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1 Transporte de Massa Transporte de Massa ““ErosãoErosão”” UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: ESTABILIDADE DE TALUDES Prof. FProf. Fáábio Lopes Soares, DSc. bio Lopes Soares, DSc. -- UFPBUFPB Prof. Roberto Quental Coutinho, DSc. Prof. Roberto Quental Coutinho, DSc. -- UFPEUFPE UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL SumSumáário da Aulario da Aula 1 1 –– IntroduIntroduçção;ão; 2 2 –– Processos da Dinâmica Superficial;Processos da Dinâmica Superficial; 3 3 –– Erosão e Seus Efeitos nos Recursos Naturais;Erosão e Seus Efeitos nos Recursos Naturais; 4 4 –– ClassificaClassificaçção da Erosão;ão da Erosão; 5 5 –– Tipos de Erosão HTipos de Erosão Híídrica;drica; 6 6 –– Fatores Condicionantes da Erosão HFatores Condicionantes da Erosão Híídrica;drica; 7 7 –– Formas de OcupaFormas de Ocupaçção e Principais Problemas;ão e Principais Problemas; 8 8 –– Erosão Urbana;Erosão Urbana; 9 9 –– Ensaios de Erodibilidade;Ensaios de Erodibilidade; 10 10 –– Controle de ErosãoControle de Erosão 2 1 – Introdução; A erosão é um processo da dinâmica superficial da terra onde ocorre à desagregação e remoção de partículas do solo ou de fragmentos de rocha, pela ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo e organismos (plantas e animais). Os processos erosivos são comandados, por dois condicionantes principais: os fatores antrópicos e os fatores naturais, destacando-se como mais importante a chuva, a cobertura vegetal, o relevo e o tipo de solo. Em geral, distinguem-se duas formas de abordagem para os processos erosivos: a erosão natural ou geológica e a erosão acelerada. A erosão acelerada quando induzida por atividades humanas, é conhecida como erosão antrópica. A erosão por ação das águas, é predominante, responsável por danos como a queda de moradias, perda de solo agricultável, soterramento de estradas, assoreamento de rios e canais, poluição, redução da capacidade de armazenamento de reservatórios de água. 2 – Processos da Dinâmica Superficial AGENTES OU FATORES ATIVOS FLUXOS DE ENERGIA MATERIAIS NATURAIS PROCESSOS DO MEIO FÍSICO SoloGravidade Água Existe uma tendência da natureza para nivelar a superfície da terra, em um processo de pleniplanização ou gradação, que compreende dois processos exógenos (agregação e degradação). 3 3 – Erosão e Seus Efeitos nos Recursos Naturais EROSÃO DO SOLO BAIXA PRODUTIVIDA DEGRADAÇÃO DO SOLO POLUIÇÃO DOS MANANCIAIS ASSOREAMENTO O processo erosivo causado pela água das chuvas tem abrangência em quase toda a superfície terrestre, em especial nas áreas com clima tropical, onde os totais pluviométricos são bem mais elevados do que em outras regiões do planeta. Além disso, em muitas dessas áreas, as chuvas se concentram em certas estações do ano, o que agrava ainda mais a erosão. O processo tende a se acelerar, à medida que mais terras são desmatadas para a exploração de madeiras. 4 4 – Classificação da Erosão Velocidade Natural Antrópica ou Acelerada Agente Erosivo Hídrica Erosão Pluvial Erosão Laminar Erosão de Escoamento Difuso (Sulcos) Erosão de Esc. Difuso Interno (Piping) Erosão de Esc. Concentrado (Ravinas e Voçorocas) Fluvial Eólica Glacial Marinha EROSÃO EM SULCOS EROSÃO LAMINAR EROSÃO EM VOÇOROCA EROSÃO ENTRE SULCOS Processo de Erosão Hídrica 5 5 – Tipos de Erosão Hídrica 5.1 - Erosão Pluvial Também denominada por embate, decorre da energia de impacto do agente de encontro ao solo, que além de desintegrar parcialmente os agregados naturais, libertam as partículas finas, projetando-as para fora do maciço, conforme apresentado na figura abaixo. 