláusula. Mediação (Pré-processual)Meio alternativo em que figura um mediador, ou seja, o terceiro equidistante as causas e razões das partes buscando uma composição para o conflito. Conciliação (Pode ser feito a qualquer tempo, antes ou durante)É muito comum e faz parte do procedimento sumaríssimo dos juizados especiais, a chamada Audiência de conciliação, que é presidida pelo conciliador que tem como função alcançar o acordo entre as partes. Obs.: Só o Juiz tem poder decisório. Aula 8Tutela Jurisdicional Tutela JurisdicionalSempre que estivermos diante de lesão ou ameaça de direito é possível provocar através do exercício do direito de ação o Estado Juiz para que este então através do processo exerça a Tutela Jurisdicional, ou seja, diga e aplique o direito ao caso concreto. Espécies de tutela jurisdicional (A doutrina que diz): 1. Tutela de UrgênciaUm provimento que o Juiz tem que entregar com uma certa urgência para não perder a utilidade. Ex: Uma pessoa com grave doença que precisa urgentemente de uma cirurgia. Espécies de tutela de Urgência: Antecipação dos efeitos da tutela(273 CPC)A antecipação visa como o próprio nome já diz, antecipar o provimento que somente seria concedido ao final do processo com a sentença. É preciso apontar os seguintes requisitos: a) Prova Inequívoca (caput) b) Verossimilhança nas alegações (caput) c) Reversibilidade da medida (§ 2°) Art. 273 - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendidano pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Alterado pela L-008.952-1994) § 2º - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. Reversibilidadereverter a situaçãoCirurgia (não tem como reverter). Processo Cautelar (796 CPC)Tem como objetivo proteger o processo. Art. 796 - O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente. Requisitos do processo cautelar: a) Fumus boni iuris ('fumaça do bom direito'): Isso significa que há indícios de que quem está pedindo a liminar tem direito ao que está pedindo. O nome estranho desse elemento vem do ditado popular de que ‘onde há fumaça, há fogo’. Em outras palavras, o magistrado não está julgando se a pessoas tem direito (isso ele só vai fazer na sentença de mérito, quando decidir o processo), mas se ela parece ter o direito que alega. b) Periculum in mora ('perigo na demora'): Isso significa que se o magistrado não conceder a liminar imediatamente, mais tarde será muito tarde, ou seja, o direito da pessoa já terá sido danificado de forma irreparável. Sessão de medidas cautelares: 813 / 822 / 826 / 839 / 846 do CPC 2. Tutela InibitóriaVisa inibir / coibir a prática do ato ou a sua omissão (art. 461, §4° CPC). Nesta situação o juiz impõe as astreintes ou multa diária. Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994) § 4º - O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. (Acrscentado pela L-008.952-1994) Ex: O juiz impõe uma tutela inibitória para coibir a pessoa de ligar o Som alto após as 22:00 hs. 3. Tutela de remoção do ilícito São as medidas mais graves determinadas pelo juiz para assegurar o resultado prático equivalente. Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994) § 5º - Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. (Alterado pela L-010.444-2002) Ex: Sem o autor pedir, o juiz pode determinar o fechamento de uma boate até que o réu cumpra a determinação do isolamento acústico. 4. Tutela RessarcitóriaOcorre quando buscamos o ressarcimento de prejuízos sofridos. Ex: Indenização por perdas e danos e lucros cessantes. 5. Tutela de evidênciaÉ a que ocorre na hipótese prevista no artigo 285-A do CPC. Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. (Acrescentado pela L-011.277-2006) Está demonstrado, evidenciado que é improcedente. Aula 10Ação DefiniçãoAção é o direito subjetivo da parte de provocar o Estado Juiz para que este exerça a atividade jurisdicional. Todos tem o direito de ação assegurado em virtude do princípio do acesso à justiça previsto no artigo 5°, XXXV do CF. XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Teorias acerca da natureza jurídica da ação: O que é natureza jurídicaÉ a posição que o instituto ocupa dentro do ordenamento jurídico. Ao longo da evolução do Direito Processual, muitas teorias foram desenvolvidas para que chegássemos a conclusão que a ação tem natureza jurídica de direito subjetivo. 1. Teoria CivilistaÉ também chamado de teoria imanentista, defendida por SAVINI. Não existiam normas processuais a época, mas somente normas de direito material. 2. Teoria ConcretaEsta teoria inaugurou a fase científica de evolução do Direito Processual, consagrando a autonomia da matéria, ou seja, o direito processual civil passa a contar com normas próprias reunidas em um código. 3. Teoria da ação como direito potestativoPara esta teoria a Ação tinha natureza Jurídica de direito potestativo. 4. Teoria da Ação como direito abstratoPara esta teoria a Ação quando promovida pelo autor é dirigida contra o Estado e não contra o réu. Hoje observamos que a Ação é dirigida contra o réu e o Estado é tão somente provocado para exercer a atividade jurisdicional (dizer e aplicar o direito ao caso concreto). 