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1 Introdução à metalurgia dos não ferrosos DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA 2 Divisões da Metalurgia A metalurgia pode ser dividida nas seguintes áreas: Metalurgia física (propriedades) Metalurgia mecânica (conformação) Metalurgia extrativa (produção do metal) E n g . M e t a l ú r g i c a 3 Concentração Nas operações de metalurgia extrativa o minério é recebido da mesma forma que ele é encontrado mina e, por isso, normalmente, esse deve ser submetido a alguma operação que permita separar os minerais de valor da ganga. - redução de tamanho. - flotação. 4 • Ustulação • Calcinação • Redução • Lixiviação • Eletrorrefino • Precipitação • Fusão • Refino ao fogo • Eletroobtenção • Extração por solvente Metalurgia Extrativa 5 Metalurgia Extrativa Metalurgia extrativa é a ciência de extração de metais de seu minérios, concentrados ou rejeitos por métodos químicos. Ela é dividida em três ramos: • Hidrometalurgia:Técnologia de extração de metais por métodos aquosos. (baixas temperaturas) • Pirometalurgia: Técnologia de extração de metais por métodos térmicos a seco. (altas temperaturas) • Eletrometalurgia: Técnologia de extração de metais por métodos envolvendo eletricidade. 6 Metalurgia extrativa ferrosos pirometalurgia hidrometalurgia pirometalurgia não ferrosos Latão Níquel 7 Fluxogramas Os processos ou combinações de processos que são utilizados em uma dada planta industrial são ilustrados, convenientemente, através de um fluxograma. Para a produção de um mesmo metal um fluxograma pode variar devido à: - minérios com diferentes composições. - diferentes fornecimentos de energia. - diferentes demandas para o produto final. - plantas de diferentes tamanhos. 8 9 10 Os principais tipos minérios são: - óxidos (hematita - Fe2O3) - sulfetos (calcocita – Cu2S) - silicatos (Willemite – Zn2SiO4) Franklinit (Fe,Mn,Zn)(Fe,Mn)2O4 Cuprite (CuO) ChalcopyriteBornite (Cu5Fe S4) Kyanite (Al2SiO5) Willemite (Zn2SiO4) 11 • O tratamento proposto para um minério é feito de acordo com a natureza química da matéria prima. • As tendências da metalurgia extrativa é sempre processar minérios que se tornam cada vez mais pobres e produzir metais com pureza elevada. (O que não era minério ontem pode ser hoje!!!) • Para que a extração de um determinado metal seja feita, torna-se necessário conhecer a natureza do minério, isto é, se ele é óxido, sulfeto, fosfato, silicato, etc. • A pureza exigida para o produto final é de extrema importância. 12 Operações Unitárias e Processos Unitários • Operação unitária: Etapa de uma planta industrial onde o processo envolvidos é um processo físico. • Processos unitários: Etapa de uma planta industrial onde o processo envolvido é um processo químico. 13 Hidrometalurgia & Pirometalurgia 14 Hidrometalurgia & Pirometalurgia Processos pirometalurgicos são mais viáveis quando trabalhamos com minérios com alto teor e baixo nível de impureza (As, Pb, Hg, F-). Devido ao iminente esgotamento das reservas tradicionais de alto teor, a atenção dos metalurgistas se voltou para o tratamento de minérios com baixo teor. Problemas gerados pela extensiva moagem e flotação, fontes complexas entre outros acabam por inviabilizar a pirometalurgia para o tratamento desses minérios. 15 Vantagens e desvantagens dos processos hidrometalúrgicos e pirometalúrgicos - Tratamento de minérios de baixo teor - Tratamento de minérios complexos - Disposição dos resíduos - Disposição de efluentes - Geração de SO2 - Custo operacional - Plantas processuais - Cinética 16 • Tratamento de minérios complexos O tratamento de minérios complexos por métodos pirometalúrgicos é inapropriado contudo, apropriado para processos hidrometalúrgicos. • Tratamento de minérios de baixo teor Tratamento de minérios de baixo teor por pirometalurgia é inapropriado por causa da grande quantidade de energia necessária para fundir a ganga. Por outro lado, esses minérios são especialmente apropriados para extração por processos hidrometalúrgicos (podemos utilizar agentes lixiviantes específicos). Clique aqui 17 • Disposição dos resíduos Resíduos de processos pirometalúrgicos são, normalmente, de maior granulometria e inertes (ex: escória). Resíduos de processos hidrometalúrgicos são sólidos finamente divididos que podem criar problemas quando secos e se molhados podem acabar sendo lixiviados (são não inertes). • Disposição dos efluentes Os efluentes pirometalúrgicos são gases e os efluentes dos processos hidrometalúrgicos são líquidos. Clique aqui 18 • Geração de SO2 Processos pirometalúrgicos: SO2 Processos hidrometalúrgicos: So ou SO42- • Custo operacional Custos de processos pirometalúrgicos aumentam a uma maior velocidade para operações em menores escalas quando comparados com processos hidrometalúrgicos. Clique aqui 19 • Plantas processuais A engenharia de plantas hidrometalúrgicas é mais complexa, necessitando de muitos controles químicos. (pH, Eh, [íons], etc) Jarosita [KFe3(OH)6(SO4)2] (K+, Na+, NH4+, H+) • Cinética Os processos pirometalurgicos mostram sempre vantagens cinéticas. 