Logo Passei Direto
Buscar
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CONTABILIDADE 
INTRODUTÓRIA
Tributação Direta das Pessoas Jurídicas
2013
1
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
2
Entidade 
Qualquer organização econômica dotada ou não de personalidade jurídica (ex.: PF, PJ, 
fundos de investimento, condomínio etc.)
Patrimônio
Conjunto de Ativo e Passivo da Entidade.
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
3
Ativo
• são todos os bens e direitos pertencentes à Entidade para uso, troca ou
consumo.
• na verdade, são apenas direitos, uma vez que a Entidade não possui
propriamente o bem, mas um direito sobre o mesmo.
• geralmente, são os bens e direitos de sua propriedade.
• avaliáveis monetariamente (em dinheiro)
• que representam benefícios presentes ou futuros.
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
4
Ativo
• bens: máquinas, terrenos, estoques, dinheiro (moeda), ferramentas,
veículos, instalações, etc.
• direitos: contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações de
outras Entidades, depósitos em contas bancárias, títulos de créditos, etc.
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
5
Ativo
• propriedade: se o bem ou o direito não for de propriedade da Entidade,
em princípio, não constará do seu Ativo.
=> todavia, deverão constar do Ativo o valor relativo a bens ou direitos
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle com relação aos referidos bens e direitos, mesmo que inexistente o
respectivo direito de propriedade (ex.: bem arrendado ou alugado)
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
6
Ativo
• valor objetivo: uma Entidade, por exemplo, que possui uma “marca”
conhecida no mercado não poderá evidenciá-lo como Ativo, embora seja
um bem intangível de sua propriedade.
=> exceção : quando a marca for adquirida de terceiros.
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
7
Ativo
• benefícios presentes ou futuros: se a Entidade tiver um “título a receber”
de uma empresa falida, ele não será Ativo, pois não há a possibilidade de
convertê-lo em dinheiro, não trazendo benefício algum para a sua
portadora.
� itens tais como: carro acidentado, barco afundado, aeronave
destruída, estoque obsoleto, bens destruídos por incêndio ou
por inundação são Ativos que não trazem mais benefícios
para a Entidade.
� portanto, devem ser baixados do Ativo.
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
8
Passivo
• são todas as obrigações exigíveis da Entidade, ou seja, as dívidas com
terceiros que serão cobradas, reclamadas a partir da data do seu
vencimento.
• dívidas com terceiros = “capital de terceiros”
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
9
Passivo
• terceiros: abrange o conjunto de pessoas com quem a Entidade tem
dívidas:
� fornecedores (de mercadorias)
� funcionários (salários)
� governo (impostos)
� bancos (empréstimos bancários)
� encargos sociais (FGTS, Previdência Social)
� encargos financeiros (financiamentos).
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
10
Passivo
• duas acepções de Passivo:
� acepção específica (mais comum) – somente obrigações com
terceiros
� acepção lata – obrigações com terceiros + patrimônio líquido
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
11
Patrimônio Líquido
• representa o total das aplicações dos proprietários na Entidade.
• ou, ainda, a parte do patrimônio que efetivamente sobra para seu
proprietário após somar bens e direitos e subtrair do total das obrigações.
• o investimento inicial dos proprietários é denominado, contabilmente,
Capital.
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
12
Patrimônio Líquido
• se houver outras aplicações por parte dos proprietários, teremos
acréscimo ao Capital.
• por representar recursos que pertencem à própria sociedade até a sua
extinção, o Patrimônio Líquido é denominado Capital Próprio ou Não
Exigível.
Conceitos Iniciais
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
13
Balanço Patrimonial
Reflete a posição financeira em determinado momento de uma
Entidade (normalmente, em 31 de dezembro).
Representação gráfica:
ATIVO
(lado esquerdo)
PASSIVO +
PATRIMONIO LÍQUIDO
(lado direito)
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
14
Balanço Patrimonial
Origens e Aplicações
• todos os recursos que entram numa Entidade passam pelo Passivo ou
Patrimônio Líquido.
• os recursos (financeiros ou materiais) são originários dos proprietários
(PL), fornecedores, governo, bancos etc. (Passivo) que representam as
Origens de recursos.
• o Ativo, por sua vez, evidencia todas as Aplicações de recursos: aplicação
no caixa, em estoque, em máquinas, em imóveis, etc.
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
15
Balanço Patrimonial
Origens e Aplicações
o ATIVO sempre será igual ao PASSIVO + PL
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO e PL
$$$
$$
$
Origem de 
recursos
$$$$$$$$$$$ $$$$$$De terceiros 
e próprio
Aplicações
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
16
Balanço Patrimonial
Equação Contábil Básica
ATIVO = PASSIVO + PL
PL = ATIVO - PASSIVO
ou
Ativo Passivo 
+ PL
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
17
Balanço Patrimonial
Origens e Aplicações
• idealmente, a principal origem de recurso para a Entidade deve ser o lucro.
• o lucro é a remuneração ao capital investido na Entidade pelos
proprietários.
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
18
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
Para facilitar a compreensão e interpretação do Balanço, existe uma preocupação
constante em estabelecer uma adequada distribuição de contas.
A classificação dos grupos de contas encontra-se descrita no art. 178 da Lei das
S/A (Lei nº 6.404/76, com as alterações da Lei nº 11.941/2009):
• ativo circulante
• ativo não circulante
• passivo circulante
• passivo não circulante
• patrimônio líquido
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
19
Balanço Patrimonial
Curto e Longo Prazo
• normalmente, curto prazo em contabilidade significa um período
compreendido até o final do exercício social seguinte.
• longo prazo, por sua vez, designa um período superior ao final do
exercício social seguinte.
• também curto e longo prazo estarão associados a liquidez de ativos
e passivos, ou seja, a facilidade de transformar um ativo/obrigação
em dinheiro.
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
20
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
ATIVO CIRCULANTE - classificam-se neste grupo os itens de maior liquidez
(facilidade de transformar em dinheiro) que serão transformados em dinheiro,
consumidos ou vendidos a curto prazo (Capital de Giro).
Principais Contas:
� Caixa
� Bancos
� Contas a Receber
� Estoques
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
21
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
ATIVO NÃO CIRCULANTE - classificam-se neste grupo os itens de menor
liquidez que serão transformados em dinheiro, consumidos ou vendidos a longo
prazo.
Subdivide-se em:
• Ativo Realizável a Longo Prazo
• Investimentos
• Imobilizado
• Intangível
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
22
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
ATIVO NÃO CIRCULANTE (cont.)
Ativo Realizável a Longo Prazo
Principais Contas:
� Empréstimos a Coligadas
� Títulos a Receber
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
23
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
ATIVO NÃO CIRCULANTE (cont.)
Investimento
• são aplicações que nada têm a ver com a atividade da Entidade. Por
exemplo: a compra de ações de outras empresas, imóveis alugados a
terceiros, obras de arte.
Principais Contas:
� Investimentos em Controladas
� Investimentos em Coligadas
� Obras de Arte
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
24
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
ATIVO NÃO CIRCULANTE (cont.)
Imobilizado
• bens corpóreos destinados à manutenção da atividade operacional da
Entidade.
Principais Contas:
� Máquinas e Equipamentos
� Móveis eUtensílios
� Imóveis (fábrica)
� Veículos
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
25
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
ATIVO NÃO CIRCULANTE (cont.)
Intangível
• bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade operacional
da Entidade.
Principais Contas:
� Patentes
� Marcas
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
26
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
PASSIVO CIRCULANTE – evidencia todas as dívidas com terceiros que serão
pagas a curto prazo.
Principais Contas:
� Fornecedores
� Salários a Pagar
� Impostos a Pagar
� Empréstimos bancários
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
27
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
PASSIVO NÃO CIRCULANTE – compreende as obrigações com terceiros que
serão liquidadas a longo prazo.
Principais Contas:
� Financiamentos
� Empréstimos de Sócios
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
28
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
PATRIMÔNIO LÍQUIDO – representa os investimentos dos proprietários
(Capital) mais o Lucro Acumulado (não distribuído aos proprietários e ainda não
incorporados ao Capital).
Principais Contas:
� Capital Social
� Reservas de Capital (Reserva de Ágio/Deságio, Reserva
de Correção Monetária)
� Reservas de Lucros (Reserva para Contingências)
� Lucros/Prejuízos Acumulados
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
29
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
É um resumo ordenado das receitas e das despesas da Entidade em determinado
período (normalmente 12 meses) para conhecer seu resultado (lucro ou prejuízo).
DRE
Cia. Sucesso
Receita $ 90.000
Despesa ($ 40.000)
Lucro $ 50.000
DRE
Cia. Fracasso
Receita $ 90.000
Despesa ($ 110.000)
Prejuízo ($ 20.000)
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
30
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Receita
• corresponde, em geral, ao resultado (preço) da venda de mercadorias ou
da prestação de serviços.
• refletida no Balanço Patrimonial através da entrada de dinheiro no Caixa
(receita à vista) ou entrada em forma de direitos a receber (ex. duplicatas
a receber)
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
31
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Despesa
• é todo sacrifício, todo o esforço da Entidade para obter receita.
• refletida no Balanço através da redução do Caixa ou de reduções de
outras contas do ativo, como é o caso de desgaste de máquinas
(depreciação).
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
32
Interação entre Balanço Patrimonial e a DRE
Balanço Patrimonial
Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido :
Capital
Lucros Acumulados
Resultado do Exercício XXX
Demonstração do Resultado
do Exercício
Receita
(-) Despesas
(=) Resultado do Exercício XXX
(Lucro ou Prejuízo)
Contas
Patrimoniais
Contas de Resultado
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
A. Circulante
Caixa
Bancos
Duplicatas a Receber
(-)Provisão Devedores Duvidosos
Estoques
A. Não Circulante Longo Prazo
Empréstimos a Coligadas
Empréstimos a Diretores
A. Não Circulante Imobilizado
Imóveis
(-) Depreciação Acum. Imóveis
Veículos
(-) Depreciação Acum. Veículos
Móveis e Utensílios
(-) Depreciação Acum. Móv. Utens.
A. Não Circulante Investimentos
Ações de Cias. Controladas
Imóveis para Alugar
A. Não Circulante Intangíveis
Patentes
Marcas
Balanço Patrimonial da Cia Nacional em 31/12/2001
P. Circulante
Fornecedores
Impostos a Recolher
Salários a Pagar
Contas a Pagar
P. Não Circulante
Financiamentos
Patrimônio Líquido
Capital Subscrito
(-) Capital a Integralizar
(=) Capital Integralizado
Reserva de Capital
Reserva de Lucros
Legal
Estatutária
para Contingência
Lucros Acumulados
Resultado do Exercício xxx
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Bruta
(-) Deduções
Receita Líquida
(-) Custos de Produção/Venda
Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
Lucro Operacional
(-) Despesas não Operacionais
(+) Receitas não Operacionais
Lucros Antes do IR (LAIR)
(-) Provisão para IR
Lucro Depois do IR
(-) Participação de Debêntures
(-) Participação dos Empregados
(-) Participação da Administração
(-) Participação das Partes Beneficiárias
(-) Contribuições e Doações
Lucro Líquido (Resultado do Exerc.) xxx
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
34
Técnica da Partida Dobrada
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo + 
PL
Razonete
Título da Conta
Débito Crédito
Os leigos em Contabilidade, geralmente, são levados a pensar que
Débito significa algo desfavorável, e Crédito algo favorável. Na
realidade, isto não ocorre pois tais denominações são simplesmente
convenções contábeis.
Aplicação Origem
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
35
Técnica da Partida Dobrada
A natureza da conta é que determinará o lado a ser utilizado para os
aumentos e o lado para as diminuições.
qualquer conta Ativo
débito crédito
$ aumentos $ diminuições
qualquer conta Passivo
débito crédito
$ aumentos$ diminuições
qualquer conta PL
débito crédito
$ aumentos$ diminuições
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Patrimônio Líquido
Ativo
Balanço Patrimonial
Passivo
Caixa
(lado do débito) (lado do crédito)
Financiamentos
(lado do débito) (lado do crédito)
Capital
(lado do débito) (lado do crédito)
+ –
Para AUMENTAR, 
DÉBITO
Para DIMINUIR, 
CRÉDITO
Para DIMINUIR, 
DÉBITO
Para AUMENTAR, 
CRÉDITO
Para DIMINUIR, 
DÉBITO
Para AUMENTAR, 
CRÉDITO
+–
+–
FIM
37
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS JURÍDICAS
Integração IRPJ, IRPF e IRF
IRPJ 2013
1
2
RETENÇÃO NA FONTE –
BENEFICIÁRIO PJ
Rendimento IRF CSL PIS COFINS
Prestação de serviços de natureza profissional (cf. lista) 1,5% 1% 0,65% 3%
Representação comercial ou mediaçao de negócios 1,5% 1% 0,65% 3%
Publicidade e propaganda 1,5% 1% 0,65% 3%
Serviços prestados por cooperativa de trabalho 1,5% 1% 0,65% 3%
Factoring 1,5% 1% 0,65% 3%
Limpeza, conservação, segurança e locação MDO 1% 1% 0,65% 3%
Fornecimento de bens e serviços para órgão público federal (A) 1% 0,65% 3%
(A) 15% x (receita x percentual conforme Lucro Presumido)
Retenção na fonte sobre pagamentos efetuados de PJ para PJ
3
RETENÇÃO NA FONTE –
BENEFICIÁRIO PJ
Rendimento IRF CSL PIS COFINS
Juros sobre o capital próprio 15% - - -
Rendimento de Aplicação Financeira (Renda Fixa) (B) - - -
(B) Alíquotas de 15%, 17,5%, 20% e 22,5%, conforme o prazo de investimento
Retenção na fonte sobre pagamentos efetuados de PJ para PJ
4
RETENÇÃO NA FONTE –
BENEFICIÁRIO PJ
Prestação de serviços de natureza profissional, conforme 
lista taxativa contida no art. 647 do RIR/99, a qual inclui:
– Administração de bens ou negócios
– Advocacia
– Arquitetura
– Consultoria
– Contabilidade
– Economia
– Engenharia (exceto construção civil)
– Ensino e treinamento
– Medicina
– Odontologia
5
RETENÇÃO NA FONTE –
BENEFICIÁRIO PJ
Tratamento dos tributos retidos na fonte
– Os valores retidos poderão ser deduzidos, pelo 
contribuinte, do valor do imposto e contribuições de 
mesma espécie devidos.
– Portanto, a retenção é feita a título de antecipação do 
valor do tributos efetivamente devidos pelo 
contribuinte.
6
ISENÇÃO
Distribuição de Dividendos
– Desde 1996, a distribuição de dividendos ao sócio ou 
acionista encontra-se isenta do imposto de renda.
– Aplica-se ao sócio ou acionista PF ou PJ, residente ou 
não no Brasil.
– Isenção alcança IRPF, IRPJ, IRF, CSL, PIS, COFINS
• Isenção tanto na fonte quanto na declaração de rendimentos.
– ParBcipação nos Lucros e Resultados (PLR) ≠ Dividendo
7
INVESTIMENTO EM PJ
Conferência de Bens em Integralização de Capital 
por Pessoa Física
– Avaliação do bem pelo valor da declaração ou pelo 
valor de mercado
• Valor da declaração: não há ganho de capital
•Valor superior ao da declaração: ganho de capital tributável
– Tributação do ganho de capital na PF (sócio ou 
acionista)
8
INVESTIMENTO EM PJ
Conferência de Bens em Integralização de Capital 
por Pessoa Física
– Exemplo – PF aumenta capital social de PJ conferindo 
bem imóvel, até então registrado na Declaração por 
$500.000.
– Conferência do imóvel por $500.000
• PF baixa imóvel e registra quotas da PJ por $500.000
• Não há ganho de capital tributável
– Conferência do imóvel por $700.000
• PF baixa imóvel e registra quotas da PJ por $700.000
• PF deverá recolher IR sobre $200.000, a título de ganho de 
capital
9
INVESTIMENTO EM PJ
Lei n. 9.249/95
Art. 23. As pessoas físicas poderão transferir a pessoas jurídicas, a título de 
integralização de capital, bens e direitos pelo valor constante da respectiva 
declaração de bens ou pelo valor de mercado.
§ 1º Se a entrega for feita pelo valor constante da declaração de bens, as 
pessoas físicas deverão lançar nesta declaração as ações ou quotas 
subscritas pelo mesmo valor dos bens ou direitos transferidos, não se 
aplicando o disposto no art. 60 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro 
de 1977, e no art. 20, II, do Decreto-Lei nº 2.065, de 26 de outubro de 1983.
§ 2º Se a transferência não se fizer pelo valor constante da declaração de 
bens, a diferença a maior será tributável como ganho de capital.
10
INVESTIMENTO EM PJ
Restituição da Participação no Capital ao Sócio, 
mediante Entrega de Bens 
– PJ (e não o sócio) poderá avaliar o bem a ser entregue 
pelo valor contábil (custo no balanço) ou pelo valor de 
mercado.
• Valor contábil: não há ganho de capital
• Valor superior ao contábil: ganho de capital tributável
– Tributação do ganho de capital na PJ (e não no sócio ou 
acionista)
11
INVESTIMENTO EM PJ
Restituição da Participação no Capital ao Sócio, 
mediante Entrega de Bens 
– Exemplo – PJ restitui toda a participação que 
determinado sócio possui, entregado-lhe imóvel, 
registrado contabilmente por $300.000.
– Se o imóvel for avaliado pelo valor contábil $300.000
• Sócio baixa quotas e registra imóvel pelo mesmo valor da 
participação extinta (pode haver divergência com o fisco, se 
este exigir o registro pelo valor contábil na PJ)
• O valor da Declaração pode ou não ser igual ao valor contábil 
do imóvel na PJ (normalmente não é)
• Não há ganho de capital tributável
12
INVESTIMENTO EM PJ
Restituição da Participação no Capital ao Sócio, 
mediante Entrega de Bens 
– Se o imóvel for avaliado a valor de mercado, superior 
ao valor contábil ($400.000)
• Sócio baixa quotas e registra o imóvel pelo valor da avaliação 
a mercado ($400.000)
• A diferença entre o valor da avaliação a mercado e o valor 
contábil do bem ($100.000) constituirá ganho de capital, 
tributável na PJ
• A diferença entre o valor do imóvel registrado na Declaração 
e o valor das quotas baixadas será considerado rendimento 
isento / não-tributável na declaração
13
INVESTIMENTO EM PJ
Lei n. 9.249/95
Art. 22. Os bens e direitos do ativo da pessoa jurídica, que forem 
entregues ao titular ou a sócio ou acionista. a título de devolução de sua 
participação no capital social, poderão ser avaliados pelo valor contábil 
ou de mercado.
§ 1º No caso de a devolução realizar-se pelo valor de mercado, a 
diferença entre este e o valor contábil dos bens ou direitos entregues 
será considerada ganho de capital, que será computado nos resultados 
da pessoa jurídica tributada com base no lucro real ou na base de cálculo 
do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido 
devidos pela pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou 
arbitrado.
14
INVESTIMENTO EM PJ
Lei n. 9.249/95
§ 2º Para o titular, sócio ou acionista, pessoa jurídica, os bens ou direitos 
recebidos em devolução de sua participação no capital serão registrados 
pelo valor contábil da participação ou pelo valor de mercado, conforme 
avaliado pela pessoa jurídica que esteja devolvendo capital.
§ 3º Para o titular, sócio ou acionista, pessoa física, os bens ou direitos 
recebidos em devolução de sua participação no capital serão informados, 
na declaração de bens correspondente à declaração de rendimentos do 
respectivo ano-base, pelo valor contábil ou de mercado, conforme 
avaliado pela pessoa jurídica.
§ 4º A diferença entre o valor de mercado e o valor constante da 
declaração de bens, no caso de pessoa física, ou o valor contábil, no caso 
de pessoa jurídica, não será computada, pelo titular, sócio ou acionista, 
na base de cálculo do imposto de renda ou da contribuição social sobre o 
lucro líquido.
15
COMPARAÇÃO PF x PJ
Retenção na fonte por PJ nos pagamentos feitos para PJ ou PF
16
COMPARAÇÃO PF x PJ
Retenção na fonte por PJ nos pagamentos feitos para PJ ou PF
17
COMPARAÇÃO PF x PJ
Retenção na fonte por PJ nos pagamentos feitos para PJ ou PF
18
EXERCÍCIO
O Sr. Luciano Amargo possui 3 apartamentos e aufere 
mensalmente o montante total de R$ 30.000,00 (R$ 10.000 cada) 
em função da locação de referidos imóveis.
Analisar, apresentando os números, qual a forma mais vantajosa 
para o Sr. Luciano Amargo sofrer a tributação sobre esses 
rendimentos (tributação na PF ou PJ-Lucro Presumido?).
Para tanto, considerar o seguinte: o Sr. Luciano Amargo possui 2 
filhos em idade escolar, pagando mensalidades de R$ 800 para 
cada filho. Durante o exercício, Luciano incorreu em despesas com 
médicas de R$ 5.000. Há, ainda, despesas com o plano de saúde 
que custa R$ 2.500 por mês.
19
1ª OPÇÃO
Renda dos 3 apartamentos sendo tributada na PF
APURAÇÃO DO IRPF
Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ 30.000 x 12 360.000,00
Dedução - Dependentes 3 x 1.974,72 5.924,16 (-)
Dedução - Instrução (limite de dedução) 2 x 3.091,35 6.182,70 (-)
Dedução - Despesas Médicas 5.000 + (12 x 2.500) 35.000,00 (-)
BASE DE CÁLCULO 312.893,14 (=)
Alíquota Aplicável 27,50% (x)
VALOR APURADO 86.045,61 (=)
Parcela a Deduzir 9.078,38 (-)
IMPOSTO DEVIDO 76.967,23 (=)
20
2ª OPÇÃO
Renda dos 3 apartamentos sendo tributada na PJ/Lucro Presumido
Receita Bruta 360.000,00 
Coeficiente de Presunção 32% (x) 
Base de Cálculo IRPJ/Lucro Presumido 115.200,00 (=) 
 alíquota básica IRPJ 15% (x) 
 IRPJ (alíquota básica) 17.280,00 (=) 
 Base de Cálculo IRPJ/Adicional 
(desconto de 240.000) 
0,00
 alíquota adicional IRPJ 10% (x) 
 IRPJ (alíquota básica) 0,00 (=) 
 IRPJ Devido (alíquota básica + adicional) 17.280,00 
 IRPJ DEVIDO 
Base de Cálculo CSL/Lucro Presumido 115.200,00 
 alíquota CSL 9% (x) 
 CSL DEVIDA E A PAGAR 10.368,00 (=) 
 CSL DEVIDA 
IRPJ/CSL/PIS/COFINS 40.788,00 
 IRPJ/CSL/PIS/COFINS - LUCRO PRESUMIDO 
Receita Bruta 360.000,00 
 alíquota PIS/Cofins 3,65%
 PIS/COFINS DEVIDOS 13.140,00 
 PIS/COFINS DEVIDOS 
21
3ª OPÇÃO
Renda de 2 apartamentos sendo tributada na PJ/Lucro Presumido
Renda de 1 apartamento sendo tributada na PF
APURAÇÃO DO IRPF
Rendimentos Tributáveis Recebidos de 
PJ 10.000 x 12 120.000,00
Dedução - Dependentes 3 x 1.974,72 5.924,16 (-)
Dedução - Instrução (limite de dedução) 2 x 3.091,35 6.182,70 (-)
Dedução - Despesas Médicas 5.000 + (12 x 2.500) 35.000,00 (-)
BASE DE CÁLCULO 72.893,14 (=)
Alíquota Aplicável 27,50% (x)
VALOR APURADO 20.045,61 (=)
Parcela a Deduzir 9.078,38 (-)
IMPOSTO DEVIDO 10.967,23 (=)
22
Receita Bruta 240.000,00 
Coeficiente de Presunção 32% (x) 
Base de Cálculo IRPJ/Lucro Presumido 76.800,00 (=) 
 alíquota básica IRPJ 15% (x) 
 IRPJ (alíquota básica) 11.520,00 (=) 
 Base de Cálculo IRPJ/Adicional 
(desconto de 240.000) 
0,00
 alíquota adicionalIRPJ 10% (x) 
 IRPJ (alíquota básica) 0,00 (=) 
 IRPJ Devido (alíquota básica + adicional) 11.520,00 
 IRPJ DEVIDO 
Base de Cálculo CSL/Lucro Presumido 76.800,00 
 alíquota CSL 9% (x) 
 CSL DEVIDA E A PAGAR 6.912,00 (=) 
 CSL DEVIDA 
IRPJ/CSL/PIS/COFINS 27.192,00 
 IRPJ/CSL/PIS/COFINS - LUCRO PRESUMIDO 
Receita Bruta 240.000,00 
 alíquota PIS/Cofins 3,65%
 PIS/COFINS DEVIDOS 8.760,00 
 PIS/COFINS DEVIDOS 
3ª OPÇÃO
Renda de 2 apartamentos sendo tributada na PJ/Lucro Presumido
Renda de 1 apartamento sendo tributada na PF
23
3ª OPÇÃO
Renda de 2 apartamentos sendo tributada na PJ/Lucro Presumido
Renda de 1 apartamento sendo tributada na PF
IRPJ / CSL / PIS / COFINS 27.192,00
APURAÇÃO IRPJ / CSL / PIS / COFINS - LUCRO PRESUMIDO
APURAÇÃO DO IRPF
IRPF 10.967,23
TOTAL DEVIDO
Total Devido 38.159,23
24
4ª OPÇÃO
Renda de 1 apartamento sendo tributada na PJ/Lucro Presumido
Renda de 2 apartamentos sendo tributada na PF
APURAÇÃO DO IRPF
Rendimentos Tributáveis Recebidos de 
PJ 20.000 x 12 240.000,00
Dedução - Dependentes 3 x 1.974,72 5.924,16 (-)
Dedução - Instrução (limite de dedução) 2 x 3.091,35 6.182,70 (-)
Dedução - Despesas Médicas 5.000 + (12 x 2.500) 35.000,00 (-)
BASE DE CÁLCULO 192.893,14 (=)
Alíquota Aplicável 27,50% (x)
VALOR APURADO 53.045,61 (=)
Parcela a Deduzir 9.078,38 (-)
IMPOSTO DEVIDO 43.967,23 (=)
25
Receita Bruta 120.000,00 
Coeficiente de Presunção 32% (x) 
Base de Cálculo IRPJ/Lucro Presumido 38.400,00 (=) 
 alíquota básica IRPJ 15% (x) 
 IRPJ (alíquota básica) 5.760,00 (=) 
 Base de Cálculo IRPJ/Adicional 
(desconto de 240.000) 
0,00
 alíquota adicional IRPJ 10% (x) 
 IRPJ (alíquota básica) 0,00 (=) 
 IRPJ Devido (alíquota básica + adicional) 5.760,00 
 IRPJ DEVIDO 
Base de Cálculo CSL/Lucro Presumido 38.400,00 
 alíquota CSL 9% (x) 
 CSL DEVIDA E A PAGAR 3.456,00 (=) 
 CSL DEVIDA 
IRPJ/CSL/PIS/COFINS 13.596,00 
 IRPJ/CSL/PIS/COFINS - LUCRO PRESUMIDO 
Receita Bruta 120.000,00 
 alíquota PIS/Cofins 3,65%
 PIS/COFINS DEVIDOS 4.380,00 
 PIS/COFINS DEVIDOS 
4ª OPÇÃO
Renda de 1 apartamento sendo tributada na PJ/Lucro Presumido
Renda de 2 apartamentos sendo tributada na PF
26
Renda de 1 apartamento sendo tributada na PJ/Lucro Presumido
Renda de 2 apartamentos sendo tributada na PF
IRPJ / CSL / PIS / COFINS 13.596,00
APURAÇÃO IRPJ / CSL / PIS / COFINS - LUCRO PRESUMIDO
4ª OPÇÃO
APURAÇÃO DO IRPF
IRPF 43.967,23
TOTAL DEVIDO
Total Devido 57.563,23
27
CONCLUSÃO
Tributação dos 3 imóveis na PJ 40.788,00
2a OPÇÃO
1a OPÇÃO
Tributação dos 3 imóveis na PF 76.967,23
3a OPÇÃO
Tributação de 2 imóveis na PJ e 1 imóvel na PF 38.159,23
4a OPÇÃO
Tributação de 2 imóveis na PF e 1 imóvel na PJ 57.563,23
28
F I M
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS JURÍDICAS
Lucro Presumido
Lucro Arbitrado Simples Nacional
IRPJ 2013
1
2
CONCEITOS INICIAIS
�O IRPJ não incide sobre o lucro contábil das
pessoas jurídicas.
