Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
CAPÍTULO 3 – CONDUÇÃO UNIDIMENSIONAL EM REGIME ESTACIONÁRIO – PARTE 1 DISCIPLINA: TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1 PROF. DR. SANTIAGO DEL RIO OLIVEIRA • UNIDIMENSIONAL: apenas uma variável é necessária para descrever a variação espacial da variável temperatura. • ESTACIONÁRIO: a temperatura, em cada ponto do sistema, é independente do tempo. • OBJETIVOS: 1.Determinar o campo de temperaturas para geometrias de interesse, tais como parede plana, cilindro e esfera, sem e com efeitos de geração interna de calor. 2.Determinar a taxa de transferência de calor para os casos acima. 3.Tratar o problema da condução unidimensional em aletas, ou seja: obter a distribuição de temperaturas, a taxa de transferência de calor e calcular parâmetros de desempenho. 3.1 A PAREDE PLANA 1.Convecção do fluido quente a 1,∞T para uma superfície da parede a .1,sT 2.Condução através da parede. 3.Convecção da outra superfície da parede a 2,sT para o fluido frio a .2,∞T 3.1.1 DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURAS • Equação de difusão em coordenadas cartesianas: } 876 & 4847648476 0 0 00 = = == ∂ ∂ =+ ∂ ∂ ∂ ∂ + ∂ ∂ ∂ ∂ + ∂ ∂ ∂ ∂ t T cq z Tk zy Tk yx Tk x pρ • Para condução unidimensional em x, regime estacionário e sem geração interna de calor obtém-se: 0= dx dTk dx d • Com isso, o fluxo de calor é constante e independente de x. • Para k constante, a equação diferencial ordinária anterior pode ser integrada duas vezes para se obter a solução geral: ⇒= ∫∫ dxdxdx dT dx d 0 1Cdx dT = ⇒= ∫∫ dxCdxdx dT 1 ( ) 21 CxCxT += • As constantes de integração 1C e 2C podem ser obtidas pela aplicação de condições de contorno de primeira espécie em 0=x e Lx = , ou seja: ( ) 1,0 sTxT == e ( ) 2,sTLxT == • Substituindo as condições anteriores na solução geral obtém-se: L TT C ss 1,2,1 − = e 1,2 sTC = • Substituindo as expressões 1C e 2C na solução geral, obtém-se a solução particular para a distribuição de temperaturas na parede: ( ) ( ) 1,1,2, sss TL xTTxT +−= • Fica evidente que a temperatura varia linearmente com x. • Taxa de transferência de calor por condução (lei de Fourier): ⇒ − −=−=−= L TT kAkAC dx dTkAq ssx 1,2, 1 ( )2,1, ssx TTL kAq −= • Fluxo de calor por condução: ⇒= A qq xx " ( )2,1," ssx TTL kq −= • Tanto xq quanto " xq são constantes, independentes de x. 3.1.2 RESISTÊNCIA TÉRMICA • Para transferência de calor unidimensional sem geração interna de energia e com propriedades constantes, existe uma analogia entre difusão de calor e de carga elétrica. :I taxa de transferência de elétrons :xq taxa de transferência de calor :V∆ diferença de potencial :T∆ diferença de temperatura :eR resistência elétrica :tR resistência térmica I VRe ∆ = (lei de Ohm) x t q TR ∆= • Resistência térmica para condução em uma parede plana: ( ) ⇒=∆=−⇒−= kA L q T q TT TT L kAq xx ss ssx 2,1, 2,1, kA LR condt =, • Resistência térmica para convecção em uma superfície: ( ) ⇒=∆=−⇒−= ∞ ∞ hAq T q TTTThAq convconv S Sconv 1 hA R convt 1 , = • Resistência térmica para radiação em uma superfície: ( ) ⇒=∆=−⇒−= Ahq T q TTTTAhq rradrad vizS vizSrrad 1 Ah R r radt 