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Relação entre o homem e o trabalho Trabalho: atividade proposital, orientado pela inteligência humana. O homem modifica a natureza, fazendo cultura. É pelo trabalho que o homem atende as suas necessidades. O homem constrói e reconstrói o seu ambiente, a sua vida. O homem consegue fazer uma divisão entre a força motivadora e o trabalho em si mesmo. A unidade entre concepção e execução pode ser dissolvida. “Só quem for o “senhor do trabalho de outros” confundirá força de trabalho com qualquer outro meio de executar uma tarefa, porque para ele vapor, cavalo, água ou músculo humano que movem seu moinho são vistos como equivalentes, como fatores de produção.[...](BRAVERMAN,1977, P.54) página 56 do material didático. [...] a escola representa o instrumento mais completo de reprodução das relações de produção nessa sociedade. Ela reproduz a força de trabalho, qualificando os trabalhadores, justificando a desigualdadesocial, levando-os a aceitarem a distinção entre as classes. (VIEIRA,1998, p. 64) VIEIRA, Evaldo. Sociologia da educação: reproduzir e transformar. Coleção: Aprender. São Paulo: F.T.D, 1998. A partir das citações lidas, podemos afirmar que “a escola brasileira é pobre num país onde predomina entre os que decidem a mentalidade capitalista?” (Rezende, 1979, p.2). A 1ª questão aborda que no trabalho pode haver uma divisão entre a concepção e a execução. Como o texto aponta, “ a força motivadora do trabalho continua sendo a consciência humana.Neste sentido, pode haver aquele que idealiza um trabalho e “confundirá força de trabalho com qualquer outro meio de executar a tarefa”. Aqui temos o PONTO de partida para a teoria do valor do trabalho, que para os burgueses se traduz em lucro, ou seja, o trabalho é visto não na perspectiva das relações humanas, mas NA produção. A essência do capitalismo não se preocupa com a realização humana, muito pelo contrário, entende o ser humano como coisa, como força de produção. A preocupação da burguesia entre o trabalho e a produção, cria uma alienação, um antagonismo entre o trabalho e o capitalista. É a coisificação do ser humano. Taylor tinha o objetivo de acelerar o processo produtivo, ou seja, produzir mais em menos tempo, e com qualidade. À gerência caberia: afixar trabalhadores numa jornada de trabalho controlada, supervisionada, sem interrupções, a seu controle, podendo o trabalhador só parar para descansar, quando for permitido, com particularização de cada movimento; Na gerência de Taylor a tônica está no controle, pois o enfoque se encontra na força de trabalho em detrimento da perspectiva humana. Desde a antiguidade havia venda do trabalho, mas com o capitalismo, com o aumento da produção no sec XVIII, surge o contrato de trabalho . O trabalhador precisa ganhar a vida. Mas o possuidor do capital, cria o trabalho mas visualiza o lucro. Então, o capitalista quer o controle sobre o processo de trabalho, então tudo deve passar das mãos do trabalhador para as mãos do capitalista. A moeda de trabalho Tb tem sua contrapartida: o trabalho é infinito em potencial, mas limitado em sua concretização por inúmeros fatores como estado subjetivo dos trabalhadores, por sua história passada, pelas condições sociais sob as quais trabalha, pelas próprias condições da empresa....tudo isso vai exigir a supervisão. O capitalismo quer o controle sobre o processo de trabalho. Frei Beto em seu livro Essa escola chamada vida. Editora Ática, 4. ed., São Paulo, 1986 afirma que “é mais importante educar que instruir; formar pessoas que profissionais; ensinar a mudar o mundo que ascender à elite”.Por que esta afirmação é contrária ao movimento de gerência científica iniciada por Taylor? No texto lido, Naura Ferreira afirma que este modelo de gerência tayloriano “dá ênfase à gerência da força de trabalho em detrimento da perspectiva humana. A tônica é o controle.” O processo de trabalho tem como objetivo a eficiência. Para isso, o grupo técnico planifica, o grupo operário executa e para que essa linha processual se efetue sem desvios, é necessário um mediador: aquele que controla o desempenho e a eficiência do trabalho, é o supervisor, mero controlador e instrumento da classe técnico-burocrática que toma as decisões. É necessário que o supervisor escolar tenha uma visão macro de todo o processo ensino-aprendizagem, de tal forma que o possibilite perceber que para se alcançar os objetivos de um trabalho, não podemos perder a dimensão humanística que reveste qualquer atividade trabalhista, ou seja, que trabalhamos com pessoas e para pessoas. O que se espera hoje do supervisor Portanto, temos que saber lidar com as diversas situações do cotidiano das relações sociais que ocorrem no interior da escola e da comunidade adjacente, articulando e mediando conflitos, gerando oportunidades de participação e acesso na comunidade escolar. Enfim, a prática da supervisão deve possibilitar ao outro o sentimento de inclusão no processo; o sentimento de estar vivo e fazer parte da escola.