5. Teoria Eclética(art. 267, VI do CPC)É a teoria adotada atualmente na doutrina brasileira. Para exercermos o direito de Ação é necessário o fiel cumprimento das chamadas condições de Ação (Legitimidade ad causam, Interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido). Caso essas condições não sejam preenchidas o juiz vai extinguir o processo sem resolução de mérito na forma do artigo 267 do CPC. 6. Teoria da AsserçãoPara essa teoria ao reconhecer a ausência das condições da Ação o juiz deveria extinguir o processo com resolução de mérito na forma do artigo 269 do CPC evitando assim a propositura de uma nova ação. Essa teoria não encontra previsão no direito brasileiro. Características da Ação: AbstrataÉ o mesmo que subjetivo. AutonomaIndepende da existência de direito material. Ex.: Art. 4º - O interesse do autor pode limitar-se à declaração: O autor solicita que o Juiz declare que o réu é devedor, ou seja, a ação não é de cobrança, só de reconhecimento. Natureza JurídicaDireito Subjetivo. Condições da Ação: a) Legitimidade ad Causam b) Interesse de agir c) Possibilidade Jurídica do pedido Elementos da Ação: a) Partes b) Objeto c) Causa de pedir Aula 11 Elementos da ação. Concurso e cumulação de ações Legitimidade ad causamPertence ao titular do direito material em questão. Interesse de agirÉ o interesse na obtenção de uma decisão judicial favorável. Não se confunde com o interesse meramente econômico. (O interessado pode ajuizar uma ação para que o juiz declare o demandado como devedor, ou seja, é uma ação de declaração, não de cobrança sem interesse econômico). Possibilidade jurídica no pedidoO pedido deve ser físico e materialmente possível também não pode ser vetado por lei. Exemplo: Pedido de alimentos O autor é a criança, a mãe é o representante legal (Ação de representação de pedidos de alimentos). Obs.: As condições da Ação devem ser observadas conjuntamente. A falta de uma ou mais geram um fenômeno da carência de Ação que leva a extinção do processo sem resolução de mérito conforme artigo 267, VI do CPC. As condições da Ação constituem matéria de ordem pública e portanto podem ser reconhecidas de ofício a qualquer tempo ou grau de jurisdição. Elementos da ação: PartesAutor e Réu ObjetoPedido Causa de pedirMotivo Aula 12 (continuação) Concurso de Ações Ocorre quando diante de um fato a parte pode propor duas ou mais ações. Ação de indenização por danos morais / Ação de indenização por danos materiais (dois pedidos). Ex: Ação deinvestigação de paternidade cumulada com alimentos. Cumulação de Ações Também chamada de cumulação de pedidos. Ocorre quando unimos em uma única Ação dois ou mais pedidos. Para que isto ocorra é necessário: a) Identidade quanto às partes. b) Procedimentos compatíveis entre si. c) Mesmo juízo competente. Ex: Não é possível unir em única Ação como por exemplo, Ação de dissolução de sociedade e dissolução de matrimônio. Espécies de Cumulação de Ações: Cumulação SimplesOcorre quando os pedidos não guardam relação de dependência entre si. Ex: Dano material e Dano moral Não guardam dependência, ou seja, pode ganhar o dano material e perder o dano moral. Cumulação SucessivaOcorre quando os pedidos são dependentes entre si. Ex: Investigação de paternidade e alimentos Para conseguir o alimento necessita de comprovação da paternidade. Ex: Investigação de paternidade e reserva do quinhão hereditário. Cumulação Eventual ou Facultativa Caracteriza-se pela presença de pedidos alternativos. A parte deverá fazer o pedido obedecendo à ordem de preferencia. Ex: Abatimento no preço ou Troca do produto ou devolução do dinheiroA ordem é decidida pelo autor do pedido. Aula 13Processo ConceitoÉ o conjunto de atos processuais que se desenvolvem regularmente para compor a lide. Espécies de processo: Processo de Conhecimento (cognitio no latim)É também chamada de processo de cognição. Ocorre nas situações onde o juiz precisa conhecer a causa, os envolvidos e o pedido formulado para que então possa decidir (Livro 1 do CPC) art. 1° ao 565. Processo de ExecuçãoOcorre quando estamos diante de um título executivo que pode ser Judicial (475-N do CPC) ou extra judicial (585 CPC). Quando estamos diante em regra de um título judicial a execução se dá por meio de cumprimento de sentença, ou seja, como mera fase do processo de conhecimento. Quando estamos diante de um título extrajudicial, a execução se dá de forma autônoma (ação de execução). Ex.: Processo não se confunde com procedimento. O procedimento é a forma, a maneira como os atos processuais se desenvolvem. Aula 14 Pressupostos processuais Conceito: São os requisitos necessários para que o processo exista e seja considerado valido. E que vale as condições da ação, só que destinadas ao processo. Todos temos o direito de Ação: Artigo 5° XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Acesso à Justiça Ação Condições da Ação Art. 267 – Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Legitimidade ad causam Vale dizer que a legitimidade ad causum, divide-se em legitimidade ativa - do autor, "aquele que deduz em juízo uma pretensão" e legitimidade passiva - do réu, "aquele em face de quem aquela pretensão é deduzida”. A legitimidade pode ser: Exclusiva quando a lei atribui legitimidade um único sujeito, que em regra é ao próprio titular do direito. Concorrente quando a lei atribui legitimidade a mais de um sujeito, também chamada de co- legitimação ou legitimação disjuntiva. Ordinária quando a lei atribui legitimidade ao titular da relação jurídica discutida, ou seja, a parte corresponde com o legitimado, que defenderá em nome próprio direito próprio. Extraordinária conforme previsto no art 6º, CPC,26 quando se defende em nome próprio interesse alheio. Um bom exemplo é a ação de investigação de paternidade proposta pelo MP em favor do menor, na forma da Lei n. 8.560/92. Nesse caso, o titular do direito material é o menor, que deseja saber quem é o seu pai. Entretanto, muitas vezes, quem deduz essa pretensão em juízo é o MP, na condição de legitimado extraordinário. Interesse de agir O interesse de agir é verificado pela reunião de duas premissas: a utilidade e a necessidade do processo. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar benefícios; a necessidade do processo se constata quando o proveito de que se precisa só é possível alcançar por meio do Judiciário. Possibilidade jurídica do pedido É a aptidão de um pedido, em tese, ser acolhido. Se, em tese, o pedido é possível, está preenchida esta primeira condição da ação. Previsibilidade pelo direito objetivo da pretensão manifestada pelo autor, ou seja, é a admissibilidade, em abstrato, do provimento demandado. Deve ser aferida em dois aspectos: 1. positivo: pode-se pedir tudo aquilo que esteja expressamente previsto em lei. 2. negativo: só se pode pleitear o que não seja vedado por lei. O silêncio da lei é interpretado em favor da parte. Essa é a posição do direito brasileiro. Um exemplo clássico de impossibilidade jurídica do pedido existiu, entre nós, até 1977. Tratava-se do pedido de divórcio, que, então, era vedado pelo ordenamento jurídico. Com a aprovação da Lei do Divórcio (Lei n. 6.515/77) deixou de existir a vedação antes existente. Pressupostos processuais Os pressupostos processuais são de existência ou de validade. Conceito: São os requisitos mínimos necessários para o estabelecimento de uma relação jurídica processual válida e regular (art. 267, IV, CPC). São requisitos para a existência do processo: Órgão Jurisdicionalo órgão estatal investido de jurisdição – juízo de direito ou tribunal; Existência Partes (autor e réu) Demanda (alguém tem que promover a ação) Validade – são requisitos que tornam o processo viável e que, ausentes, não permitem a efetivação de eventual sentença de mérito, muito embora o processo tenha existido: Competência (juízo adequado para examinar cada matéria) Validade Capacidade das partes (Absolutamente) e (Relativamente) Demanda regular Representado (art. 3 CC) Assistido (art. 4° CC) Obs.: Os requisitos de ordem formal devem ser cumpridos, pois dependendo do tipo de ação, a inicial não segue... Ex: APELAÇÃO. PETIÇÃO INICIAL DE MANDADO DE SEGURANÇA INDEFERIDA. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. Para caber em mandado de segurança o pedido formulado deve ser líquido e certo. E, “direito líquido e certo é aquele que não precisa ser aclarado com o exame de provas em dilações; que é, de si mesmo, concludente e inconcusso” (cf. J.CRETELLA JÚNIOR, cf. Comentário à Lei do Mand.de Segurança, 7ª.Edição Forense 1995/p.65). Outro Exemplo: Ajuízo uma ação de divórcio na vara criminal, logo, o processo é extinto sem resolução de mérito por falta de validade (incompetência para julgar). Obs.: Todos os pressupostos devem ser observados. A falta de qualquer pressuposto pode levar a extinção do processo sem resolução de mérito nos termos do artigo 267, IV do CPC. No entanto, para evitar a extinção em nome do Princípio do aproveitamento dos atos processuais pode o magistrado determinar a correção da questão sanando portanto o vício. Aula 15Procedimentos O procedimento é a forma, a maneira como os atos processuais se desenvolvem. A escolha do procedimento não é feita de forma livre pelo autor, deve obedecer ao disposto em lei. Obs.: Para saber qual procedimento devemos adotar, usamos o critério de exclusão de baixo para cima, ou seja, primeiro verificamos se é um Procedimento Especial ( 1° Jurisdição Voluntária / 2° Jurisdição contenciosa). Se não for Procedimento Especial, passamos então para o Procedimento Comum (3° sumário / 4° Ordinário). EX: Ordem de eliminação Procedimentos Classificação Ultima opção Ordinário (Maior complexidade) Procedimento Comum Terceiro Sumário (Valor / Matéria) Segundo Jurisdição Contenciosa(há lide) Procedimento Especial Primeiro Jurisdição Voluntária (não há lide) Hipóteses de procedimentos: Procedimento Comum Ordinário (Se não for nenhum dos procedimentos anteriores, adotaremos esse)É aquele reservado as questões de maior complexidade, pois permite maior dilação probatória. Sumário (terceiro a ser verificado)Previsto no artigo 275 do CPC , é marcado pela brevidade nos procedimentos, pela impossibilidade da intervenção de terceiros, salvo a assistência e pela impossibilidade do uso da reconvenção que foi substituída pelo pedido contraposto (atenção aos artigos 278 e 280 do CPC). Existem casos que tem menor complexidade probatória, sem grandes dificuldades. Critérios: Art. 275 - Observar-se-á o procedimento sumário: Valor I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; Matéria II - nas causas, qualquer que seja o valor: a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo ressalvados os casos de processo de execução; f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; g) que versem sobre revogação de doação; h) nos demais casos previstos em lei. Procedimento Especial Jurisdição Contenciosa (segundo a ser verificado)São indicados entre os artigos 890 a 1.102 do CPC e regulam situações que em razão de