1 , = • Representações na forma de circuitos térmicos são úteis tanto para conceituação quanto para quantificação de problemas de transferência de calor. • Para a parede plana com convecção nas duas superfícies a taxa de transferência de calor pode ser determinada por: Ah TT kA L TT Ah TT q ssssx 2 2,2,2,1, 1 1,1, 11 ∞∞ − = − = − = • Em termos da diferença de temperaturas global 2,1, ∞∞ −TT e da resistência térmica total tottR , a taxa de transferência de calor é: AhkA L Ah TT R TT q tott x 21 2,1, , 2,1, 11 ++ − = − = ∞∞∞∞ • As resistências térmicas convectiva e radiante em uma superfície atuam em paralelo. 3.1.3 A PAREDE COMPOSTA • A taxa de transferência de calor para esse sistema é: AhAk L Ak L Ak L Ah TT R TT q C C B B A At x 41 4,1,4,1, 11 ++++ − = − = ∞∞∞∞ ∑ • Para cada elemento do sistema tem-se: Ah TT Ak L TT Ak L TT Ak L TT Ah TT q s C C s B B A A ss x 4 4,4,4,33221, 1 1,1, 11 ∞∞ − = − = − = − = − = • Em sistemas compostos, é comum a utilização de um coeficiente global de transferência de calor U , definido por uma expressão análoga à lei do resfriamento de Newton: TUAqx ∆= • T∆ é a diferenças de temperatura global e comparando ∑∆= tx RTq com TUAqx ∆= obtém-se: AR U t∑ = 1 • Para a parede plana mostrada anteriormente tem-se: 41 11 11 hk L k L k L h AR U C C B B A At ++++ == ∑ • De maneira geral pode-se escrever que: UAq TRR ttot 1 = ∆ ==∑ • Paredes compostas também podem ser caracterizadas por configurações série-paralelo: 3.1.4 RESISTÊNCIA DE CONTATO • Em sistemas compostos, a queda de temperatura entre as interfaces dos diversos materiais pode ser considerável. • Isso é devido à resistência térmica de contato, ctR , . " " , x BA ct q TTR −= • A resistência de contato existe devido aos efeitos da rugosidade da superfície. • Existem pontos de contato (condução) e interstícios preenchidos com ar (condução e/ou radiação). • A resistência de contato inclui duas resistências em paralelo. • Redução da resistência de contato: 1. Aumento na pressão de contato. 2. Redução da rugosidade das superfícies. 3. Fluido interfacial com elevado k . 4. Inclusão de metais macios (índio, chumbo, estanho, prata). 5. Graxas térmicas a base de silício. • Resultados para " ,ctR foram obtidos experimentalmente. Resistência térmica de contato para (a) interfaces metálicas sob condições de vácuo e (b) interface de alumínio (rugosidade superficial de 10 mm, 105 N/m2) com diferentes fluidos interfaciais • Muitas aplicações envolvem o contato entre sólidos diferentes e/ou uma ampla variedade de possíveis materiais intersticiais. Resistência térmica em interfaces sólido/sólido representativas 3.2 UMA ANÁLISE ALTERNATIVA DA CONDUÇÃO • Para condições de condução unidimensional em regime estacionário, sem geração de calor e sem perda de calor pelas superfícies laterais, a taxa de transferência de calor xq é uma constante, ou seja, dxxx qq += . • Esse resultado é conseqüência da conservação da energia e deve ser válido mesmo se ( )xAA = e ( )Tkk = . • Assim, a Lei de Fourier pode ser aplicada sem o conhecimento de xq e ( )xT . ( ) ( ) ⇒−= dx dT xATkqx ( ) ( )dTTkxA dxq T T x x x ∫∫ −= 00 • Se ( ),xAA ≠ ( )Tkk ≠ e 1TT = em 1xx = obtém-se: ( ) ( )⇒−−=− 0101 TTkA xxqx Tk A xqx ∆−=∆ 3.3 SISTEMAS RADIAIS • Em sistemas cilíndricos e esféricos, podem existir gradientes de temperatura somente na direção radial, o que possibilita analisá- los como unidimensionais. 