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Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 1
Reagregando o social: uma 
introdução à Teoria do Ator-Rede
Autor Bruno Latour
Tipo Livro
Ano 2012
Categoria Acadêmico
Local Acervo pessoal
Referência
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do
Ator-Rede. Salvador: EDUFBA, 2012.
Relação TAR
DOI
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede - Bruno Latour, 2012
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 2
Apresentação
Por Iara Maria de Almeida Souza e Dário Ribeiro de Sales Júnior
"Com efeito, ele permanece sustentando no livro a recomendação de que é preciso 
seguir os atores e afirma que sua grade teórica se assemelha menos a um 
conjunto de conceitos interligados - um sistema - que explica a realidade social, do 
que uma "grade" mesmo, pensada como quadrantes vazios, uma espécie de plano 
cartesiano em que o mapa das associações que compõem o mundo social é 
desenhado se seguirmos as marcas feitas pelos atores. Sua teoria é, portanto, 
segundo ele mesmo, mais abstrata e mais empírica simultaneamente." p. 13
"À sociologia da associação compete o novo, aquilo que não possui qualquer 
substância a priori e cuja existência precisa ser constantemente reafirmada para 
que possa continuar a existir." p. 14, grifo do original.
"Mas ele não faz um inventário de respostas e sim uma lista de incertezas às quais 
devemos atentar se pretendemos fazer ciência social no estilo ANT: incerteza 
quanto à natureza dos grupos, da ação, das coisas, dos fatos e sobre o modo de 
conhecer e escrever sobre o social." p. 14
Introdução: como retomar a tarefa de descobrir associações
"Tenciono, pois, redefinir a noção de social remontando a seu significado primitivo e 
capacitando-o a rastrear conexões novamente." p. 18
"Traduzida tanto do latim quanto do grego, a palavra "socio-logia" significa ciência 
do social. ". p. 18
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 3
"Já não se sabe ao certo se existem relações específicas o bastante para serem 
chamadas de "sociais" e agrupadas num domínio especial capaz de funcionar 
como uma "sociedade". O social parece diluído por toda parte e por nenhuma em 
particular. Assim, nem ciência nem sociedade permaneceram estáveis o suficiente 
para cumprir a promessa de uma forte "socio-logia"". p. 19
O autor apresenta a divisão da sociologia em duas abordagens, sendo a primeira 
mais tradicional, tida como senso comum, a que ele chama de "sociologia do 
social" e a que ele propõe como uma alternativa, a "sociologia de associações". 
Sociologia do social
"Muitos outros exemplos podem ser facilmente encontrados, pois esta versão da 
teoria social tornou-se a posição padrão de nosso software mental que leva em 
conta o seguinte: existe um "contexto" social em que ocorrem atividades não 
sociais; ele é uma esfera específica da realidade; pode ser usado como um tipo 
especial de causalidade para explicar os aspectos residuais que escapam a outros 
domínios (psicologia, direito, economia, etc.); é estudado por especialistas a que se 
dá o nome de sociólogos ou "socio-(x)" - sendo "x" a incógnita para qualquer 
disciplina." p. 20-21
"Como os agentes comuns estão sempre "dentro" de um mundo social que os 
abrange, podem na melhor das hipóteses "dar informações" sobre esse mundo e, 
na pior, ignorar sua existência, cujo efeito só é percebido pelos olhos mais 
disciplinados dos cientistas sociais." p. 21
"Essa posição padrão tornou-se senso comum não apenas para os cientistas 
sociais, mas também para quem atua em jornais, educação superior, partidos 
políticos, conversas de bar, histórias de amor, revistas de moda, etc." p. 21
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 4
"A sociologia do social funciona bem quando se trata daquilo que já foi agregado, 
mas nem tanto quando o problema é reunir novamente os participantes naquilo que 
não é - ainda - um tipo de esfera social." p. 31, grifo do original. 
Sociologia de associações
"Afirma que não há nada de específico na ordem social; que não existe nenhuma 
dimensão social, nenhum "contexto social", nenhuma esfera distinta da realidade a 
que se possa atribuir o rótulo "social" ou "sociedade"; que nenhuma "força social" 
esta aí para "explicar" os traços residuais que outros domínios não explicam; que 
os membros sabem muito bem o que estão fazendo, mesmo quando não falam a 
respeito para satisfação dos curiosos; que os atores nunca estão inseridos num 
contexto social e são, por isso mesmo, muito mais que meros "informantes"; que, 
portanto, não há sentido em acrescentar "fatores sociais" a outras especialidades 
científicas; que a relevância política obtida por meio de uma "ciência da sociedade" 
não é necessariamente desejável; e que a "sociedade", longe de representar o 
contexto "no qual" tudo se enquadra, deveria antes ser vista como um dos muitos 
elementos de ligação que circulam por estreitos canais." p. 21-22
"Ainda que a maioria dos cientistas sociais prefira chamar "social" a uma coisa 
homogênea, é perfeitamente lícito designar com o mesmo vocábulo uma série de 
associações entre elementos heterogêneos. Dado que, nos dois casos, a palavra 
tem a mesma origem - a raiz latina socius - podemos permanecer fiéis às 
instituições originais das ciências sociais redefinindo a sociologia não como a 
"ciência do social", mas como a busca de associações." p. 23, grifo do original.
