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HERANÇA MULTIFATORIAL A GENÉTICA DAS DOENÇAS COMUNS Genética Humana (BIO 228) Farmácia – 2011 merari@usp.br IB-USP Depto de Genética e Biologia Evolutiva Profa. Dra. Merari F.R. Ferrari CLASSIFICAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS Qualitativa ou descontínua: monogênica, pouco influenciado pelo ambiente Quantitativa ou contínua: poligênica, influenciado pelo ambiente Semicontínua ou quase-contínuas: multifatorial (genética e ambiental) CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS (aulas anteriores) •Herança monogênica (dominante, recessiva, ligada ao X) •Fenótipos marcadamente diferentes (afetado/não afetado) •Distribuição descontínua (poucos fenótipos) •Um ou poucos genes em 1 ou 2 locos •Pouco efeito ambiental •Herdabilidade alta (50%, 25%, 12,5%) •Herdabilidade diminui à metade em cada geração AaP F1 F2 A A 50% 25% CLASSIFICAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS Qualitativa ou descontínua: monogênica, pouco influenciado pelo ambiente Quantitativa ou contínua: poligênica, influenciado pelo ambiente Semicontínua ou quase-contínuas: multifatorial (genética e ambiental) doenças CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS OU CONTÍNUAS •Poligenes ou QTLs (loco de característica quantitativa): - genes com pequeno efeito para um determinado caráter - suplementam uns aos outros produzindo efeitos quantitativos - efeitos mensuráveis •Fenótipos com pouca diferença entre si - distribuição populacional contínua - curva normal - muitos fenótipos intermediários - caracteres mensuráveis •Bastante influenciada pelo ambiente •Herdabilidade variável (h2) Exemplos: peso, altura, cor da pele POLIGENES – INTERAÇÃO ENTRE OS GENES INTERAÇÃO ADITIVA: cada alelo contribui com um pequeno efeito fenotípico, o qual é somado aos efeitos dos demais alelos. Ex: A1A2B1B2. Os alelos de cada gene possuem efeitos iguais: A1=B1 e A2=B2. INTERAÇÃO DOMINANTE: os genótipos com genes dominantes, homozigotos ou heterozigotos, apresentam a mesma contribuição, que é maior que a contribuição dos genótipos homozigotos recessivos. Ex: AaBb. Os genótipos com alelos dominantes possuem efeitos iguais: AA = Aa = BB = Bb e aa=bb. INTERAÇÃO SOBREDOMINANTE: os genótipos heterozigotos, apresentam contribuição maior que a dos genótipos homozigotos; o desempenho do heterozigoto sai do limite dos pais. Ex: AaBb. Os genótipos AA=BB; aa=bb e Aa=Bb INTERAÇÃO SOBREDOMINANTE – HETEROSE ÉGUA JUMENTO X BURRO POLIGENES – EPISTASIA EPISTASIA DOMINANTE: a presença de alelo dominante de um gene inibe outro gene (cor da plumagem; C= colorido; c=branco); I=gene epistático C_ii= colorida C_I_= branca ccI_= branca ccii = branca EPISTASIA RECESSIVA: a presença dos alelos recessivos de um gene inibe outro gene (cor do pelo em labradores; B=preto; b=marrom) ; e=gene epistático B_E_=preto B_ee = bege bbE_= marrom bbee = bege INTERAÇÃO ENTRE 2 GENES: alelos de um gene inibem a ação de outro gene SUPRESSÃO: inativação de um gene mutante. Diferente da epistasia porque “restaura” o fenótipo normal. CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS OU CONTÍNUAS •Poligenes ou QTLs (loco de característica quantitativa): - genes com pequeno efeito para um determinado caráter - suplementam uns aos outros produzindo efeitos quantitativos - efeitos mensuráveis •Fenótipos com pouca diferença entre si - distribuição populacional contínua - curva normal - muitos fenótipos intermediários - caracteres mensuráveis •Bastante influenciada pelo ambiente •Herdabilidade variável (h2) Exemplos: peso, altura, cor da pele DISTRIBUIÇÃO NORMAL NA POPULAÇÃO POLIGENES = Quanto maior o número de locos envolvidos, maior a variabilidade de genótipos e fenótipos, menor a contribuição de cada loco Número de pares de alelos Número de genótipos Número de fenótipos 1 (A, a) 3 2 2 (A, a; B, b) 9 4 n 3n 2n n=20 