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01/04/13 Maior estudo feito sobre câncer associa doença a falhas no DNA - Notícias - UOL Notícias
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Maior estudo feito sobre câncer
associa doença a falhas no DNA
França 28/03/2013 09h57
SXC
Todo mundo herda alterações no DNA, mas se estas
mutações são perigosas ou não depende de onde
está o erro no código genético
A maior varredura já feita sobre o
genoma humano para identificar falhas
no DNA que possam causar câncer
identificou mais de 80 minúsculas
mutações, uma descoberta que poderá
ajudar as pessoas com elevado risco
de desenvolver a doença, afirmaram
cientistas nesta quarta-feira.
Os resultados, que dobram o número de
alterações genéticas conhecidas
associadas aos cânceres de mama,
ovário e próstata, foram divulgados em
doze artigos científicos publicados em
periódicos especializados da Europa e
dos Estados Unidos.
Os três cânceres relacionados com
hormônios são diagnosticados
anualmente em mais de 2,5 milhões de
pessoas e matam um em cada três pacientes, reportou a revista científica Nature em
um comunicado.
Equipes de cientistas de mais de 100 institutos de pesquisas de Europa, Ásia,
Austrália e Estados Unidos informaram que o trabalho deverá, no futuro, ajudar os
médicos a calcular o risco individual de se desenvolver câncer muito antes do
surgimento de qualquer sintoma.
Pessoas com mutações de alta suscetibilidade poderiam ser aconselhadas a evitar
estilos de vida que poderiam aumentar ainda mais o risco de virem a desenvolver a
doença, se submeter a exames regulares e receber medicamentos ou até mesmo se
submeter a cirurgias preventivas.
"Nós examinamos 200 mil áreas do genoma em 250 mil indivíduos. Não há (outro)
estudo sobre o câncer deste tamanho", declarou à AFP Per Hall, coordenador do
Estudo Colaborativo Oncológico Genético-ambiental (COGS).
Os estudos compararam os códigos genéticos de mais de 100 mil pacientes com
cânceres de mama, ovário e próstata aos DNAs de um número igual de indivíduos
saudáveis. A maioria das pessoas pesquisadas tinha origem europeia.
O DNA, também chamado de código da vida, compreende quatro elementos químicos
básicos, denominados A (adenina), C (citosina), T (timina) e G (guanina), unidos em
diferentes combinações ao longo de sua dupla hélice.
Os cientistas observaram que as combinações de A, C, T e G de indivíduos com
câncer diferiam de forma significativa das de pessoas saudáveis.
Eles buscavam um minúsculo "erro de soletração" no código, denominado
poliformismo de nucleotídeo único(ou SNP), que pode causar problemas na função
dos genes.
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No caso do câncer de mama, os cientistas encontraram 49 SNPs, "o que é mais que
o dobro do número encontrado anteriormente", anunciou o sueco Instituto Karolinska,
que participou do gigantesco estudo.
"No caso do câncer de próstata, os pesquisadores descobriram outros 26 desvios, o
que significa que um total de 78 SNPs podem estar ligados à doença", acrescentou.
No câncer de ovário, oito novos SNPs foram encontrados.
Todo mundo herda alterações no DNA, mas se estas mutações são perigosas ou não
depende de onde está o erro no código genético. Além disso, ser portador de uma
mutação não significa necessariamente que a pessoa vai desenvolver câncer, uma
doença que pode ter múltiplas causas.
Os cientistas afirmaram que mais estudos são necessários para permitir traduzir
esses indícios genéticos em testes para prever o risco de câncer. Um objetivo mais
distante é usar este conhecimento para desenvolver tratamentos mais eficazes.
"Uma vez que há muitos outros fatores que influem no risco destes cânceres
(sobretudo fatores associados ao estilo de vida), exames futuros precisam levar em
consideração mais fatores de risco do que apenas os genes", acrescentou Hall.
"Precisaremos de uns dois antes de termos os modelos necessários que nos
habilitem a prever, com precisão elevada, o risco individual destes cânceres",
emendou.
As descobertas foram publicadas nas revistas Nature Genetics e Nature
Communications, PLOS Genetics, The American Journal of Human Genetics e
Human Molecular Genetics.
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