sua especificidade merecem um procedimento próprio. Ex: Tem lide Em suma, a Jurisdição contenciosa "tem por objetivo a composição e solução de um litígio." (BORGES, p. 211). Ação de consignação de pagamento (890 CPC)A referida ação decorre da manifestação de vontade do devedor de pagar ao credor em juízo, extinguir uma obrigação e, consequentemente, a mora accipiendi que dela decorra. Jurisdição Voluntária(primeiro a ser verificado)É caracterizada pela ausência de lide e está previsto a partir do art. 1.103 do CPC. Art. 1.103 - Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem a jurisdição voluntária as disposições constantes deste Capítulo. Ex: divórcio consensual. Correção dos Casos Concretos. Aula 01 1ª Questão. César promove uma execução em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissória. Ao despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justiça cumprisse o mandado de penhora e avaliação. Ato contínuo, foi penhorado o único imóvel do devedor, que se constitui na residência de sua família. No entanto, após ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei nº 8.009/90, estabelecendo que o imóvel residencial passou a ser impenhorável. Indaga-se: a penhora realizada sobre este bem antes da criação da Lei nº 8.009/90 pode permanecer ou a nova lei, de natureza processual, aplica-se imediatamente? R: A nova lei de natureza processual é aplicada imediatamente atingindo o processo em curso, conforme estabelece o artigo 1.211 do CPC. Registra-se que a penhora é um ato de constrição (imposição) judicial de natureza processual. Obs.: A penhora não se exaure no momento, só no ato do leilão. 2ª Questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito à natureza das leis processuais: a) normas privadas, dispositivas e autônomas; b) normas públicas, dispositivas e instrumentais; c) normas privadas, instrumentais e autônomas; d) normas públicas, cogentes (obrigatórias) e instrumentais (dá efetividade). Correta Aula 02 1ª Questão. Artur promoveu ação de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenação do réu a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) em razão de descumprimento de contrato e a título de multa compensatória. Citado o réu oferece contestação, no prazo legal, e alega em preliminar a ilegitimidade da parte réu, em conta que com o autor nunca celebrou contrato de qualquer natureza. Indaga-se: a) O juiz ao determinar a manifestação do autor, em réplica, sobre a preliminar arguida pelo réu em sua peça de resistência, aplicou qual princípio de direito processual. R: O princípio do contraditório, seu pressuposto é que a verdade só pode ser evidenciada pelas teses contrapostas das partes. 2ª Questão. Assinale a alternativa correta em relação às normas cogentes do processo civil; a) elas são de natureza pública e, de regra, não podem ser afastadas pela vontade particular, se essencialmente voltadas para o interesse público; Correta b) são de interesse público, mas podem ser alteradas somente pela vontade do autor da ação; c) são de interesse público ou particular, mas podem ser desconsideradas pelo juiz ao aplicá-las em um caso concreto; d) são genuinamente de interesse particular, pelo que podem ser desconsideradas pela vontade das partes. Aula 03 1ª Questão. Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano material no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e alega a incapacidade do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu a prescrição, considerando que o prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar os autos constata que o autor já adquiriu a maioridade e, então, acolhe a defesa do réu, reconhecendo a prescrição, proferindo sentença de improcedência do pedido. Indaga-se: Foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual? Justifique. R: Sim, considerando que a prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo Juiz e também a parte alcançou a maior idade. 2ª Questão. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a aplicação da lei no espaço: a) a jurisdição civil, contenciosa e voluntária (não contenciosa), é exercida pelos juízes em todo o território nacional, conforme determina o CPC; b) em todos os processos que correm no território nacional devem-se respeitar as normas do CPC; c) a norma do art. 1º do CPC é válida mesmo que o direito material a ser aplicado seja oriundo do estrangeiro; d) os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil. Explicação: Porque a decisão estrangeira precisa ser homologada. Aula 04 Questão nº 1. Gustavo ajuíza demanda em face da União cujo pedido tem conteúdo econômico equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos. A ação foi distribuída perante a 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro cujo magistrado, de ofício, proferiu decisão interlocutória declinando da sua competência em prol de um dos Juizados Especiais Federais localizados na mesma cidade. Vale dizer que esta decisão foi objeto de recurso, ocasião em que o impugnante objetou que é amplamente admitida, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, a possibilidade conferida ao demandante de optar entre o juízo comum ou o juizado especial. Indaga-se: a) Assiste razão a Gustavo? R: Não, considerando que ações de competência da Justiça Federal de até 60 salários mínimos devem ser propostos junto aos juizados especiais federais (artigo 3°, §3° da Lei 10.259/01) B) Eventual conflito de competência entre Vara Cível Federal e Juizado Especial Federal, localizados na mesma cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? Justifique as respostas. R: Tribunal Regional Federal conforme entendimento atual do STJ. Questão nº 2. Acerca da Lei dos Juizados EspeciaisCíveis (JEC), Lei n.