3.3.1 O CILINDRO • Equação de difusão em coordenadas cilíndricas: } 876 & 484764484476 00 00 2 11 = = == ∂ ∂ =+ ∂ ∂ ∂ ∂ + ∂ ∂ ∂ ∂ + ∂ ∂ ∂ ∂ t T cq z Tk z Tk rr Tkr rr pρφφ • Para condução unidimensional em r, regime estacionário e sem geração interna de calor obtém-se: 01 = dr dTkr dr d r • Taxa na qual energia é conduzida em qualquer superfície interior: ( ) dr dT rLk dr dTkAqr pi2−=−= • Com isso, a taxa de transferência de calor rq (não o fluxo de calor "rq ) é uma constante na direção radial. • Para k constante, a equação diferencial ordinária anterior pode ser integrada duas vezes para se obter a solução geral: ⇒= ∫∫ drdrdr dT r dr d 0 r C dr dT 1 = ⇒= ∫∫ dr r Cdr dr dT 1 ( ) 21 ln CrCrT += • As constantes de integração 1C e 2C podem ser obtidas pela aplicação de condições de contorno de primeira espécie em 1rr = e 2rr = , ou seja: ( ) 1,1 sTrrT == e ( ) 2,2 sTrrT == • Substituindo as condições anteriores na solução geral obtém-se: ( )21 2,1, 1 ln rr TT C ss − = e ( ) 221 2,1, 2,2 lnln r rr TT TC sss − −= • Substituindo as expressões 1C e 2C na solução geral, obtém-se a solução particular para a distribuição de temperaturas na parede cilíndrica: ( ) ( ) 2,221 2,1, ln ln s ss T r r rr TT rT + − = • A distribuição de temperatura é logarítmica, e não linear. • Taxa de transferência de calor (lei de Fourier): ( ) ( ) ( )⇒ − −=−= 21 2,1, ln 22 rrr TT rLk dr dT rLkq ssr pipi ( ) ( )12 2,1, ln 2 rr TTLk q ssr − = pi • Resistência térmica de condução na parede cilíndrica: ( ) Lk rrR condt pi2 ln 12 , = • Para a parede cilíndrica composta mostrada abaixo e desprezando as resistências de contato: ( ) ( ) ( ) 44 342312 11 4,1, 2 1 2 ln 2 ln 2 ln 2 1 LhrLk rr Lk rr Lk rr Lhr TT q CBA r pipipipipi ++++ − = ∞∞ • Para cada elemento do sistema tem-se: ( ) ( ) ( ) 44 4,4, 34 4,3 23 32 12 21, 11 1,1, 2 1 2 ln 2 ln 2 ln 2 1 Lhr TT Lk rr TT Lk rr TT Lk rr TT Lhr TT q s C s BA ss r pipipipipi ∞∞ − = − = − = − = − = • Em termos de um coeficiente global de transferência de calor: ( )4,1,4,1, ∞∞∞∞ −=−= TTUAR TT q tot r • Como a área A varia, U pode ser definido de maneira arbitrária. • Em termos de LrA 11 2pi= tem-se: 44 1 3 41 2 31 1 21 1 1 1 1lnlnln1 11 hr r r r k r r r k r r r k r h AR U CBA tot ++++ == • Em termos de LrA 22 2pi= tem-se: 44 2 3 42 2 32 1 22 11 22 2 1lnlnln1 11 hr r r r k r r r k r r r k r hr rAR U CBA tot ++++ == • Em termos de LrA 33 2pi= tem-se: 44 3 3 43 2 33 1 23 11 33 3 1lnlnln1 11 hr r r r k r r r k r r r k r hr rAR U CBA tot ++++ == • Em termos de LrA 44 2pi= tem-se: 43 44 2 34 1 24 11 44 4 1lnlnln1 11 hr r k r r r k r r r k r hr rAR U CBA tot ++++ == • Deve ser notado que: ( ) 144332211 −∑==== tRAUAUAUAU 3.3.2 RAIO CRÍTICO DE ISOLAMENTO PARA CILINDROS • Com o aumento da espessura do isolante em sistemas cilíndricos, surgem dois efeitos concorrentes: 1.Aumento da resistência condutiva: ( ) kL rrR icondt pi2 ln , = 2.Diminuição da resistência convectiva: ( )rLhR convt pi2 1 , = • Será que existe uma espessura de isolamento (raio crítico de isolamento) que minimize a perda de calor pela maximização da resistência total à transferência de calor? • A resistência à transferência de calor é composta pela condução no isolante e pela convecção externa. Tem-se que: ( ) ⇒+= rLhkL rrR itot pipi 2 1 2 /ln ( ) rhk rrR itot pipi 2 1 2 /ln' += • A taxa de transferência de calor por unidade de comprimento é: ( ) ( ) ⇒ + − =⇒ + − = − = ∞∞∞ rhk rr TT L q rLhkL rr TT R TTq i i i i tot i pipipipi 2 1 2 /ln 2 1 2 /ln ' ' tot i R TTq ∞−= • Uma espessura de isolamento que maximiza 'totR ou que minimiza 'q pode ser obtida fazendo 0' =drdRtot . Assim: ( ) 0 2 1 2 1 2 1 2 ln 2 ln 2 1 2 /ln 2 ' =−= +−= += hrkrrhk r k r dr d rhk rr dr d dr dR iitot pipipipipipipi h k r = • Para verificar se hkr = é um ponto de máximo ou ponto de mínimo pode-se utilizar a derivada segunda, ou seja: 1. Se ( ) 02'2 > = hkrtot drRd , hkr = é ponto de mínimo. 2. Se ( ) 02'2 < = hkrtot drRd , hkr = é ponto de máximo. • Desse modo: hrkrdr Rd tot 322 '2 1 2 1 pipi +−= • Ou, em hkr = , ( ) 02 111 22 '2 > −= = kkhkdr Rd hkr tot pi • Assim, hkr = minimiza a resistência total, e uma espessura ótima do isolante não existe. • Faz mais sentido pensar em um raio crítico de isolamento, hkrcr = , que maximiza a transferência de calor, ou seja: 1.Abaixo de hkrcr = , 'q aumenta com o aumento de r . 2.Acima de hkrcr = , 'q diminui com o aumento de r . • Exemplo: 055,0=k W/m.K; 5=h W/m.K; 5=ir mm mm 11 m 011,0 5 055,0 ==== h k rcr 5 10 15 20 0 1 2 3 4 5 6 7 r cr r (mm) R t o t [ K / W ] R cond R conv Rtot 3.3.3 A ESFERA • Equação de difusão em coordenadas esféricas: } 876 & 4444 84444 76444 8444 76 00 0 2 0 22 2 2 sensen 1 sen 11 = = == ∂ ∂ =+ ∂ ∂ ∂ ∂ + ∂ ∂ ∂ ∂ + ∂ ∂ ∂ ∂ t T cqTk r Tk rr Tkr rr pρθθθθφφθ • Para condução unidimensional em r, regime estacionário e sem geração interna de calor obtém-se: 01 22 = dr dTkr dr d r • Taxa na qual energia é conduzida em qualquer superfície interior: ( ) dr dT rk dr dTkAqr 24pi−=−= • Com isso, a taxa de transferência de calor rq (não o fluxo de calor "rq ) é uma constante na direção radial. • Para k constante, a equação diferencial ordinária anterior pode ser integrada duas vezes para se obter a solução geral: ⇒= ∫∫ drdrdr dT r dr d 02 21 − = rC dr dT ⇒= ∫∫ − drrCdr dr dT 2 1 ( ) 21 C r C rT +−= • As constantes de integração 1C e 2C podem ser obtidas pela aplicação de condições de contorno de primeira espécie em 1rr = e 2rr = , ou seja: ( ) 1,1 sTrrT == e ( ) 2,2 sTrrT == • Substituindo as condições anteriores na solução geral obtém-se: ( ) ( ) − − −= 21 2,1, 1 11 rr TT C ss e ( ) ( ) − − −= 21 2,1, 2 2,2 11 1 rr TT r TC sss • Substituindo as expressões 1C e 2C na solução geral, obtém-se a solução particular para a distribuição de temperaturas na parede esférica: ( ) ( ) ( ) 2,221 2,1, 11 11 s ss T rrrr TT rT + − − − = • A distribuição de temperatura é hiperbólica, e não linear. • Taxa de transferência de calor (lei de Fourier): ( ) ( ) ( ) ( ) ⇒ −−=−= −221 2,1,2 1124 rrr TT rLk dr dT rkq ssr pipi ( ) ( ) ( )21 2,1, 11 4 rr