3.486.784.401 1.048.576 (considerando dominância completa) NÚMERO DE GENES, GENÓTIPOS E FENÓTIPOS Análise das características contínuas = população Distribuição da altura DISTRIBUIÇÃO NORMAL NA POPULAÇÃO Pessoas com característica extrema e atípica Pessoas com característica extrema e atípica EXEMPLO DE CARACTERÍSTICA COM DISTRIBUIÇÃO NORMAL NA POPULAÇÃO – ALTURA EXEMPLO DE CARACTERÍSTICA COM DISTRIBUIÇÃO NORMAL NA POPULAÇÃO COR DA PELE – EFEITO AMBIENTAL (exposição ao sol) EXEMPLOS DE CARACTERÍSTICAS POLIGÊNICAS/MULTIFATORIAIS Normais Patológicas Altura Diabetes Aproveitamento escolar Dislexia Cor do cabelo Epilepsia Cor dos olhos Esquizofrenia Cor da pele Glaucoma Forma do rosto Malformações congênitas Inteligência Retardo mental Personalidade Hipertensão arterial Peso Transtorno de humor bipolar Pressão sanguínea Idade de erupção dentária EXEMPLOS DE CARACTERÍSTICAS POLIGÊNICAS/MULTIFATORIAIS Normais Patológicas Altura Diabetes Aproveitamento escolar Dislexia Cor do cabelo Epilepsia Cor dos olhos Esquizofrenia Cor da pele Glaucoma Forma do rosto Malformações congênitas Inteligência Retardo mental Personalidade Hipertensão arterial Peso Transtorno de humor bipolar Pressão sanguínea Idade de erupção dentária Aparecem ao atingir um limiar de expressão gênica CARACTERÍSTICAS SEMICONTÍNUAS (Patológicas) HERANÇA MULTIFATORIAL •Fenótipos com características de limiar •Distribuição populacional contínua •Vários genes em locos distintos •Diversidade nas influências ambientais •Herdabilidade variável (h2) Exemplos: lábio leporino, hidrocefalia CARACTERÍSTICAS SEMICONTÍNUAS (Patológicas) HERANÇA MULTIFATORIAL •Fenótipos com características de limiar Limiar: caracteriza o fenótipo descontínuo (afetado/não afetado) em uma distribuição contínua, é utilizado para definir quando o fenótipo anormal aparece. Exemplos: lábio leporino, hidrocefalia Tipo de desordem Incidência ao nascer (por 1000) Prevalência aos 25 anos (por 1000) Prevalência na população (por 1000) Relacionadas a mutações nos cromossomos 6 1,8 3,8 Relaciondas a mutações em um único gene 10 3,6 20 Relacionadas a fatores múltiplos ∼50 ∼50 ∼600 FREQUÊNCIA DAS DOENÇAS HERANÇA MULTIFATORIAL Tirar fatores ruins Colocar fatores bons • As doenças humanas podem ser causadas por fatores genéticos e ambientais que agem em conjunto • Certas condições podem ter o fator genético predominante, outras condições podem ser majoritariamente desencadeadas por fatores ambientais •A maioria das doenças são causadas pela interação entre os fatores genéticos e ambientais ESPECTRO DAS DOENÇAS HUMANAS GENÉTICA AMBIENTE Síndrome de Down Fenilcetonúria Distrofia Muscular de Duchenne Hipertensão Diabetes Escorbuto Tuberculose IDENTIFICANDO A HERANÇA MULTIFATORIAL Característica tem distribuição normal na população: Muitas classes de fenótipos Genes interagem entre si e com o meio ambiente: Fenótipo é a combinação do genótipo com o ambiente Características mostram padrão de agregação familiar: Semelhança entre parentes pode ser expressa em termos de correlação ou concordância entre gêmeos, frequência maior em parentes mais próximos Herdabilidade: Não têm padrão de herança monogênica, a frequência é bem mais baixa (2-4%) do que se determinada por um único gene (25-50%) e diminui muito à medida que se afasta do probando, não só à metade a cada geração. Informa sobre o papel dos genes na determinação do fenótipo. Recorrência: O risco de recorrência varia conforme a gravidade do defeito, o número de afetados previamente, o grau de parentesco e o gênero mais afetado. IDENTIFICANDO A HERANÇA MULTIFATORIAL Característica tem distribuição normal na população: Muitas classes de fenótipos Genes interagem entre si e com o meio ambiente: Fenótipo é a combinação do genótipo com o ambiente Características mostram padrão de agregação familiar: Semelhança entre parentes pode ser expressa em termos de correlação