"Mas é exatamente esse o ponto que o ramo alternativo da teoria social pretende 
estabelecer: todos os elementos heterogêneos precisam ser reunidos de novo em 
uma dada circunstância." p. 23, grifo do original. 
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 5
"Já não sabemos muito bem o que o termo "nós" significa; é como se estivéssemos 
atados por "laços" que não lembram em nada os vínculos sociais." p. 23
"Assim, o projeto inteiro daquilo que pretendemos fazer juntos se torna duvidoso. O 
senso de integração entrou em colapso. Mas para registrar a percepção da crise e 
acompanhar as novas conexões, outra noção de social tem de ser descoberta: bem 
mais ampla do que usualmente chamada por esse nome e, ao mesmo tempo, 
estritamente limitada à busca de novas associações e ao esboço de seus 
agregados. Este é o motivo pelo qual definirei o social, não como um domínio 
especial, uma esfera exclusiva ou um objeto particular, mas apenas como um 
movimento peculiar de reassociação e reagregação". p. 25, grifo do original. 
"Os deveres do cientista social mudam concomitantemente: já não basta restringir 
os atores ao papel de informantes de casos de tipos bem conhecidos. É preciso 
devolver-lhes a capacidade de elaborar suas próprias teorias sobre a constituição 
do social. A tarefa não consiste mais em impor a ordem, em limitar o número de 
entidades aceitáveis, em revelar aos atores o que eles são ou em acrescentar 
alguma lucidez à sua prática cega. Para empregar um slogan da ANT, cumpre 
"seguir os próprios atores", ou seja, tentar entender suas inovações 
frequentemente bizarras, a fim de descobrir o que a existência coletiva se tornou 
em suas mãos, que métodos elaboraram para a sua adequação, quais definições 
esclareceriam melhor as novas associações que eles se viram forçados a 
estabelecer." p. 31, grifo do original. 
Parte I: como desdobrar controvérsias sobre o mundo social
Introdução à parte I: como se alimentar de controvérsias
"Acho possível trabalhar com as principais intuições das ciências sociais 
examinando cinco grandes incertezas:
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 6
a natureza dos grupos: há várias formas contraditórias de se atribuir 
identidade aos atores; 
a natureza das ações: em cada curso de ação, toda uma variedade de 
agentes parece imiscuir-se e deslocar os objetivos originais;
a natureza dos objetos: o tipo de agências que participam das interações 
permanece, ao que tudo indica, aberto;
a natureza dos fatos: os vínculos das ciências naturais com o restante da 
sociedadeparecem ser constantemente fontes de controvérsias;
finalmente, o tipo de estudos realizados sob o rótulo do social, pois nunca 
fica claro em que sentido exato se pode dizer que as ciências sociais são 
empíricas. p. 42
"Conforme veremos, o analista nunca sabe o que os atores ignoram, e os 
atores sabem o que o observador ignora. Por isso o social precisa ser 
reagregado." p. 42
"O motivo dessa mudança de ritmo é que, em lugar de assumir uma postura 
sensata e impor de antemão um pouco de ordem, a ANT se considera mais 
capaz de vislumbrar ordem depois de deixar os atores desdobrarem o leque 
inteiro de controvérsias nas quais se meteram. É como se disséssemos aos 
atores: "não vamos tentar disciplinar vocês, enquadrá-los em nossas 
categorias; deixaremos que se atenham a seus próprios mundos e só então 
pediremos sua explicação sobre o modo como os estabeleceram". A tarefa de 
definir e ordenar o social deve ser deixada aos próprios atores, não ao analista. 
É por isso que para recuperar certo senso de ordem, a melhor solução é 
rastrear conexões entre as próprias controvérsias e não tentar decidir como 
resolve-las. A busca de ordem, rigor e padrão não é de modo algum 
abandonada, apenas reposicionada um passo à frente sob a forma de 
abstração, para que os atores possam desdobrar seus próprios e diversos 
cosmos, pouco importa quão irracionais pareçam." p. 44, grifo do autor.
