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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA ANA CAROLINA VIEIRA VIDIGAL ANA FLÁVIA SILVA HELENO ANDRESSA CRISTINA DA SILVA ÉRICA MONTEIRO PESSANHA STEFANIA MARIA MATOS ALMEIDA FERNANDA DA SILVA NEVES FÍSICO-QUÍMICA: CINÉTICA QUÍMICA-HIDRÓLISE DA SACAROSE Juiz de Fora 2012 ANA CAROLINA VIEIRA VIDIGAL ANA FLÁVIA SILVA HELENO ANDRESSA CRISTINA DA SILVA ÉRICA MONTEIRO PESSANHA STEFANIA MARIA MATOS ALMEIDA FERNANDA DA SILVA NEVES ROTEIRO DA PRATICA DE FISICO-QUÍMICA SOBRE HIDRÓLISE DA SACAROSE Trabalho acadêmico apresentado à professora Renata, que leciona a disciplina Físico-Química, para o curso Farmácia. Juiz de Fora 2012 1 INTRODUÇÃO Podemos determinar o coeficiente de velocidade de uma reação de primeira ordem. A reação em questão é a hidrólise da sacarose em meio ácido, a presença do ácido favorece a reação que é muito lenta, os íons hidrônio tem como função catalisar o processo e a sua concentração, vai ser diretamente proporcional a velocidade da reação, sendo assim, podemos determinar o seu valor, através da velocidade. A reação da hidrólise da sacarose é a seguinte: C12H22O11(aq) + H2O(l) + H+(aq) → C6H12O6(aq) + C6H12O6(aq) + H+(aq). Embora se trate de uma reação bimolecular, á água vai estar presente na reação, aumentando a quantidade de íons hidrônio que em excesso farão da reação pseudo-primeira ordem. Sua equação geral é: Onde “a” é a concentração inicial; “x” a quantidade transformada após um determinado tempo “t” e o “k” o coeficiente de velocidade ou constante de velocidade. No decorrer da reação a sacarose diminui alterando assim a velocidade, portanto a reação não pode ter ordem 0, pois neste caso a velocidade não se alteraria, ela independeria da concentração do reagente. Todos os açucares tem atividade óptica, logo ao longo da reação podemos seguir a variação total do ângulo de rotação ótica da mistura da reação no tempo. Neste estudo, a grandeza analisada no acompanhamento cinético da reação é a rotação do plano da luz polarizada, por meio de um polarímetro. Onde saberemos dos seguintes dados: A sacarose é dextrogira desvia a luz para a direita em 66,53º. A glIcose é dextrogira, desvia o plano da luz para a direita em 52,7º. A frutose é levogira, desvia o plano da luz para a esquerda em 92,4º. Pela reação em questão, sabemos então que a reação iniciará dextrógiro e terminará levógiro. Consideremos a equação: Não precisamos obter uma curva de calibração relacionando “a” com “ , podemos simplesmente substituir a relação k’t=ln a / a-x pode ln[(α0 – αinf) / (α – αinf)] = k´t, onde α0 e αinf são as rotações ópticas no tempo zero e infinito, respectivamente, e α a rotação no tempo t. Logo, fazendo um gráfico de ln[(α0 – αinf) / (α – αinf)] em função do tempo é possível obter o valor da constante de velocidade k´ a partir da inclinação da reta. É importante saber que a temperatura deve ser mantida constante, pois ela aumenta a velocidade da reação em cerca de 3,5 vezes. Com o cálculo de nas ordenadas “t” no eixo x, obtemos uma reta que define , por intersecção(coeficiente linear). O valor de pode ser medido, então pelo cálculo obtemos o . Essa será a forma utilizada para encontrar o coeficiente de velocidade, que será o coeficiente angular da equação da reta formado pelo gráfico da hidrólise da sacarose. 2 OBJETIVO Esta prática tem como objetivo fazer um estudo cinético da hidrólise da sacarose catalizada por íons H+, através de medidas do ângulo de rotação da luz polarizada passando pela solução. Portanto, no início da reação, será observada uma rotação óptica para direita, já que apenas sacarose estará presente. A medida que a reação se processa este desvio será cada vez menor, devido a formação de frutose, chegando a ser observada a rotação levógira, haverá um excesso de frutose em relação a sacarose. A sacarose é formada por dois monossacarídeos, a glicose e a frutose, unidos por uma ligação glicosídica, a sacarose e a glicose desviam o plano da luz para a direita e a frutose para a esquerda. Dessa forma, poderemos estudar a cinética da reação, relacionando com a mudança do grau dos desvios dependente da concentração dos produtos e reagente. 