ou concordância entre gêmeos, frequência maior em parentes mais próximos Herdabilidade: Não têm padrão de herança monogênica, a frequência é bem mais baixa (2-4%) do que se determinada por um único gene (25-50%) e diminui muito à medida que se afasta do probando, não só à metade a cada geração. Informa sobre o papel dos genes na determinação do fenótipo. Recorrência: O risco de recorrência varia conforme a gravidade do defeito, o número de afetados previamente, o grau de parentesco e o gênero mais afetado. IDENTIFICANDO A HERANÇA MULTIFATORIAL Característica tem distribuição normal na população: Muitas classes de fenótipos Genes interagem entre si e com o meio ambiente: Fenótipo é a combinação do genótipo com o ambiente Características mostram padrão de agregação familiar: Semelhança entre parentes pode ser expressa em termos de correlação ou concordância entre gêmeos, frequência maior em parentes mais próximos Herdabilidade: Não têm padrão de herança monogênica, a frequência é bem mais baixa (2-4%) do que se determinada por um único gene (25-50%) e diminui muito à medida que se afasta do probando, não só à metade a cada geração. Informa sobre o papel dos genes na determinação do fenótipo. Recorrência: O risco de recorrência varia conforme a gravidade do defeito, o número de afetados previamente, o grau de parentesco e o gênero mais afetado. INTERAÇÃO ENTRE GENE E AMBIENTE (ex. Câncer) ALIMENTAÇÃO 35% TABACO 30% RADIAÇÕES 1% ÁLCOOL 3% OUTRAS CAUSAS 7% EXPOSIÇÃO EXCESSIVA A SOL 3% EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS 4% INFECÇÕES 10% COMPORTAMENTO SEXUAL E REPRODUTIVO 7% INTERAÇÃO ENTRE GENE E AMBIENTE (ex. Hipertensão) INTERAÇÃO ENTRE GENE E AMBIENTE (ex. Alzheimer) Filme: Diário de uma paixão IDENTIFICANDO A HERANÇA MULTIFATORIAL Característica tem distribuição normal na população: Muitas classes de fenótipos Genes interagem entre si e com o meio ambiente: Fenótipo é a combinação do genótipo com o ambiente Características mostram padrão de agregação familiar: Semelhança entre parentes pode ser expressa em termos de correlação ou concordância entre gêmeos, frequência maior em parentes mais próximos Herdabilidade: Não têm padrão de herança monogênica, a frequência é bem mais baixa (2-4%) do que se determinada por um único gene (25-50%) e diminui muito à medida que se afasta do probando, não só à metade a cada geração. Informa sobre o papel dos genes na determinação do fenótipo. Recorrência: O risco de recorrência varia conforme a gravidade do defeito, o número de afetados previamente, o grau de parentesco e o gênero mais afetado. Risco de Recorrência para os parentes de primeiro, segundo e terceiro graus do probando Doença Prevalência na população Prevalência na família Parentes 1º grau Parentes 2º grau Parentes 3º grau Fenda labial/palatina 0,001 0,04 0,007 0,003 Pé torto 0,001 0,025 0,006 0,004 AGREGAÇÃO FAMILIAR Características mostram padrão de agregação familiar: Não têm padrão de herança monogênica, a frequência é bem mais baixa (2-4%) do que se determinada por um único gene (25-50%) e diminui muito à medida que se afasta do probando, não só à metade. Risco de Recorrência para os parentes de primeiro, segundo e terceiro graus do probando Doença Prevalência na população Prevalência na família Parentes 1º grau Parentes 2º grau Parentes 3º grau Fenda labial/palatina 0,001 0,04 0,007 0,003 Pé torto 0,001 0,025 0,006 0,004 Diminui muito mais do que apenas à metade de geração à geração AGREGAÇÃO FAMILIAR Características mostram padrão de agregação familiar: Não têm padrão de herança monogênica, a frequência é bem mais baixa (2-4%) do que se determinada por um único gene (25-50%) e diminui muito à medida que se afasta do probando, não só à metade. AGREGAÇÃO FAMILIAR – RISCO RELATIVO Comparação da frequência da doença entre familiares e a prevalência na população geral. Prevalência da doença na