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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – RECURSOS TEORIA GERAL - PUOLI AULA 1 – PERDI AULA 2 – 28/02/2011 - Cheguei atrasada Efeitos provisórios – Leitura menos ampla ao duplo grau de jurisdição. Contexto da polemica: duplo grau de jurisdição: Questionamento: duplo grau de jurisdição está previsto na constituição federal? Duplo grau é uma garantia indispensável para que tenhamos um processo civil democrático e legitimo. Não está expresso no texto constutucional – não há regra absolutamente expressa e precisa – então de onde vem o entendimento no sentido de que o duplo grau seria principio constitucional? Na medida em que a própria CF dá uma estruturação judiciaria , cuidando de prever instancias , hierarquia etc.. se entende que implicitamente tal principio está previsto na CF. O devido processo legal está ligado a existência de um processo razoavelmente justo. Nesse sentido, alguns afirmam que seria inerente ao devido processo legal a existência do dulpo grau de jurisdição. Não existe definição precisa do que seja um devido processo legal, mas sim um conjunto de ideais por meio dos quais verifica-se que o devido processo legal está sendo observado (como a ampla defesa, juiz natural, igualdade entre as partes e imparcialidade). DUPLO GRAU – fundamental para a legitimação do sistema e para a entrega de oportunidades aos jurisdicionados em geral. Hoje em dia, parte da doutrina passa a ser mais rigorosa – o constituinte poderia ter previsto o duplo grau de forma expressa, mas não o fez! Justificativa disso poderia ser que o constituinte não considerou o duplo grau como tão imprescindível para a realização de um processo justo. Doutrinadores dão leitura critica ao duplo grau, e alguns dizem que não seria uma garantia constitucional e que, portanto, pode ser limitado no momento de edição das leis processuais. Encruzilhada importante: Defensores da leitura ampla do duplo grau: nesse caso, legislações restritivas seriam consideradas inconstitucionais. Todavia, em leituras mais criticas e restritivas seria possível uma maior limitação. Novo CPP – leitura mais critica do duplo grau, consagrando a maior restrição a hipóteses de cabimento e consequências do ato de recorrer. Obs: atualmente as execuções provisórias estão sendo ampliadas. Escolhas politicas: resultado rápido vs justiça e segurança. Prós e contrários ao segundo grau de jurisdição: Prós: (i) maior qualidade na decisão e diminuição das situações de decisões injustas, (ii) eliminação da possibilidade de erros jurisdicionais (juiz pode errar e, por isso, entrego a sociedade um instrumento para trabalhar esse erro). (iii) maior experiência do magistrado ao longo de sua progressão na carreira. Direito está atrelado a valores, ao dia a dia e a busca de razoável interpretação dos acontecimentos. Devo estar atento aquilo que na vida ocorre, o que só acontece depois de algum tempo de vida. Com base nessa bagagem, o desembargador tenderá a dar decisões mais corretas e mais justas. (iv) magistrado que sabe que terá o seu trabalho revisto seria mais cuidadoso antes de proferir a sua decisão. Contras: (i) perpetuação da controvérsia: na medida em que recorro o momento de transito em julgado fica adiado, havendo repercussão no que tange a capacidade do processo de trazer resultados rápidos a vida das pessoas.(obs: Tribunal de justiça do rio de janeiro julgava apelação em 6 meses!!! Capacidade do aparelho jurisdicional: problema – cobertor curto é incontornável – dinheiro público não é suficiente). Politica do CNJ: metas de eficiência – preocupação com o valor eficiência é relevante. (ii) desprestigio ao poder judiciário – se conferi ao juiz a capacidade de julgar, como posso depois revisar/puxar o tapete na decisão que foi dada. Ideia de que duplo grau traz desprestigio ao juiz de primeiro grau. (iii) maior experiência não é garantia de resultado mais justo e menor incidência de erro, o que dependerá da atualidade do julgador. (iv) menor qualidade e preocupação no momento de proferir as sentenças: “faço sentença de qualquer jeito”, uma vez que poderá ser reformada pelo tribunal. (v) inutilização do principio da oralidade, o qual busca “propiciar maior contato entre partes, advogados e juiz que julgará – no que tange a coleta da prova, em especial na hora da prova oral – tomada de depoimento pessoal e testemunhas”. Maior sensibilidade do juiz que teve contado direto com a prova. Com o segundo grau tal benefício é anulado, uma vez que todas as provas são realizadas no âmbito da primeira instancia. Será que seria razoável imaginar a eliminação completa dos recursos?? Hoje é consenso a impossibilidade de eliminação total do duplo grau de jurisdição. Agora, os efeitos colaterais de um duplo grau muito generoso estão se mostrando – não há possibilidade de julgamento com rapidez na segunda instância. Se efeito colateral é tão danoso, o que poderemos fazer para solucionar a questão, sem que exista um impedimento tão grande ao duplo grau?? Ex. JECC – impossibilita a interposição de alguns tipos de recursos – no caso de demandas mais simplificadas. Ideia é compatibilizar a briga por justiça e por rapidez. Para conseguir rapidez o sistema passa a trabalhar com uma ideia de risco. Soluções: aumentar as execuções provisórias, retirar efeito suspensivo do recurso, penalizar/sancionar o abuso de direito de recorrer – recurso manifestamente procrastinatório (situação com existência de sumula do superior tribunal – impossibilidade de recursos). Tenho que buscar maneiras no âmbito infraconstituicional de resolver esses problemas. Garantir o direito de recorrer, mas aperfeiçoar o sistema, de modo a trabalhar melhor com os efeitos colaterais. Ex. processo que poderia ser usado contra decisões contra as quais não cabe nenhum recurso: MANDADO DE SEGURANÇA AULA 3 – 14/03/2011 Principio da voluntariedade: tema ligado a manifestação de vontade. Conceito de recurso: “remédio voluntário, idôneo a ensejar dentro de um mesmo processo reforma, invalidação e esclarecimento ou integração de decisão judicial que se impugna”. Conceito trata da ideia de voluntariedade, necessidade de manifestação de vontade da parte interessada. Há uma dúvida para parte da doutrina com relação a remessa de ofício ou reexame necessário: no código de processo civil instituto está instituído no art. 475 Do CPC. Remessa é realizada independentemente de pedido, mas pelo simples dever de oficio daquele que judica. Qual o espirito deste instituto? Haverá um reexame da decisão por ordem da própria lei. Situação que haverá necessária revisão da decisão antes que esta comece a surtir seus efeitos, independentemente da vontade de qualquer das partes envolvidas. Quais os casos: decisões contra fazenda pública, por exemplo: legislador entendeu existir - interesse publico a exigir que assim seja feito. Polemica no âmbito do principio de voluntariedade – para parte da doutrina o reexame necessário sequer seria uma espécie de recurso, mas um sucedâneo recursal. Para outra parte, seria considerado uma exceção ao principio da voluntariedade. Principio da colegialidade. Quantidade de Julgadores com participação ativa na tomada da decisão. Decisões devem ser tomadas em um colegiado. Maior oportunidade para debate a respeito do tema e melhor condição para verificar outras nuanças daquela situação e aumentar, portanto, a qualidade da decisão a ser tomada. Maior grau de justiça da decisão. Ponto negativo: menor celeridade. Tendência de se aumentar a quantidade de casos em que o relator poderá decidir sozinho – julgamento monocrático. Exceções ao principio: Art. 557 DO CPC: relator negará provimento ao recurso que seja – (i) manifestamente inadmissível – juiz deve estar absolutamente seguro para assim decidir – muita cautela; (ii) recurso prejudicado – faltam condições de admissibilidade ou recurso perdeu o seu objeto (ex. já paguei a dívida), (iii) confronto com sumula ou jurisprudência dominante do respectivo tribunal, ou dos tribunais superiores ou do supremo tribunal federal (legislador está sentindo que para o sistema funcionar melhor deve-se dar maior prestígio aos precedentes judiciais). Sistema atual está dando maior prestígio aos precedentes de modo a aumentar o grau de segurança jurídica e rapidez. – aproximação ao sistema anglo saxão. Art. 557 - O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior Autorização para julgamento monocrático é possível somente para negar provimento ao recurso. Art. 557, §1º, A: situação em que o relator pode dar provimento ao recurso, reformando a decisão da instancia inferior. Lei é um pouco mais restritiva: manifesto confronto com súmula ou jurisprudência dominante do STF ou de um tribunal superior. § 1º-A - Se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá dar provimento ao recurso Essas situações mostram essa tendência de mitigar o principio da colegialidade em nome de permitir maior eficiência do sistema, sem a necessidade de passar por outros julgadores. Autorizações legais ampliando as condições nas quais julgadores podem decidir sozinhos – são constitucionais desde que legislador tenha deixado uma brecha para de alguma forma forçar o colegiado. Ex. agravo interno : recurso previsto no CPC para forçar as decisões colegiadas (mas existe a possibilidade de aplicação de multa no caso do agravo ser manifestamente protelatório). Observação: agravo de instrumento – recurso que cabe contra decisões interlocutórias. Relator pode negar desde logo provimento ao recurso, sem se quer abrir vista para o agravado – se incorrer em alguma situação do art. 557 CPC??? SIM. Não existe ferimento ao principio do contraditório, ante a inexistência de qualquer prejuízo ao agravado. E quanto ao art. 577, §1º, a: pode? Não, porque nesse caso haveria prejuízo ao agravado, o que causaria uma violação ao principio do contraditório e ampla defesa. Agravado tem o direito de pelo menos ser ouvido, podendo depois ser proferida a decisão monocrática. Art. 97 CF Sempre que houver a necessidade de decretar a inconstitucionalidade (controle difuso) de uma regra legal essa decisão tem que ser tomada pelo PLENARIO DO TRIBUNAL. E caso não exista