TTk q ssr − − = pi • Resistência térmica de condução na parede esférica: −= 21 , 11 4 1 rrk R condt pi • Para a parede esférica composta mostrada abaixo e desprezando as resistências de contato: 4 2 44332211 2 1 4,1, 4 111 4 111 4 111 4 1 4 1 hrrrkrrkrrkhr TT q CBA r pipipipipi + −+ −+ −+ − = ∞∞ • Para cada elemento do sistema tem-se: 4 2 4 4,4, 43 4,3 32 32 21 21, 1 2 1 1,1, 4 111 4 111 4 111 4 1 4 1 hr TT rrk TT rrk TT rrk TT hr TT q s C s BA ss r pipipipipi ∞∞ − = − − = − − = − − = − = • Em termos de um coeficiente global de transferência de calor: ( )4,1,4,1, ∞∞∞∞ −=−= TTUAR TT q tot r • Como a área A varia, U pode ser definido de maneira arbitrária. • Em termos de 211 4 rA pi= tem-se: 424 2 1 43 2 1 32 2 1 21 2 1 1 1 1 11111111 11 hr r rrk r rrk r rrk r h AR U CBA tot + −+ −+ −+ == • Em termos de 222 4 rA pi= tem-se: 424 2 2 43 2 2 32 2 2 21 2 2 121 2 22 2 11111111 11 hr r rrk r rrk r rrk r hr rAR U CBA tot + −+ −+ −+ == • Em termos de 233 4 rA pi= tem-se: 424 2 3 43 2 3 32 2 3 21 2 3 121 2 33 3 11111111 11 hr r rrk r rrk r rrk r hr rAR U CBA tot + −+ −+ −+ == • Em termos de 244 4 rA pi= tem-se: 443 2 4 32 2 4 21 2 4 121 2 44 4 11111111 11 hrrk r rrk r rrk r hr rAR U CBA tot + −+ −+ −+ == • Deve ser notado que: ( ) 144332211 −∑==== tRAUAUAUAU 3.3.4 RAIO CRÍTICO DE ISOLAMENTO PARA ESFERAS • Com o aumento da espessura do isolante em sistemas esféricos, surgem dois efeitos concorrentes: 1.Aumento da resistência condutiva: −= rrk R condt 11 4 1 1 , pi 2.Diminuição da resistência convectiva: hr R convt 2, 4 1 pi = • Será que existe uma espessura de isolamento (raio crítico de isolamento) que minimize a perda de calor pela maximização da resistência total à transferência de calor? • A resistência à transferência de calor é composta pela condução no isolante e pela convecção externa. Tem-se que: hrrrk Rtot 21 4 111 4 1 pipi + −= • A taxa de transferência de calor é: hrrrk TT R TTq i tot i 21 4 111 4 1 pipi + − − = − = ∞∞ • Uma espessura de isolamento que maximiza totR ou que minimiza q pode ser obtida fazendo 0=drdRtot . Assim: 0 4 2 4 1 4 111 4 1 3221 =−= + −= hrkrhrrrkdr d dr dRtot pipipipi h k r 2 = • Para verificar se hkr 2= é um ponto de máximo ou ponto de mínimo pode-se utilizar a derivada segunda, ou seja: 1. Se ( ) 0222 >= hkrtot drRd , hkr 2= é ponto de mínimo. 2. Se ( ) 0222 <= hkrtot drRd , hkr 2= é ponto de máximo. • Desse modo: hrkrdr Rd tot 432 2 2 3 2 1 pipi +−= • Ou, em hkr 2= , ( ) 02 31 22 1 3 2 2 2 > +−= = kkhkdr Rd hkr tot pi • Assim, hkr 2= minimiza a resistência total, e uma espessura ótima do isolante não existe. • Faz mais sentido pensar em um raio crítico de isolamento, hkrcr 2= , que maximiza a transferência de calor, ou seja: 1.Abaixo de hkrcr 2= , q aumenta com o aumento de r . 2.Acima de hkrcr 2= , q diminui com o aumento de r . • Exemplo: 055,0=k W/m.K; 5=h W/m.K; 5=ir mm mm 22 m 022,0 5 055,0.22 ==== h k rcr 5 10 15 20 25 30 0 100 200 300 400 500 600 700 r cr r (mm) R t o t [ K / W ] R cond R conv Rtot 3.4 RESUMO DOS RESULTADOS DA CONDUÇÃO UNIDIMENSIONAL Soluções unidimensionais, em regime estacionário, da equação do calor sem geração de energia térmica.