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2012 02 TEXTO AULA 1.doc UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ TEXTO AULA 1 DINÂMICA DE GRUPO Profª Regina Rangel INTRODUÇÃO E CONCEITUAÇÃO DE GRUPO Enquanto ser gregário, o homem vive em relação com os seus semelhantes, relações essas que podem ocorrer de várias formas e em diversos contextos. Em função dessas relações, os indivíduos aglomeram-se em grupos. Há inúmeras definições de grupos, dependendo dos pesquisadores que tratam do assunto. Assim sendo, verifica-se uma certa variação entre elas, em função da prioridade que cada pesquisador dá na elaboração da sua definição. Apesar disso não há divergências entre elas, percebe-se uma complementaridade, na medida em que cada aspecto é uma parte de todos os grupos. Algumas definições focalizam a percepção, a motivação, as metas, a organização, a interdependência, ou a interação dos integrantes de um grupo, conforme a preocupação central do pesquisador que a elaborou e o contexto histórico em que vive. Um grupo é constituído por diferentes pessoas que partilham os mesmos objetivos e necessidades. Participar de um grupo significa partilhar representações, crenças, informações, pontos de vista, emoções, aprender a desempenhar papéis... Os elementos do grupo regulam as suas interações adotando as mesmas crenças, normas, regras e padrões de comportamento. Só assim é possível existir interdependência e cooperação, de modo a se atingir os objetivos ou satisfazer as necessidades do grupo. Todas as pessoas pertencem a um número considerável de grupos: o da empresa, o do setor de uma empresa, a família, os amigos, os vizinhos, a equipe de futebol, o partido político, o clube, a igreja etc., etc. O indivíduo comporta-se como membro de um grupo desde que tenha consciência que partilha dos mesmos valores, regras e objetivos, característicos dos outros elementos que formam o grupo. É comum a referencia à agregados, categorias como se fossem grupos, por isso é importante, para o trabalho com grupos saber identificá-los. Tais agregados, categorias e outros similares, não são grupos, mas é possível que dentro deles haja grupos. Identificar os pequenos grupos existentes e motivar a formação de outros atendendo os interesses dos membros, deveria ser o ponto de partida de qualquer ação, na medida em que o sucesso ou insucesso do trabalho a ser realizado vai depender disso. Segundo David Zimerman, o agrupamento de pessoas difere do grupo, na medida em que, no agrupamento os interesses são comuns, por exemplo, pessoas paradas esperando sinal abrir para atravessar a rua...No grupo, há uma passagem de interesses comuns para a de interesses em comum, além da interação social e vínculo entre os integrantes desse grupo. O que é um grupo? “Um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes se reúnem em torno de uma tarefa especifica, ou seja um grupo com um objetivo mútuo, porem cada participante é diferente, tem sua identidade.” (Pichon-Riviere) “Um conjunto de pessoas que, buscando vantagens pessoais, interagem entre si de forma explícita ou implícita, assumindo determinados papéis com base em normas estabelecidas e com vistas a um objetivo comum. Para que um conjunto de pessoas seja considerado um grupo, é preciso que atenda a alguns critérios: Conjunto de pessoas – A partir de três já se pode considerar como um grupo ( limite mínimo desejável). A interação entre duas pessoas não oferece grande possibilidade de ocorrer, com toda a riqueza, os fenômenos que surgem no desenvolvimento do processo grupal. O limite máximo, é aquele que possibilita a interação entre todos os membros do grupo e a consciência de pertencer a uma unidade específica ( àquele grupo). A natureza do grupo e seus objetivos podem fazer variar esse limite ( Ex. a família devido a natureza dos laços , pode ter esse limite bastante dilatado). Pode –se perceber quando esse limite é ultrapassado, pelo surgimento de subgrupos, o que não representa um mal em sí, mas um indício para o profissional, de que passa a lidar com diferentes unidades de trabalho, de interesse e de interação. Proximidade física – Embora não seja indispensável, por exemplo todos estarem presentes a todos os encontros, a presença, a proximidade física é necessária como uma precondição para o desenvolvimento do processo grupal. As diferentes formas que assume a interação entre os membros, ou seja, a diferenciação de status, o desempenho e o próprio surgimento de papéis, a coesão, são fenômenos que só acontecem quando os membros estão em contato. Essa não é uma característica suficiente nem específica de grupos. Os agregados também tem, e nem por isso são grupos. Faltam-lhes outras características que permitem o surgimento do processo grupal. Interação - Sem anular outras características, esta está mais fortemente vinculada à natureza dos grupos sociais. A reciprocidade da influencia no comportamento dos membros de um grupo é fundamental para o surgimento de outros fenômenos grupais, como a consciência de pertencer a uma unidade/grupo, realização de metas comuns, surgimento e fortalecimento da coesão e das normas que orientarão o comportamento, mesmo quando não formalizadas. Há diferenças na natureza e formas que assume a interação quando se considera um grupo primário ou secundário. Nos primários, as pessoas interagem de forma mais espontânea, geralmente envolvem, ao menos potencialmente toda a sua personalidade. Nos secundários, a interação é geralmente formal, manifesta-se envolvendo apenas os aspectos mais diretamente relacionados aos objetivos do grupo em questão. Essa diferença não pode ser rigidamente considerada, pois dentro dos grupos secundários, pode haver subgrupos de caráter primário, com eventuais comportamentos espontâneos. Permanência - Um conjunto de pessoas que se encontra apenas em alguns minutos não chega a formar um grupo social. É necessário que esses encontros se sucedam durante um certo tempo, para que haja oportunidade dos membros intergirem, definirem metas e procedimentos para realizá-los, ainda, para estabelecerem vínculos e identificarem-se quanto aos sentimentos, conforme o objetivo primordial do grupo, seja de uma ou outra natureza. Essa permanência variará conforme a natureza da atividade, objetivo do grupo,frequência as reuniões, interesse e envolvimento dos membros. Um grupo pode esgota-se em algumas horas se a tarefa em torno da qual se organizou e se os membros não tem outros interesses comuns suficientes para fazê-lo perdurar.Outro pode prolongar-se durantes anos, desde que seus membros queiram isso e mantenham-se motivados para a realização conjunta de tarefas, simples convivência, ou ambas. Metas comuns - Facilmente se percebe que se as pessoas não tem metas ou interesses em comum, não se agregam para realizá-los, ao menos voluntariamente.No caso de grupo, no qual não exista a opção de não associação e não participação de tarefas, essa característica deixa de ser condição para a filiação. Entretanto pode permanecer interferindo no grau de envolvimento e natureza da interação no processo grupal. Portanto a identificação de metas comuns, ou a necessidade de criá-las nos grupos, é condição relevante para o seu surgimento, desenvolvimento e permanência. Consciência de unidade – essa característica é importante tanto para a compreensão do fenômeno grupal, como para a ação sobre o grupo. Cada um dos membros deve ter consciência de que é parte de um todo maior e conhecer quais são os outros membros dessa unidade da qual ele é parte. Os sentimentos e comportamentos decorrentes dessa percepção estão ligados à própria essência do processo grupal.As identificações com os demais membros, com os objetivos e normas do grupo e com o grupo em si mesmo, vão produzir comportamentos