órgão pleno, deverá ser julgado pelo órgão especial. Todo texto legislativo sai do forno com uma presunção de constitucionalidade, inclusive porque tem uma comissão de comissão de justiça no CN. – verificação prévia de constitucionalidade – nível federal e em assembleias legislativas de vereadores. Controle de constitucionalidade – art. 97 – legislador exige um “plus” – julgamento pelo plenário ou órgão especial do tribunal. Art. 480 e seguintes no âmbito do CPC. Se a decisão da câmera for no sentido da constitucionalidade não é necessário o julgamento pelo pleno. Sumula vinculante n. 10 do STF – “viola a clausula de reserva do plenário a decisão de órgão fracionário, que embora não declare expressamente a inconstitucionalidade da lei, afasta a sua incidência no todo ou em parte”. Exceções que não preciso encaminhar ao plenário: quando órgão especial já disse que esta lei é inconstitucional; ou quando STF já decidiu a esse respeito. Art 481 Parágrafo Único - Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. Princípio da taxatividade: somente a recurso previsto expressamente em lei. Não é admitida a interpretação ampliativa. Previsão no art. 496 do CPC – principal sede desta ideia de taxatividade do recurso. Todavia, quando muito o legislador poderá criar alguns outros recursos – o que tem que ser feito sempre por normas de direito federal – art. 22, I da CF. Portanto, existem outros recursos previstos por ex. art. 532, 544, 557, § 1º CPC ; leis esparsas – juizados especiais – recurso inominado (art. 41) Principio da unicidade ou unirrecorribilidade: princípio da singularidade recursal. Contra cada decisão caberá apenas um recurso. Qual seria a ideia do legislador de fazer essa restrição? Tentar evitar confusões. Princípio implicitamente é tirado de uma interpretação sistemática do art. 496 e 162 do CPC. Situações de dúvida: caracterização de algumas decisões como sentenças ou decisões interlocutórias: somente vou entender como sentença decisão que esgota todas as questões postas no processo. Recurso adesivo: prerrogativa para com relação a algo contra o qual eu naõ recorri, se o lado de lá recorrer eu vou aderir ao recurso dele. Ex. açaõ de cobrança – as duas partes perdem 50%/50%. Somente uma das partes apela, a outra parte na hora de oferecer a sua resposta poderá oferecer um recurso adesivo. Teríamos dois capítulos dentro de uma sentença. Esse recurso seria um ferimento ao principio da unirrecorribilidade? Principio da fungibilidade recursal: algo que posso utilizar no lugar daquilo que seria correto. Algumas situações nas quais poderia utilizar o recurso errado no lugar do certo. Para o caso de dúvida razoável a respeito do recurso cabível, onde poderá haver essa substituição do recurso errado pelo recurso certo. Art. 810 do antigo CPC expressamente falava dessa possiblidade de fungibilidade. No novo código, não existe qualquer regra expressa sobre esse principio. Contudo, o legislador não foi absolutamente claro, e continuou deixando algumas dúvidas a respeito de qual recurso seria cabível. Doutrina e jurisprudência defendem a validade deste principio ! quais os requisitos?: (i) deve existir uma dúvida razoável, principio não é admitido no caso de erros grosseiros – analise do caso concreto, indícios dessa dúvida: divergência jurisprudencial, doutrina divergente; (ii) qual será o prazo? Boa parte da doutrina afirma que devo usar o prazo do recurso correto – para evitar joguete dos advogados que perdem um prazo. Ex. lei de custas judiciais 1050/50 – art. 17 – prevê a apelação sobre decisões concernentes a custas judiciais. Parte da jurisprudência entende que o correto seria o agravo e parte da jurisprudência entende que o correto é apelação Principio da reformatio inpejus: qual é o desejo de quem recorre? Quero melhorar a repercussão pratica da decisão para mim. Mesmo que exista já um pacifico entendimento no sentido de que sentença deveria ser reformada de forma prejudicial ao apelante, apelação não pode ser julgada de forma prejudicial, diminuindo o que ganhei na sentença anterior (no caso de não haver apelação da outra parte). recorrente não pode ser prejudicado por seu próprio recurso. AULA 04 -21/03/2011 Requisitos de admissibilidade do recurso: matéria discutida em semestres anteriores que vem a mente com propósitos parecidos: pressupostos processuais e condições da ação. Tanto no inicio do desenvolvimento da relação processual, tanto na fase do recurso é feita a verificação de aspectos formais (intimidade com a relação processual ) com o objetivo de “filtrar”. E por outro lado, no caso em que esses requisitos formais não estiverem devidamente preenchidos, impossibilita o conhecimento do recurso. Todo o recurso poderá passar por dois momentos de julgamento/analise: o primeiro momento é o juízo de admissibilidade: se o pedido – anulação ou reforma de decisão judicial – apresenta um cabimento minimamente (ficaremos adstritos aos requisitos formais) . se sim, passarei ao juízo de mérito recursal, no qual teremos a analise especifica daquilo que está sendo solicitado. Na medida em que seja