famíllia Prevalência da doença na população r = Lambda •Quanto maior o valor de maior o risco relativo •Se =1, então um parente não é mais suscetível à doença do que qualquer indivíduo da população. Doença Prevalência na população Prevalência na família Parentes 1º grau Parentes 2º grau Parentes 3º grau Fenda labial/palatina 0,001 0,04 0,007 0,003 r=40 r=7 r=3 AGREGAÇÃO FAMILIAR – RISCO RELATIVO Risco de doenças com Agregação Familiar e Herança Multifatorial para Irmãos do probando Doença r Esquizofrenia 12 Autismo 150 Distúrbio bipolar 7 Diabetes tipo 1 35 Doença de Crohn 25 Esclerose mútipla 24 CURVAS DE SUSCETIBILIDADE DOS FAMILIARES DE AFETADOS A curva para os parentes do afetado será deslocada para a direita, portanto a incidência será maior do que na população em geral Modelo de limiar demonstrando como a suscetibilidade é maior entre os parentes próximos do indivíduo afetado em relação aos parentes mais distantes. A suscetibilidade dos parentes de primeiro grau é maior porque a distribuição dos genótipos está deslocada em relação à população em geral O deslocamento é maior nos parentes de primeiro grau em relação aos parentes de segundo grau Quanto mais distante do probando, mais se aproxima da distribuição da população. CURVAS DE SUSCETIBILIDADE DOS FAMILIARES DE AFETADOS IDENTIFICANDO A HERANÇA MULTIFATORIAL Característica tem distribuição normal na população: Muitas classes de fenótipos Genes interagem entre si e com o meio ambiente: Fenótipo é a combinação do genótipo com o ambiente Características mostram padrão de agregação familiar: Semelhança entre parentes pode ser expressa em termos de correlação ou concordância entre gêmeos, frequência maior em parentes mais próximos Herdabilidade: Não têm padrão de herança monogênica, a frequência é bem mais baixa (2-4%) do que se determinada por um único gene (25-50%) e diminui muito à medida que se afasta do probando, não só à metade a cada geração. Informa sobre o papel dos genes na determinação do fenótipo. Recorrência: O risco de recorrência varia conforme a gravidade do defeito, o número de afetados previamente, o grau de parentesco e o gênero mais afetado. HERDABILIDADE: ANÁLISE GENÉTICA DE DOENÇAS QUANTITATIVAS Componente genético da doença •Herdabilidade de uma característica é a proporção da variância total que é genética •A variância geral do fenótipo é dada pela soma das variâncias genética e ambiental •A herdabilidade traz informação sobre a importância dos fatores genéticos para o desenvolvimento da doença Como Analisar? 1) Concordância/Discordância entre parentes 2) Estudos de casos controles não relacionados à família 5) Estudos de gêmeos - concordância em gêmeos monozigóticos - concordância em gêmeos monozigóticos vs. gêmeos dizigóticos - gêmeos criados separados Compartilhamento de alelos em um locus arbitrário entre irmãos concordantes para uma doença CONCORDÂNCIA E COMPARTILHAMENTO DE ALELOS ENTRE PARENTES Sem compartilhamento genético = maior influência ambiental Compartilhamento genético total= maior influência genética ESTUDOS DE CASOS CONTROLES NÃO RELACIONADOS À FAMÍLIA Concordância em indivíduos não aparentados, mas compartilhando o mesmo ambiente: influência majoritariamente ambiental - Cônjuge, filho adotivo: genética diferente, ambiente igual ESTUDOS DE GÊMEOS Gêmeas monozigóticas que desenvolveram miopia na adolescência 1) concordância em gêmeos monozigóticos: genética 100% igual 2) concordância em gêmeos monozigóticos vs. gêmeos dizigóticos: genética diferente ou 100% igual 3) gêmeos monozigóticos criados separados: genética igual ambiente diferente HERDABILIDADE (h2) Coeficiente de Herdabilidade (h2): proporção da variação fenotípica atribuída à variação genética Considera-se: h2 > 0,5 alta h2 = 0,2 a 0,5 média h2 < 0,2 baixa Variância em pares de DZ – Variância em pares de MZ Variância em pares de DZ h2 = Característica ou Doença Índice