º 9.099/1995, assinale a opção correta: a) Segundo os princípios da simplicidade e da informalidade que regem o julgamento nos juizados especiais, qualquer que seja o valor da causa, a parte vencida, ainda que não possua capacidade postulatória, pode recorrer da decisão monocrática e requerer a sua revisão pela turma recursal; A parte não pode recorrer b) O pedido do autor e a resposta do réu podem ser feitos por escrito ou oralmente; as provas orais produzidas em audiência, entretanto, devem ser necessariamente reduzidas a termo escrito, pois nessas demandas não se exige a obediência ao princípio da identidade física do juiz; Não é obrigatório a presença do Juiz c) Como regra, deve ser decretada a revelia do réu que não compareça à audiência de instrução e julgamento, ainda que compareça o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a presunção de veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausência do demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução; Correta d) No sistema recursal dos juizados especiais, contra as decisões interlocutórias é cabível o agravo na forma retida, que impede a interrupção da marcha do processo, atendendo aos princípios da celeridade e concentração dos atos processuais, com a finalidade de assegurar a rápida solução do litígio. Não cabe recursos das decisões interlocutórias – Só pedido de reconsideração, pois não está na lei como recurso. SUCEDANIO RECURSAL Aula 05 Questão nº 1. Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível? Justifique a resposta. R: Não e possível o pleito retratado no caso porque uma decisão dessa natureza violaria o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional art. 5 xxxv da CF além do mais o art. 585 §1 do CPC dispõe expressamente que o ajuizamento de uma ação visando anular o título não impede a execução. Questão nº 2. De acordo com o princípio da correlação, é correto afirmar: a) o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte; b) não é justo que a Fazenda Pública tenha prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar; c) a Fazenda Pública tem direito ao devido processo legal; d) o juiz pode ter iniciativa probatória desde que a mesma seja correlacionada aos fundamentos de defesa constantes na contestação. CORRETA Aula 06 1ª Questão. O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo benefício previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das Varas Federais Criminais da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma sentença penal condenatória. Neste mesmo ato decisório, o magistrado determinou que o denunciado deve ressarcir o INSS (autarquia federal) da importância de R$ 122.820,00, que seria o montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta criminosa. Indaga-se: pode o magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação dos prejuízos cíveis sofridos? Justifique a resposta. R: Sim, a lei 11.719/08 modifica o art.383, IV, do CPP, em sua nova redação impôs ao magistrado o dever de fixar o valor mínimo da reparação dos danos causados pela infração, para permitir que o juiz ao proferir a sentença penal condenatória fixe um valor mínimo para a indenização dos prejuízos causados pelo crime praticado. 2ª Questão. Assinale a alternativa correta em relação à autonomia ou independência da responsabilidade civil e criminal: a) a responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal; b) se tiver sido proferida sentença absolutória no juízo criminal, por qualquer que seja o seu fundamento, não se afigura possível o ajuizamento de qualquer ação civil objetivando a reparação do dano; c) a sentença penal condenatória não é título executivo hábil a permitir a instauração de uma execução perante o juízo de competência cível; d) a responsabilidade civil é independente da criminal e por este motivo é possível questionar sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, ainda que estas questões já tenham sido decididas no juízo criminal. Aula 07 1a Questão. Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC). Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta. R: SIM. O Art. 475N do CPC declara que a sentença arbitral é um título executivo. 2ª Questão. Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. Como Carlos não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residência e, ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor compatível com o que pagou para ressarcimento do seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos configura: a) Autotutela; b) Autocomposição; c) Mediação; d) Arbitragem. Aula 08 Antes da correção, vale saber o significado da expressão REVELIA. O que é Revelia: Revelia é um termo jurídico que expressa o estado ou qualidade de revel, ou seja, é alguém que não comparece em julgamento (ou comparece e não apresenta defesa), após citação. Em sentido figurado, revelia também pode ser um sinônimo de rebeldia. 