negada a presença destes requisitos formais, o recurso não poderá ter continuidade. Questão de nomenclatura: analise mais técnica/quase que pura da teoria geral dos recursos – verifico que os requisitos de admissibilidade estão presentes e, portanto, conheço do recurso ou ainda - não conheço do recurso, porque intempestivo, etc... Na prática, essa nomenclatura é exercida na prática de primeiro e segundo graus. Já nos tribunais superiores costuma existir um uso – quase que promiscuo – desta nomenclatura, principalmente o STJ. E no caso de julgamento de mérito, qual é a nomenclatura adequada? No caso de não acolhimento: não provimento do recurso (= decisão mantida); caso contrário (recurso aceito), será dou provimento ao recurso total ou parcial. Requisitos de admissibilidade NÃO influenciam o mérito – inexistência de teoria de asserção, por exemplo. Na medida em que não estarei tratando de requisitos do direito material, nesse caso concreto, o ordenamento de dá uma segunda chance? E se os demais requisitos formais foram atendidos? Juízo de admissibilidade – lei me dá a oportunidade de tentar denovo?, uma segunda chance? As decisões sobre admissibilidade em si são recorríveis? Sim, interponho uma apelação, e o juízo de primeira instancia não recebe o recurso. Tal decisão é passível de recurso. Se decisão passou pelo primeiro filtro da instancia inferior e relator entende que requisitos não estão presentes. Este acordão será passível de interposição de recurso. O tipo de recurso que caberá contra essas decisões varia conforme a situação – poderá ser agravo de instrumento, eventualmente recurso especial/extraordinário. Dupla analise dos requisitos de admissibilidade – primeiro o próprio juiz e depois o tribunal. Retratabilidade do juiz de primeiro lugar com relação a decisão de Não RECEBIMENTO DO RECURSO é possível! (vale lembrar que a retratabilidade, em regra, não é possível quanto ao conteúdo da sentença) Conforme o recurso o nosso sitema vai prever i) um juizo único de admissibilidade; ii) um juízo duplo de admissibilidade e iii) órgãos diferentes de análise. Apelação: endereçada ao juízo de primeiro grau – que faz o primeiro juízo de admissibilidade e depois o envia para a segunda instancia, a qual, antes do julgamento do mérito, também faz o seu juízo de admissibilidade (duplo juízo de admissibilidade). Agravo de instrumento: decisão interlocutória que me trouxe gravame – extraio cópias dos autos e encaminho o agravo DIRETAMENTE ao tribunal respectivo (Juizo único de admissibilidade – no âmbito do tribunal). No caso de tribunais superiores - recurso extraordinário e especial também haverá um duplo juízo. Primeiro na instancia inferior (presidente do tribunal local) e em segundo lugar na instancia superior. Requisitos – o que se analisa? I) cabimento do recurso – recorro ao principio da taxatividade – o processo brasileiro está estruturado com a seguinte ideia – somente haverá possibilidade de se anular uma decisão judicial quando a própria lei te dá esta chance. Ou ainda, tive um uso equivocado do recurso – princípio da fungibilidade do recurso, no caso da inexistência de erro grosseiro. II) Legitimidade para recorrer – quem será o sujeito legitimo para interpor recurso – as pessoas que fazem parte daquela ação processual. Quais são as maneiras principais para isso? Autor e réu, e também terceiros que passaram a integrar a relação processual. Excepcionalmente, art. 499 prevê a oportunidade de terceiro prejudicado – é necessário provar a existência de interesse jurídico que está sendo prejudicado pela decisão. Exemplo dessa situação: perícia – logo depois da perícia ser entregue o perito pede honorários absurdos. Juiz concede honorários muito baixos. Perito pode apelar pedindo a fixação de honorários maiores. Também o MP, no caso de ser fiscal da lei. Art. 499 - O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. § 1º - Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial. § 2º - O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da lei. Obs: Assistência simples: somente tenho relação com o assistido. Assitencia litisconsorcial – minha relação também se dá de algum modo com a parte contrária. Assistente simples somente poderá recorrer no caso da existência de recurso da parte assistida, não podendo ir contra a vontade do assistido. Já na assistência litisconsorcial admite-se que o assistente recorra ainda que contra a vontade do assistido. III) Interesse de recorrer: decisão de algum modo me foi prejudicial, nessa situação de prejuízo, aí tenho interesse de recorrer. O interesse de recorrer se configura em termos práticos (facticos), se de algum modo mexi na esfera de direitos da pessoa de uma maneira prática, nesse caso tenho o interesse de recorrer. Esse gravame se dá na medida em que exista sucumbência, em termos práticos tive um déficit em meus direitos por causa da decisão. O interesse de agir também se prende a questão de capítulos eventuais que a decisão tenha (mínimo de dois capítulos mérito e sucumbência). Gravame está presente com relação a matéria de fundo, ou somente quanto a