�Incide somente sobre um lucro legal, determinado
conforme as regras estabelecidas pela legislação
tributária.
3
CONCEITOS INICIAIS
�Existem três sistemáticas para a determinação do
lucro das pessoas jurídicas:
−Lucro Real
−Lucro Presumido
−Lucro Arbitrado
4
LUCRO REAL:
– É o resultado líquido apurado na
escrituração comercial, ajustado pelas adições,
exclusões e compensações admitidas ou impostas
pela legislação tributária.
CONCEITOS INICIAIS
5
LUCRO PRESUMIDO:
−É o lucro determinado através da aplicação de um
percentual sobre os valores globais da receita
auferida pela pessoa jurídica.
−Este percentual ou coeficiente é expressamente
previsto em lei e varia em função da atividade da
empresa.
CONCEITOS INICIAIS
6
LUCRO ARBITRADO:
−É o valor determinado, geralmente pela autoridade fiscal,
através da aplicação de percentual sobre a receita da empresa
no caso de descumprimento das normas da legislação
tributária de forma a impossibilitar a apuração pelo método
do lucro real ou do lucro presumido.
−Esta sistemática corresponde a um montante
aproximadamente 20% superior ao do lucro presumido.
CONCEITOS INICIAIS
7
CONTRIBUINTES DO IRPJ:
−Pessoas jurídicas
�pessoas jurídicas de direito privado, inclusive empresas
públicas e sociedade de economia mista
�filiais, sucursais, agências ou representações no país das PJ
com sede no exterior (“estabelecimento permanente”)
�comitentes domiciliados no exterior, quando os resultados
das operações realizadas por seus mandatários ou comissários
no País (“doing business in Brazil”)
CONCEITOS INICIAIS
8
CONTRIBUINTES DO IRPJ:
−Empresas individuais:
�as firmas individuais
−empresário pessoa física que efetua inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis
�as pessoas físicas que promoverem a incorporação de
prédios em condomínio ou loteamento de terrenos.
CONCEITOS INICIAIS
9
CONTRIBUINTES DO IRPJ:
−Empresas individuais (cont.):
�as pessoas físicas que, em nome individual, explorem,
habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica
de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de
lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços
=> equiparação não se aplica às pessoas físicas que exerçam
as profissões de, por exemplo, médico, engenheiro,
advogado, dentista, veterinário
CONCEITOS INICIAIS
10
CONTRIBUINTES DO IRPJ:
−Sociedades cooperativas
−Sociedades em conta de participação
−Sociedades em comum (sociedade de fato)
CONCEITOS INICIAIS
11
Não são contribuintes do IRPJ:
−Condomínios edilícios
�tributação no condômino
−Consórcios de empresas
�tributação em cada empresa consorciada
Todavia, condomínios e consórcios são obrigados a reter e 
recolher tributos (IRF e contribuições) nos pagamentos 
efetuados a terceiros
CONCEITOS INICIAIS
12
Entidades imunes:
−Templos de qualquer culto
−Instituições de educação, sem fins lucrativos
−Entidades de assistência social, sem fins lucrativos
Entidades isentas:
−Instituições de caráter filantrópico, recreativo,
cultural e científico e as associações civis, sem fins
lucrativos.
CONCEITOS INICIAIS
Lucro Presumido
13
14
LUCRO PRESUMIDO
1. Apuração da Base de Cálculo
−Não se estende a todas as empresas. Algumas são
obrigadas à apuração pelo lucro real.
−A empresa poderá subtrair de sua receita bruta os
valores relativos a:
� vendas canceladas
�descontos concedidos incondicionalmente e
�impostos não cumulativos, incidentes sobre a venda,
cobrados destacadamente (IPI e ICMS de substituição).
15
1. Apuração da Base de Cálculo
Percentuais de presunção (IRPJ):
1,6% - revenda de combustível a consumidor final;
8% - indústria, comércio, transporte de carga e serviços hospitalares;
16% - serviços de transporte;
32% - prestação de serviços em geral, intermediação de negócio e administração e
locação de bens móveis e imóveis e direitos de qualquer natureza.
LUCRO PRESUMIDO
16
1. Apuração da Base de Cálculo
Percentuais de presunção (cont.):
100% - Receitas concernentes a atividades não 
compreendidas no objeto social da empresa;
100% - Receitas financeiras em geral
100% - Ganhos de capital
LUCRO PRESUMIDO
17
−Caso uma empresa realize atividades enquadradas
em dois ou mais grupos em que os percentuais
estabelecidos pela legislação sejam distintos, o seu
lucro presumido deverá ser apurado em relação à
receita bruta de cada atividade, separadamente.
−Para se chegar à base de cálculo do imposto, devem
ser somadas ao lucro presumido as demais receitas
que a empresa tenha eventualmente percebido no
período.
LUCRO PRESUMIDO
18
1.1 - Adições à Base de Cálculo
−Demais receitas que a empresa tenha eventualmente
percebidono período:
�juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras;
�descontos financeiros obtidos;
�aluguéis de bens do ativo permanente, caso a empresa não
possua objeto social administração e locação de bens móveis
e imóveis e direitos de qualquer natureza;
LUCRO PRESUMIDO
19
1.1 - Adições à Base de Cálculo (cont.)
�os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas
entre empresas controladoras, controladas, coligadas ou
interligadas, exceto se a mutuária for instituição financeira
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
�os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge)
realizadas em bolsa de valores, de mercadorias e de futuros
ou no mercado de balcão;
LUCRO PRESUMIDO
20
1.1 - Adições à Base de Cálculo (cont.)
�os juros relativos a impostos ou contribuições a serem
restituídos ou compensados;
�as variações monetárias ativas;
�os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações
financeiras de renda fixa e variável (não descontado o IRRF);
�as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por
pessoas jurídicas, ainda que a título de indenização, em virtude
de rescisão de contrato;
LUCRO PRESUMIDO
21
1.1 - Adições à Base de Cálculo (cont.)
�valores recuperados, correspondentes a custos e despesas,
salvo se a empresa comprovar não os ter deduzido em período
anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação
com base no lucro real ou que se refiram ao regime de
tributação com base no lucro presumido ou arbitrado;
�juros relativos à remuneração do capital próprio;
LUCRO PRESUMIDO
22
1.1 - Adições à Base de Cálculo (cont.)
�o valor dos encargos suportados pela mutuária que exceder o
limite calculado com base na taxa libor, para depósitos em
dólares dos Estados Unidos da América, pelo prazo de 6
meses, acrescidos de 3% anuais a título de spread
proporcionalizados em função do período a que se referirem
os juros, quando pagos ou creditados a pessoa vinculada no
exterior e o contrato não for registrado no Banco Central do
Brasil;
LUCRO PRESUMIDO
23
1.1 - Adições à Base de Cálculo (cont.)
�a diferença de receita correspondente ao valor calculado com
base na taxa a que se refere o item anterior e o valor
contratado, quando este for inferior, caso o contrato, não
registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado com
mutuária definida como pessoa vinculada domiciliada no
exterior.
LUCRO PRESUMIDO
24
Não se pode confundir os percentuais utilizados para a
apuração da base de cálculo do imposto com a alíquota
do tributo.
Possui duas etapas:
1) apuração da base de cálculo;
2) cálculo do imposto através da multiplicação do valor
encontrado na primeira etapa pela alíquota estipulada
pela legislação.
LUCRO PRESUMIDO
25
2. Alíquota
−A alíquota do Imposto de Renda incidente sobre o
lucro das pessoas jurídicas é de 15%, independente
da forma de apuração.
3. Adicional do IR
−A parcela do lucro da pessoa jurídica que exceder ao
montante de R$ 20.000,00 por mês do período de
apuração, em qualquer forma de apuração, estará
sujeita a incidência do adicional do IR, à razão de
10%.
LUCRO PRESUMIDO
26
3. Adicional do IR
Dessa forma, o imposto devido corresponderá a 15%
do valor da base de cálculo obtida através de
qualquer sistemática de apuração, acrescido de 10%
do montante que ultrapassar o limite mensal de R$
20.000,00.
Como nesta modalidade a apuração é trimestral,
estará sujeito ao adicional o montante de lucro que
exceder R$ 60.000,00.
LUCRO PRESUMIDO
27
4. Deduções do imposto apurado com base 
no lucro presumido
a) o valor do IR retido na fonte que tenha incidido 
sobre as receitas incluídas na base de cálculo;
b) o valor do IR recolhido indevidamente ou a maior 
em períodos anteriores.
LUCRO PRESUMIDO
28
5. Período de apuração
−A apuração do IRPJ pelo lucro presumido deve ser
realizada trimestralmente, podendo o imposto ser
recolhido em quota única, ou em até três parcelas
iguais e sucessivas.
LUCRO PRESUMIDO
29
6. Vantagens do lucro presumido
−Simplicidade: dispensa a obrigatoriedade de
escrituração contábil, com exceção do livro de
registro de inventário e do Livro Caixa.
−Pode significar um excelente planejamento
tributário para as empresas que possuam um
percentual de lucro em relação à receita bruta
superior ao coeficiente previsto pela legislação
tributária para seu ramo de atividade.
LUCRO PRESUMIDO
30
7. Contribuição Social sobre o Lucro (CSL)
−Tem por base de cálculo o lucro das empresas.
−A legislação determina que sejam aplicadas as mesmas
normas de apuração do IRPJ, devendo inclusive ser
determinada segundo a mesma sistemática de apuração
utilizada para o IR (lucro presumido, real ou arbitrado).
LUCRO PRESUMIDO
31
7. Contribuição Social sobre o Lucro (CSL)
−Relativamente a fatos geradores ocorridos a partir de
jan/2003, a alíquota da CSL é de 9%.
LUCRO PRESUMIDO
32
7. Contribuição Social sobre o Lucro (CSL)
−Se a empresa optar pela tributação através do lucro presumido,
a base de cálculo da CSL corresponderá à somatória das
seguintes parcelas:
�32% da receita bruta da empresa prestadora de: a) serviços em geral,
exceto a de serviços hospitalares; b) intermediação de negócios; c)
administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos
de qualquer natureza; d) prestação cumulativa e contínua de serviços
de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de
riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring).
LUCRO PRESUMIDO
33
7. Contribuição Social sobre o Lucro (CSL)
�12% da receita bruta das demais empresas;
�100% demais receitas e ganho de capital;
�100% rendimentos de renda fixa ou variável.
LUCRO PRESUMIDO
34
Caso Prático - 1
A empresa Auto Posto São Paulo Ltda. tem por objeto 
social, simultaneamente, a venda de combustíveis a 
consumidor final, a venda de produtos alimentícios, de 
limpeza etc. (loja de conveniência) e a prestação de 
serviços de borracharia.
Com base no Demonstrativo de Resultado abaixo, apurar o 
IR e a CSL devidos pela empresa no 1º trimestre de 2005.
LUCRO PRESUMIDO
35
LUCRO PRESUMIDO
DEMOSTRATIVO DO RESULTADO DO PERÍODO - 1º TRIMESTRE - 2005
(isoladamente considerado)
Receita da venda de combustíveis 1.200.000,00
Receita da venda de mercadorias 500.000,00
Receita da prestação de serviços de borracharia 20.000,00
RECEITA BRUTA TOTAL 1.720.000,00
PIS (Receita Total + Resultados Financeiros) (11.186,50)
COFINS (Receita Total + Resultados Financeiros) (51.630,00)
RECEITA LÍQUIDA 1.657.183,50
Custo (185.183,50)
LUCRO BRUTO 1.472.000,00
Despesas operacionais (870.800,00)
LUCRO OPERACIONAL 601.200,00
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 20.000,00
Ganho de Capital alienação de bem imóvel 20.000,00
RESULTADOS FINANCEIROS 1.000,00
Rendimento de aplicação de renda fixa (bruto)* 1.000,00
RESULTADO NO PERÍODO (lucro contábil) 622.200,00
*Alíquota de 20% quando prazo de aplicação for entre 6 meses e um dia e 12 meses
36
LUCRO PRESUMIDO
APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA - LUCRO PRESUMIDO
RECEITA BRUTA VALOR (R$) PERCENTUAL BASE DE CÁLCULO
Receita - combustíveis 1.200.000,00 1,6% 19.200,00
Receita - mercadorias 500.000,00 8% 40.000,00
Receitas - borracharia 20.000,00 32% 6.400,00
LUCRO PRESUMIDO 65.600,00
Acréscimos 21.000,00
(resultado não operc. e financ.)*
BASE DE CÁLCULO - IR 86.600,00
Imposto de Renda (15%) 12.990,00
Adicional IR (10% x R$26.600,00) 2.660,00
IMPOSTO 15.650,00
Deduções (IR - fonte sobre renda fixa) (200,00)
IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 15.450,00
* incluído o valor bruto do rendimento de aplicação em renda fixa
37
APURAÇÃO DA CSL- LUCRO PRESUMIDO
RECEITA VALOR PERCENTUAL BASE CÁLCULO
Receita Bruta 1.700.000,00 12% 204.000,00
Receita Bruta 20.000,00 32% 6.400,00
Acréscimos 21.000,00
(result. não operac. e financ.)*
BASE DE CÁLCULO - CSL 231.400,00
CSL A RECOLHER (9%) 20.826,00
* incluído o valor bruto do rendimento de aplicação em renda fixa
LUCRO PRESUMIDO
38
�Nesse exemplo, o IR e a CSL devidos pela
empresa Auto Posto São Paulo Ltda. apurados
através da sistemática do lucro presumido são,
respectivamente, de R$ 15.450,00 e de
R$ 20.826,00.
LUCRO PRESUMIDO
39
�É interessante ressaltar que, apesar de o resultado
do período de apuração (1º trimestre de 2005) ter
sido R$ 622.200,00, a base de cálculo do IR da
empresa foi R$ 86.600,00.
�Pode-se, assim, constatar que o lucro tributado pelo
IRPJ não corresponde ao verdadeiro lucro da
empresa (lucro contábil), mas sim a um lucro
determinado conforme as regras da sistemática de
apuração utilizada.
LUCRO PRESUMIDO
40
1. Contribuição ao PIS por empresa
tributada pelo IR com base no Lucro
Presumido ou Lucro Arbitrado
A Contribuição ao Programa de Integração Social –
PIS incide à alíquota de 0,65%, é cumulativa e tem 
como base de cálculo a totalidade das receitas 
auferidas pela empresa.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
SOBRE A RECEITA
41
Deduções da Receita Bruta para 
cálculo do PIS/Cofins
Lei 9.718/98, art. 3°:
§ 1° - Entende-se por receita bruta a totalidade das
receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo
irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a
classificação contábil adotada para as receitas.
−dispositivo revogado pela Lei nº 11.941/2009
42
Deduções da Receita Bruta para 
cálculo do PIS/Cofins
§ 2° - Para fins da determinação da base de cálculo
das contribuições a que se refere o art. 2°, excluem-
se da receita bruta: (...)
I – as vendas canceladas, os descontos
incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos
Industrializados – IPI e o Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, quando
cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos
serviços na condição de substituto tributário;
43
II – as reversões de provisões operacionais e
recuperações de créditos baixados como perda
que não representem ingresso de novas
receitas, o resultado positivo da avaliação de
investimentos pelo valor do patrimônio
líquido e os lucros e dividendos derivados de
investimento avaliados pelo custo de
aquisição, que tenham sido computados como
receita;
Deduções da Receita Bruta para 
cálculo do PIS/Cofins
44
III – (suspenso)
IV – a receita decorrente da venda de bens do 
ativo permanente (receitas não operacionais).
Deduções da Receita Bruta para 
cálculo do PIS/Cofins
45
Isenção de PIS e COFINS:
•Exportação de mercadorias;
•Prestação de serviços ao exterior, cujo pagamento
represente ingresso de divisa;
•Fornecimento de mercadoria e serviço para consumo
a bordo em tráfego internacional;
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
SOBRE A RECEITA
46
Isenção de PIS e COFINS:
•Frete de transporte internacional;
•Venda para comercial exportadora com fim
específico de exportação.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
SOBRE A RECEITA
47
3. COFINS por empresa tributada com
base no Lucro Presumido ou Lucro
Arbitrado
A Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social - COFINS tem por base de cálculo a
totalidade das receitas auferidas, ressalvadas as
mesmas exceções aplicáveis ao PIS, e alíquota de
3%.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
SOBRE A RECEITA
Lucro Arbitrado
48
49
LUCRO ARBITRADO
1. Forma de Apuração
−Nessa sistemática, a base de cálculo do IR é arbitrada
pela autoridade fiscal através da aplicação de
determinados percentuais sobre a receita bruta da
pessoa jurídica, ou, caso esta não seja conhecida, sobre
outros valores relativos ao patrimônio ou atividade da
sociedade.
50
−A apuração pelo lucro arbitrado é aplicada ao contribuinte
que descumpre as obrigações da legislação para a apuração
do IR pelo lucro real ou presumido, qualquer que seja sua
forma de constituição social. Nesse sentido, esta
sistemática somente é aplicável quando:
�o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não
mantiver escrituração nas formas das leis comerciais ou fiscais ou
deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela
legislação fiscal;
LUCRO ARBITRADO
51
�a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar
evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências
que a tornem imprestável para:
•identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária;
•determinar o lucro real;
�o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros
e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro caixa,
nos quais deverá estar escriturada a movimentação financeira,
inclusive bancária;
LUCRO ARBITRADO
52
�o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar
de escriturar os seus livros comerciais de modo que demonstre,
além dos próprios rendimentos, os lucros reais apurados nas
operações de conta alheia, em cada ano-calendário;
�o contribuinte que possuir patrimônio líquido superior a R$
1.800.000,00 no balanço patrimonial imediatamente anterior, não
apresentar, quando requisitado pelo fisco, os arquivos em meios
magnéticos ou assemelhados dos sistemas de processamento
eletrônico de dados, utilizados para registrar negócios e atividades
econômicas, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza
contábil ou fiscal, nos prazos fixados pela legislação em vigor;
LUCRO ARBITRADO
53
�o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas
contábeis recomendadas, livro razão ou fichas utilizadas para
resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados
no livro Diário;
�o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no
lucro presumido.
�o contribuinte não regularizar a escrituração do Livro Diário ou
Livro Caixa, no prazo previsto na intimação, sem prejuízo da
exigência de multa;
LUCRO ARBITRADO
54
2. Percentuais de Aplicação Sobre a Receita Bruta
−Na hipótese de ser conhecida a receita bruta da pessoa
jurídica, sobre ela serão aplicados percentuais para a
apuração da base de cálculo do IR (1,92%; 9,6%;
19,2% e 38, 4%)
−Caso as atividades realizadas pela empresa enquadrem-
se em duas ou mais faixas percentuais, a autoridade
aplicará os percentuais indicados em relação à receita
proveniente de cada uma das atividades,
separadamente.
LUCRO ARBITRADO
55
3. Percentuais no Caso de a Receita Bruta não
ser Conhecida
−Nessa hipótese, a autoridade fiscal tomará por base
outros valores relativos à empresa e respectivos
percentuais, que variam de 0,12 a 1,5%.
−Ao valor do lucro arbitrado apurado através da aplicação
dos percentuais indicados sobre a receita bruta ou sobre
os demais valores referidos, a autoridade fiscal acrescerá:
LUCRO ARBITRADO
56
�o ganho de capital, demais receitas e resultados positivos
decorrentes das receitas não compreendidas nos itens
anteriores;
�rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações
financeiras;
�o lucro inflacionário acumulado, bem como o saldo de
lucros cuja tributação tenha sido diferida de períodos-base
anteriores;
�demais parcelas de valores controlados na parte B do
Livro de Apuração do Lucro Real, que deveriam ter sido
adicionadas ao lucro real;
LUCRO ARBITRADO
57
�os valores recuperados, correspondentes a custos e
despesa, inclusive com perdas no recebimento de
créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter
deduzido em período anterior no qual tenha se submetido
ao regime de tributação com base no lucro real ou que se
refirama período no qual se tenha submetido ao regime
de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado;
�juros sobre o capital próprio auferidos;
LUCRO ARBITRADO
58
�valor dos encargos suportados pela mutuária que
exceder o limite calculado com base na taxa Libor, para
depósitos em dólares dos Estados Unidos da América,
pelo prazo de seis meses, acrescida de três por cento
anuais a título de spread, proporcionalizados em função
do período a que se referirem os juros, quando pagos ou
creditados a pessoa vinculada no exterior e o contrato
não for registrado no Banco Central do Brasil
LUCRO ARBITRADO
59
�a diferença de receita correspondente ao valor calculado
com base na taxa a que se refere o item acima e o valor
contratado, quando este for inferior, caso o contrato, não
registrado no Banco Central do Brasil, for realizado com
mutuária definida como pessoa vinculada domiciliada no
exterior;
�as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada
por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em
virtude de rescisão de contrato.
LUCRO ARBITRADO
60
−Quando a empresa for submetida à apuração do IR através da
sistemática do lucro arbitrado, esta modalidade abrangerá todo
o período de apuração (trimestre).
−O contribuinte poderá, no entanto, optar pela tributação
através do lucro real em relação aos demais trimestres não
submetidos ao arbitramento, desde que disponha da
escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal exigida
por aquela forma de tributação.
−No mesmo sentido, poderá o contribuinte optar pela tributação
pelo lucro presumido nos demais trimestres, desde que não
esteja obrigado à utilização da sistemática do lucro real.
LUCRO ARBITRADO
61
4. Contribuição Social Sobre o Lucro
−No caso de a pessoa jurídica ter seu lucro arbitrado pela
autoridade fiscal, a CSL será calculada sobre o montante
de 12% da receita bruta da empresa (32% no caso de
prestadora de serviços), adicionado do ganho de capital,
rendimentos e ganhos líquidos de aplicações financeiras e
demais resultados positivos.
−Na hipótese de a receita bruta não ser conhecida, a CSL
será calculada a partir do lucro arbitrado na forma do item
3.
LUCRO ARBITRADO
62
4. Contribuição Social Sobre o Lucro
−A alíquota aplicável é a mesma utilizada na apuração pelo
lucro presumido e pelo lucro real, ou seja, 9%.
LUCRO ARBITRADO
Simples Nacional
63
64
SIMPLES NACIONAL
1. Conceito
−O Simples Nacional ou Supersimples consiste em um
regime unificado de apuração e recolhimento de impostos e
contribuições federais, estaduais e municipais.
−Estados e Municípios são obrigados a participar
�os tributos excluídos estão expressos na legislação.
−Vigência desde 1/7/2007
�anteriormente, existia o Simples Federal, de adesão facultativa para
Estados e Municípios.
65
SIMPLES NACIONAL
1. Conceito
−Podem optar pelo Simples Nacional as microempresas (ME)
empresas de pequeno porte (EPP), assim consideradas a
sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário
que, em 2012:
a) no caso das microempresas, aufira, em cada ano 
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 
360.000,00;
b) no caso das empresas de pequeno porte, aufira, em cada 
ano calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual 
ou inferior a R$ 3.600.000,00.
66
SIMPLES NACIONAL
2.1 Tributos abrangidos (LC 123/06)
−IRPJ
−IPI
−CSL
−PIS/Cofins
−Contribuição Previdenciária Patronal
−ICMS
−ISS
67
SIMPLES NACIONAL
2.2 Tributos não abrangidos (LC 123/06)
−Imposto de Importação
−Imposto de Exportação
−ITR
−IR sobre rendimentos ou ganhos líquidos auferidos
em aplicações de renda fixa ou variável
−IR relativo aos ganhos de capital auferidos na
alienação de bens do ativo permanente
68
SIMPLES NACIONAL
2.2 Tributos não abrangidos (LC 123/06)
−Imposto de Renda na Fonte relativo aos pagamentos
ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas
físicas
−IPI e PIS/Cofins devidos na importação
−FGTS
−Contribuição Previdenciária do Empregado
−ICMS-ST e ICMS devido na importação
−ISS-ST e ISS devido na importação
69
SIMPLES NACIONAL
3. Não podem optar pelo Simples Nacional a ME
ou a EPP (alguns exemplos):
a) de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
b) que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, 
de pessoa jurídica com sede no exterior;
c) de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita 
como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba 
tratamento jurídico diferenciado desde que a receita bruta 
global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00 no ano 
calendário;
70
SIMPLES NACIONAL
3. Não podem optar pelo Simples Nacional a ME
ou a EPP (alguns exemplos):
d) cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por 
cento) do capital de outra empresa não beneficiada pelo 
Estatuto, desde que a receita bruta global ultrapasse o 
limite de R$ 3.600.000,00 no ano calendário;
e) que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
f) que exerça atividade de instituição financeira; 
g) constituída sob a forma de sociedade por ações;
71
SIMPLES NACIONAL
3. Não podem optar pelo Simples Nacional a ME
ou a EPP (alguns exemplos):
h) cujo sócio seja domiciliado no exterior;
i) que exerça as seguintes atividades:
�factoring;
�transporte intermunicipal ou interestadual de passageiros;
�prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, 
de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que 
constitua profissão regulamentada ou não, bem como a prestação de 
serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de 
intermediação de negócios.
72
SIMPLES NACIONAL
4. Base de Cálculo
Receita bruta auferida no mês, separada conforme
se tratar de:
�revenda de mercadorias;
�venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte;
�prestação de serviços ou locação de bens móveis;
�venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária e
tributação concentrada em uma única etapa (monofásica)
�outros casos
73
SIMPLES NACIONAL
5. Alíquotas (variável cf. atividade e valor da receita bruta anual)
•Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito
passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12
meses anteriores ao do período de apuração.
•A depender do tipo de receita auferida, haverá uma 
tabela específica de alíquota a ser aplicada.
74
SIMPLES NACIONAL
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS 
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 
 