específicos, importantes para determinar os papéis, o status e o poder do membro do grupo considerado. A outra dimensão desse fenômeno da dinâmica dos grupos é que cada membro deve estar consciente de que cada um dos demais é parte do todo e influencia e é influenciado pela interação recíproca no grupo, contribuindo, para as suas características específicas. Partindo dessas características dos grupos sociais, tem-se a sua definição que não só identifica o fenômeno, como pode também servir como um roteiro básico para formá-los. Um grupo social é um conjunto de indivíduos, em proximidade física, interagindo, durante um certo tempo, para realizar metas comuns, conscientes de que formam uma unidade e que se interfluenciam. ............................................................................................................................................................ Segundo Pichon-Rivière pode-se falar em grupo, quando um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes, se reúnem em torno de uma tarefa específica. Num cumprimento de desenvolvimento das tarefas, deixam de ser um amontoado de indivíduos, para cada um assumir-se enquanto participante de um grupo com objetivo mútuo. Isto significa também que cada participante exercitou sua fala, sua opinião, seu silêncio, defendendo seus pontos de vista. Portanto, descobrindo que, mesmo tendo um objetivo mútuo, cada participante é diferente.Tem sua identidade - cada indivíduo vai introjetando o outro dentro de si.Isto significa que cada pessoa, quando longe da presença do outro, pode “chamá-lo” em pensamento, a cada um deles e a todos em conjunto. Este fato assinala o início da construção em grupo enquanto comportamento de indivíduos diferenciados.O que Pichon-Rivière denomina de “grupo interno”. MOTIVAÇÃO HUMANA E RAZÕES PARA AFILIAÇÃO A GRUPOS Ao ingressarmos num grupo, esperamos, mesmo que inconscientemente, a satisfação de algumas necessidades pessoais. Quando o grupo não consegue satisfazer as necessidades de seus membros, surgem comportamentos típicos, como conflitos constantes e desengajamentos. A própria continuidade do grupo fica ameaçada. Não existe uma única razão para as pessoas se unirem em grupos. Ser humano pertencente a vários grupos simultaneamente => cada um � oferece um tipo diferente de benefício. PRINCIPAIS RAZÕES PELAS QUAIS AS PESSOAS SE REÚNEM EM GRUPOS. Motivo SEGURANÇA - Quando se agrupam, as pessoas diminuem a insegurança decorrente da sensação de que “estão sós”. Elas se sentem mais fortes, têm menos dúvidas e se tornam mais resistentes às ameaças. Motivo STATUS - A inclusão em um grupo considerado importante pelos outros proporciona reconhecimento e status para seus membros. Motivo AUTO-ESTIMA – Os grupos conferem a sensação de valor próprio. Ou seja, a filiação faz com que seus membros se valorizem perante os demais. Motivo ASSOCIAÇÃO - As pessoas apreciam a interação constante pelo fato de pertencerem a um grupo. Para muitos, essas interações são a principal fonte de atendimento das necessidades de associação. Motivo PODER - Aquilo que não pode ser obtido individualmente quase sempre se torna possível por meio da ação grupal. Existe poder no agrupamento. Motivo REALIZAÇÃO DE METAS - Há tarefas que demandam mais de uma pessoa. Nessas circunstâncias, os administradores dependem da utilização de um grupo formal. � PAGE \* MERGEFORMAT �1� AULA 2.doc UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ AULA 2 DINÂMICA DE GRUPO Profª Regina Rangel AULA 1 2012 02.ppt * * Profª Regina Rangel DINAMICA DE GRUPO (PSI 0503 ) AULA 1 Conceituação de Grupos, Razões para afiliação e Dimensões do Termo * * BIBLIOGRAFIA BÁSICA: * MAILHIOT, Geráld Bernard. Dinâmica e Gênese dos grupos.6ed.São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1985. * MINICUCCI, Agostinho. Dinâmica de grupo: teorias e sistemas. 2ed.São Paulo:Atlas, 1987. * MOSCOVICI, F. Desenvolvimento Interpessoal - Treinamento em Grupo. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1980. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BAREMBLITT, Gregorio F. (Org.). Grupos: teoria e técnica. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1986. FRITZEN, S.J. Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo e de Relações Humanas. Vols. I e II, Petrópolis: Vozes, 1977. ARGYLE, M. Comunicação e Dinâmica de Grupo. IBRASA. BION, W.R. Experiência com Grupos. Imago Editora. BLEGER, J. Temas de Psicologia. Rio de Janeiro: Martins Fontes. BORDENAVE, J.D. & PEREIRA, A.M. Estratégias de Ensino-Aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1983. LEWIN, Kurt. Problemas de dinâmica de grupo. Tradução Miriam Moreira Leite. 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1973. LUFT, Joseph. Introdução à dinâmica de grupos. Tradução Bartolo Paiva Campos. Lisboa: Moraes, 1970 DINAMICA DE GRUPO ( PSI 0503) * * 1. INTRODUÇÃO VIVEMOS EM GRUPO DESDE O NASCIMENTO O GRUPO FAZ PARTE DA NOSSA VIDA. SEM QUERER, SEM SABER OU SABENDO. TODO INDIVIDUO PASSA A MAIOR PARTE DO TEMPO DE SUA VIDA EM GRUPOS, CONVIVENDO E INTERAGINDO. HOMEM= SER GREGÁRIO AULA 2 2012 02 SF.ppt * * Profª Regina Rangel DINAMICA DE GRUPO (PSI 0503 ) AULA 2 Dinâmica de grupo e Dimensões do Termo * * O QUE VEM A SER A DINÂMICA DE GRUPO? A partir do momento que temos três ou mais pessoas se comunicando e trocando informações podemos dizer que elas estão se movimentando, aprendendo, e se há uma interação há a dinâmica. A dinâmica de um grupo é o seu movimento, e a vida deste grupo é a inter-relação entre os participantes. Participamos e coordenamos vários grupos ao longo da vida: na escola, em casa, no trabalho... Cada grupo tem um objetivo e dinâmica próprios. Exemplos: Um grupo de amigos que se encontra num sábado à noite, o objetivo maior é se divertir, trocar idéias, enfim, passar um tempo agradável ao lado de pessoas que se gosta. Em um processo de seleção a dinâmica é utilizada para identificar comportamentos que não são passíveis de serem identificados, como liderança, capacidade para atuar em equipe, entre outras competências comportamentais. Tudo depende da vaga e do que a empresa quer do candidato. * * KURT LEWIN (1890-1947): Psicólogo alemão conhecido como o pai da Dinâmica de Grupos. O criador da expressão “dinâmica de grupo”, foi inspirado pela vertente sociológica do movimento grupalista, apresentando como conseqüência o conceito de campo – “campo grupal”. Segundo ele, qualquer indivíduo, por mais ignorado que seja, faz parte do contexto do seu grupo social, que o influencia e é por este fortemente influenciado e modelado. Não se pode compreender o comportamento do indivíduo sem se considerar os fatores externos e internos à pessoa, uma vez que estes interagem na determinação desse comportamento ( o indivíduo sozinho se comporta de uma maneira bem diferente quando se encontra em grupo). O estudo da “dinâmica de grupo” consiste no estudo das interações e processos que são gerados no interior do grupo como conseqüência de sua existência. * * KURT LEWIN ( cont.) Em qualquer grupo constituído se forma um campo grupal dinâmico, o qual se comporta como uma estrutura que vai além da soma de seus componentes, da mesma forma como uma melodia resulta não da soma das notas musicais, mas, sim, da combinação e do arranjo entre elas. Assim sendo, fica claro que a essência dos fenômenos grupais é a mesma em qualquer tipo de grupo, ou seja, as leis da dinâmica psicológica são as mesmas para todo e qualquer tipo de grupo. * * A) Como teoria : Estudo cientifico dos fenômenos psicossociais que se desenvolvem nos grupos primários e as leis que os produzem e regulam. A expressão dinâmica de grupos ganhou expressão a partir da segunda grande guerra => popularidade => gerando sentido impreciso devido às várias interpretações que recebeu . Pode