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Professor: Carlos Cesar Jorden Almança QUÍMICA BÁSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E FÍSICA 1 Aula 5 SOLUÇÕES SOLUÇÕES Quando na mistura tiver apenas uma única característica em toda a sua extensão teremos uma mistura homogênea. Exemplos: Água e açúcar ; água e sal. Cada aspecto visível em uma mistura é denominado de fase. As soluções são monofásicas. DISSEMINAÇÃO Em uma mistura de duas espécies químicas diferentes, pode ocorrer a disseminação, sob forma de pequenas partículas, de uma espécie na outra. Neste caso o sistema recebe o nome de dispersão. A espécie química disseminada na forma de pequenas partículas é o disperso e, a outra espécie é o dispergente. Exemplo: Na mistura de água e açúcar o açúcar é o disperso e a água o dispergente. Quando na dispersão o disperso possui tamanho médio de até 10–7 cm a dispersão receberá o nome especial de solução. Nas soluções o disperso chama-se soluto e dispergente será denominado de solvente. Exemplo: Na mistura de água e açúcar o soluto é o açúcar e o solvente a água. COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE (Cs) É a quantidade máxima de uma substância capaz de se dissolver em uma quantidade fixa de solvente, sob certas condições de temperatura e pressão. Quando na solução temos uma quantidade de soluto menor que o máximo permitido pelo coeficiente de solubilidade a solução será classificada como solução insaturada (frasco 1). Se a quantidade for igual ao máximo permitido pelo coeficiente de solubilidade ela será denominada solução saturada (frasco 2) e, se tivermos mais que o permitido pelo coeficiente de solubilidade a solução será supersaturada. CURVAS DE SOLUBILIDADE Analisando um gráfico de solubilidade podemos destacar três regiões. A temperatura e a pressão têm influência na solubilidade de um sólido e de um gás em um líquido. Quando a solubilidade aumenta com o aumento da temperatura, teremos uma solubilidade endotérmica. Quando a solubilidade diminui com o aumento da temperatura, teremos uma solubilidade exotérmica. Algumas solubilidades têm irregularidades, apresentando pontos de inflexão. CONCENTRAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO Chamamos de concentração de uma solução a toda forma de expressar a proporção existente entre as quantidades de soluto e solvente ou, então, as quantidades de soluto e solução. No estudo das soluções usaremos a seguinte convenção: Índice 1, para quantidades relativas ao soluto. Índice 2, para quantidades relativas ao solvente. Sem índice, para quantidades relativas à solução. CONCENTRAÇÃO COMUM (C) É o quociente entre a massa do soluto (m1), em gramas, e o volume da solução (V), em litros. Unidade:g / L Indica a quantidade de soluto em cada litro de solução. DENSIDADE (d) É o quociente entre a massa e o volume de um corpo. PORCENTAGEM EM MASSA Exprime a quantidade proporcional de massa do soluto calculada sobre uma quantidade de cem partes de massa da solução, sendo que todas as massas devem estar na mesma unidade. Exemplo: 10,0 g de hidróxido de sódio (NaOH) dissolvidos em 70,0 g de água, se expressa por: Massa do soluto = 10,0 g de NaOH Massa do solvente = 70,0 g de H2O Massa da solução = 80,0 g (total = 100%) % de NaOH: 80,0 g de solução ------- 100% 10,0 g de soluto ---------- x% x = 12,5% em massa de NaOH PORCENTAGEM EM VOLUME Corresponde ao volume de qualquer um dos líquidos misturados em cem volumes de solução. Os volumes devem estar na mesma unidade. Exemplo: Para se preparar uma solução de etanol em água, cuja porcentagem final de etanol é 70,0% em volume, adiciona-se 70 mL de etanol a 30 mL de água: Volume da solução = 100,0 mL ----- 100% Volume de etanol = 70,0 mL --------- x x = 70,0% em volume de etanol. PORCENTAGEM EM MASSA DE SOLUTO POR VOLUME DE SOLUÇÃO Exprime a massa de soluto dissolvida em relação ao volume solução. Exemplo: Preparar 1 litro (L) de solução aquosa com 10 g de cloreto de sódio (NaCl): - Massa do soluto = 10,0 g de NaCl (pesar em balança analítica); - Dissolver com um pouco de água, em béquer, e transferir para balão volumétrico de 1 L de capacidade. - Acrescentar água até completar 1 L de solução. A concentração da solução é : 10 g.L-1 CONCENTRAÇÃO MOLAR (M) É o quociente entre o número de moles do soluto (n1) e o volume da solução (V), em litros. Unidade: mol.L-1, mol/L ou molar ( M ) Como n1 = m1 / MM, teremos: onde: m1 é a massa do soluto , em gramas. MM é a massa molecular do soluto. Exemplo: Preparar 100 mL de solução de NaOH 0,1 M. Resolução: Solução 0,1 M de NaOH significa que em 1 L de solução está dissolvido 0,1 mol de NaOH. Portanto: Determina-se a massa molecular (MM) do NaOH = 40 g.mol-1 . 