5. Alíquotas (variável cf. atividade e valor da receita bruta anual)
75
F I M
LUCRO PRESUMIDO 
 
 
EXERCÍCIO 1. Calcule o IRPJ, a CSL e as contribuições ao PIS e Cofins devidos na sistemática do Lucro Presumido pelaCompanhia Prata da Casa Ltda., tendo por base os seguintes dados do trimestre: 
 
receita bruta de venda de mercadorias 1.000.000 
receita bruta de prestação de serviços 500.000 
venda de mercadorias canceladas 50.000 
ganho de capital na venda de bem do ativo imobilizado 250.000 
rendimentos de aplicação financeira de renda fixa 30.000 
despesas operacionais na venda de mercadorias 350.000 
despesas operacionais na prestação de serviços 200.000 
IRF – retenção realizada pelo cliente da prestação de serviços 15.000 
 
DADOS: 
Percentuais de presunção IRPJ: 
1,6% - revenda de combustível a consumidor final; 
8% - indústria, comércio, transporte de carga e serviços hospitalares; 
16% - serviços de transporte; 
32% - prestação de serviços em geral, intermediação de negócio e administração e locação de bens móveis e 
imóveis e direitos de qualquer natureza. 
100% - Receitas concernentes a atividades não compreendidas no objeto social da empresa; 
100% - Receitas financeiras em geral 
100% - Ganhos de capital 
Percentuais de presunção CSL: 
12% da receita bruta das demais empresas; 
32% da receita bruta da empresa prestadora de: a) serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares; b) 
intermediação de negócios; c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer 
natureza; d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de 
crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios 
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
100% demais receitas e ganho de capital; 
100% rendimentos de renda fixa ou variável. 
Alíquota Básica do IRPJ: 15% Alíquota CSL: 9% 
Adicional de IRPJ: 10% (sobre a parcela do lucro tributável que ultrapassar R$ 20.000 ao mês) 
Alíquota do PIS: 0,65% Alíquota da COFINS: 3% 
AULA 2 – IRPF e IRF 
 
GABARITO 
 
(a) Imposto de Renda na Fonte como 
antecipação (IRF-A) 
 
(b) Recolhimento Mensal Obrigatório (RMO) 
Janeiro 686,67 Janeiro 
Fevereiro 686,67 Fevereiro 
Março 686,67 Março 143,2 
Abril 53,47 Abril 
Maio 2.184,44 Maio 
Junho 2.184,44 Junho 
Julho 2.184,44 Julho 273,6 
Agosto 2.130,97 Agosto 
Setembro 3.244,44 Setembro 
Outubro 5.994,44 Outubro 
Novembro 3.244,44 Novembro 
Dezembro 3.244,44 Dezembro 
Total 26.525,53 Total 416,8 
 
(c) Imposto de Renda por alíquota fixa 
- tributação definitiva (IR-AF) 
 
(d) Imposto de Renda na Fonte Exclusivo - 
alíquota fixa (IRF-E) 
Janeiro Janeiro 
Fevereiro Fevereiro 
Março Março 
Abril 7.500,00 Abril 
Maio Maio 400,00 
Junho 1.575,00 Junho 
Julho Julho 
Agosto 7.800,00 Agosto 600,00 
Setembro 840,00 Setembro 78,75 
Outubro Outubro 
Novembro Novembro 
Dezembro Dezembro 125,97 
Total 17.715,00 Total 1.204,72 
 
 
 
DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL 
 
Exercício 2013 
 
Ano base 2012 
Nome do Contribuinte Titular Bernardo Ribeiro de Menezes 
CPF 123.456.789-00 
 
Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelo Titular 
 154.000,00 
 
Rendimentos Tributárveis Recebidos de PF pelo Titular 
 6.670,00 
 
Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis 
 259.630,00 
 
 
Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva na Fonte 
 9.066,66 
 
Rendimentos Sujeitos à Tributação Definitiva 
 118.100,00 
 
Apuração do IRRF Devido no Ano 
 
 
 
Rendimentos Tributáveis 
 160.670,00 
 
 
Deduções 
 
 
 Contribuição à Previdência 3.600,00 
 Dependentes 3.949,44 
 Despesas com instrução 6.182,70 
 
Despesas 
Médicas 12.960,00 
 
 
Base de Cálculo 
 133.977,86 
 
 
Imposto Devido 
 27.765,53 
 
 
Imposto Pago 
 
 
 IRF-A 26.525,53 
 Carnê-leão 416,80 
 IR-AF 17.715,00 
 IR-E 1.204,72 
 
 
Imposto a Pagar ou a Restituir 
 
823,20 
 
 
 
 
DECLARAÇÃO DE BENS E DIREITO
Sítio "Boi Bravo", Piracicaba/SP
Apartamento, Santos/SP
Fusca 1970, versão de colecionador 0,006.000,00
Valor em 31/12/2010 Valor em 31/12/2011
250.000,00 0,00
372.000,00 0,00
 
 
RESOLUÇÃO ANALÍTICA DO EXERCÍCIO 
 
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS DE PESSOAS JURÍDICAS – APURAÇÃO IRF-A 
Como se depreende dos dados do exercício, os rendimentos recebidos pelo indivíduo A, foram pagos, pelas 
respectivas pessoas jurídicas, conforme quadro abaixo: 
 
Fonte Pagadora Rendimento
PJ 1 salários
PJ 2 honorários
PJ 3 aluguel
PJ 4 pro labore
PJ 5 salários e gratificação 
O cálculo do IRF-A deverá ser realizado com a utilização da tabela progressiva, sendo calculado a medida em 
que a fonte pagadora disponibilizar o respectivo rendimento, conforme fórmula a seguir (embora o exercício 
não tenha pedido a dedução de despesas na formação da base de cálculo do IRF-A): 
 
rendimento bruto
dedução de dependentes (na fonte em que aplicável (-)
dedução da contribuição previdenciária (-)
BASE DE CÁLCULO (=)
alíquota aplicável (x)
VALOR APURADO (=)
parcela a deduzir (-)
VALOR DE RETENÇÃO (=) 
Assim, de acordo com o art. 111 do RIR/99, e consideradas as alterações posteriores na legislação tributária, 
aplicaremos a seguinte tabela progressiva para a apuração mensal do IRF-A, relativamente aos rendimentos 
produzidos no exercício 2013, ano-base 2012: 
Rendimentos Pagos pela PJ1 
 
Rendim. Bruto Alíquota Parcela a Deduzir Valor IRF-A 
Jan 5.000,00 27,50% 756,53 618,47 
Fev 5.000,00 27,50% 756,53 618,47 
Mar 5.000,00 27,50% 756,53 618,47 
Abr 
Mai 
Jun 
Jul 
Ago 
Set 
Out 
Nov 
Dez 
Total 15.000,00 1.855,41 
 
 
Rendimentos Pagos pela PJ2 
 
Rendim. Bruto Alíq. Parcela a Deduzir Valor IRF-A 
Jan 900,00 isento 0,00 
Fev 
Mar 
Abr 
Mai 
Jun 
Jul 
Ago 
Set 
Out 
Nov 
Dez 
Total 900,00 0,00 
 
Rendimentos Pagos pela PJ3 
 
Rendim. Bruto Alíquota Parcela a Deduzir Valor IRF-A 
Jan 2.500,00 15,00% 306,80 68,2 
Fev 2.500,00 15,00% 306,80 68,2 
Mar 2.500,00 15,00% 306,80 68,2 
Abr 2.350,00 7,50% 122,78 53,47 
Mai 2.350,00 7,50% 122,78 53,47 
Jun 2.350,00 7,50% 122,78 53,47 
Jul 2.350,00 7,50% 122,78 53,47 
Ago 
Set 
Out 
Nov 
Dez 
Total 16.900,00 418,48 
 
Rendimentos Pagos pela PJ4 
 
Rendim. Bruto Alíquota Parcela a Deduzir Valor IRF-A 
Jan 
Fev 
Mar 
Abr 
Mai 10.500,00 27,50% 756,53 2.130,97 
Jun 10.500,00 27,50% 756,53 2.130,97 
Jul 10.500,00 27,50% 756,53 2.130,97 
Ago 10.500,00 27,50% 756,53 2.130,97 
Set 10.500,00 27,50% 756,53 2.130,97 
Out 10.500,00 27,50% 756,53 2.130,97 
Nov 10.500,00 27,50% 756,53 2.130,97 
Dez 10.500,00 27,50% 756,53 2.130,97 
Total 84.000,00 17.047,76 
 
 
Rendimentos Pagos pela PJ5 
 
Rendim. Bruto Alíquota Parcela a Deduzir Valor IRF-A 
Jan 
Fev 
Mar 
Abr 
Mai 
Jun 
Jul 
Ago 
Set 6.800,00 27,50% 756,53 1.113,47 
Out 16.800,00 27,50% 756,53 3.863,47 
Nov 6.800,00 27,50% 756,53 1.113,47 
Dez 6.800,00 27,50% 756,53 1.113,47 
Total 37.200,00 7.203,88 
 
É importante notar que, em outubro/2012, o Sr. Bernardo Ribeiro de Menezes recebeu salário e gratificação da 
mesma fonte pagadora (PJ 5).Este fato determina que as verbas sejam tributadas de forma conjunta pelo IRF-A, 
e não de forma separada. 
 