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 7
"De igual modo, a ANT sustenta ser possível rastrear relações mais sólidas e 
descobrir padrões mais reveladores quando se encontra um meio de registrar 
os vínculos entre quadros de referência instáveis e mutáveis, em vez de tentar 
estabilizar um deles." p. 45
Primeira fonte de incerteza: não há grupos, apenas formação de 
grupos p. 49
"Portanto, a escolha é clara: ou seguimos os teóricos sociais e iniciamos a 
jornada determinando de início que tipo de grupo e nível de análise iremos 
enfatizar, ou adotamos os procedimentos dos atores e saímos pelo mundo 
rastreando as pistas deixadas pelas atividades deles na formação e 
desmantelamento de grupos". p. 51
"A primeira fonte de incerteza com a qual devemos aprender é que não há 
grupo relevante ao qual possa ser atribuído o poder de compor agregados 
sociais, e não há componente estabelecido a ser utilizado como ponto de 
partida incontroverso." p. 52
"Bem ao contrário: seu ponto de partida tem de ser justamente as 
controvérsias acerca do agrupamento a que alguém pertence, incluindo, é 
claro, as dos cientistas sociais em torno da composição do mundo social". 
p. 52
"A ANT prefere usar o que chamaríamos de infralinguagem, algo que não 
possui outro sentido além de permitir o deslocamento de um quadro de 
referência a outro." p. 53
"Ao contrário, chega à conclusão relativista, isto é, científica, de que essas 
controvérsias proporcionam ao analista os recursos necessários para 
rastrear as conexões sociais." p. 53
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 8
"A ANT sustenta apenas que, uma vez acostumados a esses muitos 
quadros de referência mutáveis, chegaremos a uma boa compreensão de 
como o social é grado, porquanto a conexão relativista entre quadros de 
referência permite um julgamento mais objetivo que as posições absolutas 
(ou seja, arbitrários) sugeridas pelo senso comum." p. 53-54
"A ANT, pura e simplesmente, não considera sua função estabilizar o social 
em nome das pessoas que estuda: este é o dever dos "próprios atores", um 
clichê satanizado que logo examinaremos" p. 54
"Primeiro, para delinear um grupo, quer seja necessário criá-lo do nada ou 
simplesmente restaurá-lo, cumpre dispor de "porta-vozes" que "falem pela" 
existência do grupo" p. 55
"Os grupos não são coisas silenciosas, mas o produto provisório de um 
rumor constante feito por milhões de vozes contraditórias sobre o que vem 
a ser um grupo e quem pertence a ele." p. 55
"É pela comparação com outros vínculos concorrentes que se enfatiza um 
vínculo. Assim, para cada grupo a ser definido, aparece logo uma lista de 
antigrupos. Isso é muito vantajoso para quem observa, pois significa que os 
atores estão sempre mapeando o "contexto social" em que estão inseridos 
e oferecendo ao analista um arcabouço teórico completo do tipo de 
sociologia com que pretendem ser estudados. Por isso é tão importante não 
definir de antemão que tipo de agregados sociais poderia fornecer o 
contexto para todos esses mapas. O delineamento de grupos é não apenas 
uma das ocupações dos cientistas sociais, mas também a tarefa constante 
dos próprios atores." p. 56, grifo do autor
"Regra geral, convém estabelecer como postura padrão que o pesquisador 
está, em termos de reflexividade, sempre um passo atrás daqueles que 
estuda." p. 57, grifo do autor
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 9
"Para os sociólogos de associações, qualquer estudo de qualquer grupo por 
qualquer cientista integra aquilo que faz o grupo existir, durar, decair ou 
desaparecer." p. 58
"[...] agregados sociais não são objeto de uma definição ostensiva - como 
copos, gatos e cadeiras, que podem ser apontados com o indicador -, mas 
apenas de uma definição performativa. São feitos pelos vários modos que 
lhes dão existência." p. 59
Parte II: como tornar as associações novamente rastreáveis
Definições e vocabulário
ANT: Actor-Network Theory
"Os grupos não são coisas silenciosas, mas o produto provisório de um rumor 
constante feito por milhões de vozes contraditórias sobre o que vem a ser um 
Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede 10
grupo e quem pertence a ele." p. 55
"[...] agregados sociais não são objeto de uma definição ostensiva - como copos, 
gatos e cadeiras, que podem ser apontados com o indicador -, mas apenas de uma 
definição performativa. São feitos pelos vários modos que lhes dão existência." p. 
59
"
TAR enquanto aporte teórico-metodológico - testes p. 29-30
"Se o social permanece estável e consegue justificar um estado de coisas, não é 
ANT." p. 30
"Tomando uma metáfora da cartografia, eu diria que a ANT procurou tornar o 
mundo social o mais achatado possível para garantir total visibilidade de qualquer 
vínculo novo." p. 37, grifo do original.