de concordância Herdabilidade Gêmeos monozigóticos Gêmeos dizigóticos Doença afetiva bipolar 0,79 0,24 1,0 Alcoolismo 0,6 0,30 0,60 Autismo 0,92 0 1,0 Pressão arterial 0,55 0,25 0,60 Índice de massa corporal 0,95 0,53 0,84 Infarto do miocárdio (homens) 0,39 0,26 0,26 Infarto do miocárdio (mulheres) 0,44 0,14 0,60 HERDABILIDADE IDENTIFICANDO A HERANÇA MULTIFATORIAL Característica tem distribuição normal na população: Muitas classes de fenótipos Genes interagem entre si e com o meio ambiente: Fenótipo é a combinação do genótipo com o ambiente Características mostram padrão de agregação familiar: Semelhança entre parentes pode ser expressa em termos de correlação ou concordância entre gêmeos, frequência maior em parentes mais próximos Herdabilidade: Não têm padrão de herança monogênica, a frequência é bem mais baixa (2-4%) do que se determinada por um único gene (25-50%) e diminui muito à medida que se afasta do probando, não só à metade a cada geração. Informa sobre o papel dos genes na determinação do fenótipo. Recorrência: O risco de recorrência varia conforme a gravidade do defeito, o número de afetados previamente, o grau de parentesco e o gênero mais afetado. •O risco de recorrência é empírico (baseado no estudo das populações) e varia de acordo com os seguintes fatores: 1) A incidência da condição será maior quanto maior a gravidade da doença. RISCO DE RECORRÊNCIA – BASEADO NA SEVERIDADE Malformação Risco de Recorrência Fenda bilateral: lábio e palato 5,8% Fenda unilateral: lábio e palato 4,3% Fenda unilateral: lábio 2,4% Graus de comprometimento – Fissura Labiopalatal Exemplos: fenda labiopalatal, anencefalia, espinha bífida Todo embrião possui uma certa suscetibilidade para a fenda labiopalatal e defeitos do tubo neural A suscetibilidade é baixa ou alta seguindo a distribuição Gaussiana A suscetibilidade é o produto da interação dos diversos genes com os fatores ambientas no útero. Suscetibilidade para uma dada desordem 2) O risco de recorrência aumenta conforme aumenta o número de crianças previamente afetadas Se um casal tem uma criança com defeito no tubo neural (anencefalia, espinha bífida), o risco de recorrência é de 2-4% Se esse casal teve 2 crianças com defeito no tubo neural, o risco de recorrência sobre para 10% Indícios de que o casal tem alto risco de transmissão da doença. Na análise da herança multifatorial, má sorte no passado prediz má sorte no futuro. RISCO DE RECORRÊNCIA – BASEADO EM EVENTOS ANTERIORES Consideração: RISCO DE RECORRÊNCIA EM FUNÇÃO DE PROLE ANTERIOR AFETADA Herança Mendeliana: o risco de recorrência de doença recessiva é de 25% (AaxAa) e de dominante é de 50% (Aaxaa), não depende de eventos anteriores. Herança multifatorial: risco de recorrência é cerca de 4-5%, mas após 3 descendentes afetados, o risco pode chegar a 15-20% sendo possível a confusão com herança autossômica recessiva na família. 3) O risco de recorrência é maior nos parentes próximos ao afetado e decresce rapidamente em parentes mais distantes Na espinha bífida, o risco dos parentes de primeiro grau é 4%, de segundo grau é 1% e de terceiro grau é menor que 0,5% RISCO DE RECORRÊNCIA – BASEADO EM GRAU DE PARENTESCO 4) Se a condição é mais comum em indivíduos de um gênero em particular, o risco de recorrência varia conforme o sexo do indivíduo afetado •A estenose pilórica é mais comum em meninos •O limiar para afetar meninas é muito maior •Parentes de uma menina afetada têm maior suscetibilidade do que os parentes de um menino afetado RISCO DE RECORRÊNCIA – BASEADO EM GÊNERO MAIS AFETADO DIFERENÇAS NO RISCO DE RECORRÊNCIA DA ESTENOSE PILÓRICA Doença multifatorial em que meninos são mais afetados do que meninas Parentes de 1º grau Parentes de 2º grau Parentes de 3º grau Índice (%) Irmão Irmã Filho Filha Sobrinho Sobrinha Primo Prima Menino 2.17 2.1 6.4 2.5 2.2 0.5 0.6 0.3 Menina 10.9 8.9 22.9 11.5 6.7 1.3 0.8 0.3