3 MATERIAIS E REAGENTES 3.1 Polarímetro 3.2 Balão volumétrico de 25mL 3.3 Tubos padrões polarimetricos 3.4 Pipetas volumétricas de 20mL 3.5 Soluções aquosas de sacarose 20% 3.6 Bequeres 3.7 Cronometro 3.8 Bastão de vidro 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para a realização dessa prática, preparamos inicialmente, uma solução de 25mL contendo 20% de sacarose, simultâneo a isso, enchemos o tubo padrão do polarímetro com água destilada para determinar o 0 do aparelho a 25°C. E enchemos o tubo padrão com a solução de 20% sacarose para ajustar o ângulo de rotação. Em seguida preparamos uma solução de 20% de ácido clorídrico (2,0mol/L) à 20mL da solução de sacarose e a partir dessa mistura, no primeiro instante iniciamos o cronometro, no tempo 0. Depois enchemos o tubo padrão com essa solução de maneira que não ficasse bolhas de ar que dificultassem as leituras, e colocamos no polarímetro, então começamos a proceder as medidas de rotação do plano da luz polarizada, nos tempos indicados na tabela 1 do item 5. No total fizemos 10 leituras, nos tempos determinados, até o valor de α parar de variar. O último valor medido da rotação é o nosso . Houve um fator que mudou o percurso do nosso experimento, não contávamos com o calor transferido do polarímetro para a solução, o que fez com que a velocidade aumentasse, dessa forma não aquecemos o resto da solução de sacarose e esfriamos a 25ºC como as instruções, tomamos como medida de o valor que permaneceu invariável no polarimetro após a solução virar de dextrógiro para levógiro. 5 RESULTADOS Para os cálculos precisamos da seguinte tabela de dados experimentais obtidos em laboratório, é importante ressaltar que faltou uma leitura, como já foi relatado nessa reação a temperatura tem que ser mantida constante, o polarímetro utilizado, apresentou um aquecimento que transferiu calor a solução, que aumentou a velocidade da reação e solução passou pelo grau 0, antes do tempo esperado. Tabela 1 – Medidas de desvio da luz polarizada da solução de sacarose em função do tempo. Leitura Tempo(minutos) Rotação(graus) 1 3 9,75 2,3749 2 6 8,6 2,2617 3 9 8,5 2,2512 4 12 7,9 2,1860 5 15 7,3 2,1162 6 20 6,2 1,9740 7 25 4,9 1,7749 8 30 3,0 1,3862 9 35 2,1 1,1314 10 40 0,8 0,5877 E com os seguintes cálculos podemos preencher a quarta coluna da tabela: O valor de foi obtido na análise experimental foi “-1”. Leitura 1: ln(9,75+1) = 2,3749 Leitura 2: ln(8,6+1) = 2,2617 Leitura 3: ln(8,5+1)=2,2512 Leitura 4: ln(7,9+1)=2,1860 Leitura5: ln(7,3+1)=2,1162 Leitura 6: ln(6,2+1)=1,9740 Leitura 7: ln(4,9+1) = 1,7749 Leitura 8: ln(3,0+1) = 1,3862 Leitura 9: ln(2,1+1) =1,1314 Leitura 10: ln(0,8+1)=0,5877 Com esses dados pudemos montar o seguinte gráfico 1: A partir da inclinação da reata podemos obter o valor da constante de velocidade “k” , que é o coeficiente angular da equação, o valor da constante te velocidade é: 6 CONCLUSÃO Após a realização da pratica foi possível relacionar a rotação do plano de luz polarizada com a cinética da reação da hidrólise da sacarose, pois todo os açucares apresentam atividade óptica, e a reação não apresenta ordem 0, pudemos então relacionar a atividade óptica dos produtos com o andamento da reação química e assim determinar a constante de velocidade. REFERÊNCIAS ATKINS, P. W.; PAULA, J. de, Physical Chemistry, 8th. ed., New York, W. H. Freeman, 2006.