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Sistemas de Informação Empresariais na Era do Conhecimento 11

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Enviado por leonardo oliveira moreira em

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66. Avise-me quando estiver disponível Figura 18 – Saraiva.com.br – Busca de Livros Fonte: Livraria Saraiva No caso da Livraria Saraiva quando um item não consta em estoque entra em foco a AI que irá coletar dados para o SI e dar uma resposta para o cliente/usuário. Ao clicar no ‘Avise-me quando estiver disponível’ abre-se uma caixa de diálogo na qual o website (arquitetura de informação) solicita dados sobre o cliente para um aviso posterior, ou seja, o próprio cliente/usuário espontaneamente oferece dados e informações que permitirão uma tomada de decisão.
67. Figura 19 – Aviso de produto disponível Fonte: Saraiva Baseado nessa arquitetura de informação ao fornecer os dados como na figura 19, o cliente é informado assim que o item constar no banco de dados. Por outro lado, o gestor pode traçar um cenário a partir do índice de buscas a itens não disponíveis, Assim, norteando o processo de compra e venda. Isto é, se muitos clientes/usuários solicitam um livro que não está disponível, o SI gera um relatório que permitirá ao gestor diagnosticar quais são esses títulos e adquirir um número maior destes exemplares para atender aos pedidos do cliente/usuário. Essa é uma demonstração da interação AI/SI para tomada de decisão.
68. 9.2.1 As heurísticas de Nielsen Para se entender a usabilidade aplicada a AI é preciso ressaltar as dez heurísticas de Neilsen, que são uma síntese de seu trabalho. São princípios que vão do design e usabilidade à ergonomia e praticidade, mas que não se limitam apenas ao website, e sim, a todo o sistema. Segundo a tradução Van Amstel (2007) das dez heurísticas de Nielsen tornaram- se ainda mais difundidas, e são elas: a) 1º Heurística – Feedback - O sistema deve informar sempre ao usuário o que está fazendo - 10 segundos é o limite para manter a atenção do usuário focalizada no diálogo. b) 2º Heurística – Falar a linguagem do usuário - a terminologia empregada no website ou no SI deve ser a mesma utilizada pelo usuário. - as informações devem ser apresentadas conforme o modelo mental do usuário c) 3º Heurística – Saídas claramente demarcadas - O usuário controla o sistema, ele pode, a qualquer momento, abortar uma tarefa, ou desfazer uma operação e retornar ao estado anterior. d) 4º Heurística – Consistência - Um mesmo comando ou ação deve ter sempre o mesmo efeito. - A mesma operação deve ser apresentada na mesma localização e deve ser formatada/apresentada da mesma maneira para facilitar o reconhecimento.
69. e) 5º Heurística – Prevenir erros - Evitar situações de erro. - Conhecer as situações que mais provocam erros e modificar a interface para que estes erros não ocorram. f) 6º Heurística – Minimizar a sobrecarga de memória do usuário - O sistema deve mostrar os elementos de diálogo e permitir que o usuário faça suas escolhas, sem a necessidade de lembrar um comando específico. g) 7º Heurística – Atalhos - Para usuários experientes executarem as operações mais rapidamente. - Abreviações, teclas de função, duplo clique no mouse, função de volta em sistemas hipertexto. - Atalhos também servem para recuperar informações que estão numa profundidade na árvore navegacional a partir da interface principal. h) 8º Heurística – Diálogos simples e naturais - Deve-se apresentar exatamente a informação que o usuário precisa no momento, nem mais nem menos. - A seqüência da interação e o acesso aos objetos e operações devem ser compatíveis com o modo pelo qual o usuário realiza suas tarefas. i) 9º Heurística – Boas mensagens de erro - Linguagem clara e sem códigos. - Devem ajudar o usuário a entender e resolver o problema. - Não devem culpar ou intimidar o usuário.
70. j) 10º Heurística – Ajuda e documentação - O ideal é que um software seja tão fácil de usar (intuitivo) que não necessite de ajuda ou documentação. - Se for necessária a ajuda deve estar facilmente acessível on-line. Se uma empresa seguir essas heurísticas na criação e manutenção de seus websites, seguramente agradará aos seus clientes/usuários, uma vez quem estes encontrarão tudo o que procuram e irão se sentir bem confortáveis e seguros ao navegar pela página. Um usuário intimidado dificilmente retornará ao website e com isso a empresa terá muitas perdas em usuários potenciais.