sucumbência, o gravame era único, ou passível de segmentação? Interesse de agir existe na medida em que aquele que tem interesse de recorrer mostre um déficit factico – esfera de direitos diminuídas. Obs: Art. 500: no caso de uma das partes interpor recurso diante de uma sucumbência reciproca, a outra parte pode, nas contrarrazões, aderir no recurso de uma das partes. IV) Súmula impeditiva de recursos: sede legal é art. 518, §1ºdo CPC. Para que eu tenha uma valorização das súmulas estarei tratando de sistema jurídico que dá prestígios a seus precedentes. Durante muito tempo no brasil, a Súmula era mero argumento de persuasão, sem qualquer efeito prático no processo. O que hoje tem sido alterado. Momento de dar maior prestígio aos precedentes principalmente quando já estiverem simulados. Alteração da admissibilidade do recurso. Polêmica na doutrina – quando aplico a sumula para não recorrer estamos diante de uma decisão de admissibilidade ou de mérito? Maioria da doutrina entende que é admissibilidade. Quando que o 518 pode ser aplicado? Quando decisão dada em instância inferior estiver em conformidade com decisão do STF ou STJ. Regra que está no capítulo da apelação, mas doutrina entende que essa regra também pode ser aplicada em outros recursos (exceto stf e stj). Em casos de juízo único, todavia, a repercussão prática desse 518 é mínima, porque já posso aplicar o 557. Art. 518 - Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe, mandará dar vista ao apelado para responder.324 § 1º O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal V) Tempestividade: observância do prazo previsto na lei. Caso contrário, recurso não será conhecido por inaptidão. Art. 508 dá a regra geral de prazos para vários recursos. Art. 508 - Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias.315 VI) Regularidade formal: É necessário mostrar concretamente o erro da decisão dada – sentença. Trf não conheceu recursos baseados nas razoes anteriores (de primeira instancia), mesmo no caso de serem teses tributárias. Preciso expor minhas razoes recursais e realizar o meu pedido. Tenho que ir no protocolo específico – hoje existem Protocolos integrados. Obs: possibilidade de utilização de peticionamento eletrônico. VII) Preparo: (mesmo papel das custas iniciais que devo recorrer) Para prosseguir a minha caminhada no processo devo pagar as custas e o porte de remessa/retorno (necessidade de transportar os volumes de um local para outro). Art. 511: preparo tem que estar anexado no próprio momento do recurso, existindo somente a chance para complemento. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. VIII) Não pode ter existido fatos impeditivos: art.501, 402 e 503. Desistência, renúncia ao direito de recorrer e preclusões lógicas – pago o valor de condenação ao autor – atitude incompatível logicamente com o direito de recorrer. Tribunal nesse caso não irá julgar o recurso no mérito. Art. 501 - O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. Art. 502 - A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte Art. 503 - A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não poderá recorrer. Parágrafo único - Considera-se aceitação tácita a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer. AULA 05 – 28/03/2011 EFEITOS DOS RECURSOS: Primeiro efeito, intuitivo e lógico, da utilização de um recurso: impedir que haja ou preclusão ou o transito em julgado. Efeito de obstar a incidência ou do transito em julgado (sentença/acórdãos) ou da preclusão (decisões interlocutórias que são dadas ao longo da tramitação do feito em primeiro grau - agravo). No momento em que interponho o recurso eu obsto essa incidência, eu impeço que ocorra o transito em julgado = efeito obstativo. Todo o recurso por uma escolha da parte interessada pode abraçar todos os temas objeto da decisão ou ainda selecionar os temas com relação os quais incidirá a impugnação. Alguns efeitos que não são abordados pela doutrina em geral: diferenças de enfoque conforme os livros estudados. (livro prf. Barbosa Moreira, Nelson Nery Junior,). Algumas incongruências entre os efeitos indicados pela doutrina mais minimalista e que são polêmicos: - efeito extensivo: situações em que a despeito do recurso ter sido utilizado por uma parte específica, haveria uma extensão, inclusive do efeito obstativo, na esfera de direitos de outros interessados. Ex: nos casos de litisconsorte unitário, decisão tem que ser necessariamente uniforme (bem jurídico é um só e ele é indivisível.). Nos casos de obrigação solidária, TODOS os solidariamente obrigados são obrigados a recorrer. Portanto, em outras situações deve-se verificar a existência de prejudicialidade, quando poderá existir alguma extensão. Art. 509 CPC. Art. 509 - O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. Embargos de declaração: efeito de permitir a nova contagem do prazo por inteiro – regra expressa no CPC. Nem entra no conceito mais genérico de efeito extensivo. - efeito expansivo: adespeito do pedido recursal estar confinado a determinado tema, na prática o recurso, caso acolhido, expandiria seus efeitos