1ª Questão. O Ministério Público instaura um processo coletivo em face do Município do Rio de Janeiro, em que se discute um direito indisponível (por exemplo, ofensa ao meio ambiente perpetrada pela Fazenda Pública). O demandado, após ter sido regularmente citado, não apresenta qualquer resposta. O magistrado, por este motivo, decreta a revelia do demandado e em seguida sentencia realizando um julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 330, inciso II do CPC, que é considerado como uma “tutela de evidência”. Indaga-se: a Fazenda Pública pode realmente ser considerada revel? Esta revelia uma vez verificada autoriza o julgamento antecipado da lide? Justifique as respostas. R: No caso concreto, não devemos considerar a revelia da Fazenda, uma vez que esse ente possui privilégio. Ademais a questão versa sobre direito indisponível, portanto não se aplicam os efeitos da revelia conforme artigo 320, II do CPC. Sendo assim, não está autorizado a tutela de evidência respaldada no julgamento antecipado da lide. Art. 330 - O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença: (Alterado pela L-005.925-1973) II - quando ocorrer a revelia (Art. 319). 2ª Questão. Guilherme propõe uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a petição inicial percebeque a questão trazida nos autos é exclusivamente de direito, também já tendo sido anteriormente proferidas pelo mesmo juízo várias outras sentenças de total improcedência em casos semelhantes. Por este motivo, o mesmo profere sentença liminar, julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citação do demandado. Assinale a alternativa correta: a) O juiz se equivocou, pois não poderia sentenciar com resolução do mérito sem antes determinar a citação do demandado; b) O juiz acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução liminar do mérito do processo; Tutela de evidência 285-A do CPC c) O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mérito liminar se fosse hipótese de procedência do pedido; d) Todas as alternativas estão equivocadas. Aula 9 1ª Questão. Carlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalística, requerendo a concessão de liminar para que a mesma publique uma retratação de notícia divulgada na semana anterior que lhe envolvia. O magistrado determinou a citação do réu para, somente após, analisar o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Em resposta, a empresa aduziu que não seria possível a concessão da liminar, dado ao caráter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se: como o magistrado deverá decidir? Justifique a resposta. R: No presente caso se observarmos os requisitos do artigo 273 do CPC, é possível determinar um cabimento dos efeitos da tutela para exigir uma retratação, pois o juiz deveria considerar o dano irreparável causado ao réu. 2ª Questão. César, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União, que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De acordo com o narrado, assinale a alternativa correta: a) a lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na atividade jurisdicional; b) a lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda Pública viola o princípio da isonomia; c) para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e também em virtude de se tratar de uma decisão provisória; d) a lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau de jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC. Obs.: Fazenda pública= União, Estados, DF, Territórios, Municípios, Autarquias e Fundação Autárquicas. Aula 10 1ª Questão. Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte demandada. Indaga-se: a) Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da parte, poderá o juiz proferir sentença definitiva de improcedência do pedido? Fundamente com a abordagem da Teoria Eclética do Direito de Ação e da Teoria da Asserção; R: Com base na Teoria Eclética vigente no Brasil, de acordo com o artigo 267, VI do CPC, o juiz deveria extinguir o processo sem resolução de mérito. Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; No entanto, para a teoria da asserção, diante da ausência das condições da ação o juiz poderia julgar improcedente o pedido extinguindo o processo com resolução de mérito na forma do artigo 269 CPC. Art. 269 - Haverá resolução de mérito: I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; III - quando as partes transigirem; IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. Antes de resolver a questão B, temos que saber o significado da expressão Preclusão. Preclusão ≠ Prescrição Prescrição é um instituto do Direito Civil. Preclusão Trata-se de um instituto do Direito Processual. É a perda da possibilidade de praticar um ato processual. Pode ser: A. TemporalQuando perdemos o prazo para praticar o ato. B. LógicaQuando pretendo praticar um ato absolutamente incompatível com o que acabo de praticar. ConsumativaQuando praticamos um ato diz-se que ele se consuma. b) A decisão do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo demandado sofre os efeitos da preclusão se a parte supostamente prejudicada não impugná-la no tempo e modo devidos? Justifique. R: Não, pois as condições da ação configuram matéria de ordem pública e portanto podem ser reconhecidas a qualquer tempo ou grau de jurisdição. 