Como funciona quando o vendedor e o comprador de imóveis fecham um contrato?
Ioanna Magoulas
12 years ago
Segundo o Direito do Promitente Comprador, Código Civil de 2002, a adjudicação compulsória pode ser requerida baseada nos seguintes Artigos:
Art. 1417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.
Paulo Oliveira
12 years ago
Para acrescentar
O professor Luiz Tadeu Barbosa[16] conceitua a adjudicação compulsória no sentido estrito da palavra:
“Cumpre distinguir a adjudicação como ato jurídico ou administrativo da adjudicação compulsória como ação. O vocábulo adjudicação, que se originou da adjucatio latina, tem extenso campo de aplicação na área do direito. No direito administrativo serve para qualificar como aceitável uma proposta de fornecimento de bens ou serviços para a administração pública, mediante contrato. No direito processual civil vamos encontrar o vocábulo de forma típica para designar o pedido coativo que faz o exequente, para que o juízo lhe transfira bens do patrimônio do devedor, em pagamento da obrigação (art. 647, II, e 708, II, do CPC), mediante depósito do preço ou reposição da diferença. De forma atípica, o vocábulo se encontra implicitamente nos arts. 639 e 641 do CPC, para designar o nomen iuris também da ação colocada à disposição do promitente comprador com contrato quitado e sem cláusula de arrependimento, visando uma sentença de reconhecimento do domínio, por força do inadimplemento da obrigação por parte do promitente vendedor.
Quando da instituição da adjudicação compulsória pelo Decreto-lei 58, de 10 de dezembro de 1937, o tema já não representava novidade. A adjudicação compulsória decorre de um contrato de compromisso de venda e compra quitado, sem cláusula de arrependimento, com a recusa injustificada do promitente vendedor em outorgar o domínio sobre o bem objeto da contratação.”
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9612
Janderson Vieira
12 years ago
Com o advento do novo Código de Processo Civil, alguns procedimentos foram mantidos pelo art. 1.218, provisoriamente até serem incorporados em leis especiais. Segundo ele, entre os que foram mantidos estão os pertinentes a loteamentos e venda de imóveis a prestação. Citando a explicativa de Adroaldo Furtado Fabrício, em seu antigo trabalho sobre procedimento sumaríssimo (atual sumario), expõe:
“Essa disposição sequer chegou a vigorar, pois ainda no período do vacatio do Código, a Lei nº 6.014, de 1973, que destinava a adaptar ao Código diversas leis especiais, na realidade foi muito além desse objetivo declarado em sua ementa, introduziu modificações no texto do Dec.-lei nº 58, de 1937, inclusive em seu art. 16, cuja nova redação prescreve o rito sumaríssimo para a aludida ação de adjudicação.”
Os parágrafos do art. 16 estabelecem as condições para a proposição da ação de adjudicação, e que a sentença valerá como titulo para o registro.
Agora a redação do art. 22 do Dec.-lei nº 58[18] ficou assim:
“Os contratos, sem cláusula de arrependimento, de compromisso de compra e venda e cessão de direitos de imóveis não loteados, cujo preço tenha sido pago no ato de sua constituição ou deva sê-lo em uma ou mais prestações, desde que inscritos a qualquer tempo, atribuem aos compromissários direito real oponível a terceiros, e lhes conferem o direito de adjudicação compulsória nos termos dos artigos 16 desta Lei, 640 e 641 do Código de Processo Civil”.
Quanto a todos esses procedimentos, Arnaldo[19] faz o seguinte ressumo:
“Em síntese, visando adquirir o domínio pleno, e tendo pago as prestações e demais cominações, a parte intentará a ação adjudicatória, que poderá ser através do rito sumario. Distribuído o feito, se eleito esse procedimento, o juiz designará audiência. Citada a parte contrária, com dez dias de antecedência, ela oferecerá defesa durante a mesma; antes tentar-se-á conciliação. Em seguida, procede-se à instrução, julgando o juiz após, tudo na conformidade com os arts. 276 e seguintes do Código de Processo Civil.”