20 • Escolha do processo Normalmente, um metal pode ser produzido de um minério ou concentrado por mais do que um tipo de processo. No entanto, a escolha entre os diferentes processos vai depender de vários fatores: - Natureza do minério. - Localização da mina. - Pureza necessária para o produto final. (Zn do processo RLE mais puro e é utilizado em ligas, Zn produzido por processo piro é utilizado para galvanização) - Recuperação de impurezas. - Reatividade dos metais presentes no minério. 21 22 O tratamento extrativo para a maioria dos metais não- ferrosos possuem muitas características em comum tanto para o processamento piro como para o hidro. Para um melhor entendimento dos tratamentos específicos, os metais não-ferrosos podem ser divididos em reativos e não reativos. Metais não-reativos: Cu, Ni, Pb, Co, Au e Ag Metais reativos: Al, Ti, Mg, Zn e U 23 M e t a i s r e a t i v o s M e t a i s n ã o r e a t i v o s 24 25 Processos Pirometalúrgicos 26 Pode-se estudar os processos pirometalúrgicos sobre dois pontos de vista: 1- Aspectos Químicos 2- Aspectos de Engenharia Antes de discutir esses aspectos, vamos primeiro discutir a importância da formação de fases imiscíveis nos processos pirometalurgicos. 27 Formação de fases imiscíveis Durante a fusão de um determinado minério, os silicatos, os sulfetos, os arsenatos e os metais formam, cada um, uma fase fundida individual. Todas essas fases estão presentes quando se funde o óxido de chumbo (obtido pela oxidação do sulfeto de chumbo) na presença de carbono. Nem sempre todas as fases estão presentes no processo, os sistemas mais comuns são metal/escória e mate/escória. 28 Fusão da carga Para facilitar o processo de fusão, um “flux” é normalmente adicionado visando à combinação desse com os componentes com alto ponto de fusão e, dessa forma, dar origem a uma escória com baixo ponto de fusão. CaO SiO2 29 Escória São denominados óxidos básicos aqueles que fornecem íons oxigênio: MO � M2+ + O2- Um óxido ácido será aquele que absorve o oxigênio fornecido pelo óxido básico: SiO2 + 2O2-� SiO44- 30 31 Uma escória é considerada ácida se é rica em SiO2 e básica se é pobre em SiO2(rica em óxidos básicos). 32 Existe um outro grupo de componentes em minérios que possuem a capacidade de combinar com escórias ácidas e escórias básicas, esses são chamados óxidos anfóteros. [ ]1326232 23 OSiAlSiOOAl →+ Nesse caso, o óxido de alumínio fornece íons de oxigênio de acordo com a reação: Al2O3� 2Al3+ + 3O2- 33 O óxido de alumínio pode também reagir com um óxido básico, como o CaO, para formar aluminato de cálcio: [ ]4232 OAlCaCaOOAl →+ Nesse caso, o óxido de alumínio reage como um óxido ácido: 2Al3+ + 3O2-� Al2O3 34 Em processos pirometalurgicos, escórias são produzidas em grandes quantidades. Dessa forma, essa pode ser disposta em uma das seguintes formas: • Coletada em panelas e transportadas até as pilhas. • Granuladas e em seguidas transportadas através de correias até as pilhas Escórias com altos teores de metal de valor são recirculadas ou tratadas. 35 Os seguintes fatores influenciam a fluidez de uma escória: Temperatura: Quanto maior a temperatura maior a fluidez da escória. Composição: Como mostrado anteriormente, a viscosidade da escória pode aumentar ou diminuir de acordo com o óxido presente. Escórias possuem pequena condutividade elétrica: Isso demonstra seu caráter iônico. Essa propriedade é utilizada industrialmente para o aquecimento da carga, isto é quando eletrodos são imersos em uma escória fundida e uma corrente é passada pela mesma, a temperatura da escoria aumenta permitindo fundir a carga 36 Clique aqui 37 38 Aspectos de Engenharia 1. Transferência de calor 2. Compactação de pó 3. Separação sólido gás 4. Oxidação em fase sólida 5. Oxidação em fase fundida 6. Reações metalotérmicas Operações normalmente utilizadas para a produção de metais “comuns” – Fe, Cu, Pb, Zn, Ni, Sn e Hg 39 Transferência de calor A utilização de minérios de baixo teor levam a necessidade de uma etapa de beneficiamento antes da introdução do material ao forno. Esse material não pode ser adicionado dessa forma no Alto-forno devido a dificuldade da fase gasosa atravessar um leito não poroso. Isso levou à: – Introdução de novos tipos de fornos – Compactação de pós para a utilização em Alto- forno Clique aqui 40 • Separação Sólido Gás: Uma vez que se utiliza de material fino na alimentação dos fornos, a retirada de material particulado dos gases de saída é de fundamental importância nos processos pirometalúrgicos. • Oxidação de uma fase sólida: Operação de extrema importância para o tratamento de minerais sulfetados. • Oxidação em fase fundida: Operação de conversão da mate a cobre blister. Clique aqui 41 A redução metalotérmica é uma operação especial utilizada para a produção de “metais reativos” – Metais que não podem ser reduzidos pelo carbono ou hidrogênio. 42 Aspectos Químicos 1. Tratamento preliminar 2. Separação do metal 3. Refino i) Não é necessária a presença de todas as etapas em um determinado processo (Minérios com alto teor podem ser reduzidos diretamente) ii) Algumas técnicas podem ser utilizadas nas três etapas (cloração). 43 44 45