2ª Questão. Fabrício promove uma demanda objetivando a cobrança de valores em face de Flávio. O réu, ao ser citado, apresenta contestação e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis que, até a presente data, a dívida questionada ainda não tinha vencido. Ocorre que, tão logo foi apresentada a peça de defesa, os autos seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste ínterim ocorrido o vencimento do débito. Indaga-se: como o magistrado deverá proceder? a) deverá julgar o pedido improcedente, pois as condições da ação devem ser analisadas no momento da propositura da demanda; b) deverá designar uma audiência preliminar, para tentar viabilizar uma composição amigável entre as partes; c) deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do processo tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida; d) deverá reconhecer a ausência de uma das condições da ação e extinguir o processo sem resolução do mérito. 267,VI Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Possibilidade jurídica Materialmente possívelNão é possível fazer uma cobrança antes da data do vencimento. Aula 11 Para resolver o caso concreto, temos que saber o que significa a palavra Litispendência. Litispendência Ocorre quando estão em curso Ações idênticas. Uma ação é idêntica à outra quando forem comuns os elementos da Ação, ou seja, as mesmas partes, o mesmo objeto e a mesma causa de pedir. Em caso de Litispendência, uma das Ações deve ser extinta sem resolução de mérito na forma do artigo 267, V do CPC. Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 1ª Questão. Luciano impetra mandado de segurança apontando como autoridade coatora o gerente regional de arrecadação da Receita Federal, que presenta a União. Como teve negada a liminar pretendida pelo magistrado, o seu advogado resolve instaurar um novo processo de conhecimento, mas em rito ordinário, envolvendo as mesmas partes, pedido e causa de pedir. Há litispendência neste caso, mesmo tratando-se de processos que observam procedimento distinto? Justifique a resposta. R: Não, no caso concreto não há no que se falar em Litispendência, pois o objeto do Mandado de Segurança não é idêntico ao pretendido na Ação de conhecimento. 2ª Questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito a litispendência:a) trata-se de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo juiz; Correta. b) trata-se de matéria que somente pode ser conhecida pelo magistrado após ter sido ventilada diretamente pela própria parte interessada; c) trata-se de matéria que o juiz somente poderá pronunciar após ter intimado previamente as partes e o Ministério Público para que se manifestassem a respeito; d) Nenhuma das alternativas é correta. Aula 12 1ª Questão. Paulo promove ação de conhecimento em face de Valdo. Postula na petição inicial o reconhecimento da paternidade e, ainda, pleito de condenação do réu a pagar alimentos, em conta que deles está necessitado, por ser menor impúbere em idade escolar e por ser portador de deficiência física que exige utilização de aparelho mecânico para se movimentar, o que exige gastos constantes de manutenção, sem contar a necessidade de ser suprido para sustento próprio. Indaga-se: a) O caso manifesta um concurso de ações ou uma cumulação de ações ou de pedidos? Justifique. R: Cumulação de Ações, pois o autor promoveu uma única ação para solicitar o reconhecimento de paternidade e os alimentos. Para existir cumulação de Ações é preciso existir o Concurso de Ações. b) Tratando-se de cumulação de pedidos, qual seria a sua espécie? Justifique. R: Sucessiva, pois os pedidos são dependentes entre si. 2ª Questão. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito à perempção: a) é condição negativa para o legítimo exercício da ação; A perempção ocorre diante da extinção do processo sem resolução de mérito por três vezes. Não será portanto possível ajuizar a quarta ação em virtude da perempção. b) se apresenta quando o autor dá causa a três extinções do processo por abandoná-los por mais de 30 dias; c) o titular do direito jamais poderá alcançar a satisfação do crédito em relação ao réu; d) basta abandonar o processo por duas vezes, por mais de 30 dias. Aula 13 1ª Questão. Gustavo promove demanda em face de Fabiano, perante o juízo da 1ª Vara Cível, tendo sido proferida sentença que lhe foi favorável, com a condenação do demandado a lhe pagar a quantia de R$ 100.000,00. Não foram interpostos recursos e a sentença transitou em julgado. Ocorre que o devedor não honrou o pagamento fixado na sentença. Indaga-se: a) Qual medida Gustavo deverá adotar? Justifique. R: Cumprimento de sentença, conforme artigo 475-J do CPC Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. b) Haverá necessidade de instauração de um novo processo? Justifique. R: Não, nos mesmos autos. c) O que é processo sincrético? Justifique. R: Ocorre quando no processo de conhecimento temos duas fases sendo delas a execução. FGV afirma-se ser processo sincrético aquele que une as funções cognitiva (conhecimento) e executiva, para declarar e satisfazer o direito em um processo apenas, contribuindo para a economia, celeridade e instrumentalidade processuais, tendências do direito moderno para atender a efetividade alcançando, finalmente, o verdadeiro sentido do acesso à justiça. 