ser entendida de diversas formas: como teoria, como técnica ou ainda como se costuma chamar, (C) “espírito de grupal”( ideologia política). DIMENSÕES DO TERMO * * Depois de Kurt Lewin (o iniciador da dinâmica de grupos) outros pesquisadores desenvolveram estudos à respeito, e todas as elaborações teóricas constituem um dos principais capítulos da Psicologia Social, sendo a teoria da dinâmica de grupos um de seus ramos, cujo objeto de estudo são os grupos humanos e os processos que se geram como conseqüência de sua existência . (**) DIMENSÕES DO TERMO PSICOLOGIA SOCIAL TEORIA DA DINAMICA DE GRUPOS OBJETO DE ESTUDO GRUPOS HUMANOS E SEUS PROCESSOS A) Como teoria TEORIAS QUE DESENVOL VERAM O ESTUDO DA DG (**) * * B) Como técnica : constitui um conjunto de procedimentos e meios a serem utilizados em situações grupais, com o fim de fazer aflorar de uma maneira mais expressa, consciente ou manifesta, os fenômenos, fatos e processos grupais que estão sendo vividos no grupo. As técnicas de dinâmica de grupo ajudam com grande eficácia o auto-conhecimento do grupo como realidade psicossocial. A dinâmica de grupo é utilizada como ferramenta com fins de aprendizagem nos Estados Unidos desde 1950. No Brasil, imagina-se que ela começou a ser utilizada em escolas e empresas na década de 70, mas não há dados que comprovem isso. DIMENSÕES DO TERMO ( cont.) * * DIMENSÕES DO TERMO ( cont.) C) Como espírito grupal ( ideologia política) : como sendo o modo de atuar em grupo= estilo grupal / Considerada a Dinâmica Grupal como uma forma especial de ideologia política na qual são ressaltados os aspectos de liderança democrática e da participação de todos na tomada de decisões. A DINAMICA GRUPAL Foi cientificamente experimentada por Kurt Lewin. Com as pesquisas sobre o fenômeno da boa liderança, Lewin demonstrou que, quando os seres humanos participavam de atividades em grupos democráticos, não somente sua produtividade era intensificada, como também o seu nível de satisfação era elevado e as suas relações com os outros membros baseavam-se na cooperação e na redução das tensões (...) nessas circunstâncias, o grupo tornava-se suficientemente autônomo para prosseguir sua tarefa mesmo na ausência do líder. LER : AULA TEXTO 2- PESQUISAS DE KURT LEWIN SOBRE LIDERANÇA. * AULA 2 2012 02.ppt * * Profª Regina Rangel DINAMICA DE GRUPO (PSI 0503 ) AULA 2 Dinâmica de grupo e Dimensões do Termo * * O QUE VEM A SER A DINÂMICA DE GRUPO? A partir do momento que temos três ou mais pessoas se comunicando e trocando informações podemos dizer que elas estão se movimentando, aprendendo, e se há uma interação há a dinâmica. A dinâmica de um grupo é o seu movimento, e a vida deste grupo é a inter-relação entre os participantes. Participamos e coordenamos vários grupos ao longo da vida: na escola, em casa, no trabalho... Cada grupo tem um objetivo e dinâmica próprios. Exemplos: Um grupo de amigos que se encontra num sábado à noite, o objetivo maior é se divertir, trocar idéias, enfim, passar um tempo agradável ao lado de pessoas que se gosta. Em um processo de seleção a dinâmica é utilizada para identificar comportamentos que não são passíveis de serem identificados, como liderança, capacidade para atuar em equipe, entre outras competências comportamentais. Tudo depende da vaga e do que a empresa quer do candidato. * * KURT LEWIN (1890-1947): Psicólogo alemão conhecido como o pai da Dinâmica de Grupos. O criador da expressão “dinâmica de grupo”, foi inspirado pela vertente sociológica do movimento grupalista, apresentando como conseqüência o conceito de campo – “campo grupal”. Segundo ele, qualquer indivíduo, por mais ignorado que seja, faz parte do contexto do seu grupo social, que o influencia e é por este fortemente influenciado e modelado. Não se pode compreender o comportamento do indivíduo sem se considerar os fatores externos e internos à pessoa, uma vez que estes interagem na determinação desse comportamento ( o indivíduo sozinho se comporta de uma maneira bem diferente quando se encontra em grupo). O estudo da “dinâmica de grupo” consiste no estudo das interações e processos que são gerados no interior do grupo como conseqüência de sua existência. * * KURT LEWIN ( cont.) Em qualquer grupo constituído se forma um campo grupal dinâmico, o qual se comporta como uma estrutura que vai além da soma de seus componentes, da mesma forma como uma melodia resulta não da soma das notas musicais, mas, sim, da combinação e do arranjo entre elas. Assim sendo, fica claro que a essência dos fenômenos grupais é a mesma em qualquer tipo de grupo, ou seja, as leis da dinâmica psicológica são as mesmas para todo e qualquer tipo de grupo. * * A) Como teoria : Estudo cientifico dos fenômenos psicossociais que se desenvolvem nos grupos primários e as leis que os produzem e regulam. A expressão dinâmica de grupos ganhou expressão a partir da segunda grande guerra => popularidade => gerando sentido impreciso devido às várias interpretações que recebeu . Pode ser entendida de diversas formas: como teoria, como técnica ou ainda como se costuma chamar, (C) “espírito de grupal”( ideologia política). DIMENSÕES DO TERMO * * Depois de Kurt Lewin (o iniciador da dinâmica de grupos) outros pesquisadores desenvolveram estudos à respeito, e todas as elaborações teóricas constituem um dos principais capítulos da Psicologia Social, sendo a teoria da dinâmica de grupos um de seus ramos, cujo objeto de estudo são os grupos humanos e os processos que se geram como conseqüência de sua existência . (**) DIMENSÕES DO TERMO PSICOLOGIA SOCIAL TEORIA DA DINAMICA DE GRUPOS OBJETO DE ESTUDO GRUPOS HUMANOS E SEUS PROCESSOS A) Como teoria TEORIAS QUE DESENVOL VERAM O ESTUDO DA DG (**) * * B) Como técnica : constitui um conjunto de procedimentos e meios a serem utilizados em situações grupais, com o fim de fazer aflorar de uma maneira mais expressa, consciente ou manifesta, os fenômenos, fatos e processos grupais que estão sendo vividos no grupo. As técnicas de dinâmica de grupo ajudam com grande eficácia o auto-conhecimento do grupo como realidade psicossocial. A dinâmica de grupo é utilizada como ferramenta com fins de aprendizagem nos Estados Unidos desde 1950. No Brasil, imagina-se que ela começou a ser utilizada em escolas e empresas na década de 70, mas não há dados que comprovem isso. DIMENSÕES DO TERMO ( cont.) * * DIMENSÕES DO TERMO ( cont.) C) Como espírito grupal ( ideologia política) : como sendo o modo de atuar em grupo= estilo grupal / Considerada a Dinâmica Grupal como uma forma especial de ideologia política na qual são ressaltados os aspectos de liderança democrática e da participação de todos na tomada de decisões. A DINAMICA GRUPAL Foi cientificamente experimentada por Kurt Lewin. Com as pesquisas sobre o fenômeno da boa liderança, Lewin demonstrou que, quando os seres humanos participavam de atividades em grupos democráticos, não somente sua produtividade era intensificada, como também o seu nível de satisfação era elevado e as suas relações com os outros membros baseavam-se na cooperação e na redução das tensões (...) nessas circunstâncias, o grupo tornava-se suficientemente autônomo para prosseguir sua tarefa mesmo na ausência do líder. LER : AULA TEXTO 2- PESQUISAS DE KURT LEWIN SOBRE LIDERANÇA. * AULA 3 2012 01 ok.ppt * * Profª Regina Rangel DINAMICA DE GRUPO (PSI 0503 ) AULA 2 Principais Teorias em Dinâmica de Grupo, Essência dos Fenômenos grupais e Tipos de grupo * * TIPOS DE GRUPO ESSÊNCIA DOS FENÔMENOS GRUPAIS = Para qualquer tipo de grupo, ou seja, as leis da dinâmica psicológica são as mesmas para todo e qualquer tipo de grupo. Diferem em : Composição, Tamanho / Dimensão, Grau de intimidade entre os participantes ou Natureza, Estrutura e Finalidade. 1.COMPOSIÇÃO Homogêneo = > igualdade, maior dificuldade de troca na inter-relação; tende a se cristalizar. Heterogêneo => diversidade, maior dificuldade no funcionamento; maior crescimento = riqueza das trocas interpessoais. * * TIPOS DE GRUPO 2. TAMANHO / DIMENSÃO GRUPOS PEQUENOS Formados até cerca de 10 à 20 pessoas e que se caracteriza pelo fato de cada membro manter contato com todos os outros participantes. GRANDES GRUPOS Caracterizam-se pela possibilidade de formação de sub-grupos, as chamadas panelinhas; Pela possibilidade de surgimento de alguma estrutura formal e, Pela presença de uma certa divisão social do trabalho. * * 3.1 GRUPOS PRIMÁRIOS Há predominância dos contatos face a face e pessoais e constituídos, sobretudo por familiares, parentes e amigos mais próximos, podem ser considerados básicos para o desenvolvimento de valores e de atitudes; Grupos de dimensão reduzida e de interação direta; Os indivíduos se conhecem de modo íntimo e pessoal e entre eles se desenvolvem fortes laços sentimentais....); Neles as relações sociais são íntimas e pessoais, os contatos são primários (diretos e intensos). Caracterizam-se pela aceitação e colaboração íntima de homem para homem. A associação psicológica íntima desperta certo grau de fusão das individualidades, num conjunto, de tal forma que o É AO MESMO TEMPO UM NÓS. 3. GRAU DE INTIMIDADE ENTRE OS MEMBROS OU NATUREZA EX: Familia, grupo de amigos, turma... Geralmente se mantém durante anos. * * 3.2 GRUPOS SECUNDÁRIOS Grupos orientados para a tarefa ou metas; As relações são formais, impessoais e distantes, já que se trata de meios para alcançar os fins em vista. Caracterizam-se pela existência de subgrupos na sua estrutura dada a sua dimensão e o número de membros. As relações não são pessoais e nem há entre os indivíduos laços sentimentais fortes, pois os contatos são secundários , indiretos (cartas, telefone, telegrama etc.) ou mesmo diretos, mas sem intimidade, como os que ocorrem entre os passageiros e o motorista de um ônibus etc. Não há o sentimento comum de nós, caracterizando-se ainda pela manifestação de relações entre os membros baseadas em papéis e expectativas claramente definidas. É possível que surjam grupos primários, a partir de grupos secundários, à medida que amizades mais íntimas se desenvolvam. Ex: Empresas, partidos políticos, sindicatos... Podem durar anos, mas podem ter vida curta. * * 4. ESTRUTURA 4.1 FORMAL Caracterizado pela existência de regras “impostas”que regem o funcionamento do grupo. São secundários por natureza. 4.2 INFORMAL As normas são elaboradas em comum acordo, sendo que nem sempre são claramente definidas( implícitas). Geralmente são considerados primários. * * 5. FINALIDADE 5.1 PSICOGRUPO Constitui-se em função dos problemas ou necessidades internas dos membros do grupo: bem-estar, boas relações, resolução de problemas psicológicos... São organizados de forma espontânea; É o grupo de formação, um grupo estruturado, orientado e dirigido em função dos próprios membros que o constituem. Integrado por pessoas que se conhecem, que procuram objetivos comuns, possuem ideologias semelhantes e interagem com freqüência. A associação e interação entre os membros constituem a finalidade principal de seus membros. * * 5.2 SOCIOGRUPO È o grupo tarefa, organizado e orientado na execução de uma tarefa. Constitui-se em função da realidade externa ao grupo, seus objetivos encontram-se fora do circulo grupal; Sistema integrado de pessoas e grupos que visam um mesmo fim último, podendo, no entanto, dispensar as características do grupo psicológico. As relações entre os membros existem principalmente em função de os membros trabalharem juntos em vista a alcançar algum objetivo. O contato entre os membros não passa de um meio para alcance de um objetivo. As relações entre os membros existem principalmente m função de os membros trabalharem juntos em vista de um objetivo. O esperado é que o grupo vá evoluindo do "psico-grupo" para o "socio-grupo", sem que nenhum destes aspectos se anule totalmente. AULA 3.doc UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ AULA 3 DINÂMICA DE GRUPO Profª Regina Rangel TIPOS DE GRUPOS ESSÊNCIA DOS FENÔMENOS GRUPAIS é a mesma para qualquer tipo de grupo, ou seja, as leis da dinâmica psicológica são as mesmas para todo e qualquer tipo de grupo, diferindo apenas em: Composição, Tamanho / Dimensão, Grau de intimidade entre os participantes ou Natureza, Estrutura e Finalidade. COMPOSIÇÃO Homogêneo => igualdade, maior dificuldade de troca na inter-relação tende a se cristalizar. Heterogêneo => diversidade, maior dificuldade no funcionamento; maior crescimento = riqueza das trocas interpessoais. 2. TAMANHO / DIMENSÃO GRUPOS PEQUENOS Formados até cerca de 10 à 20/ 25 pessoas e que se caracteriza pelo fato de cada membro manter contatos com todos os outros participantes. ( MICROGRUPOS => não ultrapassa a 25 membros, se ultrapassar, os canais de comunicação ficam mais difíceis). GRANDES GRUPOS MACROGRUPOS => mais que 25 membros. Caracterizam-se: pela possibilidade de formação de sub-grupos, as chamadas panelinhas; Pela possibilidade de surgimento de alguma estrutura formal e, Pela presença de uma certa divisão social do trabalho. 3. GRAU DE INTIMIDADE ENTRE OS MEMBROS OU NATUREZA GRUPOS PRIMÁRIOS Há predominância dos contatos face a face e pessoais e constituídos, sobretudo por familiares, parentes e amigos mais próximos, podem ser considerados básicos para o desenvolvimento de valores e de atitudes; Grupos de dimensão reduzida e de interação direta; Os indivíduos se conhecem de modo íntimo e pessoal e entre eles se desenvolvem fortes laços sentimentais....); Neles as relações sociais são íntimas e pessoais, os contatos são primários (diretos e intensos). Caracterizam-se pela aceitação e colaboração íntima de homem para homem. A associação psicológica íntima desperta certo grau de fusão das individualidades, num conjunto, de tal forma que o É AO MESMO TEMPO UM NOS. EX: Familia, grupo de amigos, turma... Geralmente se mantém durante anos. GRUPOS SECUNDÁRIOS Grupos orientados para a tarefa ou metas; As relações são formais, impessoais e distantes, já que se trata de meios para alcançar os fins em vista. Caracterizam-se pela existência de subgrupos na sua estrutura dada a sua dimensão e o número de membros. As relações não são pessoais e nem há entre os indivíduos laços sentimentais fortes, pois os contatos são secundários , indiretos (cartas, telefone, telegrama etc.) ou mesmo diretos, mas sem intimidade, como os que ocorrem entre os passageiros e o motorista de um ônibus etc. Não há o sentimento comum de nós, caracterizando-se ainda pela manifestação de relações entre os membros baseadas em papéis e expectativas claramente definidas. É possível que surjam grupos primários, a partir de grupos secundários, à medida que amizades mais íntimas se desenvolvam. Ex: Empresas, partidos políticos, sindicatos... Podem durar anos, mas podem ter vida curta. 4. ESTRUTURA FORMAL Caracterizado pela existência de regras “impostas”que regem o funcionamento do grupo. São secundários por natureza. INFORMAL As normas são elaboradas em comum acordo, sendo que nem sempre são claramente definidas( implícitas). Geralmente são considerados primários. 5. FINALIDADE PSICOGRUPO Constitui-se em função dos problemas ou necessidades internas dos membros do grupo: bem-estar, boas relações, resolução de problemas psicológicos... São organizados de forma espontânea; É o grupo de formação, um grupo estruturado, orientado e dirigido em função dos próprios membros que o constituem. Integrado por pessoas que se conhecem, que procuram objetivos comuns, possuem ideologias semelhantes e interagem com freqüência. A associação e interação entre os membros constituem a finalidade principal de seus membros. SOCIOGRUPO È o grupo tarefa, organizado e orientado na execução de uma tarefa. Constitui-se em função da realidade externa ao grupo, seus objetivos encontram-se fora do circulo grupal; Sistema integrado de pessoas e grupos que visam um mesmo fim último, podendo, no entanto, dispensar as características do grupo psicológico. As relações entre os membros existem principalmente em função de os membros trabalharem juntos em vista a alcançar algum objetivo. O contato entre os membros não passa de um meio para alcance de um objetivo. As relações entre os membros existem principalmente m função de os membros trabalharem juntos em vista de um objetivo. O esperado é que o grupo vá evoluindo do "psico-grupo" para o "socio-grupo", sem que nenhum destes aspectos se anule totalmente. � PAGE \* MERGEFORMAT �1� AULA 4 FASES DO GRUPO ( SCHUTZ) .ppt * Profª Regina Rangel DINAMICA DE GRUPO (PSI 0503 ) AULA 4 O GRUPO E SEUS ATRIBUTOS E FASES DO GRUPO * O GRUPO E SEUS ATRIBUTOS Status: refere-se ao nível ou posição de uma pessoa num grupo; ou de um grupo numa organização. Papéis: refere-se aos diversos comportamentos que as pessoas esperam de um indivíduo ou de um grupo numa certa situação. Normas: são os padrões ou idéias comuns que norteiam o comportamento dos integrantes em todos os grupos estabelecidos. Coesão: refere-se: O grau que os membros do grupo têm desejo de permanecer no mesmo; A força de seus compromissos para com o grupo e suas metas. * FUNDAMENTAÇÃO => constatação de três núcleos de necessidades interpessoais caracterizam as etapas de interação no desenvolvimento do grupo. O PROCESSO GRUPAL De acordo com SCHUTZ todo grupo passa por três fases. ( mesmo que seus integrantes já se conheçam) * Momento de incerteza Gostamos considerados e apreciados Ensaios de comportamento para ver quais os aceitáveis Medo de errar Medo de ser rejeitado QUE FAZER ? Usar técnicas de apresentação e ambientação. Objetivo = tornar os membros familiarizados entre si e autoconfiantes,eliminando o medo de errar, comum nos 1ºs contatos; estabelecer a confiança grupal. É contra-indicado o jogo, que estimula a competição. São indicadas vivências de “quebra-gelo” e de integração. 1ª FASE INCLUSÃO Cada membro do grupo procura seu lugar através de tentativas para estabelecer sua participação no grupo. É uma fase em que o grupo começa a se estruturar, sendo caracterizada por ações individualistas e superficiais. Além de Ambientar: 1.Prepara para os trabalhos subseqüentes; 2.Fornece dados: perfil do grupo; atitudes e comportamentos produtivos e improdutivos ; indicadores de desempenho individual ( flexibilidade, criatividade, comunicação, iniciativa, liderança etc). * 2ª FASE CONTROLE Tendo encontrado seu lugar, cada membro passa a interessar-se pelos procedimentos que levam às decisões, ou seja, pela distribuição de poder no grupo e controle das atividades. É uma fase de intenso jogo de forças, caracterizado por competitividade e tensão. ( já sentem confiança, já sabem seu lugar no grupo) Surgem comportamentos e atitudes de controle => explicações, cobrança de horário, normas internas,tentativas de liderança etc; Interesse pelos procedimentos que levam as decisões, à distribuição de poder e controle; Preocupação : quem controla o grupo * O QUE FAZER ? Promover um ambiente que favoreça a participação; o próprio grupo enriquece as vivências com suas experiências pessoais ; É preferível mudar um jogo ou atividade em função do que foi detectado no grupo, do que cumprir o programa à risca. (em alguns momentos torna-se necessário suprimir alguma técnica para dar espaço às discussões importantes para o processo grupal). Indicado vivências mais complexas ou jogos estratégicos que exigem divisão de trabalho e oferecem oportunidades de posicionamento. Incentivar as idéias, os sentimentos e os pontos de vista de cada um, mesmo que divergentes; fazer o grupo sentir que suas contribuições são importantes e apreciadas. Quanto mais diversificada as opiniões, mais rica é a caminhada, a liberdade de expressão e o respeito às opiniões são fundamentais para o desenvolvimento da autoconfiança. 2ª FASE CONTROLE * Cont. 2ª FASE CONTROLE / QUE FAZER ? Encorajar a novas tentativas quando houver enganos ou erros. O ambiente de laboratório permite que as pessoas assumam riscos e tomem decisões, sem as sanções do real (as atividades são simuladas). Se na primeira tentativa e erro o participante não for encorajado a prosseguir, poderá deter suas investidas e não arriscar novamente, perdendo a chance de aprender. Processar as vivencias dando chance para: Expressar sentimento; comentar e discutir falhas, acertos, dificuldades facilidades, Identificar momentos da vivencia que se assemelham ao seu cotidiano, concluir e tirar proveito da experiência. * Resolvidos os problemas de controle, os integrantes buscam integração emocional; Surgem abertamente manifestações de afeto e outros sentimentos. É uma fase marcada por feedback aberto e direto e por cooperação. O QUE FAZER ? Oferecer no momento de afeição atividades que permitam feedback e expressão de afetividade. AS ATIVIDADES DE FECHAMENTO E ENCERRAMENTO DEVEM ACOMPANHAR E VALORIZAR ESTE MOMENTO DO GRUPO. 3ª FASE AFEIÇÃO * Nem sempre os grupos passam por todas essas fases. Há grupos que não conseguem ultrapassar a primeira ou a segunda. Ao alcançar a última fase de desenvolvimento, um grupo pode regredir a fases anteriores se estiver diante de mudanças significativas como, por exemplo, a perda de um membro ou o ingresso de novo participante. A seqüência das fases pode repetir-se ciclicamente, não sendo necessariamente nessa ordem. Tampouco há separação rígida e excludente entre as fases. Na realidade, observamos uma certa justaposição entre elas e momentos de predominância de uma sobre outra. OBSERVAÇÕES SOBRE A ESCOLHA DAS TÉCNICAS O comportamento positivo de um grupo nas 3 fases distintas, pode ser assegurado em função das atividades preparadas pelo facilitador. A escolha das técnicas e exercícios é fundamental para o alcance dos objetivos pretendidos. Um excelente jogo aplicado no momento errado pode se tornar um fiasco e provocar a desintegração do grupo interferindo no restante das atividades. * Para momentos em que os participantes estão muito agitados ou dispersos, como após um debate polêmico ou quando o evento se inicia, são indicadas técnicas harmonizadoras que buscam baixar o tônus muscular, provocando relaxamento e maior concentração. Para momentos em que os participantes demonstram baixa de tônus muscular e aparente desinteresse pelo que ocorre a sua volta, devem ser aplicadas técnicas vitalizadoras que buscam resgatar o “pique de trabalho”. São características dessas técnicas: curta duração e descontração. Esses momentos podem ocorrer, por exemplo, após o almoço. AULA 4 FASES DO GRUPO ( SCHUTZ) SF .ppt * O GRUPO E SEUS ATRIBUTOS Status: refere-se ao nível ou posição de uma pessoa num grupo; ou de um grupo numa organização. Papéis: refere-se aos diversos comportamentos que as pessoas esperam de um indivíduo ou de um grupo numa certa situação. Normas: são os padrões ou idéias comuns que norteiam o comportamento dos integrantes em todos os grupos estabelecidos. Coesão: refere-se: O grau que os membros do grupo têm desejo de permanecer no mesmo; A força de seus compromissos para com o grupo e suas metas. * FUNDAMENTAÇÃO => constatação de três núcleos de necessidades interpessoais caracterizam as etapas de interação no desenvolvimento do grupo. O PROCESSO GRUPAL De acordo com SCHUTZ todo grupo passa por três fases. ( mesmo que seus integrantes já se conheçam) * Momento de incerteza Gostamos considerados e apreciados Ensaios de comportamento para ver quais os aceitáveis Medo de errar Medo de ser rejeitado QUE FAZER ? Usar técnicas de apresentação e ambientação. Objetivo = tornar os membros familiarizados entre si e autoconfiantes,eliminando o medo de errar, comum nos 1ºs contatos; estabelecer a confiança grupal. É contra-indicado o jogo, que estimula a competição. São indicadas vivências de “quebra-gelo” e de integração. 1ª FASE INCLUSÃO Cada membro do grupo procura seu lugar através de tentativas para estabelecer sua participação no grupo. É uma fase em que o grupo começa a se estruturar, sendo caracterizada por ações individualistas e superficiais. Além de Ambientar: 1.Prepara para os trabalhos subseqüentes; 2.Fornece dados: perfil do grupo; atitudes e comportamentos produtivos e improdutivos ; indicadores de desempenho individual ( flexibilidade, criatividade, comunicação, iniciativa, liderança etc). * 2ª FASE CONTROLE Tendo encontrado seu lugar, cada membro passa a interessar-se pelos procedimentos que levam às decisões, ou seja, pela distribuição de poder no grupo e controle das atividades. É uma fase de intenso jogo de forças, caracterizado por competitividade e tensão. ( já sentem confiança, já sabem seu lugar no grupo) Surgem comportamentos e atitudes de controle => explicações, cobrança de horário, normas internas,tentativas de liderança etc; Interesse pelos procedimentos que levam as decisões, à distribuição de poder e controle; Preocupação : quem controla o grupo * O QUE FAZER ? Promover um ambiente que favoreça a participação; o próprio grupo enriquece as vivências com suas experiências pessoais ; É preferível mudar um jogo ou atividade em função do que foi detectado no grupo, do que cumprir o programa à risca. (em alguns momentos torna-se necessário suprimir alguma técnica para dar espaço às discussões importantes para o processo grupal). Indicado vivências mais complexas ou jogos estratégicos que exigem divisão de trabalho e oferecem oportunidades de posicionamento. Incentivar as idéias, os sentimentos e os pontos de vista de cada um, mesmo que divergentes; fazer o grupo sentir que suas contribuições são importantes e apreciadas. Quanto mais diversificada as opiniões, mais rica é a caminhada, a liberdade de expressão e o respeito às opiniões são fundamentais para o desenvolvimento da autoconfiança. 2ª FASE CONTROLE * Cont. 2ª FASE CONTROLE / QUE FAZER ? Encorajar a novas tentativas quando houver enganos ou erros. O ambiente de laboratório permite que as pessoas assumam riscos e tomem decisões, sem as sanções do real (as atividades são simuladas). Se na primeira tentativa e erro o participante não for encorajado a prosseguir, poderá deter suas investidas e não arriscar novamente, perdendo a chance de aprender. Processar as vivencias dando chance para: Expressar sentimento; comentar e discutir falhas, acertos, dificuldades facilidades, Identificar momentos da vivencia que se assemelham ao seu cotidiano, concluir e tirar proveito da experiência. * Resolvidos os problemas de controle, os integrantes buscam integração emocional; Surgem abertamente manifestações de afeto e outros sentimentos. É uma fase marcada por feedback aberto e direto e por cooperação. O QUE FAZER ? Oferecer no momento de afeição atividades que permitam feedback e expressão de afetividade. AS ATIVIDADES DE FECHAMENTO E ENCERRAMENTO DEVEM ACOMPANHAR E VALORIZAR ESTE MOMENTO DO GRUPO. 3ª FASE AFEIÇÃO * Nem sempre os grupos passam por todas essas fases. Há grupos que não conseguem ultrapassar a primeira ou a segunda. Ao alcançar a última fase de desenvolvimento, um grupo pode regredir a fases anteriores se estiver diante de mudanças significativas como, por exemplo, a perda de um membro ou o ingresso de novo participante. A seqüência das fases pode repetir-se ciclicamente, não sendo necessariamente nessa ordem. Tampouco há separação rígida e excludente entre as fases. Na realidade, observamos uma certa justaposição entre elas e momentos de predominância de uma sobre outra. OBSERVAÇÕES SOBRE A ESCOLHA DAS TÉCNICAS O comportamento positivo de um grupo nas 3 fases distintas, pode ser assegurado em função das atividades preparadas pelo facilitador. A escolha das técnicas e exercícios é fundamental para o alcance dos objetivos pretendidos. Um excelente jogo aplicado no momento errado pode se tornar um fiasco e provocar a desintegração do grupo interferindo no restante das atividades. * Para momentos em que os participantes estão muito agitados ou dispersos, como após um debate polêmico ou quando o evento se inicia, são indicadas técnicas harmonizadoras que buscam baixar o tônus muscular, provocando relaxamento e maior concentração. Para momentos em que os participantes demonstram baixa de tônus muscular e aparente desinteresse pelo que ocorre a sua volta, devem ser aplicadas técnicas vitalizadoras que buscam resgatar o “pique de trabalho”. São características dessas técnicas: curta duração e descontração. Esses momentos podem ocorrer, por exemplo, após o almoço. AULA 4.doc UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ AULA 4 DINÂMICA DE GRUPO Profª Regina Rangel Slide 1 Slide 2 � Slide 3 slide 4 � Slide 5 Slide 6 � Slide 7 Slide 8 � Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 � PAGE \* MERGEFORMAT �1� 2ª FASE CONTROLE Tendo encontrado seu lugar, cada membro passa a interessar-se pelos procedimentos que levam às decisões, ou seja, pela distribuição de poder no grupo e controle das atividades. É uma fase de intenso jogo de forças, caracterizado por competitividade e tensão. ( já sentem confiança, já sabem seu lugar no grupo) Surgem comportamentos e atitudes de controle => explicações, cobrança de horário, normas internas,tentativas de liderança etc; Interesse pelos procedimentos que levam as decisões, à distribuição de poder e controle; Preocupação : quem controla o grupo Nem sempre os grupos passam por todas essas fases. Há grupos que não conseguem ultrapassar a primeira ou a segunda. Ao alcançar a última fase de desenvolvimento, um grupo pode regredir a fases anteriores se estiver diante de mudanças significativas como, por exemplo, a perda de um membro ou o ingresso de novo participante. A seqüência das fases pode repetir-se ciclicamente, não sendo necessariamente nessa ordem. Tampouco há separação rígida e excludente entre as fases. Na realidade, observamos uma certa justaposição entre elas e momentos de predominância de uma sobre outra. OBSERVAÇÕES SOBRE A ESCOLHA DAS TÉCNICAS O comportamento positivo de um grupo nas 3 fases distintas, pode ser assegurado em função das atividades preparadas pelo facilitador. A escolha das técnicas e exercícios é fundamental para o alcance dos objetivos pretendidos. Um excelente jogo aplicado no momento errado pode se tornar um fiasco e provocar a desintegração do grupo interferindo no restante das atividades. APLICAÇÃO DAS DINÂMICAS DE GRUPO EM SITUAÇÃO-PROBLEMA “Qualquer situação em que você reúne pessoas para uma atividade conjunta, com um objetivo específico, caracteriza uma dinâmica”. A dinâmica enquanto técnica é a atividade que leva o grupo a uma movimentação, a um trabalho em que se perceba, por exemplo, como cada pessoa se comporta em grupo, como é a comunicação, o nível de iniciativa, a liderança, o processo de pensamento, o nível de frustração, se aceita bem o fato de não ter sua idéia levada em conta, etc. ETAPAS DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO EM GRUPOS Planejamento 1. Coleta de dados 2. Análise de dados (qual é a situação atual ? ) 3. Definição dos objetivos (qual é a situação desejada?) 4. Avaliação dos recursos disponíveis 5. Definição da metodologia (como alcançar a situação desejada ?) Execução III. Avaliação final para verificar se os objetivos foram alcançados. CONTRERAS, Juan Manuel – Como trabalhar em Grupo. São Paulo, Paulus, 2a ed., 1999. FRITZEN, Silvino José - Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo e de Relações Humanas. Petrópolis, Editora Vozes ltda., 7a ed., 1977. FRITZEN, Silvino José - Treinamento de Líderes Voluntários. Petrópolis, Editora Vozes ltda., 1982. FRITZEN, Silvino José - Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo (1o volume). Petrópolis, Editora Vozes ltda., 4a ed., 1983. FRITZEN, Silvino José - Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo (2o volume). Petrópolis, Editora Vozes ltda., 4a ed., 1983. GRAMIGNA, Maria Rita Miranda - Jogos de Empresa e Técnicas Vivenciais. São Paulo, Makron Books, 1995. KIRBY, Andy - 150 Jogos de Treinamento. São Paulo, T&D Editora, 1995. KOLB, David A. e outros - Psicologia Organizacional, Uma Abordagem Vivencial. São Paulo, Atlas, 1978. MARQUES, Juracy C. - Ensinando para o Desenvolvimento Pessoal, Psicologia das Relações Interpessoais. Petrópolis, Editora Vozes ltda., 1982. MAYER, Pe. Canésio – Dinâmicas e Textos para Diferentes Momentos. São Paulo, Paulus, 1997. MONTEIRO, Regina Fourneaut (1994) Jogos dramáticos, 3ª edição, Editora Ágora, São Paulo. MOSCOVICI, Fela - Desenvolvimento Interpessoal - Treinamento em Grupo. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 2a ed., 1980. MUCCHIELLI, Roger - Dinâmica de Grupos, Aplicações Práticas. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1979. Recriando experiências. Técnicas e dinâmicas para grupos, 6ª edição, Paulus, São Paulo. ROGERS, Carl R. (1994) Grupos de encontro,7ª edição, Editora Martins Fontes, São Paulo. SERRÃO, Margarida e Baleeiro, Maria Clarice – Aprendendo a Ser e a Conviver. Fundação Odebrecht, FTD, 1999. SILVA, Jr., Edegard. O povo com vez e voz. Dinâmicas para grupos populares, Vozes, Petrópolis. VELA, Jesus Andrés. Técnicas y práticas de las relaciones humanas, Indo-Americam Press Service, Bogotá. WEIL, Pierre (1967) Dinâmica de grupo e desenvolvimento em relações humanas, Editora Itatitaia Ltda., Belo Horizonte. WEIL, Pierre (1971) Relações humanas na família e no trabalho, Editora Vozes, Petrópolis. ETAPAS DE APLICAÇÃO DE DINÂMICAS DE GRUPO 1. Arrumação dos grupos e distribuição de materiais, se houver. 2. Explicação das regras da vivência 3. Vivência propriamente dita 4. Relato dos participantes 5. Relato dos observadores (se houver) 6. Discussão da experiência (aplicação no mundo real) BIBLIOGRAFIA PARA TECNICAS DE DG AGUILAR IDANEZ, Maria José – Como animar um grupo: principio e técnicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. ALBIGENOR & MILITÂO, R.SOS dinâmica de grupo, Editora Dunya, Rio de Janeiro. ANTUNES, Celso - Manual de Técnicas de Dinâmica de Grupo, de Sensibilização, de Ludopedagogia. Petrópolis, Editora Vozes ltda., 6a ed., 1993. BIFFI, Sonia e Chiaro, Rosabel De – Caminhos de Encontros e descobertas: Dinâmicas e Vivências. São Paulo, Paulus, 1998. BITTENCOURT, J. E.; SOUZA, S. J.( 1998) Como fazer dinâmicas, 6ª edição, Editora Ave Maria, Embu, São Paulo . Para momentos em que os participantes estão muito agitados ou dispersos, como após um debate polêmico ou quando o evento se inicia, são indicadas técnicas harmonizadoras que buscam baixar o tônus muscular, provocando relaxamento e maior concentração. Para momentos em que os participantes demonstram baixa de tônus muscular e aparente desinteresse pelo que ocorre a sua volta, devem ser aplicadas técnicas vitalizadoras que buscam resgatar o “pique de trabalho”. São características dessas técnicas: curta duração e descontração. Esses momentos podem ocorrer, por exemplo, após o almoço. Cont. 2ª FASE CONTROLE / QUE FAZER ? Encorajar a novas tentativas quando houver enganos ou erros. O ambiente de laboratório permite que as pessoas assumam riscos e tomem decisões, sem as sanções do real (as atividades são simuladas). Se na primeira tentativa e erro o participante não for encorajado a prosseguir, poderá deter suas investidas e não arriscar novamente, perdendo a chance de aprender. Processar as vivencias dando chance para: Expressar sentimento; comentar e discutir falhas, acertos, dificuldades facilidades, Identificar momentos da vivencia que se assemelham ao seu cotidiano, concluir e tirar proveito da experiência. Resolvidos os problemas de controle, os integrantes buscam integração emocional; Surgem abertamente manifestações de afeto e outros sentimentos. É uma fase marcada por feedback aberto e direto e por cooperação. O QUE FAZER ? Oferecer no momento de afeição atividades que permitam feedback e expressão de afetividade. AS ATIVIDADES DE FECHAMENTO E ENCERRAMENTO DEVEM ACOMPANHAR E VALORIZAR ESTE MOMENTO DO GRUPO. 3ª FASE AFEIÇÃO O QUE FAZER ? Promover um ambiente que favoreça a participação; o próprio grupo enriquece as vivências com suas experiências pessoais ; É preferível mudar um jogo ou atividade em função do que foi detectado no grupo, do que cumprir o programa à risca. (em alguns momentos torna-se necessário suprimir alguma técnica para dar espaço às discussões importantes para o processo grupal). Indicado vivências mais complexas ou jogos estratégicos que exigem divisão de trabalho e oferecem oportunidades de posicionamento. Incentivar as idéias, os sentimentos e os pontos de vista de cada um, mesmo que divergentes; fazer o grupo sentir que suas contribuições são importantes e apreciadas. Quanto mais diversificada as opiniões, mais rica é a caminhada, a liberdade de expressão e o respeito às opiniões são fundamentais para o desenvolvimento da autoconfiança. 2ª FASE CONTROLE FUNDAMENTAÇÃO => constatação de três núcleos de necessidades interpessoais caracterizam as etapas de interação no desenvolvimento do grupo. O PROCESSO GRUPAL Fase de inclusão Relações superficiais Fase do controle Relações tensas Fase da afeição (união) Relações íntimas e solidárias De acordo com SCHUTZ todo grupo passa por três fases. ( mesmo que seus integrantes já se conheçam) Momento de incerteza Gostamos considerados e apreciados Ensaios de comportamento para ver quais os aceitáveis Medo de errar Medo de ser rejeitado QUE FAZER ? Usar técnicas de apresentação e ambientação. Objetivo = tornar os membros familiarizados entre si e autoconfiantes,eliminando o medo de errar, comum nos 1ºs contatos; estabelecer a confiança grupal. É contra-indicado o jogo, que estimula a competição. São indicadas vivências de “quebra-gelo” e de integração. 1ª FASE INCLUSÃO Cada membro do grupo procura seu lugar através de tentativas para estabelecer sua participação no grupo. É uma fase em que o grupo começa a se estruturar, sendo caracterizada por ações individualistas e superficiais. Além de Ambientar: 1.Prepara para os trabalhos subseqüentes; 2.Fornece dados: perfil do grupo; atitudes e comportamentos produtivos e improdutivos ; indicadores de desempenho individual ( flexibilidade, criatividade, comunicação, iniciativa, liderança etc). O GRUPO E SEUS ATRIBUTOS Status: refere-se ao nível ou posição de uma pessoa num grupo; ou de um grupo numa organização. Papéis: refere-se aos diversos comportamentos que as pessoas esperam de um indivíduo ou de um grupo numa certa situação. Normas: são os padrões ou idéias comuns que norteiam o comportamento dos integrantes em todos os grupos estabelecidos. Coesão: refere-se: O grau que os membros do grupo têm desejo de permanecer no mesmo; A força de seus compromissos para com o grupo e suas metas. TEXTO AULA 2 KURT LEWIN PESQUISAS LIDERANÇA .doc UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ TEXTO AULA 2 DINÂMICA DE GRUPO Profª Regina Rangel KURT LEWIN E PRIMEIRAS PESQUISAS SOBRE A DINAMICA GRUPAL A Fundação do Primeiro Laboratório de Dinâmica Grupal. Em 1945 Kurt Lewin funda, a pedido do Instituto Tecnológico de Massachusets (Massachusets Institute of Technology-M.I.T.), o primeiro centro de pesquisas dedicado especificamente à Dinâmica Grupal. Como acontece com todas as outras ciências, a história da Dinâmica Grupal também pode ser dividida em dois períodos: pré-científico e científico. Aqui no deteremos nas pesquisas do período pré-científico, por representarem um marco importante no estudo da dinâmica grupal, em seus primórdios. Pode-se dizer que o período pré-científico desenvolveu-se até a década de trinta quando Kurt Lewin e seus colaboradores realizaram as primeiras pesquisas empíricas, teoricamente significativas com grupos humanos. Até esse período, quem sentia curiosidade pela natureza dos grupos para obter respostas às suas questões dependia, sobretudo, da experiência pessoal e de documentos históricos. Foram criados sistemas teóricos complexos e muito amplos, pois foram concebidos por homens de notável capacidade intelectual, entre os quais: Cooley, Durkheim, Tarde, Le Bon, Freud. As pesquisas que Lewin e sua equipe realizaram entre a década de trinta e quarenta, e que levaram ao reconhecimento científico e ao convite para fundação do laboratório no M.I.T. representaram para as ciências sociais, sobretudo para a psicologia e a sociologia, uma verdadeira rebelião empírica. Nesses trabalhos, em vez de se aceitar a especulação sobre a natureza dos grupos, procuraram-se os fatos e buscaram-se separar dados objetivos e impressões subjetivas. Entre esses trabalhos, dois são destacados, tanto porque apresentam um procedimento metodológico de fácil operacionalização e reprodutibilidade; como também pelo alto valor heurístico de suas conclusões, podendo, por isso, ser consideradas como um verdadeiro padrão-ouro utilizável no campo das pesquisas científicas com a Dinâmica Grupal. Em virtude da mencionada importância histórica dessas duas pesquisas, será apresentado um breve relato sobre as mesmas. Porém, antes desse relato, deve-se considerar que a Lewiniana equipe iniciou cada uma das duas pesquisas com um pressuposto básico: na primeira, a pressuposição era a de que os grupos funcionam como totalidades dinâmicas, e que realizam seu equilíbrio num "campo de forças". No entanto, mesmo sendo um "campo de forças", uma pressão exterior pode modificá-lo ou basta que se integre a informação no campo perceptivo do grupo para provocar a mudança [1: p. 95]; a segunda, referiu-se aos estados de equilíbrio grupal. Nesta, pressupunha-se que, como uma gestalt, o grupo busca uma "boa forma" em seu equilíbrio. PRIMEIRA PESQUISA Em 1943, o estado de relativa penúria devido à constituição de reservas para o exército levou as autoridades norte-americanas a se voltarem para os meios de mudar os hábitos alimentares dos estadunidenses. Era necessário persuadi-los de que as vísceras (coração, rins etc.), muitas vezes rejeitadas, tinham as mesmas qualidades nutritivas da carne considerada "de primeira". Toda uma campanha de informações pela imprensa, pelo rádio, por cartazes tinha tentado demonstrar as vantagens econômicas desta mudança. Apesar dos meios utilizados, os resultados se revelaram insignificantes. Lewin foi então encarregado pelo governo americano de estudar um novo modo de ação. De princípio constatou que eram as donas-de-casa que representavam o elemento de decisão em toda compra de carne consumida pelas famílias. Decidiu então atuar sobre pequenos grupos de donas-de-casa. Ao iniciar os trabalhos, achou-se diante do seguinte problema: ou acentuava o caráter positivo do consumo das vísceras; ou diminuía as reticências diante desses alimentos julgados negativamente. Reuniu então vários grupos de uma quinzena de pessoas. Em metade desses grupos, especialistas qualificados (como médicos e nutricionistas) explicaram como e por que deveria se consumir tais pedaços de carne. Essas explicações revelaram-se decepcionantes, pois somente 3% dos membros dos grupos aceitaram realmente as informações, traduzindo-as em seus comportamentos alimentares. Na outra metade dos grupos, a equipe de pesquisadores contentou-se em colocar o problema para os participantes: tendo em vista a difícil situação econômica com grave escassez de carne, de que modo é possível mudar o consumo para que haja disponibilidade de carne para toda a população? Depois deixou a discussão desenvolver-se sem intervir, exceto para fornecer informações, quando eram pedidas. Essas discussões permitiram a cada dona de casa a possibilidade de falar sobre seu próprio comportamento, de analisar suas atitudes diante dos problemas etc. Ficou rapidamente claro que a recusa desses alimentos baseava-se em certos receios subjetivos, preconceitos que pareciam possíveis de ultrapassar. Resoluções foram tomadas em comum, e as participantes se comprometeram a modificar suas atitudes. Com efeito, os resultados mostraram que 32% delas modificaram suas compras, e passaram a usar em seu cardápio as vísceras. Lewin e sua equipe tiraram do fato constatado a seguinte conclusão: na primeira metade dos grupos, ao trazer a informação por meio de autoridade, aumentava-se a pressão por uma mudança. No entanto, seria necessário uma pressão mais forte, mais autoritária para que essa solução tivesse êxito, o que poderia desencadear tanto agressividade quanto recusa por parte do grupo. Na outra metade, ao invés de aumentar, por meios autocráticos, as pressões externas, ele preferiu reduzir as resistências que se opunham à mudança através do diálogo do compromisso com a mudança pelos participantes. Com isso, houve deslocamento para um novo equilíbrio grupal. SEGUNDA PESQUISA Os estudos dos estados de equilíbrio levam Lewin e sua equipe a procurar qual deva ser "a boa forma" de um grupo. Isto é, para que tipo de organização um grupo deva dirigir-se. O experimento que ilustra essas pesquisas é conhecido com o nome de "experimento dos três climas". Três grupos de crianças eram voluntários para a construção de maquetes de teatro. Essas crianças foram agrupadas por afinidades, o que facilitava a coesão no grupo e motivação na tarefa. Daí, pensava-se que os resultados do grupo dependeria do tipo de organização utilizada. Em cada grupo um experimentador induziu uma forma diferente de organização. No primeiro grupo, o experimentador define os objetivos e os meios para atingí-los, e as crianças devem obedecer a seguinte exigência: é um grupo autocrático, em que a organização é definida "de fora", pelo experimentador. No segundo grupo, o experimentador define com as crianças as finalidades, os meios e a divisão das tarefas: é um grupo democrático, em que os indivíduos interagem para encontrar a melhor organização. No terceiro grupo, o experimentador não impõem nem propõe nada, o grupo é entregue a si mesmo: é um grupo sem diretrizes, um grupo laissez—faire. O experimento mostrou resultados diferentes, conforme os três tipos de organização. No grupo autocrático a tarefa é efetuada sem entusiasmo; a produção é "média"; as relações interpessoais são tensas; os participantes sentem-se frustrados e suas atitudes oscilam entre a apatia e a agressividade. Assim que o experimentador deixa a sala. o trabalho é interrompido. No grupo democrático a produção é "boa", o nível de satisfação elevado, e as relações entre os membros baseiam-se na cooperação com a redução das tensões. O grupo é suficientemente autônomo para prosseguir em sua tarefa quando o animador se ausenta. No grupo "laissez-faire" a produção é pequena, os participantes mostram um constante sentimento de frustração e de fracasso, a agressividade entre os membros é intensa. Desse experimento, foi tirado uma conclusão quanto à "boa forma" grupal: o grupo democrático, por ser o mais produtivo e por trabalhar dentro do "melhor clima", mostrou-se a forma ideal de organização social. Amado, Gilles; Guittet, André - A dinâmica da comunicação nos grupos. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. Cartwright, Dorwin; Zander, Alvin - Dinâmica de grupo: pesquisa e teoria. São Paulo: EPU/EDUSP, 1975. � PAGE \* MERGEFORMAT �2