1 mol de NaOH -------- 40 g 0,1 mol de NaOH ------ x x = 4 g/L. 4 g --------------- 1000 mL x -------------- 100 mL x = 0,4 g - Massa do soluto = 0,4 g de NaOH (pesar em balança analítica); - Dissolver com um pouco de água, em béquer, e transferir para balão volumétrico de 100 mL de capacidade. - Acrescentar água até completar 100 mL de solução. A concentração da solução é : 0,1 mol.L-1 ou 0,1 M de NaOH. DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES É o processo que consiste em adicionar solvente puro a uma solução, com o objetivo de diminuir sua concentração. Como a massa do soluto não se altera, teremos que: Levando em consideração que as concentrações das soluções estejam em outras unidades teríamos as seguintes expressões: MISTURA DE SOLUÇÕES DE MESMO SOLUTO Podemos demonstrar que a concentração final está relacionada com as concentrações das soluções misturadas pelas expressões: Propriedades Coligativas 1 – Pressão de vapor 2 – Pressão de vapor e mudança de estado 3- Tonoscopia 4- Crioscopia 5- Ebulioscopia 6 - Osmose e pressão osmótica PROPRIEDADES COLIGATIVAS São propriedades que estão intimamente relacionadas com o número de partículas de um soluto dispersas em uma solução. Quando adiciona-se sal de cozinha, (NaCl) à água fervente nota-se que a fervura imediatamente para. Por quê? AUMENTO DE FORÇAS INTEMOLECULARES Influência no comportamento da solução frente ao aquecimento, congelamento e quantidade de vapor do solvente produzido. Pressão de vapor Pressão de vapor de um líquido A a uma dada temperatura é a pressão do vapor de A no equilíbrio líquido : (A)líquido vapor (A), nessa temperatura. Fatores que não acarretam alteração na pressão de vapor de um líquido: Volume da fase gasosa Volume da fase líquida Fatores que acarretam alteração na pressão de vapor de um líquido: Temperatura Natureza do líquido Temperatura de Ebulição Pressão de vapor se iguala à pressão atmosférica Pvapor Patm = Ebulição da água Propriedades coligativas para solutos não-voláteis e de natureza molecular. Tonoscopia: Estudo do abaixamento da pressão de vapor de um líquido. Iguais quantidades em mols de diferentes solutos moleculares e não voláteis, dissolvidos numa mesma quantidade de solvente, à mesma temperatura, causa o mesmo abaixamento na pressão de vapor do solvente. Ebulioscopia: Estudo do aumento da temperatura de ebulição Iguais quantidades em mols de diferentes solutos moleculares e não voláteis, dissolvidos numa mesma quantidade de solvente, à mesma temperatura, causa o mesmo aumento na temperatura de ebulição desse solvente na solução. O aumento da temperatura de ebulição provocado pela presença de um soluto não-volátil e molecular depende única e exclusivamente do número de partículas do soluto dissolvidas no solvente. Quanto mais concentrada for a solução (maior quantidade de partículas do soluto), maior será a temperatura de ebulição. Crioscopia: Abaixamento da temperatura de congelamento Iguais quantidades em mols de diferentes solutos moleculares e não voláteis, dissolvidos numa mesma quantidade de solvente, à mesma temperatura, causa o mesmo abaixamento na temperatura de congelamento desse solvente na solução. O abaixamento da temperatura de congelamento depende do número de partículas Pressão Osmótica ( ) OSMOSE: fenômeno que permite a passagem do solvente do meio mais diluído para o meio mais concentrado. Análise microscópica: Interrompendo a osmose: PRESSÃO OSMÓTICA Obtendo água pura a partir da água do mar: osmose reversa Sal de cozinha e osmose Qual a concentração adequada para administração do soro fisiológico a um paciente? Como se produz carne seca? Glóbulos rojos de la sangre Disolución isotónica (misma p que los fluidos intracelulares de los glóbulos) Disolución hipotónica (menor p) (entra agua y puede causar la ruptura: hemólisis) Disoluc. hipertónica (mayor p) (sale agua: crenación) Suero fisiológico Se o soluto é um não eletrólito: soluções com solutos diferentes, mas apresentando a mesma quantidade em mols para determinada quantidade de solvente (mesma molaridade), apresentam os mesmos efeitos coligativos. Propriedades Coligativas para eletrólitos não-voláteis e de natureza iônica Se o soluto é um eletrólito (partículas do soluto são íons): soluções com solutos diferentes, mas apresentando a mesma quantidade em mols para determinada quantidade de solvente (mesma molaridade), podem não apresentar os mesmos efeitos coligativos. Propriedades Coligativas para eletrólitos não-voláteis e de natureza iônica 1 C6H12O6(s) 1C6H12O6(s) H2O 1 mol de glicose 1 mol de partículas dissolvidas 1NaCl(s) 1Na+ + 1Cl- H2O 1 mol de NaCl 2 mols de partículas dissolvidas 1CaCl2(s) 1Ca2+ + 2Cl- H2O 1 mol de CaCl2 3 mols de partículas dissolvidas “ Aplica à disciplina o teu coração, e os teus ouvidos às palavras do conhecimento. ” ( Prov. 23: 12 ). OBRIGADO! carlosjorden@yahoo.com.br 55