2ª Questão. Indique a alternativa correta sobre o processo de busca e apreensão, previsto no Decreto Lei nº 911/69: a) de conhecimento; Correta Só nesse caso deixa de ser cautelar e passa a ser de conhecimento, pois trata-se de Alienação fiduciária em garantia. b) de execução; c) cautelar; d) sui generis. Aula 14 1ª Questão. Humberto promoveu ação de conhecimento em face de Jurandir. No curso do processo, o advogado do demandante renuncia o seu mandato e o autor, intimado para regularizar a capacidade postulatória não constituir outro procurador judicial. Indaga-se: Qual será a consequência processual? A resposta seria a mesma caso esta situação envolvesse o demandado? Justifique as respostas. R: O autor diante da renúncia do seu advogado deve constituir novo mandatário sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito (art. 265, §2°). Se o caso concreto se referisse ao réu o juiz decretaria a revelia. PROCESSO CONHECIMENTO EXECUÇÃO TIT. JUDICIAL (ART.475-N) CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (ART. 475 -J) ETAPA/FASE DO PROCESSO DE CONHECIMENTO TIT. EXTRAJUDICIAL (ART.585) EXECUÇÃO AUTÔNOMA (AÇÃO DE EXECUÇÃO) CAUTELAR PROCEDIMENTO Revelia: Revelia é um termo jurídico que expressa o estado ou qualidade de revel, ou seja, é alguém que não comparece em julgamento (ou comparece e não apresenta defesa), após citação. Em sentido figurado, revelia também pode ser um sinônimo de rebeldia. 2ª Questão. A incompetência do Juízo usualmente é considerada como pressuposto processual de validade do processo. No entanto, como o magistrado deve proceder quando reconhece a incompetência absoluta. Indique a alternativa correta: a) deve extinguir o processo pela ausência de pressuposto processual, na forma do art. 267, inciso IV, CPC; b) deve declinar da incompetência absoluta em prol do órgão jurisdicional competente; Art. 113 CPC. Art. 113 - A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. c) deve intimar a parte contrária para informar se renuncia a prerrogativa de tramitação do processo de acordo com as normas constitucionais e processuais; d) nenhuma das alternativas é a correta. Aula 15 1ª Questão. Geisa promove demanda com o objetivo de obter a revogação da doação de um bem avaliado em R$ 500.000,00, valor este que, por sinal, foi atribuído a causa. A petição inicial foi distribuída perante um dos juízos integrantes da Justiça Estadual do Rio de Janeiro, observando o procedimento ordinário. Só que, ao analisar a petição inicial, o magistrado determina que a autora promova a sua emenda, de modo a adequá-la ao procedimento correto. Indaga-se: Foi correta a postura do magistrado? Justifique. R: Sim, pois a questão deve obedecer ao procedimento sumário previsto no artigo 275, II, G do CPC. Procedimento Comum sumário (matéria) : Art. 275 - Observar-se-á o procedimento sumário: II - nas causas, qualquer que seja o valor: g) que versem sobre revogação de doação; 2ª Questão. Rodrigo, com 61 anos de idade, propõe demanda perante uma das Varas Cíveis da Comarca da Capital. Na petição inicial o demandante narra e comprova a sua idade, requerendo a concessão de prioridade de tramitação do processo por este motivo. Como o magistrado deve se posicionar a respeito? Indique a alternativa correta: a) deve indeferir, pois tal benefício somente é possível aos maiores de 70 anos; b) deve deferir, já que a prioridade é dada aos maiores de 60 anos; Estatuto do idosoA prioridade é dada as pessoas com m ais de 60 anos. c) deverá indeferir, pois tal situação violaria o princípio da isonomia; d) somente deverá aceitar se tiver sido impetrado um mandado de segurança. Aula 16 1ª Questão. Bruno promove uma demanda de cobrança em face de Flávio para reclamar o cumprimento de prestação que afirma estar vencida. O magistrado considera presentes as condições da ação e os pressupostos processuais, e determina a citação do réu. Citado, o réu apresenta sua resposta, sob a modalidade de contestação, e argui, em sede preliminar, a falta de interesse de agir de Bruno por se tratar, até a presente data, de dívida não vencida, conforme os documentosacostados à inicial pelo próprio autor. Após a abertura de prazo para o autor se manifestar sobre a preliminar arguida, este permaneceu inerte, e os autos foram então conclusos ao magistrado. Considerando que quando da propositura da demanda a dívida ainda não se encontrava vencida, mas entre o oferecimento da contestação e a data da conclusão ela venceu, como deverá proceder o magistrado? Resposta fundamentada, em especial quanto à presença ou ausência das condições para o regular exercício do direito de ação. R: O processo deverá ser extinto sem resolução de mérito por ausência das condições da Ação nos termos do artigo 267, VI do CPC. Aplica-se a teoria eclética da ação. 2ª Questão. 38º Concurso OAB-RJ. Acerca de suspensão e extinção do processo, assinale a opção correta. A) Se o autor renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, haverá a extinção do processo, sem resolução do mérito. B) Falecendo o advogado do réu, o juiz marcará o prazo de 20 dias para que seja constituído novo mandatário. Se, transcorrido esse prazo, o réu não tiver constituído novo advogado, o processo prosseguirá à sua revelia. 265 CPC. C) O juiz não poderá conferir ao autor a possibilidade de emendar a petição inicial quando esta não contiver o pedido, devendo, nesse caso, extinguir o processo, sem resolução do mérito. D) A ausência de interesse processual acarreta a extinção do processo, sem resolução do mérito. Entretanto, caso não indefira liminarmente a inicial por falta de interesse processual, o juiz, em face da preclusão, não poderá, posteriormente, extinguir o processo.