para além daquele pedido especificadamente considerado. Situação em que foi julgado o mérito da pretensão: sentença de procedência e outro lado recorre pedindo apenas a improcedência ou questionando apenas uma parte deste mérito ( ex. réu somente pede a diminuição da condenação de 50 para 40 reais, pedido quantitativo de uma diferença de 10 reais). Tribunal entende haver uma situação de litispendência (existência de outra demanda entre as parte) – demanda deverá ser julgada extinta. Réu somente queria uma redução de 10 reais, o efeito da decisão, todavia, foi além daquilo solicitado pelo réu. 2º exemplo: sou réu de uma demanda e, ao longo desta, realizei um determinado pedido de prova, perícia, por exemplo. Interposição de agravo contra decisão que indeferiu o pedido de prova pericial. Juiz julga a demanda procedente e o advogado perde o prazo para a apelação. Todavia, o agravo é julgado procedente para a produção da prova pericial. Agravo acarretará a anulação de todos os atos anteriores, inclusive a da sentença proferida. Repercussão pratica da decisão acaba indo além do pedido propriamente dito. - efeito translativo: meu recurso tem sempre um efeito devidamente delimitado ao meu pedido, contudo, na medida em que recorro, seriam automaticamente transladadas ao tribunal a possibilidade de conhecimento das questões de ordem pública. A demanda, na primeira instancia, foi devidamente acolhida. Réu não recorre. Advogado do autor recorre contra a fixação de honorários. No julgamento, relator entende que caso de carência da ação, extinguindo processo inteiro sem julgamento de mérito. Critica: se não houve apelação do réu, houve o transito em julgado com relação à condenação. Transito em julgado possui status constitucional: inconstitucionalidade dos efeitos translativos e, consequentemente, dos expansivos (apenas no que toca ao primeiro exemplo). - efeito substitutivo: previsto no art. 512 do CPC: decisão proferida no âmbito do recurso substitui a decisão proferida na instancia inferior. Somente substituirá se houver alteração. O acordão substitui em todos os seus efeitos a decisão da primeira instância. Art. 512 - O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou a decisão recorrida no que tiver sido objeto de recurso. - efeito devolutivo: possibilidade de saber em relação a quais matérias a analise do tribunal poderá acontecer. Quais temas foram devolvidos para a apreciação do tribunal. Quais temas há autorização para o tribunal julgar. Art. 515 - A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Embargos de declaração – terei efeito devolutivo? Quem analisa o recurso é o próprio órgão que relatou a decisão embargada. Tema é controverso, mas maioria da doutrina – professor, inclusive, entende que sim. Agravo de instrumento: devolutividade é nítida. Agravo retido: efeito devolutivo dependerá da existência da apelação, condição para que o recurso surta seus efeitos = efeito devolutivo é diferido, ou seja, fica adiado. Extensão do efeito devolutivo: art. 515, caput do CPC: tantum devolutum quantum apelatum. Somente haverá devolução nos limites do pedido formulado. Vedação a reformatium in pejus: recurso não pode prejudicar o recorrente, pois recurso está sempre confinado ao meu pedido. Ex. pedido de danos materiais e morais: na primeira instancia somente ganhei o dano material e ainda em valor menor do que o pedido. O recurso somente abrange o dano material. Tribunal somente poderá analisar os danos materiais que poderá ter o seu valor aumentado, mas nunca diminuido. Repercussão do principio dispositivo do processo civil. As partes devem escolher e deliberar aquilo que lhes interessa. Profundidade do efeito devolutivo: §1ºe 2º do CPC art. 515. Quais matérias poderão servir de fundamentos para a decisão do tribunal. Diferentemente do que acontece na extensão, na profundidade o efeito devolutivo é amplo. Todos os temas debatidos nos autos poderão ser novamente analisados no âmbito do tribunal. § 1º - Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro. § 2º - Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 4º - Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação.322 Ex. ação de cobrança. Réu defende a existência de dois vícios: coação e erro. Sentença de improcedência, em razão da existência de erro. Autor recorre. O tribunal troca o fundamento da decisão, mantendo, todavia, a decisão de improcedência. Art. 515 §3º (2002) exceção ao efeito devolutivo (extensivo): tese da causa madura. § 3º - Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 321 Ex: na decisão de primeira instancia, houve julgamento de extinção da causa sem julgamento de mérito. Apelação contra a existência de sentença terminativa. Se levarmos o efeito ao pé da letra, tribunal poderia no máximo anular a sentença e remeter a primeira instancia para o julgamento do mérito. Nos casos de causas maduras (somente temas de direito ou provas já feitas), tribunal pode proferir julgamento do mérito da demanda. Não há na jurisprudência de qualquer precedente declarador da inconstitucionalidade da regra, mas tese vem sendo aceita por causa da efetividade. Haveria a necessidade de pedido expresso da parte, de aplicação do §3º? 1ªcorrente: não haveria necessidade de pedido expresso, em razão da prevalência do principio da efetividade. 2ª corrente: pedido do interessado deve ser expresso (prof acha que seria a posição da maioria da jurisprudência). Exemplo: apelo contra a carência de ação. Tribunal desconsidera a carência de ação, porém julga a ação improcedente. Jurisprudência preponderante considera que não é o caso de reformatio in pejus, sendo um risco assumido pelo apelante! Doutrina considera que ser um princípio passível de analise e julgamento em outros recursos que não a apelação. 4º - Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. Pequenos erros formais também podem ser supridos pelo tribunal, ainda que não tenha havido pedido a respeito dele – qual a ideia? Aumentar a efetividade. Exemplo: verificou-se que procuração não estava assinada por ambos os representantes de empresa, (mas apenas um). Tribunal poderá pedir que parte supra este erro formal, assinando a procuração (ao invés de anular todos os atos posteriores a nulidade). - efeito suspensivo: em regra as apelações fazem com que os efeitos da sentença fiquem suspensos, de modo a evitar que as decisões da primeira instancia possam desde logo fazer efeitos na vida das pessoas. Não sabemos a proporção de recursos que são aceitos/conhecidos – não há uma estatística plena. No caso dos agravos, a regra é que não exista o efeito suspensivo, o qual tem de ser requerido pela parte e analisado pelo relator. No âmbito da apelação, para não ter efeito suspensivo a lei tem de ser expressa. Situações nas quais o legislador já fez essa escolha (art 520): I - homologar a divisão ou a demarcação;330 II - condenar à prestação de alimentos;331 III - julgar a liquidação de sentença; IV - decidir o processo cautelar; V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;334 VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem; VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela. Inciso VII: Situação peculiar – casos de urgência. Outras leis que somente preveem o efeito devolutivo e não o suspensivo: leis de locações, ação civil pública. Novo CPC – inexistência de efeito suspensivo como regra. Depois de proferida uma decisão de segunda instancia o recurso somente terá efeito devolutivo. Art. 542 § 2º - Os recursos extraordinário e especial serão recebidos no efeito devolutivo. - multa por litigância de má-fé : efeito eventual do recurso, no caso de abuso de uma das partes (recurso meramente procrastinatório) AULA – 11/04/2011 Classificação dos recursos: 1. Total (abrange todos os temas) ou parcial (parte dos temas). Qual o interesse prático dessa classificação: coisa julgada / preclusão de modo geral. Na medida de meu recurso existirá o efeito de obstar a formação de preclusão ou de coisa julgada, o que se dá conforme o tamanho do meu pedido recursal. Temas que não foram abordados pelo recurso transitam em julgado. 2. Fundamentação dos recursos: (i) fundamentação livre e (ii) fundamentação vinculada; Na ciência jurídica os nomes geralmente denunciam o conteúdo. (i) fundamentação livre – recursos onde o legislador deixa a livre escolha da parte a fundamentação que irá utilizar (mais nítida incidência do princípio do duplo grau de jurisdição). Aqui entra a possibilidade de atacarmos não apenas fundamentos de fatos, mas também de direito daquilo que foi dito. Maior espaço para buscar uma revisão jurídica e também valorativa quanto a própria prova – consigo esta maior liberdade para trabalhar com as questões de prova, analise mais justa com relação as conclusões extraídas das provas. Por outro lado (ii) fundamentação vinculada: (vinculação na lei e cf) legislador estabelece elementos que necessariamente deverão se fazer presentes no recurso, de modo que se estes elementos exigidos não estiverem presentes não conseguirei dar prosseguimento a minha pretensão recursal. Espaço apenas para a discussão de questões de direito. Para os recursos de fundamentação livre, basta a sucumbência. Já nos casos de recursos de fundamentação vinculava, deve existir demonstração dos requisitos indicados pela lei. Exemplos: recurso especial = devo demonstrar infringência a lei federal ou ainda que os tribunais apresentam decisões divergentes. Recurso extraordinário: devo demonstrar que decisão afrontou regra constitucional. Fundamentação já tipificada por lei – ou me vinculo a requisitos exigidos pelo legislador, ou a possibilidade de meu recurso prosseguir se extinguirá. Embargos de declaração: com base no art. 535 do CPC somente cabem em 3 situações. 3. Recurso principal e recurso adesivo Recurso principal – decisão judicial que trouxe gravame a parte, a qual, observando o prazo da lei, manifesta a sua vontade de recorrer. Recurso adesivo – “adesão ao recurso principal” . lembramos que: acessório segue o destino do principal. Recurso em que não me utilizei da primeira oportunidade que tive para recorrer para verificar se parte contrária realizaria a interposição do recurso. Se recurso principal é repelido durante o exame de admissibilidade não seria possível a interposição do recurso adesivo. Recurso adesivo deve ser interposto no prazo de RESPOSTA A APELAÇÃO. Recurso adesivo é Totalmente vinculado ao destino do recurso principal. Mas para todos os efeitos, se trata de um recurso, de modo que todos os requisitos de admissibilidade genéricos devem ser observados. Art. 500, ii: hipóteses de cabimentos: apelação, embargos infringentes, ou recurso especial e extraordinário. Deve ter ocorrido sucumbência reciproca: art. 500 do CPC (prejuízo para autor e réu). Ideia de propiciar estratégias, de modo que parte não se sinta desde logo obrigada a recorrer. Art. 500 - Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes:307 I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder;308 II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial;309 III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. Se recurso principal não vier a ser julgado em seu mérito, o recurso adesivo também vai perecer. Oportunidade de recorrer é condicionada, primeiramente, a interposição de um recurso principal e em segundo lugar que, ao final, recurso principal seja julgado em seu mérito. 4. Recursos ordinários e extraordinários: Ordinários: busca de um grau maior de justiça. Possibilidade de discussão dos fatos (debate da conclusão do judiciário com relação aos fatos). Ampla possibilidade de reexame das provas. Já nos chamados recursos extraordinários temos fundamentação mais fechada e tipificada que exclui a possibilidade de analise quanto a fatos e provas. O que são embargos de divergência: estão previstos no art. 546 do CPC – entendimentos conflitantes/divergência de entendimento em uma decisão colegiada. Art. 546 - É embargável a decisão da turma que:403 I - em recurso especial, divergir do julgamento de outra turma, da seção ou do órgão especial;404 Il - em recurso extraordinário, divergir do julgamento da outra turma ou do plenário.405 Parágrafo único - Observar-se-á, no recurso de embargos, o procedimento estabelecido no regimento interno.406 Extraordinários: possibilidade de filtros de admissibilidade muito mais rigorosos. – somente será admitido na medida que sociedade dele tirar alguma vantagem. AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO DE DECISÃO JUDICIAL: Qual a diferença entre recurso e ação autônoma de impugnação? Ações autônomas: formação de uma nova relação jurídica processual. Por vezes essa segunda relação vai procurar mudar situações até já transitadas em julgado outras vezes coisas havidas em processos ainda em julgamento. Exemplo: ação rescisória (art. 485, 487/495): demanda anterior foi julgada em seu mérito e que já transitou em julgado(formando coisa julgada material). Segurança jurídica: casos expressamente delimitados e que devem sempre ser interpretados de forma restritiva: Art. 485 - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar literal disposição de lei; Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória; Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável; VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença; IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; Quais são os objetivos básicos da rescisória: desconstituir decisão de mérito transitada em julgado ou ainda a realização de um novo julgamento desde logo. Exemplo : impedimento do juiz – para a parte basta a anulação do processo interior, com a posterior realização de um novo julgamento por meio de juiz competente; Ex.2 ação anulatória: (art. 486): situações de cabimento: sentenças meramente homologatórias. Art. 486 - Os atos judiciais, que não dependem de sentença, ou em que esta for meramente homologatória, podem ser rescindidos, como os atos jurídicos em geral, nos termos da lei civil. Expressão rescisão deveria ser substituída por anulaçaõ Art. 269 – outras situações do 269 temos mera homologação: transação, renúncia. Cabimento de anulatória nos casos de vícios de manifestação da vontade – erro, coação, etc... Falta de citação (art. 485): pode ser anulado mesmo após passados os dois anos do transito em julgado – prazo prescricional da lei civil; Ex.3 - reclamação: (doutrina majoritária, não é unanime): caso de afrontas das decisões dos tribunais superiores. Novo cpc: tende a dar maior relevância prática as reclamações. Ex. 4 - mandado de segurança contra ato judicial: decisões proferidas em processos judiciais. Lei do mandado de segurança em seu art. 5º, inc. II e III – fecha possiblidade de MS para: recursos com efeito suspensivo e decisões transitadas em julgado. Exemplo: agravo – caso de agravo de instrumento posso pedir efeito suspensivo ou tutela antecipada recursal. Não cabem recursos das decisões que negam tutela antecipada ou efeito suspensivo, podendo-se, portanto, utilizar o MS. Novo CPC: busca de limitação dos recursos: retirada de um ou outro tipo de recurso, retirada dos efeitos suspensivo do recurso, diminuição do número de preclusões. Mas deve haver cautela nessa matéria. Sucumbência recursal para quem insiste em interpor recurso ao qual não é dado provimento.