5.2 - Erosão Laminar Este tipo de erosão é também denominado de erosão em lençol e se processa durante as fortes precipitações, quando o solo superficial já está saturado, sendo produzido por um desgaste suave e uniforme da camada superficial. 5.3 - Erosão Linear Corresponde às formas de erosão por escoamento superficial concentrado, e que comanda o desprendimento e o transporte das partículas do solo, segundo as condições hidráulicas desse escoamento. (sulcos, ravinas e voçorocas). 6 9Sulcos: são, em geral, de profundidade e largura inferiores a cinqüenta centímetros, sendo que suas bordas possuem pequena ruptura na superfície do terreno. Sulcos desencadeados pelo pisoteio do gado 9Ravinas: corresponde ao canal de escoamento pluvial concentrado, apresentando feições erosionais com traçado bem definido. A cada ano o canal se aprofunda, devido à erosão das enxurradas, podendo atingir alguns metros de profundidade. Ravina desencadeada pelo escoamento superficial concentrado 7 9Voçorocas: é o estágio mais avançado da erosão acelerada, correspondendo à passagem gradual do processo de ravinamento, até atingir o lençol freático, com o aparecimento de água. Este tipo de processo atinge grandes dimensões, gerando vários impactos ambientais. Voçoroca desencadeada em área urbana Nível de água Sulcos ou Ravinas Zona temporariamente encharcada Voçoroca 8 6 – Fatores Condicionantes da Erosão (Naturais/Antrópico) 9 CHUVA – sua ação erosiva depende da distribuição pluviométrica e sua intensidade. Chuvas torrenciais ou pancadas de chuvas intensas, consiste a forma mais agressiva de impacto da água no solo. Durante estes eventos a aceleração da erosão é intensa. 9 COBERTURA VEGETAL – é a defesa natural de um terreno contra a erosão. Entre os principais efeitos da cobertura vegetal, destacam-se os seguintes: a) Proteção contra o impacto direto das gotas de chuva; b) Dispersão e quebra da energia das águas de escoamento superficiais; c) Aumento da infiltração pela produção de poros no solo por ação das raízes; d) Aumento da capacidade de retenção de água pela estruturação do solo, por efeito da produção e incorporação de matéria orgânica. 9 RELEVO TOPOGRÁFICO – Verifica-se principalmente, pela declividade e comprimento da rampa (comprimento da encosta). Estes fatores interferem diretamente na velocidade das enxurradas. As perdas de solo por erosão hídrica, crescem com o aumento da inclinação e comprimento da rampa, como conseqüência do incremento da velocidade e volume de escoamento superficial. 9 9 SOLOS – Por influenciar e sofrer a ação dos processos erosivos, conferindo maior ou menor resistência, constitui o principal fator natural relacionado à erosão. Solos de textura arenosa são normalmente mais porosos, permitindo rápida infiltração das águas de chuva, dificultando o escoamento superficial. Por efeito de compactação do solo, observa-se um aumento de densidade, como resultado da diminuição dos macroporos, em função disso, o solo se torna mais erodível. Fatores Condicionantes da Erosão Antrópicos: 9 desmatamento; 9 formas de uso e ocupação do solo (agricultura, obras civis, urbanização, etc.); 9 intervenções e soluções inadequadas (aterros com lixo, má compactação, ausência de drenagem, etc.). 