71. 10 PROFISSIONAIS ESPECIALISTAS EM INFORMAÇÃO Muito já foi abordado quanto à tipologia e uso de SI, bem como a AI centrada no usuário, a gestão da informação e do conhecimento. Mas, não se pode esquecer dos profissionais que tornam tudo isso possível, o Profissional Especialista em Informação (PEI). A era digital provoca mudanças de perfis referentes aos profissionais que selecionam, organizam, recuperam e disseminam a informação. E, considerando principalmente a comunicação realizada por meio de redes de computadores, onde trafegam informações no formato digital. (BLATTMAN, 2000. p.2.) Será utilizado o conceito de PEI para profissionais mediadores advindos da Ciência da Informação que gerenciam a informação e a tornam acessível ao cliente/usuário, visto que, o termo profissionais da informação pode gerar uma série de ambigüidades quanto a formação acadêmica e as práticas de profissionais de outras áreas. A informação permeia todas as áreas do conhecimento, sendo produzida, utilizada e constantemente transformada gerando conhecimento, porém, os únicos profissionais que se interessam por toda a cadeia de informação (criação, captação, processamento, disseminação e uso) são os que de alguma forma estão ligados a CI, portanto, especialistas em informação. Muitas são as denominações desses profissionais, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO 2612 (ANEXO A) para a área de Biblioteconomia tem-se: Bibliotecário, Bibliógrafo, Biblioteconomista, Cientista de informação, Consultor de informação, Especialista de informação, Gerente de informação, Gestor de informação, Documentalista, Analista de documentação, Especialista de documentação, Gerente de documentação, Supervisor de controle de processos documentais, Supervisor de controle documental, Técnico de documentação, Técnico em suporte de documentação, Analista de informações (pesquisador de informações de rede). E a CBO 2613 para as áreas de Arquivologia e Museologia tem-se: Arquivista, Administrador de arquivos, Encarregado de serviço de arquivo médico e estatística, Especialista em documentação arquivística, Especialista em organização de arquivos, Gestor de documentos.
72. Existem ainda denominações não formalizadas como Gestores do conhecimento, Arquitetos de informação, Infomediadores, Engenheiros da informação, Info designers etc. Independentemente da denominação profissional, pode-se dizer que os PEI são responsáveis por: Disponibilizar a informação em qualquer suporte; gerenciam unidades como bibliotecas, centros de documentação, centros de informação e correlatos, além de redes e sistemas de informação. Tratam tecnicamente e desenvolvem recursos informacionais; disseminam informação com o objetivo de facilitar o acesso e geração do conhecimento; desenvolvem estudos e pesquisas; realizam difusão cultural; desenvolvem ações educativas. Podem prestar serviços de assessoria e consultoria. (BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego, c2008) O PEI é imprescindíveis na gestão do SI e na orientação da AI ao cliente/usuário, pois, esses profissionais acompanham todo o fluxo de informação na empresa, filtram e disseminam informações com relevância e pertinência para as ações empresariais. Quanto à formação acadêmica destes profissionais têm ocorrido transformações na relação conhecimento-educação-emprego nas universidades brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Ensino em Ciência da Informação - ABECIN: Para que se possa delimitar mais especificamente o que se concebe por formação profissional na área, dois aspectos emergem: o perfil dos formandos e as competências e habilidades gerais e específicas a serem desenvolvidas. Tais aspectos, por sua vez, pressupõem que os pilares da educação contemporânea – aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a conhecer
– se articulem aos saberes para a Educação do amanhã. Com isso o processo educativo deverá valorizar mais a produção do conhecimento do que a sua transmissão ou disseminação. Segundo Lima (2004) (...) o aluno deverá ser visto e tratado como sujeito do seu próprio desenvolvimento, de quem não se deve cobrar memorização, mas capacidade de interpretação, julgamento de sentido e relação com o social e o vivido.
73. A pesquisa deverá atuar como base da formação e da prática acadêmica e a ABECIN tem defendido em suas oficinas de trabalho orientações e a nova estrutura de ensino de graduação dos cursos de Biblioteconomia e de Ciência da Informação para agir criticamente no contexto da Sociedade Pós-Industrial. Conseqüentemente, a adequada capacitação de profissionais de informação para atender a empresas/indústrias merece ser contemplada de forma mais contundente nas políticas industriais, de ciência e tecnologia e de informação. (MONTALI, 1997. p. 290) Para lidar com a gestão da informação dentro do SI e atuar como arquiteto de informação os PEI (bibliotecários e arquivistas) precisam investir em cursos de extensão e pós-graduação para complementar a formação acadêmica, pois o contexto dinâmico da informação e do conhecimento exige profissionais cada vez mais capacitados e com conhecimento em TI e em gestão, dois atributos imprescindíveis àqueles que serão gestores do SI. Embora as escolas formadoras desses profissionais possuam ainda postura tradicionalista ou ainda esta em fase de transição, muitos profissionais especialistas em informação tem se destacado em SI e AI, visto que o conhecimento específico das áreas de Biblioteconomia e Arquivologia são fundamentos e pré- requisitos básicos para o sucesso na Sociedade Pós-Industrial. Todos os profissionais advindos da CI possuem conhecimento em: a) processos de transferência de informação; b) fluxos de informação; c) representação descritiva; d) gerenciamento de documentos e informações; e) estruturação e modelagem de metadados; f) foco no cliente/usuário g) trabalho em equipe h) taxonomias e organização do conhecimento.

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