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS DE PESSOAS FÍSICAS – APURAÇÃO RMO OU “CARNÊ-LEÃO” 
De acordo com o art.106 do RIR/99: 
“Art. 106. Está sujeita ao pagamento mensal do imposto a pessoa física que 
receber de outra pessoa física, ou de fontes situadas no exterior, rendimentos 
que não tenham sido tributados na fonte, no País, tais como6: 
I – emolumentos e custas dos serventuários da Justiça, como tabeliães, notários, 
oficiais públicos e outros, quando não forem remunerados exclusivamente pelos 
cofres públicos; 
II – os rendimentos recebidos em dinheiro, a título de alimentos ou pensões, em 
cumprimento de decisão judicial, ou acordo homologado judicialmente, inclusive 
alimentos provisionais; 
 
6
 Trata-se de lista meramente exemplificativa; assim, quaisquer rendimentos percebidos pela pessoa física, pagos por outra 
pessoa física ou por fonte localizada no exterior (e que não tenham sido tributados na fonte), sujeitam-se a esta forma de 
apuração do imposto de renda. 
III – os rendimentos recebidos por residentes ou domiciliados no Brasil que 
prestem serviços a embaixadas, repartições consulares, missões diplomáticas ou 
técnicas ou a organismos internacionais de que o Brasil faça parte; 
IV – os rendimentos de aluguéis recebidos de pessoas físicas.” 
 
O cálculo do RMO, por sua vez, deverá ser realizado com a utilização da tabela progressiva, sendo calculado a 
medida em que o contribuinte for recebendo esses rendimentos. Como exemplo, caso o contribuinte aufira no 
mesmo mês diversos rendimentos, todos eles deverão ser somados, para, então, se chegar ao imposto devido 
(embora o exercício não tenha pedido a dedução de despesas da base de cálculo do RMO): 
 
rendimento 1 (aluguel recebido da PF x)
rendimento 2 (aluguel recebido da PF y) (+)
rendimento 3 (honorários recebidos da PF z) (+)
SOMATÓRIA DOS RENDIMENTOS (=)
dedução dos dependentes (-)
dedução da contribuição previdenciária (-)
livro caixa (-)
alíquota aplicável (x)
VALOR APURADO (=)
parcela a deduzir (-)
VALOR DO RECOLHIMENTO (=) 
Obs.: Aqui também pode-se deduzir dependentes, como no IRF-A. A escolha da dedução é livre. 
Assim, os rendimentos sujeitos a esta forma de apuração, bem como o montante do RMO (“Carnê-leão”) 
devido, serão os seguintes: 
 
Rendimentos Pagos pela PF1 
 
Rendim. Bruto Alíquota Parcela a Deduzir Valor RMO 
Jan 
Fev 
Mar 3.000,00 15,00% 306,8 143,2 
Abr 
Mai 
Jun 
Jul 
Ago 
Set 
Out 
Nov 
Dez 
Total 3.000,00 143,20 
 
Rendimentos Pagos pela PF2 
 
Rendim. Bruto Alíquota Parcela a Deduzir Valor RMO 
Jan 
Fev 
Mar 
Abr 
Mai 
Jun 
Jul 3.670,00 22,50% 552,15 273,6 
Ago 
Set 
Out 
Nov 
Dez 
Total 3.670,00 273,60 
 
 
RENDIMENTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO DEFINITIVA POR ALÍQUOTA FIXA – APURAÇÃO IR-AF 
Em geral, o cálculo do IR-AF ocorrerá da seguinte forma: 
rendimento bruto
alíquota aplicável (x)
VALOR DO RECOLHIMENTO (=) 
Especificamente na hipótese de apuração do ganho de capital, o cálculo do IR-AF deverá ser efetuado do 
seguinte modo: 
preço de venda do bem
custo de aquisição (-)
BASE DE CÁLCULO (ganho de capital) (=)
alíquota aplicável (x)
VALOR DO RECOLHIMENTO (=) 
Assim, os rendimentos sujeitos ao IR-AF, no caso apresentado, e os respectivos valores do IR-AF devido, são os 
seguintes: 
 
preço de venda do bem 300.000,00
custo de aquisição 250.000,00 (-)
BASE DE CÁLCULO (ganho de capital) 50.000,00 (=)
alíquota aplicável 15,00% (x)
VALOR DO RECOLHIMENTO 7.500,00 (=)
ALIENAÇÃO DO SÍTIO EM ABRIL
 
preço de venda do bem 400.000,00
custo de aquisição 372.000,00 (-)
BASE DE CÁLCULO (ganho de capital) 28.000,00 (=)
alíquota aplicável 15,00% (x)
VALOR DO RECOLHIMENTO 4.200,00 (=)
ALIENAÇÃO DO APARTAMENTO EM AGOSTO
 
preço de venda do bem 30.000,00
custo de aquisição 6.000,00 (-)
BASE DE CÁLCULO (ganho de capital) 24.000,00 (=)
alíquota aplicável 15,00% (x)
VALOR DO RECOLHIMENTO 3.600,00 (=)
ALIENAÇÃO DO AUTOMÍOVEL EM AGOSTO
 
 
RENDIMENTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA NA FONTE – APURAÇÃO IRF-E 
O cálculo do IRF-E poderá ocorrer, conforme o rendimento de que se trata, de uma das seguintes formas: 
• através da aplicação de alíquota fixa, sobre o rendimento bruto (exemplo de cálculo considera a 
aplicação financeira): 
rendimento bruto
alíquota aplicável (x)
VALOR DA RETENÇÃO (=) 
• através da aplicação da tabela progressiva (exemplo de cálculo considera o valor recebido a título de 13º 
salário): 
rendimento bruto
dedução de dependentes (-)
dedução da contribuição previdenciária (-)
BASE DE CÁLCULO (=)
alíquota aplicável (x)
VALOR APURADO (=)
parcela a deduzir (-)
VALOR DE RETENÇÃO (=) 
Assim, os rendimentos sujeitos ao IRF-E, no caso apresentado, e os respectivos valores do IRF-E devido, são os 
seguintes: 
Rendim. 
Bruto
Prazo 
Investim.
Alíquota 
IRF-E
Valor 
IRF-E
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai 2.000,00 200 dias 20,0% 400,00
Jun
Jul
Ago 4.000,00 900 dias 15,0% 600,00
Set 350,00 60 dias 22,5% 78,75
Out
Nov
Dez 450,00 400 dias 17,5% 78,75
Total 6.800,00 1.157,50
RENDIMENTOS DE APLICAÇÃO EM RENDA FIXA
 
13o Salário quitado em Dezembro 
 
 
1a parcela de novembro 1.133,33 
2a parcela de dezembro 1.133,33 (+) 
base de cálculo (ganho de capital) 2.266,66 (=) 
alíquota aplicável 7,5% (x) 
valor apurado 170,00 (=) 
parcela a dexuzir 122,78 (-) 
valor da retenção 47,22 (=) 
 
 
ELABORAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL 
Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ 
 
Rendimento Bruto IRF-A 
PJ 1 15.000,00 1.855,41 
PJ 2 900,00 0,00 
PJ 3 16.900,00 418,48 
PJ 4 84.000,00 17.047,76 
PJ 5 37.200,00 7.203,88 
total 154.000,00 26.525,53 
 
Rendimentos Tributáveis Recebidos de PF 
 
Rendimento Bruto RMO 
PJ 1 3.000,00 143,20 
PJ 2 3.670,00 273,60 
total 6.670,00 416,80 
 
Apuração do CAO ou Valor a Restituir 
Rendimentos tributáveis Recebidos de PJ 154.000,00 
Rendimentos tributáveis Recebidos de PF 6.670,00 (+) 
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS NA 
DECLARAÇÃO 160.670,00 (=) 
Dedução - Contribuição Previdenciária 3.600,00 (-) 
Dedução - Dependentes (2 x 1.974,72) 3.949,44 (-) 
Dedução - Instrução (2 x 3.091,35) 6.182,70 (-) 
Dedução - Despesas Médicas 12.960,00 (-) 
BASE DE CÁLCULO 133.977,86 (=) 
Alíquota Aplicável 27,50% (x) 
VALOR APURADO 36.843,91 (=) 
Parcela a Deduzir 9.078,38 (-) 
IMPOSTO NA DECLARAÇÃO DE AJUSTE 27.765,53 (=) 
Antecipação de imposto - IRF-A 26.525,53 (-) 
Antecipação de imposto - RMO ou Carnê-leão 416,80 (-) 
IMPOSTO A PAGAR OU A RESTITUIR 823,20 
 
OBSERVAÇÕES FINAIS 
Lista de rendimentos isentos 
• Bolsa de estudos FAPESP – RIR, art. 39, inciso VII 
VII - as bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, quando 
recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os 
resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem 
importem contraprestação de serviços (Lei nº 9.250, de 1995, art. 26) 
• Herança – RIR, art. 39, inciso XV 
XV - o valor dos bens adquiridos por doação ou herança, observado o disposto 
no art. 119 (Lei nº 7.713, de 1988, art. 6º, inciso XVI, e Lei nº 9.532, de 10 de 
dezembro de 1997, art. 23 e parágrafos); 
• Indenização por rescisão do contrato de trabalho, aviso prévio e FGTS – RIR, art. 39, inciso XX 
XX - a indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato 
de trabalho, até o limite garantido pela lei trabalhista ou por dissídio coletivo e 
convenções trabalhistas homologados pela Justiça do Trabalho, bem como o 
montante recebido pelos empregados e diretores e seus dependentesou 
sucessores, referente aos depósitos, juros e correção monetária creditados em 
contas vinculadas, nos termos da legislação do Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço - FGTS (Lei nº 7.713, de 1988, art. 6º, inciso V, e Lei nº 8.036, de 11 de 
maio de 1990, art. 28); 
• Caderneta de poupança – RIR, art. 39, inciso VIII 
VIII - os rendimentos auferidos em contas de depósitos de poupança (Lei nº 
8.981, de 1995, art. 68, inciso III); 
 