7 – Formas de Ocupação e Principais Problemas Erosão (Laminar, sulcos, ravinas e voçorocas) Movimento de terra, parcelamento do solo e ausência de infra-estrutura Áreas urbanas em expansão Inundação e enchentes, assoreamento Impermeabilização, ocupação das baixadas, concentração das águas pluviais,estrangulamento do sistema de drenagem Áreas Urbanas consolidadas Erosão laminar, processos erosivos lineares e transporte de sedimentos Cultivos sem práticas conservacionistasAtividades Agrícolas Compactação do solo, aumento e concentração do escoamento e transporte de sedimentos Retirada da cobertura Pisoteio do gadoPastagens Possibilidade de desencadear processo erosivo e assoreamento DesmatamentoMata/Reflorestamento ConseqüênciasIntervençãoCategoria de uso 10 8 – Erosão Urbana A alta freqüência de processos erosivos, resulta nas precárias condições de infra-estrutura, por projetos mal concebidos ou pela escolha de áreas naturalmente adversas. Os principais fatores que influem na erosão das áreas urbanas e relacionadas com o escoamento superficial são: 9 Vazão do escoamento das águas pluviais; 9 Declividade do terreno e 9 Natureza do terreno As principais causas do desencadeamento e a evolução da erosão urbana são: 9 Loteamentos populares sem drenagem de águas pluviais e servidas; 9 Expansão Urbana Descontrolada. 11 9 – Ensaios de Erodibilidade • DETERMINAÇÃO DA PORCENTAGEM DE DISPERSÃO ( ) ( )tedefloculancommm tedefloculansemmmPD 005.0% 005.0% 〈 〈= • PD > 50% - SOLOS ALTAMENTE DISPERSIVOS - (erodibilidade muito alta) • 20% < PD < 50% - SOLO MODERADAMENTE DISPERSIVO - (erodibilidade alta) • PD < 20% - SOLO NÃO DISPERSIVO - (erodibilidade média) - Determinado a partir dos ensaios de granulometria • ENSAIO DE DESAGREGAENSAIO DE DESAGREGAÇÇÃOÃO Etapas do ensaio de desagregação. 12 ••Sem respostaSem resposta: quando a amostra mant: quando a amostra mantéém sua forma e m sua forma e tamanho originais;tamanho originais; AbatimentoAbatimento: quando a amostra se desintegra : quando a amostra se desintegra formando uma pilha de material desestruturado;formando uma pilha de material desestruturado; FraturamentoFraturamento: quando a amostra se quebra em : quando a amostra se quebra em fragmentos, mantendo a forma original das faces fragmentos, mantendo a forma original das faces externas;externas; DispersãoDispersão: as paredes da amostra se tornam difusas : as paredes da amostra se tornam difusas com o surgimento de uma com o surgimento de uma ““nuvemnuvem”” coloidal que coloidal que cresce a medida que a amostra se dissolvecresce a medida que a amostra se dissolve • ENSAIO DE DESAGREGAENSAIO DE DESAGREGAÇÇÃO ÃO –– CLASSIFICACLASSIFICAÇÇÃO ÃO • ENSAIO DE FURO DE AGULHA (PINHOLE TEST)ENSAIO DE FURO DE AGULHA (PINHOLE TEST) Detalhe do equipamento, para o ensaio de furo de Agulha, (HEAD, 1984). Medida da vazão durante o ensaio 13 . Comportamento de amostras submetidas ao ensaio pinhole (SANTOS e CAMAPUM DE CARVALHO, 1998). • ENSAIO DE FURO DE AGULHA ENSAIO DE FURO DE AGULHA Detalhes do ensaio com o aparelho de Inderbitzen (FERREIRA, 1981) • ENSAIO DE INDERBTZENENSAIO DE INDERBTZEN 14 10 – Controle de Erosão O controle corretivo das erosões consiste na execução de um conjunto