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Diuré ticos Fármaco Farmacodinâmica Farmacocinética Efeitos Usos clínicos Efeitos adversos e CI Observações Inibidores da anidrase carbônica Acetazolamida Diclorfenamida Metazolamida - São derivados de sulfonamida. - Promovem potente ini- bição da AC tanto da mb luminal quanto citosóli- ca, reduzindo considera- velmente a reabsorção de bicarbonato de sódio - Atuam, portanto, no tú- bulo proximal (principal sítio) e no ducto coletor, onde a AC está envolvida na secreção de ácidos tituláveis. *A AC é encontrada em outros tecidos além dos rins: olho, mucosa gástrica, pâncreas, SNC, eritrócitos - Administração oral - Biodisponibilidade: *Acetazolamida e metazolamida: 100% *Diclorfenamida: ? - Meia-vida: *Acetazolamida: 6 a 9hs *Diclorfenamida: ? *Metazolamida: ~14hs - Via de eliminação: *Acetazolamina: renal *Diclorfenamida: ? *Metazolamida: excre- ção renal de 25% e me- tabolismo hepático de 75%. - Potência: diclorfenami- da > metazolamida > acetazolamida - Acúmulo em tecidos ricos em anidrase carbônica (ligação ávida à enzima). - Excreção de bicarbona- to: aumento de 35% - Elevação do pH urinário para cerca de 8 (inibição da reabsorção de bicar- bonato, inibição do ácido titulável e da secreção de amônio) - Pequeno aumento na excreção de Cl-, pois boa parte é reabsorvido na alça de Henle - Excreção fracionária de Na pode atingir 5% e a de K+, 70% (ver obs) - ↑ excreção de Pi - Pouco ou nenhum efeito sobre a excreção de Ca e Mg - ↑ aporte de solutos na mácula densa, desenca- deando o RTG (ver obs) - Glaucoma de ângulo aberto: principal indicação - Glaucoma secundário e no pré-operatório para glaucoma de ângulo fechado agudo - Edema: apesar de não serem muito eficazes como terapia isolada. - Em combinação c/ diu- réticos que bloqueiam a reabsorção de Na mais distal, induzem uma boa resposta natriurética, mas a terapia a longo prazo é limitada pela acidose. - Epilepsia: rápido desen- volvimento de tolerância - Correção de alcalose metabólica, ppm se cau- sada por aumentos da excreção de H+ induzida por diuréticos - Eventos graves são raros - Por serem derivados das sulfonamidas, podem cau- sar: depressão da medula óssea, toxicidade cutânea, lesões renais, reações de hipersensibilidade - Sonolência e parestesias após grandes doses - Secundários à alcaliniza- ção da urina: * Desvio da amônia da uri- na para o plasma início ou piora de encefalopatia hepática CI p/ pacien- tes com cirrose * Nefrolitíase (Ca-PO4) * Agravamento de acidose metabólica ou respiratória CI p/ pacientes c/ aci- dose hiperclorêmica ou DPOC * ↓tx de excreção de bases orgânicas fracas. - A AC é extremamente a- bundante no túbulo proxi- mal, de modo que a inibi- ção de uma boa porcenta- gem dessa enzima se faz necessária para causar efeito significativo. - Os efeitos são auto-limi- tados, provavelmente pq a acidose metabólica induzida diminui a carga filtrada de bicarbonato. - Reduz a taxa de forma- ção de humor aquoso, ↓ a pressão intra-ocular - Ação anticonvulsivante da acetazolamida: ações diretas no SNC e indiretas por causar acidose meta- bólica - Provoca vasodilatação por abertura de canais de K ativados pelo Ca. Diuréticos osmóticos Manitol Glicerina Isossorbida Uréia - Túbulo proximal: são solutos não absorvíveis ↓ osmose de água p/ o interstício ↓ *Na+ ↓ reabsorção de Na - Alça de Henle: expan- são do volume extracelu- lar, ↓ viscosidade do sangue e ↓ liberação de renina aumento do - Via: *Oral: glicerina e isossor- bida *IV: manitol, uréia - Meia-vida: *Glicerina: 0,5 a 0,75h *Isossorbida: 5 a 9,5h *Manitol: 0,25 a 1,7h - Via de eliminação: * Glicerina: 80% metabo- - Aumentam a excreção urinária de quase todos os eletrólitos: K, Na, Ca, Mg, Cl, bicarbonato e fosfato - Dilatação da arteríola aferente ↑pressão hidrostática do capilar glomerular + diluição do plasma ↓ pressão - Edema cerebral (manitol e uréia) - Controle da pressão in- tra-ocular durante crises agudas de glaucoma e p/ remoção aguda da pres- são intra-ocular em paci- entes submetidos à cirurgias oculares (pré e pós operatório) - Edema pulmonar franco em pacientes com insufici- ência cardíaca e congestão pulmonar, pela expansão do VEC - Hiponatremia dilucional: cefaléia, náuseas, vômitos - Se houver perda de água > que a perda de eletróli- tos, pode ocorrer desidra- - Tradicionalmente pensa- va-se que o principal local de ação dos diuréticos osmóticos era o túbulo proximal, mas atualmente sabe-se que é a alça de Henle. OBS: Tanto o manito quanto a uréia estão fluxo sanguíneo medu- lar, causando a lavagem da medula e perda de hipertonicidade ↓ ex- tração de água no RDD e, assim, limita a concen- tração de NaCl ↓ reabsorção passiva de NaCl no RDA. lismo hepático e 20% desconhecida * Isossorbida: renal * Manitol: 80% renal e 20% metabolismo hepá- tico e excreção na bile *Uréia: renal oncótica plasmática. Porém, como também aumentam a pressão hidrostática tubular, não há aumento significativo na TFG. - Necrose tubular aguda: profilaxia (controverso) e conversão de NTA oligú- rica em não-oligúrica. Neste último caso, se o paciente não for respon- sivo, usar diuréticos de alça. - Síndrome do desequilí- brio da diálise (ver obs) tação e hipernatremia - CI: pacientes com anúria por doença renal grave ou não resposta ao teste com o fármaco. - Uréia: trombose, dor, prejuízo à função hepática (↑ amônia) - Glicerina: hiperglicemia contra-indicados em pacientes com hemorragia crerebral ativa Inibidores do simporte de Na K 2Cl (diuréticos de alça) Furosemida Bumetanida Ác. etacrínico Torsemida - Atuam primariamente no ramo ascendente espesso da alça de Henle - Provavelmente ligam- se ao local de ligação ao Cl-, localizado no domí- nio transmembrana no receptor - Causam a abolição da diferença de potencial transepitelial nessa por- ção do túbulo ↓ reabsorção de cátions pela via paracelular - Interferem em uma e- tapa crítica do mecanis- mo formador da hiperto- nicidade medular - Biodisponibilidade: * Furosemida: 60% * Bumetanida: 80% * Ác.etacrínico: 100% * Torsemida: 80% - Meia-vida: * Furosemida: 1,5 h * Bumetanida: 0,8 h * Ác.etacrínico: 1 h * Torsemida: 3,5 h - Via de eliminação: * Furosemida: ppm renal * Bumetanida: metab. hepático significativo * Ác.etacrínico: 67% R * Torsemida: metab. hepático significativo - Alta ligação a ptns plas- máticas eliminação não por filtração, mas pelo sistema de secreção de ác. orgânicos no TP Ligam-se ao NKCC2 pela face luminal - Probenecida: inibe a se- creção de furosemida no TP desloca a curva de [] x resposta p/ a direita - Retenção de Na pós diurético: reabsorção ávida de Na após a ↓ *+ do diurético no túbulo - Aumento da excreção de Na e Cl- (até 25% da carga filtrada) - Aumento da excreção de Ca e Mg - Alguns têm fraca at ini- bidora da AC ↑ ex- creção de bicarbonato e fosfato. - Aumento da excreção de K e de ácido titulável - Aumenta a excreção de ác.úrico de forma aguda, mas de forma crônica, reduz a excreção (obs) - Bloqueiam a capacida- de de concentração da urina (hidropenia) - Tb afetam o mecanis- mo diluidor da urina incapacidade de eliminar urina diluída na diurese aquosa = urina sempre isosmótica. - Se houver reposição de volume, ↑ FSR total e o distribuem p/ a porção média do córtex, prova- velmente envolvendo produção de PG. - Edema agudo de pul- mão: ↑ capacitância ve- nosa + ↑ natriurese = ↓ pressão de enchimento de VE = alívio rápido - ICC crônica: para ↓ volume do LEC e reduzir a congestão venosa e pulmonar ↓ mortali- dade e risco de agrava- mento e ↑ capacidade de exercício - Hipertensão arterial: por ter meia-vida curta, são menos úteis que os tiazídicos - Síndrome nefrótica: geralmente o edema só responde aos diuréticos de alça - Edema e ascite da cirrose: cuidado p/ não piorar a encefalopatia e induzir Sd hepatorrenal - Em caso de dose exces- siva de algum fármaco, a fim de forçar eliminação renal. - tto da hipercalcemia: junto c/ reposição de sol salina isotônica. - IRA - Uso excessivo: depleção grave do Na corporal hiponatremia ou ↓ de vo- lume do LEC: hipotensão, ↓ TFG, colapso circulató- rio, tromboembolismo, encefalopatia hepática - Alcalose hipoclorêmica: pelo ↑ aporte de Na no TD + ativação SRAA, que levam ao ↑ excreção de K+ e H+ - Hipocalemia: pode levar a arritmias cardíacas, ppm em pacientes em uso de glicosídeos cardíacos. - Hipomagnesemia: ↑ risco de arritmias - Hipocalcemia: tetania e ↑ risco de osteoporose - A inibição do transporte de eletrólitos na orelha in- terna pode causar altera- ções na composição ele- trolítica da endolinfa e contribuir p/ a ototoxicida- de zumbidos, compro- metimento auditivo, sur- dez, vertigem e sensação de plenitude nas orelhas. São habitualmente rever- síveis. (ver obs) - São muito eficazes, pois normalmente reabsorvem 25% do Na filtrado e os segmentos distais ao ramo espesso da alça de Henle não são capazes de recu- perar o fluxo rejeitado por ele. - Existem 2 formar do sim- porte: NKCC1 = secretivo e NKCC2 = absortivo. Os diu- réticos tem maior afinidade pelo NKCC2 - Têm a capacidade de inibir o transporte de NaCl na mácula densa ini- bem o RTG não causam redução da TFG - São poderosos estimula- dores da liberação de renina. - A furosemida induz au- mento agudo da capaci- tância venosa ↓ pres- são de enchimento de VE ↓ edema pulmonar mesmo antes da diurese - Alterações no transporte de eletrólitos em muitos tecidos Inibidores do simporte Na+ Cl- (diuréticos tiazídicos) Bendroflumetia- zida Clorotiazida Hidroclorotiazida - São sulfonamidas - Inibem a reabsorção de NaCl no TCD = local primário de ação - Tem uma ação secun- dária ao nível do TP - O local de ligação ao simporte NaCl parece ser compartilhado por esses íons. - A expressão desse transportador é regulada pela aldosterona - São ácidos orgânicos são secretados no TP pela via de secreção de ácidos orgânicos. Depen- dem desse transporte p/ o lúmen para exercer sua ação. - Ampla variação entre a ligação a ptns para cada agente variação da carga de filtração. - Ampla variação de biodisponibilidade (9 a 100%), meia vida (2,3 a 47 hs). *Clorotiazida:biodisponi- bilidade de 9 a 56% de- pendente da dose. - A maioria é eliminada por via renal, podendo haver algum grau de metabolismo - ↑ Excreção de NaCl p/ até 5% da carga filtrada (pois 90% do Na é reab- sorvido no TP) - Alguns são inibidores fracos da AC: ↑ excre- ção de bicarbonato e PI - ↑ excreção de K+ e H+ - ↑ excreção de ácido úrico agudamente, porém ↓ a longo prazo - ↓ excreção de Ca: aumento da reabsorção no TP pela depleção de volume e aumento da reabsorção no TCD (↑ troca Na/Ca, pelo ↑ Na luminal) - Magnesiúria discreta - ↓ capacidade dos rins excretarem urina diluída durante diurese aquosa (inibem o transporte no segmento diluidor cortical) - Edema associado à ICC, doença hepática (cirro- se) e renal (sd nefrótica, IRC, glomerulonefrite aguda). - São ineficazes quando a TFG < 30 a 40 ml/min (exceto a metolazona e indapamina) - Hipertensão arterial: econômicos, eficazes e bem tolerados (adm 1x dia, sem necessidade de titulação da dose) são seguros e ↓ mortalidade e morbidade CV em pacientes hipertensos. Doses baixas: 25mg / dia de hidroclorotiazida. Estudos mostram que são o melhor tto inicial p/ HA. - Nefrolitíase por cálcio - Osteoporose - Base do tto do diabetes insipidus nefrogênico: ↓ volume urinário em 50% - SNC: vertigem, cefaléia, parestesias, xantopsia, fraqueza - GI: anorexia, náuseas, vômitos, cólicas, diarréia, constipação, colecistite e pancreatite - Hematológicas: discrasias sanguíneas - Dermatológicas: fotos- sensibilidade e erupções cutâneas - Disfunção erétil - Desequilíbrio hidroele- trolítico: depleção de VEC, hipotensão, hipopotasse- mia, hiponatremia, hipo- cloremia, alcalose metabó- lica, hipomagnesemia, hipercalcemia, hiperuri- cemia - ↓ toleância à glicose - ↑ LDL, colesterol total, e TG - CI: hipersensibilidade às sulfonamidas - Não afetam o FSR, afe- tam a TFG de modo variá- vel. Como atuam distal- mente à mácula densa, não alteram a secreção de renina. - Não interferem com a hipertonicidade medular: rim continua capaz de excretar urina concentra- da na hidropenia. - Podem ser úteis no tto da intoxicação por Br-. Inibidores dos canais de Na+ do epitélio renal (poupadores de K+) Triantereno Amilorida - Inibem os canais ENaC das cels principais da porção terminal do TD e ducto coletor. (provável ligação ao poro) - Ao impedir a entrada de Na nas céls, impedem a despolarização da membrana luminal, que causaria uma DP trans- epitelial lúmen negativa, importante força propul- sora da secreção de K+ através dos canais ROMK ↓ secreção de K+. - Biodisponibilidade: *Amilorida = 15 a 25% * Triantereno: 50% - Meia-vida: amilorida = 21hs e triantereno = 4,2 - A amilorida é excretada na forma inalterada na urina - O triantereno sofre metabolismo hepático, gerando um metabólito ativo, que é excretado na urina (toxicidade em caso de doença renal ou hepática) - ↑ pequeno na excre- ção de NaCl (até 2% da carga filtrada) - ↓ Taxas de excreção de K+, H+, Ca e Mg (pela redução da voltagem negativa no lúmen) - ↓ excreção de ácido úrico (depleção de volu- me aumenta a reabsor- ção de ácido úrico no TP) - Pouco ou nenhum efeito sobre a hemodi- nâmica renal - Não alteral o RTG - Usados sempre em as- sociação a outros diuré- ticos, com o objetivo de reduzir a perda de K+ - Síndrome de Liddle - ↑ depuração mucoci- liar em pacientes com fibrose cística (amilorida aerossol) - Diabetes insipidus nefrogênico induzido por lítio (amilorida: bloqueia o transporte de Li nas cels dos tubulos coletores) - Hiperpotasemia: pode ser fatal. CI em pacientes c/ hiperpotassemia, IR, uso de outros diuréticos poupadores de K+, iECA ou suplementos de K+ - ↑ risco de megaloblasto- se em pacientes c/ cirrose (triantereno = agonista fraco do ác.fólico) - Intolerância à glicose - Fotossensibilidade - Nefrite intersticial e nefrolitíase - Efeitos adversos mais comuns da amilorida: náuseas, vômitos, diarréia e cefaléia - Efeitos adversos mais comuns do triantereno: nãuseas, vômitos, cãibras, tonturas Antagonistas da aldosterona Espironolactona Eplerenona Canrenona Canrenoato - São inibidores compe- titivos dos receptores de mineralocorticóide: in- teragem com o MR, mas, ao contrário da aldoste- rona, não são capazes de induzir a expressão de ptns específicas - Aldosterona: ↑ condu- tância da membrana ao Na+ ↑ voltagem ne- gativa luminal ↑ se- creção de K+ e H+. - Agem na porção termi- nal do TD e ducto coletor - Espironolactona: BD 65%, extenso metabolis- mo hepático, alta ligação a ptns plasmáticas, meia- vida curta. Gera um me- tabólito ativo com t1/2 de 16,5h - Eplerenona: boa BD oral; eliminada primaria- mente por metabolismo, gerando metabólito ina- tivo. Meia vida de 5hs - Efeitos semelhantes aos dos inibidores de canais de Na+ - A sua eficácia clínica depende dos níveis en- dógenos de aldosterona (diretamente proporcio- nal) - Tem afinidade pelos receptores de progeste- rona e de androgênios (a eplerenona tem afinida- de menor) - A espironolactona tem efeito antiarrítmico na IC - Co-administrados com tiazídicos ou diuréticos de alça no tto do edema e da HA ↑ mobiliza- ção do edema e manu- tenção dos níveis séricos de K+. - Hiperaldosteronismo primário e edema refra- tário associado ao hiperaldosteronismo secundário. - Cirrose hepática: diuré- tico de escolha - ICC: ↓ morbi-mortali- dade e arritmias ventri- culares - Hiperpotassemia: mesm- as CI q inibidores do ENaC - Acidose metabólica em pacientes com cirrose - Ginecomastia - Impotência sexual - Irregularidades menstru- ais, hirsutismo, engrossa- mento da voz - Diminuição da libido - Diarréia, gastrite, sangra- mento gástrico e úlceras pépticas - SNC: sonolência, letargia, ataxia, confusão e cefaléia - Erupções cutâneas, discrasias sanguíneas - São os únicos diuréticos que não precisam ter acesso ao lúmen tubular para exercer ser efeito diurético. - Podem estar associados a aumento da incidência de neoplasias malignas, como CA de mama - Eplerenona tem menos efeitos adversos, que se resumem basicamente a hiperpotassemia e dist. GI - Estão CI em pacientes c/ úlceras pépticas. OBSERVAÇÕES: Fisiologia renal: Taxa de filtração glomerular de um único néfron (TFGUN) = Kf [delta P – πgc]: Kf: é o coeficiente de filtração influenciado pelas propriedades fisico-quimicas da membrana filtrante e pela área de superfície disponível para a filtração Delta P: é a diferença de pressão hidrostática entre os capilares glomerulares e o espaço de Bowman é influenciada pela PA e pela resistência das arteríolas aferente e eferente. Πgc: é a pressão oncótica no capilar glomerular, determinada pela concentrações de proteínas no sangue arterial e pelo fluxo sanguíneo no néfron (↑fluxo ↓filtração e concentração e proteínas no interior dos vasos sanguíneos ↓ pressão oncótica). A ocorrência de um desequilíbrio contínuo entre a excreção e a ingestão de sódio é incompatível com a vida (balanço positivo hipervolemia edemas; balanço negativo desidratação e colapso cardiovascular). Os diuréticos promovem natriurese, porém, apesar de causar um déficit efetivo e duradouro no conteúdo corporal de sódio, o efeito natriurético tem duração limitada, pelo fenômeno de freio diuréticos = mecanismos compensatórios Ativação do sistema nervosos simpático e SRAA Diminuição da pressão arterial (diminui a natriurese decorrente de pressão) Hipertrofia das células epiteliais renais Maior expressão de transportadores epiteliais renais Alterações nos hormônios natriuréticos RTG = Reflexo Tubulo-glomerular aumento de solutos na mácula densa provoca mecanismos que levam ao aumento da resistência arteriolar aferente, com consequente redução do fluxo sanguíneo renal (FSR) e da taxa de filtração glomerular (TFG). Mecanismo de aumento da excreção de K+ (pelos diuréticos não poupadores de K+) Suprimento distal de Na+ aumentado Aumento da secreção de K+ dependente de fluxo pelo ducto coletor Liberação não-osmótica de vasopressina Ativação do eixo SRAA Síndrome do desequilíbrio da diálise: síndrome que ocorre durante a hemodiálise ou diálise peritoneal, pela rápida remoção de solutos ↓ osmolaridade do líquido extracelular água passa do compartimento intracelular para o extra hipotensão e sintomas no SNC (cefaléia, náuseas, cãibras musculares, inquietação, depressão do SNC, convulsões). Ao aumentar a osmolaridade do líquido extracelular, os diuréticos osmóticos ajudam a controlar esse fenômeno. Diuréticos de alça: Apesar de o túbulo proximal reabsorver 65% do Na filtrado, diuréticos que atuam no túbulo proximal são pouco eficazes, pois o ramo ascendente espesso da alça de Henle tem grande capacidade de reabsorver os solutos rejeitados pelo TP. Por esse motivo, diuréticos que atuam após o ramo espesso da alça também são pouco eficazes, pois esses segmentos distais recebem apenas uma pequena porção do Na filtrado. Mecanismo de aumento da excreção de ácido úrico: (1) transporte intensificado no túbulo proximal, secundário à depleção de volume, resultando em maior reabsorção de ácido úrico; (2) competição entre o diurético e o ácido úrico pelo mecanismo secretor de ácidos orgânicos no túbulo proximal, resultando em redução da secreção de ácido úrico. A retenção de Na pós-diurético pode anular o efeito global do diurético de alça na excreção de sódio. Pode ser evitado pela restrição dietética de sódio ou aumento da frequencia das doses. Ototoxicidade: parece ocorrer com mais frequencia na admnistração intravenosa rápida. O ácido etacrínico tem maior possibilidade de induzir ototoxicidade e só deve ser prescrito a pacientes que não toleram outros diuréticos de alça. Outros efeitos adversos: Hiperuricemia podem desencadear gota Hiperglicemia podem desencadear DM raramente ↑ LDL e TG e ↓ HDL Erupções cutâneas, fotossensibilidade, parestesias, depressão da medula óssea, distúrbios gastrintestinais. Contra-indicações: Depleção grave de volume e Na Hipersensibilidade às sulfonaminas: no caso de diuréticos de alça do grupo das sulfonamidas Anúria que não responde a uma dose de teste de diuréticos de alça. Interações medicamentosas: Aminiglicosídeos / Cisplatina : sinergismo da ototoxicidade causada por ambos os fármacos / pelo diurético Anticoagulantes: aumento da atividade anticoagulante Glicosídeos digitálicos: aumento das arritmias induzidas por digitálicos Lítio e propanolol: aumento dos níveis plasmáticos de lítio/propanolol Sulfoniluréias: hiperglicemia AINE: redução da resposta diurética e toxicidade do salicilato (se for admnistrado em alta dose) Probenecida: atenua resposta diurética Diuréticos tiazídicos: sinergismo na atividade diurética, podendo causar diurese profusa Anfotericina B: maior potencial de nefrotoxicidade e toxicidade e intensificação do distúrbio eletrolítico. Uso dos diuréticos de alça na IRA: os pacientes recebem um teste com diuréticos de alça, a fim de tentar converter a IRA oligúrica em não-oligúrica Diuréticos tiazídicos: Intolerância à glicose: ocorre por redução na secreção de insulina e alterações no metabolismo da glicose, além da hipopotassemia. A hippopotassemia induzida pelos tiazídicos compromete o efeito anti-hipertensivo e a proteção cardiovascular Interações medicamentosas: Fármacos que têm o efeito diminuído pelos diuréticos tiazídicos: anticoagulantes, agentes uricosúricos, sulfoniluréias, insulina Fármacos que têm o efeito aumentado pelos diuréticos tiazídicos: anestésicos, diazóxido, glicosídeos cardíacos, lítio, diuréticos de alça, vitamina D Fármacos que diminuem a eficácia dos tiazídicos: AINE, inibidores seletivos ou não da COX-2, sequestradores de ácidos biliares (↓ absorção) Anfotericina B e corticosteróides aumentam o risco de hipopotasemia induzida por tiazídicos. Tiazídicos hipopotassemia ↑ risco de torsade de pointes causada pela quinidina. Antagonistas da aldosterona: Interações medicamentosas: Salicilatos podem diminuir a eficácia da espironolactona. Espironolactona pode aumentar a depuração dos glicosídeos cardíacos Eplerenona: ainda há pouca experiência clínica, porém parece ser um anti-hipertensivo efetivo e seguro e diminui a morbi-mortalidade em pacientes com IAM complicado por disfunção sistólica de VE.