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS FÍSICAS
IRPF 2013
1
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
2
Formas de Apuração e Recolhimento do IRPF
1- Imposto sobre a Renda na Fonte por Antecipação (IRF-A)
2- Imposto sobre a Renda na Fonte Exclusivo (IRF-E)
3- Imposto sobre a Renda por Alíquota Fixa
4- Recolhimento Mensal Obrigatório (RMO)
5- Complementação Anual Obrigatória (CAO)
6- Recolhimento Complementar Facultativo (RCF)
3
1- IR na Fonte por Antecipação (IRF-A)
- a fonte pagadora tem a obrigação de calcular e descontar o
valor do imposto;
- em regra, aplica-se aos pagamentos efetuados por pessoa
jurídica a pessoa física:
(Pagamento)
Pessoa Jurídica Pessoa Física
IRF-A
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
4
1- IR na Fonte por Antecipação (IRF-A) (cont.)
-Algumas deduções permitidas para apuração (Exercício 2013):
- contribuições previdenciárias oficiais;
- contribuições para entidade de previdência complementar;
- R$ 164,56 por dependente;
- pensão judicial (inclusive prestação de alimentos);
- até R$ 1.637,11 correspondentes à parcela isenta dos 
rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão.
- Compensa-se com o imposto devido na declaração de ajuste 
anual (CAO)? SIM
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
5
1- IR na Fonte por Antecipação (IRF-A) (cont.)
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
rendimento bruto
dedução de dependentes (-)
dedução da contribuição previdenciária (-)
BASE DE CÁLCULO (=)
alíquota aplicável (x)
VALOR APURADO (=)
parcela a deduzir (-)
VALOR DE RETENÇÃO (=)
6
1- IR na Fonte por Antecipação (IRF-A) (cont.)
Exercício 2013 / Ano-Base 2012
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
Base de cálculo Mensal
em R$ Alíquota % Parcela a deduzir
até 1.637,11 - -
de 1.637,12 até 2.453,50 7,5 122,78
de 2.453,51 até 3.271,38 15 306,80
de 3.271,39 até 4.087,65 22,5 552,15
acima de 4.087,65 27,5 756,53
7
2- IR na Fonte Exclusivo (IRF-E)
- incide, de forma definitiva, sobre rendimentos pagos a
pessoa física, estando sob responsabilidade da fonte
pagadora a apuração, o desconto e o recolhimento do
imposto devido;
- sujeitam-se a essa forma de tributação: rendimentos de
aplicações financeiras, rendimentos pagos a residentes ou
domiciliados no exterior, 13º salário etc.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
8
2- IR na Fonte Exclusivo (IRF-E) (cont.)
- não se sujeitam a essa forma de tributação:
- rendimentos de cadernetas de poupança e juros de letras 
hipotecárias;
- juros produzidos por Bônus do Tesouro Nacional e Notas 
do Tesouro Nacional;
- rendimentos produzidos por Títulos da Dívida Agrária;
- rendimentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
9
2- IR na Fonte Exclusivo (IRF-E) (cont.)
- nos ganhos auferidos em aplicações de renda fixa, a 
alíquota varia de acordo com o prazo de aplicação (entre 
15% e 22,5%) - Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004 / 
IN n° 487/04 
- Compensa-se com o imposto devido na declaração de ajuste 
anual (CAO)? NÃO
prazo
180d 360d 720d
22,5%
20%
17,5%
15%
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
10
2- IR na Fonte Exclusivo (IRF-E) (cont.)
Rendimentos em Aplicação Financeira de Renda Fixa
rendimento bruto
alíquota aplicável (x)
VALOR DA RETENÇÃO (=)
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
11
2- IR na Fonte Exclusivo (IRF-E) (cont.)
13º Salário
rendimento bruto
dedução de dependentes (-)
dedução da contribuição previdenciária (-)
BASE DE CÁLCULO (=)
alíquota aplicável (x)
VALOR APURADO (=)
parcela a deduzir (-)
VALOR DE RETENÇÃO (=)
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
12
3- IR por Alíquota Fixa
(tributação definitiva)
- incide, de forma geral, sobre ganhos de capital e sobre
ganhos em aplicações de renda variável, sendo sua apuração
e recolhimento de responsabilidade do próprio contribuinte
que aufere a renda.
- alíquota aplicável: ganhos de capital e renda variável = 15%, 
(exceto nas operações day trade, em que a alíquota é de 
20%)
- Compensa-se com o imposto devido na declaração de ajuste 
anual (CAO)? NÃO
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
13
Ganho de Capital
Bens Imóveis
- A partir de 16/6/2005, isenção de IR sobre o ganho de capital 
na alienação de imóvel quando dentro de 180 dias se aplicar o 
produto da venda na aquisição de outros imóveis residenciais 
localizados no País.
OBS: benefício que só poderá ser utilizado a cada 5 anos pelo
mesmo beneficiário.
Base legal: art. 39 da Lei nº 11.196/05
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
14
Ganho de Capital (cont.)
Bens Imóveis
- Aplicação dos Fatores de Redução (FR1=1/1,0060m1 e 
FR2=1/1,0035m2) para a apuração da base de cálculo do 
IR.
Onde: 
-“m1”: número de meses decorridos entre a data de aquisição 
do imóvel e novembro de 2005.
- “m2”: número de meses decorridos entre dezembro de 2005 
ou o mês da aquisição do imóvel, se posterior, e o de sua 
alienação.
- Para imóveis adquiridos até dezembro de 1995, o 
FR1 será aplicado a partir de janeiro de 1996.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
15
Ganho de Capital (cont.)
Alienação do único imóvel
- Ganho de capital auferido na alienação do único 
imóvel que o titular possua, cujo valor de alienação seja de 
até R$ 440.000,00, é isento do IR.
Base legal: art. 39, inciso III, RIR/99
Imóveis adquiridos até dezembro de 1988
- Na alienação de imóveis adquiridos até 1988, 
aplica-se um percentual fixo de redução sobre o ganho de 
capital apurado, segundo o ano de aquisição do bem 
(redução varia de 5% a 100%). Base legal: art. 139/RIR
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
16
Ganho de Capital (cont.)
Bens de pequeno valor
É isento o ganho de capital auferido na alienação de bens e 
direitos de pequeno valor, ou seja, aqueles com valor de 
alienação, no mês, igual ou inferior a: 
I)R$ 20.000,00, no caso de alienação de ações negociadas no 
mercado de balcão;
II)R$ 35.000,00, nos demais casos.
Base legal: art. 38 da Lei nº 11.196/05
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
17
Ganho de Capital (cont.)
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
preço de venda do bem
custo de aquisição (-)
BASE DE CÁLCULO (ganho de capital) (=)
alíquota aplicável (x)
VALOR DO RECOLHIMENTO (=)
18
4- Recolhimento Mensal Obrigatório (RMO)
(Carnê-Leão)
- incide sobre:
(i) rendimentos recebidos de pessoas físicas;
(ii) rendimentos provenientes de fontes no exterior;
(iii) acréscimos patrimoniais não justificados por outros
rendimentos.
- a apuração é feita da mesma forma utilizada para apuração
do IRF-A, com a diferença de que a responsabilidade pela
apuração e recolhimento é do próprio contribuinte, e não da
fonte pagadora.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
19
4- Recolhimento Mensal Obrigatório (RMO)cont.
Livro Caixa
- A pessoa física, que exerce suas atividades de maneira 
autônoma, pode deduzir da receita decorrente do exercício 
de sua atividade profissional, despesas que correrem por sua 
conta, desde que sejam escrituradas em livro Caixa. (Ex.: 
eletricista, dentista, etc.)
- Compensa-se com o imposto devido na declaração de ajuste 
anual (CAO)? SIM
Base legal: (art. 76, § 2º, RIR/99)
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
20
4- Recolhimento Mensal Obrigatório (RMO)cont.
rendimento 1 (aluguel recebido da PF x)
rendimento2 (aluguel recebido da PF y) (+)
rendimento 3 (honorários recebidos da PF z) (+)
SOMATÓRIA DOS RENDIMENTOS (=)
dedução dos dependentes (-)
dedução da contribuição previdenciária (-)
livro caixa (-)
alíquota aplicável (x)
VALOR APURADO (=)
parcela a deduzir (-)
VALOR DO RECOLHIMENTO (=)
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
21
5- Complementação Anual Obrigatória – CAO
(Declaração de Ajuste Anual)
- Anualmente, o contribuinte deve entregar à Secretaria
da Receita Federal do Brasil (SRFB) sua Declaração de
Ajuste Anual (DAA), na qual é apurado o imposto sobre a
renda devido, no ano, decorrendo dessa apuração:
• valor complementar de imposto a pagar
(complementação anual obrigatória); ou
• valor de imposto pago a maior, que será
restituído ao contribuinte.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
22
5- Complementação Anual Obrigatória – CAO (cont.)
Deduções (Exercício 2013 / Ano-Base 2012)
- Contribuição à Previdência Social
- Contribuição à Previdência Privada e FAPI
- Dependentes (R$ 1.974,72 por dependente)
- Despesas com Instrução (limitadas a R$ 3.091,35 para o
contribuinte e idêntico valor para cada dependente)
- Despesas Médicas
- Pensão Alimentícia Judicial
- Livro Caixa (se o contribuinte o escriturar, para registrar
despesas profissionais)
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
23
5- Complementação Anual Obrigatória – CAO (cont.)
Obrigatoriedade de entrega da Declaração de Ajuste Anual
(Exercício 2013 / Ano-Base 2012):
a) recebeu rendimentos tributáveis na declaração em montante
superior a R$ 24.556,65;
b) recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou com
tributação exclusiva na fonte em montante superior a R$
40.000,00;
c) participou do quadro societário de empresa como titular,
sócio ou acionista, ou de cooperativa;
d) que exerça a atividade rural e obtenha renda bruta superior
a R$ 122.783,25 ou pretenda compensar prejuízos.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
24
5- Complementação Anual Obrigatória – CAO (cont.)
e) obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos;
f) realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de
futuros e assemelhadas;
g) teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro, de bens ou
direitos de valor superior a R$ 300.000,00;
h) passou à condição de residente no Brasil; e
i) optou pela isenção de IR sobre ganho de capital na venda de
imóvel residencial (prazo de 180 dias).
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
25
5 – Complementação Anual Obrigatória – CAO (cont.)
Exercício 2013 / Ano-Base 2012
.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
Base de cálculo Anual em R$ Alíquota % Parcela a deduzir
até 19.645,32 - -
de 19.645,33 até 29.442,00 7,5 1.473,40
de 29.442,01 até 39.256,56 15 3.681,55
de 39.256,57 até 49.051,80 22,5 6.625,79
acima de 49.051,80 27,5 9.078,38
26
5- Recolhimento Complementar Facultativo (RCF)
(Mensalão)
- Pode ser efetuado pelo contribuinte para antecipar o
pagamento do imposto devido na Declaração de Ajuste
Anual, no caso de recebimento de duas ou mais fontes
pagadoras, pessoa física e jurídica, ou mais de uma pessoa
jurídica. Este recolhimento deve ser efetuado no curso do
ano-calendário.
- Compensa-se com o imposto devido na declaração de ajuste
anual (CAO)? SIM
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
27
EXEMPLO
•Recebimento de salário mensal no valor de R$ 10.000,00 no 
ano de 2012.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
Rendimento Bruto 10.000,00
Alíquota Aplicável 27,50% (x)
Valor Apurado 2.750,00 (=)
Parcela a Deduzir 756,53 (-)
IRF-A 1.993,47 (=)
28
EXEMPLO
•Recebimento de rendimento de aplicação financeira de renda 
fixa de 365 dias, no valor de R$ 10.000,00 no ano de 2012.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
Rendimento Bruto 10.000,00
Alíquota Aplicável 17,50% (x)
IRF-E 1.750,00 (=)
29
EXEMPLO
•Venda de imóvel por R$ 1.000.000,00, cujo custo de aquisição 
era de R$ 990.000,00, no ano de 2012 (sem reduções).
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
preço de venda do bem 1.000.000,00
custo de aquisição 990.000,00 (-)
BASE DE CÁLCULO (ganho de capital) 10.000,00 (=)
alíquota aplicável 15,00% (x)
IR-AF 1.500,00 (=)
30
EXEMPLO
•Recebimento de aluguel pago por pessoa física, no valor de R$ 
10.000,00 no ano de 2012.
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
Rendimento Bruto 10.000,00
Alíquota Aplicável 27,50% (x)
Valor Apurado 2.750,00 (=)
Parcela a Deduzir 756,53 (-)
RMO 1.993,47 (=)
31
EXEMPLO
•12 salários mensais de R$ 10.000,00 no ano de 2012
•12 aluguéis mensais de R$ 10.000,00 pagos por PF
•IRF-A de R$ 23. 921,64 e RMO (carnê-leão) de R$ 23.921,64
•Dois dependentes
•Despesas médicas durante o ano de 2012, no valor de R$ 20.000,00
IMPOSTO DE RENDA – PESSOAS FÍSICAS
Rendimento Bruto Tributável na Declaração 240.000,00
Despesa com dependentes 3.949,44 (-)
Despesa médica 20.000,00 (-)
Base de cálculo 216.050,56 (=)
Alíquota Aplicável 27,5% (x)
Valor Apurado 59.413,90 (=)
Parcela a Deduzir 9.078,38 (-)
IRPF Devido na DAA 50.335,52 (=)
IRF-A + RMO 47.843,28 (-)
Valor a Pagar (Valor a Restituir) 2.492,24 (=)
FIM
32
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS JURÍDICAS
Momento da Realização da Renda
e
Renda em Transações Internacionais
IRPJ 2013
2
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Código Tributário Nacional
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a
renda e proventos de qualquer natureza, tem como fato
gerador a aquisição de disponibilidade econômica ou
jurídica:
I – de renda, assim entendido o produto do capital, do
trabalho ou da combinação de ambos;
II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos
os acréscimos patrimoniais não compreendidos no
inciso anterior.
3
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Relevância da Distinção entre Disponibilidade 
Jurídica e Disponibilidade Econômica da Renda
• Tributação da renda somente quando já efetivamente 
recebida (financeiramente) pelo titular?
ou seria possível...
• Tributação da renda já produzida, embora ainda não 
entregue ao seu titular?
4
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Disponibilidade da Renda – Rubens Gomes de 
Sousa, Henry Tilbery, Bulhões Pedreira
(1) Disponibilidade jurídica refere-se à renda 
produzida e ainda não recebida
• fruto pendente, já produzido, mas ainda não colhido
• o contribuinte possui título jurídico para o recebimento 
da renda, já podendo fazer uso ou tirar proveito do 
respectivo direito
• regime de competência (“accrual basis”)
5
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Disponibilidade da Renda – Rubens Gomes de 
Sousa, Henry Tilbery, Bulhões Pedreira
(2) Disponibilidade econômica refere-se à renda já 
percebida
• fruto não apenas produzido, mas também já colhido
• a renda já está nas mãos do seu titular
• regime de caixa (“cash basis”)
6
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Outro enfoque – Ricardo Mariz de Oliveira
Distinção conforme origem lícita ou ilícita de renda
(1) disponibilidade jurídica resultaria do ato regulado 
pelo direito (ex. renda do trabalho)
(2) disponibilidade econômica resultaria do ato não 
regulado pelo direito ou de ato ilícito (ex. renda do 
jogo de azar)
7
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Outro enfoque – Luís Eduardo Schoueri
Renda independe da existência de título jurídico
(1) disponibilidade jurídica resultaria do ato regulado 
pelo direito (consideração jurídica do patrimônio)
(2) disponibilidade econômica resultante de evento 
econômico de uso e gozo de determinado bem, ainda 
que sem título jurídico, mas como se proprietário 
fosse (consideração econômica do patrimônio).
8
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
De toda forma...
• ... há consenso na doutrina de que tanto é tributável a 
renda percebida quanto a renda auferida, embora 
ainda nãorecebida efetivamente (pagamento).
•A escolha por uma ou outra opção é uma questão de política 
fiscal. No Brasil, em regra:
- as PF são tributadas cf. regime de caixa
- as PJ são tributadas cf. regime de competência
� Lucro Real: sempre regime de competência
� Lucro Presumido: opção regime de caixa ou de competência
9
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Regime de Competência
• Caracteriza-se por atribuir a determinado período 
de apuração (período competente) o momento em 
que determinado acréscimo ao patrimônio deva 
ser computado como receita.
• Ou, ainda, o momento em que determinado custo, 
despesa ou encargo deva ser atribuído ao 
patrimônio.
10
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Regime de Competência
• Reconhecimento das receitas, custos e despesas 
quando definitiva e incondicionalmente 
incorporadas ao patrimônio, ainda que não 
recebidas em moeda.
• Contrapõe-se ao regime de caixa (“cash basis”), 
segundo o qual as mutações patrimoniais ativas e 
passivas somente são consideradas quando 
recebidas ou pagas em moeda.
11
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Regime de Competência
• Assim, no contrato de compra e venda, a receita 
não é reconhecida no fechamento do contrato nem 
no vencimento do prazo, mas na entrega da 
mercadoria (tradição) porque é neste momento 
que o vendedor transfere a propriedade do bem e 
cumpre com sua obrigação.
• O cumprimento da obrigação pelo vendedor é 
requisito para o reconhecimento da receita.
12
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Regime de Caixa
• No regime de caixa, o reconhecimento da receita 
pelo vendedor fica condicionado:
� ao cumprimento da respectiva obrigação 
(normalmente, a entrega da mercadoria ao 
comprador, via tradição); e
� ao efetivo recebimento (normalmente, o 
recebimento do dinheiro)
13
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Regime de Competência x Regime de Caixa
• Prevalência técnica do regime de competência na 
identificação dos fatos que conduzem à mutação do 
patrimônio da pessoa ao longo do tempo.
• O patrimônio não se resume ao dinheiro detido, pois 
engloba igualmente outros direitos e outras 
obrigações que essa pessoa tenha. 
• O regime de caixa ignora as mutações patrimoniais 
não-financeiras.
14
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Realização da Renda
Quando se diz que a renda encontra-se realizada, 
significa dizer que se atingiu o momento a partir do 
qual existe renda efetivamente percebida 
(normalmente, “dinheiro em mãos”) ou auferida 
juridicamente, que já pode ser usada e, portanto, 
também tributada.
15
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Realização da Renda
Teoria da renda-produto
• realização quando o “fruto” se destaca da 
árvore (= separação da renda)
• pagamento, crédito, entrega, emprego e 
remessa
Teoria da renda-acréscimo patrimonial
• realização quando se compara a situação 
inicial e final do patrimônio num dado período
16
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Não houve realização da renda...
IMPOSTO DE RENDA - RETENÇÃO NA FONTE - ACIONISTA. O
artigo 35 da Lei nº 7.713/88 e inconstitucional, ao revelar
como fato gerador do imposto de renda na modalidade
"desconto na fonte", relativamente aos acionistas, a simples
apuração, pela sociedade e na data do encerramento do
período-base, do lucro líquido, já que o fenômeno não
implica qualquer das espécies de disponibilidade versadas
no artigo 43 do Código Tributário Nacional, isto diante da Lei
nº 6.404/76.
Pleno do STF – RE 172.058 – DJ de 13/10/1995
17
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
E o que significa a realização do ativo?
• A realização do ativo designa os efeitos 
decorrentes de baixas de ativos, por vendas, 
perdas, depreciações, amortizações ou 
exaustões.
• Realização do Ativo = Baixa do Ativo do Balanço
18
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Periodicidade
• Há necessidade de unir todas as aquisições de 
renda e proventos ocorridas durante o período de 
apuração, para compor um único fato gerador, 
redundando na submissão a determinada 
periodicidade.
• decorrência dos princípios constitucionais da 
universalidade e da progressividade
19
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Periodicidade
• Cada fato aquisitivo de disponibilidade econômica 
ou jurídica de renda ou provento, de per si, não é 
suficiente para fazer nascer a obrigação tributária.
• A obrigação tributação somente nascerá quando 
estiver completo o ciclo de formação do acréscimo 
patrimonial.
20
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Periodicidade
• Ocorrência do fato gerador em 31/12 ou 1/1?
• Súmula 584 do STF - “Ao imposto de renda 
calculado sobre os rendimentos do ano-base, 
aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em 
que deve ser apresentada a declaração”
21
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Periodicidade
• A Súmula STF 584 reflete entendimento antigo, 
anterior a 1985.
� À época, sustentava-se que havia dois momentos para a 
formação do fato gerador, que poderiam ser diferentes:
� um de aquisição da disponibilidade da renda, e 
� outro, fixado pela lei, para o nascimento da 
obrigação tributária.
� Por isso a alíquota majorada de IR, válida a partir de 1º 
de janeiro do Ano 2 podia ser aplicada sobre a renda 
auferida ou percebida durante todo o Ano 1.
22
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Periodicidade
• posteriormente, a jurisprudência firmou-se no 
sentido de que o fato gerador do imposto anual 
ocorria na data de encerramento do período-
base, razão pela qual a legislação posterior não 
podia lhe atingir (RE 103.553, de 8.5.1986).
• a legislação também foi alterada: para os 
períodos-base encerrados a partir de 1986, 
regidos pela Lei 7.450, o fato gerador ocorria na 
data em que se encerrasse cada período-base.
23
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Momento da Retenção do IRF
Pagamento
� o pagamento é o ato de disponibilização pelo devedor (que 
é a fonte pagadora, sujeito passivo por responsabilidade) ao 
credor (que é o contribuinte), da renda ou do provento cuja 
disponibilidade jurídica já foi adquirida por este.
24
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Momento da Retenção do IRF
Crédito
� não é qualquer contrapartida contábil de um débito, mas o 
crédito que gera efeito jurídico de atribuição do direito de 
recebimento pelo credor
� ato da fonte de colocar a renda à disposição do beneficiário
� a fonte reconhece a dívida devida e vencida, e a 
disponibiliza em conta contábil individual para o credor
25
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Momento da Retenção do IRF
Emprego
� a fonte utiliza a renda em favor do beneficiário, segundo as 
instruções deste.
� aplicação financeira em nome do beneficiário
� pagamento do credor do beneficiário
26
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Momento da Retenção do IRF
Entrega
� colocação do valor devido ao beneficiário nas mãos de um 
terceiro, consoante instruções do beneficiário
� portador autorizado
27
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Momento da Retenção do IRF
Remessa
� efetivação do pagamento mediante o envio do dinheiro por 
interposta pessoa (banco)
� geralmente, transferências para o exterior
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Reconhecimento de Receita Fora do Período Competente
• em período anterior ao competente: normalmente 
não causa problema, constituindo mera infração, sem 
punição.
• poderá haver prejuízo para o fisco se as alíquotas 
dos períodos envolvidos forem diferentes.
• em período posterior ao competente: constitui 
postergação indevida, cujos efeitos devem ser 
anulados, com aplicação de punição e cobrança de 
juros.
MOMENTO DA REALIZAÇÃO DA RENDA
Reconhecimento de Despesa Fora do Período Competente
• em período anterior ao competente: constitui redução 
indevida, cujos efeitos devem ser anulados,com 
aplicação de punição e cobrança de juros.
• em período posterior ao competente: normalmente 
não causa problema, constituindo mera infração, sem 
punição.
• poderá haver prejuízo para o fisco se as alíquotas 
dos períodos envolvidos forem diferentes.
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Critérios adotados pelo Brasil para tributação da renda:
• pelo critério da fonte de pagamento: podem ser alcançados 
pela tributação todos os valores caracterizados como rendas 
ou proventos originados de qualquer fonte de pagamento 
situada no território nacional, ou seja, desde que submetida à 
lei brasileira.
• pelo critério da residência ou domicílio: podem ser alcançados 
pela tributação todos os valores caracterizados como rendas 
ou proventos obtidos em qualquer lugar do mundo por 
residentes ou domiciliados no Brasil
30
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Remessa de rendimentos do Brasil para o exterior
(de forma bem simplificada)
Importação IRF CIDE-Royalties PIS/Cofins ISS
Serviços Não-Técnicos 25% não há 9,25% até 5%
Serviços Técnicos (1) 15% 10% 9,25% até 5%
Royalties e Marcas 15% 10% não há não há
Compra de Mercadorias (2) não há não há 9,25% não há
31
(1) IN SRF 252/02 considera serviço técnico o trabalho, obra ou empreendimento 
cuja execução dependa de conhecimentos técnicos especializados, prestados por 
profissionais liberais ou de artes e ofícios;
(2) Considerar a eventual incidência de tributos aduaneiros (imposto de 
importação, IPI e ICMS)
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Remessa de rendimentos do exterior para o Brasil
(de forma bem simplificada)
Exportação IRPJ CSL PIS/Cofins ISS
Venda de mercadorias 25% 9% (*) imune / isenta não há
Prestação de serviços 25% 9% (*) imune / isenta isento
(*) discute-se judicialmente a extensão da imunidade das receitas de 
exportação (art. 149, par. 2o da CF/88) para a CSL, mas a jurisprudência do 
STF tem sido contrária.
32
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tributação do Lucro Auferido no Exterior
Código Tributário Nacional
Art. 43 ...
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da 
receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica 
ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de 
percepção. 
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do 
exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que 
se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do 
imposto referido neste artigo. 33
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tributação do Lucro Auferido no Exterior
Medida Provisória nº 2.158-35/2001
Art. 74. Para fim de determinação da base de cálculo do 
imposto de renda e da CSLL, nos termos do art. 25 da Lei 
nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e do art. 21 desta 
Medida Provisória, os lucros auferidos por controlada ou 
coligada no exterior serão considerados disponibilizados
para a controladora ou coligada no Brasil na data do 
balanço no qual tiverem sido apurados, na forma do 
regulamento.
34
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tributação do Lucro Auferido no Exterior
• o prejuízo auferido por controladas ou coligadas no 
exterior de empresa brasileira não poderá ser 
compensado com o lucro auferido em operações no 
Brasil.
• o lucro auferido por controladas ou coligadas no 
exterior de empresa brasileira poderá ser 
compensado com o prejuízo auferido em operações 
no Brasil.
35
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tributação do Lucro Auferido no Exterior
ADI 2588 (julgamento “quase” concluído)
• analisa a inconstitucionalidade do art. 43 § 2º do CTN (LC 104) e do 
art. 74 da MP 2158
• pela inconstitucionalidade (4): Marco Aurélio, Sepúlveda Pertence 
(aposentado), Ricardo Lewandowski e Celso de Mello
• pela constitucionalidade (4): Nelson Jobim (aposentado), Eros Grau 
(aposentado), Ayres Britto (aposentado) e Cezar Peluso (aposentado)
• pela inconstitucionalidade parcial: Ellen Gracie (aposentada) 
• impedido de votar: Gilmar Mendes
• pela inconstitucionalidade para “paraísos fiscais”: Joaquim Barbosa
36
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tratados Internacionais contra Bitributação
(1) Os tratados internacionais limitam a aplicação da 
legislação nacional
� os tributos são instituídos por lei e não por tratado
� não se deve analisar se um tratado permite ou autoriza 
a tributação, mas sim se ele a limita
� o poder de tributar de um dado país é limitado, não 
importando se é país de fonte ou de residência
37
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tratados Internacionais contra Bitributação
(2) Os tratados internacionais definem termos de forma 
diferente
� geralmente, sobre o tipo de renda e conceito de 
residente.
� primeiro, deve-se analisar uma definição sob a égide da 
legislação nacional.
� depois, deve-se aplicar o tratado, “ignorando” a 
legislação nacional.
38
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tratados Internacionais contra Bitributação
(3) Conceitos básicos: país de fonte e país de residência
� país de residência: o que tributa a renda em bases universais.
� a função do conceito de residência no tratado é determinar qual 
país deve evitar a dupla tributação – art. 4º da convenção-modelo 
(tie-breaker)
� receita de aluguel: a fonte está localizada no país onde se localiza 
o imóvel e não no país onde se localiza o devedor.
� receita de juros: a fonte se localiza no país de residência do 
devedor e não onde a sua conta bancária está localizada.
39
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tratados Internacionais contra Bitributação
(4) Os tratados não contêm regra definindo sujeito 
tributário
40
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tratados Internacionais contra Bitributação
(5) Convenção-Modelo da OCDE vale-se da estrutura cedular
e traz regras distintas para tributação dos rendimentos
a) rendimentos dos bens imobiliários (artigo 6º)
b) lucros (artigo 7º)
c) lucros de navegação marítima, interior e aérea (artigo 8º)
d) lucros de empresas associadas (artigo 9º)
e) dividendos (artigo 10)
f) juros (artigo 11)
g) royalties (artigo 12)
h) ganho de capital (artigo 13)
i) rendimentos pessoais (artigos 15 a 20)
j) outros rendimentos (artigo 21) 41
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tratados Internacionais contra Bitributação
(6) Redação padrão para definição de competência
Quando um residente de um Estado contratante receber 
rendimentos de (dividendos, juros, royalties etc.) provenientes 
do outro Estado contratante, então esses rendimentos:
(a) serão tributados no Estado contratante
(b) somente serão tributados no Estado contratante
(c) serão tributados no outro Estado contratante
(d) somente serão tributados no outro Estado contratante
Sempre que houver alusão a “somente”, a competência será exclusiva; 
acaso não haja tal referência, ambos os Estados podem exercer a sua 
pretensão tributária. 42
RENDA EM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS
Tratados Internacionais contra Bitributação
(7) Métodos para mitigar ou eliminar a dupla tributação
- método da isenção: consiste em eximir da tributação, total 
ou parcialmente, as rendas derivadas de fontes 
estrangeiras.
- método da imputação (“tax credit”): o Estado da Residência 
tributa a renda global do contribuinte, permitindo, 
entretanto, um crédito pelo imposto pago no Estado da 
Fonte, podendo este crédito estar sujeito ou não a uma 
limitação
43
44
F I M
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS JURÍDICAS
L u c r o R e a l ( I )
PIS/Cofins Não-Cumulativo
IRPJ 2013 
2
LUCRO REAL
1. Pessoas Jurídicas obrigadas à tributação
pelo Lucro Real
– empresas que tenham apurado receita bruta total
superior a R$ 48 milhões (R$ 72 milhões a partir
de 2014) no ano-calendário anterior, ou
proporcional ao número de meses do período-base,
quando inferior a 12 meses;– sejam instituições financeiras ou equiparadas;
– tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital
originados no exterior;
3
– queiram usufruir benefícios fiscais relativos à
isenção ou redução do IR;
– tenham efetuado pagamento do IR mensal pelo
regime de estimativa;
– explorem a atividade de factoring.
LUCRO REAL
4
E quem não estiver obrigado ao Lucro Real?
As pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas
à tributação pelo Lucro Real poderão também
utilizar esta sistemática de apuração,
facultativamente.
LUCRO REAL
2. Fórmula básica do Lucro Real
– Ao contrário da sistemática do Lucro
Presumido, pela qual se apura a base de cálculo
do IR a partir dos valores globais da receita
bruta da pessoa jurídica, na tributação pelo
método do Lucro Real chega-se à base de
cálculo do imposto através do:
lucro contábil da empresa, ajustado pelas
adições, exclusões e compensações previstas
pela legislação.
LUCRO REAL
– Exclusões: exclui valores na apuração fiscal
considerados na apuração contábil
• receitas não passíveis de tributação (ex. dividendos)
• dedução a título de benefício fiscal
– Adições: inclui valores na apuração fiscal
considerados na apuração contábil
• despesas indedutíveis
– Compensação: o resultado tributável passível
de tributação no período é diminuído pelos
resultados negativos registrados em períodos
anteriores, observados limites e condições.
LUCRO REAL
7
2. Fórmula básica do Lucro Real
Lucro Contábil
( + ) Adições
( - ) Exclusões .
( = ) Lucro Real antes da Compensação
( - ) Compensação de saldo negativo (prejuízo fiscal)
( = ) Lucro Real
LUCRO REAL
8
Portanto, o Lucro Real não é apurado através do confronto 
entre todas receitas tributáveis e todas despesas dedutíveis.
Lucro Contábil
Receita de vendas 100.000
Custo (40.000)
Salários (10.000)
Multa de trânsito ( 1.000)
Brindes (10.000)
Dividendos 5.000
Lucro Contábil 44.000
Lucro Fiscal
Receita de vendas 100.000
Custo (40.000)
Salários (10.000)
Multa de trânsito - o -
Brindes - o -
Dividendos - o - .
Lucro Real 50.000
LUCRO REAL
9
Lucro Contábil
Receita de vendas 100.000
Custo (40.000)
Salários (10.000)
Multa de trânsito ( 1.000)
Brindes (10.000)
Dividendos 5.000
Lucro Contábil 44.000
Livro de Apuração do Lucro Real
Lucro Contábil 44.000
Adições
(+) Multa de trânsito 1.000
(+) Brindes 10.000
Exclusões
(-) Dividendos (5.000) 
Lucro Real 50.000
LUCRO REAL
O Lucro Real é apurado a partir do Lucro Contábil
10
3. Períodos de Apuração
No Lucro Real, o contribuinte pode optar pela
apuração trimestral ou anual, conforme melhor
lhe convier.
• diversamente do Lucro Presumido, no qual o período
de apuração do imposto é obrigatoriamente trimestral
LUCRO REAL
11
3.1 Período de Apuração Trimestral
Se a opção do contribuinte for a apuração
trimestral, o IR deverá ser recolhido em quota
única ou em até três parcelas mensais, tal qual
ocorre no Lucro Presumido.
• A vantagem da opção por esta forma de apuração é
duvidosa, uma vez que vincula a compensação de
prejuízos fiscais eventualmente verificados no
trimestre ao limite de 30% do imposto devido no
período seguinte (conforme se verá mais adiante).
LUCRO REAL
12
3.2 Período de Apuração Anual
– No caso de a opção ser pelo regime de apuração
anual, a legislação determina que o contribuinte
recolha antecipações mensais do IR.
– O montante das referidas antecipações pode ser
determinado por duas formas diferentes:
• lucro real acumulado do período ou
• estimativa.
LUCRO REAL
13
3.2.1 Recolhimento Mensal com Base no
Lucro Real Acumulado do Período
– Nesse caso, o recolhimento mensal é feito com
base no Lucro Real apurado em balancete
patrimonial acumulado levantado, mês a mês,
pelo contribuinte.
– A apuração levará em conta o resultado parcial
auferido desde 1º de janeiro do ano-base até o
último dia do mês de referência.
LUCRO REAL
14
3.2.2 Antecipação Mensal com Base no
Lucro Estimado
– A apuração da antecipação mensal se dará com
base na receita bruta da empresa, de forma
semelhante à realizada no Lucro Presumido.
– Os coeficientes utilizados para apuração da
base de cálculo do lucro estimado são os
mesmos do Lucro Presumido.
LUCRO REAL
15
3.2.2 Antecipação Mensal com Base no
Lucro Estimado
A vantagem oferecida por esta forma de
apuração das antecipações mensais é a dispensa
de realização de balanços patrimoniais mensais
pela pessoa jurídica, facultando-se a realização
de balancetes de suspensão e redução do
imposto, conforme descrito no próximo subitem.
LUCRO REAL
16
3.2.2.1 Balancetes de Redução ou Suspensão
– A empresa que optar pela apuração anual com
antecipações mensais por estimativa poderá
reduzir ou suspender o recolhimento das
parcelas mensais do IR, desde que verifique,
com base em balancete patrimonial levantado
para esse fim, que o montante já antecipado é
superior ao devido em relação ao período
verificado.
– A apuração levará em conta o resultado parcial
auferido desde 1º de janeiro do ano-base até o
último dia do mês de referência.
LUCRO REAL
17
3.3 E ao final do período-base anual...
é apurado o lucro real anual, mediante confronto
entre receitas tributáveis e despesas dedutíveis
(mediante a técnica de ajuste do lucro contábil)
e verificado o montante do imposto realmente
devido no ano.
LUCRO REAL
18
3.3 E ao final do período-base anual...
– caso a somatória das antecipações
mensais seja inferior ao montante devido,
o contribuinte deverá recolher a
diferença.
– caso seja superior, o contribuinte poderá,
à sua opção, pedir a sua restituição ou
compensá-lo com o montante devido no
período seguinte.
LUCRO REAL
19
3.4 Caso Prático 1
A Comercial Ramos S/A apurou os seguintes valores em
decorrência da venda de mercadorias:
Apurar: (i) Lucro Real Trimestral e (ii) antecipações devidas no 
Lucro Real Anual
LUCRO REAL
Receitas Custos/Despesas
Janeiro 100.000 50.000
Fevereiro 130.000 60.000
Março 180.000 150.000
TOTAL 410.000 260.000
20
Lucro Real Trimestral
Receita Trimestral 410.000
Custo/Despesa 260.000
Lucro Real Trimestral 150.000
Alíquota Básica 15%
IRPJ (a) 22.500
Adicional (acima de 60.000) 90.000
Alíquota Adicional 10%
IRPJ (b) 9.000
IRPJ (a+b) devido no trimestre 31.500
LUCRO REAL
LUCRO REAL
22
3.4 Caso Prático 2
A Comercial Ferreira S/A apurou os seguintes valores em
decorrência da venda de mercadorias:
Apurar: (i) Lucro Real Trimestral e (ii) antecipações devidas no 
Lucro Real Anual
LUCRO REAL
Receitas Custos/Despesas
Janeiro 100.000 50.000
Fevereiro 130.000 60.000
Março 180.000 500.000
TOTAL 410.000 610.000
23
Lucro Real Trimestral
Receita Trimestral 410.000
Custo/Despesa 610.000
Lucro Real Trimestral (200.000)
Alíquota Básica 15%
IRPJ 0
LUCRO REAL
LUCRO REAL
PIS/COFINS NÃO-
CUMULATIVO
25
26
1. Contribuintes da Sistemática Não-Cumulativa 
– Contribuintes sujeitos ao Lucro Real do IRPJ/CSL
2. Contribuintes da Sistemática Cumulativa
–Lista taxativa contida no art. 8º da Lei 10.637 (PIS) e art.
10 da Lei 10.833 (Cofins), por exemplo:
• instituições financeiras
• contribuintes do Lucro Presumido ou do Lucro Arbitrado
• órgãos, autarquias e fundações públicas
• receitas decorrentes da prestação de serv. telecomunicação
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
27
1. Base de Cálculo
– o valor do faturamento mensal, assim
entendido o total das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, independentemente de sua
denominação ou classificação contábil
– o total das receitas compreende a receita bruta
da venda de bens e serviços nas operações em
conta própria ou alheia e todas as demais
receitas auferidas pela pessoajurídica.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
28
3.1 Não Integra a Base de Cálculo:
• saídas isentas ou não alcançadas pela
incidência da contribuição ou sujeitas à
alíquota zero.
• as receitas não-operacionais, decorrentes da
venda de ativo permanente.
• as receitas auferidas pela pessoa jurídica
revendedora, na revenda de mercadorias
sujeitas à substituta tributária de PIS/Cofins.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
29
• as receitas de venda de álcool para fins
carburantes.
• as receitas referentes a vendas canceladas e
aos descontos incondicionais concedidos.
• as receitas referentes a reversões de provisões
e recuperações de créditos baixados como
perda, que não representem ingresso de novas
receitas.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
30
• o resultado positivo da avaliação de
investimentos pelo valor do patrimônio
líquido e os lucros e dividendos derivados de
investimentos avaliados pelo custo de
aquisição, que tenham sido computados como
receita.
• decorrentes de transferência onerosa de
créditos de ICMS originados de operações de
exportação.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
31
4. Isenção
• exportação de mercadorias para o exterior.
• prestação de serviços para pessoa física ou
jurídica residente ou domiciliada no exterior,
cujo pagamento represente ingresso de divisas.
• vendas a empresa comercial exportadora com o
fim específico de exportação.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
32
• receitas financeiras (alíquota zero)
– referida isenção não se aplica aos juros sobre o
capital próprio
• demais casos
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
33
5. Alíquotas Normais
• 1,65% para Contribuição ao PIS
• 7,6% para Cofins
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
34
6. Cálculo do PIS/Cofins Não-Cumulativos
1ª Etapa: Aplicação da alíquota sobre a base de 
cálculo.
2ª Etapa: Cálculo dos créditos
3ª Etapa: Cálculo da contribuição efetivamente 
devida = diferença entre os 
resultados das 1ª e 2ª Etapas.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
35
7. Hipóteses de Geração de Crédito:
• bens adquiridos para revenda, exceto em relação
àqueles submetidos à substituição tributária ou
regime monofásico.
• bens e serviços utilizados como insumo na
fabricação de produtos destinados à venda ou à
prestação de serviços, inclusive combustíveis e
lubrificantes.
• energia elétrica e energia térmica.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
36
• aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, 
pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades 
da empresa.
• contraprestações de operações de arrendamento 
mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante 
pelo SIMPLES.
• máquinas, equipamentos e outros bens 
incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou 
fabricados para locação a terceiros, ou para 
utilização na produção de bens destinados à 
venda ou na prestação de serviços.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
37
• edificações e benfeitorias em imóveis próprios 
ou de terceiros, utilizados nas atividades da 
empresa.
• bens recebidos em devolução cuja receita de 
venda tenha integrado faturamento do mês ou de 
mês anterior, e tributada pelas contribuições.
• armazenagem de mercadoria e frete na operação 
de venda, nos casos de revenda e insumo, quando 
o ônus for suportado pelo vendedor.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
38
• vale-transporte, vale-refeição ou vale-
alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos 
aos empregados por pessoa jurídica que explore 
as atividades de prestação de serviços de 
limpeza, conservação e manutenção
=> Questão controvertida : conceito de « insumo » e 
hipóteses de creditamento de PIS e COFINS 
(RFB / CARF/ STJ )
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
39
7.1 Somente Gera Direito de Crédito:
• os bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica 
domiciliada no País.
• os custos e despesas incorridos, pagos ou 
creditados a pessoa jurídica domiciliada no País.
• os bens e serviços adquiridos e os custos e 
despesas incorridos a partir do mês em que se 
iniciar a aplicação das Lei n. 10.637/2002 e 
10.833/2003.
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
40
7.2 Não Gera Direito de Crédito:
• o valor de mão-de-obra paga a pessoa física.
• o valor da aquisição de bens ou serviços não 
sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive 
no caso de isenção, esse último quando 
revendidos ou utilizados como insumo em 
produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), 
isentos ou não alcançados pela contribuição. 
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
41
7.3 Alíquotas para fins de Creditamento
• 1,65% para Contribuição ao PIS
• 7,6% para Cofins
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
42
1. Exemplo
RECEITAS:
- venda de mercadorias 400.000,00
- prestação de serviços 100.000,00
- financeira 15.000,00
CUSTOS E DESPESAS: 
- aquisição de mercadorias para revenda 200.000,00
- mão-de-obra 10.000,00 
- energia elétrica 5.000,00
- aluguel de máquinas pago à PJ 1.000,00
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
43
Cálculo do PIS
1a. Etapa
Receita Tributável (Base de Cálculo) 500.000,00
PIS parcial (x 1,65%) 8.250,00
2a. Etapa
Total dos Custos Creditáveis 206.000,00
Valor do Crédito (x 1,65%) 3.399,00
3a. Etapa
Contribuição ao PIS Devida (1a. – 2a.)
4.851,00
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
44
Cálculo da Cofins
1a. Etapa
Receita Tributável (Base de Cálculo) 500.000,00
PIS parcial (x 7,6%) 38.000,00
2a. Etapa
Total dos Custos Creditáveis 206.000,00
Valor do Crédito (x 7,6%) 15.656,00
3a. Etapa
Cofins Devida (1a. – 2a.)
22.344,00
PIS/COFINS NÃO -CUMULATIVOS
45
F I M
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS JURÍDICAS
L u c r o R e a l ( I I )
IRPJ 2013
2
1. Adições ao Lucro Real.
– deve-se adicionar ao lucro contábil as despesas
consideradas pela legislação tributária como
indedutíveis.
– o mesmo vale para as adições extra
contábeis, ou seja, aquelas que representam
valores não registrados na contabilidade.
• reversão da depreciação acelerada incentivada.
LUCRO REAL
3
– as adições são controladas exclusivamente
no Livro de Apuração do Lucro Real
(LALUR).
LUCRO REAL
4
1.1 Despesas Dedutíveis.
– são dedutíveis as despesas operacionais, assim
consideradas aquelas necessárias à atividade da
empresa e à manutenção da respectiva fonte
produtora de receitas.
• as despesas dedutíveis devem ser necessárias,
normais e usuais ao ramo de atividade da
empresa.
• art. 299 do RIR/99 (Decreto nº 3.000/99).
LUCRO REAL
5
LUCRO REAL
1.2 Despesas Indedutíveis.
– a contrario sensu, serão indedutíveis as
despesas incorridas pela empresa, porém
desnecessárias a sua atividade e à
manutenção de sua fonte produtora de
receitas.
• tais despesas são consideradas pela legislação fiscal
como sendo mera liberalidade da empresa e, como
tal, não podem afetar o lucro tributável.
6
1.2.1 Principais Despesas Indedutíveis.
– multas punitivas (art. 344, § 5º, RIR/99)
– brindes (art. 249, par. único, VIII, RIR/99)
– contraprestações de arrendamento mercantil
(leasing) e de aluguel de bens móveis; despesas de
depreciação, amortização, manutenção, reparo,
conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer
outros gastos com bens móveis ou imóveis, desde
que não relacionados intrinsecamente com a
atividade da empresa (art. 305, RIR/99)
LUCRO REAL
7
– despesas com alimentação de sócios, acionistas
e administradores (art. 249, par. único, V,
RIR/99)
– despesas com royalties e assistência técnica
que excedam os limites estabelecidos na
legislação (arts. 353, inciso IV, alínea “b”, e
inciso V, alínea “b”, 354, inciso III e 355,
todos do RIR/99)
– a Contribuição Social sobre Lucro (CSL),
registrada como custo ou despesa operacional
(art. 249, par. único, IX, RIR/99)
LUCRO REAL
8
– gratificações pagas a dirigentes da pessoa
jurídica(art. 303, RIR/99)
– ajustes decorrentes da aplicação das regras dos
preços de transferência (art. 240, § 7º, RIR/99)
– ajustes decorrentes de Distribuição Disfarçada
de Lucro – DDL (art. 467, RIR/99)
– tributos com exigibilidade suspensa na forma
do artigo 151, II a IV do CTN (art. 344, § 1º,
RIR/99)
LUCRO REAL
9
– contribuições não compulsórias e doações,
exceto (art. 249, par. único, VI e VII, RIR/99):
� seguros e planos de saúde, e benefícios
complementares assemelhados aos da
previdência social, instituídos em favor dos
empregados e dirigentes da pessoa jurídica
(limitadas a 20% do total de salários dos
empregados e da remuneração dos dirigentes da
empresa)
� as de incentivo à cultura
LUCRO REAL
10
� as efetuadas a instituições de ensino e pesquisa
cuja criação tenha sido autorizada por lei federal
e que preencham os requisitos dos incisos I e II
do artigo 213 da Constituição Federal (limitadas
a 1,5% do lucro operacional da empresa)
� as doações a entidades filantrópicas e de
assistência social (limitadas a 2% do lucro
operacional da pessoa jurídica)
LUCRO REAL
11
1.3 Provisões.
Todas são indedutíveis, com exceção de:
– Férias
– 13º Salário
– Provisões Técnicas para a atividade de 
Previdência Privada, Seguro e Capitalização, 
cuja constituição é exigida pela legislação 
especial a elas aplicável
LUCRO REAL
1.4 Tratamento Fiscal de Algumas Despesas
Depreciação (normal) de bens do ativo imobilizado
Automóvel adquirido por $100 em 31.3 do Ano 1
Taxa de depreciação anual: 20% (5 anos)
Início da Depreciação: funcionamento do bem (1.4)
LUCRO REAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6
Taxa Deprec. Anual 15% 20% 20% 20% 20% 5%
Custo de Aquisição 100 100 100 100 100 100
Depreciação Acum. (15) (35) (55) (75) (95) (100)
Custo Líquido Contábil 85 65 45 25 5 0
9 meses 12 meses 12 meses 12 meses 12 meses 3 meses
Despesa Contábil/Fiscal 15 20 20 20 20 5
Depreciação Acelerada de Bens do Ativo Imobilizado
Máquina com vida útil normal estimada em 5 anos, poderá 
ser totalmente depreciada em 2 anos, para fins fiscais.
LUCRO REAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6
Taxa Deprec. Anual 15% 20% 20% 20% 20% 5%
Custo de Aquisição 100 100 100 100 100 100
Depreciação Acum. (15) (35) (55) (75) (95) (100)
Custo Líquido Contábil 85 65 45 25 5 0
9 meses 12 meses 12 meses 12 meses 12 meses 3 meses
Despesa Contábil 15 20 20 20 20 5
Ajuste Fiscal no LALUR 35 30 (20) (20) (20) (5)
1.4 Tratamento Fiscal de Algumas Despesas
Tributos
• em regra, dedutíveis cf. regime de competência
– anteriormente, dedutibilidade estava condicionada ao 
pagamento do tributo
• tributos com exigibilidade suspensa, por força dos 
inc. II a IV do art. 151 do CTN não são dedutíveis
LUCRO REAL
14
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis 
reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de 
segurança.
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, 
em outras espécies de ação judicial;
VI - o parcelamento. 
LUCRO REAL
15
• Imposto de renda, em qualquer modalidade, é 
considerado despesa indedutível.
– CSL também é considerada despesa indedutível na 
apuração do Lucro Real.
• Multas por infrações fiscais são indedutíveis
– exceção: multas de natureza compensatória e as impostas 
por infração de que não resulte falta ou insuficiência de 
pagamento de tributo.
LUCRO REAL
16
1.4 Tratamento Fiscal de Algumas Despesas
Despesas com Licenciamento de Tecnologia
• são despesas com o licenciamento de tecnologia:
– royalties pela exploração de patentes invenção
– uso de marcas de indústria ou comércio
– assistência técnica, cientifica, administrativa etc.
• tais despesas são dedutíveis sob certas condições, a 
saber:
LUCRO REAL
17
– registro do contrato no BACEN
– averbação do contrato no INPI
– o valor da despesa não seja superior ao 
percentual máximo estabelecido pelo Ministério 
da Fazenda (geralmente 5%) , multiplicado pelo 
valor da receita líquida de vendas dos produtos 
fabricados ou vendidos.
• se somente marca: 1%
• se marca + royalties + assistência técnica: percentual 
estabelecido pelo MF (geralmente 5%)
LUCRO REAL
18
19
2. Exclusões do Lucro Real.
– A legislação do IR determina que certos valores
computados no lucro contábil das pessoas
jurídicas sejam excluídos para efeito da
apuração da base de cálculo do imposto pela
sistemática do Lucro Real.
LUCRO REAL
20
2.1 As principais exclusões admitidas são:
• as receitas provenientes da valorização de
participações societárias avaliadas pelo
patrimônio líquido (equivalência
patrimonial).
• receita proveniente da distribuição de
dividendos por outras empresas das quais a
pessoa jurídica possua participação no
capital social (inclui resultado positivo do
MEP).
LUCRO REAL
21
• provisões feitas em períodos de apuração
anteriores e convertidas em perdas efetivas.
• diferimento de receitas decorrentes de
contratos com órgãos públicos (art. 409 do
RIR/99).
• perdas em renda variável que excederam os
ganhos no período de apuração anterior e
que serão compensadas com resultados
positivos do período em curso (art. 250,
parágrafo único, alínea “e” do RIR/99).
LUCRO REAL
22
3. Compensação de Prejuízos Fiscais
– As pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Real
podem compensar os prejuízos fiscais e as bases
negativas de CSL apurados em anos-calendários
anteriores na proporção de 30% Lucro Líquido
Ajustado, independentemente do regime de
tributação (trimestral ou anual).
Lucro Líquido Ajustado = Lucro Líquido Contábil (antes
do IR) ajustado pelas Adições e Exclusões
LUCRO REAL
– No Lucro Real trimestral, a limitação de 30%
aplica-se a cada trimestre.
• vale dizer, o prejuízo fiscal apurados num trimestre
somente poderão ser utilizados na proporção de 30%
do lucro líquido ajustado dos trimestres posteriores, o
que representa uma desvantagem da apuração
trimestral em relação à apuração anual.
– É importante ressaltar que a compensação refere-
se à base de cálculo e não ao montante de imposto
devido.
• a limitação é sobre o Lucro Real do período, e não
sobre o montante acumulado de prejuízo.
LUCRO REAL
23
24
3.1 Perda do Direito à Compensação dos
Prejuízos Fiscais
– A pessoa jurídica não poderá compensar seus
próprios prejuízos fiscais se entre a data da
apuração e da compensação houver ocorrido,
cumulativamente, modificação:
• do seu controle acionário; e
• do ramo de atividade.
LUCRO REAL
25
– A pessoa jurídica sucessora por incorporação,
fusão ou cisão não poderá compensar prejuízos
fiscais da sucedida.
• no caso de cisão parcial, a pessoa jurídica
cindida poderá compensar os seus
próprios prejuízos, proporcionalmente à
parcela remanescente do patrimônio.
LUCRO REAL
26
4. Ganho e Perda de Capital
– Resultados na alienação ou desapropriação, baixa 
por perecimento, extinção, desgaste, 
obsolescência ou exaustão ou na liquidação de 
bens do ativo permanente.
• Questão: Desapropriação gera tributação?
LUCRO REAL
27
Em regra: ganho ou perda de capital equivale 
Ativo Imobilizado
Máquina trituradora 100.000 (custo de aquisição original)
Depreciação acum. (40.000)
Custo Líquido Contábil 60.000
Ganho ou
Perda de 
Capital
Preço de 
Alienação= –
Custo
Contábil
do Bem
LUCRO REAL
28
– Existem hipóteses nas quais o custo de aquisição 
definido pela lei fiscal é diferente do custo 
contábil
• ágio amortizado contabilmente e depreciação 
fiscal acelerada
– Possibilidade de diferira tributação se o 
recebimento ocorrer no todo ou em parte após o 
término do ano calendário seguinte ao da 
contratação.
LUCRO REAL
29
F I M
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS JURÍDICAS
Avaliação de Investimentos em 
outras Sociedades
IRPJ 2013 
2
Introdução.
A existência da pessoa jurídica, enquanto centro de 
imputação de direitos e obrigações, leva o Direito a 
adotar o princípio da independência das pessoas 
jurídicas, gerando, no ordenamento, regras próprias para 
as relações entre entidades integrantes de um grupo 
empresarial.
Tal determinação imposta pelo ordenamento jurídico não 
pode escapar da constatação econômica de que, por trás 
de uma estrutura jurídica complexa, com diversas 
participações societárias, subjaz uma única realidade 
econômica.
Investimento em Outras Sociedades
3
Esta afirmação fica clara quando se considera um grupo, 
composto por diversas empresas holdings, em caráter de 
subordinação, até que se chegue, ao final, a uma empresa 
operativa. 
Admita-se que cada uma das holdings mantenha como 
único bem de seu ativo a participação naquela 
subseqüente e, assim, sucessivamente. 
Esquematicamente, teríamos:
Investimento em Outras Sociedades
4
Investimento em Outras Sociedades
 
Empresa 
Operacional 
Holding C 
Holding B 
Holding A 
Para a apuração do valor patrimonial do grupo, 
poderíamos simplesmente somar os patrimônios das 
empresas que o compõem?
5
Investimento em Outras Sociedades
 
Empresa 
Operacional 
Holding A 
Não. Trata-se de um único patrimônio, relativo a 
uma única realidade empresarial que subjaz a toda a 
estrutura jurídica.
6
Empresa A
Empresa B
Investimento em Outras Sociedades
Investimento = Participação Societária 
(Ações ou Quotas)
diversas relações possíveis
investidora controladora coligada
investida controlada coligada
7
� Método do Custo
� Método da Equivalência Patrimonial (MEP)
Métodos de Avaliação de Investimentos
8
Quem deve aplicar o Método do Custo?
• todos aqueles que não estiverem obrigados à
aplicação do MEP.
Métodos de Avaliação de Investimentos
9
Quem deve aplicar o MEP?
Decreto-lei n. 1.598/77
Art 21. Em cada balanço o contribuinte deverá
avaliar o investimento pelo valor de patrimônio
líquido da coligada ou controlada, de acordo
com o disposto no artigo 248 da Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976
Métodos de Avaliação de Investimentos
10
RIR/99 (reflete art. 248 da LSA até 
31.12.2007)
Art. 384. Serão avaliados pelo valor de patrimônio 
líquido os investimentos relevantes da pessoa 
jurídica (Lei nº 6.404, de 1976, art. 248, e Decreto-
Lei nº 1.598, de 1977, art. 67, inciso XI): 
I - em sociedades controladas; e
II - em sociedades coligadas sobre cuja 
administração tenha influência, ou de que participe 
com vinte por cento ou mais do capital social.
Métodos de Avaliação de Investimentos
11
§ 1º São coligadas as sociedades quando uma participa, 
com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem 
controlá-la (Lei nº 6.404, de 1976, art. 243, § 1º). 
§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a 
controladora, diretamente ou através de outras 
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe 
assegurem, de modo permanente, preponderância nas 
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos 
administradores (Lei nº 6.404, de 1976, art. 243, § 2º). 
Métodos de Avaliação de Investimentos
12
§ 3º Considera-se relevante o investimento (Lei nº 6.404, 
de 1976, art. 247, parágrafo único): 
I - em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor 
contábil é igual ou superior a dez por cento do valor do 
patrimônio líquido da pessoa jurídica investidora;
II - no conjunto das sociedades coligadas e controladas, 
se o valor contábil é igual ou superior a quinze por cento
do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica
investidora.
Métodos de Avaliação de Investimentos
13
Portanto, quem deve aplicar o MEP?
Toda empresa que preencher cumulativamente as
seguintes condições:
a) o investimento deve ser em uma sociedade 
coligada ou controlada, isto é, a participação 
societária deverá ser igual ou superior a 10% 
do capital da sociedade investida;
Métodos de Avaliação de Investimentos
b) o investimento deve ser relevante, ou seja, o 
valor contábil do investimento em sociedade 
coligada ou controlada deve ser igual ou 
superior a 10% do valor do patrimônio líquido 
da empresa investidora ou, no caso de ter mais 
de uma sociedade coligada ou controlada, 
aquele valor, no conjunto, deverá ser igual ou 
superior a 15%; e
c) o investimento deve ser em sociedade sobre 
cuja administração tenha influência, ou de que 
participe com 20% ou mais do capital social.
Métodos de Avaliação de Investimentos
15
Lei n. 11.638/2007
•referida lei dá nova redação ao art. 248 da Lei 
das S/A e amplia os investimentos submetidos 
ao MEP (efeitos a partir de 1.1.2008).
•contudo, todas as alterações introduzidas pela 
Lei n. 11.638 que modifiquem o critério de 
reconhecimento de receita, custos e despesas 
não terão efeitos fiscais para as pessoas sujeitas 
ao Regime Tributário de Transição – RTT, 
conforme Lei n. 11.941.
Métodos de Avaliação de Investimentos
A B C
D E
100% 70%
40% 5%
8%
Entre A e B (relação de controle)
Entre A e D (pelo menos coligação)
Entre B e C (relação de controle)
Entre B e E
Entre D e E
aplica MEP
aplica CUSTO
(exceto se investimento 
for relevante ou hover 
influência na 
administração)
Métodos de Avaliação de Investimentos
17
O que é o Método do Custo?
• o Método do Custo (“cost method”)
fundamenta-se no valor histórico de aquisição
da ação ou quota, que geralmente é utilizado na
avaliação dos demais bens do ativo, inclusive
investimentos temporários ou não relevantes.
• em regra, o valor da participação societária
avaliada pelo Método do Custo não se altera
com o passar do tempo.
Método do Custo
18
• os lucros oriundos da participação avaliada
pelo Método do Custo deverão ser registrados
como receita da investidora somente depois de
formalizado o ato de distribuição dos
dividendos, não afetando o valor contábil do
investimento constante do ativo.
• na alienação ou liquidação do investimento, o
valor da participação deverá ser baixado do
ativo para as contas de resultado da empresa
investidora, a fim de apurar eventual ganho ou
perda de capital.
Método do Custo
19
O que é o MEP?
• MEP (“equity method”) constitui um mecanismo
de avaliação do valor das participações
societárias permanentes consideradas relevantes,
baseado na evolução do patrimônio líquido (PL)
da sociedade investida.
• se o PL dessa sociedade investida aumenta, por
ter apurado lucro no exercício, o valor da
participação societária da investidora também
aumentará. O inverso também é verdadeiro.
Método da Equivalência Patrimonial
20
Aplicando o MEP.
1º) Apuração do valor atualizado do investimento
Método da Equivalência Patrimonial
Valor do Patrimônio Líquido da Investida
Percentual que a Investidora possui no 
Capital Social da Investida
x
21
2º) O valor obtido substituirá o valor da última
avaliação feita (constante da conta contábil de
investimento, no ativo).
� a diferença entre tais valores – i.e., a
contrapartida para aumento ou diminuição do
valor do investimento – deverá ser registrada em
conta de resultado denominada “ajuste de
equivalência” ou “resultado de equivalência”
– a crédito, se aumento (receita)
– a débito, se diminuição (despesa)
Método da Equivalência Patrimonial
Investimento em B 1000 Capital Social 800
Reservas 450
Resultado do Exercício 250
TOTAL DO PL 1500
ATIVO DA EMPRESA A PL ATUALIZADODA EMPRESA B
Exemplo:
Empresa A (investidora) detém 80% do capital social da
Empresa B (investida) e necessita atualizar seu
investimento, por ocasião do encerramento do ano-base.
Método da Equivalência Patrimonial
Valor Atual do Investimento em B: 80% x 1500 = 1200
Contrapartida em Resultado de Equivalência: crédito de 200
conta de ativo
1000
(1) 200 antiga avaliação pelo MEP = 1.000
1200 atual avaliação pelo MEP = 1.200
200 (1)
Resultado do MEP conta de 
resultado
Investimento na Empresa B
Método da Equivalência Patrimonial
Tratamento Fiscal do Resultado do MEP
• o resultado positivo do ajuste não constitui
receita tributável (exclusão no LALUR)
• o resultado negativo do ajuste não constitui
despesa dedutível (adição no LALUR)
ATENÇÃO: Os lucros auferidos por empresas
brasileiras em investimentos no exterior não estão
isentos de IRPJ/CSL. Há discussão se o resultado
positivo do MEP já poderia ser tributado no Brasil.
Método da Equivalência Patrimonial
Então o MEP é totalmente neutro para fins
fiscais?
• embora o resultado do MEP não seja
tributável ou dedutível para fins fiscais, o
valor do investimento atualizado pelo MEP
constitui custo de aquisição para apuração de
ganho ou perda de capital, estes passíveis de
tributação ou dedução.
Método da Equivalência Patrimonial
26
Lucros ou Dividendos Distribuídos
(tratamento no MEP)
• o valor dos lucros ou dividendos distribuídos
pela Investida deverá ser registrado pela
Investidora como diminuição da conta
patrimonial de investimento no ativo (mero
“efeito caixa”).
• não há reflexo nas contas de resultado da
Investidora.
Método da Equivalência Patrimonial
27
Momento do Registro do Ajuste do MEP
• ao final do período-base de apuração
(trimestral ou anual)
• no momento em que ocorrer incorporação,
fusão ou cisão
• por ocasião da liquidação ou alienação do
investimento
Método da Equivalência Patrimonial
Ágio e Deságio na Aquisição de Investimento
• o parâmetro de avaliação do investimento
sujeito ao MEP é o valor do PL da investida
(proporcional à participação detida pela
investidora no capital da investida)
• a aquisição de participação por valor superior
ou inferior ao referido parâmetro constitui,
respectivamente, ágio ou deságio.
Método da Equivalência Patrimonial
28
• ágio (deságio) é a diferença positiva (negativa) entre
e
• por ocasião da aquisição do investimento, o
respectivo custo deverá ser desdobrado em:
– valor do investimento cf. MEP
– ágio /deságio
Método da Equivalência Patrimonial
custo de aquisição valor do investimento 
cf. MEP
29
• na constituição do ágio/deságio, as contas de
resultado da Investidora não são afetadas.
• trata-se de mero desdobramento do custo de
aquisição do investimento.
• o desdobramento é necessário porque as
evoluções de uma e outra conta contábil
estarão submetidas a diferentes critérios de
avaliação.
Método da Equivalência Patrimonial
30
• ágio e deságio também não se confundem 
com o resultado de equivalência (receita ou 
despesa)
• após a data da aquisição, todas as variações 
ocorridas no patrimônio líquido da investida 
serão automaticamente refletidas no valor do 
investimento (MEP) da investidora.
Método da Equivalência Patrimonial
31
Método da Equivalência Patrimonial
�Exemplo (1)
Empresa A adquire 90% do capital da Empresa B, por 900
- pagamento das participação foi feita à vista e em dinheiro.
- em favor do sócio da Empresa B.
- na data da aquisição, o PL da Empresa B valia $1000.
Caixa Investimento em B Capital Social
900 (1) (1) 900 500
Reservas de Lucros
500
Empresa A Empresa B
90%
Método da Equivalência Patrimonial
�Exemplo (2) (mesmas condições do exemplo 1)
�Empresa A adquire 90% do capital da Empresa B, por 1200
Caixa Investimento em B Capital Social
1200 (1)
(1) 900
500
Empresa A
Reservas de Lucros
500
Empresa B
Ágio em B
(1) 300
90%
Método da Equivalência Patrimonial
�Exemplo (3) (mesmas condições do exemplo 1)
�Empresa A adquire 90% do capital da Empresa B, por 700
Caixa
Investimento em B
Capital Social
700 (1)
(1) 900
500
Reservas de Lucros
500
Deságio em B
200 (1)
Empresa A Empresa B
90%
Fundamentos Econômicos para Ágio/Deságio
(a) valor de mercado de bens do ativo da
sociedade investida superior ou inferior ao
custo registrado na sua contabilidade;
(b) valor de rentabilidade da sociedade
investida, com base em previsão dos
resultados nos exercícios futuros; e
(c) fundo de comércio, intangíveis e outras
razões econômicas.
Método da Equivalência Patrimonial
35
Amortização Fiscal do Ágio/Deságio
• amortização contábil e amortização fiscal
submetem-se a diferentes parâmetros
• a amortização fiscal do ágio (deságio) gera
despesa dedutível (receita tributável).
• se o ágio ou deságio não for amortizado,
ele conserva a função de compor o custo
de aquisição para fins de apuração de
ganho ou perda de capital, em eventual
alienação ou liquidação do investimento.
Método da Equivalência Patrimonial
A partir de 1998 (Lei nº 9.532/97), a
amortização fiscal do ágio passou a ficar
condicionada, em linhas gerais:
(i) ao tipo de fundamentação econômica
(somente os ágios baseados na diferença entre
valor de mercado e valor contábil dos bens da
investida e na expectativa de rentabilidade
futura são amortizáveis);
Método da Equivalência Patrimonial
37
(ii) à união entre o ágio e o bem, o direito ou a
atividade que o fundamentou, através dos
atos de incorporação, fusão ou cisão
envolvendo as sociedades investidora e
investida; e
(iii) à observância das restrições quanto ao
prazo mínimo de amortização (cinco anos,
se o fundamento for a expectativa de
rentabilidade futura).
Método da Equivalência Patrimonial
38
Método da Equivalência Patrimonial
Ágio e deságio apurado pela diferença entre 
valor contábil e valor de mercado de ativos:
• lançado em contrapartida à conta que registra 
o bem ou o direito que lhe deu causa.
• amortização: integrará o custo do bem ou 
direito pra efeito de apuração de ganho ou 
perda de capital, depreciação, amortização ou 
exaustão – afeta resultado fiscal.
39
Método da Equivalência Patrimonial
Ágio e Deságio apurado com base na 
expectativa de rentabilidade futura
• lançado em conta do ativo diferido
• amortização:
a) Ágio: poderá ser amortizado, inclusive para 
fins de apuração do Lucro Real, à razão de 1/60 (um 
sessenta avos), no máximo – prazo mínimo de cinco 
anos para apropriação da despesa.
40
Método da Equivalência Patrimonial
Ágio e Deságio apurado em fundo de comércio 
ou por outras razões econômicas
• lançado em contrapartida a conta de ativo 
permanente, integrando o custo de aquisição 
do investimento para efeito de apuração de 
ganho ou perda de capital.
• não sujeito à amortização.
41
Método da Equivalência Patrimonial
• poderá ser deduzido como perda no 
encerramento da atividade da empresa, se 
comprovada a inexistência do fundo ou do 
intangível que lhe deu causa, afetando o 
resultado fiscal apenas nesse caso.
42
43
F I M
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS JURÍDICAS
Normas Específicas Antielisão
- Distribuição Disfarçada de Lucros; 
- Preços de Transferência;
- Subcapitalização;
IRPJ 2013 
DISTRIBUIÇÃO 
DISFARÇADA DE 
LUCROS
2
3
- tem por finalidade evitar a transferência de lucros para 
sócios/acionistas;
- encontra-se prevista nos arts. 60 a 62 do Decreto-lei nº 1.598/77 
e nos arts. 20 e 21 do Decreto-lei nº 2.065/83 (consolidados no art. 
464 e ss do RIR/99);
- DDL: negócios realizados entre a pessoa jurídica e as pessoas a 
esta ligadas em que se presumeque houve favorecimento;
Distribuição Disfarçada de Lucros
4
� Pessoas Ligadas:
- sócio ou acionista, inclusive se for outra pessoa jurídica;
- administrador (sem subordinação) ou o titular da pessoa 
jurídica;
- cônjuge e os parentes até o terceiro grau, inclusive por 
afinidade, do sócio pessoa física, do administrador ou titular.
Distribuição Disfarçada de Lucros
5
� Presunção de DDL nas seguintes transações:
- alienação de bem ou direito, por valor notoriamente inferior ao de 
mercado, a pessoa ligada;
- aquisição de bem de pessoa ligada por valor notoriamente superior 
ao de mercado;
- perda de direito à aquisição de bem pela pessoa jurídica em favor da 
pessoa ligada (e.g. sinal, depósito);
- transferência de direito de subscrição de valores imobiliários a 
pessoa ligada sem pagamento ou por valor inferior ao de mercado;
Distribuição Disfarçada de Lucros
6
� Presunção de DDL nas seguintes transações (cont.):
- pagamento de aluguéis, royalties ou assistência técnica em montante 
que excede notoriamente o valor de mercado;
- realização de outros negócios em condições de favorecimento;
=> Importâncias pagas ou creditadas à pessoa ligada que caracterizem 
favorecimento.
Distribuição Disfarçada de Lucros
7
�Questão controvertida: “valor de mercado”
- valor que se pode obter pelo bem ou direito no mercado (transações 
com terceiros);
- quando o bem não tiver mercado: 
a) valores atribuídos a negociações recentes envolvendo bens semelhantes;
b) valor determinado por laudo de avaliação;
=> nessa hipótese inverte-se o ônus da prova.
Distribuição Disfarçada de Lucros
8
� Consequências:
a) diferença entre o valor de mercado e o valor da operação em condições 
de favorecimento deverá ser adicionada para fins de IRPJ e CSL;
VM = 100 / VO = 80
⇒100-80 = 20 (Adição ao Lucro Real)
b) diferença entre o custo de aquisição do bem pela PJ e o valor de 
mercado não será dedutível para fins de IRPJ e CSL
CA = 100 / VM = 70
=> 100-70 = 30 (despesa indedutível – Adição ao Lucro Real)
Distribuição Disfarçada de Lucros
9
� Exceções (não caracterizam DDL):
- devolução de participação no capital social de bens ou direitos 
avaliados a valor contábil ou de mercado;
- a integralização de capital em bens ou direitos, por pessoa física, 
pelo valor constante na respectiva declaração de bens;
=> Exclui-se a presunção da DDL: a prova de que o negócio foi realizado no 
interesse da pessoa jurídica e em condições estritamente comutativas ou em 
que a PJ contrataria com terceiros.
Distribuição Disfarçada de Lucros
PREÇOS DE 
TRANSFERÊNCIA
10
11
• norma antielisiva específica;
• tem por finalidade evitar a transferência de lucros para uma 
jurisdição que tenha uma tributação mais favorável;
• aplica-se a partes relacionadas (transações intragrupo) ou 
pessoas residentes em países com tributação favorecida ou sob 
regime fiscal privilegiado (paraísos fiscais);
• normas de preços de transferência existentes na legislação de 
diversos países.
Preços de Transferência
12
Formas de transferência de lucros para o exterior:
• superfaturamento nas importações;
• subfaturamento nas exportações;
• distorções na taxa de juros de empréstimos.
Preços de Transferência
13
� Objetivo das Regras de Preços de Transferência:
- combater a perda de renda tributável mediante procedimentos de 
neutralização dos respectivos efeitos;
- identificação de um preço parâmetro para compará-lo ao da 
transação;
� Critério de aferição da aceitabilidade das operações:
- parâmetro considerado “normal no mercado”;
- figura do princípio do arm’s length e dificuldade de sua 
aferição; 
Preços de Transferência
14
� Peculiaridades das Regras de Preços de Transferência 
Brasileiras (Lei n. 9.430/96):
• adoção de margens fixas de lucro (presunções);
⇒Praticabilidade x capacidade contributiva
• possibilidade de escolha dos métodos pelo contribuinte;
• inexistência de APA’s;
• inexistência de previsão de ajustes correlatos (art. 9º CM-
OCDE);
Preços de Transferência
15
� Pessoas vinculadas (art. 23):
- matriz, filial ou sucursal;
- PF ou PJ cuja participação societária caracterize-a como 
controladora ou coligada na forma da legislação societária;
- PJ que esteja sob controle societário ou administrativo comum ou 
quando pelo menos 10% do capital social de cada uma das sociedades 
pertencer a uma mesma PF ou PJ;
- PF ou PJ que seja associada, na forma de consórcio ou condomínio, 
em qualquer empreendimento;
Preços de Transferência
16
� Pessoas vinculadas (cont.):
- PF que for parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou 
companheiro de qualquer de seus diretores ou de seu sócio ou 
acionista controlador;
- PF ou PJ que goze de exclusividade como agente, distribuidor ou 
concessionário.
Preços de Transferência
17
Preços de Transferência
Lei n. 9.430/96
Art. 18. Os custos, despesas e encargos relativos a 
bens, serviços e direitos, constantes dos documentos de 
importação ou de aquisição, nas operações efetuadas com 
pessoa vinculada, somente serão dedutíveis na 
determinação do lucro real até o valor que não exceda ao 
preço determinado por um dos seguintes métodos:
18
1. Métodos Aplicáveis às Importações:
a) Preços Independentes Comparados (PIC);
- bens idênticos ou similares (mercado brasileiro ou exterior);
- operações de compra e venda do interessado ou terceiros;
b) Preços de Revenda menos Lucro (PRL); - até Lei n. 12.715/2012
b.1) 60% (bens importados forem aplicados na produção);
b.2) 20% (nas demais hipóteses);
Preços de Transferência
19
1. Métodos Aplicáveis às Importações (cont.):
b) Preços de Revenda menos Lucro (PRL) - após Lei n. 12.715/2012
=> variação do percentual conforme setor de atividade:
b.1) 40% (farmacêuticos, fumo, equipamentos óticos, etc.);
b.2) 30% (produtos químicos, vidros, celulose e papel e metalurgia); e
b.3) 20% (demais setores).
c) Custo de Produção mais Lucro (CPL);
=> margem de lucro presumida de 20%
d) Preço de Cotação na Importação (PCI) - após Lei n. 12.715/2012
Preços de Transferência
20
Preços de Transferência
Lei n. 9.430/96
Art. 19. As receitas auferidas nas operações efetuadas com 
pessoa vinculada ficam sujeitas a arbitramento quando o preço 
médio de venda dos bens, serviços ou direitos, nas exportações
efetuadas durante o respectivo período de apuração da base de 
cálculo do imposto de renda, for inferior a noventa por cento do 
preço médio praticado na venda dos mesmos bens, serviços ou 
direitos, no mercado brasileiro, durante o mesmo período, em 
condições de pagamento semelhantes. 
21
2. Métodos Aplicáveis às Exportações:
a) Preço de Venda nas Exportações (PVEx)
b) Preço de Venda por Atacado diminuído do Lucro (PVA);
=> margem de lucro presumida de 15%
c) Preço de Venda a Varejo diminuído do Lucro (PVV);
=> margem de lucro presumida de 30% 
Preços de Transferência
22
2. Métodos Aplicáveis às Exportações (cont.):
d) Custo de Aquisição ou Produção mais Lucro (CAP);
=> margem de lucro presumida de 15%
e) Preço sobre Cotação na Exportação (PECEX);
- após Lei n. 12.715/2012
Obs: os percentuais de margens predeterminadas estabelecidos 
para a importação ou exportação poderão ser alterados pelo 
MF de ofício ou a requerimento da parte interessada (art. 20 
Lei n. 9.430/96 – introduzida pela Lei n. 12.715/2012)
Preços de Transferência
23
2. Métodos Aplicáveis às Exportações (cont.):
� Regras de safe harbour: dispensa da aplicação de regras 
de preços de transferência nas exportações, quando:
a) a receita de exportações não exceda 5% de sua receita 
líquida (representatividade);
b) o lucro líquido apurado decorrentede suas exportações 
para vinculadas seja inferior a 10% (lucratividade);
Preços de Transferência
24
Preços de Transferência
Lei n. 9.430/96
Art. 22. Os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada 
somente serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real 
até o montante que não exceda ao valor calculado com base em 
taxa determinada conforme este artigo acrescida de margem 
percentual a título de spread, a ser definida por ato do Ministro 
de Estado da Fazenda com base na média de mercado, 
proporcionalizados em função do período a que se referirem os 
juros (Redação dada pela Lei n. 12.766/2012).
25
3. Métodos Aplicáveis aos Juros :
� Até 2013:
- contratos não registrados no BACEN: Libor + 3% anuais
- contratos registrados no BACEN: juros na taxa registrada
� Após 2013:
- não faz qualquer diferença entre contratos registrados (ou não) 
no BACEN;
- taxa de juros determinada pela lei:
- de mercado dos títulos soberanos no mercado externo (R$ ou USD);
- LIBOR;
- acrescida do spread definido por ato do MF;
Preços de Transferência
SUBCAPITALIZAÇÃO
26
27
Subcapitalização
Formas de financiamento de uma sociedade:
� Integralização de capital
� Empréstimo
Subcapitalização (thin capitalization):
� Desproporção entre o capital social de uma sociedade e 
seu passivo;
� Nível de endividamento superior àquele que a sociedade 
obteria junto ao mercado;
28
Subcapitalização
Aspectos não tributários:
• Empréstimo:
- questão relacionada à preferência de crédito de terceiros em relação 
aos créditos próprios;
- possibilidade de remuneração dos sócios independentemente de lucro 
na sociedade;
• Capital: 
- sócio participa do risco do negócio; quanto maior o capital, maior a 
garantia de terceiros credores;
- mais burocrático; pressupõe uma série de atos societários;
29
Subcapitalização
Aspectos tributários:
- vantagem do ponto da carga tributária no investimento 
por empréstimo em relação ao investimento em capital;
• Empréstimo: juros – IRF 15%;
• Capital: dividendos – isentos (pré-tributação 34%); 
=> Vantagem tributária do investimento por meio de 
empréstimo: 19%
=> Tentativa de atenuação dessa vantagem pela possibilidade 
de pagamento de JCP (sobre PL);
30
Subcapitalização
Medidas normalmente adotadas pelos países para 
combater a Subcapitalização: 
• Reclassificação do pagamento excessivo de juros como 
dividendos: tratamento tributário de dividendos;
• Indedutibilidade do pagamento excessivo de juros: 
tratamento tributário de juros, porém indedutíveis para 
fins de apuração do IRPJ;
31
Questão: O que pode se considera como endividamento 
excessivo para fins de subcapitalização?
� Razão entre dívida/capital (debt to equity ratio);
- Somente dívida com partes relacionadas (também partes não 
relacionadas situadas em paraísos fiscais);
- Fixação de um coeficiente dívida/capital determinado;
- Coeficiente varia de país para país;
Subcapitalização
32
� Regras de Subcapitalização adotadas pelo Brasil ( arts. 24 
e 25 da Lei n. 12.249/2010)
- Adota o critério da indedutibilidade dos juros pagos se o 
coeficiente de endividamento for superior ao legal (despesas 
são consideradas não necessárias à atividade da empresa);
- Adota uma Razão entre dívida/capital (debt to equity ratio) 
diferente conforme se trate de empréstimos efetuados por 
residente em “paraíso fiscal” ou não;
- Aplica-se somente em relação aos juros pagos ou creditados 
por fonte situada no Brasil a PF ou PJ domiciliada no exterior;
Subcapitalização
33
• não paraíso fiscal: 
(a) Com participação na sociedade brasileira: 2 x 1 – nível de 
endividamento com parte relacionada pode ser igual a 2 vezes o 
valor da participação desta no PL (art. 24, I);
(b) Sem participação na sociedade brasileira: 2 x 1 – nível de 
endividamento com parte relacionada pode ser igual a 2 vezes o 
valor do PL da investida brasileira (art. 24, II);
=> Limite geral: dedutibilidade dos juros está condicionada a que o 
valor do somatório dos endividamentos não seja superior a 2 vezes 
o valor do somatório das participações de todas as vinculadas; 
Subcapitalização
34
• paraíso fiscal: 
(a) irrelevante a existência de participação na sociedade brasileira: 1 x 
3 – nível de endividamento com todas as entidades situadas em 
“paraíso fiscal” pode ser igual a 30% do valor do PL da investida 
brasileira;
� Paraíso fiscal: em realidade a legislação fala em países ou 
dependências com tributação favorecida ou regime fiscal privilegiado 
(art. 24 e 24-A da Lei n. 9.430/96)
Subcapitalização
35
� Conceito de pessoa vinculada:
- aquele previsto na legislação de preço de transferência (e.g. matriz, 
filial, sucursal, coligada, distribuidor com exclusividade)
� Inaplicabilidade das Regras de Subcapitalização:
- captação de recursos do exterior por instituições financeiras para 
repasse no mercado brasileiro (art. 24, § 7º; e art. 25; § 5º);
Subcapitalização
36
� Incluem-se no cálculo do endividamento:
- todas as formas e prazos de financiamento, independentemente 
de registro no BACEN (art. 24, § 1º e art. 25, § 1º);
- o endividamento de pessoas residentes no Brasil em que pessoa 
vinculada seja: avalista, fiador, procurador ou interveniente; 
� Cálculo do endividamento e do PL:
- calculado conforme média ponderada mensal (art. 25, § 4º);
Subcapitalização
FIM
37
IMPOSTO DE RENDA 
PESSOAS JURÍDICAS
Juros sobre o Capital Próprio
Reorganização Societária
IRPJ 2013 
JUROS SOBRE O 
CAPITAL PRÓPRIO
2
3
Juros sobre o Capital Próprio
Lei n. 9.249/95
Art. 9º. A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos 
da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados 
individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título 
de remuneração do capital próprio, calculados sobre as 
contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata 
dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP.
§ 1º O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica 
condicionado à existência de lucros, computados antes da 
dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de 
lucros, em montante igual ou superior ao valor de duas vezes 
os juros a serem pagos ou creditados.
Juros sobre o Capital Próprio
§ 2º Os juros ficarão sujeitos à incidência do imposto 
de renda na fonte à alíquota de quinze por cento, na data 
do pagamento ou crédito ao beneficiário.
§ 3º O imposto retido na fonte será considerado:
I - antecipação do devido na declaração de 
rendimentos, no caso de beneficiário pessoa jurídica 
tributada com base no lucro real;
II - tributação definitiva, no caso de beneficiário 
pessoa física ou pessoa jurídica não tributada com base no 
lucro real, inclusive isenta, ressalvado o disposto no § 4º;
5
Juros sobre o Capital Próprio
§ 5º No caso de beneficiário sociedade civil de 
prestação de serviços, submetida ao regime de tributação 
de que trata o art. 1º do Decreto-Lei nº 2.397, de 21 de 
dezembro de 1987, o imposto poderá ser compensado 
com o retido por ocasião do pagamento dos rendimentos 
aos sócios beneficiários.
§ 6º No caso de beneficiário pessoa jurídica tributada 
com base no lucro real, o imposto de que trata o § 2º 
poderá ainda ser compensado com o retido por ocasião 
do pagamento ou crédito de juros, a título de 
remuneração de capital próprio, a seu titular, sócios ou 
acionistas.
6
Juros sobre o Capital Próprio
§ 7º O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa 
jurídica, a título de remuneração do capital próprio, 
poderá ser imputado ao valor dos dividendos de que trata 
o art. 202 da Lei nº 6.404, de15 de dezembro de 1976, 
sem prejuízo do disposto no § 2º.
§ 8º Para os fins de cálculo da remuneração prevista 
neste artigo, não será considerado o valor de reserva de 
reavaliação de bens ou direitos da pessoa jurídica, exceto 
se esta for adicionada na determinação da base de cálculo 
do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro 
líquido.
7
Juros sobre o Capital Próprio
Os Juros sobre o Capital Próprio (JCP) são calculados 
sobre as contas do patrimônio líquido:
� capital social
� reservas de capital
� reservas de resultados
� lucros ou prejuízos acumulados
� Resultado do Exercício não é considerado
O cálculo dos JCP está limitado à variação diária da 
Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP
8
Juros sobre o Capital Próprio
Pagamento dos JCP depende da aprovação da 
assembléia geral dos acionistas ou da reunião dos 
sócios
� do mesmo modo que a distribuição de 
dividendos
É possível imputar o valor pago a título de JCP aos
dividendos obrigatórios a que tem direitos os 
acionistas ou sócios
� não é obrigatório
9
Juros sobre o Capital Próprio
Ao contrário dos dividendos, os JCP são dedutíveis
na apuração das bases de cálculo do IRPJ e da CSL
• redução do IRPJ/CSL = aprox. 34% x JCP
Limites de dedutibilidade dos JCP: o maior valor 
entre as seguintes contas: 
• 50% do Lucro Líquido do Exercício
• 50% do saldo de Lucros Acumulados e Reserva 
de Lucros
10
Juros sobre o Capital Próprio
Momento da dedutibilidade:
� com o pagamento efetivo dos JCP
� com o crédito contábil do passivo com 
identificação dos beneficiários
11
Juros sobre o Capital Próprio
Pagamento de JCP acumulado relativo a anos anteriores
� discussão sobre o momento da dedutibilidade
� regime de competência x regime de caixa
� ajustes relativos a variação do patrimônio ao
longo dos diversos anos
� limites de dedutibilidade apurados de acordo com
os índices do ano em que se realizar o pagamento
12
Juros sobre o Capital Próprio
Discussão sobre a Natureza Jurídica dos JCP
Juros
� receita/despesa financeira
� jurisprudência administrativa e judicial
Dividendos
� juros somente remuneram a concessão de créditos
� possibilidade de imputar os JCP aos dividendos 
obrigatórios.
� CVM
Juros sobre o Capital Próprio
Balanço Patrimonial em 31.12.2010
Capital Social 300.000
Reservas de Lucros 70.000
Lucros Acumulados 50.000
Patrimonio Líquido (Base para JCP) 420.000
Resultado do Exercício de 2010 40.000
Juros sobre Capital Próprio - JCP
JCP (420.000 x 6% TJLP) 25.200
Limites de Dedutibilidade
50% x Resultado do Exercício de 2010 (40.000 x 50%) 20.000
50% x Reserva de Lucros e Lucros Acum. (120.000 X 50%) 60.000
JCP Dedutíveis 25.200
REORGANIZAÇÕES 
SOCIETÁRIAS
14
15
Aumento de Capital Social
O aumento do capital social pode ter origens diversas:
� novos aportes
� aproveitamento de reservas de lucros
Sócio Pessoa Jurídica realizando novo aporte:
� em dinheiro: não gera tributação para investidor
� em bens ou direitos: comparar o valor de 
avaliação feito para fins de aumento de capital 
com o custo contábil de aquisição => se diferente, 
ganho ou perda de capital
16
Aumento de Capital Social
Aumento do capital social mediante aproveitamento de 
reservas de lucros
� não há tributação
17
Restituição de Capital Social
Restituição da Participação no Capital ao Sócio, 
mediante Entrega de Bens 
– Sociedade investida (e não o sócio investidor) 
poderá avaliar o bem a ser entregue pelo valor 
contábil (custo no balanço) ou pelo valor de 
mercado.
• Valor contábil: não há ganho de capital
• Valor superior ao contábil: ganho de capital tributável
– Tributação do ganho de capital na sociedade 
investida (e não no sócio ou acionista)
18
Exemplo – Soc. Investida restitui toda a participação 
que determinada Soc. Investidora possui, 
entregado-lhe imóvel, registrado contabilmente por 
$300.000.
Se o imóvel for avaliado pelo valor contábil $300.000
• Investidora baixa quotas e registra imóvel pelo 
mesmo valor da participação extinta.
• Não há ganho de capital tributável
Restituição de Capital Social
19
Se o imóvel for avaliado por valor superior ao contábil 
(valor de mercado de $400.000)
• Investidora baixa quotas e registra o imóvel pelo 
valor da avaliação a mercado ($400.000)
• A diferença entre o valor da avaliação a mercado e o 
valor contábil do bem ($100.000) constituirá ganho 
de capital, tributável na Soc. Investida
• A diferença entre o valor do imóvel registrado na 
contabilidade da Investidora e o valor das quotas 
baixadas será considerado rendimento isento / não-
tributável.
Restituição de Capital Social
Considere Empresa A e Empresa B, sem qualquer 
relacionamento societário prévio
Incorporação, Fusão ou Cisão
1200 2000
1000 200
Bancos
Máquinas
Capital
Reserva Lucros
EMPRESA A
400 500
600 500
Bancos
Imóvel
Capital
Reserva Lucros
EMPRESA B
Empresa A incorpora Empresa B
Incorporação, Fusão ou Cisão
1200 1000 2000
400 500
1600 2500
600 200
500
700
Bancos
Imóvel
Capital
Reserva Lucros
Máquinas
EMPRESA A
Considere que a Investidora A possui 100% de 
participação no capital da Investida B
Incorporação, Fusão ou Cisão
1200 2000
1000 200
Bancos
Invest. em B
Capital
Reserva Lucros
INVESTIDORA A
400 500
600 500
Bancos
Imóvel
Capital
Reserva Lucros
INVESTIDA B
Investidora A incorpora Investida B
Incorporação, Fusão ou Cisão
1200 2000
400
1600
600 200
Bancos
Imóvel
INVESTIDORA A
Capital
Reserva Lucros
Considere que a Investidora A possui 60% de 
participação no capital da Investida B
Incorporação, Fusão ou Cisão
400 500
600 500
Bancos
Imóvel
Capital
Reserva Lucros
INVESTIDA B
1600 2000
600 200
Bancos
Invest. em B
Capital
Reserva Lucros
INVESTIDORA A
Investidora A incorpora Investida B
Incorporação, Fusão ou Cisão
1600 2000
400 200
2000 2200
600 200
200
400
Bancos
Imóvel
INVESTIDORA A
Capital
Reserva Lucros
A incorporação de 40% do 
patrimônio da Investida B deve ser 
considerado como aumento de 
capital na incorporadora.
Em virtude da incorporação da 
Investida B, a Investidora A deverá 
emitir novas ações em favor dos 
demais acionistas da Investida B, 
então detentores de 40% do capital.
Portanto, os demais acionista da 
investida B passarão a ser acionistas 
da Investidora A
Incorporação Reversa: Investida B incorpora Investidora A
Incorporação, Fusão ou Cisão
Na incorporação reversa, o resultado patrimonial 
deverá ser o mesmo da incorporação dita “direta”. 
Apenas quem deverá receber novas ações (em razão da 
extinção da Investidora A, pela incorporação) serão os 
acionistas da Investidora A.
27
Principais efeitos fiscais oriundos da incorporação, 
fusão ou cisão
� perda dos prejuízos fiscais acumulados pela 
incorporada (a incorporadora conserva seus 
prejuízos).
� se cisão parcial, a perda será proporcional ao valor 
do patrimônio líquido vertido para a sociedade 
cindida.
� início da amortização fiscal do ágio/deságio
Incorporação, Fusão ou Cisão
28
F I M