de obras, cuja finalidade é evitar ou diminuir a energia do escoamento das águas pluviais sobre os terrenos desprotegidos, que pode ser conseguido com obras do sistema de drenagem: pavimentação, guias, sarjetas, galerias etc. O controle destes processos, é fundamental na análise da bacia de contribuição para elaboração de projetos de microdrenagem e macrodrenagem. DICIPLINAMENTO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS “PREOCUPAÇÕES BÁSICAS: 9 CAPTAÇÃO E CONDUÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PARA UM LOCAL ADEQUADO; 9 DIMINUIÇÃO GRADUAL DA ENERGIA DAS ÁGUAS CAPTADAS. ESTRUTURAS DE CAPTAESTRUTURAS DE CAPTAÇÇÃO E CONDUÃO E CONDUÇÇÃOÃO • CONSISTEM DE CANAIS, CANALETAS OU TUBULAÇÕES DIMENSIONADAS A PARTIR DO CÁLCULO DE VAZÃO DAS ÁGUAS NA ENCOSTA ERODIDA; 15 ESTRUTURAS DE COMBATE E DISSIPAESTRUTURAS DE COMBATE E DISSIPAÇÇÃOÃO • SÃO OBRAS COM FUNÇÃO DE DIMINUIR A ENERGIA DO ESCOAMENTO DAS ÁGUAS NOS PONTOS DE DESCARGA E AO LONGO DAS OBRAS DE CONDUÇÃO. Dissipador de energia.Dissipador de energia. ESTRUTURAS DE COMBATE E DISSIPAESTRUTURAS DE COMBATE E DISSIPAÇÇÃOÃO Controle de Erosão com Técnicas de Engenharia Naturalística (Vertical Green, 1999). 16 ESTRUTURAS DE COMBATE E DISSIPAESTRUTURAS DE COMBATE E DISSIPAÇÇÃOÃO Estrutura de combate e dissipação às margens da BR 101 DISCIPLINAMENTO DAS DISCIPLINAMENTO DAS ÁÁGUA SUBTERRÂNEASGUA SUBTERRÂNEAS 99 O TRATAMENTO CONVENCIONAL O TRATAMENTO CONVENCIONAL ÉÉ FEITO COM FEITO COM DRENOS ENTERRADOS, COM FILTRO, VISANDO DRENOS ENTERRADOS, COM FILTRO, VISANDO IMPEDIR A REMOIMPEDIR A REMOÇÇÃO DAS PARTÃO DAS PARTÍÍCULAS DE SOLOS;CULAS DE SOLOS; 99 ÉÉ UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DO UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DO DESENVOLVIMENTO LATERAL E REMONTANTE DAS DESENVOLVIMENTO LATERAL E REMONTANTE DAS EROSÕES DO TIPO VOEROSÕES DO TIPO VOÇÇOROCA;OROCA; 99 OS PRINCIPAIS TIPOS SÃO:OS PRINCIPAIS TIPOS SÃO: DRENO CEGO; DRENO COM MATERIAL GEOSINTDRENO CEGO; DRENO COM MATERIAL GEOSINTÉÉTICO;TICO; DRENO DE BAMBU; DRENOS SUBHORIZONTAIS.DRENO DE BAMBU; DRENOS SUBHORIZONTAIS. 17 DISCIPLINAMENTO DAS DISCIPLINAMENTO DAS ÁÁGUA SUBTERRÂNEASGUA SUBTERRÂNEAS Dreno Simples – filtrar e conduzir água de maneira controlada. Dreno Tapete - rebaixar o lençol freático. ESTABILIZAESTABILIZAÇÇÃO DAS EROSÕESÃO DAS EROSÕES FINALIDADE BÁSICA: RETALUDAMENTO DA ENCOSTA;RETALUDAMENTO DA ENCOSTA; estabilizar os taludes estabilizar os taludes àà erosão / escorregamentos erosão / escorregamentos causada pelas causada pelas ááguas das chuvas e subterrâneas.guas das chuvas e subterrâneas. ATERRO DAS EROSÕES; REVEGETAREVEGETAÇÇÃO (PROTEÃO (PROTEÇÇÃO SUPERFICIAL);ÃO SUPERFICIAL); OBRAS DE CONTENÇÃO; 18 ESTABILIZAESTABILIZAÇÇÃO DAS EROSÕES ÃO DAS EROSÕES Sistema de Confinamento Celular ESTABILIZAESTABILIZAÇÇÃO DAS EROSÕESÃO DAS EROSÕES Aplicação de Compósito Biotécnico (Biomanta). Aplicação de sucessivas paliçadas 19 CONSERVACONSERVAÇÇÃO DAS OBRASÃO DAS OBRAS INSPEÇÕES PERIÓDICAS PARA VERIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS HIDRÁULICAS; MONITORAMENTO ESPECÍFICO PARA AVALIAR O FUNCIONAMENTO DOS DRENOS E FILTROS; O COLAPSO DE UMA SIMPLES ESTRUTURA PODE COMPROMETER TODA A OBRA; LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DOS CANAIS E TUBULAÇÕES; VERIFICAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL;